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artigo article
tudo ou quase nada a ver?
Abstract In this study, the understanding of in- Resumo Neste estudo, analisou-se a compreen-
tersectoriality together with the Family Health são da intersetorialidade com a Estratégia Saúde
Strategy (FHS) was analyzed from the percep- da Família (ESF), a partir das percepções de sujei-
tions of individuals involved with the social con- tos sociais implicados com o contexto da atenção
text of primary care in the city of Sobral in the básica no município de Sobral (CE). Estudo analí-
state of Ceará. An analytical study of a qualitati- tico, de natureza qualitativa. Elegeu-se o grupo fo-
ve nature was conducted in May 2014. The focal cal como técnica de coleta de dados, com 11 parti-
group was the data collection technique with 11 cipantes, escolhidos a partir de funções chaves que
participants chosen for the key functions they per- exercem na interface direta com a ESF, realizado
form in their direct interface with the FHS. Data no mês de maio de 2014. As informações foram
were analyzed using the Lefevre and Lefevre Dis- analisadas pela técnica do Discurso do Sujeito
course of the Collective Subject technique (2003). Coletivo de Lefevre e Lefevre (2003). Utilizou-se
The “word cloud” analysis technique – a graphical também a técnica “nuvem de palavras”, criadas a
way of viewing linguistic data based on WordleTM partir do software WordleTM, uma forma gráfica
software – was also used. Five discourses on in- de visualização de dados linguísticos. Foram pro-
tersectoriality were produced: a) the understan- duzidos 5 discursos sobre intersetorialidade: o en-
ding of the group; b) its importance in the context tendimento do grupo; sua importância no contex-
of the FHS; c) actions performed in the FHS; d) to da ESF; ações realizadas na ESF; facilitadores e
facilitators or obstacles to intersectoriality in the dificultadores da intersetorialidade na ESF; suges-
FHS; e) suggestions for enhancing intersectorial tões para fortalecimento da intersetorialidade na
cooperation in the FHS. The responses highlighted ESF. As respostas evidenciaram a complexidade
the complexity of this issue, which requires health desta questão no contexto da ESF, a qual deman-
managers and professionals to overcome the re- da dos gestores e profissionais de saúde a neces-
1
Centro de Ciências da ductionist model that is derived from a biological sidade de superarem o modelo reducionista, que
Saúde, Universidade perspective on health, the polysemic nature of the tem a ver com a perspectiva biologicista em saúde,
Estadual Vale do Acaraú.
Av. da Universidade 850,
term and acknowledging that this is a project un- do caráter polissêmico que o termo apresenta e de
Campus de Betânia. der construction. reconhecerem que se trata de uma proposta em
62040-370 Sobral CE Key words Family health strategy, Intersectorial- construção.
Brasil.
socorroad@gmail.com
ity, Health promotion Palavras-chave Estratégia Saúde da Família, In-
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Escola de Formação em tersetorialidade, Promoção da saúde
Saúde da Família.
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Dias MSA et al.
nesse sentido que, ao serem indagados sobre a de maneira integrada e de identificar soluções
importância da intersetorialidade, no contexto colaborativas adequadas à realidade social. A
da Estratégia Saúde da Família, as respostas leva- população passa a não ser objeto de intervenção,
ram ao DSC “B” a seguir abstraído: mas, sim, um sujeito ativo assumindo um papel
A intersetorialidade é indispensável na Estra- decisivo. Assim, muda-se a lógica da política so-
tégia Saúde da Família, considerando que o fazer cial, saindo da visão da carência, da solução de
saúde não se faz só. Para desenvolver a promoção necessidades para a de direitos a uma vida digna
da saúde e prevenção de doenças, tudo perpassa e com qualidade18.
outras secretarias, outros espaços, outros setores, le- Essa reflexão remete as discussões no âmbi-
vando em consideração os determinantes sociais do to da promoção da saúde, quando entre outros
processo saúde-doença. A intersetorialidade convi- aspectos coloca-se no debate da saúde a questão
da as políticas públicas, os setores, as pessoas a irem dos determinantes sociais e a necessidade de se
além daquilo que imaginam que possam contribuir adotar uma perspectiva ampliada de saúde19.
