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DO TRABALHO
3ª RODADA - 27/08/2017
CEI-MAGISTRATURA
DO TRABALHO
3ª RODADA - 27/08/2017
DURAÇÃO
07/08/2017 A 04/10/2017
MATERIAL ÚNICO
Questões totalmente inéditas
ACESSÍVEL
Computador, Tablet, Smartphone
40 QUESTÕES OBJETIVAS
Por rodada
2 QUESTÕES DISSERTATIVAS
Por rodada
1 SENTENÇA JUDICIAL
Por rodada
IMPORTANTE: é proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos. O CEI CEI-MAGIS-
possui um sistema de registro de dados que marca o material com o seu CPF ou nome de usuário. TRATURA DO
O descumprimento dessa orientação acarretará na sua exclusão do Curso. Agradecemos pela TRABALHO.
sua gentileza de adquirir honestamente o curso e permitir que o CEI continue existindo. 2017
PROMOÇÃO
R$ 150,00
GARANTA O SEU!
editoracei.com pág. 2
CPF: 004.359.891-97 ALUNO: marcusmcl
CEI-MAGISTRATURA
DO TRABALHO
3ª RODADA - 27/08/2017
PROFESSORES
INSTRUÇÕES GERAIS
Foi com imensa honra que aceitei o desafio de coordenar este curso destinado à
preparação de candidatos para ingresso na Magistratura do Trabalho.
Para quem ainda não conhece, o curso CEI já possui tradição e vem demonstrando
ótimos resultados na preparação de candidatos para os concursos da Magistratura
Federal, Estadual e Defensorias, dentre outros.
E, podem ter certeza, que não poderia haver momento melhor para lançamento do
curso: o advento do primeiro I CONCURSO PÚBLICO NACIONAL UNIFICADO PARA
INGRESSO NA CARREIRA DA MAGISTRATURA DO TRABALHO.
Este será o maior certame para provimento dos cargos de Juiz do Trabalho Substituto.
Foram oferecidos 132 cargos vagos, sendo que este número poderá dobrar dentro do
prazo de validade do concurso.
O método do CEI consiste em preparar o aluno para a primeira e segunda fases, desde
o início da sua preparação, fornecendo espelhos detalhados de correção, selecionando
as melhores respostas e, especialmente, corrigindo individualmente a do candidato,
fazendo as devidas críticas e sugestões.
responder.
Sugerimos que o aluno procure responder às questões objetivas sem consultar nenhum
material, avaliando, ao final, o seu desempenho, para que possa detectar bem quais os
pontos em que precisa reforçar os estudos. Quanto às questões dissertativas e sentenças,
sugerimos seja consultada apenas a legislação, para simular a situação que irá encontrar
na prova, a não ser que o aluno não possua nenhuma intimidade com o tema, caso em
que sugerimos que proceda a uma breve leitura na doutrina, para se ambientar, antes
de iniciar a resposta. Está disponível na área do aluno a folha de respostas, a qual deve
ser utilizada pelo aluno para o envio das respostas, observando, inclusive, o limite de
linhas ali existente, salvo menção expressa em contrário no enunciado da questão. Se
o aluno preferir enviar a resposta redigida à mão (digitalizada), ela será corrigida quanto
aos aspectos técnicos, mas não quanto à ortografia, além de que a resposta não poderá
ser selecionada entre as melhores da rodada. Fica ao critério do aluno.
@fabriciosilvatrt
/professorfabriciosilva/
SUMÁRIO
ORIENTAÇÃO: procure responder todas as questões com agilidade, sem consulta a nenhum
material, a fim de simular a situação encontrada em prova.
I) A prescrição sobre o direito às férias têm seu curso iniciado quando houver o
encerramento do período aquisitivo, exceto se extinto o contrato de trabalho.
III) O empregado que receber benefício previdenciário por acidente ou doença por mais
de seis meses não fara jus ao período de férias. No entanto, o gozo do descanso anual
será devido caso o período seja descontínuo;
IV) O empregado terá direito a 30 dias de férias, desde que não falte mais de 5 vezes
durante o período aquisitivo;
V) O período de gozo das férias deverá ser avisado com antecedência mínima de 15 dias
ao empregado.
IV) A alimentação fornecida como salário in natura terá cunho indenizatório caso a
empresa se submeta ao PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador.
e) Conforme o entendimento jurisprudencial atual, o art. 384 da CLT não foi recepcionado
pela Constituição Federal de 1988, pois constitui critério discriminatório entre homens
e mulheres.
I – O tempo de trajeto gasto pelo trabalhador até o serviço e para sua volta será computado
na jornada de trabalho caso a empresa se localize em local de difícil acesso ou não
servido por transporte público, desde que a empresa forneça a condução e não cobre
por isso;
II – Caso haja transporte público até o local de trabalho, este não se considera de difícil
acesso, o que, por si só, impede o pagamento das horas in itinere;
e) Apenas IV é correta.
QUESTÃO 5. João Paulo pediu demissão do emprego e seu contrato foi rompido em
07.10.2015. Afirmou em reclamação trabalhista que recebia da empresa R$ 1.500,00 mensais
fixos e comissões pelas vendas realizadas, as quais eram pagas extra folha. Além do
reconhecimento da remuneração por fora e seus reflexos, João Paulo pleiteou em Juízo o
pagamento de 2 horas extras diárias. A prova oral evidenciou que a remuneração da inicial
se confirma, e que o trabalhador recebia, em média, R$ 500,00 mensais a título de comissões.
Confirmou-se, ainda, que o trabalhador trabalhava dez horas por dia, conforme os cartões
de ponto e a testemunha ouvida em audiência.
a) O trabalhador tem direito às horas extras realizadas, com o adicional de 50% sobre a
hora normal, sendo que o divisor utilizado para a liquidação será o de 220.
b) João Paulo é considerado comissionista misto. As horas extras realizadas devem ser
pagas, sendo que quanto à parte fixa o trabalhador receberá a hora mais o adicional de
50%. Quanto à parte variável, as horas estão pagas pelas comissões recebidas, mas o
trabalhador tem direito ao adicional de 50% sobre elas.
d) João Paulo é considerado comissionista misto e tem direito a receber as horas extras
com o adicional de 50% sobre a remuneração média integral.
e) Como a CLT permite a realização de duas horas extras diárias, João Paulo não fará
jus ao recebimento daquelas e tampouco do adicional, já que as comissões pagas já
remuneram o tempo trabalhado.
d) O Brasil não ratificou a convenção 87 da OIT, que trata sobre a liberdade sindical,
tendo ratificado a Convenção 98, que versa sobre condutas antissindicais.
a) De acordo com entendimento firmado pelo STF, como regra, o surgimento de novas
vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do
certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados
fora das vagas previstas no edital.
b) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
QUESTÃO 11. No que tange o ato administrativo, não é incorreto afirmar que:
III – A constituição prevê três modalidades de precatório: (i) precatórios comuns; (i)
precatórios alimentícios; (iii) precatórios alimentícios a idosos, portador de doença
grave ou portador de deficiência, até o triplo do valor do teto do RPV.
João, convidado a ser testemunha em audiência trabalhista, sabendo que não trabalhou
no mesmo período que o reclamante, falsificou sua CTPS com dados incorretos sobre
admissão, função, salário e dispensa. O documento foi exibido em Juízo, e o depoimento
relevante para a prolação da sentença que negou a equiparação salarial pleiteada, já que o
reclamante não convidou testemunhas.
II – João praticou o crime de falsa identidade, o qual constitui apenas uma modalidade
da falsidade ideológica.
III – João, como é funcionário público atualmente, terá sua pena elevada.
IV – O crime de falsidade ideológica não pode ser praticado por omissão do agente.
a) V, F, V, F.
b) V, V, F, V.
c) V, V, V, V.
d) V, F, F, F.
a) Exoneração;
b) Advertência;
d) Suspensão do cargo.
b) Somente a prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto
com a confissão ficta, sendo que a vedação à produção de prova posterior pela parte
confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/
dever de conduzir o processo
c) O juiz não está adstrito às conclusões do laudo pericial, podendo basear-se em outros
elementos de convicção presentes nos autos para formar sua convicção motivada.
QUESTÃO 16. Com base nas referidas assertivas, assinale a alternativa CORRETA:
I - Para que seja apresentada reconvenção é necessário que esta seja conexa com a ação
principal ou com os fundamentos da defesa.
QUESTÃO 18. Caio Rolando do Morro ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-
empregadora, a empresa Serra Alta Ltda., pretendendo o recebimento de horas extras, verbas
rescisórias decorrentes da dispensa imotivada e indenização por assédio moral. Na primeira
audiência a reclamada apresentou defesa, negando a realização de trabalho extraordinário,
alegando a existência de abandono de emprego e os fatos constitutivos do assédio moral.
Foram juntados apenas controles de ponto, com horários invariáveis, pertinentes a todo
pacto laboral, os quais foram impugnados pelo autor. Para a audiência de instrução, as
partes foram intimadas pessoalmente para depoimentos pessoais, sob pena de confissão,
mas não compareceram, estando presentes apenas os advogados. Diante da ausência das
partes, o Juiz encerrou a fase de instrução e os autos foram conclusos para sentença.
a) A ausência das partes gera a confissão ficta recíproca, sendo que deverá ser observando
o ônus probatório do autor, e para os extintivos, modificativos e impeditivos, o ônus será
do réu. Portanto, todos os pedidos deverão ser julgados improcedentes.
e) A audiência deveria ser adiada, diante do comparecimento dos procuradores, uma vez
que inviável a colheita dos depoimentos pessoais das partes.
e) Sendo as razões do agravo de petição as mesmas dos embargos à execução, sem que
tenha sido apresentada qualquer impugnação aos fundamentos da decisão recorrida,
não é possível conhecer do recurso, por inobservância do Princípio da Dialeticidade.
b) Somente têm legitimidade para propor ADI ou ADC: o Presidente da República; a Mesa
do Senado; a Mesa da Câmara dos Deputados; a Mesa de Assembleia Legislativa ou
Câmara Legislativa do DF; os Estados ou o DF; o PGR; o Conselho Federal da OAB;
partido político com representação no Congresso Nacional; confederação sindical,
central sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
I – Sob a ótica da Constituição, todos são iguais perante a lei, sendo vedada a discriminação
de qualquer natureza, inclusive a discriminação positiva.
Responda:
V – Considerando que o poder constituinte originário rompe com a ordem jurídica pretérita,
instituindo um novo Estado constitucional, é correto dizer que todo o ordenamento
jurídico vigente antes da nova constituição necessariamente perde a validade.
QUESTÃO 24. Ao aprovar a Súmula Vinculante n. 4, estabelecendo que: “Salvo nos casos
previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de
cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão
judicial”, especificamente em relação ao adicional de insalubridade, o Supremo Tribunal
Federal aplicou a seguinte técnica de decisão em controle de constitucionalidade:
QUESTÃO 25. Tício possui um único imóvel no qual reside com seus filhos, gozando da
impenhorabilidade conferida ao bem de família. Não se trata, porém, de bem de família
convencional, ou seja, não houve qualquer registro. A impenhorabilidade que protege Tício
decorre diretamente da lei. Se a lei que garante a impenhorabilidade do imóvel for revogada,
e Tício tiver o bem penhorado após a entrada em vigor do texto da Lei nova:
a) Poderá invocar a proteção conferida ao ato jurídico perfeito, pois a aquisição do imóvel
ocorreu em momento anterior ao advento da lei nova, não podendo haver prejuízo.
c) Não poderá invocar a proteção do direito adquirido, pois inexiste direito adquirido a
regime jurídico e assim já o decidiu o STF.
QUESTÃO 26. Caio abalroou o veículo de Mévio, que sofreu danos materiais. Visando à
reparação do dano, Mévio acionou direta e exclusivamente a seguradora de Caio, já que em
diversas tratativas o condutor do outro veículo alegou que não tinha dinheiro por causa da
crise no país. De acordo com o Código Civil e com jurisprudência consolidada do Superior
Tribunal de Justiça:
b) O Juiz deverá, de ofício, incluir no polo passivo da ação a pessoa de Caio, o qual
responderá, solidariamente com a seguradora, pelos danos que houver causado
culposamente a Mévio.
a) Titular da maior fração ideal sobre o bem, Rihanna pode obter a resolução da venda
e adjudicar para si a parte vendida, depositando o preço pago por Madonna dentro do
prazo decadencial indicado em lei.
c) Rihanna, titular da maior fração ideal sobre o bem, pode obter a resolução da venda
e adjudicar para si a parte alienada, depositando o preço pago por Madonna no prazo
prescricional indicado em lei.
e) Nem Beyoncé e nem Rihanna têm direito de preferência sobre a parte alienada.
a) Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
e) Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo
a capacidade de cada um;
QUESTÃO 30. De acordo com as novas regras do Código de Processo Civil – Lei nº. 13.105,
de 16 de março de 2015 – os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem
cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão, porém especifica algumas
exceções a essa regra. Dentre as alternativas abaixo, aponte a que NÃO corresponde a uma
dessas exceções.
e) A causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada.
QUESTÃO 32. Sobre a Lei n° 11.419 de 2006, que dispõe sobre a informatização do processo
judicial, é possível afirmar:
d) O prazo fica automaticamente prorrogado para o primeiro dia útil seguinte à resolução
do problema, quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado prazo, por
meio de petição eletrônica, se o Sistema do Poder Judiciário se tornar indisponível por
motivo técnico.
e) Os originais dos documentos digitalizados, e juntados aos autos pelas partes, deverão
ser preservados pelo seu detentor até o trânsito em julgado da sentença, após o que
poderão ser seguramente descartados, pois não terão mais qualquer finalidade.
são excluídos do Regime Geral de Previdência Social, desde que amparados por regime
próprio de previdência social. Já o servidor público ocupante de cargo em comissão
e o contratado por tempo determinado do artigo 37, IX, da CF somente são segurados
obrigatórios do RGPS quando o regime jurídico de contratação for celetista.
d) A sede da sociedade estrangeira poderá ser transferida para o Brasil, mas depende de
autorização do Poder Executivo para tanto.
1. Todo membro deverá elaborar e implementar programas de ação para eliminar, como
medida prioritária, as piores formas de trabalho infantil.
Pergunta-se: Sob a ótica da Recomendação 190 da OIT, tais programas devem dispensar
especial atenção, exceto:
b) Às meninas;
QUESTÃO 40. Súmula Vinculante 25: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer
que seja a modalidade de depósito.
I) A prescrição sobre o direito às férias têm seu curso iniciado quando houver o
encerramento do período aquisitivo, exceto se extinto o contrato de trabalho.
III) O empregado que receber benefício previdenciário por acidente ou doença por mais
de seis meses não fara jus ao período de férias. No entanto, o gozo do descanso anual
será devido caso o período seja descontínuo;
IV) O empregado terá direito a 30 dias de férias, desde que não falte mais de 5 vezes
durante o período aquisitivo;
V) O período de gozo das férias deverá ser avisado com antecedência mínima de 15 dias
ao empregado.
