Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte Centro de Ciências Humanas, Letras E Artes Departamento de Artes Bacharelado em Design

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE ARTES
BACHARELADO EM DESIGN
LARISSA SOARES TRINDADE PEREIRA
DESIGN CENTRADO NO USUÁRIO:

UM ESTUDO DO SUAP-EDU COMO FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO
DE TURMAS DO PONTO DE VISTA DOS DOCENTES DO IFRN
NATAL-RN
2017 
LARISSA SOARES TRINDADE PEREIRA

Trabalho de Conclusão de Curso II

apresentado como requisito para obtenção do
título de Bacharel em Design pela
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
ORIENTADORA: Helena Rugai Bastos

COORIENTADORA: Silvia Aparecida de
Oliveira de Alencar Matos
NATAL-RN
2017
Por: LARISSA SOARES TRINDADE PEREIRA
Trabalho de Conclusão de Curso II apresentado como requisito para obtenção do título

de Bacharel em Design pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Aprovada em _____ de ____________ de________.
BANCA EXAMINADORA:
______________________________
Prof.ª Helena Rugai Bastos
Orientadora
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
__________________________________
Prof.ª Silvia Aparecida de Oliveira de Alencar Matos
Coorientadora
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
__________________________________
Prof.ª Ivana dos Santos de Lima e Souza
Membro
________________________________
Prof.ª José Guilherme Santa Rosa
Membro
AGRADECIMENTOS
À oportunidade de estar viva.
As pessoas que passaram pela minha vida e principalmente as que ficaram, vocês são
um pedaço de quem eu sou.
As minhas orientadoras Helena e a Silvia, obrigada pela paciência, pelos puxões de

orelha e principalmente pelo apoio. Espero um dia ter metade do conhecimento que
vocês têm, tenham certeza que deixaram uma marca importante na minha vida.
A todos que doaram um pouco do seu tempo para construir esse trabalho comigo,
palavras não seria suficiente para agradecer.
Gratidão.
“A forma mais eficaz para se aprender a
elaborar um trabalho científico é sem dúvida
construindo um trabalho”.
Isabel Cristina Echer

RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso realizou um estudo das ferramentas de

gerenciamento de turmas do sistema SUAP-EDU, a fim de analisar problemas de
usabilidade que dificultam a interação dos docentes do Instituto Federal de Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte com o sistema. Para atingir tal objetivo, foi realizado
um estudo sobre os Institutos Federais, as Leis de Base da Educação Brasileira (LDB)
e o Sistema Unificado de Educação Pública (SUAP). De igual maneira, para entender
o design de interação foi necessário um aprofundamento nos conceitos de usabilidade,
experiência do usuário e interação emocional. A abordagem do Design Centrado no
Usuário foi utilizada como base desenvolver a metodologia do projeto, que utilizou
ferramentas de coleta de dados (questionários e entrevistas) para investigar as
necessidades e aspirações dos docentes, assim como a técnica de avaliação
cooperativa para analisar o estado atual do SUAP-EDU junto aos mesmos. A partir dos
dados coletados, foi realizada a síntese das informações, onde os problemas
encontrados foram elencados e analisados, gerando oportunidades de projeto. Como
desdobramentos futuros, pretende-se implementar uma solução projetual que
solucione os problemas de usabilidade encontrados, a partir das oportunidades
observadas no presente trabalho.
Palavras-chave: Design Centrado no Usuário, Design de Interação, Usabilidade,

Avaliação Cooperativa, SUAP-EDU.
ABSTRACT
This paper is a study about the SUAP-EDU class management tools, the purpose
was analyze the usability problems faced by the teachers of Instituto Federal de
Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte while interacting with the
system. In order to achieve the goal, a study regarding the Institutos Federais, the
Brazilian educational basis laws (LDB) and the Sistema Unificado de Educação Pública
(SUAP). Likewise, in order to understand the interaction design, a better studying of the
concepts of usability, user experience and emotional interaction was made necessary.
The approach of User-Centered Design was the one utilized as a foundation to develop
the project’s methodology, which used data collecting tools (questionnaires and
interviews) to investigate the teacher’s needs and aspirations, as well as the cooperative
evaluation technique for analyzing SUAP-EDU’s current state together with the users.
From the data gathered, a synthesis and analysis of information occurred, generating a
list of suggestions to solve the problems encountered during the survey. In the future,
the author aims to implement an interface design that solves the usability problems
encountered on this study, based on the project opportunities highlighted on this paper.
Keywords: User Centered Design, Interaction Design, Usability, Cooperative

evaluation, SUAP-EDU.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Estado Atual do Sistema ............................................................................18

Figura 2- Usabilidade de acordo com a ISO9241-11 .................................................21
Figura 3- Falhas na construção do sistema ...............................................................24
Figura 4- Escopo Experiência do Usuário .................................................................27
Figura 5- Fases do método de Design Centrado no Humano ....................................32
Figura 6- Produto para o Design Centrado no Humano.............................................33
Figura 7- Caminho metodológico do projeto e o HCD ...............................................35
Figura 8- Laboratório utilizado para a aplicação da avaliação cooperativa ................70
Figura 9- Computador utilizado para a aplicação da avaliação cooperativa ..............70
Figura 10- Texto auxiliar para introdução da avaliação cooperativa ..........................75
Figura 11- Tela de Login ...........................................................................................78
Figura 12-Dashboard do SUAP-EDU ........................................................................78
Figura 13 - Alterar etapa dos diários .........................................................................80
Figura 14- Editar conteúdo ........................................................................................81
Figura 15- Ícones editar ............................................................................................81
Figura 16- Confirmar exclusão ..................................................................................82
Figura 17- Repetir o conteúdo aplicado .....................................................................83
Figura 18- Etapa 01 para o envio de mensagens ......................................................85
Figura 21- Checkbox para confirmação de envio de mensagens ..............................87
Figura 22- Desfazer envio da mensagem Inbox ........................................................88
Figura 23- Botão enviar mensagem ..........................................................................89
Figura 24- Registro de faltas .....................................................................................90
Figura 25- Lançamento de faltas ...............................................................................91
Figura 26- Grau de necessidade de resolução do problema .....................................99
Figura 27- Inserir checkbox ..................................................................................... 104
Figura 28- Alertas: notificação de diário desatualizado ............................................ 105
Figura 29- Retirar os checkbox via SUAP e via e-mail ........................................... 109
Figura 30- Substituir o checkbox pelo botão desfazer envio .................................... 110
Figura 31- Substituir passo 01 por “filtrar destinatários” .......................................... 111
Figura 32- Substituir passo 02 por “escrever mensagem” ....................................... 111
Figura 33- Substituir passo 02 por “escrever mensagem” ....................................... 112
Figura 34- Fluxo para o envio de mensagens através do diário .............................. 113
Figura 35- Alterar etapa (bimestre) .......................................................................... 115
Figura 36- Adicionar aula, funcionalidade desnecessária ........................................ 116
Figura 37- Elemento de interface não notado pelos usuários .................................. 116
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Fases de Construção do SUAP-EDU.........................................................19

Tabela 2- Fatores de Usabilidade ..............................................................................22
Tabela 3- Objetivos, procedimentos e técnicas ..........................................................28
Tabela 4- Tabela sobre métodos de coleta de dados: entrevistas e questionários ...36
Tabela 5- Síntese dos dados coletados durante a aplicação do questionário ............47
Tabela 6- Síntese dos dados coletados durante a aplicação do questionário ............47
Tabela 7- Tipos de entrevistas ...................................................................................49
Tabela 8- Documentação das entrevistas ..................................................................50
Tabela 9- Roteiro das entrevistas ..............................................................................52
Tabela 10- Recebimento de provas e trabalhos pelos entrevistados .........................55
Tabela 11- Síntese dos dados coletados durante as entrevistas ...............................67
Tabela 12- Ambientes para a avaliações de interface................................................69
Tabela 13- Dados dos participantes ..........................................................................72
Tabela 14- Lista de tarefas .......................................................................................74
Tabela 16- Síntese dos dados coletados durante a avaliação cooperativa ................96
Tabela 17 - Síntese geral dos problemas de usabilidade observados .......................99
Tabela 18- Oportunidades de projeto ...................................................................... 103
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1- Como os professores realizam a chamada?. ............................................38

Gráfico 2- Agendamento de provas e trabalhos ........................................................39
Gráfico 3- Recebimento de trabalhos ........................................................................41
Gráfico 4- Frequência de acesso ao SUAP-EDU ......................................................41
Gráfico 5- Dispositivos ..............................................................................................42
Gráfico 6- Atividades realizadas no SUAP-EDU. .......................................................42
Gráfico 7- Satisfação dos professores com o SUAP-EDU. ........................................44
Gráfico 8- Aplicativos mais fáceis de utilizar..............................................................45
Gráfico 9- Faixa etária dos entrevistados ..................................................................52
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................12
2.OBJETIVOS ...........................................................................................................14
2.1. OBJETIVO GERAL ..........................................................................................14
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................14
3.REFERENCIAL TEÓRICO .....................................................................................15
3.1. O IFRN E AS DIRETRIZES DE ENSINO .........................................................15
3.1.1. Sobre o SUAP ...........................................................................................16
3.1.2. O SUAP-EDU ............................................................................................17
3.2 DESIGN DE INTERAÇÃO ................................................................................19
3.2.1 Usabilidade .................................................................................................20
3.2.2 Interação emocional ...................................................................................22
3.2.3 A experiência do usuário ............................................................................25
4. METODOLOGIA E PROCESSO ............................................................................27
4.1 INSPIRAÇÃO ....................................................................................................29
4.1.1 Revisão Bibliográfica ..................................................................................29
4.1.1.1 Design Centrado no Usuário e Design Centrado no Humano ..................30
4.1.2 Coleta de dados..........................................................................................36
4.1.2.1 Questionário ............................................................................................37
4.1.2.2 Entrevistas ...............................................................................................48
4.2 FASE DE AVALIAÇÃO DO ESTADO ATUAL ...................................................68
4.2.1 Avaliação Cooperativa ................................................................................71
4.2.1.1 Recrutamento ..........................................................................................72
4.2.2.2. Lista de tarefas .......................................................................................73
4.2.2.3 Condução de Sessões .............................................................................74
4.2.2.4 Debrief ....................................................................................................76

4.3 IDEAÇÃO .............................................................................................................97
4.3.1 Síntese dos dados coletados .........................................................................97
4.3.2 Oportunidades de projeto ...............................................................................99
4.3.2 Possíveis soluções ...................................................................................... 104
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 118
5.1 DESDOBRAMENTOS FUTUROS .................................................................. 120
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 121
7. APÊNDICES..........................................................................................................122
1. INTRODUÇÃO
As tecnologias têm impactado quase todos os aspectos das nossas vidas,

auxiliando-nos na realização de uma infinidade de tarefas, e na área da educação não
é diferente. Os produtos interativos são uma ferramenta poderosa, que podem
transformar a educação de diversos modos, desde facilitar o cotidiano dos
professores, até permitir novos meios das pessoas apreenderem e trabalharem juntas.
No entanto, apesar das iniciativas tecnológicas para criação de ferramentas que
auxiliem o gerenciamento de turmas, percebe-se, ainda, certa dificuldade na utilização
destas ferramentas por parte dos professores e dos alunos, o que pode dificultar as
relações e a comunicação entre eles, além do processo de gerenciamento das
atividades relacionadas ao cotidiano escolar.
Um dos papéis dos educadores e dos designers é explorar ao máximo as
oportunidades oferecidas pela tecnologia, para construir uma educação mais eficiente.
Seguindo esse caminho e utilizando uma abordagem de Design Centrado no Usuário,
procurou-se estudar os hábitos dos educadores do Instituto Federal de Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a interface do Sistema Unificado de
Administração Pública - Módulo Educacional (SUAP-EDU).
Acredita-se que, se os usuários forem colocados no ponto central do
desenvolvimento, levando em consideração suas necessidades, buscando elencar
suas frustrações e dificuldades ao utilizar o sistema, será possível propor uma solução
para facilitar o gerenciamento das turmas, simplificando o dia-a-dia desses
educadores, estabelecendo, paralelamente, uma comunicação mais efetiva entre
instituição, professores e alunos.
No primeiro capítulo desse trabalho, buscou-se compreender o que é o SUAP-
EDU, os Institutos Federais e as Leis de Base da Educação brasileira (LDB), com a
intenção de entender o contexto no qual o sistema está inserido. Além disso, fez–se
necessário o aprofundamento nos conceitos de design de interação, usabilidade,
interação emocional e experiência do usuário, uma vez que são essenciais no
desenvolvimento de produtos interativos com foco no humano. Estes temas serão
abordados a partir da revisão bibliográﬁca, apresentada como referencial teórico no
presente trabalho.
12
No segundo capitulo, teve-se como foco a metodologia e o processo. Neste tópico,
apresenta-se o recorte do objeto de estudo, que se fez necessária em razão da
complexidade do SUAP-EDU. Neste momento, foi definido que o presente trabalho
abordaria o gerenciamento das turmas. Também são apresentados os métodos e as
ferramentas utilizadas para o desenvolvimento do projeto, que teve como abordagem
principal o Design Centrado no Usuário, buscando colocar os professores do IFRN
sempre no centro do processo. De acordo com Nielsen (1993), quando o usuário está
envolvido no processo de desenvolvimento de um sistema é possível elevar a
qualidade deste sistema, melhorando a sua compreensão e, em consequência, a sua
aceitação.
Para compreender os hábitos dos usuários com os aspectos de gerenciamento de
turmas e o contexto de uso do SUAP-EDU, foram utilizados questionários e
entrevistas, que serviram para compreender como os professores realizam as
atividades relacionadas ao gerenciamento de turmas, quais são os principais
problemas enfrentados e como o sistema os auxiliam no cumprimento dessas
atividades.
Em seguida foi realizada a análise de interface de algumas funcionalidades do
SUAP-EDU, utilizando a técnica da avaliação cooperativa. Nesta etapa, foram
levantados os principais problemas relacionados à interface, para que fosse possível
realizar um recorte da mesma junto aos usuários, baseando-se nos problemas
apontados durante as entrevistas, e a construção da lista de tarefas, visto que não
seria possível analisar a interface do sistema sem conhecer, a partir dos usuários,
quais tarefas os mesmos realizam. Posteriormente, a lista de tarefas foi utilizada para
a realização da análise de interface com cinco professores do IFRN.
Os dados coletados foram sintetizados e analisados a fim de levantar
possibilidades para a melhoria do sistema. Tais possibilidades configuraram-se em
oportunidades de projeto, resultando em possíveis soluções para os problemas
identificados.
13
2.OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Por meio da análise de ferramentas do SUAP-EDU para o gerenciamento de

turmas e dos hábitos dos professores do IFRN diante de tarefas realizadas no sistema,
indicar oportunidades de projeto que facilitem o gerenciamento das turmas pelos
docentes da instituição.
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Levando em conta o objetivo geral, os objetivos específicos são:
 Compreender o sistema acadêmico, SUAP-EDU, utilizado pelos

professores do IFRN;
 Fazer uma revisão bibliográfica sobre design de interação, e conceitos
relacionados: usabilidade, interação emocional e experiência do usuário;
 Investigar os hábitos dos docentes para gerenciamento de turmas com a
finalidade de entender como realizam as tarefas de gerenciamento das
turmas;
 Realizar avaliação da usabilidade de parte do sistema SUAP-EDU, a partir
da realização de tarefas para o cumprimento de atividades de
gerenciamento de turmas;
 Propor oportunidades de projeto para simplificar o processo de
gerenciamento das turmas para os docentes do IFRN.
14
3.REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. O IFRN E AS DIRETRIZES DE ENSINO
Visto que o sistema em estudo, SUAP - EDU, é uma ferramenta utilizada pelos
professores do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (Institutos
Federais), torna-se indispensável compreender os objetivos da instituição e das
modalidades de educação profissional no Brasil, uma vez que os valores e objetivos
dos Institutos Federais devem ser respeitados e refletidos no sistema.
De acordo com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (2010) no
manual: Um novo modelo de educação profissional e tecnológica, os Institutos
Federais surgiram como uma proposta inovadora de instituição de educação
profissional e tecnológica e foram estruturados a partir dos Centros Federais de
Educação Tecnológica (CEFET), Escolas Técnicas Federais, Agrotécnicas e
Vinculadas às Universidades Federais. Os objetivos dos Institutos Federais são: a
justiça social, a equidade, a competitividade econômica e a geração de novas
tecnologias, buscando responder de forma rápida e eficaz às crescentes demandas
por formação profissional, permitindo que o Brasil atinja condições estruturais
necessárias para o desenvolvimento educacional e socioeconômico.
Ainda de acordo com o manual supracitado, os Institutos Federais atuam em
todos os níveis e modalidades de educação profissional, com compromisso na
formação e desenvolvimento do cidadão trabalhador através de uma experiência
institucional inovadora articulada aos princípios formuladores do Plano de
Desenvolvimento da Educação (PDE)1. Nesse sentido, a concepção de formação
humana e cidadã antecede a qualificação para o exercício da laboralidade,
assegurando aos profissionais formados pela instituição a competência para manter-
se permanentemente em desenvolvimento.
Em busca desse desenvolvimento contínuo, a concepção de Educação
Profissional e Tecnológica (EPT) tem como alicerces para os processos de formação
as premissas da integração e da articulação entre ciência, tecnologia, cultura e
1
O PDE mencionado no manual: Um novo modelo de educação profissional e tecnológica, diz respeito
ao plano aprovado pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e pelo Ministro da Educação
Fernando Haddad em 2007, com a finalidade de melhorar a Educação no País, em todas as suas
etapas, em um prazo de quinze anos. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/arquivos/livro/livro.pdf>
15
conhecimentos específicos, e a ampliação da capacidade de investigação científica
como essenciais à autonomia dos saberes necessários para o exercício da
laboralidade, traduzidos nas ações de ensino, pesquisa e extensão. Leva em
consideração, também, a contribuição para o progresso socioeconômico local (MEC,
2010).
O Instituto Federal busca formar indivíduos que atuem no desenvolvimento
local e regional na perspectiva da construção da cidadania, sem se desvincular da
dimensão global. Para que isso aconteça, deve-se compreender a educação
profissional e tecnológica não como mera instrumentalizadora de pessoas para o
trabalho determinado por um mercado. Neste caminho, a ideia é reconhecê-la como
potencializadora do desenvolvimento do indivíduo e da sua competência para gerar
conhecimento, imergindo na própria realidade, problematizando e influenciando a
trajetória local.
3.1.1. Sobre o SUAP
O Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP) foi desenvolvido pela

Coordenação de Sistemas de Informação (COSINF) da Diretoria de Gestão de
Tecnologia da Informação (DIGTI) do Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte, para a gestão de processos administrativos e
acadêmicos do IFRN. Dessa forma, o sistema deve concordar com as diretrizes de
ensino e com o Projeto Pedagógico da Instituição, refletindo transparência da
informação e acessibilidade para todos os usuários dos serviços de informação do
Instituto Federal, o que incluem servidores, alunos, terceirizados e público geral.
Acessando o portal do IFRN é possível encontrar as tecnologias utilizadas pelo
SUAP, são elas: Python2, Django3, PostgreSQL4, NGINX5, Gunicorn6 e JQuery7.
2
Python: uma linguagem de programação de alto nível, interpretada, de script, imperativa, orientada a
objetos, funcional, de tipagem dinâmica e forte.
3
Django: um framework web de alto nível escrito em Python que estimula o desenvolvimento rápido e
limpo.
4
PostgreSQL: um sistema gerenciador de banco de dados objeto relacional (SGBDOR), desenvolvido
como projeto de código aberto.
5
NGINX: um servidor web rápido, leve, e com inúmeras possibilidades de configuração para melhor
funcionamento, um servidor proxy HTTP e reverso
6
GUNICORN: 'Green Unicorn' é um HTTP Server Python WSGI para UNIX. É um modelo do
trabalhador pré-fork portado do projeto do unicórnio de Ruby. O servidor Gunicorn é amplamente
compatível com vários frameworks web, simplesmente implementadas, luz sobre o uso de recursos do
servidor, e relativamente veloz.
7
JQuery: é uma biblioteca JavaScript cross-browser desenvolvida para simplificar os scripts que
interagem com o HTML.
16
Tais ferramentas constroem um sistema com a perspectiva de uma instituição
multicampi, possuindo uma estrutura modular, que possibilita a conexão de inúmeros
dados por área e unidade, buscando uma gestão integrada das informações.
Atualmente, o sistema vem sendo utilizado por vários Institutos Federais, por meio de
convênios firmados, nos quais o IFRN cede, de forma colaborativa, o uso do SUAP
para outras instituições.
O SUAP ainda se encontra em desenvolvimento, recebendo atualizações
constantes para resolução de problemas, adição de funcionalidades e criação de
novos módulos. Os processos que são cobertos pelo sistema incluem: Gestão de
Pessoas, Controle Patrimonial, Gerenciamento de Almoxarifado, Ponto Eletrônico,
Planejamento Anual, Gestão de Projetos de Extensão, Gestão de Protocolo de
Documentos, Controle de Acesso (chaves de ambientes), Frota de Veículos, Gestão
de Contratos e Convênios, Gestão Orçamentária, Catálogo de Materiais e, finalmente,
o módulo Educação (Edu), objeto de estudo do presente projeto.
3.1.2. O SUAP-EDU
O SUAP-EDU é um dos módulos do SUAP e foi desenvolvido com a finalidade

de substituir o antigo sistema acadêmico do IFRN, o Q-Acadêmico8. Por meio dele, o
professor pode registrar o conteúdo das aulas, realizar a chamada, agendar atividades
e avaliações, lançar notas, consultar o calendário acadêmico, enviar mensagens e
disponibilizar conteúdos para seus alunos. Em entrevista com Alessandro Souza,
doutorando em Interação humano-computador (IHC), diretor de administração
acadêmica do IFRN e um dos desenvolvedores do SUAP, foi possível compreender o
principal motivo da migração do sistema. Segundo o entrevistado, o sistema anterior
não estava mais atendendo as necessidades funcionais da vida acadêmica do instituto
enquanto o SUAP já estava integrado com o sistema administrativo da instituição:
Basicamente, o SUAP-EDU se destaca pelo fato de estar adequado as

normas do IFRN (Projeto Político Pedagógico, Organização didática e
Projetos de Cursos). Além disso, está integrado com outros módulos
do SUAP que já estava em produção há alguns anos no IFRN (SOUZA,
2016).
8
Q-Acadêmico: plataforma antecessora ao SUAP-EDU, que possibilitava a integração dos alunos
com a instituição, turma e professores.
17
A figura abaixo apresenta as áreas e funcionalidades que constituem o SUAP-
EDU (Figura 1).
Figura 1- Estado Atual do Sistema / Fonte: Conteúdo adaptado da apresentação de introdução do

SUAP-EDU, Souza (2012).
De acordo com materiais sobre os encontros técnicos do SUAP-EDU,

disponibilizados pela Diretoria de Gestão de Tecnologia da Informação, por meio do
portal do IFRN, a migração de sistemas também ocorreu em busca de maior
autonomia para mudanças, confiabilidade das informações, integração com as rotinas
da instituição e a minimização de custos.
O módulo SUAP-EDU vem sendo desenvolvido desde 2012, seguindo o
cronograma abaixo:
18
Fases da Construção do SUAP-EDU
1. Organização do Q-Acadêmico.9
2012 2. Início do desenvolvimento
(Cursos FIC- Formação. Inicial e Continuada)
1.Implantação do Suap- EDU

2013
2.Avaliação e suporte dos cursos FICs
2014 1.Desenvolvimento do módulo para cursos de pós-graduação.
1.Implantação dos cursos de pós-graduação.

2.Tecnologias (DIATINF9/ CNAT10)
2015
3.Integrado (Lajes/Parelhas)
4.Subsequentes (Ceará- Mirim)
1. Migrar todos os cursos em 2016

2. Implementar módulo de acesso dos pais
2016 3. Re-imprimir diplomas do Q-Acadêmico
4. Integrar o SUAP-Edu com ferramentas de rede social (Facebook e Twitter)
5. Iniciar o módulo de Bibliotecas
Tabela 1-Fases de Construção do SUAP-EDU / Fonte: Apresentação SUAP-EDU, Souza (2012) -

Adaptado pela autora, 2017
3.2 DESIGN DE INTERAÇÃO
Segundo Preece et al. (2013), o design de interação trata-se de: “projetar

produtos interativos para apoiar o modo como as pessoas se comunicam e interagem
em seus cotidianos, seja em casa ou no trabalho"(p.8). Enquanto Saffer (2010, p.4)
afirma que o design de interação é a arte de simplificar as interações entre os
humanos por meio de serviços ou produtos (apud PREECE et al.,2013, p.8). No
entanto, embora os produtos interativos sejam projetados para facilitar o cotidiano dos
usuários, algumas vezes eles não são fáceis de usar, em razão de várias questões
físicas do dispositivo, ou relacionadas a interface.
9
DIATINF: Diretoria Acadêmica de Gestão e Tecnologia da Informação
10
CNAT: IFRN - Campus Natal Central
19
Muitos produtos que requerem a interação do usuário não foram projetados
tendo o usuário em mente; outros foram concebidos como sistemas para executar
funções definidas e, por mais que sejam eficazes, podem não proporcionar
experiências agradáveis, uma vez que grande parte deles não é projetada com foco
nos usuários. Por essa razão, torna-se necessário compreender o que é o design
centrado no usuário, para avaliar se o objeto de estudo desse trabalho, SUAP-EDU,
foi desenvolvido levando em consideração os usuários desse sistema.
PREECE et al. (2013) defendem que um dos principais objetivos da interação
é reduzir aborrecimentos na experiência do usuário, enquanto tenta enfatizar os
aspectos positivos. Para Kolko (2010) design de interação é a criação de um diálogo
entre uma pessoa e um produto, serviço ou sistema. Dessa forma, compreende-se
que o design de interação, quando aliado ao design centrado no usuário tem como
objetivo desenvolver produtos interativos, que sejam agradáveis de usar na
perspectiva de seus usuários.
Diante destas questões levantadas pelos autores citados anteriormente para
este projeto, design de interação é uma abordagem fundamental para entender como
o corpo docente do IFRN interage com o sistema acadêmico utilizado pelo Instituto
Federal, o SUAP-EDU, buscando analisar as experiências evocadas pela utilização
do mesmo. Para tanto, é necessário considerar conceitos de usabilidade, interação
emocional e experiência do usuário, que serão abordados nos tópicos a seguir.
3.2.1 Usabilidade
Segundo Nielsen (1993), a usabilidade relaciona a facilidade de aprendizado e

a utilização da interface com a satisfação do usuário em decorrência desse uso. O
autor define usabilidade como um grupo de fatores, que qualificam o quão bem um
usuário consegue interagir com um sistema interativo. Dessa forma, faz-se necessário
o estudo sobre usabilidade para avaliar a satisfação dos professores do IFRN ao
utilizar o SUAP- EDU, e entender a aplicabilidade do sistema para o gerenciamento
de turmas.
De acordo com a norma ISO/IEC 9126 (1991), que tem como objetivo avaliar a
qualidade do produto de software, a usabilidade é definida como sendo:
20
Um conjunto de atributos relacionados com o esforço necessário para
o uso de um sistema interativo, e relacionado com a avaliação
individual de tal uso, por um conjunto especifico de usuários.
Ainda, em 1998, a ABNT redefine o termo usabilidade na norma ISO 9241-11,

que elucida usabilidade e explica como identificar a informação necessária a ser
considerada, durante uma especificação ou avaliação de usabilidade de um
dispositivo de interação visual, em termos de medidas de desempenho e satisfação
do usuário perante os requisitos de ergonomia.
A ISO 9241-11 define usabilidade como sendo:
O grau com que um produto é usado por usuários específicos para

atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um
contexto de uso especifico.
Figura 2- Usabilidade de acordo com a ISO9241-11 / Fonte: Barbosa e Silva (2010, p.29)
Adaptado pela autora, 2017
Sendo assim, é possível afirmar que a usabilidade tem como foco a capacidade
cognitiva, perceptiva e motora dos usuários empregada durante a interação. De
acordo com as classificações feitas por Nielsen (1993) os fatores de usabilidade são:
facilidade de aprendizado (learnability), eficiência (efficiency), facilidade de
recordação (memorability), segurança no uso (safety), satisfação do usuário
(satisfaction) (apud BARBOSA e SILVA, 2010, p.29), como mostrado na tabela que
segue.
21
Fatores de Usabilidade Definição
Tempo e esforço necessário para que o usuário

Facilidade de aprendizado (learnability) aprenda a utilizar o sistema com determinado nível
de competência e desempenho.
Diz respeito ao tempo necessário para conclusão de

Eficiência (efficiency), uma atividade com apoio computacional, que é
determinado pela maneira como o usuário interage
com a interface do sistema.
Esforço cognitivo necessário para lembrar como

Facilidade de recordação (memorability) interagir com a interface do sistema interativo,
conforme aprendido anteriormente.
O grau de proteção de um sistema contra condições

desfavoráveis ou até mesmo perigosas para os
Segurança no uso (safety) usuários. Essa segurança do sistema pode ser
alcançada buscando evitar problemas e auxiliando o
usuário a se recuperar de uma situação problema,
como excluir algo importante por engano.
É o fator de usabilidade relacionado com a avaliação