para a saúde integral da população. É um convite Vemos também a percepção acerca da ne-
à ação para ir além do mínimo. Para tanto, enten- cessidade de se trabalhar de forma conjunta em
der e conhecer o território, é condição indispensável contraposição ao modelo hegemônico de se fazer
para agir de forma intersetorial. Além disso, man- sozinho. Evidencia-se nas falas a compreensão da
ter um diálogo permanente e se responsabilizando importância do envolvimento de vários atores e
pelo cuidado do sujeito/comunidade. É entender segmentos na resolução dos problemas de saúde.
que juntos somos mais fortes e potentes que isola- Estes não competem apenas aos profissionais da
dos. Então, hoje em dia, o trabalho intersetorial é saúde. Outros setores e profissionais precisam
fundamental para a Estratégia Saúde da Família. envolver-se para que soluções satisfatórias sejam
A intersetorialidade se concretiza nessa rede de possíveis.
apoio, nesse segurar de mãos, pra que a gente possa O resultado gerado pela técnica “nuvem de
realmente enfrentar dificuldades. palavras” ratificou as análises supracitadas. De
Observa-se que a intersetorialidade constitui acordo com a Figura 2, as palavras que gravita-
uma concepção que deve desencadear uma nova ram em torno da palavra intersetorialidade com
maneira de planejar, executar e controlar ações e mais destaque foram: “Indispensável”, “Saúde”,
serviços para garantir acesso e qualidade da aten- “Estratégia” e “Família”.
ção à saúde de modo integral. Para isso, admi- Em relação a como o grupo identifica na sua
nistradores, gestores, profissionais e até mesmo rotina de trabalho, no contexto da Estratégia
a população passam a ser considerados sujeitos Saúde da Família, ações intersetoriais, obteve-se
com a capacidade de perceber seus problemas o DSC “C”.
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Dias MSA et al.
Figura 2. Nuvem de palavras elaborada com base no DSC “B” sobre a importância da intersetorialidade no
contexto da Estratégia Saúde da Família. Sobral, maio de 2014.
A primeira delas é o Programa Saúde na Es- ticulado com a educação. O torneio de futebol que
cola, que dialoga saúde e educação. Outra são os está acontecendo, ... Tem o grupo de farmácia viva
Projetos Terapêuticos Singulares que se fazem nas e terapia comunitária com o CAPS. A semana do
situações de risco, especialmente com gestantes, bebê foi uma articulação intersetorial protagoniza-
crianças, idosos, onde a gente conta com os CRAS, da pelo Trevo de Quatro Folhas, em parceria com
escolas, Secretaria de urbanismo. A política local hospitais, com o Conselho Tutelar, com o Ministé-
de combate à extrema pobreza trabalha na pers- rio Público, com os CRAS, com o CREAS.
pectiva intersetorial. Existe um comitê técnico que Interessante neste momento da pesquisa,
envolve saúde, educação, urbanismo, saneamen- que remete necessariamente a certa objetividade,
to básico e a Estratégia Saúde da Família... Uma quando se demanda a identificação de ações in-
atividade muito importante e que teve muita ação tersetoriais, é ter por parte dos sujeitos o relato
intersetorial foi a caminhada da paz, para discutir de várias situações percebidas como que se encai-
a questão da violência. Foram feitas reunião com xam no perfil previsto para a intersetorialidade.