COMENTÁRIO
I – INCORRETO: De acordo com o art. 149 da CLT, o início do prazo prescricional ocorrerá com o
fim do período concessivo das férias ou, na hipótese de rescisão contratual, da data que delimitar
a extinção do vínculo.
Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a
depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância
correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior,
a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e
458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de
1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.
Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes
à sua saída; II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais
de 30 (trinta) dias; III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30
(trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e IV -
tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-
doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. (…)
IV – CORRETO: O art. 130, inciso I, da CLT determina que, caso o empregado não tenha mais de
cinco faltas, fará jus a 30 dias de férias.
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho,
o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 30 (trinta) dias corridos,
quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes. (…).
V – INCORRETO: O período de gozo das férias deverá ser avisado ao obreiro com antecedência
mínima de 30 dias. É o que se extrai do art. 135 da CLT:
Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com
antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo.
IV) A alimentação fornecida como salário in natura terá cunho indenizatório caso a
empresa se submeta ao PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador.
COMENTÁRIO
Ainda que possível sua redução mediante negociação coletiva (art. 6º, inciso IV, da CF), esta
situação é excepcional é aceita nos casos em que seja essencial para a manutenção do emprego.
III – CORRETO: Muito se discute acerca da possibilidade de penhora sobre os salários, haja vista
que a dívida trabalhista também é de natureza alimentar, assim como a parcela recebida pelo
devedor em razão de seu trabalho.
O art. 833, inciso IV, do NCPC impede a penhora do salário. Nesse sentido é a OJ 153 da SDI-II
do TST:
Art 3º Não se inclui como salário de contribuição a parcela paga in natura, pela empresa,
nos programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho.
V – INCORRETA: Art. 458, inciso VIII, da CLT foi acrescentado em 2012 e previu a possibilidade do
empregador conceder ao obreiro o “vale-cultura”. No entanto, a própria norma estipula que a verba
não possui natureza salarial.
e) Conforme o entendimento jurisprudencial atual, o art. 384 da CLT não foi recepcionado
pela Constituição Federal de 1988, pois constitui critério discriminatório entre homens
e mulheres.
COMENTÁRIO
a) INCORRETA: A discriminação é a diferenciação sem que haja motivos justos para tanto e
fere de morte o princípio da isonomia. A CF/1988 tem especial preocupação com a matéria e
trouxe diversos dispositivos que tem como finalidade impedir que ocorram condutas com essas
características.
concreta por ela vivenciada. A causa da discriminação reside, muitas vezes, no cru
preconceito, isto é, um juízo sedimentado desqualificador de uma pessoa em virtude
de uma sua característica, determinada externamente, e identificadora de um grupo
ou segmento mais amplo de indivíduos (cor, etnia, sexo ou gênero, nacionalidade,
deficiência, riqueza, opção sexual, etc.). (…) O princípio da não discriminação seria, em
consequência, a diretriz geral vedatória de tratamento diferenciado à pessoa em virtude
de fator injustamente desqualificante (...)”. (DELGADO, Maurício Godinho. CURSO DE
DIREITO DO TRABALHO. 16ª Edição. 2017.Editora LTR. Página 902/903).
Art. 4º - O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta
Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: I - a
reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante
pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de
juros legais; II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento,
corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais.
Logo, a alternativa “a” está incorreta porque excluiu a indenização por danos morais como direito a
ser requerido pelo empregado.
c) INCORRETA: A Lei 9.029/95 não traz tarifação quanto à indenização por danos morais. Esta é de
cunho subjetivo, embora o candidato deva se atentar para a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017)
que entrará em vigor em novembro e prevê limites no arbitramento da indenização.
O que está previsto no art. 4º do mencionado Diploma é a dobra quanto ao ressarcimento pelo
período de afastamento, nos casos em que o trabalhador não optar pela reintegração.
e) INCORRETA: O art. 384 da CLT prevê o intervalo de 15 minutos para as mulheres que se
sujeitem ao trabalho em regime de sobrejornada.
A jurisprudência entende que o dispositivo foi recepcionado pela Constituição Federal e deve ser
aplicado em relação aos contratos de trabalho das mulheres. Este é outro ponto que o candidato
deva se atentar, haja vista que este dispositivo não foi mantido pela Lei 13.467/17.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) negou provimento ao Recurso Extraordinário (RE)
658312, com repercussão geral reconhecida, e firmou a tese de que o artigo 384 da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) foi recepcionado pela Constituição da República de 1988. Em que
pese a possível nulidade da decisão em razão de vícios de natureza formal, conforme noticiado no
próprio sítio do Pretório Excelso, o entendimento sobre o mérito deixa clara a aplicação do art. 384
da CLT quanto ao trabalho das mulheres:
Não foi por outro motivo que a Constituição Federal de 1988, sobre o tema, explicitou,
em três mandamentos, a necessária garantia da igualdade, sob seus diversos aspectos.
Assim: i) fixou a cláusula geral de igualdade, prescrevendo, em seu art. 5º, caput, que
“todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (...)”; ii) estabeleceu
uma cláusula específica de igualdade de gênero, declarando que “homens e mulheres
são iguais em direitos e obrigações” (art. 5º, inciso I, CF); e iii) ao mesmo tempo, deixou
excepcionada a possibilidade de tratamento diferenciado, por opção do constituinte, na
parte final desse dispositivo, salientando que isso se dará “nos termos [da] Constituição”.
As situações expressas de tratamento desigual, sobre as quais poderia ocorrer alguma
dúvida, foram dispostas formalmente na própria Constituição, como podemos verificar,
por exemplo, nos arts. 7º, inciso XX, e 40, § 1º, inciso III, letras a e b. Pela leitura esses
dispositivos podemos concluir que a Constituição Federal veio a se utilizar de alguns
critérios para esse tratamento diferenciado: i) em primeiro lugar, levou em consideração
a histórica exclusão da mulher do mercado regular de trabalho e impôs ao Estado a
obrigação de implantar políticas públicas, administrativas ou meramente legislativas de
natureza protetora no âmbito do direito do trabalho (PITANGUY, Jacqueline & BARSTED,
Leila L. (orgs.). O Progresso das Mulheres no Brasil. Brasília: UNIFEM, Fundação Ford
e CEPIA, 2006); ii) considerou existir um componente orgânico, biológico, a justificar o
tratamento diferenciado, inclusive pela menor resistência física da mulher; e iii) considerou
haver, também, um componente social, pelo fato de ser comum o acúmulo de atividades
pela mulher no lar e no ambiente de trabalho – o que, de fato, é uma realidade e, portanto,
deve ser levado em consideração na interpretação da norma, como propõe a metódica
concretista de Friedrich Müller (cf. Métodos de trabalho do Direito Constitucional. Trad.
Peter Naumann: Rio de Janeiro, Renovar, 2005 e O novo paradigma do direito: introdução
à teoria e à metódica estruturantes do direito. Trad. Dimitri Dimoulis et. al.. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2008). Não vislumbro ser a espécie um enunciado normativo que
I – O tempo de trajeto gasto pelo trabalhador até o serviço e para sua volta será computado
na jornada de trabalho caso a empresa se localize em local de difícil acesso ou não
servido por transporte público, desde que a empresa forneça a condução e não cobre
por isso;
II – Caso haja transporte público até o local de trabalho, este não se considera de difícil
acesso, o que, por si só, impede o pagamento das horas in itinere;
no art. 7º, inciso XII, da CF (8 horas diárias e 44 horas semanais), não terá direito a horas
extras, mas o percurso deverá ser pago como hora trabalhada;
e) Apenas IV é correta.
COMENTÁRIO
I – INCORRETA: A CLT traz duas situações que ensejam o pagamento de horas de trajeto: trabalho
em local de difícil acesso ou não servido por transporte público. Para tanto, a condução deve ser
fornecida pelo empregador.
O fato de cobrar pelo transporte não impede o reconhecimento das horas in itinere. A matéria
suscitou bastante dúvida, mas o TST firmou entendimento nas súmulas 90 e 320 sobre o tema e
pacificou algumas questões:
II – INCORRETA: Conforme prevê o entendimento exposto na súmula 90, não basta que haja
transporte público regular, pois este deverá ser compatível com os horários de entrada e saída do
reclamante para evitar o pagamento do período de trajeto.
III – CORRETA: Conforme entende o C. TST, o transporte público intermunicipal tem peculiaridades
que impedem afastar o reconhecimento das horas de trajeto. Muitas vezes, o gasto de trabalhador
com a condução e o tempo dispendido torna impossível manter o contrato de emprego.
QUESTÃO 5. João Paulo pediu demissão do emprego e seu contrato foi rompido em
07.10.2015. Afirmou em reclamação trabalhista que recebia da empresa R$ 1.500,00 mensais
fixos e comissões pelas vendas realizadas, as quais eram pagas extra folha. Além do
reconhecimento da remuneração por fora e seus reflexos, João Paulo pleiteou em Juízo o
pagamento de 2 horas extras diárias. A prova oral evidenciou que a remuneração da inicial
se confirma, e que o trabalhador recebia, em média, R$ 500,00 mensais a título de comissões.
Confirmou-se, ainda, que o trabalhador trabalhava dez horas por dia, conforme os cartões
de ponto e a testemunha ouvida em audiência.
a) O trabalhador tem direito às horas extras realizadas, com o adicional de 50% sobre a
hora normal, sendo que o divisor utilizado para a liquidação será o de 220.
b) João Paulo é considerado comissionista misto. As horas extras realizadas devem ser
pagas, sendo que quanto à parte fixa o trabalhador receberá a hora mais o adicional de
50%. Quanto à parte variável, as horas estão pagas pelas comissões recebidas, mas o
trabalhador tem direito ao adicional de 50% sobre elas.
d) João Paulo é considerado comissionista misto e tem direito a receber as horas extras
com o adicional de 50% sobre a remuneração média integral.
e) Como a CLT permite a realização de duas horas extras diárias, João Paulo não fará
jus ao recebimento daquelas e tampouco do adicional, já que as comissões pagas já
remuneram o tempo trabalhado.
COMENTÁRIO
O TST examinou a matéria referente às horas extras do trabalhador comissionista e pacificou que:
c) INCORRETA: O enunciado aponta que o reclamante pediu demissão. Logo, não faz jus à multa
de 40% sobre o FGTS.
e) INCORRETA: A alternativa exclui o pagamento das horas extras, o que vai contra tudo o quanto
descrito acima.
COMENTÁRIO
O ADCT, em seu artigo 10, inciso II, alínea “b”, prevê esta espécie de garantia provisória do
emprego. Além disso, é possível o elastecimento do período no caso de adesão ao programa
“empresa cidadã”, disciplinado pela Lei 11.770/2008.
ADCT, art. 10, inciso II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: (...) b) da
empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
Por sua vez, a CF/1988 estipula o direito à licença-maternidade, o qual é regulamentado pela Lei
8.213/91.
Art. 7º, inciso XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a
duração de cento e vinte dias (…).
e) INCORRETA: Por fim, conforme se extrai do entendimento sumulado acima, embora haja
decisões em sentido contrário, mesmo nos contratos a termo se aplica a estabilidade provisória à
gestante.
dos princípios do Direito Coletivo do Trabalho. Diante dessa colisão, somente a liberdade
sindical vigora por conta da revogação tácita do princípio da unicidade.
d) O Brasil não ratificou a convenção 87 da OIT, que trata sobre a liberdade sindical,
tendo ratificado a Convenção 98, que versa sobre condutas antissindicais.
COMENTÁRIO
Isso porque, no Brasil, tanto a liberdade sindical quanto a unicidade sindical são prescritas em
normas constitucionais criadas pelo poder constituinte originário, o qual se caracteriza por ser
ilimitado, soberano.
Ademais, vale lembrar que prevalece no Brasil a corrente de acordo com a qual não há hierarquia
entre normas formalmente constitucionais editadas pelo constituinte originário. Logo, os aparentes
conflitos entre normas constitucionais originárias devem ser solucionados por meio da harmonização
entre elas tendo em vista a unidade da Constituição (princípio da unidade hierárquico-normativa).
Contudo, merece destaque que existe doutrina minoritária sustentando que, embora o poder
constituinte originário seja ilimitado, incondicionado e autônomo em relação aos ordenamentos
anteriores, ele deve ser pautado pelos valores civilizatórios dos direitos humanos reconhecidos
como essenciais e inafastáveis pela ordem internacional.
b) INCORRETA: De acordo com o artigo 513, “b”, da CLT, compete aos sindicatos a celebração de
acordos e convenções coletivas.
Soma-se a isso que, pelo artigo 611, § 2º, da CLT, as federações e confederações somente podem
avençar convenções coletivas quando as categorias forem “inorganizadas em sindicatos, no âmbito
de suas representações”.
Desse modo, no caso em análise, verifica-se que a convenção coletiva subscrita pela federação
é ineficaz em relação à área do Município Z, onde a categoria profissional tem seu respectivo
sindicato.
Portanto, como a convenção coletiva firmada pela federação nem mesmo tem eficácia na área do
Município Z, não há que se falar em conflito entre as CCTs.
c) INCORRETA: O artigo 620 da CLT expressamente consagra o princípio da norma mais favorável,
ao estabelecer que as convenções coletivas prevalecem em face dos acordos coletivos se aquelas
forem mais benéficas aos trabalhadores.
Vale lembrar, ainda, que há cizânia acerca dos parâmetros de aplicação do referido princípio na
solução dos conflitos entre normas autônomas, com três correntes sobre o tema:
A jurisprudência atual do TST segue a teoria do conglobamento, de acordo com a qual devem ser
comparadas a convenção coletiva e o acordo coletivo em sua totalidade, selecionando-se a que,
no conjunto se revela, em abstrato, mais favorável aos trabalhadores.
d) CORRETA: O Brasil ratificou a convenção 98 da OIT que versa sobre condutas antissindicais,
contudo não ratificou a convenção 87, que prescreve a plena liberdade sindical e prega a pluralidade
sindical.
e) INCORRETA: A assertiva está errada tendo em vista o que dispõe o artigo 617, § 1º, da CLT, in
verbis:
COMENTÁRIO
I – INCORRETA: A OJ 365 da SDI-1 do TST trata sobre o assunto, nos seguintes termos:
Cumpre salientar que esse entendimento se deve ao fato de que os delegados dos sindicatos não
ocupam cargos eleitos, visto que são nomeados pelos dirigentes para representarem a entidade
em locais da base territorial de modo mais próximo aos representados.
III – INCORRETA: A súmula 369, III, do TST reflete o entendimento jurisprudencial da corte superior
no sentido de que o dirigente sindical de categoria diferenciada somente tem estabilidade quando
exerce na empresa a profissão correspondente à categoria que ele representa.