Satisfação do usuário (satisfaction) subjetiva que expressa o efeito de uso do sistema
sobre as emoções e os sentimentos do usuário.
Tabela 2: Fatores de Usabilidade / Fonte: Nielsen ,1993 apud RÍOS et al., 2009.
Barbosa e Silva (2010) afirmam que raramente um sistema conseguirá ser

muito bom em todos os critérios de usabilidade, devido à dificuldade de articular todos
os fatores citados na tabela 2 sem que haja perdas em um ou outro deles. Sendo
assim, ao analisar o SUAP-EDU os critérios de usabilidade devem ser levados em
consideração, para que se possa avaliar quais área do sistema podem ser melhoradas
e quais fatores de usabilidade não foram levados em consideração na construção do
sistema.
3.2.2 Interação emocional
Embora a definição de usabilidade supracitada contemple a “satisfação do

usuário”, Cybis et al. afirmam que esse conceito é limitado, visto que essa elucidação
não inclui outros objetivos de projeto, como o apelo estético e as reações emocionais,
22
considerados, muitas vezes, tão importantes quanto a produtividade, e que terminam
tendo uma consequência significativa na interação (CYBIS et al., 2010, p. 360).
No livro Ergonomia e usabilidade: conhecimentos, métodos e aplicações,
Cybis et al. apresentam uma pesquisa, que comprova a correlação entre estética das
interfaces e a usabilidade percebida pelo usuário. Em 1995, os pesquisadores
Kurosu e Kashimura compararam diferentes layouts de interfaces para ATM’s (caixas
automáticos), como publicado no artigo Apparent Usability vs. Inherent Usability
Experimental: analysis on the determinants of the apparent usability (Usabilidade
aparente vs. Usabilidade Inerente: Análise experimental sobre os determinantes da
usabilidade aparente)11. Os autores chegaram à conclusão que os layouts
considerados mais atraentes foram percebidos pelos usuários como mais fáceis de
serem utilizados, embora os layouts fossem idênticos em relação ao número de
funções, número de botões e forma de operação.
Contudo, em 1997, o pesquisador israelense Tractinsky, realizou o mesmo
estudo em seu país, partindo do pressuposto de que Japão e Israel teriam atitudes
dissonantes em relação à importância da estética e seu impacto na usabilidade e
aceitabilidade de um sistema computadorizado, como publicado no artigo Aesthetics
and Apparent Usability: Empirically Assessing Cultural and Methodological Issues
(Estética e usabilidade aparente: avaliação empírica de questões culturais e
metodológicas)12. De acordo com o autor, a cultura israelense é mais orientada a
ação, enquanto a cultura japonese é conhecida por uma tradição estética. Durante a
pesquisa, foi utilizada as mesmas telas e metodologia, as únicas alterações foram
relacionadas à tradução dos textos. Tractinsky (1997) relatou seu espanto com os
resultados, uma vez que o número de usuários israelenses que relacionaram estética
a facilidade de uso do sistema foi ainda maior em Israel do que no Japão (CYBIS et
al., 2010, p. 361).
Por meio dos resultados dessas pesquisas, podemos concluir que o aspecto
estético da interface desempenha um impacto importante na avaliação inicial do
usuário em relação à usabilidade, tanto na maneira de utilizar o produto, quanto na
sua relação com o sistema ou interface.
11
Tradução Livre
12
Tradução Livre
23
Visto que uma das metas do design de interação é desenvolver artefatos que
satisfaçam os usuários e as suas necessidades, por meio da valorização da
experiência de utilização do produto, os designers acabam se preocupando em
projetar produtos interativos, que estimulem respostas emocionais positivas nas
pessoas, como motivação para execução de uma determinada tarefa, seja ela de
trabalho, de lazer ou saúde.
Esses estímulos podem ser estudados e previstos por meio da interação
emocional:
A interação emocional concentra-se na forma como sentimos e
reagimos ao interagir com tecnologias. Ela abrange diferentes
aspectos da experiência do usuário, desde como nos sentimos quando
descobrimos pela primeira vez um novo produto, até quando nos
livramos dele. Trata também do porquê pessoas se tornam
emocionalmente ligadas a certos produtos. (PREECE et al., 2013, grifo
nosso).
Quando a interação emocional não é considerada, as interfaces

computacionais podem provocar emoções negativas, como raiva e aversão. Essas
frustrações geralmente acontecem, quando algo que deveria ter uma utilização
simples acaba se tornando algo complexo, o que drasticamente pode resultar no
abandono do sistema pelo usuário (PREECE et al., 2013 p.135-137).
Os autores supracitados, afirmam que quando mal projetadas, as interfaces
podem fazer com que os usuários se sintam bobos, ofendidos ou ameaçados,
irritando-os ao ponto de perderam a calma, e existem diversas razões pelas quais
essas respostas emocionais ocorrem:
Falhas na construção de um sistema:
 Quando o sistema não faz o que o usuário deseja;

 Quando as expectativas dos usuários não foram atendidas;
 Quando um sistema não fornece informações suficientes que permitam ao usuário
saber o que fazer;
 Quando as mensagens de erro são vagas e confusas;
 Quando a aparência de uma interface é muito confusa, espalhafatosa ou muito
paternalista.
Figura 3- Falhas na construção do sistema / Fonte: Preece et al. (2013) - Adaptado pela autora, 2017
24
Diferentes aspectos da interação do SUAP-EDU podem alterar o estado
emocional dos professores e a maneira como os educadores solucionam seus
problemas. Dessa maneira, para avaliar o SUAP-EDU, devemos considerar fatores
de interação emocional aliados à usabilidade, para analisar os estímulos e emoções
despertados nos usuários através da utilização do sistema.
3.2.3 A experiência do usuário
O conceito de experiência do usuário apareceu na área de interação humano

computador, com o propósito de oferecer uma visão mais ampla das relações entre
as propriedades funcionais, estéticas e de interação de um produto, levando em
consideração o modo como os usuários respondem a elas diante dos aspectos físico,
cognitivo e emocional (CYBIS et al., 2010, p. 364).
Preece et al. (2013) afirmam que “a experiência do usuário diz respeito a como
as pessoas se sentem em relação a um produto e ao prazer e à satisfação que obtém
ao usá-lo, olhá-lo, abri-lo ou fechá-lo” (p.13). De forma mais específica, a experiência
do usuário está relacionada a como as pessoas se sentem em relação a um produto
e o prazer ao interagir com o mesmo, considerando a impressão do usuário sobre o
quão bom é utilizar um determinado produto. Segundo Russo (2012), em sua forma
mais pura, experiência é o fluxo constante que ocorre durante momentos de
consciência.
A ISO 9241-210:2009 define a experiência do usuário como as percepções e
respostas resultantes do uso ou da expectativa de uso de um produto, sistema ou
serviço. Essa definição adiciona um conceito valioso, por levar em consideração a
expectativa do usuário antes da interação ter ocorrido. Jordam (2000) afirma que as
pessoas não se sentem surpresas ou satisfeitas quando um produto é fácil de usar,
mas se sente insatisfeitas quando são difíceis.
Por conseguinte, torna-se indispensável pontuar que não se pode projetar uma
experiência para o usuário, mas sim projetar para a experiência do usuário, criando
características que possam evocá-la (PREECE et al, 2013). Neste caminho, Desmet
(2004) afirma que emoções são pessoais, isso significa que indivíduos vivenciam
experiências e emoções diferentes em relação ao mesmo produto.
25
De acordo com as definições referenciadas, podemos dizer que a experiência
do usuário é o conjunto de todos os processos físicos, cognitivos e emocionais,
estimulados no usuário, a partir da sua interação com um produto ou serviço em
momentos diferentes, incluindo a expectativa da interação, a interação em si e a
reflexão depois da interação, em um contexto de uso que pode ser físico, social
tecnológico ou cultural.
Tendo conhecimento da importância da experiência do usuário, podemos
afirmar, que para analisar o SUAP-EDU devemos levar em consideração os aspectos
dessa experiência, buscando compreender as insatisfações, desejos e aspirações dos
professores do IFRN ao utilizarem o sistema para o gerenciamento de turmas. Preece
et al. (2013) afirmam que os aspectos de maior importância quando se leva em
consideração o design de produtos interativos são a: usabilidade, funcionalidade,
estética, conteúdo, look and feel13 e os apelos sensoriais e emocionais.
Em concordância com a definição de design de interação supracitada (p.19), o
conceito de interação emocional (p.22) e os aspectos da experiência do usuário,
podemos afirmar, que o foco do design de interação é assegurar que um produto seja
adequado para os usuários, no caso deste trabalho, os professores do IFRN. Uma
forma de alcançar esse objetivo é por meio de uma abordagem de design centrada no
usuário, que, por sua vez, garante o envolvimento do usuário em todo o processo de
avaliação e elaboração de um projeto de interface, ou de um sistema de interação.
Existem diversas maneiras de alcançar esse objetivo: observar, conversar, entrevistar,
medir desempenho dos usuários, pedir para que respondam questionários e até
mesmo inclui-los como codesigners14. (PREECE et al, 2013).
A partir dos tópicos abordados, é possível concluir que a experiência do usuário
é um “guarda-chuva” que engloba o design de interação e a usabilidade, como
mostrado na figura 4.
13
Look and feel: termo difundido universalmente para designar a aparência (look) e o comportamento
interativo (feel) de uma interface do usuário.
14
De acordo Sanders e Stappers (2008), codesign refere-se à criatividade de designers e pessoas não
treinadas em design trabalhando juntas no processo de desenvolvimento de projeto.
26
Figura 4- Escopo Experiência do Usuário / Fonte: A autora, 2017
4. METODOLOGIA E PROCESSO
No presente trabalho, a metodologia é composta pela revisão bibliográfica e

uma coleção de métodos, ferramentas e frameworks escolhidos levando em
consideração os objetivos desse projeto. A tabela 3 apresenta o planejamento
utilizado, relacionando as técnicas e instrumentos escolhidos com os objetivos
específicos desse trabalho, buscando apresentar como as metas do projeto seriam
alcançadas.
27
Fases Objetivos Específicos Procedimentos Técnicas
- Planejar coleta de dados; Pesquisa

- Coletar dados documentais sobre o SUAP-EDU; bibliográfica
Compreender o sistema acadêmico, SUAP-
- Coletar dados sobre a experiência dos usuários com o SUAP-
EDU, utilizado pelos professores do IFRN Questionários
EDU;
- Realizar o recorte da interface para análise de usabilidade. Entrevistas
Fazer uma revisão bibliográfica sobre design

de interação, e conceitos relacionados: - Realizar a leitura da obra de autores que tratam dos temas em Pesquisa
Inspiração
usabilidade, interação emocional e questão. bibliográfica
experiência do usuário
Investigar os hábitos dos docentes para

- Selecionar os usuários participarem da coleta de dados;
gerenciamento de turmas com a finalidade de Entrevistas
- Averiguar como realizam tarefas de gerenciamento de turmas;
entender como realizam as tarefas de
- Levantar problemas e dificuldades.
gerenciamento das turmas
- Selecionar usuários para realizarem as tarefas de

Realizar avaliação da usabilidade de parte do
gerenciamento das turmas através do SUAP-EDU;
Avaliação do sistema SUAP-EDU, a partir da realização de Avaliação
- Observar como realizam o gerenciamento de turmas;
Estado Atual tarefas para o cumprimento de atividades de Cooperativa
- Definir as tarefas, a partir dos usuários;
gerenciamento de turmas
- Realizar avaliação da interface para gerenciamento de turmas.
Propor oportunidades de projeto para

- Analisar e sintetizar as informações coletadas;
Ideação simplificar o processo de gerenciamento das
- Propor oportunidades de projeto para os problemas elencados.
turmas para os docentes do IFRN.
Tabela 3– Objetivos, procedimentos e técnicas / Fonte: A autora, 2017
28
Nos tópicos a seguir serão apresentados a descrição teórica do método e das
ferramentas, que compõem a metodologia do presente trabalho, assim como a sua
aplicação no projeto, de maneira a obter uma melhor integração dos conhecimentos.
4.1 INSPIRAÇÃO
Na fase de inspiração, a partir do levantamento de referências bibliográficas,

foi realizado um estudo sobre o IFRN, as diretrizes de ensino e o SUAP, buscando
entender o contexto no qual os professores estão inseridos e o estado atual do
sistema, para que fosse possível compreender o módulo do SUAP-EDU e como ele é
utilizado para o gerenciamento de turmas. Logo em seguida, foi realizado uma
pesquisa acerca do design de interação e os conceitos relacionados: usabilidade,
interação emocional e experiência do usuário.
Ainda nesta fase – inspiração - foram estudados métodos, técnicas e
instrumentos para a seleção e construção da metodologia do presente trabalho, de
maneira que todas as metas fossem alcançadas. Para isso, a abordagem do Design
Centrado no Humano (HCD)15, foi selecionada e adaptada para a realidade deste
trabalho, assim como as ferramentas que foram aplicadas durante as fases de
inspiração e ideação que serão apresentadas nos itens que seguem.
Neste projeto não se faz necessário elencar as diferenças entre a abordagem
HCD (Design centrado no Humano) e DCU (Design centrado no Usuário). Ao
contrário, ambas são utilizadas aqui como similares. Nesse caso, faz-se apenas
oportuno ressaltar que pretendesse colocar as pessoas (usuários ou humanos) no
centro do processo avaliação de usabilidade.
4.1.1 Revisão Bibliográfica
A revisão bibliográfica foi realizada para compreender o cenário no qual os

usuários estão inseridos, assim como os temas relacionados com o design de
interação. Da mesma maneira, possibilitou o estudo de métodos, ferramentas e
frameworks apropriados para o desenvolvimento dessa pesquisa.
15
O Design Centrado no Humano é abordado no item 4.2 do presente trabalho.
29
Com o propósito de conhecer o contexto dos usuários, foi desenvolvido um estudo
sobre os Institutos Federais, as Leis de Base da Educação Brasileira (LDB) e o
Sistema Unificado de Educação Pública (SUAP). Do mesmo modo, para entender o
design de interação foi necessário um aprofundamento nos conceitos de usabilidade,
experiência do usuário e interação emocional, esses itens constituem o referencial
teórico do presente trabalho e já foram apresentados nos tópicos anteriores.
Os conceitos abordados acima foram determinantes para a escolha das
abordagens de Design Centrado no Usuário (DCU) e Design Centrado no Humano
(HCD), utilizadas no presente trabalho. Sendo assim, durante essa etapa, também
houve um estudo sobre DCU, HCD e ferramentas que possibilitassem o envolvimento
dos usuários no processo de avaliação e elaboração de um projeto de interface.
4.1.1.1 Design Centrado no Usuário e Design Centrado no Humano
No referencial teórico do presente trabalho de conclusão de curso percebeu-se

que o foco do design de interação é garantir que um produto seja adequado para o
usuário, o que é alcançado com mais facilidade quando se utiliza uma abordagem
centrada no usuário, colocando o usuário no centro do processo, para que as
necessidades, desejos e comportamentos das pessoas para quem iremos projetar
possam ser levadas em consideração durante várias etapas do processo de design
de interfaces.
De acordo com Nielsen (1993), quando o usuário está envolvido no processo de
desenvolvimento de um sistema, é possível elevar a qualidade deste sistema,
evitando a implementação de funções onerosas e sem utilidade. Tal participação pode
melhorar a compreensão sobre o sistema e, em consequência, a sua aceitação.
Foram estudados autores que definem questões, requisitos mínimos, métodos e
técnicas para a avaliação de interface e da experiência do usuário. A partir deste
estudo, foram elaborados técnicas e instrumentos para a avaliação das
funcionalidades e da interface do SUAP-EDU, tendo como foco os usuários para a
estruturação de todo o processo de desenvolvimento deste trabalho, porém, buscou-
se uma abordagem que sugerisse uma trajetória de condução do projeto apropriada
para lidar com divergências, a partir da grande quantidade de informações passadas
pelos usuários, durante toda a fase de pesquisa e avaliação de interface. Também,
30
que a partir das análises desta participação dos usuários, fosse possível a síntese de
várias informações, convergindo para possíveis resultados.
Ao pesquisar abordagens que tem como foco o usuário e que partem de condutas,
que lidam com divergência e convergência de situações-problema, chamou a atenção
a abordagem Human Centered Design (HCD)16, apresentada no livro O guia de
campo para design centrado no humano, 2015 (The Field Guide to Human
Centered Design), desenvolvido pela IDEO.org17. Apesar desta abordagem ser
dirigida para situações-problema de cunho mais complexo, como questões
socioeconômicas, socioambientais, entre outras, parte-se de métodos e técnicas que
conduzem a avaliação e participação dos usuários no processo. Outrossim, a conduta
recomenda a participação efetiva dos pesquisadores (designers) no processo de
problematização e de resolução das questões, junto com o grupo de usuários. Desta
maneira, no trabalho propõe-se a adaptação da abordagem HCD (IDEO,2015) com
demais técnicas e ferramentas típicas das abordagens centradas nos usuários. É
importante ressaltar que a abordagem HCD foi adaptada às necessidades deste
trabalho e foi utilizada para a estruturação geral deste projeto.
O motivo pelo qual esse processo é chamado de “Centrado no Humano” é que ele
começa pelas pessoas para as quais se pretende solucionar um problema,
examinando suas necessidades, desejos e comportamentos, procurando ouvir e
entender o que elas realmente querem, construindo uma profunda empatia com os
usuários (IDEO, 2015, p.3) [ tradução nossa].
Segundo o guia desenvolvido pela IDEO, o método criado a partir da
abordagem HCD é dividido em três etapas: inspiração, ideação e implementação, que
oscilam entre momentos de divergência, quando uma quantidade significativa de
conhecimentos e alternativas é gerada e, de convergência, que ocorrem na
organização, análise e escolha de ideias (Figura 5).
16
Tradução livre: design centrado no humano.
17
A IDEO é uma empresa de design mundialmente reconhecida, que se destaca pelo seu empenho
em fomentar o método Design Centrado no Usuário, ajudando organizações, empresas e governos a
encontrarem soluções para problemas não estruturados.
31
Figura 5- Fases do método de Design Centrado no Humano / Fonte: IDEO (2015), adaptado
pela autora (2017)
Ainda de acordo com o guia elaborado pela IDEO (2015), criar soluções
significativas começa com a compreensão das necessidades das pessoas. Na fase
de inspiração, busca-se aprender diretamente com as pessoas para as quais se está
projetando. Nessa etapa os designers devem estar abertos para a aprendizagem
contínua em busca de possibilidades criativas.
Na fase de ideação, todo o conteúdo que foi coletado na etapa de inspiração
deve ser sintetizado e analisado, com a finalidade de identificar oportunidades para
projetos de design. Durante essa etapa, as soluções encontradas também devem ser
testadas e refinadas, para que possam ser introduzidas ao mercado na etapa de
implementação. Dessa maneira, podemos afirmar que a fase de ideação se divide em:
análise para a concepção, prototipagem e refinamento, e ocorre através de momentos
de convergência e divergência das informações, como mostrado na figura 5.
Como última etapa, temos a implementação, na qual se procura entender como
trazer as soluções encontradas na fase de ideação para a vida real e o mercado. No
32
final, os designers podem encontrar e validar qual solução terá mais sucesso, uma
vez que o público foi mantido o tempo inteiro no centro do processo.
Cada etapa desse método é composta por um conjunto de ferramentas, muitas
delas amplamente difundidas em projetos de design, como as entrevistas, brainstorm,
prototipagem e outras desenvolvidas e validadas pela própria IDEO. As ferramentas
escolhidas para o desenvolvimento do presente trabalho levaram em consideração as
particularidades do projeto, como os objetivos específicos e o tempo destinado para o
desenvolvimento da pesquisa. Dessa maneira, outros recursos também foram
utilizados para analisar a relação do usuário com o sistema, como ferramentas para a
análise de interfaces.
O método HCD assim como as abordagens centradas no usuário, são
orientados para que a solução final atenda os desejos dos usuários, e que seja viável
e passível de ser aplicada (Figura 6). Quando se procura entender os desejos das
pessoas, aumenta-se a probabilidade de êxito e de aceitação do produto pelo público.
E quando um grande número de alternativas é gerado (divergência), a equipe tem a
capacidade de convergir para ideias passiveis de implantação, economicamente e
financeiramente viáveis.
Figura 6- Produto para o Design Centrado no Humano / Fonte: IDEO (2015), adaptado
pela autora (2017)
33
Por fim, o Design Centrado no Humano foi utilizado como um guarda-chuva,
que acolhe em suas etapas (inspiração e ideação) as ferramentas, técnicas e
abordagens encontrados no mercado, para além do guia de ferramentas elaborado
pela IDEO.
Devido as necessidades desse projeto, o método recebeu uma etapa intermediária
entre a fase de inspiração e ideação, que foi chamada de Análise do Estado Atual e
dedicada à análise de interface, mais especificamente à técnica da avaliação
cooperativa, em que foi realizado um recorte da interface, e a construção da lista de
tarefas, visto que não seria possível analisar a interface do sistema sem conhecer, a
partir dos usuários, quais tarefas os mesmos realizavam em suas ações de
gerenciamento de turmas.
É importante salientar que o escopo desse trabalho de conclusão de curso não
incluiu a implementação. Apenas as fases de inspiração e ideação foram exploradas,
o que já foi suficiente para encontrar oportunidades de projeto.
A figura 7 relaciona os passos tomados no presente trabalho e o conjunto de
técnicas e ferramentas escolhido:
34
Figura 7- Caminho metodológico do projeto e o HCD / Fonte: A autora, 2017
35
4.1.2 Coleta de dados
Ainda na fase de inspiração, a coleta de dados foi realizada com usuários do

SUAP-EDU, mais especificamente com 20 professores do IFRN, Campus Natal-
Central. Com o objetivo de entender como esses docentes realizam as tarefas de
gerenciamento de turmas e como utilizam o SUAP para organizar e registrar essas
tarefas. Segundo Preece et al. (2013), essa é uma parte importante para o
estabelecimento dos requisitos e da avaliação. No que tange os requisitos do projeto,
o objetivo da coleta de dados é reunir dados precisos, suficientes e essenciais; já no
âmbito da avaliação, a coleta de dados é fundamental para captar as reações dos
usuários e seu desempenho ao utilizar um sistema ou protótipo.
Na tabela a seguir são apresentadas as ferramentas escolhidas e a sua relação
de vantagens e esforços:
Questionário Entrevista
Coletar rapidamente dados de muitos Coletar informações detalhadas e

Objetivo
usuários aprofundadas de usuários individuais
É uma ferramenta flexível que

Permite coletar informações de muitos
possibilita coletar muitas informações
usuários, é uma ferramenta relativamente
Vantagens dos usuários individualmente,
barata de executar e viabiliza uma análise
permitindo também se aprofundar mais
rápida e fácil dos dados coletados
do que questionários ou grupos de foco
O avaliador deve ser experiente para evitar

É necessário treinar os entrevistadores,
perguntas que induzam certas respostas,
Esforços é uma ferramenta que consome tempo
quando aplicada via web requer pouco
para entrevistar muitos usuários
esforço de distribuição
Tabela 4- Tabela sobre métodos de coleta de dados: entrevistas e questionários /Fonte: A autora,2017.
Conteúdo adaptado de Barbosa e Silva (2010, p.144).
A coleta de dados teve início com a aplicação dos questionários, que foi
realizado por 20 professores do IFRN Campus Natal-Central, desses participantes
foram escolhidos 10 docentes para a realização das entrevistas. A aplicação das
ferramentas, assim como os resultados obtidos serão apresentados nos tópicos que
seguem.
36
4.1.2.1 Questionário
Como apresentado na tabela 04, o questionário é uma técnica rápida para a

coleta de dados de um grande número de pessoas. Além disso, é uma ferramenta que
possibilita conhecer dos usuários “opiniões, crenças, sentimentos, interesses,
expectativas, situações vivenciadas, dados concretos, etc.” (GIL, 1999 apud SANTA
ROSA, 2012, p.80).
Segundo Barbosa e Silva (2010), um questionário é um formulário impresso ou

online com perguntas, que devem ser respondidas pelos usuários e demais
participantes, com a finalidade de oferecer os dados necessários para uma pesquisa,
análise ou avaliação. Da mesma forma que as entrevistas, os questionários podem
ser compostos de perguntas abertas e fechadas, no entanto é mais comum utilizar
perguntas fechadas que são de fácil preenchimento para os usuários e de fácil analise
para o pesquisador.
Preece et al. (2013) afirmam que os questionários podem ser utilizados para
encontrar respostas iniciais, que servirão para escolher pessoas para realizar
entrevistas, ou para conquistar uma perspectiva mais abrangente sobre questões
especificas que surgiram em outros lugares.
No presente trabalho, o questionário foi construído com 12 perguntas, abertas

e fechadas18, levando em consideração o comportamento geral dos professores,
observado durante a vida acadêmica da autora. Os objetivos do questionário foram:
(1) entender como os professores do IFRN administram as suas turmas, (2) investigar
o impacto do SUAP-EDU na realização dessa tarefa e (3) selecionar usuários para a
realização das entrevistas.
O questionário foi aplicado no dia 17 de outubro de 2016, no IFRN Campus

Natal-Central, com 20 professores, de forma presencial. A autora imprimiu os
questionários e saiu em busca de professores que estivessem dispostos a respondê-
los. No tópico a seguir serão apresentadas as perguntas realizadas, assim como a
18
Ver apêndice A
37
análise dos resultados obtidos, os questionários individuais podem ser consultados no
apêndice 02.
Resultado dos Questionários
1) Como você realiza a chamada diariamente?
Nessa questão, 12 dos 20 professores disseram que realizam a chamada pelo

SUAP, sendo 10 deles pelo computador e apenas 2 pelo celular.
Dos 8 dos professores que não utilizam o SUAP-EDU para realizar a chamada,
2 passam uma lista para ser assinada, e os 6 restantes utilizam maneiras diferente de
realizar a chamada como utilizar planilhas, pedir para que o líder da turma anote os
faltosos, e até mesmo deixar de registrar a frequência - mesmo sabendo que é
obrigação do professor realizar a chamada, de acordo com as normas da instituição.
Gráfico 1– Como os professores realizam a chamada? / Fonte: A autora, 2017.
Resultado obtido na opção outros:

Participante 03: “Peço para que um aluno da turma anote quem
faltou”.
Participante 04: “Não realizo”.
Participante 07: “Imprimo lista e faço uma tabela com ela”.
Participante 10: “Oral” (O professor, pergunta para os alunos quem

faltou).
Participante 13: “Planilha impressa em papel”.
Participante 14: “Não realizo a chamada”.
38
2) E o agendamento de provas e trabalhos, como funciona?
O resultado dessa pergunta mostrou que apenas 1 dos participantes (5%)

utiliza o SUAP para agendar as provas e trabalhos. A grande maioria (14 professores)
continua utilizando o método tradicional de anunciar em sala de aula. Os outros 5
docentes fazem o uso de ferramentas diversas como o Facebook, Google Sala de
Aula19 e o Slack20.
Gráfico 2- Agendamento de provas e trabalhos / Fonte: A autora, 2017.
Resultado obtido na opção outros:

Participante 02: “Na disciplina, todos os trabalhos realizados são
avaliados, assim toda aula tem prova. Não há agendamento”
Participante 09: “No SUAP na descrição do conteúdo da aula”
Participante 11: “Pelo site do DIATINF”
Participante 15: “Google Sala de Aula”
Participante 20: “Google Sala de Aula ou Slack Chanel”
19
O Google Sala de Aula permite criar um ambiente onde o professor pode compartilhar materiais com
os alunos materiais, criar e receber tarefas e trocar informações através de e-mail e mensagens
instantâneas. Por ser um ambiente integrado com o Google Apps for Education – aplicativos do Google
para a educação, ele disponibiliza todos os aplicativos do Google em uma conta que, nesse caso, utiliza
um subdomínio do IFRN: “@escolar.ifrn.edu.br”. Disponível em: <http://portal.ifrn.edu.br/ifrn/tec-da-
informacao/lateral/servicos/google-classroom-google-sala-de-aula>
20
O Slack é um aplicativo de comunicação para empresa que oferece uma plataforma na qual equipes
podem se comunicar rapidamente através de mensagens de texto e voz, além de permitir o envio de
documentos, organizado e centralizado a comunicação de uma empresa. Disponível em:
< https://slack.com/is>
39
3) Como você compartilha o material de aula?
A autora optou por deixar essa pergunta aberta para investigar os métodos
utilizados pelos professores. Dos 20 participantes, 8 utilizam apenas o SUAP-EDU
para o envio de materiais, 9 utilizam o SUAP-EDU e outras ferramentas e apenas 3
realizam o envio através de outros meios:
Participante 01: “Wiki do DIATINF” [Site do DIATINF]
Participante 02: “O material é depositado no campo apropriado,

material de aula”
Participante 03: “No SUAP ou material físico”.
Participante 04: “Pelo SUAP e impresso”
Participante 05: “SUAP e grupo do Facebook da turma”
Participante 06: “Pelo SUAP”
Participante 07: “Compartilho no grupo do Facebook da turma”
Participante 08: “Sim” [Resposta desconsiderada pela autora]
Participante 09: “Via SUAP”
Participante 10: “No Suap e no Facebook”
Participante 11: “Pelo site do DIATINF”
Participante 12: “Mando para o e-mail da turma”
Participante 13: “Via WhatsApp”
Participante 14: “Armazeno no SUAP”
Participante 16: “SUAP”
Participante 19: “Pelo SUAP”
40
4) E o recebimento dos trabalhos, como é feito?
A maioria dos entrevistados (11 dos 20 participantes) optou pelo método

impresso, sendo assim durante a aplicação da entrevista procurou-se entender o
motivo pelo qual os professores optaram por um método manual ao invés do digital.
Gráfico 3- Recebimento de trabalhos / Fonte: A autora, 2017.
5) Com que frequência você acessa o SUAP-EDU?
Os usuários acessam o SUAP-EDU pelo menos uma vez por semana, sendo
que 15 participantes acessam o sistema diariamente, o que mostra a importância do
SUAP no dia-a-dia desses docentes.
Gráfico 4– Frequência de acesso ao SUAP-EDU / Fonte: A autora, 2017.
6) Qual dispositivo você utiliza para acessar o SUAP-EDU?
A preferência pelo acesso via computador foi bastante nítida nos resultados, o
que se torna um dado imprescindível para ser explorado durante as entrevistas. Da
parcela de usuários entrevistados 19 professores acessam o SUAP via desktop ou
laptop, enquanto apenas 5 também faz o uso do sistema via smartphone. Nenhum
dos professores declarou que prefere utilizar um dispositivo móvel, para acessar o
SUAP-EDU.
41
Gráfico 5– Dispositivos / Fonte: A autora, 2017.
7) Quais atividades você realiza no SUAP-EDU?
O objetivo dessa pergunta era compreender como os professores fazem o uso

do SUAP-EDU, quais ferramentas do sistema eles mais utilizam e se existe alguma
funcionalidade importante que não foi explorada durante o questionário.
A questão foi realizada de forma aberta, mas em razão da similaridade dos
dados coletados, eles puderam ser agrupados facilitando a análise geral dos
resultados obtidos. Um dado importante coletado foi que poucos professores fazem o
uso de ferramentas no SUAP-EDU que não fazem parte do escopo de gerenciamento
de turmas.
Gráfico 6– Atividades realizadas no SUAP-EDU / Fonte: A autora, 2017.
42
8) Você se comunica com os alunos utilizando o SUAP-EDU?
Do grupo de docentes que responderam o questionário, 14 dos participantes

não utilizam o SUAP-EDU para se comunicar com os alunos. De acordo com as
respostas obtidas, eles preferem outros meios, optando por redes sociais ou a
comunicação direta com o líder da turma, que repassa a notícia para os demais
alunos.
Abaixo podemos observar algumas respostas dos participantes para essa
pergunta:
Participante 03: “Não, geralmente mando recados para o líder da

turma, acho mais fácil”
Participante 05: “Não, o Facebook e WhatsApp são mais fáceis para

a comunicação”
Participante 07: “Não, prefiro utilizar o Facebook para o contato com

a turma, posso mensurar o alcance da mensagem”
Participante 08: “Não, porque uso o WhatsApp”
Participante 10: “Não, o Facebook é mais fácil para essa

comunicação”
Participante 12: “Não, utilizo o Facebook ou anuncio em aula mesmo”
Participante 13: “Não, prefiro algo que os alunos vejam com mais
facilidade, como o WhatsApp”
9) Você utiliza o SUAP-EDU para avisar urgências? Por quê?
O mesmo padrão da questão anterior foi observado nessa pergunta, 14 dos

professores preferem utilizar outros meios de comunicação, porque acreditam que o
alcance da mensagem é superior ao do SUAP-EDU, como mostrado nas respostas a
seguir:
Participante 03: “Não, aviso ao líder da turma pelo WhatsApp.
Participante 05: “Não, os alunos visualizam mais rápido nas redes

sociais”
Participante 06: “Não. Poucos alunos acessam o SUAP com

frequência. Tenho um alcance maior com o Facebook”
43
Participante 07: “Não, o Facebook é muito mais eficiente para isso,
sempre tem algum aluno online”
Participante 08: “Não, envio urgências no grupo da turma pelo

