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GRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICAS –

OS 5 IS

 Iatrogenia
 Insuficiência Cerebral
- Delirium, Demência e depressão.
 Instabilidade Postural – Quedas
 Imobilidade
 Incontinência
Equilíbrio e Quedas no
Idoso

Profa Ms Viviane Lemos S. Fernandes


Especialista em Gerontologia pela SBGG
Equilíbrio & Idoso

INTRODUÇÃO:
 Corpo humano: equilibra-se em uma base de suporte –
tornozelos;
 Equilíbrio: CdM (Centro de Massa) sobre BdS (Base de
Suporte)

Postura ereta estável sob condições


estáticas
(Centro de Massa – S2)

Ativação muscular coordenada para


manter o corpo ereto nas AVDs

(Base de Suporte)

(Distância entre os pés: 5 a 10 cm) (PAIXÃO JÚNIOR; HECKMAN, 2002)


Equilíbrio & Idoso
CONCEITO DE EQUILÍBRIO:
Essa atividade é um processo complexo que envolve os esforços
coordenados de mecanismos aferentes ou sistemas sensoriais e, mecanismos
eferentes ou sistemas motores.

As respostas aferentes e eferentes são organizadas através de uma variedade


de mecanismos centrais ou funções do SNC, que recebem informações sen-
soriais e programa respostas motoras apropriadas.

(Sistemas aferentes: visual,


vestibular e proprioceptivo)
(Centro de Massa – S2)

(Sistemas eferentes: força muscular


dos MS e MI e flexibilidade articular)
(Base de Suporte)

(Distância entre os pés: 5 a 10 cm) (PAIXÃO JÚNIOR; HECKMAN, 2002)


Equilíbrio & Idoso

CONTROLE DO EQUILÍBRIO

(Centro de Massa Mudanças voluntárias do CdM


S2)

(Base de Suporte)
Resposta corporal
(Distância entre os pés: 5 a 10 cm)

Mudanças involuntárias do CdM


(CHANDLER & GUCCIONE, 2002)
Equilíbrio & Idoso

MECANISMOS AFERENTES:

 Sistema visual;
Sistemas
 Sistema vestibular;
redundantes
 Sistema proprioceptivo

(PAIXÃO JÚNIOR; HECKMAN, 2002)


Equilíbrio & Idoso

ENVELHECIMENTO & QUEDAS

O envelhecimento pode causar:


(1)Distúrbios no controle motor e na marcha ;
(2) Distúrbios perceptivos ou cognitivos que limitam a
habilidade de identificar e evitar riscos ambientais;
(3) Habilidade reduzida de recuperação de
perturbações do sistema de controle postural,
mesmo em situações de desestabilização
mínima, que seriam compensadas por
indivíduos jovens saudáveis;

(PAIXÃO JÚNIOR; HECKMAN, 2002)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

DEFINIÇÃO DE QUEDA

 É o deslocamento não-intencional do corpo para um nível inferior à

posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil,

determinado por circunstâncias multifatoriais, comprometendo a estabilidade

(BARAFF, 1997; PEREIRA, 1994 apud PEREIRA et al., 2001).

 Evento relatado por um espectador ou por quem cai, de chegar ao solo ou a

um nível inferior, com ou sem perda de consciência e com ou sem lesão

(SOUZA apud TERRA, 2003).


Equilíbrio e Quedas no Idoso

IMPORTÂNCIA DO TEMA:

 A queda pode ser considerada um evento sentinela na vida de


uma pessoa idosa, um marcador potencial do início de um
importante declínio de funções ou de um sintoma de uma patologia

nova.
 O número de quedas aumenta p r o g r e s s i v a m e n t e ...
com a idade em ambos os sexos, em todos os grupos
étnicos e raciais.