Por exemplo, o engenheiro eleito para presidente do sindicato dos engenheiros, mas que ocupa
cargo de vendedor não tem estabilidade, pois não exerce a profissão correspondente à categoria
diferenciada, cujo sindicato representa. Diferente seria se o mesmo o engenheiro eleito para
presidente do sindicato dos engenheiros tivesse sido contratado para atuar como empregado
engenheiro; nesse caso, ele teria estabilidade, independentemente do ramo de atividade da
empregadora.
Para que não restem dúvidas, é importante salientar que esse entendimento acima referido não
colide com a OJ 369 da SDI-1 do TST, de acordo com a qual delegado sindical não tem estabilidade.
Isso porque o delegado sindical referido na OJ 369 não é representante eleito, mas nomeado pela
gestão do sindicato visando maior aproximação com a base da categoria. De outra sorte, o delegado
sindical das federações e confederações, previstos no artigo 538 da CLT, são representantes
eleitos para representarem os sindicatos nos conselhos das federações e confederações. Por
conta disso, por entender que são dirigentes eleitos, o TST tem reconhecido a estabilidade desses
representantes.
V – CORRETA: Sobre o tema, TST e STF têm entendimento de que, à luz do princípio da máxima
efetividade da constituição, o artigo 8º, VIII, da CF deve ser interpretado extensivamente, de sorte
que, ainda, que o sindicato não tenha carta sindical, os candidatos a dirigentes e os dirigentes
eleitos são titulares de estabilidade, independentemente da existência do registro no MTE e do
depósito dos atos constitutivos no cartório.
e que “não há prova nos autos de que houvesse o registro no cartório de títulos e
documentos”. Também informou que “os empregados da ré já eram representados por
sindicato atuante, que inclusive celebrou convenção coletiva de trabalho para o ano
2007-2008”. (TST - RR: 1667220125040261, Data de Julgamento: 17/02/2016, Data de
Publicação: DEJT 19/02/2016)”
COMENTÁRIO
A única afirmativa errada é a “A”, sendo as demais todas corretas. As demais assertivas mostram-
se corretas, trazendo exemplos de condutas antissindicais.
Com efeito, condutas ou práticas antissindicais podem ser conceituadas como toda e qualquer
prática adotada pelo empregador, por entidade sindical, pelo Estado ou mesmo por trabalhadores,
contra a liberdade e autonomia sindicais, ou mesmo contra o direito de greve, o qual se insere na
liberdade sindical.
A propósito, a Convenção 98 da OIT, ratificada pelo Brasil, trata sobre condutas antissindicais
praticados por empregadores e por outros entes sindicais, ressaltando-se que as condutas nela
delineadas são meramente exemplificativas.
Ainda sobre o assunto, Maurício Godinho Delgado (Curso, 2008, p. 1307-1311), com base no
Direito estrangeiro, aponta alguns exemplos de práticas antissindicais:
→ closed shop (empresa fechada): o empregador se obriga perante o sindicato obreiro a contratar
apenas trabalhadores filiados a este sindicado;
→ yellow dog contracts (contratos de cães amarelos): cláusula no contrato de trabalho de não
sindicalização;
a) De acordo com entendimento firmado pelo STF, como regra, o surgimento de novas
vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do
certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados
fora das vagas previstas no edital.
b) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
COMENTÁRIO
a) CORRETA: A matéria foi abordada em acórdão do STF de recurso extraordinário com repercussão
geral (tema 784), no qual ficou decidido que, em regra, a abertura de novas vagas durante a
validade do concurso, não confere direito subjetivo à nomeação dos candidatos aprovados fora
do número de vagas inicialmente previstas no edital, exceto em casos de preterição arbitrária e
imotivada por parte da administração.
Somente há leis autorizando a contratação nas seguintes hipóteses específicas: (i) cargos de
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, nos termos da Lei 8.212, art. 5º, § 3º; (ii) professores
e pesquisadores estrangeiros no regime de contratação temporária para atender necessidade
temporária e de excepcional interesse público, Lei 8.745/93, art. 2º, § 6º; (iii) contratação de
médicos intercambistas estrangeiros no âmbito do programa Mais Médicos, Leis 12.871/2013 e
13.333/2016.
Cumpre salientar, por oportuno, que o artigo 12, § 1º, da Constituição, prevê o direto de reciprocidade
aos portugueses com residência no Brasil, nos termos da lei.
Outrossim, não se pode olvidar que o § 3º do artigo 12 da Carta Maior elenca cargos que são
privativos de brasileiros natos, afastando, assim, o acesso aos naturalizados e estrangeiros, por
motivo de segurança nacional.
No que tange ao programa Mais Médicos, sublinho que, nos termos dos artigos 17 e 18 da Lei
12.871/2013, as atividades desempenhadas pelos contratados não criam vínculo empregatício de
qualquer natureza, sendo que o médico intercambista estrangeiro inscrito no programa fará jus
ao visto temporário de aperfeiçoamento médico pelo prazo de 3 (três) anos, prorrogável por igual
período.
Sobre o assunto, em recente decisão na ADI 3662 (informativo 858 do STF), cujo acórdão ainda
não foi publicado, o STF firmou entendimento de que são inconstitucionais, por afronta ao artigo
37, IX, da CF, autorizações legislativas genéricas para contratação temporária e a permissão de
prorrogação indefinida do prazo de contratações temporárias.
Por ser matéria de importância e afeta ao tema em análise, é sobreleva registrar que o STF fixou
entendimento de que não compete à Justiça do Trabalho julgar ações que versem sobre trabalho
temporário, por se tratar de relação jurídico-administrativa, ainda que o regime adotado seja
celetista.
d) INCORRETA: A assertiva está equivocada, pois incluiu os empregados públicos das empresas
O artigo 37, XI, da CF estabelece o teto remuneratório público, dispondo que a remuneração e o
subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica
e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não.
No que se refere aos empregados públicos das empresas estatais, conforme § 9º do artigo 37 da
CF, a limitação do teto remuneratório somente se aplica às empresas públicas e às sociedades
de economia mista, e suas subsidiárias, que recebem recursos da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
Em outras palavras, as empresas públicas e sociedade de economia mista, bem como suas
subsidiárias, quando não receberem aportes de recursos provenientes da União, Estados, DF
ou Municípios, podem pagar aos empregados públicos salários superiores ao teto constitucional.
Desse modo, nem todos os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista
se submetem ao teto, diferentemente do que consta da assertiva ora analisada.
Isso se deve ao fato de que as empresas estatais, na maior parte das vezes, atuam no mercado em
concorrência com empresas privadas do mesmo setor, de sorte que, para conseguirem contratar
e manter CEOs, administradores, gerentes e outros gestores, precisam oferecer remunerações
compatíveis com o mercado, sendo certo que os valores dos subsídios do STF são bem aquém
daqueles praticados pelas grandes empresas. Como exemplo, insta lembrar que, conforme
amplamente noticiado na época, a ex-presidente da Petrobrás, Graça Foster, recebia remuneração
superior a R$ 150.000,00 mensais. Atualmente, de acordo com dados do site www.econoinfo.com.
br, os salários dos diretores da estatal chegam a ultrapassar R$ 200.000,00 mensais, além de
outros benefícios.
Não são computados para fins de limitação pelo teto as verbas de natureza indenizatória, consoante
disposto no § 11 do artigo 37.
Nesse sentido, decidiu com repercussão geral nos RE 612.975 e RE 602.043, Informativo 862,
temas 377 e 384, cujo teor segue abaixo:
ao somatório dos ganhos do agente público. Com base nesse entendimento, o Plenário,
em julgamento conjunto e por maioria, negou provimento a recursos extraordinários e
reconheceu a inconstitucionalidade da expressão ‘percebidos cumulativamente ou não’
contida no art. 1º da Emenda Constitucional 41/2003, que alterou a redação do art.
37, XI, da CF, considerada interpretação que englobe situações jurídicas a revelarem
acumulação de cargos autorizada constitucionalmente.”
Além dessa hipótese excepcional, deve-se recordar que o artigo 38 da Constituição também
possibilita a cumulação de cargo, emprego ou função com mandatos eletivos, nos seguintes termos:
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;
A Lei Maior, em seu artigo 40, § 6º, veda a cumulação de mais de uma aposentadoria no regime
próprio, com exceção das hipóteses de cumulação de cargos do artigo 37, VI.
Caso o servidor federal, titular de cargo público, cumule ilegalmente cargos, pode ser punido com
demissão, nos termos do artigo 132 da Lei 8.112/90.
QUESTÃO 11. No que tange o ato administrativo, não é incorreto afirmar que:
COMENTÁRIO
4.717/65 (Lei da Ação Popular), são pressupostos de existência e validade do ato administrativo
sujeito competente, forma, motivo, objeto e finalidade.
(dica mnemônica: “FOFICOM” ou “COM FIFO”→ FOrma; FInalidade; Competência; Objeto; Motivo)
Destarte, a assertiva mostra-se incompleta pois dela não consta o atributo forma.
Com efeito, motivo é requisito (elemento ou pressuposto de validade) do ato administrativo, sem
o qual este é considerado inválido. O motivo corresponde às razões que levaram o administrador
à pratica do ato, abrangendo os pressupostos fáticos (circunstâncias de fato) e os pressupostos
jurídicos (norma que justifica a prática do ato).
De outro lado, motivação é a exposição dos motivos fáticos e jurídicos do ato. É a exteriorização
formal dos motivos que levaram à realização do ato administrativo.
Importa rememorar que o STF decidiu no ano 2013, com repercussão geral, que a dispensa de
empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista deve ser motivada, sob pena
de nulidade (RE 589998 – tema 131).
c) CORRETA: De acordo com a teoria dos motivos determinantes, o administrador se vincula aos
motivos do ato expostos por ele na motivação, sob pena de nulidade do ato.
Com efeito, como referido no item anterior, a motivação é essencial em quase todos os atos
administrativos, sendo certo que, mesmo quando não for obrigatória, a motivação vincula o
administrador.
De acordo com a teoria dos motivos determinantes, a validade do ato depende da existência e
veracidade do motivo fático, assim como a existência do motivo jurídico, explicitados na motivação.
Assim, caso os motivos fáticos e jurídicos expostos na motivação não corresponderem à realidade
ou se for falsa a circunstância fática apontada como motivadora do ato, o ato administrativo é nulo.
Pela presunção de legitimidade e veracidade, entende-se que, até que se prove o contrário, os
atos administrativos são considerados: (i) legais, pois compatíveis com a lei; (ii) legítimos, pois
Vale lembrar que essa presunção é relativa (“juris tantum”), podendo ser infirmada por prova em
contrário, cabendo a quem alega contrariamente à presunção o ônus probatório.
Portanto, a afirmativa está equivocada visto que incluiu a impessoalidade no rol de atributos do ato
administrativo, não se referindo à imperatividade.
e) INCORRETA: Os atos administrativos discricionários podem ser objeto de controle pelo Poder
Judiciário quanto à legalidade, não sendo possível o controle no tocante ao mérito administrativo.
Nesse sentido, o Poder Judiciário somente pode exercer controle sobre a conveniência e
oportunidade do ato administrativo, excepcionalmente, se a conveniência e oportunidade forem
incompatível com o ordenamento jurídico, ou seja, quando afrontarem o princípio da legalidade
ampla.
Logo, levando em conta os dados da questão, no caso hipotético caberia ao juiz analisar a existência
de legalidade ampla (regras e princípios, constitucionais e infraconstitucionais) na dispensa da
licitação e na escolha da construtora familiar. De outra sorte, não poderia o julgador se imiscuir na
decisão discricionária de escolha pelo administrador da política pública de promoção de prática
esportiva, por não se configurar como política pública que, por si, afronta o ordenamento jurídico,
visto que a eleição dessa ou daquela política pública compete ao gestor público e não ao Judiciário.
III – A constituição prevê três modalidades de precatório: (i) precatórios comuns; (i)
precatórios alimentícios; (iii) precatórios alimentícios a idosos, portador de doença
COMENTÁRIO
I – INCORRETA: De acordo com o artigo 98 do Código Civil e doutrina amplamente majoritária, são
bens públicos aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito público, ou seja, entes políticos
integrantes da Administração direta (União, Estados, DF e Municípios, assim como as pessoas
jurídicas de direito público integrantes da Administração indireta (autarquias e fundações públicas
de direito público).
Contudo, em que pese a natureza jurídica de autarquias especiais dos conselhos de fiscalização,
o STF decidiu pela não sujeição ao regime de precatórios. Como consequência, tem-se que os
bens dos conselhos de fiscalização profissional são penhoráveis, conforme decidido no Rext com
repercussão geral RE 938837.
Outrossim, insta ressaltar que o STF reconheceu a natureza pública e, portanto, a impenhorabilidade
dos bens dos Correios, por se tratar de empresa pública “sui generis” que exerce serviço público
essencial de competência exclusiva da União, não se submetendo à concorrência do livre mercado.
No mais, as empresas públicas e sociedades de economia mista têm seus bens são penhoráveis,
assim também as fundações públicas de direito privado.
Logo, conclui-se que são bens públicos aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito público
– União, Estados, DF e Municípios, autarquias e fundações públicas de direito público), assim
como os bens de propriedade dos Correios (apesar de este ser empresa pública). De outra sorte,
não são bens públicos aqueles de propriedade das empresas públicas e sociedades de economia
mista e das fundações públicas de direito privado, do mesmo modo que os bens dos conselhos
profissionais (apesar de serem autarquias especiais).
II – INCORRETA: Os bens públicos têm os seguintes atributos, que delineiam seu regime
jurídico especial: (i) impenhorabilidade, não podendo ser objeto de penhora, sequestro ou outra
medida constritiva judicial, conforme súmula 340 do STF; (ii) imprescritíveis, pois não podem ser
adquiridos por usucapião (prescrição aquisitiva); (iii) não onerabilidade, visto que, se não podem
ser penhorados, por óbvio também não podem sofrer ônus reais.
Em que pese a alienação de bens públicos seja mais complexa que a alienação de bens de
particulares, é certo que eles podem ser alienados a terceiros, desde que observado o princípio
da legalidade. Cumpre lembrar que a venda de bens públicos – que é uma das modalidades de
alienação de bens públicos – somente pode se dar por meio de licitação. Logo, aqui se encontra o
erro da assertiva, pois os bens públicos não são absolutamente inalienáveis.
A impenhorabilidade dos bens públicos decorre do regime de precatórios, regulado no artigo 100
da CF, o qual prestigia os princípios da impessoalidade e supremacia do interesse público.
III – CORRETA: O artigo 100, caput e §§ 1º e 2º, da CF prescrevem três modalidades de precatórios:
no caput encontra-se previsto o precatório comum, ordinário ou genérico; o § 1º trata dos precatórios
alimentares, os quais têm prioridade sobre os ordinários; e o § 2º prescreve o precatório alimentar
em benefício de idosos, portadores de doença grave ou portadores de deficiência, até o triplo do
valor do teto do RPV.
