Professional Documents
Culture Documents
Nacional
de Quilines
Código
Música Electroacústica
Materia: Historia de la música I
P ú b lic o g e n e r a l $ 2 5 .2 0
U s u a r io s f r e c u e n t e s $ 2 1 .4 2
Centro de Impresiones
Universidad Nacional de Quilmes
Tel. 4365 - 7100 int. 212 * E-maii: impresiones@unq.edu.ar
Centro de Impresiones
Universidad
N a c i o n a l
de Quilmes
R e c o m e n d a c io n e s p a r a r e a l i z a r e n c a r g u e s
• P a r a r e a liz a r u n e n c a r g u e c o n la ta r je ta d e b e te n e r u n s a ld o m í n i m o ig u a l a l v a lo r d e l
e n c a r g u e a r e a liz a r . D e n o p o s e e r d ic h o s a ld o , d e b e r á h a c e r p re v ia m e n te la c a r g a
c o r r e s p o n d ie n t e (e n la fila d e “ C a r g a d e c r é d it o ” ).
• L o s e n c a r g u e s r e a liz a d o s c o n la ta r je ta s ó lo p o d r á n s e r r e t ir a d o s c o n la m i s m a .
• L o s e n c a r g u e s s in ta r je ta d e b e r á n s e r a b o n a d o s e n e l m o m e n t o d e s o lic it a d o s , a l p r e c io d e
p ú b lic o g e n e r a l y p o r la t o t a lid a d d e l im p o r t e .
• L u e g o d e r e a liz a r u n e n c a r g u e s e d e v u e lv e ju n t o c o n la ta r je ta u n c o m p r o b a n t e d e la
d e r e tir a r s e d e l m o s t r a d o r . L o s r e c la m o s p o s t e r io r e s a e s e m o m e n t o n o s e r á n t o m a d o s e n
c u e n ta .
• L o s e n c a r g u e s p u e d e n s e r a n u la d o s en e l m is m o m o m e n to d e h a b e r s id o r e a liz a d o s ,
a c e r c á n d o s e a l m o s t r a d o r c o n la ta r je ta c o n la q u e fu e r e a liz a d o .
• N o s e r e a liz a n e n c a r g u e s t e le fó n ic a m e n t e .
• L o s e n c a r g u e s d e c u a d e r n illo s d e la U n iv e r s id a d V ir t u a l d e Q u i lm e s ( U V Q ) t ie n e n u n a
d e m o r a d e a l m e n o s d o s d ía s h á b ile s .
R e c o m e n d a c io n e s p a r a r e a l i z a r i m p r e s i o n e s
• P a r a im p r im ir u n d o c u m e n t o e n e l C e n t r o d e I m p r e s io n e s s e d e b e n e n v ia r lo s a r c h iv o s p o r
c o r r e o e le c t r ó n ic o c o m o a d ju n to a i m p r e s i o n e s @ u n q .e d u .a r ; lo s a r c h iv o s p e r m a n e c e r á n
a lm a c e n a d o s p o r u n m á x im o d e 2 d ía s .
• E n e l a s u n t o d e l m a il d e b e in d ic a r s e e l a p e llid o y n o m b r e d e l s o lic it a n t e d e la im p r e s ió n .
• L o s a r c h iv o s d e b e n e s ta r c o n fig u r a d o s e n lo s t a m a ñ o s A 3 o A 4 , d e lo c o n tr a r io s e c o b r a r á
la e d ic ió n d e lo s m i s m o s , c u y o c o s t o e s d e $ 1 p o r h o ja .
• E l C e n t r o d e I m p r e s io n e s n o s e h a c e r e s p o n s a b le p o r lo s d a ñ o s o p é r d id a s d e d is q u e t e s q u e
s e a n e n t r e g a d o s p a r a r e a liz a r a lg u n a im p r e s ió n . S e r e c o m ie n d a N O u t iliz a r e s te m é t o d o ,
p u e s a d e m á s d e s e r o b s o le t o s e p ie r d e t ie m p o e n e l e s c a n e o d e v ir u s .
• N o s e r e a liz a r á n im p r e s io n e s d e s d e c a s illa s d e m a i l p e r s o n a le s o d e s d e e l C a m p u s V ir t u a l
d e la U N Q ; p a r a ta le s e fe c t o s e x is t e la c a s illa i m p r e s i o n e s @ u n q .e d u .a r a n te s m e n c io n a d a .
• U s u a r io s d e h o t m a i l y y a h o o : lo s a r c h iv o s s u e le n d e m o r a r u n o s v e in t e m in u t o s e n lle g a r .
C o n s i d e r a c i o n e s g e n e r a le s
• E l m o s t r a d o r s e e n c u e n tr a d iv id o e n s e c c io n e s (e n c a r g u e s y r e t ir o s , c o p ia s e im p r e s io n e s ,
c a r g a d e c r é d it o ) p a r a b r in d a r le u n m e jo r s e r v ic io ; r e s p e te la s fila s , n o c o m p r o m e t a a l
e m p le a d o .
• L a s c o p ia s s u m in is t r a d a s p o r e l C e n t r o d e I m p r e s io n e s s o n p a r a u s o e x c lu s iv a m e n t e
a c a d é m ic o .
\
D o n a ld Ja y G ro u t
C la u d e V . P a lis c a
H i s t o r i a d e la m ú s ic a o c c id e n t a l, 1
A lia n z a E d ito r ia l
T ítu lo original: A H is to r y o f W e s te r n M u s ic . F i fih e d itio n
Reservados todos los derechos. El contenido de esta obra está protegido por la L ey, que establece
penas de prisión y /o multas, además de las correspondientes indemnizaciones por daños y perjui
cios, para quienes reprodujeren, plagiaren, distribuyeren o comunicaren públicamente, en todo o
en parte, una obra literaria, artística o científica, o su transformación, interpretación o ejecución
artística fijada en cualquier tipo de soporte o comunicada a través de cualquier medio, sin la pre
ceptiva autorización.
Copyright © 1996, 1988, 1980, 1973, 1960 by W. W. N orton & Company, Inc.
© Ed. cast.: Alianza Editorial, S.A., Madrid, 1984, 1986, 1988, 1990, 1992, 1993, 1994, 1995,
1 9 9 7 ,1 9 9 9 , 2001
Calle Juan Ignacio Lúea de Tena, 15; 28027 Madrid; teléf. 91 393 88 88
ISBN: 84-206-8942-4 (O.C.)
ISBN: 84-206-7892-9 (Tomo I)
Depósito legal: M. 3.202-2001
Fotocomposición e impresión: EFCA, S. A.
Parque Industrial <>Las Monjas»
28850 Tortejón de Ardoz (Madrid)
Printed in Spain
Índíice
V o lu m e n 1
P r e fa c io a la q u in ta e d i c i ó n ................................................................................................................................................................... 1 1
A b r e v i a t u r a s ........................................................................... . ............................................................................................................................................ 1 5
1 . V id a m u s ic a l y p e n s a m ie n to e n la s a n tig u a s G r e c ia y R o m a .............
2 . C a n t o r e lig io s o y c a n c ió n p r o fa n a e n e l M e d i e v o .................................................... 5 9
El canto y la liturgia rom anos, 59.— Clases, formas y tipos de canto lla
no, 71 .— Desarrollos ulteriores del canto llano, 79.— Teoría y práctica musical
en el M edievo, 85.— La m onodia no litúrgica y profana, 94.— Música instru
mental e instrumentos medievales, 103.— Bibliografía, 106.
3 . L o s c o m ie n z o s d e la p o lifo n ía y la m ú s ic a d e l s ig lo X I I I ................................ 1 0 9
5 . I n g la te r r a y lo s p a ís e s b o r g o ñ o n e s e n e l s ig lo X V ......................................................... 1 8 1
6 . L a é p o c a d e l R e n a c im ie n t o : la m ú s ic a e n lo s P a ís e s B a j o s ...................... 2 0 9
7 . N u e v a s c o r r ie n te s e n e l s ig lo X V I .................................................................................................................. 2 5 3
8 . L a m ú s ic a r e lig io s a d e l R e n a c im ie n to ta r d ío y la R e f o r m a .................... 3 1 7
9 . L a m ú s ic a d e l B a r r o c o t e m p r a n o ................................................................................................................ 3 5 3
1 0 . Ó p e r a y m ú s ic a v o c a l a fin a le s d e l s ig lo X V I I ....................................................................... 4 2 3
1 1 . L a m ú s ic a in s tr u m e n ta l d e l B a r r o c o t a r d í o ........................................................................... 4 6 9
V o lu m e n 2 1
4
3
2
1 2 . L a m ú s ic a e n lo s c o m ie n z o s d e l s ig lo X V f f l .............................................................................. 5 1 7
1 3 . L a s o n a ta , la s in fo n ía y la ó p e r a e n e l c la s ic is m o t e m p r a n o .................. 5 8 1
1 4 . L a s p o s tr im e r ía s d e l s ig lo x v n i: H a y d n y M o z a r t ...................................................... 6 3 5
1 6 . R o m a n t ic is m o y m ú s ic a o r q u e s ta l e n e l s ig lo X I X ...................................................... 7 3 3
1 7 . M ú s ic a in s tr u m e n ta l, d e c á m a r a y v o c a l e n e l s ig lo X I X ................................ 7 6 9
El piano, 7 6 9.— Música para piano, 771.— Música de cámara, 787.— El lied,
797.— Música coral, 804.— Bibliografía, 810.
1 8 . L a ó p e r a y e l d r a m a m u s ic a l e n e l s ig lo X I X ............................................................................ 8 1 1
Francia, 811.— Italia, 817.— Giuseppe Verdi, 821.— Alemania, 827.— Richard
Wagner y el drama musical, 831.— Bibliografía, 841.
1 9 . L a m ú s ic a e u r o p e a d e s d e la d é c a d a d e 1 8 7 0 h a s ta la P r im e r a
G u e r r a M u n d i a l ............................................................................................................................................................................ 8 4 5
2 0 . L a c o m e n t e e u r o p e a d o m in a n t e e n e l s ig lo X X ................................................................ 8 9 5
r o p e a d e l s ig lo X X ....................................................................................................................................................................... 9 4 3
2 2 . E l s ig lo X X n o r t e a m e r i c a n o ...................................................................................................................................... 9 7 7
Antecedentes históricos, 979.— La música vernácula, 985.— Los cim ientos del
arte m usical norteam ericano, 9 9 4 .— D esd e 19 4 5 , 1 0 0 6 .— C on clu sión ,
1031.— Bibliografía, 1032.