(BARAFF, 1997; PEREIRA, 1994 apud PEREIRA et al., 2001)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

IMPORTÂNCIA DO TEMA

 Constituem uma importante causa de morbidade


e mortalidade, principalmente a partir de 65
anos;
(CHANDLER, 2002)

 Por exemplo: pessoas ≥ 85 anos – 2/3 resultam


em morte.
(BACKER apud CHANDLER 2002)
Equilíbrio e Quedas no Idoso

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS:

 Incidência de quedas/ano:
– Comunidade:
 ≥ 65 anos = 30%;
 ≥ 80 anos = 40% Subestimadas
(NEVITT apud CHANDLER, 2002)

– Instituições:
 66%
(NICKENS apud CHANDLER, 2002)
Equilíbrio e Quedas no Idoso

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS:

 Aumento linear de quedas

 Maioria das quedas:


– Lesões de pequena importância;
– Nenhuma lesão.

(WALLER apud CHANDLER, 2002)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS:

 No Brasil, 30% dos idosos caem ao menos


uma vez ao ano;
(BAZIRE apud PEREIRA et al., 2001)

 A freqüência é maior em mulheres do que em


homens da mesma faixa etária;

(GRAZIANO apud PEREIRA et al., 2001)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS:

 Idosos de 75 a 84 anos que necessitam de

ajuda nas AVD têm uma probabilidade de

cair 14 vezes maior que pessoas indepen-

dentes da mesma idade.

(PERRACINI apud PEREIRA et al., 2001)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS:

 Mais de dois terços daqueles que tiveram uma queda cairão


novamente nos seis meses subseqüentes (BARAFF apud
PEREIRA et al., 2001).

 No Brasil, a participação das quedas na mortalidade por causas


externas cresceu de 3% para 4,5% de 1984 a 1994 (PERRACINI
apud PEREIRA et al., 2001).
Equilíbrio e Quedas no Idoso

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS:

 Morbidade:
– Fratura de quadril;
Imobilização
– Outras fraturas;

– Lesões graves de tecidos moles Hospitalização

(WALLER apud CHANDLER, 2002)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS:

 As quedas têm relação causal com 12% de todos os


óbitos na população geriátrica;
 Constituem a 6ª causa de óbito em pacientes com
mais de 65 anos.
(BARAFF apud PEREIRA et al., 2001)

 São responsáveis por 70% das mortes acidentais em


pessoas com 75 anos ou mais;
(FULLER apud PEREIRA et al., 2001)
Equilíbrio e Quedas no Idoso

CONSEQÜÊNCIAS:
(independente da gravidade da lesão)

 Seqüelas:
– Perda de confiança para realizar AVD e/ou AIVD;

– Restrição nas atividades;

– Isolamento social.

(VELLAS apud CHANDLER, 2002)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

CONSEQÜÊNCIAS:

 Seqüelas (Ciclo Vicioso):

– Queda(s) anterior(es)

– Imobilidade:

– Perda do condicionamento, rigidez e fraqueza muscular

– Mais quedas;

– Restrição adicional da mobilidade

(VELLAS apud CHANDLER, 2002)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

CONSEQÜÊNCIAS:

 Seqüelas (Efeito “Espelho”):

– Medo de cair de idosos (com mobilidade comprometida) que


não caíram;

– Imobilidade:

– Perda do condicionamento, rigidez e fraqueza muscular;

– Isolamento social e dependência.

(CHANDLER e TINETTI; DOUCETTE apud CHANDLER, 2002)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

FATORES DE RISCO

 Intrínsecos:
– São aqueles relacionados ao próprio idoso e
refletem incapacidade, pelo menos parcial,
de manter o equilíbrio ou recuperá-lo quando
houver um deslocamento do centro de gravidade.

(GUIMARÃES; CUNHA, 2004)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

FATORES DE RISCO

 Intrínsecos:
– Incapacidade funcional;
– Doença aguda e crônica;
– Transtornos cognitivos e comportamentais;
– Fraqueza muscular;
– Medicação.

(GUIMARÃES; CUNHA, 2004)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

FATORES DE RISCO

 Extrínsecos - ambientais:
– Idoso ativos, com maior mobilidade, têm menos
incidência de quedas.
– A excessiva ênfase relacionada com a causa de quedas
não tem sido comprovada em pesquisas.
– Riscos ambientais raramente estão implicados em
quedas, sendo mais importante a habilidade para
compensar situações de risco.