IV – INCORRETA: De acordo com entendimento firmado pelo STF e à luz dos princípios da
impessoalidade, finalidade, contraditório e ampla defesa, o STF firmou entendimento no sentido de
que, mesmo estando em estágio probatório, o servidor público titular de cargo, que ingressou por
concurso público, somente pode ser demitido ou exonerado com prévio processo administrativo.
Nesse sentido é a súmula 21 do STF: “Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado
nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.”
Registro que, em que pese a lei 8.112/90, artigo 21, estabeleça que se adquire estabilidade após
período de dois anos de efetivo exercício, a Constituição Federal, em seu artigo 41, caput, prevê
que a estabilidade se adquire após três anos de efetivo exercício, período em que o servidor se
submete ao estágio probatório. Sobre o tema, o STF consolidou entendimento de que o interregno
de estabilidade é o mesmo do estágio probatório, qual seja, três anos, nos termos da Lei Maior.
Vide decisão STA 263 AgR, rel. min. Gilmar Mendes, DJE de 26-2-2010.
V – CORRETA: O artigo 127 da Lei 8.112/90 prevê as seguintes sanções disciplinares aos
servidores estatutários federais: advertência; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria
ou disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função comissionada.
Vale lembrar que exoneração não é punição disciplinar. É o ato administrativo de destituição de
ocupante cargo em comissão, constituindo-se em ato discricionário que não precisa ser motivado.
João, convidado a ser testemunha em audiência trabalhista, sabendo que não trabalhou
no mesmo período que o reclamante, falsificou sua CTPS com dados incorretos sobre
admissão, função, salário e dispensa. O documento foi exibido em Juízo, e o depoimento
relevante para a prolação da sentença que negou a equiparação salarial pleiteada, já que o
reclamante não convidou testemunhas.
II – João praticou o crime de falsa identidade, o qual constitui apenas uma modalidade
da falsidade ideológica.
III – João, como é funcionário público atualmente, terá sua pena elevada.
IV – O crime de falsidade ideológica não pode ser praticado por omissão do agente.
a) V, F, V, F.
b) V, V, F, V.
c) V, V, V, V.
d) V, F, F, F.
COMENTÁRIO
I – CORRETA: A conduta praticada por João se enquadra ao tipo penal da falsidade ideológica,
pois houve a falsificação de documento particular a fim de prejudicar direito e também para alterar
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar,
ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com
o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente
relevante: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e
reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular. Parágrafo único - Se
o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a
falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de
sexta parte.
II – INCORRETA: O crime de falsa identidade não é uma modalidade da falsidade ideológica, mas
é conduta autônoma que pode ser considerada subsidiária e responder o agente pelo crime mais
grave caso a conduta tenha outros desdobramentos.
Falsa identidade - Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter
vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena - detenção,
de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
Portanto, além de João não ter praticado falsa identidade, este crime não é considerado uma
modalidade da falsidade ideológica, já que ambos são previstos de forma autônoma no CPB.
IV – INCORRETA: O próprio dispositivo demonstra que o crime também pode ocorrer por omissão
do agente, quando este deixa de declarar informação relevante que deveria constar do documento
a fim de causar as consequências previstas.
a) Exoneração;
b) Advertência;
d) Suspensão do cargo.
COMENTÁRIO
O art. 6º da Lei de Abuso de Autoridade traz sanções administrativas a serem impostas ao Agente
que comete o crime. Dentre elas, não há previsão para a exoneração e, portanto, a alternativa “a”
está incorreta.
Art. 6º Lei 4.898/1965 - O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa
civil e penal. § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do
abuso cometido e consistirá em: a) advertência; b) repreensão; c) suspensão do cargo,
função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e
vantagens; d) destituição de função; e) demissão; f) demissão, a bem do serviço público.
b) Somente a prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto
com a confissão ficta, sendo que a vedação à produção de prova posterior pela parte
confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/
dever de conduzir o processo
c) O juiz não está adstrito às conclusões do laudo pericial, podendo basear-se em outros
elementos de convicção presentes nos autos para formar sua convicção motivada.
COMENTÁRIO
Assim, sendo interlocutória a decisão que rejeita a “exceção de pré-executividade”, esta não é
passível de recurso imediato.
Estas são as lições do professor Prof. Carlos Henrique Bezerra Leite, na sua obra “Curso de Direito
Processual do Trabalho”:
“Se a exceção de pré-executividade for rejeitada pelo juiz, dessa decisão, por ser
tipicamente interlocutória, não caberá nenhum recurso, a teor do § 1º do art. 893 da CLT,
sendo certo que as questões suscitadas nesse meio de defesa poderão ser novamente
levantadas nos embargos do devedor, desde que garantido o juízo da execução”.
Todavia, a contrario sensu, se a exceção for acolhida, será passível o recurso imediato contra a
decisão.
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a
confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não
implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.
III - A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica,
não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo”.
Lembre-se que o art. 765, da CLT, confere ao juiz amplos poderes na condução e direção do
processo, desde que não obste o conhecimento da verdade. Cabe ao julgador indeferir a produção
de provas desnecessárias ou inúteis ao julgamento do feito ou determinar a realização daquelas
que julgar necessárias.
c) CORRETA: Segundo o art. 479, do CPC: “O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o
disposto no art. 371, indicando na sentença os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de
considerar as conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito”.
“Realizada perícia, na forma exigida pelo art. 195 da CLT, o Juiz não está adstrito à
respectiva conclusão, podendo valer-se de outras provas para infirmar ou modificar o
laudo e deferir o adicional. Não violada a literalidade do art. 195 da CLT e inespecífico
o dissenso, que desconsidera as circunstâncias que motivaram a rejeição do laudo”
(Processo: RR - 516966-81.1998.5.06.5555 Data de Julgamento: 19/06/2002, Relator
Juiz Convocado: José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, 2ª Turma, Data de
Publicação: DJ 02/08/2002).
d) INCORRETA: A hipótese está prevista na Súmula nº 262, I, do TST, que prevê o início do prazo
quando a notificação é recebida no sábado. Conforme entendimento do TST: “I – Intimada ou
notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem,
no subseqüente”.
Logo, a contagem do prazo deveria iniciar-se na terça-feira ou no primeiro dia útil subsequente.
e) CORRETA: Segundo o artigo 818, da CLT, é ônus do autor comprovar os fatos constitutivos de
seu direito (identidade de funções). E o item VIII da Súmula n. 6 do TST: “É do empregador o ônus
da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial”.
QUESTÃO 16. Com base nas referidas assertivas, assinale a alternativa CORRETA:
I - Para que seja apresentada reconvenção é necessário que esta seja conexa com a ação
principal ou com os fundamentos da defesa.
COMENTÁRIO
Fixada tal premissa, verifica-se que o art. 343, do CPC/2015, estabelece que:
“Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão
própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa” (destaquei).
IV) CORRETA: Segundo estabelece o art. 337, §§ 1º, 2º e 3º, do CPC/2015, ocorre a litispendência
quando se repete ação que ainda está em curso, contra a mesma parte e com os mesmos pedidos
e causa de pedir.
Por ter natureza jurídica de ação, a reconvenção também enseja litispendência, tendo em vista que
a finalidade da norma é evitar, por meio desse fenômeno jurídico, o risco de decisões conflitantes
e a movimentação desnecessária da máquina judiciária.
COMENTÁRIO
a) INCORRETA: Embora seja ônus do reclamado, que possua mais de 10 empregados, juntar
aos autos os controles de ponto do trabalhador (art. 74, §2º, da CLT e Súmula 338/TST), o não
atendimento dessa obrigação implica confissão ficta e, portanto, relativa, admitindo a produção de
provas em contrário.
O poder-dever do Magistrado de dirigir o processo, que lhe permite indeferir a produção de provas
que reputar inúteis ou protelatórias (art. 765 da CLT), deve ter fundamento sólido, sob pena de
cercear, de forma injusta, o direito constitucional das partes à ampla defesa e ao contraditório (art.
5º, LV, da Constituição Federal).
Saliente-se que o item I da Súmula n. 338, do TST, faz a expressa ressalva: “I - É ônus do empregador
que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art.
74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção
relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário”
(destaquei).
Art. 457. Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarará ou confirmará seus
dados e informará se tem relações de parentesco com a parte ou interesse no objeto do
processo.
E, segundo salienta o professor Mauro Schiavi: “a contradita deve ser arguida depois da qualificação
da testemunha e antes do compromisso, sob consequência de preclusão”.
QUESTÃO 18. Caio Rolando do Morro ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-
empregadora, a empresa Serra Alta Ltda., pretendendo o recebimento de horas extras, verbas
rescisórias decorrentes da dispensa imotivada e indenização por assédio moral. Na primeira
audiência a reclamada apresentou defesa, negando a realização de trabalho extraordinário,
alegando a existência de abandono de emprego e os fatos constitutivos do assédio moral.
Foram juntados apenas controles de ponto, com horários invariáveis, pertinentes a todo
pacto laboral, os quais foram impugnados pelo autor. Para a audiência de instrução, as
partes foram intimadas pessoalmente para depoimentos pessoais, sob pena de confissão,
mas não compareceram, estando presentes apenas os advogados. Diante da ausência das
partes, o Juiz encerrou a fase de instrução e os autos foram conclusos para sentença.
a) A ausência das partes gera a confissão ficta recíproca, sendo que deverá ser observando
o ônus probatório do autor, e para os extintivos, modificativos e impeditivos, o ônus será
do réu. Portanto, todos os pedidos deverão ser julgados improcedentes.
e) A audiência deveria ser adiada, diante do comparecimento dos procuradores, uma vez
que inviável a colheita dos depoimentos pessoais das partes.
COMENTÁRIO
d) CORRETA (responde as demais alternativas): Consoante art. 844, da CLT e a Súmula n. 74,
do TST, deve ser aplicada a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com esta
cominação, não comparecer à audiência de prosseguimento.
Assim, resta analisar o ônus da prova relativo a cada um dos pedidos formulados pelo autor:
I) Em relação ao pedido de horas extras, considerando-se que os cartões de ponto juntados aos
autos registram horários invariáveis (britânicos), há que se aplicar o entendimento contido no item
III da Súmula nº 338 do TST:
“III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são
inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras,
que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se
desincumbir”.
Logo, em relação ao referido pedido, o ônus da prova seria da reclamada, uma vez que esta
colacionou aos autos registros invariáveis, devendo este ser julgado procedente.
Portanto, em razão da confissão recíproca, o referido pedido também deveria ser julgado procedente.
III) Por fim, em relação ao pedido de indenização por assédio moral, sob o enfoque dos artigos
186 e 927 do Código Civil, há necessidade de ser demonstrado o nexo de causalidade entre a
conduta do empregador e os danos alegadamente sofridos pelo trabalhador, a fim de acarretar a
responsabilidade por indenizar.
e) Sendo as razões do agravo de petição as mesmas dos embargos à execução, sem que
tenha sido apresentada qualquer impugnação aos fundamentos da decisão recorrida,
não é possível conhecer do recurso, por inobservância do Princípio da Dialeticidade.
COMENTÁRIO
CORRELAÇÃO DE MATÉRIAS
b) CORRETA: Nos termos do parágrafo 1º do art. 879, da CLT: “O agravo de petição só será
recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados,
permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta
de sentença”.
Assim, para a admissibilidade do recurso é necessário que o juízo esteja garantido pela penhora
ou mediante o depósito recursal (artigo 899 da CLT).
“DEPÓSITO RECURSAL
COMENTÁRIO
a) INCORRETA: Nos termos do item II da Súmula n. 414 do TST: “No caso de a tutela provisória
haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da
inexistência de recurso próprio”.
c) CORRETA: Este é a previsão a Súmula n. 357, do TST: “Não torna suspeita a testemunha o
simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador”.
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional
do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do
Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que
acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal
Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto
no art. 799, § 2º, da CLT”.
b) Somente têm legitimidade para propor ADI ou ADC: o Presidente da República; a Mesa
do Senado; a Mesa da Câmara dos Deputados; a Mesa de Assembleia Legislativa ou
Câmara Legislativa do DF; os Estados ou o DF; o PGR; o Conselho Federal da OAB;
partido político com representação no Congresso Nacional; confederação sindical,
central sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
COMENTÁRIO
O STF tem entendimento firmado no sentido de que, quando a matéria já tiver sido apreciada
anteriormente pelo plenário do STF ou caso exista súmula deste mesmo tribunal, não incide a
cláusula de reserva de plenário, dispensando-se a remessa do julgamento ao plenário ou órgão
especial. No mesmo sentido é o artigo 949, II, do CPC.
A propósito, registro que o Supremo reiterou seu entendimento em decisão com repercussão geral
(tema 856, I), conforme segue:
Finalmente, não se pode olvidar a existência da súmula vinculante 10 que também versa sobre o
assunto, in verbis:
Súmula Vinculante 10: “Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a
decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no
todo ou em parte.”
b) INCORRETA: O artigo 103 da Constituição estabelece que somente têm legitimidade para ajuizar
ADI ou ADC: o Presidente da República; a Mesa do Senado; a Mesa da Câmara dos Deputados; a
Mesa de Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa do DF; o governador dos Estados ou o DF;
o PGR; o Conselho Federal da OAB; partido político com representação no Congresso Nacional;
confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
A assertiva apresenta dois erros, que se relacionam com os pontos grifadas no parágrafo anterior,
conforme a seguir explicado:
(i) os estados e o DF não têm legitimidade; são legitimados ativos os respectivos governadores,
consoante texto constitucional expresso;
(ii) as centrais sindicais não são legítimas para ajuizamento de ADI ou ADC, visto que no inciso
IX do artigo 103 somente há previsão de confederação sindical e entidades de classe de âmbito
nacional, sendo certo o Supremo já decidiu nesse sentido na ADI 4.224, cujo trecho segue em
destaque:
→ sindicatos e federações não têm legitimidade ativa para propositura de ADI e ADC;
→ associação nacional de associações de classe (Ex.: ANAMATRA) têm legitimidade ativa [ADI
3.153; informativo STF 356, AgR, ADI 2.797 e ADI 2.860];
c) CORRETA: Entre todos legitimados para propositura de ADI e ADC, somente aqueles indicados
nos incisos IV, V e IX precisam demostrar pertinência temática com relação a sua finalidade
institucional, quais sejam: Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito
Federal; o Governador de Estado ou do Distrito Federal; confederação sindical ou entidade de
classe de âmbito nacional.
A propósito, cumpre colacionar trecho de decisão em que o STF refutou a legitimidade ativa dos
conselhos de fiscalização profissional:
e) INCORRETA: Com a exigência de repercussão geral (art. 102, § 3º, da CF) e a técnica de
julgamento de recurso repetitivos nos recursos extraordinários (art. 1.036 e seguintes do CPC),
bem como a técnica de vinculação dos precedentes incorporada pelo atual CPC, discute-se na
doutrina se o recurso extraordinário deixou de ser instrumento processual de controle difuso de
constitucionalidade, transmudando-se para instrumento de controle concentrado (objetivo) de
constitucionalidade.