G l o s a r i o ........................................................................................................................................................................................................................................ 1 0 3 5
ín d ic e a n a l í t i c o .............................................................................................................................................................................................................. 1 0 5 1
Prefacio a la quinta edición
E l á m b it o d e lo q u e h o y e n s e ñ a m o s y e s tu d ia m o s c o m o h is to r ia d e la m ú s ic a
se h a a m p lia d o d e s d e q u e D o n a ld J a y G r o u t e s c r ib ie r a la p r im e r a v e r s ió n d e
e s te lib r o e n la d é c a d a d e lo s a ñ o s c in c u e n ta . A p a r tir d e e n to n c e s q u e d a r o n
e s ta b le c id o s , e n g e n e r a l, lo s lím ite s d e la m ú s ic a o c c id e n ta l y c a s i n a d ie d u d ó
d e l v a lo r d e l e s tu d io d e s u h is to r ia . L a p o b la c ió n se h a d iv e r s ific a d o c a d a v e z
m á s p o r to d a s p a r te s ; p o r e llo la r e le v a n c ia d e l a rte tr a d ic io n a l o c c id e n ta l r e fe
r id o a la m ú s ic a q u e se p r a c tic a y e s c u c h a a d ia r io h a s id o , c o m o e s c o m p r e n s i
c a l d e E u r o p a y A m é r i c a n o e s s in o u n a e n tr e t a n t a s , c u y a s d is t in g u id a s
h is to r ia s m e r e c e n e s tu d ia r s e . L o s p r o fe s o r e s d e h is to r ia d e la m ú s ic a ta m b ié n
h a n lle g a d o a la m is m a c o n c lu s ió n y , s e n s ib le s a lo s in te r e s e s y p r e fe r e n c ia s lo
c a le s , h a n a m p lia d o lo s h o r iz o n t e s d e su s c u r s o s , p a r tic u la r m e n te e n la d ir e c
c ió n d e la m ú s ic a p o p u la r , la s m ú s ic a s é tn ic a s tr a d ic io n a le s y e l ja z z . P o r lo a b le
u n iv e r s a l d e la m ú s ic a h a b r ía s id o im p r a c tic a b le y h a b r ía p r iv a d o a l te x to d e la
a u to r id a d q u e se h a g a n a d o d e n tr o d e s u e s p e c ia lid a d . E n e s ta e d ic ió n h e c o n
le s y , d e n tr o d e e s o s lím ite s , m e h e e s fo r z a d o p o r c o n s e g u ir u n h o n r a d o y a m e
n o e s tu d io d e la s tr a d ic io n e s m u s ic a le s q u e n o s s o n m á s c o n o c id a s .
p lio p e r ío d o m u s ic a l q u e h a s id o e l o b je t o d e e s te lib r o c a p ta c o n s t a n t e m e n t e
n u e v o s a d e p to s e n t o d o s lo s r in c o n e s d e l g lo b o y a lg u n o s d e s u s m e jo r e s in
té r p r e te s n o s o n o c c id e n ta le s . E l e s p e c tr o m u s ic a l q u e s e e s c u c h a e n c o n c ie r
to s y g r a b a c io n e s p o r t o d o e l m u n d o c o m p r e n d e b u e n a p a r te d e l r e p e r to r io
12 H istoria de la m úsica occidental, 1
E s to n o e ra a sí e n lo s a ñ o s c in c u e n ta , c u a n d o se in te r p r e ta b a m u y p o c a m ú s i
c a a n tig u a , la s o b r a s d e l s ig lo X X e r a n m e n o s a c c e s ib le s y la e t n o m u s ic o lo g ía
se e s ta b a a fia n z a n d o . A u n q u e lo s p r im e r o s o r íg e n e s d e n u e s tr a m ú s ic a s o n
p r in c ip a lm e n te e u r o p e o s , o tr a s c o r r ie n te s se h a n in c o r p o r a d o a la tr a d ic ió n ,
p a r tic u la r m e n te d u r a n te e l ú lt im o s ig lo . L o q u e la s e m is o r a s d e r a d io lla m a n
m ú s ic a « c lá s ic a » e s r e a lm e n te u n f e n ó m e n o g lo b a l. E s te lib r o , e n u n a u o tr a
e d ic ió n , h a s id o o e s tá s ie n d o tr a d u c id o a l ja p o n é s , c h in o , c o r e a n o , is la n d é s ,
a le m á n , fr a n c é s , ita lia n o , e s p a ñ o l y p o r tu g u é s , y s u e d ic ió n in g le s a in te r n a
d a . T e n e m o s la o b lig a c ió n d e in fo r m a r a e sa g r a n v a r ie d a d d e le c to r e s d e lo
m e jo r d e e sta m ú s ic a .
m ú s ic a tr a d ic io n a l o fo lk , la m ú s ic a p o p u la r y d e e n tr e te n im ie n to , e l ja z z , e l
d e r e c h o p r o p io , u n e s tu d io s e r io . N o o b s ta n t e , la m ú s ic a « v e r n á c u la » d e lo s
E s ta d o s U n id o s , e n la m e d id a q u e h a in flu id o e n s u m ú s ic a d e c o n c ie r to y se
g lo X X n o r te a m e r ic a n o » .
E l c a p ítu lo fin a l e s s ó lo u n a d e la s in n o v a c io n e s d e e s ta q u in ta e d ic ió n .
T a m b ié n h e a m p lia d o e n d o s c a p ítu lo s la c o b e r tu r a d e la m ú s ic a e u r o p e a d e l
te d e u n c u a r to .
E l c r e c ie n te r e c o n o c im ie n to e n lo s ú ltim o s t ie m p o s d e l im p o r ta n te p a p e l
q u e la m u je r h a d e s e m p e ñ a d o e n la h is to r ia d e la m ú s ic a m e lle v ó a e n fa tiz a r
su s c u a lid a d e s . M u c h a s fu e r o n d e s ta c a d a s in té r p r e te s . O tr a s s o b r e s a lie r o n p o r
S e h a n in c o r p o r a d o n u e v o s r e c u a d r o s e n lo s q u e lo s c o m p o s ito r e s , m ú s ic o s
y o b s e r v a d o r e s , h a c e n c o m e n ta r io s c a r a c te r ís tic o s y c e r te r o s s o b r e la m ú s ic a d e
s u t ie m p o . T a m b ié n h e m o s in c lu id o m a p a s d e lo s m o m e n t o s c la v e e n la h is to
r ia e u r o p e a . E l g lo s a r io d e la ú ltim a e d ic ió n se h a r e e s c r ito y r e fo r m a d o , in d i
c a n d o e l n ú m e r o d e p á g in a d o n d e lo s t é r m in o s a p a r e c e n d e n tr o d e u n d e te r
m in a d o c o n te x to .
E l c a m b io m á s im p o r ta n te d e la q u in fa e d ic ió n es q u e s e h a r e h e c h o e l li
b r o e n te r o , d e fo r m a m á s r a d ic a l e n lo s c a p ítu lo s q u e v e r s a n s o b r e e l s ig lo X V III
y p o s te r io r e s . E n m is p r im e r a s r e v is io n e s in te n té p r e s e r v a r in ta c ta s , s ie m p r e
P r e fa c io a la q u in ta e d ic ió n 13
q u e p o d ía , la a c e r ta d a p r o s a y la s r e fle x io n e s c r ític a s d e l p r o fe s o r G r o u t . E n
tilo y e l e n tu s ia s m o p e r s o n a l e n a ra s d e u n a e s c r itu r a c la r a y d ir e c ta . A u n q u e e l
c a d a e s tu d io s o y c a d a o y e n t e d e b e fo r m a r s e u n a o p in ió n p e r s o n a l, lib r e d e lo s
p r e ju ic io s d e o tr o s .
E l le c to r q u e e n c u e n tr e a r d u o e l p r im e r c a p ítu lo n o d e b e d u d a r e n d e ja r lo
p a r a m á s ta r d e . P o r e je m p lo , p a r a c la r ific a r e l o r ig e n d e lo s m o d o s o e n m a r c a r
lo s a n te c e d e n te s d e l h u m a n is m o d e l R e n a c im ie n t o . L a s d is c u s io n e s m á s té c n i
o m itir s e h a s ta q u e se p la n te e n la s d u d a s p e r tin e n te s .
D e s d e q u e m e h ic e c a r g o d e la ta re a d e r e v is a r e l lib r o , h a c e m á s d e q u in c e
a ñ o s , é s te s e h a c o n v e r t id o e n u n c o m p e n d io d e r e c u r s o s d e e n s e ñ a n z a y
a p r e n d iz a je . C u a n d o c o m p ilé la N A W M e n 1 9 8 0 in c o r p o r é b r e v e s c o m e n t a
r io s s o b r e la s s e le c c io n e s d e la te r c e ra e d ic ió n d e la H W M . E n la c u a r ta e d i
c ió n ( 1 9 8 8 ) se a m p lia r o n e s to s c o m e n ta r io s , q u e se in c lu y e r o n d e m o d o q u e
n o p e r ju d ic a r a n la n a r r a c ió n h is tó r ic a . A h o r a se h a n tr a s la d a d o a la te r c e r a e d i
c ió n d e la N A W M q u e d e e s te m o d o a d q u ie r e m a y o r in d e p e n d e n c ia , p e r o la
A n to lo g ía m a n t ie n e s u s v ín c u lo s c o n e s te li b r o ; c a s i t o d a s la s o b r a s d e la
N A W M se c o m e n t a n c o n c ie r to d e ta lle e n la H W M y to d a s s e m e n c io n a n .
O c a s io n a lm e n t e , e n e s p e c ia l c u a n d o u n e je m p lo d e m ú s ic a d e la s e le c c ió n d e
la N A W M se e x p o n e , e l c o m e n ta r io e n la H W M p u e d e c o in c id ir c o n o r e p e tir
e l d e la N A W M . L o s e je m p lo s a d ic io n a le s y s u in te g r a c ió n e n e l e s tu d io h is tó
p e d a g ó g ic o d e p e r m itir la c o n s o lid a c ió n y e l r e p a s o .