WhatsApp. Os alunos sempre visualizam as mensagens”
Participante 11: “Não, ligo para a secretaria ou aviso ao líder da turma

pelo Facebook”
Os outros 6 professores afirmaram que usam o sistema, por ser um meio formal
da instituição, como mostrado na declaração dos participantes 04 e 17:
Participante 04: “Sim, para formalizar a ação”
Participante 17: “Sim, se o SUAP-EDU foi criado para ser a plataforma

oficial professor e aluno, acredito que ela deve ser utilizada por ambos”
10) De 0 a 5, qual é o seu grau de satisfação com o sistema?
Os professores demonstraram uma aceitação positiva do SUAP-EDU, em uma

escala de 1 a 5, a média geral dos participantes foi 3,95. Isso demonstra que os
participantes estão satisfeitos com o novo sistema acadêmico, o que parece
contraditório aos dados coletados nas perguntas anteriores. Dessa maneira, será
realizado um estudo mais aprofundado durante as entrevistas para entender essa
dualidade.
Gráfico 7- Satisfação dos professores com o SUAP-EDU / Fonte: A autora, 2017.
44
11) Quais aplicativos você acha mais fácil de utilizar?
Essa pergunta foi realizada com o intuito de analisar a familiaridade dos

participantes com a tecnologia, buscando entender quais aplicativos achavam mais
fácil de utilizar no cotidiano. De acordo com os dados coletados, foi possível observar
que 19 participantes acham o WhatsApp fácil de usar do que o SUAP-EDU.
Gráfico 8–Aplicativos mais fáceis de utilizar / Fonte: A autora, 2017.
12) Você teria disponibilidade para conversar sobre o SUAP-EDU?
O objetivo dessa pergunta era recrutar participantes para a próxima etapa da

coleta de dados. Foram coletados dados como: nome, celular e horários disponíveis
dos professores que demonstraram interesse (65%) para a realização da entrevista.
Para facilitar a visualização dos dados coletados durante a aplicação do
questionário, as informações foram sintetizadas na tabela 5, que serviu como guia
para as perguntas que foram aplicadas na etapa das entrevistas.
45
Síntese dos dados coletados nos questionários (N.º de usuários entrevistados: 20)
Perguntas Síntese Questionamentos/ Observações
É uma obrigação do professor registrar as chamadas no

12 usuários realizam a chamada via SUAP-EDU em sala
SUAP-EDU, os que não fazem a chamada direto no sistema
de aula:
precisam transferir os dados posteriormente.
-10 via desktop
1. Como você realiza a
-2 via dispositivos móveis
chamada diariamente? Por que preferem utilizar outros meios?
8 usuários não realizam a chamada via SUAP-EDU em
Os professores que realizam a chamada no sistema direto no
sala de aula
sistema enfrentam algum problema?
2. Como faz o
Apenas 1 professor declarou fazer o agendamento através
agendamento de Por que não utilizam o sistema para realizar essa atividade?
do SUAP-EDU
provas e trabalhos?
12 utilizam o SUAP-Edu para compartilhar materiais de

aula. Como avaliam a ferramenta do SUAP para gerenciar e
3. Como você
compartilhar materiais de aula?
compartilha o material
8 professores utilizam outras ferramentas (Facebook, Site
de aula?
do DIATINF, e-mail da turma, WhatsApp, Google Sala de Por que preferem outros meios?
Aula ou distribuem o material impresso)
O SUAP-Edu não permite que os alunos enviem trabalhos

Por que preferem receber trabalhos de forma impressa?
4. Como recebem os através da plataforma
trabalhos? 11 professores recebem trabalhos de forma impressa
Quais problemas enfrentam no recebimento de trabalhos?
9 recebem por e-mail ou outros meios digitais
Todos os professores (n=20) utilizam o SUAP-EDU

regularmente (ao menos uma vez por semana)
5. Com que frequência
Não há questionamentos
acessa o SUAP-Edu?
Sendo que 15 dos participantes afirmaram que acessam o
SUAP-Edu diariamente.
46
6. Quais dispositivos 19 professores acessam o SUAP-EDU via desktop, destes Já tentaram utilizar o SUAP-Edu através de smartphones?
utiliza para acessar o 5 também acessam via smartphone.
SUAP-Edu? 1 professor acessa o SUAP-EDU via tablet. Encontraram dificuldades na utilização?
Além do preenchimento dos diários (que, por

Mesmo questionamento da pergunta 3:
Quais atividades realiza obrigatoriedade do cargo, é utilizada por todos), a função
Como avaliam a ferramenta do SUAP para gerenciar e
através do SUAP-Edu? de compartilhamento de materiais de aula foi a mais citada
(8 dos 20 participantes)
6 professores fazem o uso do SUAP-EDU

Você se comunica com
Quais as motivações para utilizar ou não a ferramenta de
os alunos através do
14 participantes não utilizam o sistema para se envio de mensagens do SUAP?
SUAP-Edu?
comunicarem com os alunos
14 professores preferem utilizar outros meios de

Você utiliza o SUAP- comunicação para avisar urgências
O que os outros meios oferecem que, nesse caso, o SUAP-
Edu para avisar
EDU deixa a desejar?
urgências? Os outros 6 justificaram que utilizam a ferramenta de envio
de mensagens por ser o meio formal da instituição.
Qual seu grau de A percepção do sistema como relativamente bom é
Em uma escala de 1 a 5, o SUAP-EDU obteve uma média
satisfação com o influenciada por experiências anteriores?
geral de 3,95
sistema? Por que os usuários atribuíram essa nota ao sistema?
Quais aplicativos acha Os aplicativos mais citados foram WhatsApp, Facebook e Em que esses aplicativos se destacam com relação à
fácil de utilizar? Dropbox. facilidade de uso?
Tem interesse em
13 participantes declararam interesse em continuar
continuar ajudando na
colaborando com a pesquisa
pesquisa?
Tabela 5 – Síntese dos dados coletados durante a aplicação do questionário / Fonte: A autora, 2017
Tabela 6 – Síntese dos dados coletados durante a aplicação do questionário / Fonte: A autora, 2017
47
4.1.2.2 Entrevistas
A técnica de entrevistas é uma das mais utilizadas para coleta de dados e

levantamento de requisitos. Trata-se de uma conversa acompanhada por um roteiro,
formado por perguntas ou tópicos, na qual um entrevistador busca obter informações
de um entrevistado (SEIDMAN,1998, apud BARBOSA E SILVA p.145, 2010).
Preece et al. (2013) afirmam que existem quatro tipos de entrevistas, sendo
elas: abertas ou não estruturadas, estruturadas, semiestruturadas e entrevistas em
grupo. O último envolve uma conversa com um conjunto de pessoas guiado por um
facilitador. Já os três primeiros tipos dependem da quantidade de controle que o
entrevistador impõe à conversa, seguindo um determinado grupo de questões.
Ainda de acordo com Preece et al. (2013), a escolha da abordagem para

realizar a entrevista depende da sua finalidade, e do estágio do ciclo de vida do
produto. Caso o objetivo seja obter as primeiras impressões sobre como uma pessoa
reage a uma nova ideia de design, então uma entrevista informal e aberta seria a
melhor escolha. Se o objetivo é coletar feedback sobre uma característica especifica
do produto, a entrevista estruturada geralmente é melhor, por trabalhar com objetivos
e perguntas especificas.
48
Tipos de entrevistas Como ocorrem
São exploratórias e mais parecidas com conversas em torno de um tema

especifico
Aberta
(Não estruturada) Questões abertas que variam de acordo com cada participante
Entrevistador e entrevistado podem conduzir a conversa
O entrevistador realiza perguntas predeterminadas semelhantes às de

um questionário
Estruturada As mesmas perguntas são aplicadas para todos os participantes
Questões fechadas, simples e claras
Combinam características de entrevistas estruturadas e não

estruturadas
Semiestruturada Questões abertas e fechadas
O entrevistador tem um roteiro básico para que os mesmos tópicos

sejam abordados por cada entrevistado
Os participantes geralmente são entrevistados em grupo
Grupos focais Possui questões abertos ou tópicos para discussão
O objetivo do método é que os participantes discutam sobre os tópicos

abordados.
Tabela 7– Tipos de entrevistas / Fonte: Conteúdo adaptado de Preece et al. (2013 p.228-232).
Neste trabalho de conclusão de curso, a entrevista semiestruturada foi escolhida

em razão de seu caráter flexível, uma vez que o objetivo da entrevista é entender o
motivo de determinadas respostas encontradas durante a aplicação do questionário.
Procurou-se conversar com os professores que aceitaram participar das entrevistas,
para compreender as suas dificuldades e motivações com relação ao SUAP-EDU, sua
familiaridade com a tecnologia e o seu comportamento em sala de aula.
Ainda na fase de Inspiração, foram realizadas entrevistas com dez participantes

(N.º:10). Os critérios para a seleção foram: o interesse dos docentes (durante a
aplicação do questionário eles responderam se teriam disponibilidade) e a variedade
49
das respostas; a autora buscou selecionar usuários com perfis diferentes baseando-
se nas respostas atribuídas por eles durante os questionários.
As entrevistas ocorreram no dia 27 de outubro de 2016, no IFRN Natal-Central

e no prédio da Reitoria seguindo os horários apresentados a seguir:
Nome Área de ensino Local Hora
Entrevistado 01 História Ensino Médio DIAC21 IFRN Natal-Central 14:00
Prof. de Teste de Software e

Entrevistado 02 Coordenador do curso de DIATINF22 IFRN Natal-Central 12:50
TADS Ensino Superior
Prof. de IHC/ Ensino Superior

Entrevistado 03 Reitoria do IFRN Natal-Central 9:40
Trabalha no SUAP
Inglês /Ensino Médio e

Entrevistado 04 FUNCERN23 IFRN Natal-Central 8:05
Superior
Prof. de Programação Sala de professores

Entrevistado 05 11:00
Ensino Médio e Superior IFRN Natal-Central
Prof.de Desenvolvimento Web

Entrevistado 06 DIATINF IFRN Natal-Central 8:45
Ensino Técnico e superior
Prof. de sistemas distribuídos Sala de professores

Ensino Superior IFRN Natal-Central
História
Entrevistado 08 DIAC IFRN Natal-Central 12:00
Ensino Médio
Prof. de Administração /
Entrevistado 09 DIATINF IFRN Natal-Central 14:52
Ensino Superior
Prof. de Construção Civil Sala de professores

Ensino Médio e Superior IFRN Natal-Central
Tabela 8- Documentação das entrevistas / Fonte: A autora, 2017
21
DIAC: Diretoria Acadêmica de Ciências
22
DIATINF: Diretoria Acadêmica de Gestão e Tecnologia da Informação
23
FUNCERN: Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do
Norte – Localizada no IFRN- Natal Central.
50
Resultado das Entrevistas
Para orientar a entrevista, foi utilizado as respostas dos questionários para criar
um roteiro personalizado para cada. Todas as entrevistas e seus respectivos roteiros
estão no apêndice B.
Para fins de referência, segue representada a tabela com as perguntas que
guiaram as entrevistas:
Escopo Perguntas
Quantos anos você tem?

Dados básicos
Qual disciplina você leciona?
Por que escolhe tal método?

Realização da chamada Já enfrentou algum problema?
Por que preferem utilizar outros meios?
Por que não utiliza o SUAP-EDU?

Agendamento de provas e trabalhos

Como avaliam a ferramenta do SUAP para gerenciar e
Compartilhamento de materiais
Já enfrentou algum problema?
Por que preferem receber trabalhos de forma impressa?

Recebimento de provas e trabalhos Quais problemas enfrentam no recebimento de
trabalhos?
Por que prefere a versão desktop?

Utiliza a versão mobile em quais situações?
SUAP-EDU / Mobile
Encontrou dificuldades para acessar o SUAP-EDU via
smartphones?
Quais as motivações para utilizar ou não a ferramenta
Comunicação com os alunos de envio de mensagens do SUAP-EDU?
Quais as vantagens de usar redes sociais?
O que mais gosta no SUAP-EDU?

Satisfação
Por que atribuiu essa nota ao sistema?
O que mudaria no SUAP-EDU?

Sugestões
O que te incomoda no sistema?
51
Por que escolheu esses aplicativos?
Aplicativos fáceis de utilizar O que eles têm em comum?
O que torna esse aplicativo “fácil de utilizar”?
Por que escolheu esse método?

Quais as vantagens com relação ao SUAP-EDU?
Formas de gerenciamento da turma
Já enfrentou problemas?
Qual é a aceitação dos alunos?
Tabela 9- Roteiro das entrevistas / Fonte: A autora, 2017
1- Idade e área de atuação
Durante a análise dos dados, não se conseguiu relacionar a idade dos

participantes à familiaridade com o sistema (SUAP-EDU); talvez porque a quantidade
da amostra (10 entrevistados) tenha sido insuficiente para analisar uma relação entre
esses dados de idade e a aceitação do sistema. Já a área de atuação desses
profissionais influenciou significativamente as suas respostas. Os docentes que
trabalham nas áreas tecnológicas 24 demonstraram um interesse maior por
ferramentas que aumentassem a sua produtividade e facilitassem a comunicação com
os alunos.
Gráfico 9- Faixa etária dos entrevistados / Fonte: A autora, 2017
24
A área de atuação dos entrevistados pode ser consultada na tabela 05 (p.50).
52
2- Realização da chamada
Durante a aplicação do questionário, foi identificado que 4 dos 20 professores

não utilizavam o SUAP-EDU para realizar a chamada. Sendo assim, a entrevista
buscou entender o porquê de os participantes não fazerem o uso do sistema.
Dos 10 docentes entrevistados, 7 apontaram que não registram a frequência

direto no SUAP-EDU, em razão de hábitos pessoais, limitações de tempo e
infraestrutura.
Entrevistado 01: [falando sobre o motivo de realizar a chamada com papel e

caneta] “É um método bem rápido de realizar a chamada, entrego a lista para
os alunos e eles vão assinando enquanto começo a introduzir o conteúdo da
aula”
Entrevistado 08: “... imprimo a lista de presença e transformo em um diário,

estilo antigamente. Antes no Q-Acadêmico era possível imprimir essa tabela,
agora com o SUAP o professor tem que imprimir a lista do dia ...”
Entrevistado 09: “Então, na verdade, eu não realizo a chamada. Peço para

que um aluno anote os faltosos, geralmente peço ao líder da turma e confirmo
no final da aula com a turma se mais alguém faltou ... isso facilita minha vida,
não preciso tirar tempo da aula para fazer a chamada”
Entrevistado 10: “Não tenho muita opção, geralmente as salas que tenho aula
não possuem internet. Então nem posso realizar a chamada direto no SUAP,
acabo passando uma lista mesmo”
O fato de os professores não realizarem a chamada direto no SUAP-EDU,

acaba fazendo com que os dados demorem a ser inseridos no sistema:
Entrevistado 08: [Quando perguntado se inseria os dados no sistema

diariamente] “... acabo passando tudo em um único dia, pego um horário para
transferir todas as informações para o SUAP”
Também, buscou-se ouvir a opinião dos professores que utilizam o SUAP-EDU

para realizar essa atividade. Segundo as declarações apresentadas a seguir,
podemos observar os professores reclamam de problemas relacionados a
infraestrutura, como a falta de conexão com a internet:
Entrevistado 02: “[...] preciso de internet para realizar a chamada, quando o

laboratório está sem internet, tenho que passar uma lista para os alunos
assinarem...” [grifo nosso].
Entrevistado 04: “Gosto de realizar direto no SUAP para não ter que ficar
transcrevendo informações. Mas nem sempre faço isso, às vezes passo lista
53
em papel... às vezes a internet cai, o computador demora muito para ligar, e
como algumas aulas têm apenas 1 horário, acabo perdendo muito tempo com
a chamada ” [grifo nosso].
Entrevistado 07: “Já aconteceu de não ter internet e o SUAP não registra
faltas off-line ” [grifo nosso].
3- Agendamento de provas e trabalhos
Em razão da baixa taxa de utilização da ferramenta de agendamento (apenas

um dos participantes faz o uso do SUAP-EDU para agendar provas e trabalhos),
procurou-se entender o motivo de tal rejeição. As entrevistas mostraram que os
docentes realizam essa atividade por outros meios, ou anunciam as datas em sala de
aula, principalmente em razão da complexidade do SUAP e o seu baixo alcance se
comunicação com os alunos.
Entrevistado 01: “Não, aviso só em sala de aula mesmo, e os presentes

avisam aos que faltaram, sem falar que é o dever do líder de turma informar
essas coisas para os que faltaram” [grifo nosso].
Entrevistado 02: “Não gosto muito de usar o SUAP para lidar com as turmas,
é complexo e os alunos não verificam com tanta frequência. Já no Facebook e
Google Sala de aula eles acabam interagindo mais, é bem melhor” [grifo
nosso].
Entrevistado 03: [sobre o Google Sala de Aula] “acho ótimo, registro a prova
ou o trabalho e os alunos podem consultar na disciplina tudo o que foi
cadastrado” [grifo nosso].
4- Compartilhamento de materiais
Os objetivos dessa parte da entrevista são: escutar a opinião dos professores

acerca dessa funcionalidade do SUAP-EDU e entender porque 12 dos 20 professores
que responderam o questionário fazem o uso de outras ferramentas para o envio de
materiais.
Foi observado, durante as entrevistas, que 5 dos 10 entrevistados optam pelo

envio de materiais de aula via SUAP-EDU, por ser um meio formal utilizado pela
instituição, o sistema que os alunos utilizam quando querem ter acesso aos arquivos.
Dois professores que participaram da entrevista, relataram que gostariam que o
sistema aceitasse arquivos maiores (atualmente o SUAP-EDU aceita arquivos com
até 25MB).
54
Entrevistado 01: “[...] o SUAP é o meio formal e tenho certeza que os alunos
vão receber o material por lá. Sem falar que eles sabem que podem ir ao
sistema e os materiais de aula estarão todos lá... uma coisa que não gosto é
que o SUAP não aceita arquivos grandes, sou professor de história e meus
slides sempre têm muita imagem, às vezes tenho que ficar quebrando o
material e isso é péssimo” [grifo nosso].
A outra parcela (5 dos 10 participantes), também utiliza ferramentas auxiliares

para o envio de materiais como o Facebook, WhatsApp e o Google Sala de Aula.
Geralmente, o professor escolhe o meio que mais acha conveniente e realiza todas
as atividades possíveis no mesmo local.
Entrevistado 04: “ahh então, cada turma tem um grupo no WhatsApp, utilizo
para mandar links, material de aula, avisar notícias e recebo as atividades do
“speaking” por lá também ” [Professor de Língua Inglesa, grifo nosso]
5- Recebimento de provas e trabalhos
Analisando as respostas coletadas no questionário, observou-se uma

preferência dos professores por trabalhos impressos. No entanto, 9 dos 10
professores que aceitaram participar da entrevista, utilizam métodos mistos para o
recebimento de trabalhos:
E-mail Google Sala de Aula WhatsApp Impresso Pendrive
Entrevistado 01
Entrevistado 02
Entrevistado 03
Entrevistado 04
Entrevistado 05
Entrevistado 06
Entrevistado 07
Entrevistado 08
Entrevistado 09
Entrevistado 10
Total 5 3 1 5 1
Tabela 10- Recebimento de provas e trabalhos pelos entrevistados / Fonte: A Autora, 2017.
55
Apesar de os professores utilizarem diferentes métodos, observando as
respostas apresentadas a seguir, é possível perceber que procuram uma forma de
receber trabalhos, que facilite a sua organização pessoal e que ao mesmo tempo seja
prático para o aluno.
Entrevistado 01: “Recebo sempre por e-mail [...] acho bem tranquilo, marco
os dias de entrega diferentes para cada turma, isso facilita minha organização.
Sei que a “turma A” mandou na quarta-feira, então fica mais fácil a correção
por turma. Um ou outro aluno entrega atrasado, porque acabam perdendo
ponto por dia de atraso”
Entrevistado 03: “Depende do tipo de trabalho, quando é alguma pesquisa ou

trabalho escrito eu peço por e-mail, só que muitas vezes passo exercícios ou
trabalhos em sala de aula e recebo os resultados em mãos no horário da aula
mesmo”
Entrevistado 07: “Tenho um e-mail só para receber esses trabalhos, fica bem
fácil de se organizar, posso ver se o aluno enviou no prazo com facilidade, e
os trabalhos não se perdem”
Entrevistado 10: “Geralmente meus trabalhos são feitos a mão, a disciplina

de estruturas tem muito cálculo. Os alunos fazem o trabalho, passam a limpo
e me entregam”
Entrevistado 04: [sobre a utilização do WhatsApp para receber trabalhos]

“Percebi que os alunos têm muita vergonha de falar inglês em sala de aula, ou
direto comigo. Então, eles fazem esse exercício em dupla e me enviam o áudio
via WhatsApp no grupo da turma. Uma coisa legal que notei foi que eles
escutam os áudios dos outros amigos e conseguem ver que precisam melhorar
a pronúncia” [Professor de Língua Inglesa]
7- Utilização do SUAP-EDU via smartphones
Contradizendo os hábitos contemporâneos do uso de dispositivos móveis, o

número de professores que utilizam o SUAP-EDU via smartphone ou tablet foi muito
inferior aos que acessam o sistema via computador. Apenas 6 dos 20 participantes
que realizaram o questionário declararam que acessam o SUAP-EDU utilizando
dispositivos móveis.
No decorrer das entrevistas, os professores relataram dificuldades

encontradas para acessar o SUAP via smartphones. As reclamações são
relacionadas com o tamanho e espaçamento dos elementos e a complexidade do
sistema.
Entrevistado 01: [falando dobre o SUAP-EDU via smartphone] “[...] não gosto
não, acho que fica tudo bem apertado e difícil de utilizar” [grifo nosso].
56
Entrevistado 03: “Prefiro a versão desktop, deixo o SUAP sempre aberto,
como você está vendo. Uso a versão mobile apenas em um caso de urgência
onde eu não tenha acesso a um computador. O aplicativo do SUAP será
lançado em breve e acredito que ficara bem mais fácil navegar pelo mobile do
que atualmente” [grifo nosso].
Entrevistado 06: “Já sim, é bem difícil navegar no celular, o SUAP é um

sistema bem complexo, por isso prefiro o desktop” [grifo nosso].
Entrevistado 10: “ Prefiro acessar via computador, acessar o SUAP no celular

é complicado, tudo é muito pequeno e difícil de achar” [grifo nosso].
Para um melhor entendimento do problema, a autora conversou com um dos

professores (entrevistado 03), que também trabalha no desenvolvimento do SUAP,
sobre a versão mobile. O participante explicou, que durante a migração houve
esforços para adaptar a interface projetada (para desktops) às telas de smartphones,
utilizando conceitos de responsividade. No entanto, o sistema apresenta diversos
problemas de usabilidade, em razão de limitações do framework para a construção da
interface responsiva.
8- Comunicação com os alunos
Nesse momento da entrevista, buscou-se entender o motivo pelo qual os

participantes não fazem uso do sistema acadêmico para enviar mensagens, visto que
14 dos 20 professores que responderam o questionário (70%) não utilizam o SUAP-
EDU como meio de comunicação.
Dos 10 docentes entrevistados, 6 afirmaram que não utilizam o SUAP-EDU,

porque acham difícil o envio de mensagens, ou utilizam um meio que julgam ser mais
rápido e eficiente, para a comunicação com os alunos:
Entrevistado 01: “Aviso ao líder da turma e ele espalha a notícia para a turma
toda, cada turma tem seu grupo privado no Facebook então não preciso ficar
criando mais grupos” [grifo nosso].
Entrevistado 02: “Olha, acho péssimo pedi até para adicionarem um atalho
para enviar mensagem porque o processo era bem enfadonho. Gosto de enviar
mensagens pelo SUAP-EDU por ser o meio oficial e ficar registrado para a
instituição, mas para falar a verdade ele não tem muita aceitação pelos alunos.
Acredito que seja porque o sistema não notifica que eles receberam uma nova
mensagem, o aluno precisa entrar no sistema para ver que tem uma nova
mensagem, o SUAP-EDU poderia enviar sempre uma cópia para o e-mail
pessoal do aluno” [grifo nosso].
57
Entrevistado 05: “O SUAP [SUAP-EDU], tem muitas funcionalidades e
gerenciar as turmas por lá acaba sendo complicado. Prefiro deixar a
comunicação no Google Sala de Aula porque acontece de forma mais natural”
[grifo nosso].
Entrevistado 10: [sobre o Facebook e WhatsApp] “A comunicação fica muito

mais rápida. Todos os alunos usam Facebook ou WhatsApp, deixo que a turma
escolha onde querem criar grupo. Acho que as redes sociais me aproximam
muito mais da turma e isso é bem bacana para o professor. A comunicação via
SUAP-EDU é sempre unilateral, os alunos não podem me responder por lá”.
[grifo nosso].
Os outros 4 participantes (n.º10), que utilizam o SUAP-EDU para a

comunicação, afirmaram que usam a ferramenta, porque é o meio formal adotado pelo
IFRN:
Entrevistado 03: “Nunca tive nenhum problema com a comunicação com os

alunos. Faço tudo pelo SUAP porque é o meio formal adotado pela instituição,
os alunos sabem que podem encontrar as notícias relacionadas as disciplinas
lá, então prefiro centralizar tudo. Agora inserimos até um botão para facilitar o
envio de mensagem para um determinado diário” [grifo nosso].
Entrevistado 07: “[...]gosto de centralizar a informação e separar o pessoal

do profissional. O SUAP é o meio formal então eu prefiro usar ele. Meus alunos
já sabem que podem olhar o SUAP que as informações da aula estarão por lá”
[grifo nosso].
9- Satisfação com o SUAP-EDU
O SUAP-EDU recebeu uma avaliação positiva, durante a aplicação do

questionário (3,95 em uma escala de 1 a 5), o que demonstra uma aceitação do novo
sistema pelos usuários. No entanto, os dados coletados mostram que os usuários
enfrentam dificuldades ao utilizar o SUAP-EDU e acabam optando por outras
ferramentas, para auxiliá-los nas tarefas de gerenciamento de turmas. Sendo assim,
a autora buscou ouvir esses usuários e entender a divergência entre essas
informações.
Foi possível constatar que, de fato, os professores enfrentam problemas de

usabilidade 8 participantes afirmam que as funcionalidades do sistema são muito
complexas e que ele poderia ser melhorado. No entanto, ao avaliar o SUAP-EDU, os
docentes acabam minimizando essas dores porque comparam o sistema atual ao
58
utilizado anteriormente (Q-Acadêmico), como podemos constatar através do
depoimento dos entrevistados 04 e 06 mostrados a seguir:
Entrevistado 01: [Nota 04] “Gosto do SUAP porque consigo resolver as coisas
que preciso por lá, então está ótimo. Não dei a nota cinco porque ele não é
excelente, sabemos que muita coisa poderia ser melhorada” [grifo nosso].
Entrevistado 02: [Nota 02] “Bem, acho a interface ruim, poderia ser muito
melhor. Tem algumas funcionalidades muito complexas, hierarquias que não
fazem muito sentido, ele restringe a liberdade do professor, não conseguimos
avançar alguns processos caso alguma lacuna esteja em aberto” [grifo nosso].
Entrevistado 04: [Nota 05] “Como você viu, utilizo mais o WhatsApp do que o
SUAP, mas o sistema atende muito bem o que faço nele, não tenho problemas
em fazer a chamada, inserir notas e realizar minhas obrigações, sem falar que
ele é muito melhor que o anterior” [grifo nosso].
Entrevistado 06: [Nota 03] “não utilizo muito o SUAP-EDU, prefiro continuar
com as outras ferramentas que já utilizava, mas eu acho o SUAP excelente por
ser unificado. Isso ajudou muito o dia-a-dia na instituição e ele é bem melhor
que o Q-Acadêmico” [grifo nosso].
Entrevistado 07: [Nota 04] “Ah tem umas coisinhas para melhorar, o SUAP é
um sistema nada amigável, poderia ter um UI melhor, né? É um sistema chato
(risadas) ” [grifo nosso].
Entrevistado 09: [Nota 04] “O SUAP não fede nem cheira, ele resolve meus
problemas e ponto, e é melhor que o Q-Acadêmico” [grifo nosso].
Alguns professores (4 de 10 entrevistados), não conseguiram dar uma opinião

isolada acerca do módulo correspondente ao SUAP-EDU, acabaram falando do SUAP
em sua totalidade, visto que uma característica muito importante para os
entrevistados, a, é a unificação do sistema. Os participantes demonstraram que, por
unir diversas atividades institucionais em um só lugar, o SUAP acaba facilitando o
cotidiano desses docentes. Antigamente, para acessar o Q-Acadêmico, os
professores precisavam instalar um aplicativo desktop que, de acordo com os
entrevistados, possuía muitas limitações de uso.
Entrevistado 05: [Nota 04] “O SUAP é bem completo, é possível gerenciar

tudo do IFRN pelo SUAP, por isso dei uma nota boa, a proposta era integrar
tudo em um único sistema e deu certo” [grifo nosso].
Entrevistado 07: [Nota 04] “...gosto muito de umas funcionalidades novas

