Professional Documents
Culture Documents
São os requisitos indispensáveis para que a ação proceda, o primeiro dos quais o de
que, o autor tenha razão segundo o D. Material ou seja, para que seja concedida a
providência pretendida pelo demandante.
Exemplo: Citação Edital – art.º 225, n6 – art.º 236 – art.º 240 CPC.
Personalidade Judiciária
Capacidade Judiciária
Legitimidade
Interesse Processual
Competência
Patrocínio Judiciário.
- Art.º 12 CPC;
- Art.º 13 CPC;
Capacidade Judiciária consiste na suscetibilidade de estar, por si, em juízo numa ação.
(Quem não tem capacidade de exercício em princípio, também não tem capacidade
judiciária)
Menores – art.º16, n1 CPC salvo quando, art.º 127, n1, a) – art.º 1922, n1 CC
Exceção ao art.º 30, nº1 CPC – não havendo um interesse direto na ação, há um
interesse reflexo ou derivado (lado ativo):
(lei estende a legitimidade a quem tem um interesse reflexo ou derivado)
Proteção Interesses Privados – Sub-rogação (substituição) – art.º 606 CC
Ex. A tem um direito de crédito sobre B; C tem um direito de crédito sobre A. A
não quer intentar ação sobre B, para lhe exigir o crédito – tendo conhecimento
C desta situação pode sub-rogar-se a A para intentar a ação contra B, exigindo-
lhe o crédito.
Proteção de Interesses Difusos – Ação Popular – Interesse Ambiental – art.º 31 e
art.º 52, n3 CRP.
Legitimidade Processual Singular – pressupõe que a ação seja proposta por apenas um
autor direcionada a apenas um réu.
Legitimidade Processual Plural – pressupõe uma pluralidade de partes (+ que 1
autor/réu) – Pode classificar-se em 3 tipos:
- Pluralidade Ativa – Quando a ação necessita de ser instaurada pelo A em
conjunto com o B, contra o C.
- Pluralidade Passiva – Quando A instaura um ação contra B e C.
- Pluralidade Mista – Quando A em conjunto com B instauram uma ação contra
C e D.
Exemplos em que a Lei é uma fonte de litisconsórcio necessário (casos em que todas as
partes têm que estar presentes na ação):
I. Obrigações Indivisíveis com pluralidade de devedores – art.º 535 CC.
II. Ação de Impugnação Pauliana – art.º 611 CC.
III. Exercício de direitos relativos à herança – art.º 2091 CC.
IV. Legitimidade entre cônjuges – art.º 34 CPC
V. Habilitação dos sucessores da parte falecida – art.º 351, n1 CPC
VI. Ação de Preferência – art.º 410 CC.
Para haver Coligação é necessário estarem cumpridos determinados requisitos, que são
eles:
Verifica-se a Coligação quando,
- Requisitos Substantivos; esteja cumprido pelo menos 1
requisito substantivo em conjunto
- Requisitos Adjetivos. com todos os requisitos adjetivos,
estes são cumulativos.
I. Requisitos Substantivos (são quatro):
1. Identidade da causa de Pedir – art.º 36, n1 (1ª parte) CPC
(Factos sobre os quais assenta a pretensão de direito solicitada ao tribunal. Ex.
Atropelamento.)
2. Dependência entre os pedidos – art.º 36, n1 (2ªparte) CPC
(Ex. A instaura uma ação contra B – a exigir a anulação do contrato de compra e
venda de um carro; A instaura uma ação contra C – a exigir a entrega do carro.
- Os pedidos são dependentes um do outro ou seja, não faz sentido, instaurar o
1º pedido se não se instaurar o 2º pedido e vice-versa).
