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NCRF 20 redito - Contabilidade

Contabilidade (Universidade do Porto)

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NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 20

RÉDITO

Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade
IAS 18 – Rédito, adoptada pelo Regulamento (CE) n.º 1725/2003, da Comissão, de 21 de Setembro, com
as alterações dos Regulamentos (CE) n.º 2086/2004, da Comissão, de 19 de Novembro e n.º 2236/2004,
da Comissão, de 29 de Dezembro.

Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia através dos regulamentos
publicados na sequência do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
19 de Julho.

INDICE (designação parágrafos)

Objectivo (§ 1) 1
Âmbito (§§ 2 a 6) 2
Definições (§§ 7 e 8) 3
Mensuração do rédito (§§ 9 a 12) 4
Reconhecimento do rédito (§§ 13 a 33) 5
Venda de bens (§§ 14 a 19) 5
Prestação de serviços (§§ 20 a 28) 7
Juros, royalties e dividendos (§§ 29 a 33) 8

Divulgação (§§ 34 e 35) 9


Data de eficácia (§ 36) 10

Objectivo (§ 1)

1. O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento


contabilístico de réditos, entendidos como os rendimentos que surgem no decurso das actividades
ordinárias de uma entidade, como, por exemplo, vendas, honorários, juros, dividendos e royalties.

A questão primordial na contabilização do rédito é a de determinar quando reconhecer o mesmo. O


rédito é reconhecido quando for provável que benefícios económicos futuros fluirão para a entidade e
esses benefícios possam ser fiavelmente mensurados. Esta Norma identifica as circunstâncias em
que estes critérios serão satisfeitos e, por isso, o rédito será reconhecido. Ela também proporciona
orientação prática na aplicação destes critérios.

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Âmbito (§§ 2 a 6)

2. Esta Norma deve ser aplicada na contabilização do rédito proveniente das transacções e
acontecimentos seguintes:

(a) venda de bens;

(b) prestação de serviços; e

(c) uso por outros de activos da entidade que produzam juros, royalties e dividendos.

3. O termo bens inclui bens produzidos pela entidade com a finalidade de serem vendidos e bens
comprados para revenda, tais como mercadorias compradas por um retalhista ou terrenos e outras
propriedades detidos para revenda.

4. A prestação de serviços envolve tipicamente o desempenho por uma entidade de uma tarefa
contratualmente acordada durante um período de tempo acordado. Os serviços podem ser prestados
dentro de um período único ou durante mais do que um período. Alguns contratos para a prestação
de serviços estão directamente relacionados com contratos de construção, como por exemplo, os
contratos para os serviços de gestão de projectos e de arquitectura. O rédito proveniente destes
contratos não é tratado nesta Norma mas é tratado de acordo com os requisitos para os contratos de
construção como especificado na NCRF 19 - Contratos de Construção.

5. O uso, por outros, de activos da entidade dá origem a rédito na forma de:

(a) juros - encargos pelo uso de dinheiro ou seus equivalentes ou de quantias devidas à entidade;

(b) royalties - encargos pelo uso de activos a longo prazo da entidade, como, por exemplo, patentes,
marcas, direitos de autor e software de computadores; e

(c) dividendos - distribuições de lucros a detentores de investimentos em capital próprio na


proporção das suas detenções de uma classe particular de capital.

6. Esta Norma não trata de réditos provenientes de:

(a) acordos de locação (ver a NCRF 9 - Locações);

(b) dividendos provenientes de investimentos que sejam contabilizados pelo método da equivalência
patrimonial (ver a NCRF 13 – Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em
Associadas);

(c) contratos de seguro de empresas seguradoras (ver subsidiariamente a IFRS 4 - Contratos de


Seguros);

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(d) alterações no justo valor de activos financeiros e passivos financeiros, ou da sua alienação (ver
subsidiariamente a IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração);

(e) alterações no valor de outros activos correntes;

(f) reconhecimento inicial e de alterações no justo valor de activos biológicos, relacionados com a
actividade agrícola (ver a NCRF 17 - Agricultura);

(g) reconhecimento inicial de produtos agrícolas (ver a NCRF 17 - Agricultura); e

(h) extracção de minérios.

