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Aula 03 – Fluídos
Aula 04 – Osciladores I
Aula 05 – Osciladores II
Aula 06 – Ondas I
Aula 07 – Ondas II
Corpos em queda próximos a superfície da Terra sentem uma atração dada por:
Como estamos trabalhando não com um movimento linear, mas sim circular, podemos
escrever e lembrar que , então:
Um corpo com velocidade apresenta um momento linear dado por . Vamos voltar
para o caso do satélite em torno da Terra. Por mais que o movimento do satélite seja através
de um círculo, o mesmo possui uma velocidade tangencial (e nesse caso um momento linear).
Seja a distância até a Terra, o momento angular será dado por:
Perigeu (P) é o ponto mais próximo do Sol ( ) enquanto que o apogeu (A) é o ponto mais
distante.
Sendo , temos:
E o período será:
A aceleração da gravidade
Como dissemos anteriormente, a aceleração da gravidade não é constante, ela varia com a
altura. Para um corpo na superfície da Terra, a aceleração da gravidade vale:
Como o denominador está aumentando, o valor de tem de diminuir. Portanto, quanto mais
distante menor o valor da aceleração da gravidade. De uma maneira geral, numa altura
(distância) temos:
A superposição
Sabemos que corpos com massa atraem outros corpos com massa, com uma força que é
inversamente proporcional ao quadrado das distâncias. Temos agora um conjunto de corpos
interagindo. Então:
Mas
Logo:
Então:
A Teoria da Relatividade
Em 1905 Albert Einstein escreveu um artigo mostrando que é desnecessária à existência de
algo que os físicos de sua época acreditavam permear o universo: éter. Contudo, era preciso
abandonar a ideia de tempo absoluto. O que Einstein escreveu em seu artigo é que as leis da
física devem ser as mesmas para qualquer observador, independente de sua velocidade. Para
Einstein, todos os observadores devem medir a mesma velocidade da luz, independente se
estão se movendo no mesmo sentido ou no sentido contrario a fonte de luz. Para que todos os
No ponto Q, teremos:
No centro de massa temos a força da gravidade agindo sobre a escada. Caso a escada deslize,
temos uma força de atrito no sentido oposto. No ponto Q temos uma normal e em P, como
não há atrito, temos, também, uma normal.
Assim:
Temos que:
Não importa o ponto que escolhemos, podemos escolher um ponto na parede, na escada ou
em qualquer outro lugar. Por simplicidade, escolhemos o ponto Q, então:
Assim:
Existe uma força agindo sobre a pessoa. Vamos refazer todos nossos cálculos. Então:
Mas agora nós temos um terceiro elemento, que é o vetor posição, dado por d.
Assim:
Perceba que a força de atrito está aumentando, pois estamos somando , que não tínhamos
anteriormente. Se o atrito aumenta, e nossa escada estava no limite de deslizar, então você
pode pensar que a mesma começará a deslizar. O atrito máximo também aumentou. Portanto
devemos fazer uma comparação. A melhor maneira de fazer essa comparação é adotar d igual
à zero. A pessoa começa a subir a escada a partir do ponto Q. Quando d é igual à zero, a força
de atrito final é igual à força de atrito inicial. Porém, o atrito máximo altera, pois ele apresenta
o termo m (estamos somando ). O valor do atrito máximo é independente da distância.
Se o atrito máximo aumenta, mas o atrito permanece o mesmo, então a escada fica mais
Vamos discutir aqui uma importante aplicação desse conceito de atrito. Iremos ver como é
possível sustentar algo pesado por um bom tempo sem fazer muita força. Vamos enrolar uma
corda em torno de uma haste, por exemplo, e usaremos o atrito entre elas para sustentar
nosso objeto. Vamos passar uma corda por uma haste e em uma ponta da corda colocaremos
um peso de massa M e na outra um peso de massa m. As tensões na corda são dadas como
mostrado na figura:
Se não houver tração na barra, então T1 será igual ou próximo de T2. Mas se recorrermos ao
atrito, então poderemos ter uma situação de equilíbrio estático, de modo que nenhuma bloco
irá se mover. Assim, poderemos ter T1 >>> T2.
