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FACULDADE DE TAQUARITINGA

GRUPO EDUCACIONAL
UNIESP
UNIÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADAS

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Anderson P. Cavalcanti

TEORIA GERAL DE SISTEMAS


TGS

Taquaritinga/SP
2013
1- O que é Teoria geral de sistemas
A TEORIA GERAL DE SISTEMAS (também conhecida pela sigla,
T.G.S.) surgiu com os trabalhos do biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy,
publicados entre 1950 e 1968.
A T.G.S. não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas,
mas sim produzir teorias e formulações conceituais que possam criar condições de
aplicação na realidade empírica. Os pressupostos básicos da T.G.S. são:
 Existe uma nítida tendência para a integração nas várias
ciências naturais e sociais;
 Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos
sistemas;
 Essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente
de estudar os campos não físicos do conhecimento científico, especialmente as
ciências sociais;
 Essa teoria de sistemas, ao desenvolver princípios unificadores
que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas ciências
envolvidas, aproxima-nos do objetivo da unidade da ciência;
 Isso pode levar a uma integração muito necessária da educação
científica.
A importância da TGS é significativa tendo em vista a necessidade de
se avaliar a organização como um todo e não somente em departamentos ou
setores. O mais importante ou tanto quanto é a identificação do maior número de
variáveis possíveis, externas e internas que, de alguma forma, influenciam em todo
o processo existente na Organização. Outro fator também de significativa
importância é o feed-back que deve ser realizado ao planejamento de todo o
processo.
Teoria dos sistemas começou a ser aplicada na administração
principalmente em função da necessidade de uma síntese e uma maior integração
das teorias anteriores (Científicas e Relações Humanas, Estruturalista e
Comportamental oriundas das Ciências Sociais) e da intensificação do uso da
cibernética e da tecnologia da informação nas empresas.
Os sistemas vivos, sejam indivíduos ou organizações, são analisados
como “sistema abertos”, mantendo um continuo intercâmbio de
matéria/energia/informação com o ambiente. A Teoria de Sistema permite
reconceituar os fenômenos em uma abordagem global, permitindo a inter-relação e
integração de assuntos que são, na maioria das vezes, de natureza completamente
diferentes.
2- Qual a origem da teoria geral de sistemas

O conceito de “Sistema” possui uma longa história, apesar de que o


termo “Sistema” não era mencionado. Vários pensadores importantes fizeram parte
dessa história, como Leibniz, Nicolau de Cusa, Marx e Hegel.
Outro precursor dos “Sistemas” foram as “Gestalten físicas”, escritas
por Kohler, que seguiam um pensamento parecido, porém se limitava à física, e não
tratava de toda a generalidade do problema. Em uma publicação posterior, Kohler
deu mais um avanço, criando um postulado de uma teoria dos sistemas, que era
destinada a sistemas orgânicos e inorgânicos. A obra clássica de Lotka se
aproximou mais do objetivo, ao tratar a sociedade como um sistema e se preocupar
mais com problemas da sociedade do que problemas biológicos de um indivíduo.
A necessidade da abordagem dos sistemas só se tornou visível
recentemente, quando se percebeu que não era viável tratar as ciências por partes
isoladas. Com essa nova abordagem, novas criações se tornaram viáveis em todos
os ramos da ciência.
Ludwig ficou intrigado com peças que faltavam na biologia. A
abordagem atual não tratava do organismo como um sistema, que interagia para
criar condições de vida, mas sim tratava com um enfoque mecanicista.
Idéias semelhantes começaram a surgir em outros lugares, mostrando
que esse era o início de uma nova tendência, que necessitava de tempo para ser
aceita.
Juntamente com o trabalho sobre o metabolismo e as novas teorias
sobre o organismo, a teoria dos sistemas abertos foi proposta, baseando-se no fato
que o organismo é um sistema aberto, apesar de que na época não existia nenhuma
teoria desse tipo. Assim, a biofísica passou a exigir uma melhora da física
convencional, o que mais tarde acabou ficando conhecida como termodinâmica
irreversível.
A biologia até então era tida igual ao trabalho em laboratório, o que fez
o autor passar por rejeições ao publicar “Theoretische Biologie”, que tratava de outro
campo da biologia, que só passou a ser aceito e divulgado mais tarde. Por causa da
última guerra, partes das publicações foram destruídas. Após a guerra, a teoria geral
dos sistemas foi amplamente discutida entre físicos e em conferências.
Um grande obstáculo para a aceitação da teoria dos sistemas foi o fato
que ela era tida como trivial e falsa, por causa de suas analogias superficiais que
mudavam as diferenças reais, conduzindo a conclusões erradas.
Os ataques à teoria dos sistemas não atingiam o verdadeiro objetivo
dela, que era ter uma interpretação generalista e uma teoria sobre assuntos que até
então não existiam.
Outra linha de desenvolvimento estava surgindo, com a publicação do
livro “Cybernetics” de Norbert Wiener, que foi o resultado dos recentes estudos da
tecnologia de computadores, teoria da informação e das máquinas auto-reguladoras.
Wiener levou os conceitos cibernéticos de retroação além dos campos da
tecnologia, generalizando-os nos campos biológicos e sociais.
A teoria dos sistemas não surgiu por causa dos esforços feitos para a
guerra, mas sim pelos esforços que já haviam sido feitos antes.