(GUIMARÃES; CUNHA, 2004)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

FATORES DE RISCO

 Controvérsias (LACH & GUIMARÃES, 2003; CUNHA, 2004):

– Fatores intrínsecos – 45%

(LACH apud CHANDLER, 2002)

– Fatores extrínsecos – 39%


Equilíbrio e Quedas no Idoso

FATORES DE RISCO

 Interação de fatores de risco:

– É possível que a maioria das quedas resulte


da interação complexa entre os fatores
intrínsecos e extrínsecos.

(LIPSITZ; TIDEIKSAAR; STUDENSKI apud CHANDLER, 2002)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

ABORDAGEM MÚLTIPLA - PROBLEMA DE QUEDAS

As quedas, na maioria das vezes, representam

a impossibilidade da pessoa com capacidade

funcional comprometida, de satisfazer as deman-

das intrínsecas e/ou extrínsecas da mobilidade

dentro de ambientes específicos.

(NEVITT apud CHANDLER, 2002)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

Abordagem Múltipla para o Problema das Quedas

 Quatro Condutas:
– (1) Ecológica: interação de fatores extrínsecos e/ou a
interação entre o organismo e o ambiente.

– (2) Biomédica: são os eventos clínicos que contribuem


eventualmente para as quedas.

Ex: hipotensão ortostática

(STUDENSKI apud CHANDLER, 2002)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

Abordagem Múltipla para o Problema das Quedas

 Quatro Condutas:
– (3) Fisiopatológica: identificação dos déficits no controle
postural que contribuem para a instabilidade:
 Componente efetor (força, ADM, alinhamento biomecânico e
flexibilidade).

 Processamento central (SNC).

(STUDENSKI apud CHANDLER, 2002)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

Abordagem Múltipla para o Problema das Quedas

 Quatro Condutas:
– (4) Funcional: identificação dos movimentos
rotineiros que comportam dificuldades para
o paciente.

(STUDENSKI apud CHANDLER, 2002)


Equilíbrio e Quedas no Idoso

Prevenção de Quedas:

É consenso que a queda é um evento de causa


multifatorial de alta complexidade terapêutica e
de difícil prevenção, exigindo dessa forma uma
abordagem multidisciplinar.

(PEREIRA et al, , 2001)


Métodos de Avaliação do equilíbrio
e Risco de Quedas em Idosos
 Escala de Equilíbrio de Tinetti;
 Teste de Alcance Funcional;
 Timed Get up and Go;
 Berg Balance Test;
 Teste de Apoio Unipodal;
 Teste de Romberg.
Teste de Alcance Funcional
 É solicitado ao indivíduo que permaneça em pé
com os pés afastados na largura dos ombros,
com os ombros flexionados de forma a manter
os braços a 90 graus do corpo. Sem movimentar
os pés, pede-se ao indivíduo que alcance o mais
longe possível à frente sem perder o equilíbrio.
A distância alcançada pelo sujeito é comparada
com valores pré-estabelecidos. Este teste é
bastante confiável e altamente preventivo para
quedas em idosos. Idosos sem problemas de
equilíbrio devem alcançar 15 cm no mínimo.
Teste de Alcance Funcional

GRAU CENTÍMETRO RISCO DE QUEDA

0 Incapacidade total ELEVADO

1 Alcance menor que 15 ALTO

2 Alcance entre 15 e 25 MODERADO

3 Alcance maior que 25 BAIXO A NULO


APOIO UNIPODAL

 Pede-se para o indivíduo equilibrar-se em apenas um


dos pés com olhos abertos e depois com olhos fechados
(esteja perto do sujeito para evitar qualquer risco de
queda) por no máximo 30 s. O tempo que ele ou ela
consegue ficar apoiado somente em um dos pés é
medido em três tentativas em cada condição visual e
considera-se a melhor das três tentativas (a que tiver
maior tempo). Adultos sem problemas de equilíbrio
devem ser capazes de permanecer nesta posição por 30
s. Idosos terão uma grande dificuldade na condição de
olhos fechados.
Escala de Equilíbrio de Tinetti
Get up and Go
SEGUNDOS AVALIAÇÃO DISPOSITIVOS
AUXILIARES

Menor 20 s Livre/e móbil Não necessita


de auxílios p/
marcha
20 a 29 s Mobilidade Necessita de
variável bengala
Maior 30 s Mobilidade Requerem um
danificada andador
FIM!

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