Definições (§§ 7 e 8)

7. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:

Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre partes
conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento entre elas.

Método do juro efectivo: é um método de calcular o custo amortizado de um activo financeiro ou de


um passivo financeiro (ou grupo de activos financeiros ou de passivos financeiros) e de imputar o
rendimento dos juros ou o gasto dos juros durante o período relevante. A taxa de juro efectiva é a
taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos de caixa futuros estimados durante
a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto na quantia
escriturada líquida do activo financeiro ou do passivo financeiro.

Rédito: é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das
actividades ordinárias de uma entidade quando esses influxos resultarem em aumentos de capital
próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital próprio.

8. O rédito inclui somente os influxos brutos de benefícios económicos recebidos e a receber pela
entidade de sua própria conta. As quantias cobradas por conta de terceiros tais como impostos sobre
vendas, impostos sobre bens e serviços e impostos sobre o valor acrescentado não são benefícios
económicos que fluam para a entidade e não resultem em aumentos de capital próprio. Por isso, são
excluídos do rédito. Semelhantemente, num relacionamento de agência, os influxos brutos de
benefícios económicos que não resultem em aumentos de capital próprio para o agente, são
excluídos do rédito. As quantias cobradas por conta do capital não são rédito. Em vez disso, o rédito
é a quantia de comissão.

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Mensuração do rédito (§§ 9 a 12)

9. O rédito deve ser mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber.

10. A quantia de rédito proveniente de uma transacção é geralmente determinada por acordo entre a
entidade e o comprador ou utente do activo. É mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou
a receber tomando em consideração a quantia de quaisquer descontos comerciais e de quantidades
concedidos pela entidade.

11. Na maior parte dos casos, a retribuição é sob a forma de dinheiro ou seus equivalentes e a quantia
do rédito é a quantia em dinheiro ou seus equivalentes recebidos ou a receber. Porém, quando o
influxo de dinheiro ou equivalentes de dinheiro for diferido, o justo valor da retribuição pode ser menor
do que a quantia nominal de dinheiro recebido ou a receber. Por exemplo, uma entidade pode
conceder crédito isento de juros ao comprador ou aceitar do comprador uma livrança com taxa de
juro inferior à do mercado como retribuição pela venda dos bens. Quando o acordo constitua
efectivamente uma transacção de financiamento, o justo valor da retribuição é determinado
descontando todos os recebimentos futuros usando uma taxa de juro imputada. A taxa de juro
imputada é a mais claramente determinável de entre:

(a) a taxa prevalecente de um instrumento similar de um emitente com uma notação (rating) de
crédito similar; ou

(b) a taxa de juro que desconte a quantia nominal do instrumento para o preço de venda corrente a
dinheiro dos bens ou serviços.

A diferença entre o justo valor e a quantia nominal da retribuição é reconhecida como rédito de juros
de acordo com os parágrafos 29 e 30.

12. Quando os bens ou serviços sejam trocados ou objecto de swap por bens ou serviços que sejam de
natureza e valor semelhante, a troca não é vista como uma transacção que gera réditos. É muitas
vezes o caso de mercadorias como petróleo ou leite em que os fornecedores trocam ou entram em
swap de inventários em vários locais para satisfazer a procura numa base tempestiva num dado
local. Quando os bens sejam vendidos ou os serviços sejam prestados em troca de bens ou serviços
dissemelhantes, a troca é vista como uma transacção que gera rédito. O rédito é mensurado pelo
justo valor dos bens ou serviços recebidos ajustado pela quantia transferida de dinheiro ou seus
equivalentes. Quando o justo valor dos bens ou serviços recebidos não possa ser fiavelmente
mensurado, o rédito é mensurado pelo justo valor dos bens ou serviços entregues, ajustado pela
quantia transferida de dinheiro ou seus equivalentes.