L a s g r a b a c io n e s d e t o d o e l c o n t e n id o d e lo s d o s v o lú m e n e s d e la N A W M
se e n c u e n tr a n e n d o s s e r ie s d e s e is d is c o s c o m p a c t o s o c a s e te s c a d a u n a . E n
e s ta e d ic ió n la m a y o r ía d e la s in te r p r e ta c io n e s s o n n u e v a s y s e h a n b e n e fic ia d o
d e u n a g r a b a c ió n d ig ita l. S o n u n a m u e s tr a d e a lg u n o s d e lo s m e jo r e s in té r p r e
te s y g r u p o s a c tu a le s . T a m b ié n se p u e d e d is p o n e r d e u n r e s u m e n e n c u a tr o
d is c o s c o m p a c t o s o c a se te s.
O t r a a y u d a p a r a e l a p r e n d iz a je es la S tu d y a n d L iste n in g G u id e ( G u ía d e es
tu d io y a u d ic ió n ) p r e p a r a d a p o r J . P e te r B u r k h o ld e r , q u e c o n t ie n e e s q u e m a s
d e lo s c a p ítu lo s y p r e g u n ta s s o b r e s u c o n t e n id o , lis t a d o d e té r m in o s , s e r ie s d e
e je r c ic io s d e a n á lis is m u s ic a l, g u ía s d e a u d ic ió n , te sts d e c o n o c im ie n t o s e in te r
p r e ta c ió n y te m a s d e d e b a te y r e fle x ió n . A d e m á s , e l v o lu m e n I I d e la N o rto n
C D -R O M M a ste r W orks (N o rto n , O b ras m ae stras en C D -R O M ) (e n p r e p a r a
c ió n ), u n p r o g r a m a in te r a c tiv o d e D a n ie l J a c o b s o n y T i m o t h y K o o z in , o fr e c e
g u n t a s , y o tr o s m a te r ia le s p a r a d o c e d e la s o b r a s tr a ta d a s e n la H W M y la
N A W M .
14 H istoria de la música occidental, 1
V a r io s c o le g a s h ic ie r o n , a m a b le m e n t e , u n a le c tu r a c r ític a d e a lg u n o s d e lo s
T ir r o , R ic h a r d B u r k e y R o b e r t M o r g a n — y le s e s to y p r o fu n d a m e n t e a g r a d e c i
d o . T a m b ié n e s to y e n d e u d a c o n p r o fe s o r e s q u e r e p a s a r o n lo s b o r r a d o r e s d e
lo s c a p ítu lo s q u e se r e v is a r o n m á s e n p r o fu n d id a d p a r a e s ta e d ic ió n : lo s c a p í
tu lo s 1 3 a l 1 5 , p o r W a lt e r C . B r itt (U n iv e r s id a d d e l E s ta d o d e O k la h o m a ),
J o h n S . P o w e ll (U n iv e r s id a d d e T u ls a ), y M a t t h e w S te e l (U n iv e r s id a d d e M i
c h ig a n ); lo s c a p ítu lo s 1 6 a l 1 8 , p o r S u s a n F a st (U n iv e r s id a d M c M a s t e r , H a -
m ilt o n , O n t a r io ) , D . K e r n H o lo m a n (U n iv e r s id a d d e C a lifo r n ia , D a v is ), G a r y
L . M a a s (U n iv e r s id a d d e l E s ta d o d e C a lifo r n ia * F u lle r t o n ), J o s e p h P a c k a le s
(U n iv e r s id a d d e T e x a s , E l P a s o ), L a r r y W . P e te r s o n (U n iv e r s id a d d e D e la w a r e ),
y B r y c e R y ttin g (U n iv e r s id a d d e B r ig h a m Y o u n g ). E n la c u a r ta e d ic ió n lo s c a
p ítu lo s 1 a l 1 2 fu e r o n a m p lia m e n te r e v is a d o s p o r J a m e s C h a p m a n (U n iv e r s i
d a d d e V e r m o n t ), M a r y S u e M o r r o w (U n iv e r s id a d d e L o y o la , N u e v a O r le a n s ),
J o h n O g a s a p ia n (U n iv e r s id a d d e M a s s a c h u s e tts , L o w e ll), y C a r o ly n V e r le u r
( R a n c h o S a n t ia g o C o m m u n i t y C o lle g e , S a n ta A n a , C a li f o r n i a ) . T a m b ié n
q u ie r o m a n ife s ta r m i a p r e c io p o r la s la r g a s c a r ta s q u e r e c ib í d e M i r ia m K .
W h a p le s , R a lp h L o c k e y B á r b a r a A . C o e y m a n . H e t o m a d o e n s e r io to d a s la s
c r ític a s y h e s e g u id o m u c h a s d e la s s u g e r e n c ia s d e lo s le c to r e s , q u e n o tie n e n
C la ir e B r o o k , e d ito r a e m é r ita d e N o r t o n M ú s ic a , q u e se e m b a r c ó e n e s ta
e d ic ió n a n te s d e r e tir a r s e , a p o r tó m u c h o s c o m e n ta r io s ú tile s s o b r e e l te x to y
s ic a , M ic h a e l O c h s , h a r e v is a d o c o n b u e n c r ite r io c a d a u n a d e e sta s p á g in a s ,
a p o r ta n d o m u c h a s a c la r a c io n e s p e r s p ic a c e s . N o p u e d o a g r a d e c e r le s lo s u fic ie n
te s u d e d ic a c ió n a e s te p r o y e c to .
T a m b ié n q u ie r o d a r c a r iñ o s a m e n te la s g r a c ia s a m i m u je r , E liz a b e th A . K e i-
te l, p o r c o m p a r tir a fe c tu o s a m e n te n u e s tr a v id a y n u e s tr o h o g a r c o n e l in e v ita
b le d e s o r d e n fís ic o y m e n ta l d e u n a u to r c o m p u ls iv o .
C la u d e V . P a lis c a
H a m d e n , C o n n e c t ic u t
A b r e v ia tu r a s
JM T J o u r n a l o f M u s ic Theory, 1957-.
MB M ú sica B r ita n n ic a (Londres: Stainer & Bell, 1951-).
MD M ú sic a -D isc ip lin a , 1946-.
M GG D ie M u s ik in G esch ich te u n d G eg en w a rt (Kassel: Bárenreiter, 1949-86)
MM Cari Parrish y John F. O hl, comp., M a sterp ieces o f M u s ic B efa re 1 7 5 0 (Nueva
York: Norton, 1951).
ML M u s ic a n d L etters, 1920-.
MQ T h e M u s ic a l Q u a rterly, 1915-.
MR Gustave Reese, M u s ic in th e R en a issa n ce, 2.a ed. (Nueva York: Norton, 1959).
M RM Edward Lowinsky, comp.; M o n u m en ts o f R en a issa n ce M u sic (Chicago: Univer-
sity o f Chicago Press, 1964-).
M SD M u sico lo g tca l S tu d ie s a n d D o cu m en ts, A IM , 1951 -.
NAW M Claude V. Palisca, ed., N o rto n A n th o b g y o fW e ste m M u sic , 3a ed., 2 vols. (Nueva
York: Norton, 1996).
NG N e w G ro v e D ic tio n a r y o f M u s ic a n d M u sicia n s, edición a cargo de Stanley Sadie
(Londres: Macmillan, 1980).
NOHM N ew O x fo r d H isto ry o f M u s ic (Londres: Oxford University Press, 1954-).
OMM Thomas Marrocco y Nicholas Sandon, comp., O x fo r d A n th o b g y o f M e d ie v a l
M u s ic (Nueva York: Oxford University Press, 1977).
PAM P u b lik a tio n e n á lterer M u s ik ... b e i d e r d eu tsch en M u sik g esellsch a ft (Leipzig: Breit-
kopf & Hártel, 1926-40).
PM FG P o ly p h o n ic M u s ic o ft h e F o u rte e n th C e n tu ry (Mónaco: Éditions de l’Oiseau-Lyre,
1956-; reimp. 1975).
PM M M P u b lic a tio n s o f M e d ie v a l M u s ic M a sn u scrip ts, (Brooklyn: Institute of Medieval
Music, 1957-).
SR Oliver Strunck, S o u rce R e a d in p in M u s ic H isto ry (Nueva York: Norton, 1950).
Publicado asimismo como separatas en rústica, que se indican de la si
guiente manera:
SRA S o u rce R ea d in g s in M u s ic H isto ry : A n tiq u ity a n d th e M id d le A ges.
SRRe S o u rce R ea d in g s in M u s ic H isto ry : T h e R en a issa n ce.
SRB S o u rce R e a d in p in M u s ic H isto ry : T h e B a ro q u e E ra .
SRG S o u rce R e a d in p in M u s ic H isto ry : T h e C la ssic E ra ,
SRRo S o u rce R e a d in p in M u s ic H isto ry : T h e R o m a n tic E ra .
TEM Cari Parrish, comp., A Treasury o fE a r ly M u s ic (Nueva York: Norton, 1958).
En este libro, una nota mencionada sin tener en cuenta su registro de octava aparece en
mayúscula y cursiva (L a ). Una nota de una octava en particular, aparece indicada de la
siguiente manera:
e n la s a n t ig u a s G r e c ia y R o m a
s
L a h e r e n c ia d e G r e c ia y R o m a
L a c u lt u r a o c c id e n t a l tie n e in n e g a b le s v ín c u lo s c o n la s a n tig u a s G r e c ia y
♦ R o m a . S u s id e a le s d e b e lle z a y a r te t u v ie r o n a llí s u o r ig e n . S u filo s o fía s e b a s ó
e n la d e P la tó n y A r is tó te le s . S u lit e r a t u r a , p a r t ic u la r m e n t e la p o e s ía y e l d r a
m a e u r o p e o s , se c o n s t r u y e r o n a p a r tir d e la s a n tig u a s tr a d ic io n e s g r ie g a s y la
tin a s . D e s d e la E d a d M e d ia , E u r o p a y . d e s p u é s A m é r ic a h a n r e c u r r id o a G r e
c ia y a R o m a p a r a in s tr u ir s e e in s p ir a r s e .