[falando do sistema como um todo] como as estatísticas, dá para ver quantos
alunos tem em cada curso, consultar os dados demográficos, mas consegui
ver que o número de meninas aumentou na área de tecnologia nos últimos
anos! E me sinto parte disso, por causa do CodeGirl, desde que começamos o
evento, o número de meninas só tem aumentado. Tem uma outra coisa que
sempre fico olhando. Chama Clipping. Ele fica mostrando um conteúdo curado
59
na página inicial do SUAP e consigo ficar por dento do que acontece na
instituição e outros campis. O SUAP sempre está aberto no meu computador”
[grifo nosso].
Entrevistado 03: [Nota 04] “Nota cinco é excelência e o SUAP ainda precisa
de algumas melhorias em IHC. Gosto muito de utilizar o SUAP por causa da
unificação. Não preciso usar mais de um sistema para gerenciar minha vida na
instituição, nem instalar um aplicativo desktop. Antigamente, na época do Q-
Acadêmico, era necessário usar um aplicativo desktop péssimo” [grifo nosso].
Entrevistado 10: [Nota 05] “Primeiro acho que foi ótimo terem unificado tudo.
Agora com relação ao SUAP-EDU, acho ele muito melhor que o Q-Acadêmico,
sem comparações. Não precisa instalar aplicativo desktop, o design é mais
bonito e tem tanta funcionalidade que eu nem conheço tudo. Acho que para
quem utiliza de verdade, deve facilitar muito a vida” [grifo nosso].
10- Sugestões de usuários entrevistados
Os participantes reclamaram da complexidade do sistema, e apontaram que as

atividades mais difíceis são: enviar mensagens e inserir notas, principalmente média
ponderada, como mostrado nos depoimentos que seguem:
Entrevistado 01: “Gostaria de poder ver a foto do aluno na lista de chamada e

quando vou inserir as notas. Isso me ajudaria muito, não gravo o nome dos
alunos com tanta facilidade. Às vezes fico tentando entender porque um
determinado aluno está tendo um rendimento tão ruim, ver a foto do aluno me
ajudaria a lembrar se ele vai para aula e o que faz em sala de aula. Acho que
nenhum professor gosta de ver alunos se dando mal na disciplina dele, mas
infelizmente muitas vezes a culpa é do próprio aluno que não está nem aí para
o conteúdo [...] o SUAP tem muita funcionalidade, ele gerencia a instituição
como um todo e as vezes tem coisas que nem sei que existe. Descobri esses
dias que dava para reservar sala. Talvez se ele fosse menos complexo, ou
tivesse uma introdução do sistema aos professores, ficaria mais fácil utilizar
bem o SUAP” [grifo nosso].
Entrevistado 02: “ [...] o flow de enviar mensagem é bem ruim. Temos um

atalho agora, mas isso poderia ser bem melhor. Inserir notas também é um
tanto complicado. O professor não consegue realizar essa tarefa de forma
intuitiva, principalmente para média ponderada” [grifo nosso].
Entrevistado 06: “ [...] ele tem uns fluxos quebrados e é muito engessado”
[grifo nosso].
Entrevistado 09: “Acho confuso para inserir média ponderada e enviar

mensagens para as turmas, por isso acabo não enviando [...] para inserir média
ponderada não fica claro como isso deve ser feito [...] e para enviar mensagens
é complicado, tem que entrar no comunicador, copiar o código da turma e
seguir vários passos antes de enviar a mensagem” [grifo nosso].
60
O entrevistado 01 afirmou que gostaria de ver a foto dos alunos, quando realiza
a chamada ou insere as notas. De acordo com o professor isso ajudaria avaliar o
rendimento individual dos estudantes. Foi sugerido também, que houvesse uma
introdução do SUAP-EDU para os professores, facilitando o conhecimento das
funcionalidades pelos docentes.
11- Fala dos entrevistados sobre os aplicativos externos que gostam de

utilizar para o gerenciamento das turmas
Tentando entender a relação dos entrevistados com outros aplicativos além do

âmbito acadêmico, buscou-se identificar as características das tecnologias apontadas
como de “fácil utilização”.
Os professores declararam que os aplicativos citados facilitam o dia-a-dia, são
simples, intuitivos e possuem uma interface amigável.
Entrevistado 01: [sobre o Facebook e o WhatsApp] “Acho que a simplicidade.

Quando entro no Facebook, sei o que posso fazer, para que servem os menus
e botões. Talvez isso tenha relação com a frequência de uso. Uso várias vezes
por dia. O WhatsApp nem se fala, você abre, escolhe a pessoa, manda a
mensagem e pronto” [grifo nosso].
Entrevistado 02: [sobre o Facebook e o WhatsApp] “Esses aplicativos são

muito intuitivos, o Facebook tem muitas funcionalidades e mesmo assim é bem
fácil de utilizar. O Whatsapp e o Slack são aplicativos para comunicação, a
pessoa abre e manda as mensagens, não existe dificuldade. Você já utilizou o
Slack? Ele é muito bom. Serve para comunicação de “teams”. A interface é
amigável e facilita muito o dia-a-dia de uma empresa” [grifo nosso].
Entrevistado 03: [Sobre o WhatsApp e o Dropbox] “Acredito que eles são bem
intuitivos e isso facilita muito a utilização” [grifo nosso].
Entrevistado 08: [sobre o WhatsApp, Dropbox e Google Maps] “A similaridade

está na genialidade. Eles conseguem facilitar a minha vida de “n” maneiras.
Fico muito surpreso em como a tecnologia tem caminhado de forma tão rápida!
” [grifo nosso].
12- Outras formas de gerenciar as turmas
Os professores utilizam meios particulares para o gerenciamento das turmas.

Essa etapa da entrevista foi utilizada para entender as diferentes ferramentas
utilizadas e as vantagens que elas possuem em relação ao SUAP-EDU. Foi
61
observado, que os docentes procuram utilizar ferramentas, que simplificam a
interação com os alunos.
Entrevistado 01: [sobre o Facebook] “O Facebook é uma ferramenta

poderosa, todos os alunos estão lá. No começo de cada ano letivo peço ao
líder da turma que crie o grupo de história e convide todos os alunos. Nesse
grupo eu posto o material de aula, anuncio provas e trabalhos, mando links
interessantes para os alunos e as coisas funcionam de uma forma bem
dinâmica. O Face é muito bom para se comunicar com os alunos porque
consigo mensurar o alcance da informação, dá para ver quem visualizou, quem
engajou, isso é um ótimo feedback para o professor. [grifo nosso].
Entrevistado 02: “ [...] no Facebook e Google Sala de Aula eles acabam

interagindo mais, é bem melhor” [grifo nosso].
Entrevistado 04: [sobre o WhatsApp] “Ahh, todo mundo está lá, posso mandar
uma notícia tarde da noite que alguém vai ver. É um canal direto com o aluno.
Poderia ter usado o Facebook, mas o WhatsApp dá mais privacidade, não fica
nenhum aluno stalkeando minha vida (risadas) ” [grifo nosso].
As ferramentas mais utilizadas para gerenciar as turmas são o Facebook,

WhatsApp, embora não tenham sido desenvolvidas com esse propósito, e o Google
Sala de Aula, sendo esta mais utilizada pelos professores do Departamento de
Informática. O Google Sala de Aula é uma central na qual os professores podem
gerenciar turmas: criar fóruns de discussão, agendar provas e trabalhos, acompanhar
o desenvolvimento desses trabalhos, enviar feedback e conversar com os alunos. Os
estudantes do IFRN podem ter acesso à plataforma utilizando o e-mail institucional.
Entrevistado 02: [sobre o Google Sala de Aula] “É uma plataforma onde o

professor pode gerenciar suas turmas, tem um fórum de discussão, dá para
agendar trabalhos e provas e acompanhar o recebimento desses trabalhos. Os
alunos acessam com a conta do Google acadêmico que é criado através do
SUAP” [grifo nosso].
Entrevistado 05: Sobre o Google Sala de Aula] “ [...] mais amigável que o
SUAP, acho melhor gerenciar minhas turmas por lá, acho que não faço
chamada porque o Google ainda não dá essa opção por lá (risadas),
praticamente você pode gerenciar toda a sua turma por lá, o professor cadastra
os alunos e configura um ambiente para a interação, pode postar material,
gerar tópicos de discussão, receber trabalhos, mandar recados, entre outras
funcionalidades. Isso facilita a minha vida e a do aluno” [grifo nosso].
O problema observado com a utilização de diversos métodos para gerenciar as

turmas, é que esse comportamento pode acabar prejudicando a organização dos
alunos. Os estudantes precisam acessar várias ferramentas para administrar a sua
62
vida acadêmica. Pressupõe-se que, se o número de participantes da entrevista fosse
maior, poderia haver um número ainda maior de ferramentas utilizadas. No
depoimento que segue podemos observar que existe uma relação antiga dos
professores da DIATINF com outras ferramentas de gerenciamento de turmas:
Entrevistado 06: [Sobre o site do Departamento de Informática] “Ah, é o site

do departamento de informática, todos os professores estão lá, poucos utilizam
esse recurso, mas eu gosto bastante porque ele é aberto para quem quiser
consultar, você pode ter acesso ao material das minhas aulas mesmo sem ser
aluna” [grifo nosso].
Autor: Quando você cadastra uma informação lá, os alunos são notificados?
Entrevistado 06: “Hum, boa pergunta, mas acho que não são. Eu aviso os
meus alunos que tudo referente a minha aula está lá, e eles ficam de olho”
Autor: “E para você como professor, por que fez essas escolhas? Quais as
vantagens de utilizar cada um? ”
Entrevistado 06: “A vantagem do site do DIATINF é que ele é uma Wiki, uma
Wiki é um tipo um formato de páginas web que são fáceis de editar, todos os
professores podem editar esse site. Ele tem uma função histórica, fica tudo
registrado por lá. Cadastro os materiais de todas as minhas disciplinas lá, se
um aluno vai se matricular ele pode consultar o material antes e ver se é isso
que espera da disciplina. O Google sala de aula é muito bom para discussões
e os alunos do DIATINF são estimulados pelos outros professores a utilizar. Já
o SUAP é o sistema oficial da instituição, os diários precisam ser alimentados
por lá”
Os dados coletados foram sintetizados e representados na tabela 11, onde

buscou-se dividir os comportamentos e problemas identificados em temas, seguidos
por observações e comentários da autora.
63
Síntese dos dados coletados nas entrevistas (N.º de usuário entrevistados: 10)
Tema Síntese Observações da Autora
Chamada 8 professores não registram a chamada durante a Para os professores que passam uma lista com papel e caneta,
aula por motivos diversos: transferir essas informações posteriormente para o SUAP exige um
esforço maior, uma vez que a ordem da lista de papel não é a ordem
Habito → preferem o método antigo, estilo diário alfabética do SUAP-EDU.
com folhas impressas
Antes de fazer a chamada, cada professor precisa iniciar o
Tempo → preferem passar uma lista com papel e computador, se autenticar no sistema operacional, abrir o navegador,
caneta para não utilizar o tempo da aula esperando acessar o SUAP, fazer login, abrir o diário da turma e selecionar a
o computador iniciar, para depois acessar o sistema opção de “Registro de Faltas”.
e realizar a chamada
A execução da tarefa “Realizar Chamada” não demanda mais que 3
Infraestrutura → algumas salas não possuem minutos, mas é precedida por ações que demandam um tempo
computadores, internet ou a conexão está offline considerável da aula, por isso alguns professores optam por realizar
durante determinada aula, portanto acabam a tarefa através de outros meios.
passando uma lista de papel
Ao passar uma lista impressa e transferir todas as listas para o
SUAP-EDU de uma só vez, a repetição das etapas anteriores ao
lançamento das presenças é minimizada.
Agendamento de 7 dos 10 entrevistados não conhecia esta função do A ferramenta de agendamento de atividades está isolada da sessão
provas e trabalhos SUAP-EDU: “Diários”, que é mais frequentada pelos professores, ficando em
Apontaram a complexidade do sistema como um segundo plano.
fator desmotivador para a realização de
agendamentos; Se os professores utilizassem essa ferramenta regularmente, os
Delegam a responsabilidade da divulgação para o alunos poderiam consultar suas atividades futuras em um só local e
líder da turma; não dependeriam de terceiros ou outras ferramentas para se
Utilizam outras ferramentas online que consideram informar.
ter maior alcance, como o Google Sala de Aula ou
grupo no Facebook.
64
Compartilhamento
de materiais Dos 10 entrevistados, 5 professores consideram o Os participantes que não utilizam o SUAP –EDU para compartilhar
SUAP-EDU um canal eficiente para compartilhar materiais (5 professores), realizam essa atividade utilizando um canal
materiais de aula com os alunos. já estabelecido com a turma. Escolhem o meio que acham mais
conveniente e tentam realizar o maior número de atividades através
A outra parcela, 5 participantes, utilizam outras desse meio:
ferramentas (Facebook, Site do DIATINF,
WhatsApp, Google Sala de Aula). Entrevistado 04: “ahh então, cada turma tem um grupo no WhatsApp,
utilizo para mandar links, material de aula, avisar notícias e recebo as
O SUAP-EDU não aceita arquivos grandes (máximo atividades do “speaking” por lá também ” [Professor de Língua Inglesa]
de 25MB)
Recebimento de
provas e trabalhos De acordo com 5 dos entrevistados, o e-mail facilita O SUAP-EDU não contempla a funcionalidade de recebimento de
a organização dos professores. trabalhos.
Em alguns casos, o recebimento de atividades é Através do Google Sala de Aula, os alunos podem anexar as
adaptado ao canal de comunicação escolhido pelo atividades agendadas e o professor pode lançar as notas por lá, mas
professor e ao tipo de atividade solicitada (ex.: o sistema não é integrado com o SUAP-EDU, portanto os
Professor de Inglês recebe exercícios de speaking professores têm o retrabalho de transferir as notas oficiais para o
através de áudios no WhatsApp) SUAP-EDU.
Utilização do
SUAP-Edu via Problemas de usabilidade em dispositivos móveis e
smartphones a complexidade do sistema foram apontados como Problemas de usabilidade via smatphones e a complexidade do
fatores que desmotivam o uso do SUAP via SUAP-Edu parecem desmotivar os professores a realizar atividades
smartphones. através de seus dispositivos móveis pessoais.
Um dos entrevistados, que colabora no A equipe de desenvolvimento do SUAP está trabalhando em um

desenvolvimento do SUAP, informou que a aplicativo para o sistema, o que pode vir a solucionar as dificuldades
tecnologia utilizada para programar as interfaces do apontadas pelos professores, mas não conseguimos acesso às
SUAP (que inclui o SUAP-EDU e outros módulos) interfaces ou funcionalidades do sistema.
apresenta algumas limitações de responsividade.
65
Comunicação
A justificativa unânime dos 4 professores que O SUAP-EDU é capaz de notificar os alunos apenas através de e-
declararam enviar mensagens através do SUAP- mail, caso o professor assinale o checkbox “enviar por e-mail”.
EDU é de que o sistema é o meio formal do Também existe a possibilidade de e-mails serem marcados como
Instituto. SPAM pelo cliente de e-mail utilizado pelos alunos, o que impede o
recebimento da mensagem.
Os 6 professores que não utilizam o sistema para
enviar mensagens justificam que procuram meios
mais rápidos e de maior alcance (geralmente redes
sociais, porque aproximam o professor e o aluno).
O entrevistado 02 reclamou que o sistema não

notifica os alunos, através de outros meios, sobre o
recebimento de nova mensagens:
“ [...] para falar a verdade ele não tem muita aceitação
pelos alunos. Acredito que seja porque o sistema não
notifica que eles receberam uma nova mensagem, o
aluno precisa entrar no sistema para ver que tem uma
nova mensagem, o SUAP-EDU poderia enviar
sempre uma cópia para o e-mail pessoal do aluno”.
Satisfação
8 professores afirmaram que enfrentam problemas Alguns professores avaliam o SUAP-EDU comparando ao sistema
de usabilidade e apontam que as funcionalidades do anterior, que de acordo com os entrevistados possuía diversos
sistema são complexas. problemas de usabilidade além da falta de unificação com outros
dados dos servidores.
4 participantes compararam SUAP-EDU com o
sistema anterior (Q-Acadêmico) e consideraram o
SUAP superior.
O SUAP unifica diversas informações dos

professores (servidores públicos) que vão além do
módulo SUAP-EDU.
66
Sugestões
Maior facilidade para identificar os alunos durante a A apresentação do sistema hoje é feita através de vídeo-tutoriais.
chamada e lançamento de notas (Entrevistado 01). Treinamentos presenciais também são realizados (em campi do
interior do estado), o que demanda tempo e dinheiro.
Introdução/treinamento do SUAP para os Um recurso popular em apps e websites é o “onboarding”, que visa
professores (Entrevistado 01). esclarecer as principais dúvidas dos usuários iniciantes, através da
própria interface do sistema.
Simplificar o envio de mensagens (Entrevistados 02
e 09)
Facilitar a inserção de média ponderada

(Entrevistados 02 e 09)
Sobre os Os aplicativos apontados como fáceis de usar Ao comparar a interface dos aplicativos apontados como fáceis de
aplicativos que foram: Facebook, WhatsApp, Dropbox, Slack, usar, podemos observar que não há similaridade da interface do
gostam de utilizar Google Drive, Facebook Messenger e Gmail. SUAP-EDU com as aplicações digitais citadas pelos professores.
Os principais atributos dos aplicativos apontados

pelos 10 entrevistados foram: simplicidade,
intuitividade, interface amigável
Outras formas de Utilizadas com o objetivo de simplificar a interação A utilização de variadas ferramentas de gerenciamento das turmas
gerenciamento com os alunos pode dificultar a organização dos alunos.
dos alunos
As alternativas mais adotadas pelos professores são
o Facebook e WhatsApp, além do Google Sala de
Aula, que é oferecido (através do próprio SUAP)
como ferramenta complementar no gerenciamento
das turmas.
Antes da disponibilização do SUAP-Edu,
professores do departamento de informática já
utilizavam outras ferramentas de gerenciamento das
turmas e mantiveram o uso.
Tabela 11: Síntese dos dados coletados durante as entrevistas / Fonte: A autora, 2017.
67
4.2 FASE DE AVALIAÇÃO DO ESTADO ATUAL
Avaliação de Interfaces
A avaliação de interfaces é uma parte fundamental do processo de design de

produtos digitais, por meio da qual os avaliadores coletam informações referentes à
experiência do usuário ao interagirem com um protótipo, sistema de computador ou
artefato de design, focando tanto na usabilidade quanto na experiência do usuário ao
interagir com o sistema (PREECE et al.,2013, p.433).
Atualmente, as pessoas não se contentam apenas com um sistema usável, elas
buscam uma experiência envolvente e prazerosa, o que tornou a avaliação de
interfaces ainda mais importante. Segundo Nielsen e Norman Group (2017):
A experiência do usurário abrange todos os aspectos da interação do

usuário final [...] o primeiro requisito para uma experiência de usuário
exemplar é atender as necessidades especificas do cliente, sem
protestos ou incômodos.
Portanto, avaliar o SUAP-EDU foi uma etapa essencial para o desenvolvimento

do presente trabalho de conclusão de curso. Buscou-se avaliar a qualidade da
interação do docente com a interface das ferramentas de gerenciamento de turmas,
observando não apenas a facilidade de uso, mas também a satisfação dos usuários.
De acordo com Preece et al. (2013) existem várias maneiras de avaliar uma
interface. Podemos classificar as avaliações em três grandes grupos, que dependem
do ambiente, envolvimento do usuário e nível de controle (tabela 12).
Para avaliar o SUAP-EDU, foi utilizada a avaliação cooperativa, que pode ser
classificada como um ambiente controlado25 (figura 8), por ocorrer no mesmo
laboratório, sob condições semelhantes, para todos os usuários. Geralmente, durante
a aplicação dessa técnica, os usuários realizam as tarefas em um ambiente
previamente preparado pelo avaliador. Segundo Monk et al. (1993) uma das tarefas
25
O ambiente controlado citado no presente trabalho difere-se dos ambientes utilizados para os testes de
usabilidade. De acordo com Preece et al. (2013) os testes de usabilidade necessitam de laboratórios especiais,
com isolamento acústico e ausência de janelas, buscando eliminar ao máximo as possíveis distrações. Esses
ambientes precisam estar equipados com câmeras para a gravação, espelhos, microfones e os observadores
precisam estar em uma sala separada (p.477-478).
68
do avaliador é preparar o ambiente e ter certeza de que tudo está funcionando da
maneira correta.
As atividades / tarefas dos usuários são controladas, a fim de testar

hipóteses e medir ou observar determinados comportamentos.
Ambientes controlados
Os principais métodos são os testes de usabilidade, [avaliação
envolvendo usuários
cooperativa] e experimentos.
Há pouco ou nenhum controle das atividades dos usuários, a fim de

Ambientes naturais determinar como o produto seria utilizado no mundo real. O método
envolvendo usuários principal é a utilização de estudos de campo.
Consultores e pesquisadores criticam, predizem e modelam aspectos

da interface, a fim de identificar os problemas de usabilidade mais
Qualquer ambiente não óbvios, segundo a violação de princípios do design de interface. A
envolvendo usuários variedade de métodos inclui inspeções, avaliações heurísticas,
percursos e métodos baseados em modelos e dados analíticos.
Tabela 12– Ambientes para a avaliações de interface / Fonte: Conteúdo adaptado de Preece et al.,
(2013, p.437)
O ambiente utilizado para a aplicação da avaliação cooperativa foi o laboratório

05 da Diretoria de Informática do IFRN-Natal Central, utilizando um computador
desktop HP (figura 9) com as seguintes especificações: CPU AMD Athlon (tm) II X2
B22, 4 GB de RAM e HD de 250GB.
Com a finalidade de registrar os dados obtidos durante a avaliação, a conversa
entre o avaliador e os participantes foi gravada utilizado o aplicativo de gravador de
som26 do smartphone Samsung S3. Para a captura das telas dos usuários a autora
utilizou o plugin Loom27, que grava todas as ações realizadas no navegador. Dessa
maneira, os usuários realizam as tarefas sob condições semelhantes, no que diz
respeito ao local e ferramentas utilizadas.
26
Aplicativo nativo disponibilizado pela Samsung para o modelo de smartphone S3
27
Loom: é um plug-in do Google Chrome para a captura de telas.
69
Figura 8 - Laboratório utilizado para a aplicação da avaliação cooperativa / Fonte: A autora, 2017
Figura 9- Computador utilizado para a aplicação da avaliação cooperativa / Fonte: A autora, 2017
70
4.2.1 Avaliação Cooperativa
A avaliação cooperativa é um procedimento para obter dados acerca de

problemas encontrados ao trabalhar com um sistema, podendo ser aplicado a um
produto existente que deva ser melhorado ou ampliado, como a um protótipo parcial
ou um protótipo completamente funcional. A intenção dessa técnica não é fornecer
uma lista exaustiva com vários problemas, mas sim ajudar a identificar os mais
importantes, com o mínimo esforço. (MONK et. al, 1993)
De acordo com Santa Rosa e Moraes (2012), a partir da avaliação cooperativa

é possível identificar os pontos que precisam ser melhorados ou alterados na interface
do protótipo ou no sistema avaliado. Além disso, ela tem uma aplicação simples, não
necessita de muitos recursos para ser realizada, podendo ser aplicada por designers
que não possuem um conhecimento aprofundado na área de interação humano-
computador, o que foi uma característica importante para a escolha dessa ferramenta
no presente trabalho.
Para que uma metodologia de avaliação possa ser considerada de caráter

cooperativo, Monk et al. (1993) afirmam que ela deve seguir uma lista de pré-
requisitos:
1. Recrutar um ou mais usuários para colaborar na avaliação (o perfil do usuário

deve ser semelhante ao do usuário típico do sistema).
2. O avaliador deve especificar tarefas junto aos usuários, para que contemplem
as principais áreas do sistema.
3. Cada usuário deve verbalizar os problemas encontrados na interface, enquanto
o avaliador grava e faz anotações.
Ainda de acordo com os autores supracitados, a análise cooperativa é dividia

em quatro tarefas: recrutamento (1), lista de tarefas (2), condução das sessões (3) e
debrief (4) (MONK et al.,1993).
71
4.2.1.1 Recrutamento
O recrutamento dos participantes é a primeira etapa. De acordo Santa Rosa e

Moraes (2012), é necessário aplicar um questionário de background, para conhecer o
nível de conhecimento intelectual e tecnológico dos participantes, visto que é
necessário que eles tenham características semelhantes ao público-alvo potencial.
No presente trabalho, os participantes selecionados foram os próprios usuários

do sistema, docentes do IFRN. Durante a aplicação dos questionários, os professores
responderam se teriam interesse em contribuir com as outras etapas da coleta de
dados. Dos 20 participantes, 10 deles foram convidados a continuar contribuindo com
a pesquisa, participando da fase de entrevistas. Desses, 5 professores também
realizaram a avaliação cooperativa, que ocorreu no dia 31 de outubro de 2016, no
laboratório 05 da Diretoria Acadêmica de Gestão e Tecnologia da Informação do IFRN
(DIATINF).
Participante Área de atuação Idade Horário
Professor de Teste de Software - Ensino Superior

Professor 01 46 11h00
Coordenador do curso de TADS
Professor de Inglês
Ensino Médio
Professor de História
Ensino Médio
Professor de Construção Civil

Ensino Médio e Superior
Professor de Administração
Ensino Superior
Tabela 13- Dados dos participantes / Fonte: A autora, 2017
72
4.2.2.2. Lista de tarefas
Segundo Monk et al. (1993, tradução nossa), no apêndice 1 do volume BCS

