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Muitas pessoas chegam à casa espírita dizendo:
"Um vidente viu um espírito atrás de mim...”
Dizem assustadas, na esperança de que esse 'encosto' seja afastado.”
Não são encostos, são amigos que precisamos auxiliar, orientar
mesmo acerca do que fazer!
Mas elas têm pressa, querem se livrar logo do espírito...que
aparentemente incomoda!
Algumas chegam buscando um tratamento milagroso:
"Os espíritos me incomodam, perco o sono, não suporto mais isso".
E muitas vezes as queixas são com relação a crianças, que não
dormem, porque vêem vultos, escutam vozes e outros fatos mais.
Há uma diferença entre o tratamento espiritual e o tratamento físico,
mesmo sabendo-se que a parte espiritual, quando não é curada, vai
influenciando a matéria e muitas vezes provocando doenças físicas.
A gente confunde realmente:
Sente dores de cabeça, dores de estômago, ansiedades, inquietações,
insônia, etc.
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conseguimos nos acertar mutuamente.
E não são só dívidas do passado, são as do presente também.
Mas não nos esqueçamos de que no mundo espiritual sempre há
espíritos familiares que também nos protegem e que saem em defesa
do nosso bem, quando não, nos orientando acerca das necessidades
mais prementes.
Se você não paga, o defensor daquele que precisa receber a dívida
também sai em defesa dele.
Quando você fica bravo e xinga, ele vem e lhe diz:
"Mas você deve ao meu filho.”
Pague a sua dívida...
E passa também a incomodar.
Agora, quem é o errado?
Somente o que não paga a dívida?
Lógico que não.
Aquele ato ou fato que chamamos de obsessão, e de que acreditamos
ser sempre as vítimas, não é bem verdade.
Somos quase sempre nós os faltosos!
E esta convivência com os espíritos, seja do passado ou do presente, é
o que nos faz refletir, e até crescer no entendimento e compreensão
dos fatos que a espiritualidade sempre coloca ao nosso dispor.
O que fazer para conviver melhor com eles?
Queremos que a espiritualidade maior e nossos mentores convivam
conosco.
Para isso precisamos mudar de hábitos.
E o espírito menos evoluído também tem que aprender a mudá-los
para viver melhor e progredir.
Isso é o esforço conjunto pela evolução moral, que nos mostra
racionalmente os porquês, que nada mais são do que seguir
corretamente a lei divina.
Por isto Jesus afirmava:
Eu vos enviarei no tempo certo, um Consulador , que vos háde
esclarecer de uma forma mais objetiva tudo o que eu vos tenho dito e
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muito mais!
Não há castigos, nem vítimas ou algozes, porque tudo é muito
natural:
Quem deve, precisa pagar; quem quer colher, tem que plantar a
semente... isso é Evangelho puro.
Em resumo: Lei de Causa e Efeito!
Mas esse é o tratamento?
Muitas pessoas questionam quando dizemos que esse é o verdadeiro
tratamento.
E dizem:
Mas eu quero ir para um tratamento específico, espiritual, quero
resolver logo...
E o que são as palestras públicas?
Ao assisti-las, estamos nos tratando, nos educando e estudando para
agirmos melhor.
E também trazemos para o centro aqueles que nos assediam, que
acompanham o que está sendo falado.
Por isso também o obsessor adora quando a pessoa vai para a palestra
e dorme, porque percebe que ela não vai mudar nada, facilitando a
sua ação!
Outros espíritos ficam lá fora e, quando saímos, vão junto testar os
resultados obtidos, observar as nossas intenções renovadas ou não.
Precisamos conviver com eles, aprendendo e ensinando.
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vítima, fazendo-se a maior caridade, com a espiritualidade e conosco
mesmos.
Também ao receber o passe não devemos pensar só em nós, com a
idéia fixa de 'mandar' o obsessor embora, afinal precisamos nos
ajustar de uma vez por todas.
No passe, recebemos uma emissão fluídica assim como ele.
Então, relaxe, e abra sua mente.
Abrace o seu irmão fraternalmente.
Afinal se ele for favorecido, você também o será.
A reunião de desobsessão
Muita gente acha que indo para uma desobsessão ficará liberta da
influência espiritual.