vários setores, as escolas, os grupos comunitários, O discurso dos sujeitos indica uma com-
o comércio, as igrejas. A gente sentou, reuniu e foi preensão da intersetorialidade enquanto prática
uma articulação de rede... Em período chuvoso, as inserida no fazer dos mesmos no contexto da
pessoas ficam em situação de risco, a gente preci- ESF. Observa-se que as falas trazem com bastan-
sa de um trabalho muito próximo da secretaria de te propriedade essa prática. Várias situações são
educação, com a defesa civil. Tem um projeto onde indicadas denotando que as colaborações entre
são realizadas feiras nos bairros pra valorização diferentes segmentos é algo observável no am-
das potencialidades locais. Outro ponto é a questão biente do sistema de saúde de Sobral. Dentre os
dos mutirões da dengue. Então, a gente se articu- contextos institucionais onde se pôde constatar
la bastante com a secretaria do meio ambiente. E práticas colaborativas, verificam-se, aqui com
também ultimamente os setores de infraestrutu- certa regularidade, os setores da educação e da
ra e urbanismo e saneamento também estiveram assistência social. Outros segmentos aparecem de
presentes nas unidades de saúde... Outra iniciativa forma mais pulverizada, mas não menos impor-
foi pra trabalhar a coleta seletiva do lixo, ... Outra tante em termos de contribuição para um fazer
ação são os grupos de idosos e de gestantes desen- que tenta romper com ações isoladas.
volvidos de maneira intersetorial, principalmente Outro ponto a ser observado é que, quando
com os CRAS, ... E tem grupos de adolescente ar- se fala em ação intersetorial, as parcerias firmadas
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Figura 3. Nuvem de palavras elaborada com base no DSC “C” sobre as ações intersetoriais no contexto da
Estratégia Saúde da Família. Sobral, maio de 2014.
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processos de trabalho. Uma situação dessas, que é res, que envolvem acesso a recursos financeiros,
muito clara, é a do Agente Comunitário de Saúde informação ou poder. Portanto, a intersetoriali-
e do Agente de Controle de Endemias quando um dade é um processo complexo, que implica em
diz: não isso aqui não é meu papel, esse aqui é papel enfrentar “contradições, restrições e resistências”.
do outro. A intersetorialidade exige uma mudança da “ló-
O grupo traz uma série de questões que, de gica de governo, de organização do trabalho para
forma direta e indireta, acabam comprometen- a prevenção ou solução de problemas existentes
do o conceito e o desenvolvimento da interse- em um território geográfico, e não em setores es-
torialidade. Entre estas questões, destacam-se pecíficos como vem ocorrendo [...]”21.
ações pontuais que são desenvolvidas de forma Quando você tem um profissional comprome-
assistemática e, portanto, acabam comprome- tido e ele sai do individualismo e amplia a visão
tendo, a médio e longo prazos, o envolvimento pro coletivo, se responsabiliza com o território, e vai
e a corresponsabilidade dos diversos atores e ins- muito além. Seria o planejar junto, seria o consenso
tituições. Nesta mesma direção, sinalizam ainda que é importante, o que é que é o nosso objetivo. É
a forte tendência ao isolamento dos setores que conhecer o que é o papel do outro, o que é o meu pa-
se acomodam nesta organização, fato que re- pel, até onde eu posso entrar no espaço do outro e o
força a fragmentação das ações. Outra questão outro no meu, pra que não haja esses conflitos e nem
fundamental passa pelo corporativismo de pes- o egocentrismo de eu ficar no meu espaço olhando os
soas e organizações, fato que não contribui para meus problemas e resolvendo somente os que acho
a construção efetiva de uma visão e de práticas que são meus. Dialogar, chegar a consensos, plane-
pautadas na colaboratividade, na reciprocidade jar, avaliar junto o impacto dessas estratégias, desse
e na corresponsabilidade, enfim, no fomento da diálogo, desse trabalho junto. Os conselhos locais
intersetorialidade. podem ser estratégicos, uma vez que muitas articu-
Além desses aspectos, foi relatada como obs- lações são feitas neste âmbito. O orçamento partici-
táculo, a falta de respostas dos setores aos proble- pativo, momento que o prefeito foi até às comunida-
mas ou solicitações que lhes são encaminhados, des levando vários setores pra ouvir as demandas da
entendendo como desinteresse às suas solicita- comunidade. Por isso, que eu falo muito no diálogo.