Practitioner Series - Cooperative Evaluation: a run-time guide improving your
human computer interface: a practical technique, a especificação correta das
tarefas a serem realizadas é fundamental para o sucesso da avaliação. Dessa
maneira, o avaliador deve certificar-se de que as tarefas estão focadas em partes do
sistema ou protótipo que realmente interessam e verificar se foram escritas de uma
maneira que facilita a compreensão de um usuário inexperiente.
Os autores supracitados, sugerem que a lista de tarefas seja elaborada

consultando os usuários, para que essas tarefas possam ser representativas das
etapas reais realizadas pelos participantes ao utilizarem a interface que será testada:
Como assegurar que as tarefas escolhidas são de fato representativas

das etapas que os usuários percorreriam para testar a interface? Para
isso, deve-se falar com os usuários sobre as tarefas, conversar com os
responsáveis pela pesquisa de marketing ou com especialistas (MONK
et al.,1993, p.5) [Tradução nossa].
Isto posto, para a delimitação da lista de tarefas, a autora contou com o auxílio
de duas especialistas28, sendo uma delas professora do IFRN e usuária do SUAP-
EDU. As tarefas foram elaboradas em grupo, junto a professora orientadora do
presente trabalho, Helena Rugai Bastos, e a professora Silvia Matos, coorientadora,
que leciona a disciplina de IHC (Interação Humano Computador) no IFRN-Natal
Central.
Devido à complexidade do SUAP-EDU, e seguindo os problemas levantados

pelos usuários em questionários e entrevistas, um segundo recorte foi aplicado ao
trabalho. Dessa maneira, o escopo da avaliação cooperativa foi fechado levando em
consideração o acesso aos diários, o cadastramento e exclusão de uma nova aula e
o envio de mensagens. As tarefas são apresentadas na tabela que segue.
28
Tradução livre do termo "experts" utilizado por IDEO (2015). No livro O guia de campo para
design centrado no humano (2015), a IDEO afirma que especialistas são pessoas que possuem um
conhecimento profundo em um determinado campo ou assunto, e que devem ser selecionados para
participar de um projeto de acordo com o objetivo em questão.
73
Nº da tarefa Descrição da tarefa
01 Logar no sistema
02 Acessar meus diários
03 Adicionar uma aula
04 Editar o conteúdo para “Revisão”
05 Excluir aula
06 Cadastrar nova aula (com 4 horários) repetindo um conteúdo dado
07 Envie uma mensagem de boas-vindas para os alunos dessa turma
08 Realize a chamada para a aula cadastrada anteriormente, colocando

falta para 3 alunos, sendo que para um deles registre 5 faltas
Tabela 14 – Lista de tarefas / Fonte: A autora, 2017
4.2.2.3 Condução de Sessões
Monk et al. (1993) recomenda que o avaliador deixe claro para o participante,
que a intenção da avaliação é testar o sistema e não o usuário. Os autores também
sugerem, que seja elaborada uma breve apresentação sobre os propósitos da sessão,
assim como sobre a técnica da avaliação cooperativa.
O avaliador deve informar aos participantes que a sessão será gravada e terá
caráter confidencial. Santa Rosa e Moraes (2012) ressaltam que a avaliação deve ser
conduzida de uma maneira informal, sem a utilização de muitas instruções escritas.
Além disso, os autores (2012) sugerem que o avaliador deve solicitar aos
29),
participantes que realizem as tarefas em voz alta (protocolo think aloud para que
possam perceber a qualidade da interação do usuário com o sistema.
29
Think Aloud (pensamento verbalizado): o usuário executa uma tarefa, expressando verbalmente os
seus problemas, pensamentos, opiniões etc. (SANTA ROSA; MORAES, 2012)
74
A seguir é apresentado o texto que serviu para introduzir a sessão da avaliação
cooperativa com a técnica think aloud para os professores do IFRN:
31 de outubro de 2016
Olá,
Agradeço por ter aceitado contribuir com o referido estudo. Hoje iremos
avaliar a usabilidade do SUAP-EDU.
A intenção desse estudo é descobrir com que facilidade pessoas como você
usam o SUAP-EDU. Sua contribuição é fundamental para identificar os problemas
de usabilidade que o SUAP-EDU apresenta, e descobrir como eles podem ser
solucionados.
Estou especificamente interessada em situações na quais o sistema avaliado

o induza a erros na seleção de comandos e o desinforme sobre o que fazer.
Também estou interessada em identificar comando adicionais que tornem o

sistema mais fácil de utilizar.
Para obter essa informação você deve usar uma técnica de perguntas e
respostas que envolvam três coisas:
a) Gostaria que você verbalize, à medida que executar cada tarefa, como está
tentando resolvê-la, que comandos julga apropriados e por quê?
É como se estivesse fazendo um comentário continuo sobre o que faz e pensa.
b) Quando se encontrar em dúvida sobre que comando utilizar, você pode me

pedir auxílio.
c) Além disso, perguntarei sobre o que está tentando fazer e que efeito espera
que os comandos tenham.
Obrigada pela contribuição;
Larissa Trindade
Figura 10- Texto auxiliar para introdução da avaliação cooperativa / Fonte: Conteúdo adaptado de
Santa Rosa e Moraes (2012, p.132)
75
Com o propósito de documentar a avaliação cooperativa foi utiliza uma tabela por
participante, para auxiliar o registro de comportamentos inesperados ou comentários
dos usuários: “Comportamento inesperado é aquele no qual o usuário está fazendo
alguma coisa que o projetista não pretendia. Os comentários podem ser subjetivos ou
avaliações da interface que podem ser tanto positivas quanto negativas” (SANTA
ROSA e MORAIS,2012, p.133). A tabela utilizada foi dividida em três colunas,
contendo respectivamente: número da tarefa, minuto da gravação, comportamento
inesperado ou comentário (apêndice C).
Em busca de manter um diálogo continuo com o usuário, sugere-se que seja

utilizado um grupo de perguntas, como as apresentadas a seguir:
Como nós fazemos isso? O que você deve fazer? O que aconteceria
se....? O que o sistema fez agora? O que o sistema tenta lhe dizer com
essa mensagem? Por que o sistema fez isso? O que você espera que
aconteça? O que você está fazendo agora? (SANTA ROSA e MORAIS,
2012, p.133
Dessa maneira, durante a condução das sessões, a autora buscou questionar

os participantes sobre o que estava acontecendo com o sistema, tentando entender
as expectativas, frustrações e dificuldades de interação dos usuários.
4.2.2.4 Debrief 30
Nessa etapa, que ocorre após a conclusão das tarefas, o avaliador deve
conversar com os participantes a respeito do protótipo ou sistema, com a finalidade
de coletar sugestões sobre alterações necessárias, e sobre o grau de dificuldade para
completar as tarefas.
Durante essa conversa, também devem ser realizadas perguntas sobre a

avaliação em si, buscando saber se o equipamento utilizado para a gravação foi
intrusivo, e se as tarefas são de fato equivalentes as realizadas no dia-a-dia pelos
usuários.
30
Segundo o dicionário Cambridge Dictionary, debrief significa perguntar detalhadamente a alguém sobre um
trabalho que eles tenham realizado [tradução nossa].
76
Resultados da Avaliação Cooperativa
Para documentar a avaliação cooperativa, foi utilizado um plugin no Google

Chrome31 com a finalidade de gravar o navegador dos participantes enquanto eles
executavam as tarefas. Os vídeos gravados serviram para registrar o tempo gasto em
cada tarefa e auxiliar a análise do comportamento da interação dos professores com
a interface. A conversa entre o avaliador e os participantes também foi gravada, para
que insights32 importantes não deixassem de ser registrados. Os dados coletados
foram organizados em tabelas e estão anexos ao presente trabalho (apêndice C).
É importante ressaltar que durante a avaliação cooperativa, buscou-se colher

dados qualitativos relacionados com as facilidades e dificuldades dos usuários em
relação a interface do SUAP-EDU.
A seguir, será apresentado uma análise dos comportamentos inesperados e

comentários dos participantes durante a realização da lista de tarefas (tabela 14).
 Tarefa 01: Logar no sistema
Para logar no SUAP, o professor precisa inserir o usuário e senha, sendo que
o campo usuário deve ser preenchido com a matrícula do professor. Nenhum dos 5
participantes apresentou dificuldade para logar no sistema.
31
Google Chrome é um dos mais populares navegadores disponíveis para Windows, Mac (Mac OS),
Linux (Ubuntu), Android e iOS. Disponível em: < http://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/google-
chrome.html/>
32
Um insight é um acontecimento cognitivo que acontece de forma repentina, relacionado a vários
fenômenos, podendo ser sinônimo de compreensão, conhecimento e intuição. O termo também é
conhecido como a perspicácia ou a capacidade de aprender ou assimilar alguma coisa. Disponível em:
< https://www.significados.com.br/insight/>
77
Figura 11- Tela de Login / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação cooperativa, capturado pela
autora, 2017
 Tarefa 02: Acessar meus diários
A segunda tarefa foi realizada de duas maneiras pelos participantes: alguns

acessaram “meus diários” pelo menu do professor e outros pela área destinada a
“alertas”, como apresentado na imagem a seguir:
Figura 12-Dashboard do SUAP-EDU /Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação cooperativa, capturado

pela autora, 2017
78
Durante a execução da tarefa foi possível notar que alguns professores
acessavam o menu “professor” sem hesitar, enquanto que outros acessavam pelos
“alertas”, em razão do destaque dos elementos, como declarado no trecho a seguir:
Avaliador: Por que você acessou os diários por esse caminho?
Participante 05: Foi o caminho mais fácil, estava bem grande “diários”
Se observarmos a mensagem na caixa de “alertas”, podemos notar que o

SUAP tenta fazer com que os docentes mantenham os diários atualizados, visto que
o número de diários com dados desatualizados se destaca dos outros elementos da
interface. Além disso vem acompanhado da mensagem “sem registro há X dias”, e “x”
representa o número de dias que o diário passou sem receber atualizações.
 Tarefa 03: Adicionar uma aula
Para adicionar uma nova aula, todos os 5 participantes enfrentaram o mesmo

problema: a necessidade de mudar a etapa do ano dentro dos diários.
Quando o professor acessa um diário, ele é carregado na etapa 1 (figura 13), o

primeiro bimestre. Como o teste foi realizado durante o terceiro bimestre, todos os
professores precisaram mudar a etapa para registrar uma nova aula:
Avaliador: Por que você mudou a etapa?
Participante 02: O sistema por algum motivo não vai direto para etapa
atual, daí sempre tenho que mudar.
Avaliador: O que você acha disso?
Participante 02: Não entendo porque é assim, deveria ir direto para a

etapa atual, porque as outras etapas já estão fechadas.
79
Figura 13 - Alterar etapa dos diários / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação cooperativa,
capturado pela autora, 2017
 Tarefa 04: Editar o conteúdo
A quarta tarefa solicitava que os professores editassem o conteúdo da aula

adicionada para “revisão”. Os usuários que não tem o habito diário de editar o
conteúdo, encontraram com facilidade a funcionalidade.
Um dos participantes, durante a realização da tarefa, sugeriu que o ícone que

representa “editar” (figura 14) fosse alterado:
Participante 3: Não sei onde editar uma aula registrada, mas deve
ser por aqui. A lixeira é para excluir, então deve ser esse outro ícone.
Avaliador: Você acha que esse ícone, representa bem a sua função?
Participante 3: Poderia ser algo que lembrasse mais a função editar.

O lápis no ícone representa bem, poderia deixar apenas o lápis,
ficaria maior, chamaria atenção, você me entende?
80
Figura 14- Editar conteúdo / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação cooperativa, capturado pela autora, 2017
A imagem 15 apresenta o ícone utilizado pelo SUAP-EDU ao lado do ícone

sugerido pelo participante 3:
Figura 15- Ícones editar / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação cooperativa, capturado pela
autora, 2017
 Tarefa 05: Excluir aula
Os participantes encontraram com facilidade o caminho para excluir uma aula

cadastrada. No entanto, enfrentaram dificuldade para completar a tarefa, em razão da
barreira para confirmar a ação.
Ao excluir uma aula, os usuários recebem uma mensagem pop-up33 e devem

assinalar um checkbox34 para confirmar a ação, como representado na figura 16:
33
Um pop-up é uma interface gráfica do usuário, (graphical user interface-GUI), geralmente uma
pequena janela, que aparece (pop-up) no primeiro plano da interface visual. Uma janela pop-up deve
ser menor do que a janela de plano de fundo ou interface. Disponível em:
< http://whatis.techtarget.com/definition/pop-up>
34
Checkbox é uma interface gráfica do usuário, na qual o usuário pode clicar para escolher se deseja
ou não uma configuração específica. As caixas de seleção são usadas quando mais de uma opção
pode ser selecionada. Geralmente ao clicar na caixa o usuário habilita a opção. Disponível em:
< https://www.computerhope.com/jargon/c/checkbox.htm >
81
Figura 16- Confirmar exclusão / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação cooperativa,
A função do alerta é notificar que informações relacionadas a aula que está

sendo excluída também serão removidas, como a frequência dos alunos. O problema
encontrado foi que 3 dos 5 professores que realizaram a avaliação, não assinalaram
o checkbox e tentaram prosseguir com a tarefa sem ler a mensagem.
No entanto, os professores reconhecem a importância da mensagem como

apresentado nos trechos a seguir:
Participante 02: A confirmação que o conteúdo será excluído é bem

importante, ia excluir uma aula e a notificação me mostrou que iria
excluir a frequência também.
Avaliador: Por que você recebeu essa mensagem de erro?
Participante 3: Esqueci de preencher essa caixinha.
Avaliador: Por que você acha que existe esse passo?
Participante 3: Questão de segurança, talvez alguém exclua uma aula

sem querer.
Avaliador: Você acha importante essa função?
Participante 3: Deve ser, é a primeira vez que vejo a mensagem, mas

gostaria de saber se estivesse excluindo por acidente.
Avaliador: Por que o sistema de mostrou essa mensagem?
Participante 04: Deixei algo em branco na etapa anterior, tem uma

caixinha que não marquei.
Avaliador: Você já cometeu esse erro?
Participante 04: Sim, eu sempre esqueço de marcar.
82
 Tarefa 06: Cadastrar nova aula repetindo o conteúdo
Para completar a tarefa 6, os professores deveriam cadastrar uma nova aula

com 4 horários, repetindo um conteúdo dado. O objetivo dessa tarefa é identificar se
os professores conhecem a funcionalidade, que permite clicar em uma aula anterior
para repetir o seu conteúdo.
Figura 17- Repetir o conteúdo aplicado / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação

cooperativa, capturado pela autora, 2017
Foi constatado durante a aplicação dessa tarefa, a partir do método thinking

aloud, que os participantes não conheciam a ferramenta, apenas um dos professores
sabia da possibilidade de clicar na coluna da direita (figura 17), os demais
participantes afirmaram que descobriram a funcionalidade ao tentar copiar o conteúdo
utilizando o CTRL+C.
Quando interrogados sobre a ferramenta, os professores afirmaram que não

costumavam repetir o conteúdo da aula, e sugeriram que seria mais útil se o sistema
permitisse importar os diários anteriores, com o conteúdo que foi aplicado para outras
turmas em períodos letivos anteriores, como mostrado nos trechos a seguir:
Avaliador: Você sabia que dá para clicar no conteúdo de uma aula

dada para repeti-lo?
83
Participante 02: Não sabia não! Mas também nunca precisei copiar o
conteúdo de uma aula dada, talvez se fosse copiar de uma turma
para outra faria mais sentido.
Avaliador: O que você acha dessa funcionalidade?
Participante 04: Seria bem útil se pudesse importar os diários

passados, ou entre turmas, repetir o conteúdo de uma aula não
agrega muito, geralmente não repito a descrição.
Avaliador: Você sabia que poderia ter clicado para copiar o

conteúdo?
Participante 05: Hum, é mesmo, interessante. É que eu não lembro

de ter precisado copiar o conteúdo de uma aula dada.
 Tarefa 07: Enviar uma mensagem
Para completar a tarefa 7, os professores deveriam simular o envio de uma

mensagem de boas-vindas para os alunos da aula cadastrada na tarefa anterior.
De acordo com os resultados obtidos durante a avaliação, 3 dos participantes

apresentaram dificuldades para enviar a mensagem.
Conversando com os participantes foi possível entender o fluxo para o envio de

mensagem com maior clareza. Quando o sistema foi lançado, os usuários enviavam
mensagens pelo comunicador, uma ferramenta dentro do SUAP-EDU desenvolvida
para a comunicação entre professores, alunos e instituição.
Para enviar mensagens pelo comunicador, o usuário precisa completar 3

etapas: preencher os filtros (figura 18), escrever a mensagem (figura 19), selecionar
destinatários e confirmar o envio (figura 20).
o Etapa 01- Preencher filtros
Essa etapa do processo permite que os usuários filtrem os destinatários por

Campus, modalidade, situação do aluno, ano letivo, curso, turma, diários etc.
O participante 5 desistiu de enviar a mensagem porque estava preenchendo

todos os campos para encontrar um determinado diário. Quando o professor percebeu
que poderia filtrar utilizando o código do diário, ele saiu do comunicador, foi até o
diário, copiou o código, retornou ao comunicador e desistiu de prosseguir com a tarefa,
como declarou no trecho a seguir:
84
Participante 05: Nossa, posso pular para a próxima atividade, me
recuso a completar essa tarefa, muito desnecessário tudo isso.
Já o participante 1 afirmou que a interface era confusa e que ficava difícil

entender se todos os campos precisavam ser preenchidos. O trecho a seguir
demonstra a insatisfação desse usuário:
Participante 01: São mostrados vários filtros, fica confuso. O usuário

não sabe se deve preencher tudo ou não. Não fica claro que é um filtro.
Figura 18- Etapa 01 para o envio de mensagens / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação
o Etapa 02- Escrever a mensagem
Após aplicar o filtro aos destinatários, os usuários devem completar o passo 2,

que consiste em escrever a mensagem que será enviada. O SUAP permite que os
professores anexem arquivos de até 5MB no corpo da mensagem e que escolham o
meio pelo qual querem realizar o envio: via e-mail, via SUAP ou ambos.
No decorrer da avaliação cooperativa, os participantes não identificaram de

imediato as opções de envio, e afirmaram que a opção enviar por e-mail deveria ser
automática, como mostrado nos depoimentos a seguir:
Participante 01: Acho essencial enviar para o e-mail, os alunos

verificam mais do que no SUAP. Na verdade, acho desnecessário ter
o checkbox, era para ser padrão enviar por e-mail e via SUAP.
85
Participante 02: Para que servem esses campos: enviar por SUAP,
enviar por e-mail?
Avaliador: Você pode escolher se quer mandar os dois ou apenas via

SUAP por exemplo.
Participante 02: Era para ser automático isso [grifo nosso].
A sugestão apontada pelos participantes, parece ser bastante pertinente, uma

vez que quanto maior o alcance da mensagem, mais eficiente seria a comunicação.
Na figura 19 podemos observar a interface que identifica o segundo passo do

processo para enviar mensagem, a área destacada em vermelho corresponde aos
checkboxes com as opções de envio:
o Etapa 03- Escolher destinatários e confirmar o envio
Ao clicar em continuar no passo 2, os usuários devem completar a última etapa

do processo de envio de mensagens, por meio da qual eles podem selecionar os
destinatários individualmente, como mostrado na figura 20:
86
Para finalizar o processo, ainda na terceira etapa, os professores devem

preencher o checkbox para a confirmação de envio, e só depois clicar no botão “enviar
mensagem para alunos selecionados”, conforme ilustrado a seguir:
Figura 21-Checkbox para confirmação de envio de mensagens / Fonte: Screenshot do vídeo da

avaliação cooperativa, capturado pela autora, 2017
Durante a aplicação da tarefa, foi possível analisar que 4 participantes

escolheram os destinatários e se dirigiam ao botão verde (figura 21) para confirmar o
envio, só depois lembravam de assinalar o checkbox.
Quando interrogado sobre esse comportamento, o participante 01 afirmou que

não acha essa funcionalidade útil:
87
Avaliador: Você acha útil essa confirmação?
Participante 01: Não, deveria ter um desfazer depois de realizar a

ação, caso o professor tivesse cometido um erro.
Avaliador: Por que acha melhor?
Participante 01: Seria uma interação a menos, agora eu sou obrigado

a clicar para prosseguir.
De acordo com o participante 1, a funcionalidade é apenas mais uma barreira

para o envio de mensagem. A sugestão atribuída pelo usuário para desfazer o envio
vem sendo utilizada em outras interfaces, como no caso do Inbox mostrado a seguir:
Figura 22- Desfazer envio da mensagem Inbox / Fonte: Screenshot da interface do Inbox,
Recentemente, um botão para o envio de mensagens foi adicionado ao SUAP-

EDU, de acordo com o participante 01 a alteração foi realizada a pedido dos
professores. No trecho a seguir, ele explica como ocorreu a solicitação do atalho:
Avaliador: Como você solicitou essa alteração na interface?
Participante 01: A Diretoria de informática foi a primeira a testar o

SUAP-EDU, a ideia era que a gente testasse e também fizesse
sugestões.
Avaliador: O que melhorou com o botão?
88
Participante 01: O botão retirou o passo 01, o usuário já está dentro
do diário, então o filtro já foi aplicado, entende?
A alteração na interface otimizou o processo de envio de mensagens, quando

o professor clica no botão enviar mensagem (figura 23) o passo 1 é eliminado, visto
que o docente já está dentro de um diário especifico.
Figura 23 - Botão enviar mensagem / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação cooperativa,

A inserção do botão na interface facilitou a utilização da ferramenta, os

participantes que habitualmente não enviam mensagens pelo SUAP, encontraram o
caminho com facilidade, como mostrado nos trechos abaixo:
Participante 02: Nunca mandei mensagens pelo SUAP, mas acho que
é aqui. [declarou ao clicar no botão enviar mensagem dentro do diário]
Participante 03: Não sei onde envia mensagens, porque uso o

Facebook... ah aqui. [afirmou ao encontrar o botão]
Participante 04: Nunca envio mensagens pelo SUAP, mas sei que é
dentro do diário, porque sempre vejo o botão.
No entanto, a implementação do botão trouxe inconsistências para o sistema.

Ao clicar no botão “enviar mensagem” o passo 2 de 3 é o primeiro a aparecer (figura
17), o participante 2 questionou o avaliador sobre essa inconsistência, e afirmou que
esse tipo de prática pode gerar um sistema “cheio de remendos”35 posteriormente:
Participante 02: Não entendi porque essa é a etapa 2 para enviar

mensagem, qual é a etapa 1, clicar no botão?
35
Palavras do participante 02
89
Avaliador: Tem um caminho por fora dos diários, o botão foi um atalho
adicionado recentemente.
Participante 02: Hum, mas não deveria ser assim, lá na frente o

sistema vai estar cheio de remendos e coisas como isso.
Um outro problema identificado relacionado ao botão “enviar mensagem” foi

que ao cancelar o envio, o usuário retorna ao passo 1 de 3 (figura 16), embora nem
tenha passado por ele:
Avaliador: Por que isso aconteceu?
Participante 3: Não entendi, cliquei em cancelar e pensei que voltaria

para o diário.
 Tarefa 08: Realizar chamada
A última tarefa consistiu em realizar a chamada para a aula cadastrada na

tarefa 6. O participante deveria colocar falta para 3 alunos, sendo que para um deles
registrar 5 faltas.
O propósito da tarefa é observar como os professores cadastram a frequência

no SUAP-EDU, e descobrir como reagiriam ao perceber que o sistema aceita um
número de faltas superior ao de aulas dadas. Isto porque na tarefa 6 foi solicitado que
os professores cadastrassem uma aula com 4 horários.
Os participantes completaram essa tarefa sem expor dificuldades, todos já

sabiam o caminho para realizar a chamada.
A imagem abaixo ilustra o local do diário onde se encontra a aba “registro de

faltas”:
Figura 24- Registro de faltas / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação cooperativa, capturado
pela autora, 2017
Foi observado que cada professor entrevistado tem uma forma particular para
realizar a chamada. Alguns percorrem cada linha da tabela utilizando a tecla tab,
90
outros clicam no nome do aluno ausente e digitam o número de faltas ou utilizam o
spin button.36
Figura 25-Lançamento de faltas / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação cooperativa, capturado

pela autora, 2017
A tarefa solicitada, como mencionado no quadro de tarefas, foi registrar 5

faltas para uma aula com 4 horários. Os participantes ficaram surpresos com a falta
de restrição do sistema como podemos verificar nas afirmações:
Participante 01: Acho que não vai aceitar 5 faltas, porque só são 4
aulas. Nossa! Aceitou sim! Mas não era para aceitar...
Participante 03: Creio que ele não aceite faltas, porque os blocos de
aula são de no máximo 4 aulas. Aceitou! Como será que o sistema
permite isso?
Participante 04: Nossa isso é muito errado do sistema aceitar um

número de faltas superior ao de aulas cadastradas.
Participante 05: O Sistema não deve aceitar 5 faltas, mas vamos

ver....
36
Spin button é um GUI que facilita o aumento ou a diminuição de um valor, são geralmente
representados por setas. Disponivel em < https://support.office.com/en-us/article/Add-a-scroll-bar-or-
spin-button-to-a-worksheet-f8443be3-ff00-4cad-bb2f-bf0f88ebf5bb>
91
 Debrief
Para concluir a avaliação cooperativa, a avaliadora utilizou a técnica de debrief,

que consiste em uma conversa com a finalidade de investigar a opinião dos
participantes acerca do método aplicado.
A conversa foi dividida em duas partes, primeiro buscou-se coletar mais

informações referentes ao SUAP-EDU e em seguida sondou-se a opinião dos
professores com relação a avaliação cooperativa e as ferramentas utilizadas para a
gravação.
Os participantes já haviam comentado sobre o sistema durante a aplicação do

questionário e entrevistas como apresentado nesse trabalho. Sendo assim, foram
coletados poucos insights nessa última etapa.
De acordo com o participante 1, o SUAP-EDU deveria ser mais humanizado. O

sistema atribui códigos aos alunos, professores e até mesmo para as funcionalidades:
Participante 1: [...] durante a avaliação notei uma outra coisa que

detesto, tudo é um código. Eu tenho um código, o aluno é um código,
uma falta é um código, uma aula é um código. Acho que não precisava
mostrar isso para o usuário [...]
Um dos entrevistados relatou que se surpreendeu com a rapidez do SUAP. O

professor acreditava que o sistema era lento, mas chegou à conclusão de que o
problema estava relacionado à internet na sala dos professores:
Participante 3: [...] na sala dos professores de história, o SUAP

demora muito para responder, deve ser por causa da internet. A
princípio achava que o sistema era lento. Mas estou vendo que é um
problema de conexão, aqui foi tudo bem rápido.
O participante 4 reclamou sobre o processo para registrar as notas. Segundo o

professor o sistema obriga que uma nota seja inserida até para o aluno que não
realizou uma prova ou atividade:
Participante 4: Gostaria de falar sobre as notas, o SUAP é um pouco

ruim com isso, passei por essa situação hoje. Quando um aluno não
realiza uma atividade, sou obrigado a inserir um zero, mas não quero
fazer isso, porque o aluno deixou de entregar a atividade, ele não tirou
zero. Isso me incomoda bastante.
92
Em outro comentário realizado pelo mesmo docente, ele afirma que as
estatísticas disponibilizadas pelo sistema, ajudam no acompanhamento da turma:
Avaliador: Gostaria de relatar mais alguma coisa?
Participante 4: Sim, essa é positiva! As estatísticas mostradas pelo

SUAP-EDU são bem legais, me ajudam a acompanhar a turma.
Quanto ao método da avaliação cooperativa, nenhum dos participantes relatou

problemas ou incomodo com o processo ou equipamento utilizado para a gravação.
Os dados coletados foram sintetizados na tabela 16, de acordo com a tarefa

realizada, os dados coletados por participante podem ser consultados no apêndice C.
93
Síntese dos dados coletados na avaliação cooperativa (N.º de usuariarios:5)
Tarefa Comportamento Observações da autora e dos participantes

1. Logar no Sistema Os 5 participantes executaram a tarefa sem Não há uma opção para manter-se conectado no
dificuldades sistema; o usuário precisa se autenticar no sistema
todas as vezes.
2. Acessar meus diários Duas formas de acesso: através do widget O Widget “Alertas” informa a quantidade de diários
“Alertas”, proeminente na parte superior da tela que estão desatualizados e é o elemento de
inicial, ou através do widget “Professor”, na opção interface que mais se destaca na tela inicial do
“Meus Diários” professor. Isso demonstra que o design da interface
busca incentivar a atualização das informações.
3. Adicionar aula Os 5 participantes precisaram mudar a etapa O sistema não reconhece a etapa do período letivo
dentro do diário para a etapa atual
4. Editar conteúdo da aula Os 5 participantes executaram a tarefa sem O ícone editar deve ser alterado, de acordo com o
dificuldades participante 3
5. Excluir aula Os professores não tiveram dificuldade de Os professores reconheceram a importância do

encontrar a opção “excluir”, mas (4/5) tentaram aviso e da barreira para a exclusão da aula, visto
prosseguir com a tarefa sem assinalar o que o professor pode estar excluindo informações
checkbox. importantes como a chamada
6. Cadastrar nova aula com 4 Apenas 1 dos professores conhecia essa função A função não é útil da forma como está
horários repetindo um dos implementada, os professores gostariam de repetir
conteúdos já lecionado A função que permitir repetir um conteúdo dado conteúdos ministrados em outras turmas ou
não é utilizada pelos professores: conteúdo dado em outros semestres:
Participante 02: [...] “nunca precisei copiar o
conteúdo de uma aula dada, talvez se fosse Participante 04: “Seria bem útil se pudesse
copiar de uma turma para outra faria mais importar os diários passados, ou entre turmas,
sentido”. repetir o conteúdo de uma aula não agrega muito,
geralmente não repito a descrição”.
94
Participante 05: [...] “É que eu não lembro de ter
precisado copiar o conteúdo de uma aula dada”.
7. Enviar mensagem de boas- 3 participantes acessaram pelo botão “enviar Os filtros da etapa 01 são confusos, o usuário não
vindas para os alunos da mensagem” dentro do diário e 2 participantes sabe se precisa preencher todos os filtros.
turma acessaram pelo comunicador.
Sobre a etapa 03: o participante 1 afirmou que o
Etapa 01: checkbox era desnecessário e sugeriu que um
Dificuldade de compreensão e preenchimento dos botão desfazer envio fosse adicionado caso a
filtros da primeira etapa para o envio de mensagem fosse enviada por acidente.
mensagens (1)
1 dos participantes desistiu de completar a tarefa. Atalho:
O atalho permitiu que os professores encontrassem
Etapa 2: o caminho para enviar mensagens com mais
2 participantes questionaram a necessidade de facilidade, mas adicionou algumas inconsistências
ter um checkbox para determinar por onde enviar ao sistema. (Ver análise da tarefa 7)
a mensagem. Acreditam que o envio por e-mail e
via SUAP deveria ser padrão.
Etapa 3:
4 participantes não assinalaram a mensagem para
confirmar o envio de mensagem.
Atalho:
3 usuários que não enviam mensagens via SUAP
encontraram a funcionalidade com facilidade.
2 participantes reclamaram das inconsistências do
sistema: O participante 02 perguntou porque o
passo 2/3 aparece ao clicar enviar mensagens. Já
o participante 03 cancelou o envio da mensagem
e retornou ao passo 1/3 mesmo sem ter passado
por ele.
95
Realizar chamada para aula Alguns registram a chamada usando atalhos do teclado, Fotos ajudariam a identificar os alunos durante a
cadastrada anteriormente, como a tecla tab chamada, principalmente no início do período letivo,
colocando falta para 3 alunos quando o professor pode não conhecer o aluno.
Os “spin buttons” também são utilizados pelos
professores para adicionar a quantidade de faltas
Debrief Comentários dos entrevistados sobre o SUAP-EDU:
Você teria mais algum O sistema deveria ser mais humanizado, evitando
comentário sobre o SUAP- códigos:
EDU? Participante 1: [...] durante a avaliação notei uma
outra coisa que detesto, tudo é um código. Eu tenho
O que você achou sobre a um código, o aluno é um código, uma falta é um
avaliação cooperativa e as
código, uma aula é um código. Acho que não
ferramentas utilizadas para a
gravação. precisava mostrar isso para o usuário [...]
Não existe um recurso para informar que o aluno

não realizou determinada atividade; uma nota
sempre deve ser lançada:
Participante 4: [...] quando um aluno não realiza
uma atividade, sou obrigado a inserir um zero, mas
não quero fazer isso, porque o aluno deixou de
entregar a atividade, ele não tirou zero [...].
As estatísticas de desempenho ajudam no

acompanhamento da turma:
Participante 4: [...]as estatísticas mostradas pelo
SUAP-EDU são bem legais, me ajudam a
acompanhar a turma.
Os 5 entrevistados afirmaram que acharam a

avaliação cooperativa bem simples e não se
incomodaram com as ferramentas utilizadas para a
gravação.
Tabela 15- Síntese dos dados coletados durante a avaliação cooperativa / Fonte: A autora, 2017
96
4.3 IDEAÇÃO
A fase de ideação inicia-se com a realização de uma síntese geral dos dados
coletados durante as entrevistas e a avaliação cooperativa, a tabela de síntese das
entrevistas (tabela 11) e a tabela de síntese da avaliação cooperativa (tabela 16) foram
analisadas e reorganizadas em uma única tabela, para que fosse possível visualizar
todos os insights coletados no presenta trabalho, assim como os problemas
apontados pelos usuários e as falhas de usabilidade obtidas na análise de interface.
4.3.1 SÍNTESE DOS DADOS COLETADOS
Para a geração da síntese, os problemas e observações foram agrupados em