3. A Procedência do pedido depende da apreciação dos mesmos factos ou de
direito – art.º 36, n2 CPC
(Os Pedidos são distintos, as várias causas de pedir são distintas – o que de
facto, se verifica é que a procedência do pedido está dependente da apreciação
dos mesmos factos ou de direito)
4. Os pedidos deduzidos contra os vários réus, baseiam-se na invocação da
obrigação cartular quanto a uns, e da respetiva relação subjacente, quanto a
outros – art.º 36, n3 CPC
(de um lado- existe a obrigação cartular (o que consta do título); em
contrapartida – existe uma relação jurídica subjacente (motivo que fez emergir
o título)
4. Interesse Processual
(não está previsto no CPC)
Quando no âmbito de uma ação proposta, alguma das partes não tem qualquer
interesse processual daí derivam consequências, que são:
- Se a ação proposta é uma ação de condenação – consequência é a absolvição do
pedido.
- Se a ação proposta é uma ação constitutiva ou de simples apreciação – consequência
é a absolvição da instância.
Nota:
Patrocínio Judiciário ≠ Assistência/Apoio Judiciário
Patrocínio Judiciário ≠ Assistência técnica aos mandatários – art.º 50 CPC (Ex.
Psicólogos, Arquitetos, Engenheiros, Médicos…)
Art.º 40, n1, al. c) CPC – é também obrigatória a constituição de Advogado quando
instauradas ações nos tribunais da relação ou STJ.
(art.º 147, n2 CPC – quando a constituição de mandatário é necessária é obrigatório
que a peça esteja narrada sob a forma de artigos- e vice versa)
1. Competência Internacional
- Principio “Fori” – art.º 6, n1 CPC (aplica-se a lei de cada Estado membro onde se
adquiriu o imóvel) – art.º 63 CPC
2. Competência Interna
O art.º 209 CRP e o art.º 29 LOSJ – apresenta as categorias existentes dos tribunais
- Tribunal Constitucional (tribunais especiais)
- Supremo tribunal de justiça (tribunais judiciais)
- Tribunal da relação ou tribunais de 2ª instância (tribunais judiciais)
- Tribunais de 1ª instância (tribunais judiciais)
- Supremos tribunal administrativo (tribunais não judiciais)
- Tribunal de contas (tribunais especiais)
Organização Judicial:
Assenta em 2 problemas que são,
- Divisão Judiciária;
- Categoria dos tribunais
Divisão Judiciária assenta no modelo das comarcas – 23 comarcas (que agregam vários
distritos) – art.º 33, n2 LOSJ – Anexo II
Ex. Comarca de Braga abrange vários municípios.
E também, Distritos Judiciais – art.º 32, n1 LOSJ – Anexo I (cada tribunal da relação
abrange várias comarcas)
Voltando à Competência Interna esta, tem que ser analisada com base nos quatro
critérios mencionados atrás – art.º 37, n1 LOSJ e art.º 60, n2 CPC
A. Critério da Competência em razão da hierarquia (tribunal hierarquicamente
competente)
(saber se a ação vai ser instaurada no Tribunal 1ª instância, no Tribunal da relação
(casos do art.º 73, b) e e) LOSJ) ou no Supremo tribunal de justiça (casos do art.º 55, c)
LOSJ))
- Por argumento à contrário senso aplica-se o art.º 67, 68 e 69 CPC (se a ação não vai
ser instaurada nem no TR nem no STJ- será no Tribunal de 1ª instancia).
B. Critério da Competência em razão da matéria
- Quer o STJ, quer o TR estão organizados em termos de matéria.
- Os tribunais de 1ª instância estão organizados em competência genérica e
competência especializada – art.º 65 CPC, art.º 80, n2 e 81, n3, al. a) e b) LOSJ (Juízo
central cível/ Juízo central cível) – art.º 126, n1, b) LOSJ, art.º 122, n1, c) LOSJ e art.º 123,
n1, d) LOSJ.
C. Critério da Competência em razão do valor – art.º 66 CPC
Juízo Central Civel - art.º 117, Juízo Local Civel - art.º 130, n1
n1, a) LOSJ LOSJ