Com efeito, de acordo com o artigo 1.035, § 1º, do CPC, a repercussão geral consiste na existência
de “questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassemos
interesses subjetivos das partes”. Ademais, com o julgamento do processo representativo da
controvérsia, a decisão aplica-se automaticamente nos demais recursos extraordinários que
versam sobre a mesma matéria de direito.
Nesse cenário, percebe-se que, no regime de repercussão geral, o recurso extraordinário deixou de
ser remédio recursal para solução jurídica exclusivamente de um único caso, passando a se atrelar
a inúmeros processos que versem sobre a mesma questão jurídica. Em outras palavras, o acórdão
de recurso extraordinário não vincula unicamente as partes do processo julgado, tocando, ainda
que indiretamente, também outros sujeitos, alheios àquele processo em que se deu o acórdão.
Igualmente, a decisão em recurso extraordinário repetitivo impõe a aplicação da tese firmada pelo
STF no acórdão paradigma nos demais recursos com idêntica questão de direito (art. 1.039 do
CPC), devendo os tribunais observar o entendimento asseverado na tese estabelecida (artigos 927
e 1.039, III, do CPC).
Logo, é evidente que, de certo modo, as decisões proferidas em recurso extraordinário, atualmente,
são dotadas de alguma abstratividade, pois atinge outros sujeitos externos à relação processual
em que a decisão é prolatada.
Tanto é verdade que se admite a intervenção de terceiros na modalidade “amicus curiae” no regime
de repercussão e nos recursos repetitivos, com o fim de viabilizar a atuação de terceiros que
potencialmente possam ser afetados pela decisão do recurso extraordinário.
Cabe ressaltar, por oportuno, que o STF ainda não se manifestou expressamente sobre a questão,
em que pese já tenha sinalizado que o recurso extraordinário com repercussão geral é dotado de
certa eficácia “erga omnes” no julgado da ADI 4.071, cujo trecho do teor da ementa segue abaixo:
Há, do outro lado do debate, aqueles que sustentam que, apesar das incontestáveis modificações
no regime do recurso extraordinário, especialmente quanto à eficácia da decisão, não é possível se
afirmar que tal modalidade recursal tenha se transmudado em instrumento processual de controle
concentrado de constitucionalidade.
Isso porque, de acordo com essa segunda vertente, embora a decisão em recurso extraordinário
seja dotada de eficácia externa ao processo paradigma, alcança tão-somente outros casos “sub
judice”, não vinculando a Administração Pública.
Outrossim, para que o acórdão de Rext que reconhece a inconstitucionalidade de norma tenha
eficácia “erga omnes”, deve o STF noticiar o Senado, a quem cabe, por resolução, suspender
a eficácia da lei declarada inconstitucional, consoante artigo 52, X, da Constituição, sendo certo
que tal procedimento não gera efeitos “ex tunc”, ao contrário do que ocorre com as decisões em
controle concentrado de constitucionalidade (controle abstrato). Outro meio de se atribuir eficácia
“erga omnes” aos entendimentos consubstanciados nas decisões de Rext é a edição de súmula
vinculante sobre a matéria.
Portanto, a assertiva da questão se mostra equivocada, visto que trata de um tema extremamente
divergente na doutrina e ainda não pacificado pela jurisprudência do Supremo.
I – Sob a ótica da Constituição, todos são iguais perante a lei, sendo vedada a discriminação
de qualquer natureza, inclusive a discriminação positiva.
Responda:
COMENTÁRIO
Outrossim, o caput do art. 5º adota o princípio fundamental da não discriminação, de acordo com o
qual, em regra, são ilícitas normas e práticas que dispensam tratamento desfavorável a pessoa(s)
ou grupo(s) por conta de características físicas, origem, religião, sexo, idade, opção sexual ou
outros critérios de distinção.
→ inúmeros tratados internacionais de Direitos Humanos entre eles a Carta Internacional dos
Direitos Humanos (DUDH, PIDESC e PIDCP), Pacto de San Jose de Costa Rica (Interamericano
de Direitos Humanos), Convenção 111 da OIT, artigo 1º;
→ Estatuto do Idoso.
Importante ressaltar que, como corolário dos princípios da isonomia substancial e da não
discriminação, o Direito proíbe a discriminação negativa, mas admite e promove a discriminação
positiva, que se concretiza por meio das ações afirmativas.
Nesse sentido, são lícitas normas e práticas que dispensam tratamento diferenciado mais benéfico
a indivíduos e grupos socialmente vulneráveis, desde que o tratamento mais benéfico tenha
como motivo uma condição social desfavorável do destinatário e vise estabelecer igualdade de
oportunidades.
Portanto, a assertiva está incorreta no que se refere à discriminação positiva, já que o Direito veda
a discriminação negativa, mas admite e fomenta a discriminação positiva, instrumentalizada pelas
ações afirmativas.
“(...) Com base nesses entendimentos, o Plenário, por unanimidade, julgou procedente
o pedido formulado em ação declaratória de constitucionalidade em que se discutia
a legitimidade da Lei federal nº 12.990/2014. A norma reserva aos candidatos que se
autodeclararem pretos ou pardos 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos
para provimento de cargos e empregos públicos. Prevê também que, na hipótese de
constatação de declaração falsa, o candidato será eliminado do concurso e, se houver sido
nomeado, ficará sujeito à anulação da sua admissão, após procedimento administrativo.
A lei ainda dispõe que a nomeação dos candidatos aprovados respeitará os critérios de
alternância e proporcionalidade, que consideram a relação entre o número de vagas
total e o número de vagas reservadas a candidatos com deficiência e a candidatos
negros. (...) A reserva de vagas vale para todos os órgãos e, portanto, para todos os
Poderes da União. Os Estados e os Municípios não estão obrigados por essa lei, mas
serão consideradas constitucionais as leis estaduais e municipais que adotarem essa
mesma linha. [ADC 41, rel. min. Roberto Barroso, Informativo 868.]”
“Atos que instituíram sistema de reserva de vagas com base em critério étnico-racial
(cotas) no processo de seleção para ingresso em instituição pública de ensino superior.
(...) Não contraria – ao contrário, prestigia – o princípio da igualdade material, previsto
no caput do art. 5º da Constituição da República, a possibilidade de o Estado lançar
mão seja de políticas de cunho universalista, que abrangem um número indeterminado
de indivíduos, mediante ações de natureza estrutural, seja de ações afirmativas, que
atingem grupos sociais determinados, de maneira pontual, atribuindo a estes certas
vantagens, por um tempo limitado, de modo a permitir-lhes a superação de desigualdades
decorrentes de situações históricas particulares. (...) Justiça social hoje, mais do
que simplesmente retribuir riquezas criadas pelo esforço coletivo, significa distinguir,
reconhecer e incorporar à sociedade mais ampla valores culturais diversificados, muitas
vezes considerados inferiores àqueles reputados dominantes. No entanto, as políticas
de ação afirmativa fundadas na discriminação reversa apenas são legítimas se a sua
manutenção estiver condicionada à persistência, no tempo, do quadro de exclusão social
que lhes deu origem. Caso contrário, tais políticas poderiam converter-se em benesses
permanentes, instituídas em prol de determinado grupo social, mas em detrimento da
coletividade como um todo, situação – é escusado dizer – incompatível com o espírito
de qualquer Constituição que se pretenda democrática, devendo, outrossim, respeitar a
proporcionalidade entre os meios empregados e os fins perseguidos. [ADPF 186, rel. min.
Ricardo Lewandowski]”
público.
III – INCORRETA: A afirmativa se revela equivocada pois o STF entende que o tratamento desigual
nos concursos públicos pode se revelar lícito se, analisando o caso concreto e decidindo pela
ponderação, se constatar que estão presentes, cumulativamente, os seguintes elementos:
(iv) o critério de discrímen eleito deve ser condizente com a ordem constitucional.
Assim, o Supremo tem entendido que é lícito se estabelecerem nos editais de concursos requisitos
tais como aptidão física e idade máxima, desde que tais atributos estejam prescritos em lei e sejam
imprescindíveis para o exercício da função, conforme se vê nas decisões abaixo colacionadas:
“Concurso público da Polícia Militar. Teste de esforço físico por faixa etária: exigência
desarrazoada, no caso. Ofensa aos princípios da igualdade e legalidade. O STF entende
que a restrição da admissão a cargos públicos a partir da idade somente se justifica
se previsto em lei e quando situações concretas exigem um limite razoável, tendo
em conta o grau de esforço a ser desenvolvido pelo ocupante do cargo ou função.
No caso, se mostra desarrazoada a exigência de teste de esforço físico com critérios
diferenciados em razão da faixa etária. [RE 523.737 AgR, rel. min. Ellen Gracie; vide
também RE 345.598 AgR]”.
da isonomia. Inexistência.” [RE 140.889, rel. Min. Maurício Corrêa; vide RE 659.557]”
Por fim, destaco que, no âmbito das relações de emprego também há norma que possibilita a
distinção quando o fator de discrímen tiver relação lógica com os atributos necessários para
o cargo. Nesse sentido, a Convenção 111 da OIT, no artigo 1º, prescreve que: “As distinções,
exclusões ou preferências fundadas em qualificações exigidas para um determinado emprego não
são consideradas como discriminação.”
V – Considerando que o poder constituinte originário rompe com a ordem jurídica pretérita,
instituindo um novo Estado constitucional, é correto dizer que todo o ordenamento
jurídico vigente antes da nova constituição necessariamente perde a validade.
COMENTÁRIO
I – CORRETA: O poder constituinte originário consiste no poder político que o povo tem de estabelecer
a ordem jurídica que regerá o grupo social por meio de uma constituição escrita. A doutrina refere
que, como o poder constituinte originário não se funda em nenhuma norma preexistente, isto é, por
ser um poder político, pré-jurídico e inaugural, baseado na soberania e autodeterminação do povo,
insere-se no mundo do “ser” e não do “dever ser”. São atributos do poder constituinte originário:
(i) inaugural: visto que inicia uma nova ordem jurídica, rompendo com a ordem jurídica pretérita;
(iii) incondicionado: o exercício do poder constituinte originário não se sujeita a qualquer condição
previamente estabelecidas pelo ordenamento jurídico anterior ou outro ordenamento externo;
(iv) permanente e inalienável: com a instituição de uma constituição, o poder constituinte originário
não se esvai, pois subsiste de modo latente, podendo ser exercido pelo povo quando entender que
se faz necessária o rompimento com a ordem constitucional vigente e inauguração de nova ordem.
Em que pese a doutrina amplamente majoritária e o STF entenderem que o poder constituinte
originário é ilimitado, não se pode deixar de registrar que existe uma segunda corrente doutrinária,
minoritária, denominada de jusnaturalista, a qual sustenta que o poder constituinte originário é
limitado pelos princípios reconhecidos na ordem internacional dos direitos humanos. De acordo
com esta vertente – a qual, vale lembrar, não prevalece na doutrina e não é adotada pelo STF –
seria possível se falar em normas constitucionais originárias inconstitucionais.
De outro lado, o poder constituinte derivado (chamado também de poder constituinte de segundo
grau, secundário ou remanescente) consiste na competência estabelecida pelo poder constituinte
originário de reforma da Constituição (poder constituinte derivado reformador – emendas
constitucionais) ou revisão da Constituição (poder constituinte derivado revisor – emendas
constitucionais de reforma). Há também o poder constituinte derivado decorrente que se revela no
poder de estruturar as constituições dos estados-membros autônomos.
Com efeito, o exercício do poder constituinte de segundo grau somente pode ser exercido de acordo
com as regras estabelecidas pelo poder constituinte originário. Ou seja, as reformas e revisões
constitucionais somente se dão de acordo com os parâmetros e procedimentos delineados pelo
texto constitucional original.
III – INCORRETA: O poder constituinte derivado decorrente se manifesta nas constituições dos
estados-membros, sendo um poder instituído pelo poder constituinte originário.
Já a mutação constitucional – que não tem relação com o poder constituinte derivado, inclusive o
decorrente – consiste na mudança da interpretação do conteúdo das normas constitucionais, sem
que o texto seja formalmente modificado.
constitucionais pelo Supremo acerca dos seguintes temas: anencefalia; competência da Justiça do
Trabalho para julgamento de greve der servidores públicos; expressão “mulher honesta”, etc.
V – INCORRETA: É certo que o poder constituinte originário instaura um novo Estado constitucional
e um novo ordenamento jurídico. Entretanto, como corolário da segurança e da estabilidade das
relações sociais, prevalece na doutrina e também entende o STF que as normas infraconstitucionais
anteriores são incorporadas à nova ordem constitucional, desde que sejam materialmente
compatíveis com a novel constituição.
Tais normas infraconstitucionais deixam de ter fundamento na constituição anterior, passando a ter
a constituição mais recente como lastro de validade jurídica. É o fenômeno da recepção.
Assim, com a edição de uma nova constituição, inaugura-se um novo ordenamento jurídico,
contudo se aproveitam, por meio da recepção, as normas infraconstitucionais anteriores, desde
que materialmente compatíveis com a constituição atual.
Sobre o tema, é importante ressaltar que, de acordo com a doutrina e jurisprudência do STF, as
normas infraconstitucionais anteriores à Constituição de 88 materialmente compatíveis com a atual
Lei Maior foram recepcionadas, ainda que formalmente incompatível.
Ainda acerca do ponto, merece destaque que as normas não recepcionadas, pois materialmente
contrárias à nova Constituição, não são tidas como inconstitucionais, pois nem mesmo chegam a
coexistir com a nova constituição. Nesse caso ocorre a revogação da norma infraconstitucional.
Assim, tais normas infraconstitucionais não podem ser objeto de controle de constitucionalidade
por meio de ADI ou ADC, mas apenas por intermédio da ADPF.
QUESTÃO 24. Ao aprovar a Súmula Vinculante n. 4, estabelecendo que: “Salvo nos casos
previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de
cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão
judicial”, especificamente em relação ao adicional de insalubridade, o Supremo Tribunal
Federal aplicou a seguinte técnica de decisão em controle de constitucionalidade:
COMENTÁRIO
Neste sentido, foi a decisão do Ministro Gilmar Mendes, no julgamento do HABEAS CORPUS
82.959-7-SP:
“É inegável que a opção desenvolvida pelo STF inspira-se diretamente no uso que a
Corte Constitucional alemã faz do ‘apelo ao legislador’, especialmente nas situações
imperfeitas ou no ‘processo de inconstitucionalização’. Nessas hipóteses, avalia-se,
igualmente, que, tendo em vista razões de segurança jurídica, a supressão da norma
poderá ser mais danosa para o sistema do que a sua preservação temporária.