10 categorias, das quais 5 foram analisadas de forma mais aprofundada durante a
avaliação cooperativa (em negrito), e as outras 5 categorias foram levantadas, a partir
dos dados coletados nas entrevistas.
1- Login
2- Acesso aos diários;
3- Chamada;
4- Agendamento de atividades;
5- Compartilhamento de materiais;
6- Lançamento de notas;
7- Recebimento de provas e trabalhos;
8- Comunicação com os alunos;
9- Registro de aulas (adicionar, editar, excluir);
10- Acesso via smartphones.
A tabela que segue apresenta os problemas e observações organizados em

suas categorias:
97
Síntese geral dos problemas de usabilidade observados
Categorias Problemas/observações
O professor é sempre desconectado do sistema após alguns minutos de

1.Login
inatividade.
A sessão de alertas indica a quantidade de diários com dados

2.Acesso aos diários
desatualizados, mas não informa quais dados precisam de atualização.
Em alguns casos, a infraestrutura disponibilizada pelo IFRN impede ou

desencoraja os professores a realizarem a chamada durante a aula. Os
professores que realizam esta atividade utilizando os recursos da
3.Chamada instituição consome um tempo relativamente significativo da aula.
Transferir os dados da chamada posteriormente para o sistema demanda
bastante tempo e esforço do professor, como apresentado na tabela 11.
Os professores não conhecem a função de agendamentos que se

encontra em uma parte do sistema desvinculada dos diários.
4.Agendamento de
atividades
Os docentes realizam o agendamento das atividades em diferentes locais,
o que acaba dificultando a organização dos alunos.
5.Compartilhamento
O sistema não aceita arquivos com mais de 25 MB.
de materiais
6.Lançamento de
Dificuldade de configurar notas com médias ponderadas.
notas
7.Recebimento de Não é possível receber atividades em formato digital através do
provas e trabalhos SUAP-EDU.
O envio de mensagens através do sistema é muito complexo; possui 3

etapas para o envio e diversas barreiras, como apontado na tarefa 07.
Professores, que não utilizam o sistema para enviar mensagens (6 dos 10

entrevistados), preferem se comunicar com os alunos através de redes
sociais, por considerarem um meio mais fácil e efetivo de comunicação.
8.Comunicação com
os alunos A comunicação acaba não sendo eficiente porque os alunos não são
notificados sobre novas mensagens (é possível que os alunos recebam
notificações de novas mensagens através do e-mail, mas é necessário
que o professor marque essa opção no sistema e que o cliente de e-mail
do aluno não considere a mensagem um SPAM).
A ferramenta de comunicação é unilateral; os alunos não podem

responder à mensagem através do sistema.
Dificuldade para diferenciar os ícones utilizados
9.Registro de O sistema não reconhece ou memoriza a etapa atual; os professores

aulas (adicionar, precisam fazer a seleção manualmente.
editar, excluir)
Ao adicionar uma nova aula, é possível clicar no conteúdo de uma aula já
lecionada àquela turma para repeti-lo na aula atual. A funcionalidade foi
vista como irrelevante pelos usuários.
98
Ao excluir uma aula, uma caixa de diálogo é aberta para confirmar a ação;
dentro da caixa de diálogo, um checkbox deve ser marcado antes de
confirmar a exclusão. O checkbox não foi percebido em 4 de 5 dos casos.
Problemas de usabilidade em dispositivos móveis.
O framework utilizado para construir a interface não foi bem adaptado

10.Acesso via para o contexto mobile.
smartphones
A complexidade do sistema e a grande quantidade de elementos de
interface dificultam a navegação e desencorajam o uso do SUAP-Edu
através de dispositivos móveis.
Tabela 16 - Síntese geral dos problemas de usabilidade observados / Fonte: A autora, 2017
4.3.2 Oportunidades de projeto
Logo após a síntese geral dos dados, a tabela 17 foi refeita, levando em
consideração as oportunidades de projeto, as competências, e o grau de necessidade
de resolução dos problemas.
Para elencar os problemas por prioridade, foi utilizada uma escala de cores, na
qual os problemas mais urgentes estão representados na cor vermelha, os
secundários em laranja e os terciários em amarelo, como indicado na figura 26. Os
problemas que não são passiveis de serem solucionados no presente trabalho estão
representados pela cor cinza.
Figura 26- Grau de necessidade de resolução do problema / Fonte: A autora, 2017.
99
Oportunidades de projeto
Competência do
Categorias Problemas/observações Oportunidades
projeto
Permitir que o usuário tenha a possibilidade de

O professor é sempre desconectado do
1.Login permanecer “logado” no sistema, pode reduzir uma
sistema após alguns minutos de inatividade.
barreira de utilização do sistema.
A sessão de alertas indica a quantidade de

2. Acesso aos Facilitar a identificação e o preenchimento dos dados
diários com dados desatualizados, mas não
diários desatualizados.
informa quais dados precisam de atualização.
Em alguns casos, a infraestrutura

disponibilizada pelo Instituto impede ou
Propor uma alternativa de cadastrar os dados no
desencoraja os professores a realizarem a
sistema sem depender de conexão com a internet e que
chamada durante a aula. Os professores que
seja possível sincronizar os dados quando houver
realizam esta atividade utilizando os recursos
conexão.
3.Chamada da instituição consome um tempo
relativamente significativo da aula.
Transferir os dados da chamada

Propor uma solução que facilite a transferência de dados
posteriormente para o sistema demanda
para o sistema ou que induza o professor a realizar a
bastante tempo e esforço do professor, como
chamada direto no sistema.
apresentado na tabela 11.
100
Os professores não conhecem a função de
agendamentos que se encontra em uma Educar os usuários sobre as funcionalidades do sistema.
parte do sistema desvinculada dos diários.
4.Agendamento
de atividades
Os docentes realizam o agendamento das Propor alterações na interface que induzam os
atividades em diferentes locais, o que acaba professores a realizarem o agendamento através do
dificultando a organização dos alunos. SUAP-EDU.
5.Compartilhamento O sistema não aceita arquivos com mais de Receber arquivos maiores dependeria de questões
de materiais* 25 MB. estruturais do sistema e não do projeto de interface.
6.Lançamento de Dificuldade de configurar notas com médias Estudar a interface atual para lançamento de notas, a
notas* ponderadas. fim de propor uma solução mais fácil.
Permitir o recebimento de arquivos dependeria de

7.Recebimento de Não é possível receber atividades em
questões estruturais do sistema e não do projeto de
provas e trabalhos formato digital através do SUAP-EDU.
interface.
O envio de mensagens através do sistema é

muito complexo; possui 3 etapas para o envio Propor uma solução com menos etapas e barreiras para
e diversas barreiras, como apontado na o envio de mensagens.
tarefa 07.
8.Comunicação com
os alunos Professores, que não utilizam o sistema para
enviar mensagens (6 de 10 professores),
Propor um meio de comunicação mais simples e familiar
preferem se comunicar com os alunos
aos usuários.
através de redes sociais, por considerarem
um meio mais fácil e efetivo de comunicação.
101
A comunicação acaba não sendo eficiente
porque os alunos não são notificados sobre
novas mensagens (é possível que os alunos
recebam notificações de novas mensagens Notificar o aluno sobre novas mensagens de forma mais
através do e-mail, mas é necessário que o eficiente.
professor marque essa opção no sistema e
que o cliente de e-mail do aluno não
considere a mensagem um SPAM).
A ferramenta de comunicação é unilateral; os Permitir que os alunos respondam as mensagens no

alunos não podem responder à mensagem SUAP-EDU dependeria de questões estruturais do
através do sistema. sistema e não do projeto de interface.
Dificuldade para diferenciar os ícones Fazer um estudo acerca dos ícones aplicados ao
utilizados. sistema para buscar símbolos que facilitem o
discernimento das ações pelos usuários.
O sistema não reconhece ou memoriza a O sistema deveria ser carregado na etapa atual, visto
etapa atual; os professores precisam fazer a que as etapas (bimestres) anteriores já foram
seleção manualmente. preenchidos.
9.Registro de
aulas (adicionar, Ao adicionar uma nova aula, é possível clicar
editar, excluir) no conteúdo de uma aula já lecionada àquela Eliminar/repensar funcionalidades que não agregam
turma para repeti-lo na aula atual. A valor à maioria dos usuários.
funcionalidade foi vista como irrelevante
pelos usuários.
Ao excluir uma aula, uma caixa de diálogo é

aberta para confirmar a ação; dentro da caixa
de diálogo, um checkbox deve ser marcado Verificar a necessidade da checkbox.
antes de confirmar a exclusão. O checkbox
não foi percebido em 4 de 5 dos casos.
102
Problemas de usabilidade em dispositivos
móveis.
O framework utilizado para construir a

interface não foi bem adaptado para o Realizar uma avaliação cooperativa considerando o
10.Acesso via
contexto mobile. acesso do SUAP-EDU via dispositivos móveis.
smartphones
A complexidade do sistema e a grande

quantidade de elementos de interface
dificultam a navegação e desencorajam o uso
do SUAP-Edu através de dispositivos móveis.
Tabela 17- Oportunidades de projeto / Fonte: A autora, 2017
103
4.3.2. Possíveis soluções
A seguir as oportunidades de projeto apresentadas na tabela 18 serão

exemplificadas, buscando elencar possíveis soluções para os problemas
encontrados.
Login
Problema 01: O problema encontrado foi que o professor é sempre
desconectado do sistema após alguns minutos de inatividade.
SOLUÇÃO: Acredita-se que esse problema poderia ser solucionado inserindo

um checkbox para manter o usuário logado no SUAP.
Os professores que utilizam dispositivos pessoais para acessar o sistema

seriam beneficiados com essa funcionalidade, uma vez que não seria necessário
realizar o login todas as vezes para acessar o sistema, diminuindo assim uma barreira
de acesso.
Figura 27- Inserir um checkbox para permitir que o usuário possa se manter conectado. /
Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação cooperativa, capturado pela autora, 2017
104
Acesso aos diários
Problema 02: O SUAP- EDU possui uma sessão de alertas que indica a
quantidade de diários com dados desatualizado, mas não informa quais dados
precisam de atualização. Esse widget funciona como um atalho para acessar os
diários, e é um dos elementos que mais se destaca na interface.
Acredita-se que esse elemento busca incentivar os professores a manterem

seus diários atualizados, como mostrado na imagem que segue.
Figura 28 - Alertas: notificação de diário desatualizado. / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação

SOLUÇÃO: A área destinada aos alertas poderia conter mais informações que
facilitassem a identificação e o preenchimento dos dados desatualizados, mostrando
informações mais explicitas acerca dos dados pendentes e links que redirecionassem
o professor para a área no qual os dados devem ser atualizados.
Chamada
Para a atividade realizar chamada foram identificados dois problemas, o

primeiro relacionado a infraestrutura e o segundo ao tempo gasto para transferir os
dados para o sistema posteriormente, quando a chamada não é realizada utilizando o
SUAP-EDU em sala de aula.
Problema 03: Foi identificado que em alguns casos, a infraestrutura

disponibilizada pelo Instituto impede ou desencoraja os professores a realizarem a
105
chamada durante a aula. A falta de computadores conectados à internet em algumas
salas e laboratórios, ou computadores antigos e lentos que demoram para iniciar e
consequentemente demandam um tempo maior para o cumprimento das atividades,
consomem um tempo significativo da aula.
SOLUÇÃO: Uma maneira de solucionar esse problema seria utilizando uma
tecnologia que permitisse a realização e armazenamento da chamada off-line, como
os aplicativos ou Progressive Web Apps37. A utilização dessas tecnologias facilitaria
o gerenciamento de turma pelos professores, visto que os problemas de infraestrutura
relatados pelos usuários, não mais seriam uma barreira para a utilização do SUAP-
EDU. Os docentes poderiam registrar e acessar dados no sistema, mesmo sem
estarem conectados à internet, e poderiam fazer o uso de dispositivos pessoais para
gerenciar as turmas sem que precisassem lidar com incompatibilidades do sistema.
Problema 04: Os professores que não utilizam o SUAP-EDU para realizar a

chamada em sala de aula, enfrentam um problema posterior relacionado a
transferência das informações para o sistema. Transferir os dados para o SUAP -EDU
demanda bastante tempo e esforço do professor, como apresentado na tabela 11.
SOLUÇÃO: Acredita-se que diminuindo as barreiras de acesso ao sistema como
os problemas relacionados a infraestrutura e utilizando a abordagem da tecnologia
persuasiva, seria possível induzir o professor a realizar a chamada utilizando o SUAP-
EDU, diminuindo assim as atividades para gerenciamento de turma que ocorrem fora
da sala de aula e mantendo os diários sempre atualizados, como é de interesse da
instituição.
Fogg (2003) defende que o design e a tecnologia podem ser utilizados para a
mudança de comportamento, encorajando e desencorajando as pessoas perante
determinadas práticas. Segundo o autor supracitado, podemos chamar de tecnologia
persuasiva os sistemas computacionais interativos, que foram projetados com a
intenção de mudar a atitude e o comportamento dos usuários (apud PREECE et al.
37
Progressive Web App são um conjunto de técnicas para desenvolver aplicações web, adicionando
progressivamente funcionalidades, para fornecer experiências e recursos de aplicativos nativos na web.
Os PWAs carregam rapidamente, até mesmo quando se está utilizando uma conexão de baixa
velocidade, enviam push notifications, podem ser acessados através de um ícone na tela principal dos
dispositivos móveis e conseguem utilizar os dados de geolocalização do usuário. (Mano, 2017)
[tradução nossa]. Disponível em: < https://medium.com/@phoomparin/what-is-the-best-platform-web-
or-apps-2017-1c6c5ff7cc16>
106
2013, pg.140). Isto posto, os conceitos abordados na tecnologia poderiam ser
estudados e aplicados ao SUAP-EDU, para trabalhar a mudança de comportamento
dos professores, influenciando-os a realizar a chamada direto no sistema.
Agendamento de atividades
O agendamento de atividades não fez parte da avaliação cooperativa, por ser

uma funcionalidade pouco utilizada pelos professores. No entanto, durante a
aplicação dos questionários e entrevistas, foram identificados dois problemas
relacionados a essa tarefa.
Problema 05: Dos 20 professores que realizaram o questionário, apenas um

deles faz o uso da função de agendamentos do SUAP-EDU. Quando entrevistados, 7
dos 10 participantes afirmaram não conhecer essa funcionalidade.
SOLUÇÃO: Um dos motivos para os professores não terem conhecimento da
ferramenta de agendamentos é que ela se encontra em uma parte do sistema
desvinculada dos diários. Esse problema poderia ser resolvido ao agrupar na
interface do sistema as atividades relacionadas ao gerenciamento de turmas
(agendamento de atividades, gerência de diários e materiais de aula).
Para facilitar a utilização do SUAP-EDU, sugere-se um User Onboarding, que
seria utilizado para destacar as principais funcionalidades para o gerenciamento de
turmas. De acordo com Fedorov (2015) o User Onboarding funciona como uma
recepção para os novos usuários, mostrando como eles podem se beneficiar ao
utilizar um sistema, destacando as funcionalidades mais importantes para os usuários
que estão utilizando o sistema pela primeira vez.
Problema 06: Os docentes realizam o agendamento das atividades em

diferentes locais, o que acaba dificultando a organização dos alunos.
As entrevistas mostraram que os docentes realizam essa atividade através do
Google sala de aula, avisam os alunos via Facebook e WhatsApp, ou anunciam as
datas em sala de aula, devido à complexidade do SUAP-EDU.
SOLUÇÃO: Acredita-se que colocando a funcionalidade de agendamento
junto aos diários iria facilitar o acesso e a utilização da mesma pelos professores,
facilitando indiretamente a organização dos alunos, uma vez que eles não precisariam
107
coletar essas informações em diferentes locais para poderem saberem quais são as
suas próximas atividades e provas.
Lançamento de notas
Problema 07: Durante as entrevistas, 2 dos 10 entrevistados afirmaram ter

dificuldades para configurar notas com médias ponderadas.
SOLUÇÃO: Recomenda-se que para solucionar o problema, seja feito um
estudo sobre a usabilidade da interface atual para lançamento de notas, a fim de
propor uma solução que facilite a inserção de médias ponderadas.
Comunicação com os alunos
A comunicação com os alunos via SUAP-EDU apresentou quatro problemas,

sendo que um deles não é de competência do projeto, como mostrado na tabela 18.
Problema 08: Durante a avaliação cooperativa (tarefa 07) foi possível observar
que o envio de mensagens através do sistema é muito complexo; possui 3 etapas
para o envio e diversas barreiras.
Etapa 1: 3 participantes apresentaram dificuldade de compreensão e preenchimento

dos filtros da primeira etapa para o envio de mensagens.
Etapa 2: 2 participantes questionaram a necessidade de ter um checkbox para

determinar por onde enviar a mensagem. Acreditam que o envio por e-mail e via SUAP
deveria ser padrão.
Etapa 3: 4 participantes não assinalaram a mensagem para confirmar o envio de

mensagem.
Atalho: Houve a inserção de um atalho dentro do diário para reduzir o número de

etapas para o envio de mensagens. No entanto, 2 dos 5 participantes da avaliação
cooperativa reclamaram das inconsistências do sistema.
108
Ao clicar em “enviar mensagem” o usuário acessa o passo 2/3, o que foi
questionado por um dos participantes38. Um erro semelhante ocorre ao cancelar o
envio da mensagem, o usuário é enviado para o passo 1/3 (fora do diário), sem nem
mesmo ter passado por ele.
SOLUÇÃO: Acredita-se que uma forma de minimizar os problemas

identificados seria melhorando o fluxo de envio através do atalho. Ao inserir o botão
“enviar mensagem”, uma etapa do processo já foi eliminada, sendo assim sugere-se:
 Eliminar os checkbox para escolher se a mensagem deve ser enviada via SUAP
e via e-mail. As mensagens deveriam ser automaticamente enviadas para o
SUAP e e-mail do aluno, eliminando uma barreira para o envio e aumentando
consequentemente o alcance comunicativo.
Figura 29 – Retirar os checkbox via SUAP e via e-mail. / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação
 Repensar o checkbox para confirmação do envio da mensagem. Como

sugerido por um dos participantes ele poderia ser substituído pelo botão
“desfazer”, recorrente em outras aplicações utilizadas pelos participantes,
como o Inbox.
38
A fala dos entrevistados pode ser consultada na tabela 16: Síntese dos dados coletados durante a
avaliação cooperativa.
109
Figura 30- Substituir o checkbox pelo botão desfazer envio. / Fonte: Screenshot da interface do
Inbox, capturado pela autora, 2017
 Repensar o atalho inserido dentro dos diários, considerando o fluxo para

envio de mensagens através dele, eliminando as inconsistências
durante as etapas de envio. Ao clicar no botão o usuário é enviado para
o passo 2 de 3, o que acaba ficando confuso, fazendo com que o usuário
se questione se está de fato na etapa correta. Isto posto, sugere-se que
a numeração do fluxo seja substituída pela atividade que deve ser
realizada nessa etapa, evitando essa confusão ao utilizar o atalho.
o Passo 01:
Quando acessado pelo comunicador o passo 01 deveria receber o
nome: Filtrar destinatários. Quando o usuário clica em “enviar
mensagem” dentro de um diário, o filtro já foi aplicado, visto que o
professor vai enviar uma mensagem para o diário especifico, eliminando
assim o passo 01.
110
Figura 31- Substituir passo 01 por “filtrar destinatários”. / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação
o Passo 02:
É composto por informações gerais e corpo da mensagem, sendo
assim recomendasse substituir o passo 2 de 3 por escrever
mensagem.
Figura 32- Substituir passo 02 por “escrever mensagem”. / Fonte: Screenshot do vídeo da
111
o Passo 03:
Durante essa etapa o professor deve selecionar os alunos para os
quais deseja enviar a mensagem, por isso recomenda-se chamar
essa etapa de “selecionar alunos”.
Figura 33- Substituir passo 02 por “escrever mensagem”. / Fonte: Screenshot do vídeo da
 Uma inconsistência semelhante ocorre ao cancelar o envio da

mensagem, onde o usuário é enviado para o passo 1, sem nem mesmo
ter passado por ele. Para este caso especifico, acredita-se que o
problema seria solucionado ao redirecionar o usuário para o ponto de
partida: o diário. Seguindo o fluxo que segue.
112
Figura 34- Fluxo para o envio de mensagens através do diário. / Fonte: A autora, 2017
113
Problema 09: 06 dos 10 professores entrevistados, não utilizam o sistema
para enviar mensagens, preferem se comunicar com os alunos através de redes
sociais, por considerarem um meio mais fácil e efetivo de comunicação.
SOLUÇÃO: Acredita-se que ao realizar alterações na interface do SUAP-EDU

para o envio de mensagens, buscando propor um meio de comunicação mais simples
e familiar aos usuários, como o envio de e-mails pelo Gmail e Inbox, ou troca de
mensagens via Facebook e WhatsApp, poderia fazer com que os professores
considerassem essa tarefa mais fácil de ser realizada utilizando o sistema.
Uma outra maneira de incentivar a utilização do SUAP-EDU para a

comunicação com os alunos seria medindo o alcance das mensagens enviadas.
Alguns participantes apostaram que utilizam o Facebook para a troca de mensagens
porque conseguem mensurar o alcance da informação.
Problema 10: A comunicação acaba não sendo eficiente porque os alunos não
são notificados sobre novas mensagens (é possível que os alunos recebam
notificações de novas mensagens através do e-mail, mas é necessário que o
professor marque essa opção no sistema e que o cliente de e-mail do aluno não
considere a mensagem um SPAM).
SOLUÇÃO: Ao eliminar os checkbox enviar via SUAP e enviar via e-mail,

tornando o envio pelos dois canais um padrão, a probabilidade de o aluno receber e
ler essa mensagem seria ainda maior. Os professores também poderiam alertar em
sala de aula que a comunicação seria realizada via SUAP-EDU, alertando-os para que
verificassem se não estão recendo os e-mails como SPAM.
Registro de aulas (adicionar, editar, excluir)
Problema 11: Dificuldade para diferenciar os ícones utilizados.
SOLUÇÃO: Recomenda-se realizar um estudo acerca dos ícones aplicados ao

sistema para buscar símbolos que facilitem o discernimento das ações pelos usuários.
Buscando utilizar ícones que foram aplicados em interfaces que fazem parte do
cotidiano dos professores, facilitando assim o seu reconhecimento.
114
Problema 12: O sistema não reconhece ou memoriza a etapa atual; os
professores precisam fazer a seleção manualmente. Esse problema acaba ciando
uma etapa desnecessário para o acesso e preenchimento dos diários. O sistema é
sempre carregado na primeira etapa (bimestre), fazendo com que os professores
sempre tenham que alterar para o bimestre atual.
Figura 35- Alterar etapa (bimestre) / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação cooperativa, capturado
pela autora, 2017
SOLUÇÃO: Uma maneira de solucionar esse problema seria memorizando a

última seleção de etapa ativa para apresentar no próximo acesso.
Problema 13: Ao adicionar uma nova aula, é possível clicar no conteúdo de

uma aula já lecionada àquela turma para repeti-lo na aula atual. A funcionalidade foi
vista como irrelevante pelos usuários, como mostrado na imagem que segue.
115
Figura 36- Adicionar aula, funcionalidade desnecessária . / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação
SOLUÇÃO: Para simplificar a interface do SUAP-EDU recomenda-se eliminar

funcionalidades que não agregam valor à maioria dos usuários, como a possibilidade
de repetir um conteúdo dado, que foi apontado como irrelevante pelos usuários que
realizaram a avaliação cooperativa.
Problema 14: Ao excluir uma aula, uma caixa de diálogo é aberta para
confirmar a ação; dentro da caixa de diálogo, um checkbox deve ser marcado antes
de confirmar a exclusão. O checkbox não foi percebido em 4 de 5 dos casos.
Figura 37- Elemento de interface não notado pelos usuários. / Fonte: Screenshot do vídeo da avaliação
116
SOLUÇÃO: Para solucionar esse problema, sugere-se verificar a necessidade
da checkbox, caso seja comprovada a sua necessidade, deve-se torná-lo mais
eminente na interface, evitando que os professores prossigam com a ação sem
assinalá-lo.
Acesso via smartphones
Durante os questionários e entrevistas os professores afirmaram que não

utilizam o SUAP-EDU via mobile, devido aos problemas apresentados abaixo:
Problema 15: Diversos problemas de usabilidade em dispositivos móveis.
Problema 16: O framework utilizado para construir a interface não foi bem
adaptado para o contexto mobile.
Problema 17: A complexidade do sistema e a grande quantidade de elementos

de interface dificultam a navegação e desencorajam o uso do SUAP-Edu através de
dispositivos móveis.
SOLUÇÃO: Para solucionar os problemas citados, recomenda-se que seja

realizada uma nova avaliação cooperativa considerando o acesso do SUAP-EDU via
dispositivos móveis, dessa maneira os problemas de usabilidade poderiam ser
visualizados e analisados junto aos usuários.
117
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho nasceu da curiosidade de perceber a qualidade da interação entre

os professores do IFRN e seu sistema de gerenciamento de turmas SUAP-EDU.
Acredita-se que um meio de contribuir para a evolução da educação sob a ótica do
design e da tecnologia, seria utilizando produtos interativos, uma vez que eles são
uma ferramenta que pode transformar a educação de diversas maneiras, desde
facilitar o cotidiano do corpo docente e dos alunos, até permitir novos meios para a
evolução do ensino e da aprendizagem.
Diante dessa premissa, observou-se que apesar das iniciativas tecnológicas para
criação de produtos interativos que auxiliem o gerenciamento de turmas, percebe-se,
ainda, uma certa dificuldade na utilização destas ferramentas por parte dos
educadores. Em 2015, os Institutos Federais do Rio Grande do Norte fizeram a
migração para um novo sistema acadêmico: o SUAP-EDU. A autora resolveu
investigar a interação dos professores da instituição com o sistema e a sua eficiência
para a excussão das tarefas relacionadas à gerência das turmas.
A pesquisa bibliográfica foi fundamental para entender sobre o contexto no qual o
SUAP-EDU está inserido, e o aprofundamento nos conceitos de design de interação,
usabilidade, interação emocional e experiência do usuário, uma vez que são
essenciais no desenvolvimento de produtos interativos.
Com os conhecimentos adquiridos através da pesquisa bibliográfica, foi possível
concluir que a melhor abordagem para o desenvolvimento desse trabalho seria o
Design Centrado no Usuário, visto que ao inserir o usuário para o qual deseja-se
projetar no centro do processo de desenvolvimento, as possibilidades de êxito são
ainda maiores, uma vez que o projeto tem como núcleo as dificuldades, desejos e
aspirações desses usuários.
Tendo em mente a necessidade de inserir o usuário no centro do processo,
buscando compreender os problemas relacionados ao gerenciamento de turmas
enfrentados pelos professores do IFRN, realizou-se a coleta de dados que acorreu em
três etapas complementares: questionários, entrevistas e avalição cooperativa.
Pode-se afirmar que a utilização das três técnicas permitiu não só a identificação
de problemas relacionados à interface do SUAP-EDU, mas também detectou
dificuldades relacionadas com a infraestrutura do Instituto. Os questionários trouxeram
118
pontos relevantes do comportamento dos professores, assim como as atividades que
mais realizam no sistema. Os dados coletados serviram para identificar os professores
que gostariam de contribuir com as outras etapas dessa pesquisa, e também foram
utilizados como base para a elaboração do roteiro individual para as entrevistas
semiestruturadas, onde foi possível conhecer as principais dificuldades e aspirações
desses usuários.
Para compreender com mais clareza os problemas de usabilidade apontados pelos
participantes durante as entrevistas, foi realizada a análise de interface das principais
funcionalidades utilizadas pelos docentes, utilizando a avaliação cooperativa. Todo o
processo da avaliação da interface foi realizado junto aos professores do IFRN, desde
a escolha das ferramentas do sistema que seriam avaliadas até a elaboração da lista
de tarefas que seria realizada pelos mesmos. Comprovando que a avaliação
cooperativa é uma maneira viável de analisar interfaces quando não se tem
experiência, não se possui muitos recursos e, principalmente, quando se está
utilizando uma abordagem centrada no usuário, visto que essa técnica permitiu
estabelecer uma conversa com os usuários, onde eles tiveram a oportunidade de
explanar os seus principais questionamentos, os problemas enfrentados ao interagir
com o SUAP-EDU e fazer sugestões acerca da interface.
Ao realizar a síntese e a análise dos dados, encontramos 20 problemas passiveis
de serem solucionados, sendo que 3 deles não eram possíveis de serem resolvidos
através de um projeto de interface, por estarem relacionados a estrutura e framework
utilizado para a construção do sistema. Para os outros 17 problemas identificados,
foram sugeridas possíveis soluções buscando melhorar a experiência de utilização do
SUAP-EDU.
Pressupõem-se que se houvesse um número maior de participantes, mais
problemas seriam identificados, o que vai ao encontro da motivação inicial. Por mais
que sejam criados produtos interativos para facilitar a realização de tarefas no âmbito
educacional, nem sempre eles são fáceis de usar ou solucionam o problema que se
propõem a resolver, porque foram desenvolvidos sem colocar o usuário no centro do
processo.
Por fim, espera-se que esse estudo possa ser utilizado como referência para
outras pesquisas, tanto como base metodológica quanto como esquema de aplicação
da avaliação cooperativa em interfaces análogas. Espera-se que as sugestões de
119
alterações na interface do SUAP-EDU sejam realizadas, melhorando a utilização do
sistema pelos professores e consequentemente o processo de gerenciamento de
turmas, fortalecendo o elo entre instituição, professore e alunos.
5.1 DESDOBRAMENTOS FUTUROS
Como desdobramentos futuros, pretende-se implementar uma solução projetual

que solucione os problemas de usabilidade encontrados, a partir das oportunidades
observadas no presente trabalho.
Outro desdobramento para essa pesquisa seria realizar uma avaliação cooperativa
considerando o contexto mobile de utilização do SUAP-EDU, visto que houve uma
rejeição significativa dos usuários na utilização do sistema via dispositivos móveis.
120
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/IEC 9126-1.