Quando a pessoa está muito perturbada, não é esta a melhor
indicação, porque ela poderá sair mais atemorizada, por não conhecer
todo o processo.
O trabalho mediúnico não é para nos beneficiarmos, mas para o
socorro dos espíritos, muitos deles trazidos por nossa presençanas
palestras.
Mais interessados irão começar a desabafar e ser orientados,
conscientizando-se e aprendendo mais.
O médium não tem que saber se o espírito veio acompanhando Maria
ou João.
Pouco importa a quem esteja ligado.
Precisa de socorro, e às vezes, se manifesta em mais de uma
oportunidade..., e nem sempre esclarece o que realmente precisa pois
a maioria das vezes nem sabe!
Fala da sua revolta, que está tratando de cobrar uma dívida, ao que o
orientador irá conversar, explicar que nada é por acaso, que é preciso
perdoar, que a vingança não resolve nada!...
Devemos trazê-los à casa espírita para participar das palestras, dos
passes, enfim do conhecimento tão necessário a todos nós!
É preciso dizer:
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"Eu vou junto com você para a escola do bem", do esclarecimento e
da compreensão plena dos fatos que nos envolvem.
E a caridade?
Há quem acredite que só o trabalho de caridade material vai lhe fazer
bem.
A caridade material é importante, mas e a caridade moral que nós
devemos praticar mos com esses espíritos?
Eles têm que crescer, evoluir, não podem ficar cobrando de nós uma
dívida “ad eternum”.
Essa é a caridade espiritual, trazê-los para a compreensão do
Evangelho nas palestras, que são verdadeiras escolas para todos.
Por isso, a necessidade do estudo.
O conhecimento é um meio de se vacinar contra a obsessão.
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Sim, pode até ter mediunidade, mas a dificuldade que vai causar num
trabalho é muito maior do que os benefícios que poderia oferecer.
Melhor que se auto-eduque primeiro.
Adolescência e a mediunidade
É um absurdo levar um adolescente para uma sessão mediúnica.
Às vezes ela assina esse contrato de forma precoce.
Ela tem mediunidade – vamos dizer, em grau médio – que poderia
esperar.
A família chega e diz:
Mas ela é médium, vê os espíritos...
E é só arrumar um namorado católico que ela manda os espíritos
para longe e fica com o namorado.
Adolescentes têm que saber o que é o compromisso com os espíritos.
Mediunidade e envelhecimento
Quando o médium envelhece demais e resolve que é hora de
trabalhar, melhor também pensar, porque a mediunidade exige muita
coisa de nós e as pessoas com mais idade, que nunca trabalharam
com ela, podem também criar conflitos.
Podem achar que suas dores, naturais, sejam influências espirituais.
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Se dói a perna, é influência que o espírito deixou...
O idoso está sempre cheio de dores.
Não é espiritual, é material mesmo.
Ao que tudo indica, brincamos e dizemos:
Prazo de validade vencido!
A rigor temos em que procurar um médico o mais breve possível.
É preciso lembrar que é grande esse compromisso e saber quando
podemos ou não assumir.
Quer trabalhar, ser um tarefeiro do mundo espiritual?
Não perca tempo.
Não espere envelhecer demais.
Viaje menos, assuma menos compromissos, libere um dia por semana
para o trabalho, faça um esforço para isso, renuncie a alguma coisa
material, para não dar muito trabalho aos espíritos.
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As casas espíritas costumam oferecer inúmeras formas de tratamento,
mas cada uma tem as suas características, algumas delas adotando
inclusive formas diferentes do próprio passe.
Mas o mais importante é que, na base de todo trabalho sério, esteja
sempre a coerência como o que nos ensinou Allan Kardec, tendo
sempre o incentivo para o estudo, pois sem estudo nada feito!
Aproveitar o estudo
Sem a prática daquilo que se estuda não haverá aprendizado
completo.
Tem gente que entra nos cursos e não quer sair.
Vai ficar um eterno aluno de espiritismo?
Ser doutor em espiritismo também não resolve.
Não se pode confundir intelectualidade de conhecimentos espíritas
com a condição evangelizada do médium, que pelo o que já estudou
pode reconhecer suas fragilidades e sabe que deve se esforçar para
vencê-las.
A doutrina espírita é maravilhosa, mas é preciso entendê-la de fato e
de verdade.