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Reconhecimento do rédito (§§ 13 a 33)

13. Os critérios de reconhecimento nesta Norma são geralmente aplicados separadamente a cada
transacção. Contudo, em certas circunstâncias, é necessário aplicar os critérios de reconhecimento
aos componentes separadamente identificáveis de uma transacção única a fim de reflectir a
substância da transacção. Por exemplo, quando o preço da venda de um produto inclua uma quantia
identificável de serviços subsequentes, essa quantia é diferida e reconhecida como rédito durante o
período em que o serviço seja executado. Inversamente, os critérios de reconhecimento são
aplicados a duas ou mais transacções conjuntas, quando elas estejam ligadas de tal maneira que o
efeito comercial não possa ser compreendido sem referência às séries de transacções como um
todo. Por exemplo, uma entidade pode vender bens e, ao mesmo tempo, celebrar um acordo
separado para recomprar os bens numa data posterior, negando assim o efeito substantivo da
transacção; em tal caso, as duas transacções são tratadas conjuntamente.

Venda de bens (§§ 14 a 19)


14. O rédito proveniente da venda de bens deve ser reconhecido quando tiverem sido satisfeitas todas as
condições seguintes:

(a) a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e vantagens significativos da


propriedade dos bens;

(b) a entidade não mantenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado
com a posse, nem o controlo efectivo dos bens vendidos;

(c) a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada;

(d) seja provável que os benefícios económicos associados com a transacção fluam para a entidade;
e

(e) os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente
mensurados.

15. A avaliação de quando uma entidade transferiu os riscos e vantagens significativos da propriedade
para o comprador exige um exame das circunstâncias da transacção. Na maior parte dos casos, a
transferência dos riscos e vantagens da propriedade coincide com a transferência do documento
legal ou da passagem da posse para o comprador. Este é o caso da maioria das vendas a retalho.
Noutros casos, a transferência de riscos e vantagens de propriedade ocorre num momento diferente
da transferência do documento legal ou da passagem da posse.

16. Se a entidade retiver significativos riscos de propriedade, a transacção não é uma venda e o rédito
não é reconhecido. Uma entidade pode reter um risco significativo de propriedade de muitas

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maneiras. São exemplos de situações em que a entidade pode reter os riscos significativos e
vantagens de propriedade:

(a) quando a entidade retenha uma obrigação por execução não satisfatória, não coberta por
cláusulas normais de garantia;

(b) quando o recebimento do rédito de uma dada venda esteja dependente da obtenção de rédito
pela venda dos bens pelo comprador;

(c) quando os bens sejam expedidos sujeitos a instalação e a instalação seja uma parte significativa
do contrato que ainda não tenha sido concluído pela entidade; e

(d) quando o comprador tenha o direito de rescindir a compra por uma razão especificada no
contrato de venda e a entidade não esteja segura acerca da probabilidade de devolução.

17. Se uma entidade retiver somente um insignificante risco de propriedade, a transacção é uma venda e
o rédito é reconhecido. Por exemplo, um vendedor pode reter o título legal dos bens unicamente para
proteger a cobrabilidade da quantia devida. Em tal caso, se a entidade tiver transferido os riscos e
vantagens significativos da propriedade, a transacção é uma venda e o rédito é reconhecido. Um
outro exemplo de uma entidade que retém somente um risco insignificante de propriedade pode ser a
de uma venda a retalho quando for oferecido um reembolso se o cliente não ficar satisfeito. O rédito
em tais casos é reconhecido no momento da venda desde que o vendedor possa fiavelmente estimar
as devoluções futuras e reconheça um passivo por devoluções com base em experiência anterior e
noutros factores relevantes.

18. O rédito só é reconhecido quando for provável que os benefícios económicos associados com a
transacção fluam para a entidade. Nestes casos, tal só é verificável depois da retribuição ser
recebida ou de uma incerteza ser removida. Por exemplo, pode ser incerto que uma autoridade
governamental estrangeira conceda permissão para remeter a retribuição de uma venda num país
estrangeiro. Quando a permissão for concedida, a incerteza é retirada e o rédito é reconhecido.
Porém, quando surgir uma incerteza acerca da cobrabilidade de uma quantia já incluída no rédito, a
quantia incobrável ou a quantia cuja recuperação tenha cessado de ser provável é reconhecida como
gasto e não como um ajustamento da quantia do rédito originalmente reconhecido.