E s t o se h a d a d o , a s im is m o , e n la m ú s ic a a u n q u e , o b v ia m e n t e , n o d e la
d ie v o . S ig u ie r o n le y é n d o s e y e s tu d iá n d o s e la s o b r a s d e V ir g ili o , O v i d i o , H o -
1 r a c io y C ic e r ó n . E s ta in flu e n c ia se a c r e c e n tó e n lo s s ig lo s X IV y X V , c u a n d o se
c o n o c ió u n n ú m e r o m a y o r d e o b r a s r o m a n a s ; a l m i s m o t ie m p o s é r e c u p e r a
b a , d e fo r m a g r a d u a l, la lite r a tu r a s u p e r v iv ie n te d e G r e c ia . P e r o e n la lite r a
tu r a , a l ig u a l q u e e n a lg u n o s o tr o s c a m p o s (s o b r e t o d o la e s c u ltu r a ), lo s a r tis
ta s m e d ie v a le s o r e n a c e n tis ta s te n ía n la v e n ta ja d e p o d e r e s tu d ia r y , si a s í lo
d e s e a b a n , im ita r lo s m o d e lo s d e la A n t ig ü e d a d . T e n ía n a n te s í lo s a u té n t ic o s
p o e m a s o e s ta tu a s d e e s a é p o c a . N o o c u r r ía lo m i s m o c o n la m ú s ic a . E l M e
d ie v o n o p o s e ía n i u n s o lo e je m p lo d e m ú s ic a g r ie g a o r o m a n a , a u n q u e e n e l
R e n a c im ie n t o s e id e n tific a r o n d iv e r s a s c a n c io n e s e h im n o s . L a s it u a c ió n h a
m e jo r a d o u n p o c o e n la a c tu a lid a d , y a q u e s e h a n r e c u p e r a d o u n a s c u a r e n ta
p ie z a s o fr a g m e n t o s d e p ie z a s d e m ú s ic a g r ie g a , p e r te n e c ie n te s e n s u m a y o r ía
a p e r ío d o s ta r d ío s , q u e c u b r e n u n o s s ie te s ig lo s . A u n q u e n o s e c o n s e r v a n r e li
18 H istoria de la música occidental, 1
q u ia s a u té n tic a s d e la a n tig u a m ú s ic a r o m a n a , s a b e m o s , g r a c ia s a r e la to s e s
H u b o u n a r a z ó n e s p e c ia l q u e m o t i v ó la d e s a p a r ic ió n d e la s tr a d ic io n e s d e
la p r á c tic a m u s ic a l r o m a n a a l c o m ie n z o d e la E d a d M e d ia : la m a y o r p a r te d e
e sa m ú s ic a e s ta b a v in c u la d a a a c o n t e c im ie n t o s s o c ia le s q u e la I g le s ia p r im it i
v a c o n t e m p la b a c o n h o r r o r , o a p r á c tic a s r e lig io s a s p a g a n a s q u e , s e g ú n e l
p e n s a m ie n t o d e la I g le s ia , d e b ía n se r a n iq u ila d a s . E n c o n s e c u e n c ia , s e h ic ie
r o n t o d o s lo s e s fu e r z o s p o s ib le s n o s ó lo p a r a m a n t e n e r a l m a r g e n d e la Ig le s ia
u n a m ú s ic a q u e p o d ía e v o c a r e s ta c la s e d e a b o m in a c io n e s e n la s m e n t e s d e
lo s fie le s , s in o t a m b ié n p a r a b o r r a r t o d o r e c u e r d o d e la m is m a .
Cronología
S in e m b a r g o , h u b o a lg u n o s r a s g o s d e la p r á c tic a m u s ic a l a n tig u a q u e s o
b r e v iv ie r o n e n e l M e d ie v o , a u n q u e s ó lo fu e r a p o r la r a z ó n d e q u e d ifíc ilm e n
te se h u b ie s e n p o d id o p r o h ib ir s in s u p r im ir la p r o p ia m ú s ic a ; a d e m á s , la te o
r ía m u s ic a l a n tig u a c o n s titu ía la b a s e d e la te o r ía m e d ie v a l y f o r m a b a p a r te
d e la m a y o r ía d e lo s s is te m a s filo s ó fic o s . A s í, p a r a e n te n d e r la m ú s ic a m e d ie
v a l d e b e m o s s a b e r a lg o a c e r c a d e la m ú s ic a d e lo s p u e b lo s a n tig u o s y , e n p a r
tic u la r , d e la te o r ía y la p r á c tic a m u s ic a l d e lo s g r ie g o s .
Vida musical y pensamiento en las antiguas Grecia y Roma ______________ 19
L a m ú s ic a e n l a v id a y e l p e n s a m ie n t o d e l a a n t i g u a G r e c ia
L a m it o lo g ía g r ie g a a tr ib u ía u n o r ig e n d iv in o a la m ú s ic a y c ita b a c o m o s u s
in v e n to r e s y p r im e r o s p r a c tic a n te s a d io s e s y s e m id io s e s , ta le s c o m o A p o lo ,
A n f i ó n y O r f e o . E n e s te c o n fu s o m u n d o p r e h is tó r ic o , la m ú s ic a p o s e ía p o d e
r e s m á g ic o s : la g e n t e p e n s a b a q u e p o d ía c u r a r e n fe r m e d a d e s , p u r ific a r e l
c u e r p o y la m e n t e , y o b r a r m ila g r o s e n e l r e in o d e la n a tu r a le z a . P o d e r e s s i
m ila r e s se a tr ib u y e n a la m ú s ic a e n e l A n t ig u o T e s t a m e n t o : n o t e n e m o s m á s
q u e r e c o r d a r la h is to r ia d e D a v i d , q u e s a n a la lo c u r a d e S a ú l c o n e l ta ñ id o d e
s u a r p a (I S a m u e l X V I : 1 4 - 2 3 ) , o la d e lo s t o q u e s d e t r o m p e t a s y e l g r ite r ío
q u e d e r r ib a r o n la s m u r a lla s d e J e r ic ó (J o s u é V I : 1 2 - 2 0 ) . E n la é p o c a d e H o
m e r o , lo s b a r d o s c a n ta b a n la r g o s p o e m a s h e r o ic o s e n lo s b a n q u e te s ( O d ise a
8 .6 2 - 8 2 ) .
D e s d e lo s t ie m p o s m á s p r im it iv o s , la m ú s ic a fu e p a r te in s e p a r a b le d e la s
c e r e m o n ia s r e lig io s a s . E n e l c u lt o d e A p o lo , la lir a fu e e l in s t r u m e n t o c a r a c te
r ís tic o , m ie n tr a s q u e e n e l d e D io n i s o lo e r a e l a u lo s . E s p r o b a b le q u e a m b o s
in s t r u m e n t o s lle g a r a n a G r e c ia p r o v e n ie n te s d e l A s ia M e n o r . L a lir a y s u c o n
tr a p a r tid a d e m a y o r t a m a ñ o , la k ith a r a , e r a n in s t r u m e n t o s d e c in c o a s ie te
c u e r d a s (q u e m á s ta r d e lle g a r o n h a s ta u n n ú m e r o d e o n c e ) ; a m b a s s e u tiliz a
b a n p a r a la e je c u c ió n a s o lo y p a r a a c o m p a ñ a r e l c a n t o o la r e c ita c ió n d e p o e
m a s é p ic o s . E l a u lo s , a v e c e s id e n t ific a d o in c o r r e c ta m e n te c o n u n a fla u ta , e r a
u n in s t r u m e n t o d e le n g ü e ta s e n c illa o d o b le . L o s a u lo i a m e n u d o s e t o c a b a n
p o r p a r e ja s y se u sa b a n v in c u la d o s a l c a n to d e c ie r to tip o d e p o e s ía (e l d iti
e l te a tro g r ie g o . C o m o c o n s e c u e n c ia , e n lo s g r a n d e s d r a m a s d e l p e r io d o c lá
s ic o — o b ra s d e E s q u ilo , S ó fo c le s , E u r íp id e s — lo s c o r o s y o tr o s fr a g m e n to s
m u s ic a le s e sta b a n a c o m p a ñ a d o s p o r lo s s o n id o s d e l a u lo s , o a lte r n a b a n c o n
e llo s .
C u a n d o m e n o s d e s d e e l s ig lo V I a .C ., la lir a y e l a u lo s se to c a b a n c o m o
in s tr u m e n to s s o lis ta s in d e p e n d ie n te s . H a y u n a d e s c r ip c ió n d e u n a c o m p e t i
c ió n m u s ic a l c e le b r a d a d u r a n te lo s ju e g o s p ír ic o s e n 5 8 6 a .C ., e n la q u e S a
d iv e r sa s e ta p a s d e l c o m b a te e n tr e A p o lo y la s e r p ie n te P itó n . L o s to r n e o s d e
in té r p r e te s d e k ith a r a y a u lo s , a sí c o m o lo s fe s tiv a le s d e m ú s ic a in s tr u m e n
ta l y v o c a l, a d q u ir ie r o n c r e c ie n te p o p u la r id a d d e s p u é s d e l s ig lo V a .C .