Não há negar, ademais, que aceita a idéia da situação ‘ainda constitucional’, deverá o
Tribunal, se tiver que declarar a inconstitucionalidade da norma, em outro momento,
fazê-lo com eficácia restritiva ou limitada. Em outros termos, o ‘apelo ao legislador’ e
a declaração de inconstitucionalidade com efeitos limitados ou restritos estão muito
próximos do prisma conceitual ou ontológico.
d) INCORRETA. Com a técnica de declaração de nulidade parcial sem redução de texto, a aplicação
da lei a determinada situação é declarada inconstitucional, mas não é retirado nenhum trecho do
texto, apenas se determina que aquele dispositivo não pode ser aplicado a determinados casos.
Todavia, tal medida não pode ser confundida com declaração de constitucionalidade mediante
interpretação conforme, uma vez que, segundo salienta o Ministro Gilmar Mendes:
Esse foi o caso da base de cálculo do adicional de insalubridade, fixado pelo art. 192, da CLT, com
base no salário mínimo, conforme já se manifestou o Tribunal Superior do Trabalho:
QUESTÃO 25. Tício possui um único imóvel no qual reside com seus filhos, gozando da
impenhorabilidade conferida ao bem de família. Não se trata, porém, de bem de família
convencional, ou seja, não houve qualquer registro. A impenhorabilidade que protege Tício
decorre diretamente da lei. Se a lei que garante a impenhorabilidade do imóvel for revogada,
e Tício tiver o bem penhorado após a entrada em vigor do texto da Lei nova:
a) Poderá invocar a proteção conferida ao ato jurídico perfeito, pois a aquisição do imóvel
ocorreu em momento anterior ao advento da lei nova, não podendo haver prejuízo.
c) Não poderá invocar a proteção do direito adquirido, pois inexiste direito adquirido a
regime jurídico e assim já o decidiu o STF.
COMENTÁRIO
a) INCORRETA: Art. 6º, da LINDB: “A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitando o ato
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.” Inexiste ato jurídico perfeito. Não houve
penhora anterior à Lei nova legislação.
b) INCORRETA: Art. 6º, da LINDB: “A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitando o
ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.” Inexiste direito adquirido. Não houve
aquisição de direitos com base em legislação vigente, posteriormente alterada. Observe que a
questão trata de bem de família não convencional (comentários abaixo).
c) CORRETA: O Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudência no sentido de que não há direito
adquirido à regime jurídico-funcional pertinente à composição dos vencimentos ou à permanência
do regime legal de reajuste de vantagem, desde que eventual modificação introduzida por ato
legislativo superveniente preserve o montante global da remuneração, não acarretando decesso de
caráter pecuniário. Precedentes.” (RE 593304 AgR, Relator Ministro Eros Grau, Segunda Turma,
julgamento em 29.9.2009, DJe de 23.10.2009)
Regime jurídico não se refere apenas ao administrativo, como na decisão supra. Regime jurídico é
o conjunto de direitos, deveres, garantias, vantagens, proibições e penalidades aplicáveis a
determinadas relações sociais qualificadas pelo Direito. Há, portanto, regime jurídico civil (dos
bens: CC/02 e Lei 8.009/90), administrativo, trabalhista, dentre outros.
d) INCORRETA: Art. 6º, da LINDB: “A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitando o
ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.” Inexiste direito adquirido. Não houve
aquisição de direitos com base em legislação vigente, posteriormente alterada. Observe que a
questão trata de bem de família não convencional (comentários acima).
e) INCORRETA: Art. 6º, da LINDB: “A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitando o ato
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.” Inexiste ato jurídico perfeito. Não houve
penhora anterior à Lei nova legislação.
*Bem de família não convencional (involuntario) é o legal, com previsão na Lei 8.009/90. Se diz nao
convencional porque é considerado bem de familia e, consequentemente, impenhorável, de forma
automática, independente de qualquer ato dos proprietários. É impenhorável por si. O bem de
família convencional, ou seja, voluntário, tem previsão no artigo 1.711 e ss do Código Civil; nesse
caso o bem é destinado para ser constituído como bem de família, depende de escritura pública/
testamento e deve observar outros requisitos legais.
QUESTÃO 26. Caio abalroou o veículo de Mévio, que sofreu danos materiais. Visando à
reparação do dano, Mévio acionou direta e exclusivamente a seguradora de Caio, já que em
diversas tratativas o condutor do outro veículo alegou que não tinha dinheiro por causa da
crise no país. De acordo com o Código Civil e com jurisprudência consolidada do Superior
Tribunal de Justiça:
b) O Juiz deverá, de ofício, incluir no polo passivo da ação a pessoa de Caio, o qual
responderá, solidariamente com a seguradora, pelos danos que houver causado
culposamente a Mévio.
COMENTÁRIO
Demais alternativas incorretas, pois contrariam o teor do entendimento sumulado pelo STJ.
a) Titular da maior fração ideal sobre o bem, Rihanna pode obter a resolução da venda
e adjudicar para si a parte vendida, depositando o preço pago por Madonna dentro do
prazo decadencial indicado em lei.
c) Rihanna, titular da maior fração ideal sobre o bem, pode obter a resolução da venda
e adjudicar para si a parte alienada, depositando o preço pago por Madonna no prazo
prescricional indicado em lei.
e) Nem Beyoncé e nem Rihanna têm direito de preferência sobre a parte alienada.
COMENTÁRIO
Temas 2, 9 e 10 do edital.
e) CORRETA: art. 504 do CC: “Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua
parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der
conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos,
se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência. Parágrafo único. Sendo
muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o
de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a
quiserem, depositando previamente o preço”.
Nesse sentido decidiu o STJ, cujo julgado consta do Informativo de Jurisprudência n. 577:
O art. 504 do CC enuncia que: “Não pode um condômino em coisa indivisível vender
a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a
quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si
a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena
de decadência. Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver
benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes
forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, depositando
previamente o preço”. Partindo-se da literalidade do previsto nesse artigo, infere-
se que o direito de preferência deve ser observado apenas nos casos em que a
alienação se pactue entre consorte e estranho, e não entre consortes. Efetivamente,
o caput do aludido dispositivo é bastante claro quanto à incidência da preempção
apenas nas hipóteses de negócio jurídico envolvendo terceiro/estranho ao
condomínio. Aliás, necessário destacar que a ratio da positivação da referida norma
sobre o direito de prelação se cinge justamente à conciliação dos objetivos particulares
daquele que pretende alienar sua fração com a (possível) manutenção da comunidade
de coproprietários, até porque, conforme entendimento doutrinário, “[...] a função social
recomenda ser mais cômodo manter a propriedade entre os titulares originários, evitando
desentendimento com a entrada de um estranho no grupo”. A referida preocupação está
inserida, outrossim, no parágrafo único do art. 1.314 do CC, segundo o qual: “Nenhum
dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou
gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros”. Com efeito, a alienação de frações
ideais entre condôminos refoge à finalidade intrínseca ao direito de preferência, uma
vez que não se tratará de hipótese de ingresso de terceiro/estranho à comunhão.
Pelo contrário, serão mantidos os consortes, apenas com alterações no percentual da
parte ideal daquele que adquiriu a parcela de outrem. Esse entendimento, aliás, já foi
adotado por esta Corte, em antigo precedente da Terceira Turma (REsp 19.538-SP,
DJ 17/5/1993), no qual analisado o art. 1.139 do CC/1916 - norma correspondente ao
atual art. 504 do CC. Além disso, não é cabível o argumento de que o parágrafo único
do art. 504 do CC, ao enunciar que: “Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver
benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes
forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, depositando
previamente o preço”, teria estendido o direito de preempção às hipóteses de alienação
entre consortes. Em verdade, o referido parágrafo único apenas complementa a norma
enunciada no caput, estabelecendo o procedimento a ser adotado caso mais de um
condômino venha manifestar o seu direito de preferência, por ocasião da alienação de
fração ideal à terceiro alheio à comunhão. Ademais, tratando-se de restrição à liberdade
de contratar, o instituto em comento - direito de preferência – deve ser interpretado de
forma restritiva. Assim, se a lei de regência (art. 504 do CC) apenas o institui em relação
às alienações a estranhos, não cabe ao intérprete, extensivamente, aplicar essa norma
aos casos de compra e venda entre consortes. REsp 1.137.176-PR, Rel. Min. Marco
Buzzi, julgado em 16/2/2016, DJe 24/2/2016.
COMENTÁRIO
Na verdade, por exclusão era possível acertar, uma vez que o Poder Legislativo não tem tal
atribuição. Os programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente estão localizados
nos municípios.
a) Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
e) Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo
a capacidade de cada um;
COMENTÁRIO
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
Em matérias que se cobra lei seca é bastante comum que o examinador exija justamente as
alterações, se for recente, maior será a chance de cair na prova.
QUESTÃO 30. De acordo com as novas regras do Código de Processo Civil – Lei nº. 13.105,
de 16 de março de 2015 – os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem
cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão, porém especifica algumas
exceções a essa regra. Dentre as alternativas abaixo, aponte a que NÃO corresponde a uma
dessas exceções.
e) A causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada.
COMENTÁRIO
VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal;
Percebam que o artigo objeto da questão foi alterado em 2016, ou seja, é mais recente que o próprio
CPC. Como já dissemos, legislação alterada recentemente tem maior chance de ser cobrada.
COMENTÁRIO
a) INCORRETA: cabe agravo na hipótese: Art. 356, § 5º, CPC: “O juiz decidirá parcialmente o
mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: § 5º A decisão proferida com
base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.”
b) INCORRETA: não consta no rol taxativo do art. 1015 do CPC (vide jurisprudência).
c) INCORRETA: poderá ser objeto de eventual apelação. Art. 1.009, § 1º, CPC: “Da sentença cabe
apelação. § 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não
comportar agravo de instrumento, não são acobertadas pela preclusão e devem ser suscitadas em
preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.”
d) INCORRETA: não consta no rol taxativo do art. 1.015 do CPC (vide jurisprudência).
e) CORRETA: Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que
versarem sobre: XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º;
QUESTÃO 32. Sobre a Lei n° 11.419 de 2006, que dispõe sobre a informatização do processo
judicial, é possível afirmar:
d) O prazo fica automaticamente prorrogado para o primeiro dia útil seguinte à resolução
do problema, quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado prazo, por
meio de petição eletrônica, se o Sistema do Poder Judiciário se tornar indisponível por
motivo técnico.
e) Os originais dos documentos digitalizados, e juntados aos autos pelas partes, deverão
ser preservados pelo seu detentor até o trânsito em julgado da sentença, após o que
poderão ser seguramente descartados, pois não terão mais qualquer finalidade.
COMENTÁRIO
b) INCORRETA: Art. 12. § 2º Os autos de processos eletrônicos que tiverem de ser remetidos a
outro juízo ou instância superior que não disponham de sistema compatível deverão ser impressos
em papel, autuados na forma dos arts. 166 a 168 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código
de Processo Civil, ainda que de natureza criminal ou trabalhista, ou pertinentes a juizado especial.
efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação, certificando-se nos autos a sua realização. § 2º
Na hipótese do § 1º deste artigo, nos casos em que a consulta se dê em dia não útil, a intimação
será considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte.
d) CORRETA: Art. 10. § 2º No caso do § 1º deste artigo, se o Sistema do Poder Judiciário se tornar
indisponível por motivo técnico, o prazo fica automaticamente prorrogado para o primeiro dia útil
seguinte à resolução do problema.
Referida Lei, haja vista a informatização nacional dos processos em todos os TRTs, é cobrada com
razoável frequência nos concursos.
COMENTÁRIO
Diversas dúvidas giram em torno das imunidades, sendo que a doutrina diferencia o ato praticado
a fim de submetê-lo, ou não, à legislação e à jurisdição brasileira.
Entende-se que os atos de império estão protegidos pela imunidade, ao passo que os atos de
gestão (aqueles que se tratem de interesses privados, tais como as relações de trabalho), não
estão englobados, pelo que devem respeito à lei brasileira e estão sujeitos ao julgamento por órgão
do Poder Judiciário Nacional.
Nesse sentido:
Por sua vez, quanto às organizações internacionais, o entendimento é no sentido de que só haverá
imunidade se houver norma quanto ao tema, pois não gozam dos mesmos privilégios dos Estados
Estrangeiros.
Nesse sentido:
d) CORRETA: Conforme já demonstrado acima, os atos de gestão não são englobados pela
imunidade de jurisdição.
e) INCORRETA: A renúncia à imunidade poderá ocorrer, mas não abrange quanto à execução, que
dependerá de nova renúncia para que seja possível o ataque ao patrimônio do Estado Estrangeiro.
COMENTÁRIO
for possível, logo que o seja, sem nunca exceder o prazo de 18 meses após o referido
encerramento), a convenção à autoridade ou autoridades em cuja competência entre a
matéria, a fim de que estas a transformem em lei ou tomem medidas de outra natureza
(…).
b) CORRETA: Segundo Carlos Roberto Husek (Husek, Carlos Roberto. Curso Básico de Direito
Internacional Público e Privado do Trabalho. Editora LTR. 3ª Edição. 2015. Páginas 131/133):
“(...) As autoaplicáveis são as que passam a gerar efeitos de forma imediata. Isto é, suas
disposições não exigem que haja uma regulamentação para sua aplicação. Importa
em dizer que tais convenções já teria todos os elementos possíveis para, de imediato,
entrarem em plena vigência. (…) As de princípios são aquelas que necessitariam de
adaptação do Estado-Membro, e com o depósito de ratificação na RIT, abre-se o prazo de
12 meses para que o governo brasileiro providencie a edição da medida necessária para
transformá-la em lei interna. (…) Promocionais são as que fixam determinados objetivos
e estabelecem programas para sua consecução. Com elas o Estado se compromete a
caminhar no atendimento de suas normas, mediante providências sucessivas, a médio
e longo prazos. Não se confundem com as Recomendações, que não têm status de
tratado, mas o iter procedimental é bem parecido, tendo em vista que a OIT, nestas
últimas, cobra do Estado providências que tendem a implementar tais Recomendações.
(…) as recomendações não representam obrigações para o Estado, ao contrário das
Convenções, que são tratados, pelos quais os Estados juridicamente se obrigam”.
e) INCORRETA: Conforme visto acima, as convenções de princípios são aquelas que necessitariam
de adaptação do Estado-Membro, e com o depósito de ratificação na RIT, abre-se o prazo de 12
meses para que o governo brasileiro providencie a edição da medida necessária para transformá-
la em lei interna.
COMENTÁRIO
De outro lado, pelo artigo 14 da Lei de Contribuição e 11 do Decreto 3.048/99, são segurados
facultativos os maiores de catorze anos de idade que se filiarem ao Regime Geral de Previdência
Social, mediante contribuição, desde que não incluído nas disposições do art. 12. São exemplos
prescritos pelo decreto: dona de casa; estudantes, estagiários bolsistas (quando o estágio é
legítimo), o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer
regime de previdência social.
- aprendiz;
- diretor empregado;
- o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União,
Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais;
- servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, desde
que não amparados por regime próprio de previdência social.