19. O rédito e os gastos que se relacionem com a mesma transacção ou outro acontecimento são
reconhecidos simultaneamente; este processo é geralmente referido como o balanceamento dos
réditos com os gastos. Os gastos incluindo garantias e outros custos a serem incorridos após a
expedição dos bens podem normalmente ser mensurados com fiabilidade quando as outras
condições para o reconhecimento do rédito tenham sido satisfeitas. Porém, quando os gastos não
possam ser mensurados fiavelmente, o rédito não pode ser reconhecido; em tais circunstâncias,
qualquer retribuição já recebida pela venda dos bens é reconhecida como um passivo.

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Prestação de serviços (§§ 20 a 28)


20. Quando o desfecho de uma transacção que envolva a prestação de serviços possa ser fiavelmente
estimado, o rédito associado com a transacção deve ser reconhecido com referência à fase de
acabamento da transacção à data do balanço. O desfecho de uma transacção pode ser fiavelmente
estimado quando todas as condições seguintes forem satisfeitas:

(a) a quantia de rédito possa ser fiavelmente mensurada;

(b) seja provável que os benefícios económicos associados à transacção fluam para a entidade;

(c) a fase de acabamento da transacção à data do balanço possa ser fiavelmente mensurada; e

(d) os custos incorridos com a transacção e os custos para concluir a transacção possam ser
fiavelmente mensurados.

21. O reconhecimento do rédito com referência à fase de acabamento de uma transacção é muitas vezes
referido como o método da percentagem de acabamento. Por este método, o rédito é reconhecido
nos períodos contabilísticos em que os serviços sejam prestados. O reconhecimento do rédito nesta
base proporciona informação útil sobre a extensão da actividade de serviço e desempenho durante
um período. A NCRF 19 - Contratos de Construção, também exige o reconhecimento do rédito nesta
base. As exigências desta Norma são geralmente aplicáveis ao reconhecimento do rédito e aos
gastos associados de uma transacção que envolva a prestação de serviços.

22. O rédito somente é reconhecido quando for provável que os benefícios económicos associados à
transacção fluam para a entidade. Porém, quando surja uma incerteza acerca da cobrabilidade de
uma quantia já incluída no rédito, a quantia incobrável, ou a quantia com respeito à qual a
recuperação tenha cessado de ser provável, é reconhecida como um gasto, e não como um
ajustamento da quantia de rédito originalmente reconhecido.

23. Uma entidade é geralmente capaz de fazer estimativas fiáveis após ter concordado com os outros
parceiros da transacção o seguinte:

(a) os direitos que cada uma das partes está obrigada a cumprir quanto ao serviço a ser prestado e
recebido pelas partes;

(b) a retribuição a ser trocada; e

(c) o modo e os termos da liquidação.

É também usualmente necessário que a entidade tenha um sistema eficaz de orçamentação


financeira interna e de relato financeiro. A entidade revê e, quando necessário, põe o visto nas
estimativas de rédito à medida que o serviço está a ser executado. A necessidade de tais revisões
não indicia que o desfecho da transacção não possa ser estimado com fiabilidade.
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24. A fase de acabamento de uma transacção pode ser determinada por uma variedade de métodos.
Uma entidade usa o método que mensure fiavelmente os serviços executados. Dependendo da
natureza da transacção, os métodos podem incluir:

(a) vistorias do trabalho executado;

(b) serviços executados até à data, expressos como uma percentagem do total dos serviços a serem
executados; ou

(c) a proporção que os custos incorridos até à data tenham com os custos totais estimados da
transacção. Somente os custos que reflictam serviços executados até à data são incluídos nos
custos incorridos até à data. Somente os custos que reflictam serviços executados ou a serem
executados são incluídos nos custos totais estimados da transacção.

Os pagamentos progressivos e os adiantamentos recebidos de clientes não reflectem muitas vezes


os serviços executados.

25. Para fins práticos, quando os serviços sejam desempenhados por um número indeterminado de
actos durante um período específico de tempo, o rédito é reconhecido numa base de linha recta
durante o período específico a menos que haja evidência de que um outro método represente melhor
a fase de acabamento. Quando um acto específico seja muito mais significativo do que quaisquer
outros actos, o reconhecimento do rédito é adiado até que o acto significativo seja executado.