A m e d id a q u e la m ú s ic a in s tr u m e n ta l c o n tó c o n m a y o r a u to n o m ía , e l n ú
m e r o d e v ir tu o s o s se fu e m u ltip lic a n d o ; a l m is m o t ie m p o , la p r o p ia m ú s ic a
se t o m a b a m á s c o m p le ja e n to d o s su s a s p e c to s . E n e l s ig lo r v , A r is tó te le s
a d v e r tía c o n tr a e l e x c e s o d e a d ie s tr a m ie n to p r o fe s io n a l e n la e d u c a c ió n m u
sic a l g e n e r a l:
P o c o d e s p u é s d e la é p o c a c lá s ic a (ca. 4 5 0 -3 2 5 a .C .) se in ic ió u n a r e a c c ió n
c o n tr a la s c o m p le jid a d e s té c n ic a s y h a c ia lo s c o m ie n z o s d e la e ra c r is tia n a se
s im p lific ó la te o r ía m u s ic a l g r ie g a y p r o b a b le m e n te ta m b ié n s u p r á c tic a . L a
m a y o r p a r te d e lo s e je m p lo s s o b r e v iv ie n te s d e m ú s ic a g rie g a q u e h a n lle g a d o
h a sta n o s o tr o s p r o v ie n e n d e p e r ío d o s r e la tiv a m e n te ta r d ío s . L o s p r in c ip a le s
s o n : e l fr a g m e n to d e u n c o r o d e O restes, d e E u r íp id e s (v e r s o s 3 3 8 -4 4 ) , d e u n
p a p ir o fe c h a d o h a c ia e l 2 0 0 a .C ., c u y a m ú s ic a ta m b ié n es p o s ib le q u e se
d e b a a E u r íp id e s ( N A W M 2) ;
1 u n fr a g m e n to d e Ifig e n ia en Á u lid e, d e E u r íp i
d e s (v e rso s 7 8 3 -9 3 ) ; d o s h im n o s d é lfic o s a A p o lo , b a s ta n te c o m p le to s , e l se
g u n d o d e lo s cu sú es p e r te n e c e a 1 2 8 -2 7 a .C .; u n skolion , o c a n c ió n d e b r in d is
q u e a p a r e c e c o m o e p ita fio g r a b a d o e n u n a lá p id a fu n e r a r ia , t a m b ié n p e r te n e
c ie n te a l s ig lo ii a .C . a p r o x im a d a m e n te ( N A W M 1 ) y lo s H im n o s a N ém esm
a l S o l y a la m u sa C alío p e, d e M e s o m e d e s d e C r e ta , d e l s ig lo II d .C .
L a m ú s ic a g r ie g a se a s e m e ja b a a la d e la A lta E d a d M e d ia e n v a r io s a s p e o -
to s fu n d a m e n ta le s . E n e s e n c ia e ra m on ojo n ica , es d e c ir , m e lo d ía s in a r m o n ía
n i c o n tr a p u n to . S in e m b a r g o , a m e n u d o d iv e r s o s in s tr u m e n to s o rn a m e n ta n
b a n la m e lo d ía , m ie n tr a s q u e u n c a n ta n te o u n c o n ju n to la c a n ta b a n , lo q u e
lifo n ía d e p a r te s in d e p e n d ie n te s , ta l c o m o se d e s a r r o lló e n la ig le s ia m e d ie v a l*
A d e m á s , la m ú s ic a g r ie g a e ra im p r o v is a d a e n ca si s u to ta lid a d , S u m e lo d ía y
M á s q u e la p r á c tic a , fu e la te o r ía d e lo s g rie g o s lo q u e a fe c tó a la m ú s ic a d e
E u r o p a o c c id e n ta l d u r a n te e l M e d ie v o ; y o c u r r e q u e p o s e e m o s m u c h a m á s
in fo r m a c ió n a c e rc a d e la s te o r ía s m u s ic a le s d e lo s g r ie g o s , q u e s o b r e s u m ú s i
c a p r o p ia m e n te d ic h a . E sa s te o r ía s r e s p o n d ía n a d o s . c a te g o r ía s : 1 ) d o c tr in a s
a c e rc a d e la n a tu r a le z a d e la m ú s ic a , su lu g a r e n e l c o s m o s , s u s e fe c to s y su s
e m p le o s a d e c u a d o s e n la s o c ie d a d h u m a n a , y 2 ) d e s c r ip c io n e s s is te m á tic a s d e
lo s m a te r ia le s y e s q u e m a s d e la c o m p o s ic ió n m u s ic a l. T a n t o e n la filo s o fía
c o m o e n la c ie n c ia d e la m ú s ic a , lo s g r ie g o s a d q u ir ie r o n n o c io n e s y fo r m u la
r o n p r in c ip io s , m u c h o s d e lo s c u a le s h a n s o b r e v iv id o h a s ta h o y . P o r s u p u e s to
g lo TV d .C .) , s u ú ltim o e x p o n e n te d e im p o r ta n c ia ; la d e s c r ip c ió n q u e s ig u e ,
a u n q u e n e c e s a r ia m e n te s im p lific a d a , s u b r a y a a q u e llo s ra sg o s q u e fu e r o n m á s
c a r a c te r ís tic o s e im p o r ta n te s p a r a la u lte r io r h is to r ia d e la m ú s ic a o c c id e n ta l.
L a p a la b r a m ú sica te n ía p a r a lo s g r ie g o s u n s ig n ific a d o m u c h o m á s a m
p lio q u e e l a c tu a l. E n la s e n se ñ a n z a s d e P itá g o r a s y su s s e g u id o r e s , la m ú s ic a
e ra in s e p a r a b le d e lo s n ú m e r o s , lo s c u a le s e ra n c o n s id e r a d o s la c la v e d e to d o
e l u n iv e r s o e s p ir itu a l y fís ic o . P o r lo ta n to se c r e ía q u e e l s is te m a d e s o n id o s y
n ía d e l c o s m o s y se c o r r e s p o n d ía c o n e lla . E sta d o c tr in a fu e e x p u e s ta c o n
g ra n p r o fu n d id a d y d e fo r m a m u y s is te m á tic a p o r P la tó n , p a r tic u la r m e n te
E d a d M e d ia ) y e n L a rep ú b lica. L a s o p in io n e s d e P la tó n a c e r c a d e la n a tu r a -
22 Historia de la música occidental, 1
M u jer que toca e l doble aulos en una bacanal. E l aulas era, norm alm ente, un instrum ento de lengüeta
sencilla, pero algunas veces p o d ía ser de doble lengüeta y se tocaba, casi siem pre, p o r parejas; en este
caso, parece ser que la intérprete toca las m ism as notas en los dos tubos. Copa para beber, dib u ja d a en
rojo y a trib u id a a l p in to r de recipientes ático llam ado Olios, 5 2 5 -5 0 0 a.C . (M adrid, M useo A rqueoló
gico N a cio n a l.)
le z a y lo s u so s d e la m ú s ic a e je r c ie r o n p r o fu n d a in flu e n c ia , d u r a n te la E d a d
M e d ia y e l R e n a c im ie n to , s o b r e la s e s p e c u la c io n e s d e lo s e s tu d io s o s a c e rc a d e
la m ú s ic a y s u p a p e l e n la e d u c a c ió n .
P a ra a lg u n o s p e n sa d o r e s g r ie g o s , la m ú s ic a ta m b ié n g u a r d a b a u n a e stre
c h a r e la c ió n c o n la a s tr o n o m ía . D e h e c h o , C la u d io P to lo m e o (s ig lo II d .C .) ,
e l m á s s is te m á tic o d e lo s a n tig u o s te ó r ic o s d e la m ú s ic a , fu e ta m b ié n e l p r in
c ip a l a s tr ó n o m o d e la A n tig ü e d a d . S e c r e ía q u e la s le y e s m a te m á tic a s s u b y a
c ía n e n lo s s is te m a s d e lo s in te r v a lo s m u s ic a le s y d e lo s c u e r p o s c e le s te s , y
q u e c ie r to s m o d o s , e in c lu s o c ie r ta s n o ta s , se c o r r e s p o n d ía n c o n d e te r m in a
m ú s ic a p r o d u c id a p o r la s r e v o lu c io n e s d e e sto s c u e r p o s c e le s te s , n u n c a o íd a
p o r lo s h o m b r e s ; su s e c o s fu e r o n r e c o g id o s p o r e s c r ito r e s m u s ic a le s d u r a n te
to d o e l M e d ie v o y a p a r e c e n a s im is m o e n S h a k e sp e a r e y M ilt o n .
L a e str e c h a u n ió n e n tre m ú s ic a y p o e s ía es o tr a d im e n s ió n q u e n o s p e r
g r ie g o s , la s d o s e ra n p r á c tic a m e n te s in ó n im a s . P la tó n d e c ía q u e la c a n c ió n
(m eló ,) « t a b a c o m p u e s ta d e h a b la , r itm o y « a r m o n ía » (u n a c o n c o td e c o m b i
3 P l a t ó n : L a república, 1 0 .6 1 7 .
Vida musical y pensamiento en las antiguas Grecia y Roma 23
d e c a n ta r » . D e h e c h o , m u c h a s d e la s p a la b r a s g r ie g a s q u e d e s ig n a n lo s d iv e r
s o s tip o s d e p o e s ía , ta le s c o m o h im n o, s o n té r m in o s m u s ic a le s . E n s u P o ética,
A r is tó te le s , d e s p u é s d e m a n ife s ta r q u e la m e lo d ía , e l r itm o y la le n g u a c o n s ti
tu y e n lo s e le m e n to s d e la p o e s ía , p r o s ig u e d ic ie n d o : « H a y a d e m á s u n a rte
te n ía n n in g u n a p a la b r a p a r a r e fe r ir s e a l a rte d e h a b la r q u e n o in c lu y e r a m ú
sic a .
L a d o c trin a d e l ethos
L o s e s c r ito r e s g r ie g o s c r e y e r o n q u e la m ú s ic a p o s e ía c u a lid a d e s m o r a le s y q u e
é s ta p o d ía a fe c ta r a l c a r á c te r y a l c o m p o r ta m ie n t o . E s ta id e a c u a d r a b a c o n la
c o n c e p c ió n p ita g ó r ic a d e la m ú s ic a c o m o u n s is te m a d e a ltu r a s d e s o n id o y
r itm o , r e g id o p o r la s m is m a s le y e s m a te m á tic a s q u e o b r a n e n t o d o e l m u n d o ,
v is ib le e in v is ib le . E l a lm a h u m a n a se v e ía c o m o u n a c o m b in a c ió n q u e s e ar
m o n iz a b a m e d ia n te r e la c io n e s n u m é r ic a s . S e c r e ía q u e la m ú s ic a n o s ó lo re
fle ja b a e ste s is te m a o r d e n a d o , s in o q u e ta m b ié n p e n e tr a b a e n e l a lm a y , e n
e fe c to , e n e l m u n d o in a n im a d o . D e a h í q u e se a tr ib u y e s e n m ila g r o s a io s
m ú s ic o s le g e n d a r io s d e la m ito lo g ía . M e d ia n te la d o c tr in a d e la im ita c ió n ,
A r is tó te le s 6 e x p lic ó la fo r m a e n q u e la m ú s ic a p o d ía a c tu a r s o b r e la c o n d u c
a lm a : la d u lz u r a , la ir a , e l v a lo r , la te m p la n z a , y su s o p u e s to s ; e n c o n s e c u e n -
c ia , c u a n d o a lg u ie n e s c u c h a u n a m ú s ic a q u e im ita a c ie r ta p a s ió n , r e s u lta im
b u id o p o r e sa m is m a p a s ió n ; a d e m á s , si d u r a n te m u c h o tie m p o e s c u c h a h a
b it u a lm e n te la c la s e d e m ú s ic a q u e d e s p ie r ta p a s io n e s in n o b le s , t o d o s u
c a rá c te r se e str u c tu ra r á s e g ú n u n a fo r m a in n o b le . E n s u m a , si a lg u ie n e s c u
c h a la c la s e c e n s u r a b le d e m ú s ic a , se c o n v e r tir á e n la c la s e c e n s u r a b le d e p e r
s o n a ; p e r o , a la in v e r sa , si e s c u c h a la c la s e id ó n e a d e m ú s ic a , te n d e r á a c o n
v e r tir se e n la c la s e id ó n e a d e p e r s o n a 7.