- o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado
a regime próprio de previdência social;
- o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros
ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e
contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;
- o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual
o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto
por regime próprio de previdência social;
- trabalhador autônomo;
- MEI;
- médico residente;
Não se pode olvidar, também, que, de acordo com o § 2º do artigo 12 da Lei de Contribuição, “todo
aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime
Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas”.
b) INCORRETA: A primeira frase da assertiva está correta pois reflete o disposto no artigo 13 da
Lei de Custeio, de acordo com o qual o servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias
e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social, desde que amparados por
regime próprio de previdência social.
Contudo, a segunda frase está errada, já que, de acordo com o artigo 40, § 13, da CF, os servidores
ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração
sem vínculo efetivo, bem como de cargo temporário nos termos do artigo 37, IX, da CF, enquadram-
se sempre no RGPS, independentemente do regime jurídico ser celetista ou estatutário.
O ocupante de cargo em comissão somente será regido por RPPS se também ocupar cargo efetivo
e, ainda, se o ente a que ele se vincular tiver regime próprio de previdência, conforme artigo 12, I,
“g”, da Lei 8.212/91.
Consoante artigo 9º, inciso I, alínea “l”, do Decreto, o contratado por tempo determinado do artigo
37, IX, da CF sempre será segurado obrigatório do RGPS, independentemente do regime ser
celetista ou estatutário.
c) INCORRETA: Desde a publicação da antiga Lei dos Domésticos, Lei nº 5.989/73, o doméstico já
figurava como segurado obrigatório no RGPS – regime geral da Previdência Social. Antes disso, por
incrível que pareça, os domésticos não tinham nem mesmo direito aos benefícios previdenciários.
Considerando que a Constituição não permite a criação de benefícios previdenciários sem a criação
da correspondente fonte de custeio, a LC 150/2015 alterou a lei 8.212/91, para incluir o artigo 24,
II, o qual estabelece que cabe ao empregador doméstico recolher o SAT (ou GILRAT) com alíquota
de 0,8%.
e) INCORRETA: A assertiva está incorreta, pois, no caso hipotético, caberia à empresa contratante
recolher suas contribuições previdenciárias à base de 20% sobre toda a remuneração paga
ao contribuinte individual, além de deduzir 11% do valor total pago ao individual e efetuar seu
recolhimento, por força do artigo 216, § 26, do Decreto 3.048/99.
Com efeito, nos casos em que o contribuinte individual presta serviços em prol de pessoa jurídica,
é obrigação da contratante deduzir e recolher a cota da contribuição a ser paga pelo contribuinte
individual de 11%, limitada ao teto da previdência, conforme disposto no artigo, inclusive se a
empresa for optante pelo SIMPLES NACIONAL, nos termos do artigo 22, I, da Lei 8.212/91.
Sem prejuízo do recolhimento da contribuição devida pela empresa tomadora de 20% sobre a
remuneração total paga ao prestador de serviços.
A propósito, é por essa razão que o TST, na OJ 398 firmou entendimento de que, nos acordos
homologados sem reconhecimento vínculo de emprego, deverão ser recolhidas contribuições
previdenciárias à base de 31% sobre o valor do acordo, sendo 20% a cargo do tomador e 11% a
cargo do prestador de serviços.
Já quando o contribuinte individual presta serviços a pessoas físicas, cabe a ele próprio efetuar
o recolhimento das contribuições previdenciárias incidentes sobre o salário de contribuição, com
alíquota de 20%. Essa alíquota cai para 11% caso opte pela exclusão da aposentadoria por tempo
de contribuição.
COMENTÁRIO
pelas empresas empregadoras são bem diferentes das referidas contribuições pagas pelos
empregadores domésticos.
Com efeito, alíquota do SAT pago pelo empregador doméstico é sempre de 0,8% das remunerações
pagas aos empregados domésticos, como previsto no artigo 24, II, da Lei 8.212/91.
Diferentemente, o artigo 22, II, alíneas “a”, “b” e “c”, estabelece que as alíquotas do SAT ou GILRAT
das empresas são de 1%, 2% ou 3%, a depender do grau de risco da atividade preponderante da
empresa (RAT), podendo ser reduzida em até 100% ou majorada em até 50% dependendo do FAP
- fator acidentário de prevenção.
Ademais, o SAT ou GILRAT poderão ter acréscimo de 6%, 9% ou 12% sobre as remunerações
pagas a cada empregado sujeito aos riscos especiais, nos casos em que as empresas tiverem
empregados expostos a riscos capazes de gerar aposentadoria especial, nos termos do artigo 57,
§ 6º, da Lei 8.213/91.
O benefício em análise pode ser de duas espécies: (i) acidentário, quando a redução da capacidade
decorre de acidente de trabalho típico, doenças ocupacionais (profissionais ou do trabalho) ou
acidentes por equiparação; (ii) previdenciário, quando a redução da capacidade for originada de
acidente ou doença comuns, isto é, não relacionados direta ou indiretamente com o labor.
Tanto o benefício de cunho acidentário quanto o previdenciário estrito não exigem carência mínima
e o valor mensal é igual a 50% do salário de benefício.
Considerando que o auxílio-acidente não substitui o salário de contribuição, visto que é pago como
indenização ao segurado que consegue voltar ao trabalho com perda parcial de sua capacidade,
pode ser recebido pelo segurado cumulativamente com o seguro-desemprego e salário-maternidade.
Não é cumulável, contudo, com aposentadorias de todas espécies.
c) INCORRETA: O auxílio-doença é benefício pago pelo INSS aos segurados que, por conta de
acidentes ou doenças, perdem sua capacidade laborativa total e temporariamente, impedindo o
segurado de exercer sua atividade remunerada por tempo superior quinze dias.
Pode ser de duas espécies: (i) previdenciário estrito, quando a perda da capacidade foi gerada
por acidente ou doença comuns, sem nexo com o trabalho; (ii) acidentário, quando a perda da
capacidade total e temporária decorre de acidente do trabalho (típico ou por equiparação) ou
doença ocupacional (profissional ou ocupacional).
O valor do benefício será de 91% do salário de benefício e cessa nas seguintes hipóteses: fim a
incapacidade; conversão em aposentadoria por invalidez; obtenção do auxílio-acidente (que tem
como premissa o reconhecimento da redução parcial da capacidade laborativa); ou falecimento do
segurado.
→ de acordo com o artigo 118 da Lei 8.213/91, após o retorno do auxílio-doença acidentário, o
empregado tem direito a garantia de emprego por doze meses a contar da alta previdenciária;
O NTEP consiste em método previsto pelo legislador de análise de nexo etiológico entre a
morbidade (doença) e a atividade do empregador para fins previdenciários, tendo como base
dados estatísticos, a partir do qual se presume relativamente a existência de nexo causal entre
determinadas moléstias e grupos de atividades;
Assim, quando perito previdenciário verifica que a doença (CID) se enquadra em uma das
hipóteses dos anexos relacionadas com a atividade empresarial (CNAE), reconhece o nexo causal
por presunção e, se presente a redução ou perda de capacidade laborativa, indica a concessão do
benefício de cunho acidentário.
É uma presunção legal de nexo de causalidade entre moléstia e o trabalho, de sorte que, mesmo
prevista na legislação previdenciária, surte efeitos no âmbito da responsabilidade civil decorrente de
doenças ocupacionais e acidentes do trabalho, visto que o ordenamento jurídico é uno e orgânico
Ademais, não restam dúvidas de que o contrato de trabalho e a relações previdenciárias, bem
como as normas trabalhistas e previdenciárias se influenciam mutuamente, uma vez que, apesar
de terem sujeitos diversos, são relações jurídicas que se interligam;
Assim, quando, a partir da leitura dos anexos do Decreto 3.048/99, o juiz verifica que há o NTEP, deve
presumir a existência do nexo de causalidade entre a atividade e a doença. Como consequência
lógica, inverte-se o ônus da prova, cabe ao empregador comprovar que, apesar do NTEP, a doença
não foi causada pela atividade laborativa;
Sobre o tema, ver artigo 21 da Lei 8.213/91; artigo 337, § 3º, e lista C do Anexo II do Decreto
3.048/99.
Desse modo, se o acidente do trabalho típico, doença ocupacional ou acidente por equiparação
acarretarem redução definitiva (consolidada) da capacidade laboral, o segurado (empregado,
empregado doméstico, avulso ou especial) terá direito ao auxílio-acidente da espécie acidentária
no valor de 50% do salário de benefício.
COMENTÁRIO
I – INCORRETO: Segundo o art. 1.142 do Código Civil de 2002, o estabelecimento é todo complexo
de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. O
local onde a atividade empresarial é exercida não se confunde com o estabelecimento, embora
nele se encaixe.
II – CORRETO: Conforme o art. 1.142 e a definição doutrinária acima, está claro que o estabelecimento
é o complexo de bens utilizado para o exercício da atividade econômica, sendo eles materiais ou
imateriais. Inclusive, o autor mencionou que há quem sustente que a clientela seja considerada
parte do estabelecimento.
IV – INCORRETO: A alternativa está errada porque, em sua parte final, aponta que os bens
incorpóreos pertencem à pessoa física, e não à empresa em si. Como visto acima, o empresário,
pessoa física ou pessoa jurídica, é o proprietário dos bens que envolvam a atividade econômica
exercia.
d) A sede da sociedade estrangeira poderá ser transferida para o Brasil, mas depende de
autorização do Poder Executivo para tanto.
COMENTÁRIO
a) INCORRETA: A sociedade estrangeira é aquela que não tem sede no Brasil e sua organização
não segue os ditames da legislação brasileira. Esta necessita de autorização governamental para
funcionamento, conforme art. 1.134 CC/2002.
Art. 1.134. A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não pode, sem
autorização do Poder Executivo, funcionar no País, ainda que por estabelecimentos
subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista
de sociedade anônima brasileira.
b) INCORRETA: Diferentemente do que diz a alternativa, o art. 1.139 do CC/2002 assevera que:
c) INCORRETA: O art. 1.137 do CC/2002 deixa claro que a sociedade estrangeira autorizada a
funcionar ficará sujeita às leis e aos tribunais brasileiros, quanto aos atos ou operações praticados
no Brasil, diferentemente do que diz a alternativa, que menciona que os atos praticados fora do
Brasil estarão sujeitos ao nosso ordenamento jurídico e aos Tribunais do nosso país.
d) CORRETA: A assertiva é a correta. O art. 1.141 do CC/2002 permite que a sociedade estrangeira
se “nacionalize” e traga sua sede para território brasileiro, desde que autorizada pelo Poder
Executivo.
É faculdade do Poder Executivo impor condições nos casos em que haja necessidade de defender
interesses nacionais. Além disso, a autorização é expedida mediante decreto, diferentemente do
que foi mencionado acima, no sentido de que também pode ocorrer por medida provisória.
1. Todo membro deverá elaborar e implementar programas de ação para eliminar, como
medida prioritária, as piores formas de trabalho infantil.
Pergunta-se: Sob a ótica da Recomendação 190 da OIT, tais programas devem dispensar
especial atenção, exceto:
b) Às meninas;
COMENTÁRIO
O texto da Recomendação 190 não tem a expressão “menor de 12 anos”, que no caso da questão
foi colocada para confundir o candidato.
Atentem: Convenção 182 e Recomendação 190 são temas de leitura obrigatória, pois são cobrados
recorrentemente em provas.
QUESTÃO 40. Súmula Vinculante 25: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer
que seja a modalidade de depósito.
COMENTÁRIO
“Se não existem maiores controvérsias sobre a legitimidade constitucional da prisão civil
do devedor de alimentos, assim não ocorre em relação à prisão do depositário infiel. As
legislações mais avançadas em matérias de direitos humanos proíbem expressamente
qualquer tipo de prisão civil decorrente do descumprimento de obrigações contratuais,
excepcionando apenas o caso do alimentante inadimplente. O art. 7º (n.º 7) da Convenção
Americana sobre Direitos Humanos ‘Pacto de San José da Costa Rica, de 1969,
dispõe desta forma: ‘Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os
mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento
de obrigação alimentar.’ Com a adesão do Brasil a essa convenção, assim como ao
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, sem qualquer reserva, ambos no
ano de 1992, iniciou-se um amplo debate sobre a possibilidade de revogação, por tais
diplomas internacionais, da parte final do inciso LXVII do art. 5º da Constituição brasileira
de 1988, especificamente, da expressão ‘depositário infiel’, e, por consequência, de
toda a legislação infraconstitucional que nele possui fundamento direto ou indireto. (...)
Portanto, diante do inequívoco caráter especial dos tratados internacionais que cuidam
da proteção dos direitos humanos, não é difícil entender que a sua internalização no
ordenamento jurídico, por meio do procedimento de ratificação previsto na Constituição,
tem o condão de paralisar a eficácia jurídica de toda e qualquer disciplina normativa
infraconstitucional com ela conflitante. Nesse sentido, é possível concluir que, diante
da supremacia da Constituição sobre os atos normativos internacionais, a previsão
constitucional da prisão civil do depositário infiel (...) deixou de ter aplicabilidade diante
do efeito paralisante desses tratados em relação à legislação infraconstitucional que
disciplina a matéria (...). Tendo em vista o caráter supralegal desses diplomas normativos
internacionais, a legislação infraconstitucional posterior que com eles seja conflitante
também tem sua eficácia paralisada. (...) Enfim, desde a adesão do Brasil, no ano
de 1992, ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (art. 11) e à Convenção
Americana sobre Direitos Humanos ‘Pacto de San José da Costa Rica (art. 7º, 7), não há
base legal para aplicação da parte final do art.5º, inciso LXVII, da Constituição, ou seja,
para a prisão civil do depositário infiel.” (RE 466343, Voto do Ministro Gilmar Mendes,
Tribunal Pleno, julgamento em 3.12.2008, DJe de 5.6.2009)
sobre Direitos Humanos - Pacto de San José da Costa Rica (art. 7°, 7), ratificados,
sem reserva, pelo Brasil, no ano de 1992. A esses diplomas internacionais sobre direitos
humanos é reservado o lugar específico no ordenamento jurídico, estando abaixo da
Constituição, porém acima da legislação interna. O status normativo supralegal dos
tratados internacionais de direitos humanos subscritos pelo Brasil, torna inaplicável a
legislação infraconstitucional com ele conflitante, seja ela anterior ou posterior ao ato de
ratificação. 3. Na atualidade a única hipótese de prisão civil, no Direito brasileiro, é a do
devedor de alimentos. O art. 5°, §2°, da Carta Magna, expressamente estabeleceu que
os direitos e garantias expressos no caput do mesmo dispositivo não excluem outros
decorrentes do regime dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais
em que a República Federativa do Brasil seja parte. O Pacto de São José da Costa
Rica, entendido como um tratado internacional em matéria de direitos humanos,
expressamente, só admite, no seu bojo, a possibilidade de prisão civil do devedor de
alimentos e, consequentemente, não admite mais a possibilidade de prisão civil do
depositário infiel. 4. Habeas corpus concedido.” (HC 95967, Relatora Ministra Ellen
Gracie, Segunda Turma, julgamento em 11.11.2008, DJe de 28.11.2008)
QUESTÕES DISSERTATIVAS
ORIENTAÇÃO: Procure responder com consulta tão somente à legislação seca e com
agilidade, a fim de simular a situação encontrada em prova.