26. Quando o desfecho da transacção que envolva a prestação de serviços não possa ser estimado com
fiabilidade, o rédito somente deve ser reconhecido na medida em que sejam recuperáveis os gastos
reconhecidos.

27. Durante as primeiras fases de uma transacção, é frequente que o desfecho da transacção não possa
ser fiavelmente estimado. Contudo, pode ser provável que a entidade recupere os custos incorridos
na mesma. Por isso, o rédito é reconhecido somente na medida em que se espere que sejam
recuperados os custos incorridos, não sendo reconhecido qualquer lucro.

28. Quando o desfecho de uma transacção não possa ser fiavelmente estimado e não seja provável que
os custos incorridos sejam recuperados, o rédito não é reconhecido e os custos incorridos são
reconhecidos como um gasto. Quando deixarem de existir as incertezas que impediram que o
desfecho do contrato pudesse ser fiavelmente estimado, o rédito é reconhecido de acordo com o
parágrafo 20 (com referência à fase de acabamento) e não de acordo com o parágrafo 26 (critério de
recuperação dos custos incorridos).

Juros, royalties e dividendos (§§ 29 a 33)


29. O rédito proveniente do uso por outros de activos da entidade que produzam juros, royalties e
dividendos deve ser reconhecido nas bases estabelecidas no parágrafo 30, quando:

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(a) seja provável que os benefícios económicos associados com a transacção fluam para a entidade;
e

(b) a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada.

30. O rédito deve ser reconhecido nas seguintes bases:

(a) os juros devem ser reconhecidos utilizando o método do juro efectivo;

(b) os royalties devem ser reconhecidos segundo o regime de acréscimo de acordo com a
substância do acordo relevante; e

(c) os dividendos devem ser reconhecidos quando for estabelecido o direito do accionista receber o
pagamento.

31. Quando juros não pagos tenham sido acrescidos antes da aquisição de um investimento que produza
juros, o recebimento subsequente de juros é repartido entre os períodos de pré e pós aquisição.
Somente a parte de pós aquisição é reconhecida como rédito. Quando os dividendos de títulos de
capital próprio sejam declarados a partir de lucros líquidos de pré aquisição, esses dividendos são
deduzidos do custo dos títulos. Se for difícil fazer tal imputação, excepto numa base arbitrária, os
dividendos são reconhecidos como rédito a menos que os mesmos representem claramente uma
recuperação de parte do custo dos títulos de capital próprio.

32. Os royalties são acrescidos de acordo com os termos do acordo relevante e são gradualmente
reconhecidos nessa base a menos que, tendo em atenção a substância do acordo, seja mais
apropriado reconhecer o rédito numa outra base sistemática e racional.

33. O rédito somente é reconhecido quando seja provável que os benefícios económicos inerentes à
transacção fluam para a entidade. Contudo, quando surja uma incerteza acerca da cobrabilidade de
uma quantia já incluída no rédito, a quantia incobrável, ou a quantia a respeito da qual a recuperação
tenha cessado de ser provável, é reconhecida como um gasto, e não como um ajustamento da
quantia do rédito originalmente reconhecido.

Divulgação (§§ 34 e 35)

34. Uma entidade deve divulgar:

(a) as políticas contabilísticas adoptadas para o reconhecimento do rédito incluindo os métodos


adoptados para determinar a fase de acabamento de transacções que envolvam a prestação de
serviços;

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(b) a quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o
rédito proveniente de:

(i) venda de bens;

(ii) prestação de serviços;

(iii) juros;

(iv) royalties;

(v) dividendos.

35. Uma entidade divulgará quaisquer activos e passivos contingentes de acordo com a NCRF 21 -
Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes. Os passivos contingentes e os activos
contingentes podem surgir de itens tais como custos de garantia, reclamações, penalidades ou
perdas possíveis.

Data de eficácia (§ 36)

36. Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do primeiro período que se inicie em ou após 1 de
Janeiro de 2008.

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