em tudo aquilo que escrevemos (ou até mesmo quando falamos), nossas ideias precisam estar claras e dispostas de forma adequada, não é verdade? E um dos momentos em que praticamos a escrita é na hora da redação, um assunto que para muitas pessoas pode parecer difícil, um pouco chato, mas que na verdade, ao contrário do que muitos pensam, trata-se de algo muito simples. Na verdade, só precisamos desenvolver algumas habilidades necessárias que, no final, tudo dá certo e acaba saindo como nós imaginávamos. Então, por se tratar da importância de desenvolvermos estas habilidades, a partir de agora passaremos a conhecer um pouco mais sobre três elementos considerados de extrema importância na elaboração de um texto. São eles: Título, Tema e Parágrafo.
Título, Tema e Parágrafo são
elementos de fundamental importância na construção textual Em se tratando dos dois primeiros, geralmente há quem faça uma ligeira confusão entre eles. Daí a importância de sabermos qual a característica de cada um, sendo assim, vamos a elas? Imagine que a proposta de sua professora de Redação seja a sobre a influência que os recursos tecnológicos exercem atualmente sobre as pessoas. Logo, percebemos que se trata de um assunto muito amplo, pois são muitos estes recursos. Agora imagine uma situação diferente, na qual você tivesse que falar sobre os pontos negativos e positivos da Internet. Ora, como você sabe, entre os muitos recursos dos quais temos conhecimento, lá está ela... a Internet. Assim sendo, partindo destes dois exemplos dá bem para compreendermos a diferença que há entre título e tema. Ou seja, o tema se caracteriza por ser algo mais abrangente, mais amplo. Você vai perceber isso quando estiver realizando provas relativas aos Vestibulares pelas quais terá de passar. Na parte da Redação, cuja importância é tamanha (por isso você precisa estar bem preparado (a), ok?), haverá uma porção de textos, alguns com imagens, gráficos, e outros não – todos falando sobre um assunto considerado principal. Logo, temos que esse assunto se refere ao tema. Já o título se define como algo mais resumido, mais curto, que no caso dos exemplos que conferimos, os pontos negativos e positivos da Internet o representa, ou seja, trata-se de algo específico que faz referência a um determinado assunto (que no caso é o tema). Mas, e os parágrafos? Qual a sua importância? Ora, para que nossas ideias se apresentem com mais clareza elas precisam estar organizadas, e sabe como isso ocorre? Por meio dos parágrafos, que precisam ser bem construídos para que o leitor consiga facilmente entender o que estamos dizendo. Imagine como será bom ouvir alguém fazendo elogios ao nosso texto, por certo iremos gostar muito, concorda? Dessa forma, os parágrafos permitem que os outros dois elementos também se façam presentes: a coesão e a coerência. Se as ideias estiverem umas relacionadas com as outras, onde tudo é “amarradinho”, podemos afirmar que seu texto está coeso. E se isso ocorrer, claro que também haverá coerência, ou seja, se suas ideias tiveram sentido, seu texto estará coerente - algo essencial para a produção textual. COMO ESCREVER UM PARÁGRAFO?
Você já deve saber que, além de boas
ideias, um bom texto precisa estar bem estruturado, não é mesmo? Quando uma redação é bem construída, as chances de o leitor compreender melhor o que está sendo dito são muito maiores. Uma coisa depende da outra, pois não adianta ter bons argumentos se o seu texto ficar estruturalmente bagunçado. Entre os itens que compõem a estrutura do texto está a paragrafação. Esse é um assunto delicado, já que muitas pessoas não sabem como escrever um parágrafo de maneira adequada, assim como não sabem quando é hora de finalizá-lo. Pensando nisso, o Escola Kids traz cinco dicas de redação bastante simples que vão ajudá-lo(a) a colocar as ideias no papel da melhor maneira possível. Vamos lá? Dicas de redação: Como escrever um parágrafo? =) Dica 1: Essa dica talvez seja a mais importante: cada parágrafo deve apresentar apenas uma ideia-núcleo. Mas o que é uma ideia-núcleo? É a ideia mais importante do parágrafo, pois a partir dela outras ideias serão desenvolvidas; a essas ideias damos o nome de ideias secundárias. Lembre- se de que as ideias secundárias devem estabelecer uma relação de subordinação com a ideia principal e, caso uma delas tenha mais força e precise ser mais bem desenvolvida, é hora de mudar de parágrafo; =) Dica 2: Todo parágrafo deve conter um tópico frasal, que nada mais é do que a frase que resume todo o conteúdo da ideia-núcleo. Trata-se de uma afirmação categórica, por isso ela deve ser objetiva e concisa, sendo constituída por, no máximo, três orações. Caso o tópico fique extenso, é sinal de que você deve refazê-lo; =) Dica 3: Você não sabe qual é o tamanho ideal do parágrafo? Fique tranquilo, mesmo porque não existe nenhuma regra que determine o tamanho exato do parágrafo. Claro que você não deve escrever um parágrafo imenso, pois isso deixaria seu texto mal estruturado e confuso. Tente escrever três frases para cada um, esse é um número satisfatório. Mas, atenção: não permita que seu texto fique engessado, ou seja, não permita que os parágrafos fiquem todos iguaizinhos;
Não se esqueça de que deve existir