Engenharia de software - Qualidade de produto - Parte 1: Modelo de qualidade, Rio
de Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9241-11:201 -

Requisitos ergonômicos para o trabalho com dispositivos de interação visual -
Parte 11: Orientações sobre usabilidade, Rio de Janeiro, 1998.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9241-12:2011 -

Requisitos ergonômicos para o trabalho com dispositivos de interação visual -
Parte 12: Apresentação da informação, Rio de Janeiro,1998.
ALONSO-RÍOS, D. et al. Usability: A Critical Analysis and a Taxonomy. International

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125
APÊNDICES
126
APÊNDICE A
QUESTIONÁRIOS
1
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
APÊNDICE B
ENTREVISTAS
24
Entrevistado 01
Professor de História / Ensino Médio

Idade: 26 Anos
Respostas do questionário:
1. Como você realiza a chamada diariamente

a) Passa lista com papel e caneta
2. E o agendamento de provas e trabalhos, como funciona?
a) Anuncio durante a aula
3. Como você compartilha o material de aula com os alunos?
Pelo SUAP
4. E o recebimento dos trabalhos, como é feito?
Enviado por e-mail
5. Com que frequência você acessa o SUAP?
Diariamente
6. Qual dispositivo você utiliza para acessar o SUAP?
Computador (desktop/laptop)
7. Quais atividades você realiza no SUAP?
Registro de frequência, notas, postagem de material
8. Você se comunica com os alunos utilizando o SUAP? Por quê?
Sim, é o meio formal, sinto que pouco utilizado
9. Utiliza o SUAP para avisar urgências? Por quê?
Não. Poucos alunos acessam o SUAP com frequência. Tenho um alcance
maior com o Facebook.
10. De 0 a 5, qual é o seu grau de satisfação ao utilizar o sistema?
4
11. Quais aplicativos você acha mais fácil de utilizar?
a) Facebook, c) WhatsApp, e) Dropbox
Respostas entrevista:
Data: 27/10/2016
Hora: 14h
Local: Diretoria Acadêmica de Ciências (DIAC) - IFRN Sede

25
- Autor: De acordo com o seu questionário, você realiza a chamada utilizando “lista
com papel e caneta”, por que escolheu esse método?
- Entrevistado 01: É um método bem rápido de realizar a chamada, entrego a lista

para os alunos e eles vão assinando enquanto começo a introduzir o conteúdo da
aula.
- Autor: Você faz o agendamento de provas e trabalhos em sala de aula, geralmente

utiliza algum outro método para esse agendamento?
- Entrevistado 01: Não, aviso só em sala de aula mesmo, e os presentes avisam aos
que faltaram, sem falar que é o dever do líder de turma informar essas coisas para os
que faltaram.
- Autor: Você já teve algum problema com esse método?
- Entrevistado 01: Problema não, sempre tem algum aluno querendo dar um de
esperto, pedindo para aumentar o prazo ou algo do tipo. Mas nunca tive um problema
com isso, porque como disse o líder da turma informa os ausentes.
- Autor: Você compartilha o material de aula via SUAP certo? Você acha fácil enviar
o material por lá? Já teve algum problema com isso?
- Entrevistado 01: Sim, o SUAP é o meio formal e tenho certeza que os alunos vão
receber o material por lá. Sem falar que eles sabem que podem ir ao sistema e os
materiais de aula estarão todos lá. Acho um pouco complicado enviar o material, fiquei
bem perdido no começo, mas depois que a pessoa aprende é só repetir o processo,
né? Uma coisa que não gosto é que o SUAP não aceita arquivos grandes, sou
professor de história e meus slides sempre têm muita imagem, às vezes tenho que
ficar quebrando o material e isso é péssimo.
- Autor: Você recebe os trabalhos dos alunos só por e-mail ou tem um outro método?
Por que optou pelo envio via e-mail?
- Entrevistado 01: Recebo sempre por e-mail, receber impresso só dificulta. Algum
trabalho pode se perder, fica mais difícil para o aluno ter que ir imprimir antes de
entregar, entre outros transtornos...
- Autor: Já teve algum problema com o recebimento por e-mail?
26
- Entrevistado 01: Não, acho bem tranquilo. Marco os dias de entrega diferentes para
cada turma, isso facilita minha organização. Sei que a “turma A” mandou na quarta-
feira, então fica mais fácil a correção por turma. Um ou outro aluno entrega atrasado,
porque acabam perdendo ponto por dia de atraso.
- Autor: Você disse que utiliza o SUAP diariamente via computador, utiliza um laptop
ou o computador da própria instituição?
- Entrevistado 01: Utilizo o meu notebook, sempre preciso reproduzir os slides ou

vídeos para as turmas, e algumas salas não tem computador, ou ele demora muito a
ligar, as vezes nem está funcionando. Prefiro trazer o meu e ter a garantia que vai
funcionar.
- Autor: Você já utilizou o SUAP via celular?
- Entrevistado 01: Já, mas não gosto não, acho que fica tudo bem apertado e difícil
de utilizar.
- Autor: No módulo do SUAP-EDU você realiza as seguintes atividades: “Registro de

frequência, notas, postagem de material” como você avalia o desempenho do SUAP
para essas tarefas? É fácil ou difícil realizá-las?
- Entrevistado 01: Acho tudo bem ok, já aprendi a utilizar essas funcionalidades,
então fica bem fácil, mas gostaria de poder ver a foto do aluno na lista de chamada e
quando vou inserir as notas. Isso me ajudaria muito, não gravo o nome dos alunos
com tanta facilidade. Às vezes fico tentando entender porque um determinado aluno
está tendo um rendimento tão ruim, ver a foto do aluno me ajudaria a lembrar se ele
vai pra aula e o que faz em sala de aula. Acho que nenhum professor gosta de ver
alunos se dando mal na disciplina dele, mas infelizmente muitas vezes a culpa é do
próprio aluno que não está nem aí para o conteúdo.
- Autor: Você afirmou que utiliza o Facebook para avisar urgências, como é o seu
procedimento? Avisa ao líder da turma, cria grupos?
- Entrevistado 01: Aviso ao líder da turma e ele espalha a noticia para a turma toda,
cada turma tem seu grupo privado no Facebook então não preciso ficar criando mais
grupos.
27
- Autor: Você deu uma avaliação bem positiva para o SUAP, quatro numa escala de
cinco. Poderia me contar um pouco sobre o que gosta no SUAP?
- Entrevistado 01: Gosto do SUAP porque consigo resolver as coisas que preciso por
lá, estão está ótimo. Não dei a nota cinco porque ele não é excelente, sabemos que
muita coisa poderia ser melhorada.
- Autor: Tipo o quê? O que mudaria no SUAP?
- Entrevistado 01: Tipo comentei duas coisas como poder enviar arquivos maiores e
ver a foto dos alunos durante a chamada e lançamento de notas, mas mudaria outras
coisas também. O SUAP tem muita funcionalidade, ele gerencia a instituição como
um todo e as vezes tem coisas que nem sei que existe. Descobri esses dias que dava
pra reservar sala. Talvez se ele fosse menos complexo, ou tivesse uma introdução do
sistema aos professores, ficaria mais fácil utilizar bem o SUAP.
- Autor: Você disse que os aplicativos que mais acha fácil de utilizar são o Facebook,
WhatsApp e o Dropbox, tem alguma coisa em comum nesses aplicativos que facilita
a utilização?
- Entrevistado 01: Acho que a simplicidade, quando entro no Facebook sei o que
posso fazer, pra que servem os menus e botões, talvez isso tenha relação com a
frequência de uso, uso várias vezes por dia. O WhatsApp nem se fala, você abre,
escolhe a pessoa, manda a mensagem e pronto.
- Autor: Sim, realmente. Mas quanto ao Dropbox, por que você acha fácil de utilizar?
- Entrevistado 01: Novamente pela simplicidade. Nossa, o Drive é bem complicado!

Fica dando uns problemas para subir os arquivos. Já o Dropbox é excelente, o ruim
dele é apenas o preço.
28
Entrevistado 02
Professor de Teste de Software / Ensino Superior

Idade: 46 anos
Respostas do questionário

b) No SUAP, pelo computador
c) Um grupo no Facebook
e) Outro: Google Sala de Aula e Slack
Google Sala de Aula
c) Outro: Google Sala de Aula
5. Com que frequência você acessão SUAP?
a) Diariamente
a) Computador (desktop/laptop)
Adm e Docentes
Sim porque é um dos meios de comunicação
Idem ao anterior
2
a)Facebook, c) WhatsApp, f) Outro: Slack
Data: 27/10/2016
Hora: 12h50
29
Local: Diretoria Acadêmica de Gestão e Tecnologia da Informação (DIATINF)-IFRN
Sede
- Autor: De acordo com o seu questionário, você realiza a chamada através do

“SUAP, pelo computador ”, você já teve algum problema para realizar a chamada
dessa forma?
- Entrevistado 02: Sim, preciso de internet para realizar a chamada, quando o

laboratório está sem internet, tenho que passar uma lista para os alunos assinarem.
- Autor: Por que você agenda provas e trabalhos pelo Facebook ou Google Sala de
Aula e não pelo SUAP?
- Entrevistado 02: Não gosto muito de usar o SUAP para lidar com as turmas, é
complexo e os alunos não verificam com tanta frequência. Já no Facebook e Google
Sala de aula eles acabam interagindo mais, é bem melhor.
- Autor: O que é o Google Sala de Aula?
- Entrevistado 02: O Google Sala de aula é uma plataforma onde o professor pode
gerenciar suas turmas, tem um fórum de discussão, dá para agendar trabalhos e
provas e acompanhar o recebimento desses trabalhos. Os alunos acessam com a
conta do Google acadêmico que é criado através do SUAP.
- Autor: Você já teve algum problema com o Google Sala de Aula para recebimento
de trabalhos?
- Entrevistado 02: Não, o professor acaba determinando como a disciplina irá

funcionar e os alunos se adaptam a isso, se o aluno não quer utilizar o método
escolhido pelo professor ele acaba se prejudicando, então termina que todos utilizam
o Google Sala de Aula.
- Autor: Você utiliza o SUAP diariamente via computador, utiliza um laptop ou o

computador da própria instituição?
- Entrevistado 02: Utilizo o meu laptop pessoal, me sinto mais confortável e agiliza
muito o processo. Sei onde meus programas e arquivos estão, e não fico dependendo
de que a máquina do laboratório esteja em boas condições.
- Autor: Você já utilizou o SUAP via celular?
30
- Entrevistado 02: Já tentei, mas prefiro o desktop mesmo. Os menus no mobile são
difíceis de navegar.
- Autor: Você respondeu que o que mais utiliza no SUAP são os módulos
Administração e Docentes, você poderia falar mais sobre eles?
-Entrevistado 02: Administração é onde resolvo atividades vinculadas à

coordenação, e quanto ao menu docente estava falando das atividades relacionadas
ao professor e aluno, como sala de aula e turmas, aquelas obrigações de notas e
frequência que são exigidas pela instituição.
- Autor: Você é um dos professores utilizam o SUAP para a comunicação com os

alunos e avisar urgências, qual é a sua opinião sobre o SUAP relacionada a essa
comunicação professor e aluno?
- Entrevistado 02: Olha, acho péssimo pedi até para adicionarem um atalho para
enviar mensagem porque o processo era bem enfadonho. Gosto de enviar mensagens
pelo SUAP por ser o meio oficial e ficar registrado para a instituição, mas para falar a
verdade ele não tem muita aceitação pelos alunos. Acredito que seja porque o sistema
não notifica que eles receberam uma nova mensagem, o aluno precisa entrar no
sistema para ver que tem uma nova mensagem, o SUAP poderia enviar sempre uma
cópia para o e-mail pessoal do aluno.
- Autor: Você deu uma avaliação negativa para o SUAP, dois numa escala de cinco.
Poderia me contar um pouco sobre o que não gosta no SUAP?
-Entrevistado 02: Bem, acho a interface ruim, poderia ser muito melhor. Tem algumas
funcionalidades muito complexas, hierarquias que não fazem muito sentido, ele
restringe a liberdade do professor, não conseguimos avançar alguns processos caso
alguma lacuna esteja em aberto.
- Autor: Tipo o quê? O que mudaria no SUAP?
- Entrevistado 02: Falando assim fica um pouco difícil lembrar os caminhos, o flow
de enviar mensagem é bem ruim. Temos um atalho agora, mas isso poderia ser bem
melhor. Inserir notas também é um tanto complicado o professor não consegue
realizar essa tarefa de forma intuitiva, principalmente para média ponderada.
31
- Autor: Você disse que os aplicativos que acha mais fácil de utilizar são o Facebook,
o WhatsApp e Slack, tem alguma coisa em comum nesses aplicativos que facilita a
utilização?
- Entrevistado 02: Esses aplicativos são muito intuitivos, o Facebook tem muitas
funcionalidades e mesmo assim é bem fácil de utilizar. O Whatsapp e o Slack são
aplicativos para comunicação, a pessoa abre e manda as mensagens, não existe
dificuldade. Você já utilizou o Slack? Ele é muito bom serve para comunicação de
“teams”, a interface é amigável e facilita muito o dia-a-dia de uma empresa.
- Autor: Sim, o Slack é realmente incrível!
32
Entrevistado 03
Prof. de Inteiração Humano Computador / Ensino Superior

Trabalha no SUAP
Idade: 40 anos

b) No SUAP, na sessão agendamentos
Via SUAP
a) Enviado por email
c) Outro: recebo em sala de aula os arquivos
a) Diariamente
a) Computador (desktop / laptop) e
b) Smartphone
Para tudo, uso todas as funcionalidades do SUAP-EDU para administrar a sala
de aula
Sim, porque é o meio formal e todos os alunos devem usar o SUAP
Sim, se o SUAP-EDU foi criado para ser a plataforma oficial professor e aluno,
acredito que ela deve ser utilizada por ambos.
4
a)Facebook, c) WhatsApp, e) Dropbox
33
Data: 27/10/2016
Hora: 9h40
Local: Reitoria do IFRN Sede

“SUAP, pelo computador ”, você já teve algum problema com esse método?
- Entrevistado 03: Não, como minha disciplina exige uma sala com computadores e
internet, nunca tive nenhum problema.
- Autor: Você utiliza os computadores da sala para realizar a chamada?
- Entrevistado 03: Utilizo raramente, só quando não estou com o meu notebook.
- Autor: Você agenda provas e trabalhos pelo SUAP, o que acha do sistema para
esse agendamento?
-Entrevistado 03: Acho ótimo, registro a prova ou o trabalho e os alunos podem

consultar na disciplina tudo o que foi cadastrado.
- Autor: De acordo com o seu questionário, você recebe os trabalhos dos alunos por
e-mail ou em sala de aula. Pode falar um pouco mais sobre essas escolhas?
-Entrevistado 03: Depende do tipo de trabalho, quando é alguma pesquisa ou

trabalho escrito eu peço por e-mail, só que muitas vezes passo exercícios ou trabalhos
em sala de aula e recebo os resultados em mãos no horário da aula mesmo.
- Autor: Você acessa o SUAP diariamente via computador ou smartphone, qual dos
dois prefere? Tem algum motivo especifico?
-Entrevistado 03: Prefiro a versão desktop, deixo o SUAP sempre aberto como você
está vendo. Uso a versão mobile apenas em um caso de urgência onde eu não tenha
acesso a um computador. O aplicativo do SUAP será lançado em breve e acredito que
ficara bem mais fácil navegar pelo mobile do que atualmente.
- Autor: Você utiliza o SUAP para se comunicar com os alunos e avisar urgências,
qual é a sua opinião sobre o SUAP relacionado a comunicação professor e aluno?
-Entrevistado 03: Nunca tive nenhum problema com a comunicação com os alunos.
Faço tudo pelo SUAP porque é o meio formal adotado pela instituição, os alunos
34
sabem que podem encontrar as notícias relacionadas as disciplinas lá, então prefiro
centralizar tudo. Agora inserimos até um botão para facilitar o envio de mensagem
para um determinado diário.
- Autor: Você deu uma avaliação positiva para o SUAP, quatro numa escala de cinco.
Poderia me contar um pouco sobre o que falta para o SUAP receber a nota máxima?
-Entrevistado 03: Nota cinco é excelência e o SUAP ainda precisa de algumas

melhorias em IHC. Gosto muito de utilizar o SUAP por causa da unificação, não
preciso usar mais de um sistema para gerenciar minha vida na instituição, nem instalar
um aplicativo desktop. Antigamente, na época do Q-Acadêmico, era necessário usar
um aplicativo desktop péssimo.
- Autor: Os aplicativos que acha mais fácil de utilizar são o WhatsApp e Dropbox, tem
alguma coisa em comum nesses aplicativos que facilita a utilização?
-Entrevistado 03: Acredito que eles são bem intuitivos e isso facilita muito a utilização.
35
Entrevistado 04
Professor de Inglês / Ensino Médio

Idade: 36 anos

a) anuncia em sala de aula
Via Whatsapp
a) Enviado por e-mail
c) Outro: Apresentações em sala de aula, áudios enviados pelo WhatsApp
B) Semanalmente
a) Computador (desktop / laptop)
Chamada, conteúdo de aula e avaliações
Não, prefiro algo que os alunos vejam com mais facilidade, como o WhatsApp
Não, envio urgências no grupo da turma pelo WhatsApp. Os alunos sempre
visualizam as mensagens.
5
a) Facebook, c) WhatsApp, d) Google Drive f)Facebook Messenger
Data: 27/10/2016
Hora: 8h05
36
Local: Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN /
IFRN Sede (FUNCERN)
- Autor: Você poderia me contar um pouco mais sobre como realiza a chamada?
- Entrevistado 04: Gosto de realizar direto no SUAP para não ter que ficar
transcrevendo informações. Mas nem sempre faço isso, às vezes passo lista em
papel.
- Autor: O que faz você optar por um ou por outro?
- Entrevistado 04: Às vezes a internet cai, o computador demora muito para ligar, e
como algumas aulas têm apenas 1 horário, acabo perdendo muito tempo com a
chamada. Ahhhh também tenho um outro sistema para a chamada, quando passo
exercícios em sala a presença é dada a partir da entrega desse exercício. Aderi a
essa forma porque alguns alunos fazem cursinho e não dão muito valor a aula de
inglês. Não sei se você sabe, mas existe um número mínimo de faltas que um aluno
pode ter por semestre e ele não é estabelecido por disciplina, é um número geral. Daí
alguns resolvem usar essa cota de faltas na aula de inglês e só vem fazem a prova,
isso acaba desestimulando os outros alunos, como se a disciplina não agregasse
valor, entende? O que fiz pra contornar essa situação foi colocar uma das notas
dividida ao longo do bimestre, tem que vir na aula e fazer os exercícios que valem
ponto, isso conta como chamada também.
- Autor: Esse método está funcionando?
- Entrevistado 04: Tá sim, as salas estão mais cheias, os alunos que sabem inglês
ajudam os que não sabem e isso estimula pra que eles queiram aprender mais. Ainda
têm alguns alunos que só vem fazer a prova, porque deixe a prova valendo 6 pontos,
e já dá pra passar com essa média.
- Autor: Você conhece a sessão de agendamentos do SUAP? Já tentou utilizar?
- Entrevistado 04: Conheço sim, mas acho meio complicado fazer isso por lá, vou
confessar que nem tenho muito interesse (risadas).
- Autor: Você deu uma resposta bem interessante no questionário de como

compartilha o material com os alunos “ Via WhatsApp”, como isso funciona?
37
- Entrevistado 04: ahh então, cada turma tem um grupo no WhatsApp, utilizo pra
mandar links, material de aula, avisar notícias e recebo as atividades do “speaking”
por lá também.
- Autor: Por que escolheu o WhatsApp?
- Entrevistado 04: Ahhh, todo mundo tá lá, posso mandar uma notícia tarde da noite
que alguém vai ver. É um canal direto com o aluno. Poderia ter usado o Facebook,
mas o WhatsApp dá mais privacidade, não fica nenhum aluno stalkeando minha vida
(risadas).
- Autor: E no WhatsApp eles não ficam te perturbando o tempo todo?
- Entrevistado 04: Não, nem tanto, tiro um horário do meu dia para responder as
dúvidas deles e nossa relação é bem tranquila.
- Autor: Como funciona essa atividade do “speaking”?
- Entrevistado 04: Percebi que os alunos têm muita vergonha de falar inglês em sala
de aula, ou direto comigo. Então eles fazem esse exercício em dupla e me enviam o
áudio via WhatsApp no grupo da turma. Uma coisa legal que notei foi que eles
escutam os áudios dos outros amigos e conseguem ver que precisam melhorar a
pronuncia.
- Autor: Você avaliou o SUAP positivamente, deu a nota máxima da escala, pode me
contar um pouco sobre o que gosta no sistema?
- Entrevistado 04: Como você viu, utilizo mais o WhatsApp do que o SUAP, mas o
sistema atende muito bem o que faço nele, não tenho problemas em fazer a chamada,
inserir notas e realizar minhas obrigações, sem falar que ele é muito melhor que o
anterior.
- Autor: Quais são suas obrigações?
- Entrevistado 04: Como professor é preencher os diários até uma data estabelecida
pela instituição.
38
Entrevistado 05
Professor de Programação / Ensino Médio e Superior

Idade: 43 anos

d) Não realizo chamada
a) Anuncio em sala de aula
e) Google Sala de Aula
Google Sala de Aula
c) Outro: Google sala de aula, ou via pen drive direto pra o meu computador
a) Diariamente
Apenas as obrigações
Não, porque não gosto muito do SUAP
Não, notifico a coordenação
4
c) WhatsApp f) Gmail
Data: 27/10/2016
Hora: 11h
39
Local: Sala de professores - IFRN Sede
- Autor: Achei interessante que você não realiza a chamada, pode me contar mais
sobre essa escolha?
- Entrevistado 05: Não faço a chamada porque só dou aula para o tecnólogo, todos
são adultos e sabem muito bem as aulas que devem frequentar ou não.
- Autor: Já teve algum problema com a instituição com relação a isso?
- Entrevistado 05: Não (risadas) até agora não, eles não ficam em cima dos
professores de cursos superiores, a pedagogia cobra mais dos professores do ensino
médio.
- Autor: De acordo com o seu questionário, você utiliza o Google Sala de Aula para
diversas atividades, por que optou por esse sistema?
- Entrevistado 05: O Google Sala de Aula é mais amigável que o SUAP, acho melhor
gerenciar minhas turmas por lá, acho que não faço chamada porque o Google ainda
não dá essa opção por lá (risadas)
- Autor: Pode me contar como funciona o Google Sala de Aula?
- Entrevistado 05: Praticamente você pode gerenciar toda a sua turma por lá, o
professor cadastra os alunos e configura um ambiente para interação, pode postar
material, gerar tópicos de discussão, receber trabalhos, mandar recados, entre outras
funcionalidades. Isso facilita a minha vida e a do aluno.
- Autor: Você já teve algum problema com o Google Sala de Aula?
- Entrevistado 05: Nunca. Acredito que por lecionar na área de tecnologia os alunos
são bem curiosos e se adaptaram muito fácil ao Google Sala de Aula.
- Autor: Você já utilizou o SUAP Mobile?
- Entrevistado 05: Não.
- Autor: No questionário, você afirmou que não se comunica com os alunos pelo
SUAP porque não gosta muito do sistema, pode falar mais sobre isso?
40
- Entrevistado 05: O SUAP tem muitas funcionalidades e gerenciar as turmas por lá
acaba sendo complicado. Prefiro deixar a comunicação no Google Sala de Aula
porque acontece de forma mais natural.
-Autor: Poderia justificar sua nota para o SUAP? Você o avaliou como nota 4 numa
escala de 5.
- Entrevistado 05: O SUAP é bem completo, é possível gerenciar tudo do IFRN pelo
SUAP, por isso dei uma nota boa, a proposta era integrar tudo em um único sistema
e deu certo.
- Autor: Por que acha o WhatsApp e o Gmail fáceis de utilizar?
- Entrevistado 05: Eles são intuitivos.
41
Entrevistado 06
Prof. de Desenvolvimento Web / Ensino Técnico e Superior

Idade: 38 Anos

e) Pelo site do Diatinf
Pelo site do Diatinf
c) Outro: recebo em sala de aula ou Google Sala de Aula
a) Diariamente
Utilizo o módulo EDU apenas para registrar os dados para fechamento de
diário.
Não, não sabia que dava para enviar mensagens.
Não, ligo para a secretaria ou aviso ao líder da turma pelo Facebook
3
a) Facebook, c) WhatsApp
Data: 27/10/2016
Hora: 8h45
42
Local: Diretoria Acadêmica de Gestão e Tecnologia da Informação (DIATINF) - IFRN
Sede

- Entrevistado 06: Não, utilizo o PC para várias atividades em sala, dependo dele pra
dar aula na verdade, então fica bem fácil fazer a chamada pelo PC.
- Entrevistado 06: Sim sim, utilizo o computador da sala mesmo para chamada e para
dar aula, ele já está conectado com o projetor e isso facilita minha vida.
- Autor: Você agenda provas e trabalhos pelo site do DIATINF, pode me contar um
pouco mais sobre esse site?
-Entrevistado 06: Ah, é o site do departamento de informática, todos os professores

estão lá, poucos utilizam esse recurso, mas eu gosto bastante porque ele é aberto
para quem quiser consultar, você pode ter acesso ao material das minhas aulas
mesmo sem ser aluna.
- Autor: Quando você cadastra uma informação lá, os alunos são notificados?
-Entrevistado 06: Hum, boa pergunta, mas acho que não são. Eu aviso os meus
alunos que tudo referente a minha aula está lá, e eles ficam de olho.
- Autor: De acordo com o seu questionário, você utiliza o site do Diatinf, o Google
Sala de Aula e o SUAP para gerenciar a sala de aula, os alunos se adaptam bem a
essas escolhas?
-Entrevistado 06: Olha, nunca tive problemas, acho que porque é um pessoal mais
velho, você não precisa ficar dando tudo na mão como o ensino médio. Digo onde as
coisas estão e eles vão atrás.
- Autor: E para você como professor, por que fez essas escolhas? Quais as vantagens
de utilizar cada um?
-Entrevistado 06: A vantagem do site do DIATINF é que ele é uma Wiki, uma Wiki é
um tipo um formato de páginas web que são fáceis de editar, todos os professores
podem editar esse site. Ele tem uma função histórica, fica tudo registrado por lá.
43
Cadastro os materiais de todas as minhas disciplinas lá, se um aluno vai se matricular
ele pode consultar o material antes e ver se é isso que espera da disciplina. O Google
sala de aula é muito bom para discussões e os alunos do DIATINF são estimulados
pelos outros professores a utilizar. Já o SUAP é o sistema oficial da instituição, os
diários precisam ser alimentados por lá.
- Autor: Você já utilizou o SUAP no mobile?
-Entrevistado 06: Já sim, é bem difícil navegar no celular, o SUAP é um sistema bem
complexo, por isso prefiro o desktop.
- Autor: A sua nota para o SUAP foi 3, poderia justificar essa escolha?
-Entrevistado 06: Como percebeu não utilizo muito o SUAP-EDU, prefiro continuar
com as outras ferramentas que já utilizava, mas eu acho o SUAP excelente por ser
unificado. Isso ajudou muito o dia-a-dia na instituição e ele é bem melhor que o Q-
Acadêmico.
- Autor: O que melhoraria no SUAP?
-Entrevistado 06: Acho que ele tem uns fluxos quebrados e é muito engessado.
- Autor: Os aplicativos que acha mais fácil de utilizar são o Facebook e WhatsApp
tem alguma coisa em comum nesses aplicativos que facilita a utilização?
-Entrevistado 06: eles encontraram uma forma simples que funciona para muita
gente, o Facebook tem bastante funções e mesmo assim parece simples.
44
Entrevistada 07
Professora de Sistemas Distribuídos / Ensino Superior

Idade: 51 anos

d) Outro: No SUAP na descrição do conteúdo da aula
Via SUAP
a) Diariamente
Gerencio minhas turmas todas pelo SUAP, gosto de centralizar a informação.
Sim, porque é o meio formal aderido pela instituição.
Sim, meus alunos sabem que gosto de manter tudo em um lugar, caso
aconteça algo de último momento eu ligo para a coordenação.
4
a) Facebook, c) WhatsApp, e) Dropbox
Data: 27/10/2016
Hora: 10h15
Local: Sala de professores - IFRN Sede