Vamos analisar melhor esse caso. Temos que R é o raio de nossa haste:
Estamos supondo que o puxão em T2 é bem maior que em T1. Então, a corda irá deslizar no
seguinte sentido:
Como existe um atrito, podemos imaginar que essa força auxilia T1 a segurar o peso em T2.
Para calcular esse atrito, devemos tomar uma integral de todos os valores dos atritos na corda.
Existe um ângulo formado entre os extremos dos pedacinhos da corda. Quando resolvemos
nossa integral e nossas derivações encontramos:
Suponhamos que temos uma corda, na qual serão dadas três voltas em torno da haste. Então,
temos que . Vamos supor que . Assim, temos que:
Ou seja, a força do lado de T1 é 40 vezes menor que T2, ou seja, podemos aplicar uma força 40
vezes menor que o peso aplica de modo que sustentemos o mesmo. Se dermos seis voltas,
nosso valor final será 2.000. Isso significa que se de um lado temos um peso igual a 10.000 kg,
do outro lado podemos colocar um peso de 5 kg que manteremos o equilíbrio (na eminência
de deslizamento).
Agora, digamos que eu queira levantar os 10.000 kg puxando a corda com uma força um
pouco maior que 50 N. Seria possível fazer isso?
De forma alguma eu conseguirei puxar o peso de 10.000 kg para cima. Se eu tento fazer isso,
eu inverto completamente a situação e coloco o atrito a favor dos 10.000 kg. Em outras
palavras, T1 se torna T2, o que nos fornecerá:
Desse modo, se eu quero levantar os 10.000 kg dando seis voltas com a corda em torno da
haste, eu terei de fazer uma força 2.000 vezes maior que 10.000 kg. Assim, eu precisarei de 20
milhões de quilogramas.
Jonathan T. Quartuccio | Jonathan Tejeda Quartuccio – Física II - Notas de aula 17
Podemos enrolar a corda em torno de uma haste até chegar um ponto em que o próprio peso
da corda segurará o peso do outro lado, sem a necessidade de segurarmos.
Temos um objeto qualquer, e vamos fixa-lo (pode ser numa parede) num ponto P. O centro de
massa é dado por CM. Então:
Temos que é a força peso agindo sobre o centro de massa e é o vetor posição do ponto
P. Dessa maneira, temos que o objeto sofrerá um giro em torno de P. Então:
A natureza resolve esse problema, colocando sempre o centro de massa numa mesma linha
vertical que P.
Dessa maneira, não importa qual ponto escolhemos. Pode ser um ponto dentro do objeto, ou
pode ser um ponto fora do objeto, como P e CM estão na mesma linha, o torque é nulo.
Temos que para um objeto estar em equilíbrio, além do torque, a soma das forças devem ser
zero. Perceba que:
O centro de massa do equilibrista encontra-se próximo de seu peito. Então, existe uma
distância do centro de massa até a corda, que vamos adotar sendo de um metro. A massa do
equilibrista é cerca de 70 kg. O equilibrista segura duas barras verticais em suas mãos, com um
peso de 5 kg na ponta de cada uma.
Elasticidade
Agora surgem duas forças de resistência oposta (se fossem três molas, seriam três forças e
assim sucessivamente). Nesse caso quanto mais molas tivermos, menor será a deformação.
Assim:
Da mesma maneira que a mola surgem duas forças opostas. Podemos imaginar esses dois
cilindros como um único cilindro maior, de área .
Nesse caso:
Então:
Para o aço,
Nesse caso:
Para o nylon,
Se torna-se muito grande, podemos romper nosso material. Antes de o nosso material
arrebentar a força deixa de ser proporcional à deformação. Quando deixamos de aplicar a
força, o material não volta ao tamanho original (deformação permanente).
1200
900
Stress (MPa)
600
300
0
0 0.04 0.08 0.12 0.16
Strain
Nesse caso:
Temos um fluído, que pode ser um gás ou um líquido. Esse fluído está dentro de um recipiente
e nós iremos aplicar uma força sobre um embolo de área A. Assim, definimos a pressão como:
O princípio de Pascal diz que uma força aplicada em um líquido se transmite por todos os
pontos do líquido e nas paredes do recipiente.
