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A citologia é a ciência que basicamente estuda as células e suas funções ,estrutura, e

sua importância na compreensão dos seres vivos. Todos os seres vivos, com exceção
dos vírus, são feitos de uma ou mais células. Os vírus não são formados por células e
sim por uma cápsula proteica e ácido nucléico (DNA ou RNA) e essa é uma das razões
por que não são considerados seres vivos completos. A célula é a menor parte com
forma definida que constitui um ser vivo e tem a capacidade de auto-duplicação (pode
se dividir sozinha). Os seres humanos possuem aproximadamente 100 trilhões de
células; um tamanho de célula típico é o de 10 µm (1 µm = 0,000001m); uma massa
típica da célula é 1 nanograma (1ng = 0,000000001g). As células, em geral, possuem
tamanho tão pequeno que só podem ser vistas com um microscópio e dentro delas
ocorrem os inúmeros processos que são fundamentais para manter a vida. A citologia só
se deu início com a invenção do microscópio. Foram os holandeses Hans Janssen e
Zacharias Janssen, que inventaram o microscópio no final do século XVI. No início era
apenas utilizado como um brinquedo para observar pequenos objetos. A primeira pessoa
a utilizar um microscópio para observar materiais biológicos de forma sistemática foi o
holandês Anton Van Leeuwenhoek, ele observou minúsculos seres unicelulares que
pulavam em gotas d’água colhidas de uma lagoa (protozoários). Ele descobriu a
existência de micróbios (ou microrganismos), é considerado pai da microbiologia:
relatou as formas e o comportamento dos microrganismos. Em 1665, Robert Hooke,
observava fatias de cortiça no microscópio e durante esse experimento notou que havia
pequenas cavidades. Ele se deu conta que a leveza do material se dava por conta dela
ser formada por diversas caixinhas microscópicas vazias e ele chamou essas caixinhas
de cel, palavra que no inglês significa cela ou cavidade, daí veio o nome célula. Robert
Brown, um botânico escocês, em 1833 descobriu a existência de uma estrutura esférica
nas células(núcleo). No início do sec. XIX já haviam descoberto as três partes
fundamentais da célula e também a parede celular. Posteriormente foram descobertos as
organelas citoplasmática. Na década de 50 foi inventado o microscópio eletrônico ele
consegue fazer ampliações de até 250000 vezes, com ele conseguiu se elucidar a
estrutura da membrana plasmática e a dos organoides membranosas. Foram descoberto
inúmeras fibras proteicas compondo uma rede tridimensional, formada por micro
filamentos e micro túbulos, o que deu origem ao termo citoesqueleto.

O número de células encontradas no seres vivos variam de um ser para outro. Existem
seres unicelulares, que possuem apenas uma célula, que são as bactérias, as
cianobactérias, protozoários, as algas unicelulares e as leveduras. E existem os seres
pluricelulares, que são formados por mais de uma célula.

Os diferentes tipos de células podem ser definidas em duas categorias em relação a sua
organização do núcleo.

Existem dois tipos de células:

As células PROCARIONTES, que embora tenham material genético (DNA e RNA,


que pode ser observado como um anel sem proteínas), não apresentam membrana
nuclear (carioteca) e nem organelas citoplasmáticas, ou seja não possuem núcleo e seu
material genético fica espalhado por toda a extensão da célula. A única estrutura
presente no citoplasma dessas células são os ribossomos, estruturas necessárias para a
síntese de proteínas. Esses organismos possuem o tamanho relativamente pequeno e
com composição e funcionamento bem simplificado, o que faz deles os primeiros
organismos vivos no planeta. Sua existencia data que surgiram há bilhões de anos como
um grupo de seres unicelulares. Capazes de sobreviver em todos os ambientes,
incluindo os mais inóspitos, onde as condições de temperatura e pH seriam consideradas
inadequados para o desenvolvimento de outros seres vivos. Apesar de estarem em toda
a nossa volta os procariotas podem ser difíceis de se detectar, contar e classificar. Todas
as espécies procariontes que conhecemos hoje estima se que seja uma pequena parcela
do que realmente exista. Os seres vivos são classificados em três domínios existentes:
Archaea, Bacteria e. Por muito tempo os procariontes eram classificados em um único
domínio, mas na década de 70 o microbiologista Carl Woese mostrou que os
procariontes se dividiam em dois domínios distintos, a Archaea e Bacteria. A milhões
de anos atrás, quando se separaram um do outro, tanto archaea tanto bactéria se
ramificaram em muitos grupos e espécies.

As bactérias podem ser classificadas através de vários critérios e um deles é a parede


celular. Observando a parede celular desses organismos podemos classifica-los em
gran-possitivo, gran-negativo ou micoplasma. Elas também podem ser classificadas de
acordo com sua forma e arranjo.