T a n t o P la tó n c o m o A r is tó te le s e sta b a n d e a c u e r d o e n q u e la m a n e r a d e
p r o d u c ir la c la s e « id ó n e a » d e p e r s o n a e ra m e d ia n te u n s is te m a d e e d u c a c ió n
p ú b lic a c u y o s d o s e le m e n to s p r in c ip a le s fu e s e n la g im n a s ia y la m ú s ic a , la
4 P l a t ó n : La república, 3 .3 9 8 c .
5 A r is tó te le s : Poética, i . l 4 4 7 a - b .
6 A r is tó te le s : P olítica, 8 . 1 3 4 0 a - b ; c f. P l a t ó n : Las leyes, 2 . 6 6 5 - 7 0 c .
7 V é a s e t a m b i é n P l a t ó n : La república, 3 .4 0 1 d - e .
24 Historia de la música occidental, 1
p r im e r a p a r a la d is c ip lin a d e l c u e r p o y la s e g u n d a p a r a la d e la m e n te . E n La
rep ú b lica, e s c r ita a lr e d e d o r d e l 3 8 0 a .C ., P la tó n in s is te e n la n e c e s id a d d e u n
e q u ilib r io e n tr e e sto s d o s e le m e n to s e n la e d u c a c ió n : d e m a s ia d a m ú s ic a to r
n a rá a l h o m b r e a fe m in a d o o n e u r ó tic o ; d e m a s ia d a g im n a s ia lo v o lv e r á in c iv i
liz a d o , v io le n t o e ig n o r a n te . « Q u ie n m e z c le m ú s ic a y g im n a s ia e n la s p r o p o r
c io n e s m á s ju s ta s y q u ie n m e jo r la s h a g a a r m o n iz a r c o n e l a lm a , p o d r á se r
r e s u lta b a n a p r o p ia d o s . D e b ía n e v ita r s e la s m e lo d ía s q u e e x p r e sa r a n s u a v id a d
e in d o le n c ia e n la e d u c a c ió n d e q u ie n e s h a b ía n d e se r a d ie s tr a d o s p a r a c o n
v e r tir se e n g o b e r n a n te s . S ó lo h a b ía n d e c o n se r v a r se lo s m o d o s d ó r ic o y fr i
g io , e n c u a n to q u e e ra n lo s q u e p r o m o v ía n la s v ir tu d e s d e l v a lo r y la te m
p la n z a . L o s o tr o s m o d o s d e b ía n e x c lu ir s e , y d e p lo r a r lo s v ig e n te s e s tilo s q u e
r e c u r r ía n a la m u ltip lic id a d d e n o t a s , la s e s c a la s c o m p le ja s y la m e z c la d e g é
n e r o s , r itm o s e in s tr u m e n to s in c o m p a tib le s 9. A d e m á s , n o d e b ía n c a m b ia r s e
lo s c im ie n to s d e la m ú s ic a u n a v e z e s ta b le c id o s , p u e s to q u e la a u s e n c ia d e re
la s c o s tu m b r e s y a la a n a r q u ía e n la s o c i e d a d 101
. P a ra P la tó n e l d ic h o : « D e ja d
m e h a c e r la s c a n c io n e s d e u n a n a c ió n y n o m e p r e o c u p a r é p o r q u ié n h a g a
su s le y e s » , e x p r e s a b a u n a m á x im a p o lític a ; m á s a ú n , e ra u n ju e g o d e p a la b r a s ,
« le y » , se e m p le a b a a s im is m o p a r a d e s ig n a r lo s e s q u e m a s m e ló d ic o s d e u n a
p ie z a n . E n s u P o lític a ( ca . 3 3 0 a .C .) , A r is tó te le s e s m e n o s r e s tr ic tiv o q u e P ía -7
tó n e n lo q u e c o n c ie r n e a d e te r m in a d o s r itm o s y m o d o s . A d m it e e l u s o d e la í
m ú s ic a p a r a la d iv e r s ió n y e l g o c e in te le c tu a l, a sí c o m o p a r a la e d u c a c ió n , j
T a m b ié n s o s tie n e q u e la s e m o c io n e s c o m o la p e n a y e l m ie d o se p u e d e n ex¿J
tir p a r m o s tr á n d o la s a la g e n te a tra v é s d e la m ú s ic a y e l d r a m a 12.
e l e s ta d o id e a l, ta n to P la tó n c o m o A r is tó te le s d e p lo r a s e n c o n s c ie n te m e n te
c ie r ta s te n d e n c ia s d e la v id a m u s ic a l d e s u é p o c a , e n p a r tic u la r e l e m p le o d e
c o m p lic a d a y lo s v ir tu o s o s p r o fe s io n a le s . E s to s filó s o fo s e ra n c o n s c ip r q e s d e
q u e la m ú s ic a e je r c ía u n g r a n p o d e r s o b r é la m e n te v lo a s e n tim ie n to s , p n la
h is to r ia h a h a b id o m u c h o s e je m p lo s d e p r o h ib ic ió n d e c ie r to s tip o s d e m ú s i
c a e n b e n e fic io d e l b ie n e s ta r p ú b lic o . L a m ú s ic a e s tu v o r e g la m e n ta d a e n la s
p r im e r a s c o n s titu c io n e s , ta n to d e A te n a s , c o m o d e E s p a r ta . E n s ig lo s p o s te
8 P l a t ó n : La república, 3 .4 1 2 a .
9 P l a t ó n : L a república 3 .3 9 8 c - 3 9 9 e ; t a m b i é n Las leyes, 7 .8 1 2 c - 8 1 3 a .
10 P l a t ó n : L a república, 4 .4 2 4 c ; t a m b i é n Las lepes, 3 . 7 0 0 b - e .
11 P l a t ó n : Las leyes 7 . 7 9 9 e - 8 0 0 b .
12 A r is tó te le s : P olítica 8 . 1 3 3 9 b - 1 3 4 0 a .
Vida musical y pensamiento en las antiguas Grecia y Roma 25
r io r e s lo s e s c r ito s d e lo s p a d re s d e la Ig le s ia c o n tie n e n m u c h a s a d v e r te n c ia s
c o n tr a tip o s e s p e c ífic o s d e m ú s ic a . E s te te m a t a m p o c o h a m u e r to e n e l s i
g lo x x . L a s d ic ta d u r a s , ta n to d e d e r e c h a s c o m o d e iz q u ie r d a s , h a n in te n ta d o
c o n tr o la r la a c tiv id a d m u s ic a l d e su s p u e b lo s ; lo s e d u c a d o r e s to d a v ía se p r e o
tu a lm e n te e x p u e s to s lo s jó v e n e s .
----------------------------------:------------------------------------- ;------------------------;-------------------
E l s is te m a m u s ic a l g r ie g o
L a a r m o n ía , es d e c ir e l e s tu d io d e t o d o lo r e fe r e n te a la s a ltu r a s d e lo s s o n i
d o s , e s ta b a c o n s titu id a tr a d ic io n a lm e n te p o r sie te te m a s : n o ta s , in te r v a lo s ,
g é n e r o s , s is te m a s d e e s c a la , ton oi, m o d u la c ió n y c o m p o s ic ió n m e ló d ic a . E n
e ste o r d e n a p a r e c e n e n u m e r a d o s p o r C le o n id e s (a u to r d e fe c h a s im p r e c is a s ,
e n tr e lo s sig lo s II y IV d . C . ) 13, e n u n c o m p e n d io d e la te o r ía a r is to x é n ic a ; e l
m ie n to s d e la v o z h u m a n a : e l co n tin u o , e n e l q u e la v o z se m u e v e h a c ia e l
a g u d o y h a c ia e l g ra v e s in q u e d a r s e fija e n u n a a ltu r a d e te r m in a d a , ta l c o m o
g u ié n d o s e e n tre e lla s in te r v a lo s p r e c is o s . L o s in te r v a lo s , c o m o lo s to n o s , se
m it o n o s y d i to n o s (te r c e r a s), se c o m b in a b a n fo r m a n d o s is te m a s o e s c a la s . E l
b lo q u e fu n d a m e n ta l e n la c o n s tr u c c ió n d e la s e s c a la s d e o c ta v a o d e d o b le
o c ta v a e ra e l te tr a c o r d o , c o n s titu id o p o r c u a tr o n o ta s c o n la e x te n s ió n d e u n
d ia te s s a r o n o c u a r ta . L a c u a r ta , la q u in ta y la o c ta v a e ra n lo s tre s in te r v a lo s
p r in c ip a le s r e c o n o c id o s e n fe c h a m u y te m p r a n a c o m o c o n s o n a n c ia s . L a le
y e n d a c u e n ta q u e P itá g o r a s d e s c u b r ió s u s p r o p o r c io n e s c u a n d o e s c u c h ó
m a r tillo s d e d ife r e n te s ta m a ñ o s g o lp e a n d o s o b r e u n y u n q u e e n u n a h e r r e r ía
(v é a s e e l r e c u a d r o ), a u n q u e es m á s p r o b a b le q u e o b s e r v a r a q u e c u a n d o u n a
c u e r d a se d iv id ía , lo s s e g m e n to s c u y a s lo n g itu d e s te n ía n la p r o p o r c ió n 2 :1 ,
p r o d u c ía n u n a o c ta v a , lo s q u e te n ía n la p r o p o r c ió n 3 :2 , u n a q u in ta y , 4 :3 ,
u n a c u a r ta .
e n tr e la s n o ta s e x tr e m a s . E l in te r v a lo
m á s a g u d o , e l m a y o r (e je m p lo 1 .1 a , b , c ) . E n e l g é n e r o d ia tó n ic o , lo s d o s in
te r v a lo s s u p e r io r e s e r a n d e u n t o n o y e l in fe r io r e fe u n s e m ito n o . E n e l c r o
m á tic o , e l in te r v a lo s u p e r io r e r a u n s e m id it o n o (te r c e r a m e n o r ) y io s d o s in
e n a r m ó n ic o , e l in te r v a lo s u p e r io r e ra u n d ít o n o (te r c e r a m a y o r ), y lo s d o s in
fe r io r e s , q u é fo r m a n e l p ykn on , e ra n m á s p e q u e ñ o s q u e e l s e m ito n o , q u iz á s
\
13 Su Introducción a la A rm o n ía a p a r e c e t r a d u c i d a a l in g l é s p o r O l i v e r S t r u n k , e n Source Rea-
d in p , p p . 3 4 - 4 6 .
