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ae Transformando seus filhos em campedes Sandra eu temos nove filhos, ¢ consideramos todos campedes. Naturalmente, nem eles nem nos ja chegamos 1a; diariamente rezamos pedindo sabedoria, forca, perdao e o poder de melhorar. Procuramos de todas as formas transformar nossos filhos em campeoes. As dez chaves a seguir, incidentalmente, se aplicam também a trans- formar em campedes as pessoas que vocé emprega, administra ou lidera Primeiro, trabalhamos para construir 0 amor-proprio de nossos filhos. Desde o dia em que nascem, nos lhes damos apoio, acreditando neles e lhes dando muito aconselhamento positivo. Expressamos confianga ne- les e em seu potencial. Procuramos nao comparar uns aos outros nem com outras pessoas. Sempre acreditei que a maneira como as pessoas se sentem por dentro em relacao a si proprias constitui a verdadeira chave para 0 aproveitamen- to de seu talento ea liberacao de seu potencial. E a maneira como se veem reflete, em grande parte, a maneira como sao tratados pelas outras pes- soas, principalmente os pais. Transformando seus filhos em campedes 133 Quando os nossos filhos eram pequenos — em fase pré-escolar — procuravamos construir o seu amor-proprio, lhes dedicando bastante tempo, ouvindo-os, brincando com eles e ajudando a se auto-afirmarem. Por exemplo, eu ainda dedico muito tempo ao nosso filho mais novo, Joshua, e gosto muito disso. Quando volto de uma viagem — mesmo que eu tenha me ausentado apenas por um dia — comemoramos indo a uma loja perto de casa para comprar um presente. Logo que entramos no car- ro, ele se aconchega a mim e diz: — Aqui estamos nds de novo, sé vocé € eu. E af eu comeco a dizer: — Ah, oh... Até chegarmos a loja, ja matamos as saudades. E entao a noite ele diz: — Vocé vai me contar uma estoria hoje novamente, papai? | Eu digo: | — Claro, filho. Ai ele fica bem juntinho de mim e eu lhe conto estérias. Segundo, incentivamos a grandeza essencial. Ensinamos que existem dois tipos de grandeza: a grandeza essencial, que é 0 carater baseado em prin- cipios — e a grandeza secundaria, que é aquela que o mundo reconhece. Essa tem sido uma constante, procuramos inspira-los a se voltarem para a grandeza essencial em primeiro lugar e nao compensar a fraqueza de cara- tér substituindo-a ou tomando forca emprestado de fontes secundarias | (popularidade, reputacao, propriedades, aptiddes naturais e assim por | diante). | Por exemplo, nosso filho Sean deu demonstracées de grandeza essen- cial em varias ocasides durante a sua missao na Africa do Sul, constante- mente renunciando, se disciplinando, dando amor aos outros, apoiandoa todos com quem ele trabalhava e ampliando sua missdo para influenciar mais gente. Ele aprendeu, normalmente a duras penas, que as quest6es criticas da vida se resolvem em torno da opiniao de Deus e da gloria ou da opiniao do homem e da gloria. Sean também demonstrou grandeza essencial pela sua coragem em tomar decisées diante de tremenda pressao. Como zagueiro estreante no time de futebol do BYU, ele aprenden a estudar a defesa e mudar o 4 134 LIDERANCGA BASEADA EM PRINCI{PIOS jogo quando em seu intimo ele sentia que o jogo nao iria dar certo. De- senvolveu 0 equilibrio, a paciéncia e a habilidade de estudar a defesa e arremessar para o jogador que estava fora do bloqueio. Quando sentia que o rendimento do time estava caindo, ele voltava ao campo com 0 moral alto e adotava uma atitude que dizia: “Nos vamos fazer pontos — nos vamos fazer alguma coisa.” Quando perdiaa posse de bola, recuava, batia nas costas do atacante e dizia: “Boa.” Procurava sempre se aproxi- mar de algum jogador que estivesse desestimulado e tivesse perdido a fé em si proprio. Embora queira jogar bem e vencer os jogos, o seu objetivo primario na faculdade é se preparar para a vida e para a pés-graduacao. No momento ele nao esta pensando em termos de uma carreira de futebol, a longo pra- zo, ciente de que uma contusao grave pode mudar tudo. Terceiro, nds os incentivamos a desenvolverem seus proprios interesses. Por exemplo, quando Joshua assistiu ao filme Karaté Kid quis ter aulas de caraté. Eu imediatamente o matriculei, tendo plena consciéncia de que em uma.ou duas semanas ele se interessaria por outra coisa e iria gradati- vamente perder o interesse pelo caraté. Mas eu quero que ele procure fa- zer alguma coisa enquanto estiver entusiasmado, e procuro dar-lhe apoio na escolha de suas atividades. Por exemplo, recentemente estavamos jo- gando bola no corredor e ele disse: — Olha s6 como eu sou bom de futebol. Ele nao duvida de sua aptidao em fazer bem varias coisas diferentes. Quando constatamos real talento em nossos filhos, nés os incentiva- mosa desenvolvé-lo. Por exemplo, percebi os dotes atléticos de Sean mui- to antes de ele participar de competicdes. Quando ele estava na escola pri- maria eu sentia sua flexibilidade, sua coordenacdo, sua rapidez e o equili- brio de seu corpo. Eu o incentivei sugerindo: — Por que vocé nao compete? Por que nao participa das corridas? Mas ele sempre ficava um pouco hesitante com medo de tentar e fa- Ihar, e, portanto, achava que era melhor no tentar do que fracassar. Um dia Sean finalmente concordou em competir em algumas corridas na es- cola, venceu todas e, uma vez que sentiu do que era capaz, comecou a competir em diversos esportes.

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