ções. A excessiva burocracia também foi consi- É também estar indo atrás e não ficar só esperando
derada um fator dificultador para o processo de que eles venham até a gente e que as coisas vão acon-
trabalho intersetorial na ESF. tecer, sem a gente ir atrás e conversar.
Sobre este aspecto, Inojosa20 se posiciona Por outro lado, quando se examina as falas
que a forma como o aparato governamental se que indicam os possíveis elementos facilitadores
estrutura “é um elemento determinante para a em relação à intersetorialidade no âmbito da ESF,
qualidade dos produtos ou serviços que o Estado constata-se a presença em destaque dos seguintes
entrega à sociedade [...]”. Para esta autora, as es- fatores: compromisso do profissional com a ESF,
truturas organizacionais se apresentam de forma visão do coletivo e não apenas da parte, respon-
“piramidal”, com “vários escalões hierárquicos”, sabilização com o território, conhecimento das
“departamentalizados por áreas de especialida- atribuições dos outros setores e profissionais, a
des”, desenvolvendo-se neste contexto diversas capacidade de dialogar e, ainda, a experiência vi-
formas de organizar o trabalho, tais como: “cen- venciada na prática do orçamento participativo
tralização decisória, planejamento normativo, no cenário do município de Sobral.
dicotomia entre planejamento e execução, sigilo Foi observado a partir das facilidades relata-
e ocultação de informações, formalização exces- das, que, mesmo a intersetorialidade dependen-
siva, e distanciamento do cidadão e mesmo do do de uma política mais geral, existem algumas
usuário, dificultando o controle social”. iniciativas que funcionam, quando estas ações
Percebe-se, portanto, que o discurso acerca são desenvolvidas permeadas pelo diálogo e con-
da intersetorialidade, a exemplo do que acon- sensos, sobressaindo as realizadas com a partici-
tece com a interdisciplinaridade, tem sido mais pação popular a exemplo dos Conselhos Locais
desenvolvido que sua prática, havendo muita de Saúde e do Orçamento Participativo.
dificuldade em mudar o modelo de gestão21. O O resultado gerado pela técnica “nuvem de
discurso da colaboração defende que os atores, palavras” confirma as análises supracitadas. De
por serem iguais, podem exercitar uma colabora- acordo com a Figura 4, as palavras que gravitam
ção mútua, porém “a lógica da parceria”, implica entorno da palavra intersetorialidade com mais
na ideia de “conflito”, devido à existência de uma destaque foram: “Gente”, “Educação”, “Grupos”,
diversidade de condições estruturais destes ato- “Articulação”, “Diálogo”, “Individualismo”.
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Os dados sugerem, como se vem descobrindo trução, inacabada. E que a vivência da mesma
neste e em outros estudos, que a intersetoriali- não é simples por vir acompanhada de contra-
dade é algo que remete a um novo paradigma. dições e tensionamentos, por envolver diferentes
Tradicionalmente tem prevalecido o modelo segmentos e atores sociais.