A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 03/09/2017:
profcei.dorotheoneto@gmail.com - LIMITE DE 30 LINHAS.
A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 03/09/2017:
profcei.dorotheoneto@gmail.com - LIMITE DE 30 LINHAS.
SENTENÇA
ORIENTAÇÃO: Procure responder com consulta tão somente à legislação seca e com
agilidade, a fim de simular a situação encontrada em prova.
Distribuição: 06/05/2016.
Mévio da Silva Trindade, qualificação xxx, vem, respeitosamente, à presença de V. Exa. propor
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em face de Engenharia Elétrica Indústria S/A., qualificação xxx,
e Viamão Indústria e Comércio Ltda. (em recuperação judicial), qualificação xxx, pelos motivos
de fato e de direito que passa a expor:
1. DA JUSTIÇA GRATUITA
Nos termos do art. 5º, incisos XXXIV e LXXIV, da nossa Magna Carta, cominados com as Leis
nº 7.510/86 - art. 4º -, nº 1.060/50, requer, em seu favor, os benefícios da assistência judiciária
gratuita, uma vez que sua situação econômica não lhe permite pagar as custas processuais, sem
prejuízo de seu próprio sustento, conforme demonstrado em declaração anexa.
O reclamante foi admitido para trabalhar para a segunda reclamada (Viamão Indústria e Comércio
Ltda.) em 07/09/2009, na função de operador de produção, sendo que esta ficou sendo sua
empregadora até o mês 25 de janeiro do 2015, momento em que a referida empresa foi vendida
para a segunda reclamada (Engenharia Elétrica Indústria S/A.).
A última remuneração percebida foi de R$ 1.130,00 (um mil, cento e trinta reais).
No período compreendido entre os anos de 2007 até 2014, teve férias, 13° salário, salário e
reajustes pagos corretamente.
a) - as horas em que estava ao dispor da fábrica, tendo em vista que o ônibus que a própria
fábrica fornecia, saia às 6h30m com os trabalhadores, e retornava às 17h00m. Durante os anos de
2015/2016 o reclamante não gozou de suas férias ou tampouco as recebeu.
No mês de janeiro de 2015 foi solicitado que assinasse um documento de transferência, tendo
em vista que seu empregador mudaria, conforme já havia acontecido em outra ocasião, neste
momento, foi explicado pelos seus superiores que as férias seriam quitadas e gozadas.
Frise-se que o reclamante, se sentiu lesado pois não recebeu, no ano de 2015, as férias, as horas
em que estava à disposição do empregador e o reajuste.
No mês de janeiro do corrente ano, 2016, completou um ano que a Viamão Indústria e Comércio
Ltda. mantivera o reclamante como seu empregado, tendo combinado com o mesmo que, em face
do reclamante ter realizado cirurgia no joelho direito, gozaria e receberia suas férias corretamente.
Contudo o reclamante não se adaptando ao sistema que fora implantado na fábrica pediu demissão
em 07/04/2016.
Não tendo sido realizada a sua rescisão até o presente momento, dia 06 de maio de 2016.
O reclamante deveria ter gozado suas férias em fevereiro de 2015 e no ano de fevereiro de 2016,
porém não as gozou ou recebeu 1/3, como lhe era devido.
O reclamante tem direito ao recebimento de horas extras que jamais lhe foram pagas, tendo em
vista que entrava no ônibus da empresa às 6h30m, fazia uma hora de almoço e chegava em sua
cidade no ônibus da reclamada às 17h00m.
Frise-se que o reclamante era contratado por banco de horas, contudo essas horas de espera pelo
transporte, que a fábrica fornecia, ou as horas gastas durante o trajeto jamais foram compensadas
ou registradas.
O reclamante pediu demissão em abril e até o presente momento, a empregadora, não o chamou
para fazer a homologação de sua demissão, ou seja, não o chamou para receber as verbas às
quais tem direito, tais como saldo salário, 13º proporcional, férias proporcionais + 1/3, devendo a
reclamada arcar com a multa imposta pelo artigo 477, § 1º, da CLT.
Efetivamente, o art. 477, § 1º, da CLT assinala que: “O pedido de demissão ou recibo de quitação
de rescisão do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço,
só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do
Ministério do Trabalho”.
É fato incontroverso nos autos que o reclamante já contava com mais de um ano de serviço quando
do desligamento do quadro de pessoal da acionada; todavia, não foram observados os requisitos
previstos no citado diploma legal para efeito da quitação rescisória respectiva.
“Não sendo observada a assistência administrativa, nos casos em que é obrigatória (ou
faltando a assistência própria, inerente ao trabalhador menor de 18 anos), desponta
presunção trabalhista favorável ao obreiro, de que a ruptura do pacto se deu nos moldes
da resilição unilateral por ato empresarial (dispensa injusta), com as parcelas que lhe
são conseqüentes. Não se trata, evidentemente, de presunção absoluta, porém relativa,
admitido prova convincente no sentido contrário” (in Curso do Direito de Trabalho, LTr,
3ª Ed, pg. 1-143).
Saliente-se que, acaso tivesse ocorrido a necessária assistência, certamente o reclamante seria
alertado sobre a existência de motivos suficientes para o reconhecimento da rescisão indireta do
seu contrato de trabalho.
A primeira reclamada assumiu a fábrica da segunda reclamada, bem como seus empregados
conforme preconizam os artigos 10 e 448 da CLT:
Frise-se que não foram celebrados novos contratos de trabalho com a segunda reclamante, houve
somente transferência dos empregados para a segunda empresa, como fica comprovado através
dos registros contidos na carteira de trabalho da reclamada.
Assim, requer-se que seja reconhecida a sucessão empresarial entre a primeira e a segunda
reclamada, com a responsabilização da primeira pelas verbas postuladas na presente demanda.
a sucessão do contrato pela primeira reclamada, em 25 de janeiro de 2015, sendo que a segunda
reclamada deverá ser condenada ao pagamento das parcelas até a referida data e, por sua vez, a
primeira reclamada deverá ser condenada ao pagamento das parcelas do período subsequente.
“São Direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social, o fundo de garantia por tempo de serviço”. (artigo 7°, inciso III, da Constituição
Federal). Além desse dispositivo Constitucional, a Lei 8.036/90 estabelece que será obrigatório a
efetivação dos depósitos mensais de fundo de garantia, devendo este ser quitado pelo empregador.
Ao deixar de quitar as verbas no prazo, o reclamado violou o direito do trabalhador, razão pelo qual
deve ser condenado a pagar a multa prevista, no valor atualizado do salário comercial.
Saliente-se que, durante a vigência de todo o contrato havido com a primeira reclamada, nunca
houve o recolhimento das contribuições previdenciárias devidas pela reclamada, apesar da
ocorrência do desconto da cota parte devida pelo obreiro.
3. DOS PEDIDOS
3. Diante dos fatos, requer que Vossa Excelência se digne determinar a notificação das reclamada,
para que, no dia e hora designados por esse M.M. Juízo compareçam à audiência de Conciliação
e Julgamento e, contestem, querendo, a presente reclamatória, sob pena de revelia e confissão
quanto à matéria fática.
4. Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente, oitiva de
testemunhas, perícia, juntada de outros documentos e outros meios de prova, se necessários.
Dá-se à causa o valor R$ 30.911,46 (trinta mil, novecentos e onze reais e quarenta e seis centavos).
Termos em que,
Pede deferimento.
________________________________________________
(assinado eletronicamente)
ADVOGADA
OAB/MG N.
Juntou com a inicial: Procuração, declaração de pobreza, CTPS, com a seguinte anotação, em
25/01/2015: “Termo de Transferência: Em 09/01/2015 o Contrato de Trabalho celebrado com a
empresa Viamão Indústria e Comércio Ltda.– Em Recuperação Judicial, CNPJ 0000000000/0001-
00, foi transferido para a empresa Viamão Indústria e Comércio Ltda., CNPJ 0000000000/0001-01”.
Não consta baixa do contrato de trabalho havido com a segunda reclamada e não houve anotação
de novo contrato com a primeira reclamada.
Embora o autor informe na inicial que em 25/01/2015 a reclamada Engenharia Elétrica Indústria
S/A. assumiu a unidade econômica, na verdade, esta comprou algumas unidades do Grupo
Viamão Indústria e Comércio Ltda., através da arrematação em leilão judicial em 25/01/2015.
O autor foi empregado do Grupo Viamão Indústria e Comércio Ltda., que estava em recuperação
judicial, sendo certo que a contestante comprou em 25/01/2015 algumas Unidades Produtivas
Isoladas (UPI’s).
Conforme documentação anexada aos autos a contestante por meio da Assembleia Geral de
Credores, realizada em 21 de agosto de 2014, nos autos da Recuperação Judicial, Processo no.
0015555-00.3013.8.26.0100, em trâmite perante a 1ª. Vara de Falência e Recuperações Judiciais de
Rio de Janeiro - RJ, adquiriu algumas das Unidades Produtivas Isoladas (UPI’s) das Recuperandas
do Grupo Viamão Indústria e Comércio Ltda.
Não há, portanto, sucessão de débitos trabalhistas nos casos de compra, em leilão judicial, de
unidades produtivas isoladas de empresas em recuperação judicial ou em processo de falência.
A reclamada reitera que a aquisição das UPI’s, deu-se na forma do artigo 60, da Lei n. 11.101/2005,
abaixo reproduzido:
Parágrafo único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá
sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária,
observado o disposto no § 1º do art. 141 desta Lei”.
Saliente-se que o Supremo Tribunal Federal, instado a se manifestar sobre a matéria, decidiu pela
constitucionalidade dos artigos 60, parágrafo único, 83, I, IV, “c”
IV – Diploma legal que objetiva prestigiar a função social da empresa e assegurar, tanto
quanto possível, a preservação dos postos de trabalho.
Nesse contexto, nos casos de falência ou recuperação judicial, os bens adquiridos por meio de
leilão judicial devem ser transmitidos livres de qualquer gravame, inexistindo sucessão.
O reclamante alega que foi contratado em 07/09/2009, vindo ajuizar a presente Reclamação
Trabalhista em 06/05/2016, sendo que a prestação de serviços para com esta peticionária se findou
em 07/04/2016.
Assim, por medida de cautela, requer que ante o princípio da eventualidade e da ampla defesa,
e, na remota hipótese de ser reconhecida qualquer parcela de cunho laboral em relação à esta
peticionária que seja decretada a prescrição quinquenal prevista no inciso XXIX do artigo 7º da
Constituição Federal de 1988
Diferentemente do que alega o autor em sua inicial, o reclamante prestou serviços para a reclamada
entre 25/01/2015 até 07/04/2016 quando pediu demissão.
Recebeu todos os haveres a que teria direito de forma proporcional, conforme se pode depreender
do anexo termo de rescisão contratual.
Não há valores adicionais a serem quitados, quer a título de férias, FGTS, saldo salário ou supostas
horas extras ou adicionais.
Não foi necessária a homologação do pedido de demissão, uma vez que o período em que o
reclamante prestou serviços à ora contestante foi inferior a um ano.
Repita-se, o reclamante não faz jus às horas extras, nem muito menos às famigeradas horas “in
itinere”, no que o pedido vestibular é até mesmo inepto e malicioso.
No caso específico dos autos, afirma-se que pegava o ônibus da empresa às 06h30min, fazia uma
hora de almoço e chegava em sua cidade no ônibus da reclamada às 17h00min.
Diante disso, alega que trabalhava 09h30min diariamente, de segunda a sexta, computando um
total de 47 horas e 30 minutos semanalmente.
Descabida as alegações do Autor. A sua jornada de trabalho era das 07h20min às 16h00, logo
sendo possível vislumbrar o curto espaço de tempo entre o trajeto da residência para o trabalho e
vice-versa.
Portanto, não se reconhece as horas “in itinere”, devendo tal pedido ser julgado improcedente.
Indevido pedido de FGTS e multa de 40%, tendo em vista que todos os valores devidos foram
quitados, conforme comprovam os documentos em anexo.
Referente às verbas rescisórias, o autor prestou serviços para a reclamada entre 25/01/2015 até
07/04/2016 e suas verbas foram pagas no prazo legal, recebendo todos os seus haveres rescisórios.
Saliente-se que sequer foi descontado do reclamante o período de aviso prévio não cumprido.
Também não há que se falar em saldo de salários restantes dos meses de abril, maio e junho, pois
a rescisão do contrato de trabalho operou-se com o pedido de demissão do autor em 07/04/2016.
As verbas rescisórias foram pagas no prazo legal, o reclamante pediu demissão em 07/04/2016 e
suas verbas foram depositadas no prazo legal, ou seja, no dia 14/04/2016, portanto não prevalece
a multa do artigo 477, da CLT.
7. DA JUSTIÇA GRATUITA
A pretensão deverá ser julgada improcedente. O autor não demonstrou que não tem condições de
demandar sem prejuízo de seu sustento e ao que sabe a contestante está empregada.
8. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
9. CONCLUSÃO
Termos em que,
pede deferimento.
(assinado eletronicamente)
Machado de Assis
OAB/RJ 20.000
Juntou com a contestação: Procuração, contrato social, ficha de registro do Autor e TRTC
constando o pagamento do saldo de salário do mês de abril de 2016 (7 dias), das férias + 1/3 de
2015/2016, férias proporcionais + 1/3 de 2016 (3/12), do 13º salário proporcional de 2016 (3/12),
com pagamento em 14/04/2016. Foram comprovados os pagamentos dos salários, do 13º salário
proporcional de 2015; do recolhimento do FGTS e das contribuições previdenciárias do período de
25/01/2015 até 07/04/2016.
Além disso, foi juntada a regular carta de arrematação da UPI, expedida em 25 de janeiro de 2015,
da qual consta o seguinte termo:
ATA DE AUDIÊNCIA
PROCESSO: XXX
Presente o preposto do(a) primeiro (a) reclamado(a), Sr(a). Empreendedor da Silva, acompanhado(a)
do(a) advogado(a).
CONCILIAÇÃO REJEITADA.
Indeferida a seguinte pergunta, sob protestos da reclamante: “qual o horário em que a depoente
pegava o ônibus?”
As partes declaram não ter outras provas a produzir, bem como ser impossível a conciliação.
Nada mais.
ID
As partes não têm outras provas a produzir. Fica encerrada a instrução processual.
Designa-se para JULGAMENTO a data de 03/09/2017, às 17h05min, nos termos da Súmula 197
do TST.
Cientes.
Nada mais.
SÉRGIO MOURÃO
Juiz do Trabalho
A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 03/09/2017:
profcei.fabriciolima@gmail.com - LIMITE MÁXIMO DE 12 PÁGINAS
NOME:_________________________________________________________________________________________________
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