Caminho das Aguas | Piatan Lube
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2 de fevereiroa 2 de marco de 2010
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ee neyArte, memoria e a rua
PiatanLube
uma imersio postica e investigativa nos horizontes da
modemizacio propondomaterializar smbolicamente 0
Espirito do ugar
‘obra interventiva Caminhe das éguas pederia pros:
pectar todo o ltoral brasileio, por questoes culturais
9 progresso” aqui entendido como dominacao incons-
Gente da ratureza, Mas encontra nailha 0 caminho.
Partindo de andlise geolégica, um espacode terra
cercado por Sgua (magia), pensando.o processo econd-
mico histético do Brasil, porto foi sempre uma carac-
teristca, para exportacio da matéria-prima para paises
fesenvolvides’ 4 aguaé um fator determinante para o
torritério,c interior do pais s6 velo aser ocupado poste-
riormente, neste sentido ilhas em seu posicionamento
geogtéfico privilegiado, em relacao 2o continente e a0
‘oceano, se tornam capitais. Em um enfretamento de
relacées identitrias com o lugar.
Pois quando a federacao entra nas engrenagens do,
desenvoly mento acelerade, essasilhas recebem pontes,
‘automéveis, a capital de um Estado tem que crescer a
qualquer custo. A cidade cresce, tomando do marteu
espaco, para dar conta das demands crescentes de
populacao, de habitacio, de aparatos administrativos.
Verdadelras barbaries geograficas séo postas em praticas
(aterros),tode uma caracteristica geol6gjca transfigu-
rada, brutamente.Instigar, caminhar, perceber, conhecer,
ambicionar, lembrar, imaginar, ver, flagrar, escutar,
conversar intaragi, pintar sa0 acoes desse processo. Ela
nose exgots emuma intervengao, 6 um proceso que
‘visa ao conhecimento, a interacao, 20 trabalho fisico, &
participacao emocional, ao elo, a0 estimulo da meméria,
20 sentico de ocupacdo, &revolta, &razéo. Ela tra um
nove enfaque a tuma antiga historia de luta por espago
que acompanha 0 homem diante do mar. Aobraem
seus desdobramentos conceituais provoca um tensio-
nigmento com o campo de valor, nainterseccao entre
‘arte contemporanea, cidade e meméria, Envereda por
‘uma direcao de aglutinacao ¢ efemeridade. Aglutinacao,
porque insere mais uma camada no tecido urbano (a
linha continua azul) e efémera porque esta serd diluida
pelo tempo e pelo fluxo intenso de pessoas. A linha~
agi fisica na propria paisagem problematiza 0 espaco
urbano,forca questionamentos coletivos, um enfrenta-
‘mento entre o tempo e a memériae que seelege em
uma investida hiorida na questao patrimonial, & medida
que cria uma materialidade efSmera como a memoria,
sobre-ateia da prépria paisagem, apontando para 0
‘embate homem e natureza. Faz ascender consciéncia &
superficie gracas a sua nao permanéncia e ainda convida
2 propria cidadea vivenciar ela mesma sob outras pers-
ppectivas. Estas temporais fisicas, biol6gicas, geol6gicas.
Logo, canduz a cidade a imaginar outro territorio em
outra temperatura, arquitetura, vielas com cheio de
‘mar, enfim, elementos tao afastados.
Trazendo aagao para o cemedo movimento urbene,
tanto em uma perspactiva postica quanto em embates
politicos, ou ainda, de premissas “proféticas’ a linha
simblica tragada no concreto sugere um camino a
ser percorrido e faz deslocar para o chio e para. inft
nito 0 olhar do transeunte. A apropriacao fisicae senso-
rial que o estimula a miitiplas questoes nao consegue
ser somente apreendida pelo olhar. A propria escala
_geogréfica propée um passeio por todas otsas paisa-
‘gens. Aciona um pertencimento 2o lugar e que na sua
apropriacao fisica também suscitaritualizaées de seu
‘uso, por meio de praticas, codigos que identificam esses
territérios para os grupos. O olhar hoje é um embate
com uma superficie que nao se deixa perpassar’. Fator
que exerce a sua importinciafisica e geografica, mape-
ando por meio da gramitica do espaco ¢ do corpo que
ficam impressos na cidade por meio de uma espécie de
palimpsesto nas camadas de existéncia-paisagem.