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A forma de reprodução mais comum das bactérias e a assexuada, por bipartição ou


cissiparidade. Ocorre a duplicação do DNA bacteriano e uma posterior divisão em duas
células, produzindo clones de si mesmas - elas não cruzam entre si.

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O domínio Archaea outrora pertencia ao reino Monera. Entretanto, com os avanços da


ciência, percebeu-se que este grupo se apresenta mais semelhante aos seres eucarióticos
do que com as bactérias propriamente ditas. A sua membrana citoplasmática se
assemelha muito com a dos eucarióticos, por conter fosfolipídios, estes em cadeia
linear, com ligações do tipo éster. Assim como nas bactérias propriamente ditas, o
cromossomo é geralmente único e circular. A maioria dos seres pertencentes a este
domínio são autotróficas quimiossintetizantes, enquanto as bactérias podem
apresentar diversos tipos de vida. Ela possui uma característica muito marcante que é
viver em locais extremos quase que incompatíveis com a presença de seres vivos, onde
muitos outros organismos não sobreviveriam. Geralmente esses organismos apresentam
características que os permitem sobreviver nesses ambientes, como também parecem
melhorar os ambientes extremos. Assim, eles são chamados de extremófilos (do grego,
philos, amante - “amantes” de condições extremas). Acredita-se que esta característica
se dá pelo fato do grupo ser muito antigo, e às poucas mudanças que seus representantes
sofreram ao longo do tempo, já que na Terra primitiva tais condições eram encontradas.
Podem ser encontradas em ambientes extremamente salino (Halófilos extremos),
próximos a fontes termais submarinas, vulcões (Termófilos extremos), pântanos e
vísceras de herbívoros, produzindo metano (metanogênicos). Quanto à sua estrutura,
estes organismos podem se apresentar espiraladas, em forma de cocos, bastões, vírgulas,
ou até mesmo sem uma forma definida. As archaea se reproduzem assexuadamente por
fissão binária ou múltipla, fragmentação ou brotamento. A meiose não ocorre dentro da
célula Archaea. Assim, se uma espécie de Archaea existe em mais de uma forma, todas
terão o mesmo material genético. Curiosamente, até agora, não foi descoberta nenhuma
archaea que seja patógeno ao ser humano.

Eukaryota é o domínio dos organismos eucariontes ou eucariotas, como são mais


comumente conhecidos. Alguns exemplos clássicos destes representantes (unicelulares
ou pluricelulares) são os animais, as plantas, os protozoários e os fungos. São celulas
mais complexas que as procariontes. Elas podem ser animal ou vegetal, possuem
membrana nuclear individualizada e vários tipos de organelas. Um dos principais
aspectos evolutivos dos eucariontes é a presença de um núcleo definido por uma
membrana nuclear, o qual protege as moléculas de DNA que existem nessa região e
no interior do núcleo onde ocorre a duplicação do DNA e a síntese de RNA
(transcrição). A maioria dos animais e plantas a qual estamos acostumados são dotados
deste tipo de células.

É muito provável que estas células tenham aparecido através de um processo de


aperfeiçoamento contínuo das células procariontes. Acredita-se que o surgimento tenha
partido do processo de emissão de prolongamentos ou invaginações da membrana plasmática
em células primitivas, que ao longo do tempo foram adquirindo crescente complexidade à
medida que se multiplicavam.

É impossível, até agora, avaliar com precisão quanto tempo a célula "primitiva" levou
para sofrer os aperfeiçoamentos em sua estrutura até originar o modelo que hoje se
repete na imensa maioria das células, mas é provável que tenha demorado muitos
milhões de anos. Oque se acredita é que a célula "primitiva" era bem pequena e para
que sua fisiologia fosse melhor adequada à relação tamanho × funcionamento era
necessário que crescesse. No interior do citoplasma dessas células estão diversas organelas
membranosas que apresentam as mais diversas funções.

ORGANELAS E SUAS FUNÇOES

As organelas são minúsculas estruturas que desempenham funções muito específicas dentro
das células. Diferentes números de organelas podem ser encontrados dentro de vários tipos de
plantas, animais e células de bactérias. Cada um com a sua própria tarefa importante, como a
produção de energia ou proteínas de fabricação. São estruturas que possuem uma ampla
variedade de funções dos quais são tarefas essenciais para a vida da célula. Entre as principais
podemos citar o retículo endoplasmático, os ribossomos, o complexo golgiense, os
lisossomos, as mitocôndrias, o peroxissomo e cloroplastos (ausente em células animais).
Cada um destes ficam localizados em áreas específicas de células. Normalmente, o núcleo está
localizado próximo do centro, com o reticulo endoplasmático e o complexo de Golgi localizado
no seu entorno, e as demais organelas espalhados dentro da célula. O tipo e o número de
organelas existente em uma célula varia de acordo com a finalidade celular.
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