45
- Entrevistado 07: Já aconteceu de não ter internet e o SUAP não registra faltas off-
line.
- Entrevistado 07: Prefiro utilizar meu notebook pessoal.
- Autor: Você pode me explicar como funciona o seu agendamento de provas e

trabalhos?
- Entrevistado 07: Faço o planejamento da disciplina durante a semana de

planejamento, no início de cada semestre os professores têm uma semana para se
organizar. Gosto de utilizar esse tempo para determinar o que vai acontecer em cada
disciplina, conteúdo, provas, trabalhos e já vou cadastrando as aulas no SUAP. Minha
forma de agendar as provas é essa, no conteúdo dessas aulas registro os dias de
provas e trabalhos.
- Autor: Geralmente esse planejamento é seguido?
- Entrevistado 07: Sim, geralmente dá certo! Mas eu sou bem flexível, vejo o
andamento da turma e vou editando esse conteúdo, as vezes uma turma precisa de
mais aulas de um determinado assunto do que a outra. As vezes o calendário também
muda por causa de greves, paralizações ou eventos organizados pelos alunos.
- Autor: De acordo com o seu questionário, você recebe os trabalhos dos alunos por
e-mail, por que escolheu esse método?
- Entrevistado 07: Tenho um e-mail só para receber esses trabalhos, fica bem fácil
se organizar, posso ver se o aluno enviou no prazo com facilidade, e os trabalhos não
se perdem.
- Autor: Você acessa o SUAP diariamente via computador, já acessou via

smartphone?
- Entrevistado 07: Sim, mas foi para resolver outras coisas. Nada relacionado com o
SUAP-EDU.
46
- Autor: Você utiliza o SUAP para se comunicar com os alunos e avisar urgências,
qual é a sua opinião sobre o SUAP relacionado a comunicação professor e aluno?
- Entrevistado 07: Olha nunca tive problemas com isso, gosto de centralizar a
informação e separar o pessoal do profissional. O SUAP é o meio formal então eu
prefiro usar ele. Meus alunos já sabem que podem olhar o SUAP que as informações
da aula estarão por lá.
- Autor: Você deu uma avaliação positiva para o SUAP, quatro numa escala de cinco.
Poderia me contar um pouco sobre o que falta para o SUAP receber a nota máxima?
- Entrevistado 07: Ah tem umas coisinhas para melhorar, o SUAP é um sistema nada
amigável, poderia ter um ui melhor ne? É um sistema chato (risadas)
- Autor: E o que você gosta no SUAP?
- Entrevistado 07: Vou falar dele como um todo, tá? Essa unificação caiu como uma
luva, fica muito mais fácil gerenciar tudo, como solicitação de recursos, validação de
papelada. Gosto muito de umas funcionalidades novas, como as estatísticas, dá para
ver quantos alunos tem em cada curso, consultar os dados demográficos. Consegui
ver que o número de meninas aumentou na área de tecnologia nos últimos anos! E
me sinto parte disso, por causa do CodeGirl, desde que começamos o evento, o
número de meninas só tem aumentado. Tem uma outra coisa que sempre fico
olhando, chama clipping ele fica mostrando um conteúdo curado na página inicial do
SUAP e consigo ficar por dento do que acontece na instituição e outros campis. O
SUAP sempre está aberto no meu computador.
47
Entrevistado 08

Idade: 55 Anos

d) Outro: Imprimo lista e faço uma tabela com ela
c) Grupo no Facebook
Compartilho no grupo do Facebook da turma
b) Impresso
b) Semanalmente
Registro a chamada e notas das avaliações e trabalhos
Não, prefiro utilizar o Facebook para o contato com a turma, acho melhor
porque todos os alunos já estão lá, e posso mensurar o alcance da mensagem,
sei quantas pessoas viram. Os alunos acabam interagindo muito pelos
comentários também.
Não, o Facebook é muito mais eficiente para isso, sempre tem algum aluno
online (risadas).
5
a) Facebook, c) WhatsApp, e) Dropbox f) Google Maps
48
Data: 27/10/2016
Hora: 12h
Local: Diretoria Acadêmica de Ciências (DIAC) - IFRN Sede
- Autor: De acordo com o seu questionário, você realiza a chamada através de um

método particular, você pode falar um pouco mais sobre isso?
- Entrevistado 08: (Risadas) sim, imprimo a lista de presença e transformo em um

diário, estilo antigamente. Antes no Q-Acadêmico era possível imprimir essa tabela,
agora com o SUAP o professor tem que imprimir a lista do dia.
- Autor: Você passa essas informações para o SUAP diariamente?
- Entrevistado 08: Não, acabo passando tudo em um único dia, pego um horário para
transferir todas as informações para o SUAP.
- Autor: Você já utilizou o SUAP no smartphone?
- Entrevistado 08: Não, nunca tive necessidade, como utilizo mais para transferir
informações, acredito que seja melhor fazer tudo pelo desktop.
- Autor: Estou vendo aqui que você utiliza muito o Facebook para gerenciar suas
turmas, pode me contar um pouco como isso funciona?
- Entrevistado 08: O Facebook é uma ferramenta poderosa, todos os alunos estão

lá. No começo de cada ano letivo peço ao líder da turma que crie o grupo de história
e convide todos os alunos. Nesse grupo eu posto o material de aula, anuncio provas
e trabalhos, mando links interessantes para os alunos e as coisas funcionam de uma
forma bem dinâmica. O Face é muito bom para se comunicar com os alunos porque
consigo mensurar o alcance da informação, dá para ver quem visualizou, quem
engajou, isso é um ótimo feedback para o professor.
- Autor: Você deu uma avaliação positiva para o SUAP, cinco numa escala de cinco.
Por que gosta tanto do SUAP?
- Entrevistado 08: Bom, dei essa nota porque atende bem a minha necessidade, só
utilizo “meus diários” no SUAP -Edu, coloco a presença, as notas dos alunos e pronto.
Não tenho dificuldade nisso, mas ao mesmo tempo reconheço que não uso o sistema
de fato.
49
- Autor: Dentre os aplicativos que você mais gosta de utilizar estão o Google Maps ,
Facebook e Dropbox, você consegue encontrar alguma similaridade entre eles, o que
faz com que você sinta que são fáceis de utilizar?
- Entrevistado 08: A similaridade está na genialidade, eles conseguem facilitar a

minha vida de “n” maneiras. Fico muito surpreso em como a tecnologia tem caminhado
de forma tão rápida!
50
Entrevistado 09
Professor de Administração / Ensino Superior

Idade: 35 anos

d) Outro: Peço pra que um aluno da turma anote quem faltou, geralmente o
líder da turma
No SUAP ou material físico.
b) Impresso
a) Diariamente
Cadastrar as notas, enviar material de aula para as turmas e frequência.
Não, geralmente mando recados para o líder da turma, acho mais fácil.
Não, aviso ao líder da turma pelo Whatsapp.
3
a)Facebook, c) WhatsApp, e) Dropbox
Data: 27/10/2016
Hora: 14:52
51
Local: Diretoria Acadêmica de Gestão e Tecnologia da Informação (DIATINF) - IFRN
Sede
- Autor: De acordo com o seu questionário, você realiza a chamada através de um

método particular, pode me falar sobre ele?
-Entrevistado 09: Então, na verdade eu não realizo a chamada. Peço pra que um
aluno anote os faltosos, geralmente peço ao líder da turma e confirmo no final da aula
com a turma se mais alguém faltou.
- Autor: Já teve algum problema com esse método? Por que optou por ele?
-Entrevistado 09: Não, nunca tive problemas com isso. Na verdade, facilita minha
vida, não preciso tirar tempo da aula pra fazer a chamada.
- Autor: Você já utilizou o SUAP no smartphone?
-Entrevistado 09: Já sim, para algumas urgências.
- Autor: O que achou?
-Entrevistado 09: lembro que demorei um pouco a achar o que estava procurando,
mas encontrei e resolvi meu problema sem ligar um computador.
- Autor: Você disse que acessa o SUAP -EDU para inserir notas, enviar material de
aula e registrar a frequência. Tem alguma dessas atividades que acha difícil de
realizar?
-Entrevistado 09: Acho confuso para inserir média ponderada e enviar mensagens
para as turmas, por isso acabo não enviando.
- Autor: Pode me contar mais sobre o que acha difícil nessas atividades?
-Entrevistado 09: Para inserir média ponderada não fica claro como isso deve ser
feito, parece até que não é possível utilizar pesos para as avaliações. E para enviar
mensagens é complicado, tem que entrar no comunicador, copiar o código da turma
e seguir vários passos antes de enviar a mensagem.
- Autor: Você disse que se comunica diretamente com o líder da turma para notícias
e urgências, já teve algum problema com isso?
52
-Entrevistado 09: Não, os alunos têm os grupos particulares deles, o líder só vai lá e
envia a minha mensagem como um “porta voz”. Quando é alguma urgência aviso a
coordenação também.
- Autor: Sua nota para o SUAP foi 3 numa escala de 5, poderia justificar essa nota?
-Entrevistado 09: O SUAP “não fede nem cheira”, ele resolve meus problemas e
ponto, e é melhor que o Q-Acadêmico.
- Autor: Os aplicativos que acha mais fácil de utilizar são o WhatsApp e Dropbox, tem
alguma coisa em comum nesses aplicativos que facilita a utilização?
-Entrevistado 09: São intuitivos eu acho.
53
Entrevistado 10
Professor de Construção Civil / Ensino Médio e Superior
Idade: 51 Anos

a) Passo lista com papel e caneta
Via SUAP e grupo do Facebook da turma
b) Impresso
c) Semanalmente
a) Computador (desktop / laptop) e
b) Smartphone
Registrar as faltas, cadastrar aulas e notas
Não, o Facebook e WhatsApp são mais fáceis para a comunicação.
Não, os alunos visualizam mais rápido nas redes sociais.
5
a)Facebook, c) WhatsApp, e) Dropbox f) Viber
Data: 27/10/2016
Hora: 19h
Local: Sala de professores-IFRN Sede

54
- Autor: De acordo com o seu questionário, você realiza a chamada “Utilizando papel
e caneta”, por que escolheu esse método?
- Entrevistado 10: Não tenho muita opção, geralmente as salas que tenho aula não
possuem internet. Então nem posso realizar a chamada direto no SUAP, acabo
passando uma lista mesmo.
- Autor: Você agenda provas e trabalhos em sala de aula, mas você sabe que é
possível fazer isso pelo SUAP?
- Entrevistado 10: Bem, não sabia não. Mas também nunca procurei essa função por
lá.
- Autor: De acordo com o seu questionário, você recebe os trabalhos dos alunos
impressos. Por que optou por esse método?
- Entrevistado 10: Geralmente meus trabalhos são feitos a mão, a disciplina de

estruturas tem muito cálculo. Os alunos fazem o trabalho, passam a limpo e me
entregam.
- Autor: Você acessa o SUAP semanalmente via computador ou smartphone, qual

dos dois prefere? Tem algum motivo especifico?
- Entrevistado 10: Prefiro acessar via computador, acessar o SUAP no celular é

complicado, tudo é muito pequeno e difícil de achar.
- Autor: Você utiliza o Facebook e WhatsApp para se comunicar com os alunos, como
isso funciona?
- Entrevistado 10: Geralmente peço para o líder criar um grupo e me convidar, a

comunicação fica muito mais rápida. Todos os alunos usam Facebook ou WhatsApp,
deixo que a turma escolha onde querem criar grupo. Acho que as redes sociais me
aproximam muito mais da turma e isso é bem bacana para o professor. A comunicação
via SUAP-EDU é sempre unilateral, os alunos não podem me responder por lá.
- Autor: Você deu a nota máxima para o SUAP, pode me contar o que gosta no
sistema?
55
- Entrevistado 10: Primeiro acho que foi ótimo terem unificado tudo. Agora com
relação ao SUAP-EDU, acho ele muito melhor que o Q-Acadêmico, sem
comparações.
- Autor: O que acha melhor especificamente?
- Entrevistado 10: Não precisa instalar aplicativo desktop, o design é mais bonito e
tem tanta funcionalidade que eu nem conheço tudo. Acho que pra quem utiliza de
verdade, deve facilitar muito a vida.
- Autor: Os aplicativos que acha mais fácil de utilizar são o Facebook, WhatsApp,
Dropbox e Viber, tem alguma coisa em comum nesses aplicativos que facilita a
utilização?
- Entrevistado 10: Eles são simples e intuitivos, você usa sem pensar muito.
56
APÊNDICE C
AVALIAÇÃO COOPERATIVA
57
Tabulação dos resultados da avaliação cooperativa
Participante 01
Professor de Teste de Software / Ensino Superior

Idade: 46 anos
Comportamentos inesperados e comentários
Nº da Min. da Comportamento inesperado ou comentários

tarefa gravação
03 0:00:46 Teve que mudar a etapa no diário (etapa= bimestre)
Comentou que o SUAP poderia mudar a etapa
automaticamente
05 0:01:45 O participante reclamou do checkbox para confirmar que
deseja excluir a aula. Assinalou porque já havia lido
anteriormente, mas acha a fonte muito pequena.
07 0:03:41 Utilizou o botão no topo do diário para enviar mensagem.
Comentou que pediu para que o botão fosse adicionado,
porque o caminho para enviar mensagem era muito
complicado.
Ressaltou que agora o sistema vai direto para a opção 2/3
para enviar a mensagem.
--
Avaliador: Como você solicitou essa alteração na interface?
Participante 01: A Diretoria de informática foi a primeira a
testar o SUAP-EDU, a ideia era que a gente testasse e
também fizesse sugestões
07 0:04:21 Ficou confuso se assinalava ou não o checkbox para enviar

via-SUAP ou via E-mail. Escolheu os dois.
--
Avaliador: Por que você assinalou os dois?
Participante 01: Para enviar para o e-mail dos alunos
também
58
Avaliador: O que acha dessa funcionalidade?
Participante 01: Acho essencial enviar para o e-mail, os
alunos verificam mais do que no SUAP. Na verdade, acho
desnecessário ter o checkbox, era para ser padrão enviar por
e-mail e via SUAP.
07 0:06:30 Ia clicar no botão “enviar mensagem para os alunos
selecionados” quando lembrou que precisava confirmar o
checkbox.
--
Avaliador: O que aconteceria se você tentasse prosseguir
sem clicar no checkbox?
Participante 01: Não aceitaria, eu já fiz isso
-Você acha útil essa confirmação?
Participante 01: Não, deveria ter um desfazer depois de
realizar a ação, caso o professor tivesse cometido um erro
Avaliador: Por que acha melhor?
Participante: Seria uma interação a menos, agora eu sou
obrigado a clicar para prosseguir.
07 0:06:39 Participante 01: Olha como o passo 01 é confuso.- Falando
sobre o primeiro passo para enviar mensagem.
- Quando a mensagem é enviada, o sistema volta para o
passo 1 de enviar mensagem, fora dos diários.
--
Avaliador: O que você acha complicado no passo 1/3 para
enviar mensagem?
Participante 01: São mostrados vários filtros, fica confuso. O
usuário não sabe se deve preencher tudo ou não. Não fica
claro que é um filtro.
Avaliador: O que melhorou com o botão?
Participante 01: O botão retirou o passo 01, o usuário já está
dentro do diário, então o filtro já foi aplicado, entende?
8 0:08:30 Usuário usa a tecla Tab para passar os alunos
8 0:08:35 Acho que não vai aceitar 5 faltas, porque só são 4 aulas.
59
8 0:08:38 “Nossa, aceitou sim! Mas não era para aceitar”
0:08:42 -Você adiciona as aulas com antecedência?
“Não, geralmente registro no horário da aula mesmo, assim
como fiz agora”
ETAPA: De-briefing
Avaliador: Você tem algum comentário sobre o SUAP-EDU?
Participante 01: Já falei bastante coisa relacionado ao que mudaria no SUAP

durante as outras perguntas que você fez no formulário e na entrevista. Mas durante
a avaliação notei uma outra coisa que detesto, tudo é um código. Eu tenho um código,
o aluno é um código, uma falta é um código, uma aula é um código. Acho que não
precisava mostrar isso para o usuário. Também tem as mensagens de confirmação
com os checkbox que acho ruim.
Avaliador: E a avaliação cooperativa em si, o que achou?
Participante 01: Achei bem simples e bem rápida.
Avaliador: Você achou o equipamento para gravação intrusivo?
Participante 01: Não, achei tudo bem simples.
60
Participante 02
Professor de Inglês / Ensino Médio

Idade: 36 anos

tarefa gravação
02 0:00:19 Acessou meus diários pelos “alertas”
O SUAP-EDU tem uma caixa mostrando os alertas, no caso
desse participante, mostrava que alguns diários estavam sem
registro a X dias.
02 0:00:25 Teve que mudar a etapa no diário, para ver a etapa atual.
Etapa=bimestre
--
Avaliador: Por que você mudou a etapa?
Participante 02: O sistema por algum motivo não vai direto
para etapa atual, daí sempre tenho que mudar.
Avaliador: O que você acha disso?
Participante 02: Não entendo porque é assim, deveria ir
direto para a etapa atual, porque as outras etapas já estão
fechadas.
04 0:01:32 O usuário ficou confuso sobre onde deveria clicar para editar
o conteúdo da aula.
05 0:02:15 Participante 02: A confirmação que o conteúdo será
excluído é bem importante, ia excluir uma aula e a
notificação me mostrou que iria excluir a frequência também.
06 0:03:20 O participante não sabia que poderia clicar na lista ao lado
para copiar o conteúdo de uma aula dada (Uso Cntrl+C +
Cntrl+V)
--
Avaliador: Você sabia que dá para clicar no conteúdo de uma
aula dada para repeti-lo
61
Participante 02: Não sabia não! Mas também nunca precisei
copiar o conteúdo de uma aula dada, talvez se fosse copiar de
uma turma para outra faria mais sentido.
07 0:05:10 Participante 02: Nunca mandei mensagens pelo SUAP, mas
acho que é aqui.
Clicou no botão enviar mensagem dentro do diário, encontrou
de forma intuitiva o botão, mas passou do tempo para
executar a tarefa porque ficou lendo cuidadosamente cada
campo.
07 06:05 Participante 02: Não entendi porque essa é a etapa 2 para
enviar mensagem, qual é a etapa 1, clicar no botão?
Avaliador: Tem um caminho por fora dos diários, o botão foi
um atalho adicionado recentemente.
Participante 02: Hum, mas não deveria ser assim, lá na frente
o sistema vai estar cheio de remendos e coisas como isso.
07 07:40 Participante 02: Para que servem esses campos: enviar por
SUAP, enviar por e-mail?
Avaliador: Você pode escolher se quer mandar os dois ou
apenas via SUAP por exemplo.
Participante 02: Era para ser automático isso
ETAPA: De-briefing
Participante 02: Não, como te contei não utilizo muito o SUAP, só para
registrar as notas e a frequência, e ele resolve meu problema. Talvez quem utiliza
mais funcionalidade pode dar um feedback melhor.
Avaliador: Mas por que você não utiliza as funcionalidades do SUAP-EDU?
Participante 02: Procuro ir onde posso me comunicar de uma forma mais

rápida com os alunos, achei essa solução no WhatsApp, nunca tive problemas.
Acredito que as duas ferramentas são complementares, são maneiras de facilitar a
vida do professor.
62
Participante 02: Foi ok, bem rápida, achei que ficaríamos aqui conversando
por muito tempo.
Participante 02: Não me incomodou.
63
Participante 03
Idade: 55 Anos

tarefa gravação
03 0:02:00 Ficou procurando onde deveria adicionar uma nova aula.
Participante 3: Desculpa é que eu quase não uso o SUAP,
fico meio perdido
Avaliador: Não se preocupe, estou testando o sistema, outros
professores podem ter o mesmo problema para encontrar uma
funcionalidade
04 0:02:50 Participante 3: Não sei onde editar uma aula registrada, mas
deve ser por aqui. A lixeira é para excluir, então deve ser esse
outro ícone.
Avaliador: Você acha que esse ícone, representa bem a sua
função?
Participante 3: Poderia ser algo que lembrasse mais a função
editar. O lápis no ícone representa bem, poderia deixar
apenas o lápis, ficaria maior, chamaria atenção, você me
entende?
05 0:03:55 Recebeu uma mensagem de erro porque tentou excluir a aula
sem assinalar o checkbox.
Avaliador: Por que você recebeu essa mensagem de erro?
Participante 3: Esqueci de preencher essa caixinha.
Avaliador: Por que você acha que existe esse passo?
Participante 3: Questão de segurança, talvez alguém exclua
uma aula sem querer.
Avaliador: Você acha importante essa função?
64
Participante 3: Deve ser, é a primeira vez que vejo a
mensagem, mas gostaria de saber se estivesse excluindo por
acidente.
06 0:05:05 Participante 03: Repetir conteúdo dado deve ser igual ao Q-
Acadêmico, só clicar em outro conteúdo? É sim, funcionou.
07 0:05:35 Participante 03: Não sei onde envia mensagens, porque uso
o Facebook... ah aqui.
Não utiliza a funcionalidade, mas encontrou de forma rápida.
07 0:06:20 O usuário clicou cancelar o envio da mensagem e o sistema
voltou para a etapa 01 (fora dos diários)
Avaliador: Por que isso aconteceu?
Participante 3: Não entendi, cliquei em cancelar e pensei que
voltaria para o diário.
08 0:10:02 Participante: Creio que ele não aceite faltas, porque os
blocos de aula são de no máximo 4 aulas. Aceitou! Como será
que o sistema permite isso?
08 0:11:05 Participante: Se eu excluir a aula agora, essa frequência será
excluída?
Avaliador: Vamos ver o que acontece....
Participante 3: Aquela mensagem aparece novamente, e
agora notifica que a frequência será excluída, nesse caso
acho que é uma mensagem bem pertinente. O professor pode
ter anotado a frequência em uma aula errada e acabar
perdendo os dados.
ETAPA: De-briefing
Participante 03: Não sei se tenho propriedade para comentar sobre um

sistema que não utilizo muito. Utilizo muito o Facebook, não tenho muita familiaridade
com o SUAP, utilizo só para transferir as informações. Na entrevista dei a nota
máxima, porque ele resolve o que eu preciso, que é preencher os diários para a
instituição.
65
Participante 03: Fiquei confuso com algumas tarefas, porque não sou muito
familiarizado com o sistema. Achei bem rápido também, na sala dos professores de
história, o SUAP demora muito para responder, deve ser por causa da internet. A
princípio achava que o sistema era lento. Mas estou vendo que é um problema de
conexão, aqui foi tudo bem rápido.
Participante 01: Não, a avaliação foi bem tranquila de forma geral. Pensei que
seria algo bem formal.
66
Participante 04
Professor de Construção Civil / Ensino Médio e Superior
Idade: 51 Anos
Participante 04- Comportamentos inesperados e comentários

tarefa gravação
02 0:00:32 Teve que mudar a etapa para acessar o diário atual.
Avaliador: Por que você fez realizou essa ação?
Participante 04: Sempre tem que mudar a unidade aqui, caso
o contrário, você acessa um diário passado.
05 0:02:10 O professor não assinalou o checkbox para excluir a aula.
Avaliador: Por que o sistema de mostrou essa mensagem?
Participante 04: Deixei algo em branco na etapa anterior, tem
uma caixinha que não marquei
Avaliador: Você já cometeu esse erro?
Participante 04: Sim, eu sempre esqueço de marcar
06 0:03:50 O participante ia utilizar Cntrl+C + Cntrl+V para repetir o
conteúdo, mas viu que poderia clicar.
Participante 04: Olha é possível clicar para repetir o
conteúdo, não sabia.
Avaliador: O que você acha dessa funcionalidade?
Participante 04: Seria bem útil se pudesse importar os diários
passados, ou entre turmas, repetir o conteúdo de uma aula
não agrega muito, geralmente não repito a descrição.
07 0:05:20 Participante 04: Nunca envio mensagens pelo SUAP, mas
sei que é dentro do diário, porque sempre vejo o botão.
-Ficou sem saber se marcava via-SUAP ou via E-mail
-Clicou no checkbox para confirmar o envio da mensagem
-Quando cancelou o envio da mensagem o sistema volto para
o passo 1/3, o usuário usou os breadcrumbs para voltar ao
diário.
08 0:10:00 O usuário clica em cada aluno para realizar a chamada, e
utiliza as setinhas para registrar o número de faltas.
67
Participante 04: Nossa isso é muito errado do sistema aceitar
um número de faltas superior ao de aulas cadastradas. –
Comentando sobre inserir 5 faltas.
ETAPA: De-briefing
Participante 04: Gostaria de falar sobre as notas, o SUAP é um pouco ruim

com isso, passei por essa situação hoje. Quando um aluno não realiza uma atividade,
sou obrigado a inserir um zero, mas não quero fazer isso, porque o aluno deixou de
entregar a atividade, ele não tirou zero. Isso me incomoda bastante.
Avaliador: O que acontece se você deixar em branco?
Participante 04: Nada, o sistema não permite que eu feche o diário.
Avaliador: Gostaria de relatar mais alguma coisa?
Participante 04: Sim, essa é positiva! As estatísticas mostradas pelo SUAP-

EDU são bem legais, me ajudam a acompanhar a turma.
Participante 04: Fiquei um tanto nervoso, sou eu quem aplica os testes com
os alunos (risadas). Foi bem rápida, algumas funcionalidades não utilizo com
frequência e demorei um pouco lendo as informações.
Participante 04: Invisível.
68
Participante 05
Professor de Administração / Ensino Superior
Idade: 35 anos

tarefa gravação
02 0:00:20 Acessou os diários pelos alertas.
Avaliador: Por que você acessou os diários por esse
caminho?
Participante 05: Foi o caminho mais fácil, estava bem
grande “diários”
06 0:02:40 Digitou o conteúdo, copiando de uma outra aula.
Avaliador: Você sabia que poderia ter clicado para copiar o
conteúdo?
Participante 05: Hum, é mesmo, interessante. É que eu não
lembro de ter precisado copiar o conteúdo de uma aula dada.
07 0:03:20 O participante saiu do diário, foi até o comunicador, retornou
ao diário, copiou o código desse diário, voltou para o
comunicador, começou a preencher os passos para enviar a
mensagem e desistiu.
Participante 05: Nossa, posso pular para a próxima atividade,
me recuso a completar essa tarefa, muito desnecessário tudo
isso.
08 0:04:10 Participante 05: O Sistema não deve aceitar 5 faltas, mas
vamos ver....
Usa as setinhas para editar o número de faltas, percebeu que
o número vai além do de aulas cadastradas.
ETAPA: De-briefing
Participante 05: Não, creio que falei tudo nas outras etapas. Ahh, olha tem
uma função que gostaria que tivesse, o SUAP-EDU poderia ser mais inteligente e
69
ajudar o professor a identificar plágio. É algo bem fácil acredito, isso poderia ser feito
através de gráficos de desempenho do aluno, de uma forma individual.
Avaliador: Como?
Participante 04: Então, ele pode mostrar que o aluno sempre tira nota ruim e
de repente tira um 10, isso já chamaria a minha atenção, iria investigar se ele copiou,
pegou o trabalho de outra turma, ou realmente fez.
Participante 04: Tranquila, sem problemas.
Participante 04: Não.
70

Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte Centro de Ciências Humanas, Letras E Artes Departamento de Artes Bacharelado em Design

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

LARISSA SOARES TRINDADE PEREIRA

DESIGN CENTRADO NO USUÁRIO:

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Trabalho de Conclusão de Curso II

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Por: LARISSA SOARES TRINDADE PEREIRA

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Figura 1- Estado Atual do Sistema ............................................................................18

Tabela 1- Fases de Construção do SUAP-EDU.........................................................19

Gráfico 1- Como os professores realizam a chamada?. ............................................38

2.1. OBJETIVO GERAL ..........................................................................................14

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................14

3.REFERENCIAL TEÓRICO .....................................................................................15

3.1. O IFRN E AS DIRETRIZES DE ENSINO .........................................................15

3.1.1. Sobre o SUAP ...........................................................................................16

3.1.2. O SUAP-EDU ............................................................................................17

3.2 DESIGN DE INTERAÇÃO ................................................................................19

3.2.1 Usabilidade .................................................................................................20

3.2.2 Interação emocional ...................................................................................22

3.2.3 A experiência do usuário ............................................................................25

4. METODOLOGIA E PROCESSO ............................................................................27

4.1 INSPIRAÇÃO ....................................................................................................29

4.1.1 Revisão Bibliográfica ..................................................................................29

4.1.1.1 Design Centrado no Usuário e Design Centrado no Humano ..................30

4.1.2 Coleta de dados..........................................................................................36

4.1.2.1 Questionário ............................................................................................37

4.1.2.2 Entrevistas ...............................................................................................48

4.2 FASE DE AVALIAÇÃO DO ESTADO ATUAL ...................................................68

4.2.1 Avaliação Cooperativa ................................................................................71

4.2.1.1 Recrutamento ..........................................................................................72

4.2.2.2. Lista de tarefas .......................................................................................73

4.2.2.3 Condução de Sessões .............................................................................74

4.2.2.4 Debrief ....................................................................................................76

4.3.1 Síntese dos dados coletados .........................................................................97

4.3.2 Oportunidades de projeto ...............................................................................99

4.3.2 Possíveis soluções ...................................................................................... 104

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 118

5.1 DESDOBRAMENTOS FUTUROS .................................................................. 120

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 121

As tecnologias têm impactado quase todos os aspectos das nossas vidas,

2.1. OBJETIVO GERAL

Por meio da análise de ferramentas do SUAP-EDU para o gerenciamento de

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Levando em conta o objetivo geral, os objetivos específicos são:

 Compreender o sistema acadêmico, SUAP-EDU, utilizado pelos

3.1. O IFRN E AS DIRETRIZES DE ENSINO

3.1.1. Sobre o SUAP

O Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP) foi desenvolvido pela

O SUAP-EDU é um dos módulos do SUAP e foi desenvolvido com a finalidade

Basicamente, o SUAP-EDU se destaca pelo fato de estar adequado as

Figura 1- Estado Atual do Sistema / Fonte: Conteúdo adaptado da apresentação de introdução do

De acordo com materiais sobre os encontros técnicos do SUAP-EDU,

1.Implantação do Suap- EDU

2014 1.Desenvolvimento do módulo para cursos de pós-graduação.

Aprovada em _ de de.