Ao aplicar uma força no embolo, o mesmo irá deslocar uma distância . Do outro lado, o
outro embolo também irá deslocar uma distância , só que para cima. Assim, devemos ter
pelo princípio de Pascal:
No caso limite de :
À medida que aumentamos o valor de (ou seja, à medida que vamos “escapando” do fluido)
a pressão diminui. Quando aplicamos uma força num fluido, podemos fazer com que o volume
fique menor. Quando isso ocorre, o fluido sofre uma compressibilidade. Se o volume não
diminui, o fluido é incompressível.
Vamos integra nossa pressão:
Hidrostática
Quando submersa:
Assim:
Como , temos:
Tomemos um iceberg:
Como :
Mesmo o centro de massa estando deslocado do centro geométrico, podemos supor que o
empuxo irá agir no centro do objeto. Logo ocorrerá um torque no sentido mostrado. Não
importa onde o empuxo seja aplicado (na verdade, o empuxo é aplicado em todos os pontos)
sempre ocorrerá um torque. Quando não haverá torque. Temos um cilindro num
fluído:
Agora, vamos supor que o centro de massa do cilindro esteja fora do líquido.
Isso fará com que o cilindro vira. Por essa razão, o centro de massa de navios devem estar
abaixo da água.
Temos um balão cheio de gás. A massa total é dada por . O volume do
balão é dado por V. A densidade do gás dentro do balão é e a densidade do ar (fora do
balão) é .
Logo:
Algo não muito intuitivo acontece agora. Temos uma maçã presa á uma corda e um balão
dentro de uma caixa:
Claramente, se eu cortar as cordas a maçã irá cair e o balão irá subir. Agora, vamos imaginar
que essa caixa esteja no espaço e não existem as cordas, portanto, a maçã e o balão estarão
flutuando. Vamos supor que um astronauta esteja junto nessa caixa.
Ou seja, a maçã e o astronauta irão “cair” enquanto que o balão irá subir (análogo ao
movimento na superfície da Terra). Agora, ao invés de acelerar para cima vou aceleração para
o lado. O que será que irá ocorrer?
Equação de Bernoulli
Agora vamos fazer uma relação com a energia cinética e a energia potencial. Temos um fluído
incompressível passando pelo seguinte trajeto:
Nesse caso é a velocidade do líquido (fluído). Note que é maior que pois a área é
menor que . Se o líquido não estiver se movendo, teremos e . Então:
Temos que nada mais é do que energia por volume e é a energia potencial
gravitacional por volume. Se o líquido estiver se movendo teremos:
Pois m/V = .
Então, a equação de Bernoulli é dada por:
A mesma quantidade de fluído que passa por um ponto é igual a quantidade que passa por
qualquer outro ponto. De forma geral . Como é maior que então tem que
ser menor que . A vazão (quantidade de fluído que passa por um ponto) é dada por:
A razão de vazão é:
Na região em azul a área por onde meu sopro passa é menor (área entre o funil e a bolinha).
Como a área nesse ponto é pequena a velocidade é grande. Velocidades grandes implicam
pressões menores, portanto, nesse ponto a pressão é pequena e minha bolinha não sobe. Se
eu inverter o funil para baixo e soprar, a bolinha não irá cair (devido à baixa pressão sobre ela).
O formato da asa do avião faz com que a pressão em cima da asa seja menor que a pressão em
baixo. Logo a força é menor que . Da mesma maneira a velocidade é maior que a
velocidade .
Viscosidade e Turbulência
Nessa aula trataremos de oscilações e movimentos periódicos. De uma maneira geral, nosso
cotidiano está repleto de movimentos periódicos. Um prato girando numa mesa, um relógio,
uma roda, enquanto tomamos um suco, etc., tudo está envolvido com movimentos periódicos.
Temos uma mola:
Quando esticamos a mola, surge uma força contrária que a puxa para sua posição de equilíbrio
(comprimento inicial).
Há uma relação dessa força com a deformação x da mola.
Se aumentarmos a mola 3 vezes mais, a força aumentará 3 vezes mais. Com isso, temos a Lei
de Hooke:
Não há aceleração, pois o sistema está em equilíbrio. Com isso podemos utilizar diferentes
pesos a fim de alterar o valor de F, e consequentemente da deformação x. Fazendo isso e
obtendo os resultados em um gráfico:
Podemos ir colocando vários pesos sobre a mola e ao final, retirando os pesos, a mola voltará
ao seu tamanho original. Ou seja, ela se comporta de acordo com a lei de Hooke.