fragmentado e dicotômico bastante característi- Por fim, procurou-se levantar sugestões/indi-
co da visão mecanicista da saúde. Mas, quando cações do grupo no sentido de melhorar ou po-
se pensa numa dimensão ampliada de saúde e tencializar as práticas intersetoriais no contexto
na questão da integralidade, é necessário passar da Estratégia Saúde da Família, a partir da expe-
do paradigma tradicional para o sistêmico. Por- riência e conhecimento do mesmo. O que deverí-
tanto, implica adotar-se uma nova perspectiva de amos fazer? Obteve-se o seguinte DSC “F”:
trabalhar e enfrentar os problemas que passam, Acho que a primeira coisa era: se a gente dentro
entre outros, por assumir uma das premissas da de cada território tivesse um comitê intersetorial
intersetorialidade que seja, o de trabalhar junto, que trabalhasse dentro desse comitê as prioridades
envolvendo os diferentes segmentos no enfrenta- daquele local. Um colegiado intersetorial, de for-
mento dos problemas de saúde. ma que a gente tivesse representantes de todas as
É, portanto, fundamental avançar para o potencialidades, que tinham dentro daquele terri-
desenvolvimento de projetos intersetoriais, que tório para discutir as prioridades daquele bairro,
tragam de fato o compromisso com ações de daquele território e planejar junto e fazer junto. Eu
promoção da saúde e melhoria da qualidade de acho que aí sim, talvez a gente conseguisse sucesso,
vida para a lógica da corresponsabilização, que bem mais sucesso nas ações. Inclusive dentro dessa
articulem além da saúde, outros setores das po- ação intersetorial envolver a comunidade, por que
líticas públicas22. ela também tem potencial e precisa ser envolvida,
Reconhece-se aqui que outros estudos21-23 dentro desse comitê. Então, assim, eu acho impor-
apontam para uma compreensão da intersetoria- tante que a gente comece a pensar nesses pactos,
lidade como algo ainda em movimento, em cons- nesses colegiados intersetoriais. Mas que eles não
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Dias MSA et al.
sejam somente aquele momento, que ele também política de gestão pública, não só no âmbito da
tenha um direcionamento de gestão. A gestão devia saúde, mas de outros ambientes da gestão pública.
trazer um posicionamento desta opção pela inter- Percebe-se nas falas dos profissionais da ESF
setorialidade e que isso configurasse como uma di- que estes reconhecem que sozinhos não conse-
retriz nas políticas públicas. As ações para se torna- guirão promover as mudanças desejadas rumo à
rem intersetoriais elas precisam se capilarizar, pra efetivação da intersetorialidade na ESF, visando à
que a gente possa difundir mais a ideia do que cada promoção da Saúde. Esta constatação vem confir-
setor está trabalhando e se aproximar realmente. mar o já previsto por Mendes24, que as equipes da
A intersetorialdade diz respeito a uma prática Estratégia da Saúde da Família, por estarem hie-
e a uma visão que remetem a dimensão do com- rarquicamente em um nível inferior dos setores
plexo4, isso quer dizer que são múltiplos os deter- implicados na resolução dos problemas identifi-
minantes presentes como, por exemplo, questões cados, teriam seus esforços integrativos limitados,
sociais, políticas e culturais. Tradicionalmente, o pois estes estariam na dependência das “capaci-
paradigma baseado na fragmentação da realida- dades de condução de níveis superiores”, daí que
de tem sido hegemônico. Entretanto, quando se torna-se necessário que se configure como políti-
pensa hoje na própria definição de saúde cons- ca de governo e não de um setor específico.
tata-se que, a partir do conceito ampliado, não é O resultado gerado pela técnica “nuvem de
possível apenas ao setor saúde isoladamente dar palavras” confirma as análises supracitadas. De
conta dos muitos desafios. acordo com a Figura 5, as palavras que gravitam
Ao analisarmos as sugestões apresentadas entorno do conceito intersetorialidade com mais
pelo grupo, indicando possíveis estratégias que destaque são: “Gente”, “Gestão”, “Comitês”, “Junto”.
potencializam a intersetorialidade no campo da
saúde, destacam-se os seguintes aspectos: a cons-
tituição de um comitê ou colegiado para gestão Conclusão
e promoção da intersetorialidade, a prática do
planejamento participativo, o envolvimento da A questão da intersetorialidade potencializa e se
comunidade, que seja algo permanente e não relaciona de muitos modos com os propósitos
apenas pontual em função de algum projeto, que da ESF, ao adotar como princípios a integração
se assuma a intersetorialidade como uma diretriz de vários saberes e setores, proporcionando uma
Figura 5. Nuvem de palavras elaborada com base no DSC F. Sugestões para potencializar ações intersetoriais no
contexto da Estratégia Saúde da Família. Sobral, maio de 2014.
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Colaboradores
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