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Você sabe o que significa

neoconstitucionalismo?

A AGU explica!

De acordo com o conceito clássico,

a Constituição é um documento escrito


que apresenta duas funções principais:

a limitação dos poderes do Estado e


a previsão de direitos fundamentais.

Essa visão ficou consagrada

a partir das mudanças


das estruturas de poder

com a Revolução Francesa e


a Constituição americana.

Porém, foi a partir da 2ª Guerra Mundial

que esse pensamento foi, aos


poucos, sendo superado

por um novo pensamento apresentado


por doutrinadores,

que ficou conhecido como


“neoconstitucionalismo”

ou “constitucionalismo contemporâneo”.

Essas doutrinas não foram elaboradas


em só um lugar ou por uma só pessoa.

Mas quando abordadas em conjunto,

nos trazem uma nova forma de


ver as normas constitucionais,

que refletem uma sociedade


mais plural e complexa.

Em resumo, o neoconstitucionalismo
está pautado nas seguintes bases:

a força normativa da Constituição,

ou seja, o reconhecimento
de que a Constituição

possui uma força jurídica interna

que a diferencia das


demais normas jurídicas.

A expansão da jurisdição constitucional,


isto é, o entendimento de que
as cortes constitucionais

têm o poder de dar a palavra final


sobre a interpretação da Constituição.

No nosso caso, esse papel


é desempenhado pelo STF.

E as novas técnicas de
interpretação constitucional.

Aos tradicionais métodos


de interpretação,

foram acrescentadas novas técnicas,

como a ponderação como


método de decisão,

o uso das cláusulas gerais

e o reconhecimento dos princípios


como normas constitucionais.

A força que o neoconstitucionalismo


possui nos dias atuais

comprova que o papel do


jurista contemporâneo

não é apenas analisar


a letra fria da lei,

mas, sim, captar o verdadeiro


sentido da norma

a partir da análise do caso concreto.

O Supremo Tribunal Federal


utilizou o neoconstitucionalismo

em muitas de suas decisões.

Dentre elas, podemos destacar


os casos em que a Corte decidiu

pela possibilidade de interrupção da


gravidez nos casos de anencefalia,

em que declarou válido o ato do CNJ

que impede a nomeação de parentes para


cargos em comissão no Poder Judiciário

e que reconheceu como válidas


as uniões homoafetivas.
Em todas as oportunidades,

a nossa Corte ressaltou a importância


do neoconstitucionalismo

como força concretizadora


da Constituição

e como reafirmação dos princípios


e valores nela presentes.

O assunto desse vídeo foi


uma sugestão de vocês!

Se vocês quiserem que a gente


comente mais algum assunto,

é só postar aqui nos comentários.

Para saber mais sobre a AGU e o mundo


jurídico, vocês já sabem: #AGUexplica.

Até a próxima!

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