apenas uma ideia-núcleo para cada parágrafo. Fique atento também ao tópico frasal =) Dica 4: Você sabia que um parágrafo também tem uma estrutura padrão? Ele deve ser formado por três partes elementares: a ideia-núcleo, as ideias secundárias e a conclusão (onde se reafirma a ideia-núcleo). Essa estrutura deve ser respeitada principalmente nos textos do tipo dissertativo-argumentativo, lembrando que, em parágrafos curtos, geralmente não há conclusão; =) Dica 5: Releia seu texto quando terminar de escrevê-lo, assim você poderá encontrar possíveis falhas na paragrafação. Esse exercício final é ótimo para ajudar a localizar problemas relacionados com a coerência e coesão, falhas que comprometem o entendimento global de um texto. Se você notar que em um mesmo parágrafo existem várias ideias-núcleo, não tenha preguiça de reestruturar sua redação e permitir que o leitor possa aproveitar ao máximo as informações que você pretende transmitir. ♦ Dica de ouro: Leia mais! Não existe um bom escritor que não seja bom leitor. Por meio da leitura adquirimos bagagem cultural, percebemos o funcionamento da língua e aprendemos na prática as regras da língua portuguesa, sem precisar decorá-las. Boa leitura e bons estudos! OPERADORES ARGUMENTATIVOS
Operadores argumentativos são
expressões que ligam orações, períodos ou até mesmo parágrafos, conforme a intenção do autor. Os operadores argumentativos são palavras ou expressões fundamentais para a coesão textual, ou seja, para a ligação entre as diversas orações, períodos e parágrafos que existem em um texto. Eles são responsáveis por articular as partes do texto, conferindo a elas a intenção desejada pelo autor. Função A função dos operadores argumentativos é estabelecer uma ligaçãoentre as orações, períodos ou até mesmo parágrafos de um texto. Eles são fundamentais para a unidade textual, haja vista que é por meio de tais operadores que as partes do texto relacionam-se. Leia também: Textos sem coesão: Entenda como isso pode acontecer! Tipos Existem centenas de operadores argumenta tivos, e a língua, em seu uso, cria tantos outros nos diversos processos comunicativos. Entretanto, existem alguns desses operadores que valem a pena ter sempre em mente: Operadores de oposição: são aqueles que interligam ideias que se contrapõem. São eles: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, senão, embora, conquanto, ainda que, mesmo que, mesmo quando, apesar de que, se bem que, malgrado, não obstante, inobstante, em que pese etc. Eu gosto de sorvete, MAS estou gripado. Operadores de adição: são aqueles que aglutinam trechos com sentidos complementares, que não se contrapõem. São eles: e, nem, também, não só... mas também, mas ainda, como também, ademais, outrossim, além disso etc. Eu NÃO SÓ vou ficar, MAS TAMBÉM dormirei aqui. Operadores de conclusão: são aqueles que denotam uma conclusão em relação ao que foi dito anteriormente. São eles: logo, portanto, então, assim, enfim, consequentemente, por isso, por conseguinte, de modo que, por fim etc. Eu não tenho dinheiro. LOGO, não irei sair hoje. Operadores de explicação: são os operadores que representam uma explicação sobre o que foi citado antes. São eles: pois, porque, que, porquanto etc. Eu não posso comer lasanha, POIS tenho alergia a queijo. Operadores de conformidade: são aqueles que fazem referência a algo ou alguém. São eles: conforme, como, segundo, consoante, de acordo com etc. SEGUNDO Paulo Freire, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Operadores de condição: sugerem uma condição para a realização de algo. Exemplos: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, sem que, uma vez que (com o verbo no subjuntivo) etc. SE fizer bom tempo amanhã, eu vou. Operadores de finalidade: são aqueles que denotam a razão pela qual algo acontece. Exemplos: a fim de que, para que, com o fito de, que, porque (= para que) etc. Eu bebo água A FIM DE QUE não fique desidratado. Operadores de comparação: tais operadores constroem uma comparação entre duas sentenças. Exemplos: mais que, menos que, tão... quanto, tão... como, tanto... quanto, tão... como, tal qual, da mesma forma, da mesma maneira etc. Um passeio no parque é MAIS agradável QUE sair para festas. Operadores de consequência: são aqueles que denotam uma relação de consequência em relação a determinado ato. Exemplos: tão... que, tal... que, tanto... que, tamanho... que, de forma que, de modo que, de sorte que, de maneira que etc. O grito foi TÃO alto QUE acordou toda a vizinhança. Operadores de alternância: são os que apresentam uma relação de alternância entre dois polos. Exemplos: ou... ou, ora... ora, já... já, não... nem, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez etc. ORA quero dormir, ORA comer. Operadores de proporção, simultaneidade: são aqueles que sugerem uma relação de proporcionalidade entre os elementos interligados. Exemplos: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos etc. À MEDIDA QUE estudo, me torno mais inteligente. Leia também: Como escrever um parágrafo? Exemplos Para compreender bem o que são os operadores argumentativos, é interessante observar como essas ferramentas linguísticas são observadas na prática. Acompanhe a análise do caso abaixo. A expressão “MAS”, na frase “Maria quer sair, MAS vai chover” é considerado um operador argumentativo deoposição, pois liga a oração “Maria quer sair” àquela que diz “vai chover”. No caso, por conta do uso do MAS, fica parecendo que Maria não poderá sair devido ao fato de chover. É interessante notar que, se trocássemos o operador MAS pelo operador POIS, teríamos: “Maria quer sair, POIS vai chover”. Repare, o sentido da frase mudou completamente: agora parece que Maria quer sair justamente porque irá chover.