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A Contabilidade está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas jurídicas,
deixando de ser uma mera profissão mecânica para ser uma ferramenta que fundamenta todo
o arcabouço decisório, contribuindo para a alavancagem do seu processo de gestão. Dentro
desse processo, a escrituração contábil se destaca por ser uma ferramenta poderosa capaz de
proporcionar uma maior confiabilidade e segurança para a tomada de decisões. Este estudo
apresenta a importância da escrituração contábil bem como a sua obrigatoriedade perante as
variadas legislações, pois com o registro fiel das transações contábeis, as entidades obtêm
uma maior visualização de sua riqueza bem como do comportamento dos atos e fatos
administrativos, além de inúmeras vantagens oferecidas visando sempre à otimização dos
resultados.
INTRODUÇÃO
Com as mudanças econômicas e sociais a que o Brasil assistiu e assiste a cada dia
fruto da Globalização, as entidades estão passando por um constante processo de mudança em
todos os sentidos, a postura do empresário está totalmente voltada à tomada de decisões,
muito mais a nível gerencial, isto é, subsídios de como gerir a organização e com o foco
voltado para obtenção de lucro e de como continuar mantendo-o.
Neste sentido, a Contabilidade se destaca por ser uma ferramenta capaz de
proporcionar condições que auxiliarão todo o processo decisório para otimização de
resultados.
A NBC T 1 – Das Características da Informação Contábil em seu Item 1.3.1 – Dos
Atributos da Informação Contábil diz com muita propriedade que
A informação contábil deve ser, em geral e antes de tudo, veraz e eqüitativa, de forma a
satisfazer as necessidades comuns a um grande número de diferentes usuários, não
podendo privilegiar deliberadamente a nenhum deles, considerado o fato de que os
interesses destes nem sempre são coincidentes.
Desta forma, pretende-se demonstrar que a escrituração contábil feita de forma correta
e em tempo hábil, juntamente com a adoção de algumas práticas em observância a legislação
atual, trará todo o suporte necessário para gerir o processo de gestão das entidades, além de
proporcionar inúmeras vantagens, se transformando num agente que atua como o diferencial
na tomada de decisões.
Este estudo, num primeiro momento, apresenta a evolução da Contabilidade na
história, identificando os procedimentos de registro existentes, tais como manual, mecânico e
informatizado, assim como identifica os conceitos básicos de Contabilidade e a escrituração
contábil propriamente dita. Em seguida, identifica os conceitos básicos do processo de gestão
das entidades tais como o conceito de capital de giro e sua administração juntamente com o
processo de gestão financeira em consonância com a escrituração contábil que auxilia para o
bom andamento destes trazendo benefícios.
Dolabella (1995, p. 102) define que “são os recursos financeiros aplicados pela
entidade na execução do ciclo operacional de seus produtos, recursos estes que serão
recuperados financeiramente ao final deste ciclo”.
Gitman (1987, p. 510) conceitua como “os ativos circulantes que sustentam as
operações do dia-a-dia das empresas”.
O Capital de Giro é o conjunto de valores necessários para fazer uma entidade
promover seus negócios com tranqüilidade financeira e representa os recursos investidos no
ativo circulante da empresa, os quais são necessários para financiar suas necessidades
operacionais, que vão desde a aquisição das matérias-primas ou mercadorias até o
recebimento pela venda do produto acabado.
Silva (2002), informa que o capital de giro necessita de acompanhamento permanente,
pois está continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela empresa.
De maneira geral, quando se fala em capital de giro, estamos falando sobre os itens
circulantes do ativo, ou seja, dos recursos de curto prazo. Às vezes, as empresas encontram-se
em dificuldades para captar recursos próprios para a aplicação monetária em determinados
elementos patrimoniais.
Para Gitman (1987, p.279) “a administração de capital de giro abrange a
administração das contas circulantes da empresa, incluindo ativos e passivos circulantes”. A
administração de capital de giro é um dos aspectos mais importantes da administração
financeira considerada globalmente, já que os ativos circulantes representam cerca de 50% do
ativo total, e perto de 30% dos financiamentos totais é representado pelo passivo circulante
nas empresas industriais.
Em uma empresa a gestão financeira caracteriza-se como um conjunto de ações e
procedimentos administrativos, que envolve o planejamento, análise e controle das atividades
financeiras da empresa, no sentido de maximizar os resultados econômicos - financeiros
decorrentes de suas atividades operacionais.
O Gestor Financeiro possui sempre o objetivo de aumentar o valor do patrimônio
líquido da entidade, por meio da geração de lucro líquido, decorrente das atividades
operacionais da empresa, sendo que para isso necessita de um sistema de informações
gerenciais eficaz que lhe permita conhecer a situação financeira da empresa, tomando as
decisões mais adequadas, maximizando seus resultados.
Segundo Schrickel (1999), o ciclo econômico consiste no período em que a
mercadoria permanece em poder da empresa, ou seja, este ciclo inicia-se no momento em que
há a compra da mercadoria pela empresa e encerra-se quando da venda da mesma.
Este ciclo corresponde ao giro de estoques da empresa, pois informa o tempo em que a
empresa está necessitando para girar os seus estoques, sendo que quanto maior for o estoque,
mais lento será o giro do estoque e conseqüentemente comprometerá a situação financeira da
empresa.
Schrickel (1999), informa que este ciclo compreende o espaço de tempo entre o
pagamento ao fornecedor e o recebimento dos créditos gerados pela venda da mercadoria, ou
seja, constitui-se o período em que a empresa utiliza-se de recursos próprios ou de terceiros
para execução de suas atividades de produção, até o recebimento de seus créditos oriundos de
suas vendas.
Este ciclo, segundo o autor, é o ciclo de caixa, pois se encontra grande reflexo do ciclo
econômico neste ciclo, pois sendo lento o ciclo econômico, com certeza provocará grandes
reflexos durante o ciclo financeiro.
O autor informa que este ciclo representa a união dos ciclos econômico e financeiro e
compreende o período em que são investidos recursos nas operações, sem que ocorram as
Para o bom gerenciamento do capital de giro faz-se necessário uma boa adequação dos
ciclos financeiro e operacional, pois este, sendo mais amplo, corresponde ao intervalo de
tempo gasto pela empresa para executar todas as suas atividades operacionais, ou seja,
A fim de poder reduzir a dependência financeira, é importante que toda empresa deva
efetuar um estudo analítico dos seus ciclos operacional e financeiro, que servirá de base para
todas as decisões financeiras, aumentando assim o retorno financeiro de suas atividades.
O Equilíbrio Financeiro, seguindo a linha de Assaf Neto e Silva (1995, p.24)
O conceito de equilíbrio financeiro de uma empresa é verificado quando suas obrigações
financeiras se encontram lastreadas em ativos com prazos de conversão em caixa similares
aos dos passivos. Em outras palavras, o equilíbrio financeiro exige vinculação entre a
liquidez dos ativos e os desembolsos demandados pelos passivos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. São Paulo: Atlas, 2003.
BRASIL. Código Civil.46.ed. São Paulo: Saraiva, 2002
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
DOLABELLA, Maurício Melo. Mensuração e Simulação das Necessidades de Capital de
Giro e dos fluxos Financeiros Operacionais: Um Modelo de Informação Contábil para a
Gestão Financeira. Dissertação de Mestrado em Contabilidade. Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade. São Paulo: FEA-USP, 1995.
SCHRICKEL, Wolfgang Kurt. Demonstrações Financeiras. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999
SILVA, César A. T. Administração do Capital de Giro. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2002.