Porém, podemos pegar uma mola e estica-la até o ponto em que já não se comporte de
acordo com a lei de Hooke. Se isso acontece a mola não voltará ao seu tamanho original.
Ocasionaremos uma deformação permanente em nossa mola. Ou seja, existe um limite para a
deformação.
Se nós aplicamos uma força muito grande na mola, chegará um momento em que a força
aplicada será constante e a deformação começará a aumentar. Ao soltar a mola, ela tomará
um comprimento maior do que tinha anteriormente.
Assim:
Portanto:
Exemplo:
Assim:
“A” não é zero, pois como há uma velocidade existe uma amplitude. Portanto, tem de
ser zero.
Com isso, temos as possíveis respostas:
Para a velocidade:
Se ,o .
Assim:
Se escolhêssemos o , teríamos:
O que não mudaria nada. Ou seja, A e são apenas condições iniciais do movimento.
A oscilação é independente da amplitude.
Tomemos um objeto de massa m1 que vai oscilar de um ponto á outro. Faremos isso
experimentalmente.
Fazendo A = 35 cm.
Tomemos um pêndulo.
Decompondo a tensão T em y e x.
Em x:
Em y:
Resolver essas equações diferenciais acopladas é uma tarefa impossível. O que iremos fazer é
uma aproximação. Em física, quando algo oscila nós usamos os chamados “aproximação por
pequenos ângulos”. Ou seja,
Assim:
Substituindo em I:
Pêndulo:
O sinal negativo é importante, pois ele mostra que a força é no sentido contrário à trajetória.
Eu posso escolher um nível e adotar esse nível como minha altura inicial (ou seja, y = 0). Nesse
ponto eu tenho energia potencial gravitacional igual a zero. Qualquer outro ponto acima me
dá .
Em um gráfico:
Se eu mover um objeto de A para B, minha energia potencial está aumentando e meu trabalho
é positivo.
Perceba que, a força da gravidade é sempre oposta ao sentido positivo da energia potencial.
Como eu estou puxando a mola no ponto B, eu crio uma força contrária à força elástica. Eu
posso calcular o trabalho para aumentar o tamanho da mola de A para B.
Se tivermos uma situação tridimensional, tanto a força quanto a energia potencial estão em
função de nossas três coordenadas. Assim:
Assim, sempre que temos uma energia potencial em função do espaço nós podemos encontrar
as três componentes da força.
Vamos supor que eu tenha uma superfície curva.
Então:
Temos uma força oposta ao movimento dada por , onde é uma constante de
amortecimento. No caso geral:
Sendo:
Escrevendo temos:
Usamos agora a aproximação por pequenos ângulos. Isso quer dizer que iremos fazer nosso
ângulo tender a um valor muito pequeno. Fazendo uma aproximação pequena, teremos:
Como , temos:
O período será:
Teremos:
No limite de temos:
Note que .
O período será:
Uma onda é uma transmissão de energia através de um meio. Essa transmissão de energia é
feita sem a transmissão de matéria. Uma onda pode ser representada por:
Uma onda pode ser tida como uma forma geral de uma oscilação, a equação é bem parecida.
Temos então:
Essa é a nossa equação de onda. Nessa equação temos que é a amplitude máxima de onda.
A posição é dada por enquanto que é o número de onda.
Vamos observar nossa onda num determinado instante. Vamos supor que esse instante seja
. Nossa equação será:
Temos no momento em que uma onda se forma (esse é o ângulo total percorrido pela
onda). Logo:
O período será:
Escrevemos essa função como . Agora, nosso pulso irá se deslocar para a direita:
Isso é lógico, pois a onda não está se movendo (não muda de posição e nem varia de ângulo).
Vamos derivar essa parte da onda:
Então:
Calculamos a frequência:
A velocidade da onda é:
Até agora determinamos a velocidade horizontal de uma onda. Vamos determinar agora a
velocidade transversal. Para tal basta derivar a função de onda:
Podemos imaginar esse pulso como uma parte de um círculo. A velocidade do pulso (a
velocidade na onda na corda) será:
Assim, temos:
A potência será:
Se então:
Equação de Onda
Temos uma onda passando por uma corda. Vamos pegar um elemento dessa corda. Existem
forças opostas agindo na corda ( e ). Essas forças são iguais à tração na corda. Pela
segunda lei de Newton, temos:
É a aceleração.