Vida musical y pensamiento en las antiguas Grecia y Roma 27
c u a r to s d e to n o . T o d o s e sto s c o m p o n e n te s d e l te tr a c o r d o p o d ía n v a r ia r a lg o
e n lo r e fe re n te a s u ta m a ñ o ; e sta v a r ie d a d d io p ie a « m a tic e s » d e n tr o d e lo s
gen era.
A r is tó x e n o m a n te n ía q u e e l v e r d a d e r o m é t o d o p a r a d e te r m in a r e l ta m a ñ o
d e lo s in te r v a lo s e ra m e d ia n te e l o íd o , n o p o r p r o p o r c io n e s n u m é r ic a s , ta l
c o m o p e n s a b a n lo s s e g u id o r e s d e P itá g o r a s . S in e m b a r g o , p a r a d e fin ir e l ta
m a ñ o d e lo s in te r v a lo s m á s p e q u e ñ o s q u e e l d e c u a r ta , A r is tó x e n o d iv id ía e l
t o n o e n d o c e p a r te s ig u a le s , q u e u s a b a c o m o u n id a d e s d e m e d id a . D e la s
d e s c r ip c io n e s d e A r is tó x e n o y d e la s e x p lic a c io n e s d e b id a s a te ó r ic o s p o s te
r io r e s p o d e m o s d e d u c ir q u e lo s a n tig u o s g r ie g o s , al ig u a l q u e la m a y o r ía d e
in te r v a lo s m á s p e q u e ñ o s q u e e l s e m ito n o . E n e fe c to , e s to s m ic r o to n o s a p a r e
c e n e n e l fr a g m e n to d e E u r íp id e s ( N A W M 2 ) .
m e n te « d e lo s e x tr e m o s » , e s e l te tr a c o r d o d e la s n o ta s m á s a g u d a s . E l n o m b r e
d e l te tr a c o r d o D iezeu gm en on v ie n e d e l h e c h o d e q u e e l in te r v a lo S i- L a e n tre
d o s te tr a c o r d o s d is ju n to s , fo r m a d o p o r u n t o n o , e s e l « p u n to d e la d is y u n
m e s e » o n o ta c e n tr a l. E l m á s g ra v e e ra e l h ypaton , c u y o s ig n ific a d o « e l m a s
a lto » , p u e d e q u e se d e b a a q u e e sa s c u e r d a s d e l in s tr u m e n to e ra n la s q u e e sta
b a n m á s a le ja d a s d e l c u e r p o d e l in té r p r e te .
28 Historia de la música occidental, 1
la Nete
Hyperbolaion s o l' Paranete
f* Trite
re Paranete
do Trite Diezeugmenon
si Paramese
Disyunción
k Mese
Mesón so l Lichanos
f* Parhypate
--------- m i ------- ------ Hypate---------------
re Lichanos
do Parhypate
Si_ Hypatc
La Proslambanomenos
D o s te tra c o rd o s p o d ía n c o m b in a r s e d e d o s m a n e ra s d istin ta s p a r a fo r m a r
h e p ta c o r d o s (s is te m a s d e sie te n o ta s ), o c ta v a s y d o b le s o c t a v a s . S i la ú ltim a n o ta
d e u n te tr a c o rd o e ra ta m b ié n la p r im e r a d e o tr o , se d e c ía q u e lo s te tra c o rd o s
fo r m a d a p o r te tr a c o rd o s c o n ju n to s y d is ju n to s a lte r n a d o s , s e g ú n la m a n e r a
m o s tr a d a e n e l e je m p lo 1 .3 . E l la m á s g ra v e d e e ste s is te m a e ra c o n s id e r a d o u n a
to al m e d io ). L a s d e m á s n o ta s te n ía n u n n o m b r e c o m p u e s to , d o n d e la p r im e r a
p a la b r a d a b a la p o s ic ió n d e la n o t a e n s u te tr a c o rd o y la s e g u n d a p a la b r a e l n o m
b re d e l te tr a c o rd o p r o p ia m e n te d ic h o . (P o r e je m p lo , la ” 14, la n o ta m á s a g u d a e n
n o ta s p r o v e n ía d e la p o s ic ió n d e la m a n o y lo s d e d o s a l to c a r la lir a ; e l d e o tra s,
d e l lu g a r q u e o c u p a b a n e n el s is te m a . L ich an os s i g n i f i c a « d e d o ín d ic e » . H ypate s e
lla m a b a a sí p o r ser la n o ta e x tr e m a e n lo s te tr a c o rd o s h y p a to n y m e s ó n ; y nete
p r o v e n ía d e neatos, «e l ú ltim o » .
Hyperfooiaion
E n e l e je m p lo 1 .3 la s n o ta s e x tr e m a s o fija s d e lo s te tr a c o r d o s se r e p re se n
ta n e n n o ta c ió n m o d e r n a c o n n o ta s b la n c a s . L a s d o s n o ta s in te r io r e s d e c a d a
m o s e x p lic a d o . N o o b s ta n te , s in te n e r e n c u e n ta la s m o d ific a c io n e s d e la a l
tu r a , e sta s n o ta s c o n s e r v a b a n lo s m is m o s n o m b r e s q u e e n e l g é n e r o d ia tó n ic o
e ra n c o n s tr u c c io n e s te ó ric a s a n te rio re s a la c o m p o s ic ió n , s in o m a n e r a s d e o r
g a n iz a r la m e lo d ía ; a d e m á s , la s p r á c tic a s m e ló d ic a s d ife r ía n m u c h ís im o d e n
d ó r ic o , jó n ic o y e ó lic o d a d o s a lo s to n o i se r e fe r ía n o r ig in a lm e n te a e s tilo s d e
m ú s ic a p r a c tic a d o s e n d ife r e n te s r e g io n e s . C o m o u n h is to r ia d o r d e la m ú s ic a
g r ie g a h a r e s u m id o :
La música antigua griega comprendía los cantos épicos de Homero y los rapsodas,
de origen jónico (es decir, asiático), las canciones de Safo y Alceo, eolicas (de las is
las griegas), los poemas dóricos (del sur de Grecia) de Píndaro (poeta epinicio
[compositor de canciones triunfales o de victoria]), los dramas de Esquilo, Sófocles,
Eurípides (poetas trágicos) y Aristófanes (poeta cómico), los péanes helenísticos de
Delfos (Grecia septentrional) a Apolo, el epitafio pagano de Seiquilos del siglo I, un
«himno cristiano», del IV y el resto de todo un corpas, perdido en su mayoría, de
música griega compuesta, en primer lugar, sin la ayuda de la notación ni de la ense
ñanza técnica y después contando con ellas, a lo largo de un período que compren
de unos m il doscientos años desde Homero a Boecio15.
A r is tó x e n o c o m p a r a b a lo s d e sa c u e r d o s e x is te n te s r e la t iv o s a l n ú m e r o y a
la s n o ta s d e lo s to n o i c o n la s d is p a r id a d e s q u e h a b ía e n tre lo s c a le n d a r io s d e
C o r in t o y A te n a s . L a s e c c ió n d e s u tr a ta d o e n la q u e h a b r ía n a p a r e c id o su s
p r o p io s p u n to s d e v is t a n o h a lle g a d o h a sta n o s o tr o s , a u n q u e la e x p o s ic ió n
S e e m p le a p a r a d e s c r ib ir e l á m b ito d e la v o z , es d e c ir , s u r e g istr o a g u d o o g ra
v e , si se u sa e n c o m b in a c ió n c o n u n n o m b r e é tn ic o , c o m o « ton os d ó r ic o » o
d e la o c ta v a .
P a ra h a c e r n o s u n a id e a m á s d a r a d e lo q u e d e b ie r o n d e se r lo s to n o i te n
d r e m o s q u e r e m itir n o s a o tr o s a u to r e s , p r o b a b le m e n te m á s ta r d ío s , c o m o es
n o ta c ió n d e q u in c e to n o i (lo s d e A r is tó x e n o , y o tr o s d o s m á s a g u d o s ), e n la s
la d e l p e r fe c to m e n o r , y a q u e c a d a ton os es m á s a g u d o o m á s g ra v e q u e e l s i
g u ie n te e n u n s e m ito n o . L a n o ta c ió n s u g ie r e q u e e l h ip o lid io e ra la r s r a lq n a
tu r a l, c o m o la q u e v a d e la a L tt e n e l e je m p lo 1 .3 . P to lo m e o c r e ía q u e e ra e x
p e r m itir q u e c ie r ta s h a rm o n ia i p u d ie r a n c a n ta r se o to c a r se d e n tr o d e l á m b ito
lim ita d o d e u n a v o z o in s tr u m e n to y q u e s ó lo h a b ía s ie te fo r m a s d e o r d e n a r
se c a r a c te r iz a b a p o r c ie r to n ú m e r o d e c u a lid a d e s , c o m o e ra n e l ethos, fe m e n i
n o -m a s c u lin o , n o ta s e x c lu id a s o in c lu id a s , p r e fe r e n c ia s é tn ic a s y o tra s c o sa s
ta v a .
