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Essa lei possuía previsões relativas à reclamação e ao REsp e RExt, que foram revogadas
pelo NCPC.
1. DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA:
1.1. AÇÃO PENAL ORIGINÁRIA:
A lei em questão foi pensada para os processos nos Tribunais Superiores, no entanto,
em relação às ações penais, outra lei estendeu as previsões aos Tribunais de Justiça e
Tribunais Regionais Federais.
Lei nº. 8.658/93 (tem apenas um artigo): As normas dos arts. 1° a 12, inclusive, da Lei n°
8.038, de 28 de maio de 1990, aplicam-se às ações penais de competência originária dos
Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, e dos Tribunais Regionais Federais.
- Nos de ação penal pública, o Ministério Público terá o prazo de 15 dias para oferecer denúncia
ou pedir arquivamento do inquérito ou das peças informativas.
- O relator, escolhido na forma regimental, será o juiz da instrução, que se realizará segundo o
disposto neste capítulo, no Código de Processo Penal, no que for aplicável, e no Regimento
Interno do Tribunal.
O relator terá as atribuições que a legislação processual confere aos juízes singulares.
- Compete ao relator:
- Se, com a resposta, forem apresentados novos documentos, será intimada a parte contrária
para sobre eles se manifestar, no prazo de 5 dias.
Na ação penal de iniciativa privada, será ouvido, em igual prazo, o Ministério Público.
- A seguir, o relator pedirá dia para que o Tribunal delibere sobre o recebimento, a rejeição da
denúncia ou da queixa, ou a improcedência da acusação, se a decisão não depender de outras
provas.
No julgamento de que trata este artigo, será facultada sustentação oral pelo prazo de
15 minutos, primeiro à acusação, depois à defesa.
Encerrados os debates, o Tribunal passará a deliberar, determinando o Presidente as
pessoas que poderão permanecer no recinto.
Constitui nulidade absoluta, por cerceamento de defesa, a realização do julgamento
que delibera sobre o recebimento ou rejeição da denúncia, nos casos de ação penal
originária, sem que, para tanto, fossem intimados o acusado e seu defensor.
Precedentes do STJ e do STF.
O interrogatório, aqui, ainda é o primeiro ato, assim como ocorre, por exemplo, na Lei
de Drogas. Todavia, o STF parecer ter consolidado jurisprudência no sentido de que o
art. 400 do CPP se aplica a TODOS os processos criminais, ou seja, seja qual for o rito,
ainda que especial, o interrogatório deve ser o ÚLTIMO ATO da instrução:
- Realizadas as diligências, ou não sendo estas requeridas nem determinadas pelo relator, serão
intimadas a acusação e a defesa para, sucessivamente, apresentarem, no prazo de 15 dias,
alegações escritas.
- RESUMO DO PROCEDIMENTO:
2º) Notificação do réu para resposta no prazo de 15 dias (pode ser por edital);
4º) Instrução (na literalidade da lei, interrogatório é o primeiro ato, mas STF decidiu
que deve ser o último);
5º) Alegações finais no prazo de 15 dias (sendo comum o prazo para os corréus);
2. DA COMPETÊNCIA RECURSAL:
2.1. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS: 5 DIAS
- O recurso ordinário para o Superior Tribunal de Justiça, das decisões denegatórias de Habeas
Corpus, proferidas pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do
Distrito Federal, será interposto no prazo de 5 dias, com as razões do pedido de reforma.
- Haverá revisão, no Superior Tribunal de Justiça, nos seguintes processos: a) rescisória; b) ação
penal originária; c) revisão criminal.
- Em caso de vaga ou afastamento de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, por prazo superior
a trinta dias, poderá ser convocado Juiz de Tribunal Regional Federal ou Desembargador, para
substituição, pelo voto da MAIORIA ABSOLUTA dos seus membros.
- A decisão de Turma, no Superior Tribunal de Justiça, será tomada pelo voto da MAIORIA
ABSOLUTA de seus membros.