Logo:
Ou
Assim:
Sendo temos:
Usando , encontramos:
Superposição de Ondas
Vamos supor duas ondas e numa mesma corda. A onda resultante é dada por:
Temos:
Vamos supor agora duas ondas iguais se propagando em sentidos opostos numa corda:
Com isso, temos a formação de uma onda estacionária. Chamamos de nós os pontos de
amplitude nula ( ) e antinós os pontos de amplitude máxima ( , ,
, ).
Para formar uma onda estacionária devemos ter:
Assim:
Uma onda estacionária pode ser excitada em uma corda de comprimento por uma onda cujo
comprimento de onda satisfaz:
é a diferença entre as distâncias percorridas pelas ondas sonoras até chegarem à um ponto
comum. Se , pra , então temos uma interferência construtiva. Para
interferências construtivas, temos:
Onde .
O valor de aumenta em 10dB toda vez que a intensidade sonora aumenta de uma ordem de
grandeza (um fator de 10).
A frequência será:
Agora, vamos tomar um tubo que tenha uma de suas extremidades fechadas. A onda dentro
dele será:
Note que no modo fundamental, não temos um ventre completo. Temos metade de um
ventre, assim, para um tubo fechado o comprimento de onda será:
Para valores de
Se os valores de forem pares, não teremos uma onda completa formada. Nesse caso, a
frequência será:
Para teremos:
Para :
Efeito Doppler
A frequência emitida por alguma fonte pode sofrer uma alteração relativa caso a fonte e/ou o
observador (detector) se movimente. De uma maneira geral, escrevemos:
Certos objetos podem apresentar velocidades maiores que a do som. Esses objetos possuem
velocidades supersônicas. O número de Mach é dado por:
Todos os corpos e substâncias são formados por átomos, que por sua vez são formados por
partículas. A agitação dessas partículas ocasiona uma variação no que chamamos de
temperatura do corpo. A temperatura de um corpo é o nível de agitação de suas partículas.
Na escala Kelvin, o ponto de fusão é 273 K e o ponto de ebulição é 373 K. Na escala Celsius, o
ponto de fusão é 0 °C e o ponto de ebulição é 100 °C. Para a escala Fahrenheit o ponto de
fusão é 32 °F e o ponto de ebulição é 212 °F. Chamamos de ponto triplo da água, a
temperatura na qual podemos ter, coexistindo, água nos três estados.
Para fazermos a conversão de temperatura, fazemos:
Assim, temos a relação de Celsius e Kelvin. Para relacionar Fahrenheit com Celsius, fazemos:
Dilatação
Numa situação real, o corpo varia seu volume e não somente seu comprimento. Assim, temos
uma dilatação volumétrica:
Quando uma substância aquece, ela diminui sua densidade. Definimos densidade como:
Porém, com a água ocorre algo diferente. Quando a água está sendo aquecida no intervalo de
0°C à 4°C ela aumenta sua densidade. Chamamos esse comportamento de anômalo. Por essa
razão a vida consegue continuar existindo num lago congelado. O gelo da superfície é menos
denso do que a água. Enquanto que na superfície podemos ter uma temperatura de -10°C, por
exemplo, abaixo do gelo a água está em estado líquido.
Capacidade Térmica
Calor Específico
Assim:
Logo:
Calor de Transformação
Quando uma substância perde ou recebe calor, pode ocorrer uma mudança de fase. Num
sólido, a agitação térmica das partículas é pequena (rigidez do corpo). Num líquido, temos uma
agitação maior e no estado gasoso essa agitação é ainda maior.
Jonathan T. Quartuccio | Jonathan Tejeda Quartuccio – Física II - Notas de aula 72
A quantidade de calor (energia) fornecida para que uma substância mude completamente de
fase é chamada calor de transformação ( ).
Assim:
Trabalho
Temos um recipiente com um embolo. Vamos supor que há gás dentro do recipiente. Se
aquecermos nosso gás ele ira se expandir e irá empurra o embolo para cima:
Assim:
Transferência de calor
A mudança de temperatura, como vimos, ocorre com as trocas de calor. O calor pode ser
transferido entre corpos de três maneiras:
Condução
Na condução, a energia é transferida de um átomo para outro (ex: colher no fogo).
