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RELAÇÕES ENTRE O ENSINO DE BIOLOGIA, SUBJETIVIDADE E IDEOLOGIA

Para fins desse trabalho de estabelecer inter-relações entre a subjetividade e ideologia com o
ensino da Biologia nas escolas, é pertinente estabelecer, para primeira análise, noções acerca
dos primeiros objetos, construindo, dessa maneira, uma perspectiva clara de sua matéria.
Subsequente a isto, discorrer sobre as problemáticas imbricadas no âmbito do segundo objeto,
para só então adentrar nos meandros constitutivos desse trabalho.

Para Rose (1990), há uma hierarquia titularizada nas forças sociais sobre o sujeito intrínseco.
Dessa maneira, no nexo social e privado se estabelece uma condição opressora, a que orienta
as minúcias da vida pessoal. Além disso, pontuar ainda, dentre outras coisas, grande ênfase da
subjetividade pelas instuições sociais.

Essa perspectiva macro sobre micro no plano de dominação, pode ser alocada e ajustada para
dentro do ensino de Biologia nas escolas na medida em que os professores tornem possível a
criação de um ambiente propício, mas tal conduta, em grade parte, está à mercê das
exigências sociais sobre escola, alunos e professores (GIASSI, 2009).

Para Freire (1996) a ideologia funciona como um anestésico na mente de cada pessoa, de
maneira que o deixe semi-reativo a demais estímulos externos e apenas condicionado a sua
inércia. Diante da metáfora, entende-se que sua participação inabilita o senso crítico no alvo
alienando-o de outras formas inteligíveis da formação social.

Formação cidadã

Ferramenta auxiliava do fluxo de pensamentos do sujeito autônomo nas mais capilares


atividades. KRASILCHIK, 2004,

Krasilchik (2004) a finalidade do ensino de Biologia e pensar lógica e criticamente, mas para ela
esse ideal dificilmente é alcançado, uma vez que na prática de sala de aula a realidade que
temos é de um ensino diretivo, autoritário, em que as oportunidades de discussão dos alunos
são coibidas, indicando que, na verdade, o que estamos fazendo é apenas uma transmissão de
Conhecimentos.
IDEOLOGIA
Com o tempo ou pensador, a ideologia tornou-se unívoca, isto é, teria uma multifacetada
interpretação. Tornando-se, por esse motivo, uma árdua tarefa defini-la sob um único prisma.
Para esse trabalho lanço mão de apenas alguns conceitos pertinentes. O primeiro deles- Canabis,
Destrut de Tracy- trata de delinear como teoria ou estudo das ideias. Mas é só em Karl Marx e
Fredick Engels que trazem como o, nas palavras de Silvo Gallo (1998, p. 134), “ conjunto de
ideias produzidas por uma classe socialmente dominante, com o intuito de preservar a condição
de dominação”. Dessa maneira, cria uma “falsa consciência” a fim de “ mascarar a realidade
concreta da exploração” e dominação “ de modo a passar uma visão de mundo que mostre a
divisão de classes como um fator natural e necessário” (p.136).

Um outro pensador chamado Antonio Gramsci entende a ideologia como uma visão de mundo,
a qual representa a realidade concreta ou ideias ultrapassadas. Ou seja, a primeira interpreta a
constituição social de modo ipsis litteris, literalmente ou tal qual ele é; já o segundo diverge
entre o produzido e o utópico.

Essa “visão de mudo” apresentada por ele está na dinâmica social assim como a sobrevivência
está para o homo sapiens, isto é, intricada a consciência dos hábitos naturalmente, muitas vezes
longe da percepção imediata. Para simplificar, já direcionando para as relações existentes entre
o ensino de biologia, subjetividade e ideologia, tema de trabalho, “ a criança, em sua formação,
recebe toda a carga cultural já pronta, estruturada, na qual ela deve se inserir” para “se adaptar a
um mundo já construído” (p.138). Por esse caminho todos podem compartilhar um ideário igual
como acontece nas sociedades indígenas de adorarem, por força da cultura, o deus sol ou asteca
com o Quetzalcóatl.

Além desse, destaco ainda Louis Althusser no pequeno ensaio Aparelhos Ideologicos de Estado
com ênfase na ideologia como exterioridade.

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