3- O que é um sistema

Podemos distinguir complexos de acordo com o seu número, espécie


ou de acordo com suas relações. Existem as características somativas e as
características constitutivas. As somativas representam, por exemplo, a massa
molecular e o calor, enquanto as constitutivas não são explicáveis a partir de
características de alguma parte isolada, seguindo o pensamento de que “o todo é
mais do que a soma das partes”.
Um sistema pode ser representado por um complexo de elementos em
interação, e pode ser definido de várias várias maneiras, como por exemplo um
sistemas de equações diferenciais simultâneas.

4- O que é um sistema abstrato

Sistemas abstratos ou conceituais - quando compostos de conceitos,


filosofias , planos, hipóteses e idéias. Aqui os símbolos representam atributos e
objetos, que muitas vezes só existem no pensamento das pessoas. São os
“software”.
Sistemas físicos ou concretos - quando compostos de equipamentos,
de maquinaria e de objetos e coisas reais.Em suma, quando compostos de
“hardware”. Podem ser descritos em termos quantitativos de desempenho.
Na realidade, há uma complementaridade entre sistemas físicos e
abstratos, os sistemas físicos (como máquinas por exemplo, precisam de um
sistema abstrato(programação) para poder funcionar. A recíproca também e
verdadeira os sistemas abstratos somente podem funcionar quando aplicados a um
sistema físico(soft e hard se complementam).

5- Tipos de sistemas

 Sistemas concretos existem fisicamente.


 Abstratos, são modelos ou representações do mundo físico
 Sistemas naturais existem na natureza
 Artificiais foram criados ou inventados pelo Homem.
 Sistemas abertos realizam trocas de informação com o meio-
ambiente
 Sistemas fechados, não realizam trocas de informação

6- O que é um sistema de informação

Um Sistema de Informação (SI) é um sistema cujo elemento principal é


a informação. Seu objetivo é armazenar, tratar e fornecer informações de tal modo a
apoiar as funções ou processos de uma organização.
Geralmente, um SI é composto de um sub-sistema social e de um sub-
sistema automatizado. O primeiro inclui as pessoas, processos, informações e
documentos. O segundo consiste dos meios automatizados (máquinas,
computadores, redes de comunicação) que interligam os elementos do sub-sistema
social.
Ao contrário do que muitos pensam, as pessoas (juntamente como os
processos que executam e com as informações e documentos que manipulam)
também fazem parte do SI. O SI é algo maior que um software, pois além de incluir o
hardware e o software, também inclui os processos (e seus agentes) que são
executados fora das máquinas.
Isto implica em que pessoas que não usam computadores também
façam parte do sistema e, conseqüentemente, necessitem ser observadas e guiadas
pelos processos de planejamento e análise de sistemas.
O perigo de não se dar atenção ao aspecto social é que os sistemas
automatizados (incluindo o software), não sejam eficazes ou não possam ser
utilizados, apesar de estarem funcionando perfeitamente (pelo menos, em
ambientes de teste).
No ambiente real, os aspectos sociais interferem e muito no
funcionamento do SI. Os processos podem ser modificados em razão de aspectos
sociais não bem controlados. Por esta razão, é que existem muitos sistemas que
após implantados acabam não sendo utilizados ou até mesmo trazendo prejuízos ou
dificultando o trabalho nas organizações.
Um exemplo de tal descuido aconteceu com um supermercado que
gastou em torno de 200 mil dólares para informatizar seus caixas (check-out), com o
intuito de eliminar as filas. Entretanto, após a implantação do sistema, o que se viu
foi que as filas aumentaram. Apesar da rapidez com que os preços são
contabilizados, alguns problemas de ordem social acabaram por prejudicar o
serviço.
Entre tais problemas, observou-se: a difícil identificação do local onde
está o código de barras (funcionário mal-treinado ou etiquetas mal-colocadas),
problemas com a leitora ótica (exigindo passar várias vezes o produto para que o
código fosse identificado ou mesmo digitá-lo), problemas na passagem do produto
pela leitora do código (etiqueta com o código mal colocado, dobrado ou em lugar
inacessível), demora no preenchimento de cheques, falta de empacotadores ou
mesmo sacolas, etc.
Assim, o Analista de Sistemas deverá também estudar e planejar o
sub-sistema social de cada SI. Antigamente, esta era uma função somente do
Analista de O&M. Entretanto, hoje em dia parte da função de O&M está sendo
incorporada pelos Analistas de Sistemas, formados na área de Informática.
É responsabilidade do Analista de Sistemas definir os objetivos do SI,
as informações que o SI manipulará, os processos e pessoas que farão parte do SI,
as máquinas que serão usadas nos processos e o inter-relacionamento entre os
vários SI’s na organização.
EXPLOS DE SISTEMAS
Sistemas de Informação Rotineiros ou Transacionais (SIR’s, SIT’s,
SPT’s).
Sistemas de Gestão Empresarial Integrada - ERP (Enterprise Resource
Planning).
Sistemas de Gestão de Suprimentos.
Sistemas de Informações Gerenciais (SIG’s ou MIS – Management
Information Systems).
Sistemas de Apoio à Decisão (SAD’s ou DSS – Decision Support
Systems).

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