Convecção
Um mol é o número de átomos em uma amostra de 12g de carbono 12. O valor de 1 mol é
unidades. Chamamos esse valor de número de Avogadro ( ):
Gás Ideal
Num gás ideal, o movimento das partículas é desordenado. As colisões entre essas partículas
são elásticas, ou seja, não perdem energia. Podemos considerar seu volume desprezível e
existem forças de interação somente entre as colisões.
Em baixas concentrações os gases obedecem à relação:
E chamamos essa equação de lei geral dos gases, onde é o número de mols e é a
constante universal dos gases que vale . Vamos reescrever nossa lei em termos
de uma constante , chamada de constante de Boltzmann.
Sendo , temos:
Então:
Onde nesse caso é o número de moléculas. Agora temos duas equações que descrevem a lei
geral dos gases. Na primeira, temos a relação com o número de mols enquanto que na
segunda temos uma relação com o número de moléculas. Para um mol de qualquer gás ideal:
Isobárico
Nessa transformação, a pressão é constante.
Ao colidir com a frente do recipiente, as moléculas sofrem uma mudança de momento linear.
Quando uma partícula colide com a parede do recipiente ela inverte o sentido do movimento,
então:
Encontramos:
E sendo :
Uma única molécula pode percorrer um caminho livremente sem sofrer colisões com outras
moléculas. A medida que o número de moléculas vai aumentando, as colisões vão
aumentando e os caminhos livres vão diminuindo.
O movimento aleatório é denotado por , e é a distância média percorrida por uma molécula
entre duas colisões.
A soma de todas as possibilidades tem de ser igual a um (100%). Então, tomando todo esse
intervalo:
Quando for máximo, encontramos a velocidade mais provável. Como nesse ponto a
inclinação da curva tangente ao gráfico é zero, então:
Abaixo temos uma tabela com a energia interna para os diferentes tipos de moléculas de um
gás.
Um gás monoatômico, formado por átomos isolados e não moléculas, possui uma energia
interna:
Onde .
Se a expansão for livre:
Uma xícara de café quente perde calor para o ambiente. As chances de a xícara receber calor e
esquentar ainda mais o café são muito, muito, muito pequenas. Um ovo cai no chão e se
quebra. As chances de todos os pedaços se juntarem e formar o ovo inteiro novamente são
tão pequenas quanto à xícara esquentar espontaneamente.
Processos unidirecionais são ditos irreversíveis, ou seja, não podem ser desfeitos
naturalmente. Os casos da xícara esfriando e do ovo se quebrando são processos
unidirecionais. Mesmo que um processo irreversível ocorresse espontaneamente, como o ovo
voltar a ser inteiro, ele não violaria a lei de conservação de energia. Lembre-se que essa lei diz
que num sistema fechado a energia total sempre se conserva (a quantidade de calor perdida é
igual a quantidade calor recebida).
Não são as variações de energia de um sistema fechado que determinam o sentido dos
processos irreversíveis. O sentido é determinado pela variação de entropia ( ).
O postulado da entropia diz que:
Vamos supor que um sistema possua um estado inicial e final . A variação de entropia será
dada por:
“É impossível realizar um processo cujo único efeito seja remover calor de um reservatório
térmico e produzir uma quantidade equivalente de trabalho.”
“É impossível realizar um processo cujo único efeito seja transferir calor de um corpo mais
frio para um corpo mais quente.”
Temos uma máquina térmica, onde uma quantidade de calor é fornecida para o sistema. Uma
parte desse calor é transformada em trabalho e outra parte é “perdida”.
Mas , e . Então:
Ou
Nesse caso, uma fonte fria alimenta uma máquina juntamente com um trabalho. Para um
refrigerador temos:
Quando um gás ideal passa por um processo reversível (um caso especial):
Mas e :
A entropia de um sistema termicamente isolado nunca pode decrescer: não se altera quando o
processo é reversível mas aumenta quando o processo é irreversível!
Todos os microestados são igualmente prováveis. Se for muito grande, as moléculas estarão
quase na configuração .
A entropia se relaciona com através da equação: