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Tom

Enquanto o menino corta a grama,

o gato está imóvel, com o olhar fixo na pomba, instinto.

O quarto formigava, parecia estar em constante movimento.

Um cigarro consola os pensamentos de Tom.

Que só quer vê-la crua e real, como em seus sonhos.

A cidade geme a seus pés.

A tv ligada traz um leve cochilo que rapidamente torna-se um sonho profundo.

Um avião passa rasgando o céu.

Tom acorda assustado.

A velha parece repetir insistentemente em sua cabeça.

Aaaaaai. Aaaaaai! Eu quero morrer!

Ele olha para o espelho e não encontra mais o homem que era há algumas horas...

Paulo Alexandre laskoski

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