C u a n d o C le o n id e s e x p lic a la s e s p e c ie s d e la s c o n s o n a n c ia s , d e m u e s tr a
q u e h a b ía tre s e s p e c ie s d e c u a r ta , c u a tr o d e q u in ta y s ie te d e o c ta v a . E s to
q u ie r e d e c ir q u e lo s to n o s y s e m ito n o s (o in te r v a lo s m á s p e q u e ñ o s ) se p o d ía n
d is p o n e r e n u n n ú m e r o in fe r io r a l d e lo s g r a d o s c o n te n id o s e n e l in te r v a lo .
L a c u a r ta d ia tó n ic a p o d ía te n e r u n m o v im ie n to a s c e n d e n te d e s - T - T (Si-d o
re-m i), d e T -T -s (d o -re-m i-fa) y d e T -s - T (re-m i-fu -sol). H a b ía e s p e c ie s s im ila
p e c ie s d e o c ta v a , C le o n id e s le s d io n o m b r e s é tn ic o s c o m o d ó r ic a y fr ig ia , y
d e m o s tr ó q u e p o d ía n se r r e p re se n ta d a s c o m o s e g m e n to s d e l s is te m a p e r fe c to
m a y o r e n s u fo r m a n a tu r a l. A s í la e s p e c ie d e o c ta v a m ix o lid ia se p o d ía rep re
e s p e c ie s d e o c ta v a p a r e c e n u n a s s e r ie s d e m o d o s a s c e n d e n te s y s u e n a n ig u a l;
sin e m b a r g o , é sta e s u n a fa ls a a n a lo g ía , y a q u e C le o n id e s s ó lo b u s c a b a e l fa c i
Vida musical y pensamiento en las antiguas Grecia y Roma 31
lita r la fo r m a d e r e c o r d a r la s s u c e s io n e s d e in te r v a lo s r e p r e s e n tá n d o lo s d e
e s ta m a n e r a . S in e m b a r g o , c o n s titu y e u n h e c h o e x tr a o r d in a r io e l q u e lo s
n o m b r e s d a d o s p o r C le o n id e s a la s s ie te e s p e c ie s d e o c ta v a c o in c id a n c o n lo s
q u e P t o lo m e o le s d i o a lo s to n o i q u e la s p r o d u c e n e n s u s is te m a .
E l a r g u m e n to s o s te n id o p o r P to lo m e o p a r a s ó lo to m a r e n c u e n ta s ie te to
noi se b a sa b a e n la c r e e n c ia d e q u e la a ltu r a d e l s o n id o (o lo q u e lla m a m o s
r e g is tr o ) n o e ra la ú n ic a fu e n te im p o r ta n te d e v a r ie d a d y e x p r e s ió n e n la m ú
sic a , s in o q u e la d is p o s ic ió n d e lo s in te r v a lo s d e n tr o d e u n r e g is tr o v o c a l e ra
m á s e s e n c ia l. D e h e c h o , lo q u e h iz o fu e m e n o s p r e c ia r e l s im p le c a m b io d e
tonos, p o r q u e , s e g ú n é l, n o a fe c ta b a a la m e lo d ía e l m o v im ie n to a s c e n d e n te o
d e s c e n d e n te d e s u a ltu r a , m ie n tr a s q u e m o d ific a n d o la e s p e c ie d e o c ta v a o
S ó lo h a c ía n fa lta s ie te to n o i p a r a r e a liz a r s ie te o r d e n a c io n e s , o e s p e c ie s , d e lo s
in te r v a lo s c o m p o n e n te s d e n tr o d e l e s p a c io d e u n a o c ta v a o d o b le o c ta v a , p o r
h e c h o C le o n id e s y é sta fu e la e s c a la n a tu r a l, la c u a l a n o ta r ía m o s s in n in g ú n
d o p o r d e b a jo d e la d ó r ic a se h a lla b a la h ip o lid ia , a u n g r a d o m á s a b a jo d e
é sta la h ip o fr ig ia y , a o tr o , la h ip o d ó r ic a . S i b ie n A lip io r e p r e s e n tó c o n n o t a
a r r ib a y h a c ia a b a jo , P t o lo m e o c o n s id e r a b a q u e lo s lím ite s d e la v o z e s ta b a n
r e d u c id o s a d o s o c ta v a s, p o r lo q u e s ó lo a q u e l to n ta q u e d e s p le g a b a e l s is te m a
p e r fe c to m a y o r e n s u o r d e n n a tu ra l e ra di d ó r ic o (v é a s e e l e je m p lo 1 .4 ) ; lo s s u
p e r io r e s a é ste p e r d ía n n o ta s e n la p a r te m á s a lta y c o n ta b a n c o n o tr a s s u p e r -
q u e q u e d a b a n p o r d e b a jo d e l d ó r ic o . L a o c ta v a c e n tr a l c o m p r e n d ía lo s m esas
(p lu r a l d e m ese) d e to d o s lo s ton oi. A s í d i re e ra d m ese d e l m ix o lid io , e l dot e l
d e f lid io y a sí s e g u ía n . E s t o s e ra n m ésai g r a c ia s a su s fu n c io n e s e n la tr a n s p o
c ía s ie m p r e e n la p o s ic ió n c e n tr a l. I m a g in e m o s u n a rp a d e q u in c e c u e r d a s ,
c a d a u n a d e la s c u a le s - t i e n e n o n & r e p r o p io y p o s ic ió n té tic a c o m o » p o r
s e le a s ig n a u n a fu n c ió n d ife r e n te . P o r c o n s ig u ie n te ; la m ese fu n c io n a l d e l fr i
te n d e r c u a n d o u sa b a n la p a la b r a h arm o n io , q u e s u e le tr a d u c ir s e p o r m odo.
T e n e m o s q u e r e c o rd a r q u e a m b o s e s c r ib ía n s o b r e la m ú s ic a d e u n p e r ío d o
b a s ta n te a n te r io r a l d e la s e x p o s ic io n e s te ó ric a s c ita d a s a n te r io r m e n te . A r is tó
te le s a fir m a b a q u e « lo s m o d o s m u s ic a le s d ifie r e n e n e s e n c ia e n tr e s i y q u ie n e s
32 Historia de la música occidental, 1
a
I
I
T ¿«XOLIDIO
*
M_____
" U a s -
lo s o y e n se v e n a fe c ta d o s d e m a n e r a d ife r e n te p o r c a d a u n o . A lg u n o s h a c e n
o tr o s d e b ilita n la m e n te , c o m o lo s m o d o s r e la ja d o s ; o tr o s ta m b ié n o r ig in a n
u n te m p e r a m e n to m o d e r a d o y tr a n q u ilo , e fe c to q u e p a r e c e s e r e l p e c u lia r d e l
d ó r ic o ; e l fr ig io in s p ir a e n t u s i a s m o » l6 .
m a p e r fe c to m a y o r , es d e c ir , la c o lo c a c ió n d e m e lo d ía s e n e s te ton os e n e l
c e n tr o d e la te situ r a m a s c u lin a lo q u e o r ig in a u n te m p e r a m e n t o m o d e r a d o y
tr a n q u ilo , o e s e l e s q u e m a d e to n o s y s e m ito n o s d e s u e s p e c ie d e o c ta v a o
h arm o n ía lo q u e p r o d u c e e s te e fe c to ? (lo s d o s te tr a c o r d o s d ó r ic o s q u e d e s
c ie n d e n s e g ú n e l e s q u e m a d e T -T -s e s tá n e q u ilib r a d o s a lr e d e d o r d e u n t o n o
d e d is y u n c ió n ). P u e d e q u e se d e b a u n p o c o a t o d o e llo , p e r o p r o b a b le m e n te
A r is tó te le s n o p e n s a b a e n n a d a ta n té c n ic o y e s p e c ific o , s in o m á s b ie n e n la
g e n e r a l c u a lid a d e x p r e s iv a d e la s m e lo d ía s y g ir o s m e ló d ic o s c a r a c te r ís tic o s d e
u n d e te r m in a d o m o d o ; a d e m á s , r e la c io n a c o n g r a n c la r id a d a é s to s c o n 1 Ü
P u e d e q u e e x is ta n o tr a s r e la c io n e s q u e n i s e a n p o é tic a s n i m u s ic a le s ,
p o s d e m e lo d ía ; ta m b ié n p u d ie r a se r q u e e n s u o r ig e n lo s n o m b r e s « d ó r ic o » ,
te rp re ta r c a r a c te r ís tic a s d e d iv e r s o s g r u p o s é tn ic o s .
A p e sa r d e la s c o n tr a d ic c io n e s y v a g u e d a d e s q u e a b u n d a n ^ e n ta s e s c r ito s
a n tig u o s s o b r e m ú s ic a , h a y s o r p r e n d e n te s c o r r e s p o n d e n c ia s e n tr e lo s p r e c e p
to s te ó r ic o s e s c r ito s d e s d e A r is tó x e n o a A lip io y lo s e je m p lo s m u s ic a le s q u e s e
c h a d a h a c ia e l s ig lo I d .C ., e s d e e s p e c ia l in te r é s p o r s u c la r a n o ta c ió n r ítm i
c a n c ió n se in c lu y e n to d a s la s n o ta s d e la o c ta v a m i-m i’ c o n f a t y d o ’X ( v é a s e e l
e je m p lo 1 .5 ) , p o r lo q u e la e s p e c ie d e o c ta v a p u e d e id e n tific a r s e s in p o s ib le
e q u iv o c a c ió n c o m o la lla m a d a fr ig ia p o r C le o n id c s , e q u iv a le n te a la o c ta v a
d e Re e n la s t e d a s b la n c a s d d p ia n o .
E l fr a g m e n to d e l c o r o p r o c e d e n te d e O restes, d e E u r íp id e s ( N A W M 2 ) , s e
d a ta d e l 4 0 8 a .C . E s p o s ib le q u e d m is m o E u r íp id e s c o m p u s ie r a la m ú s ic a ,
y a q u e e ra fa m o s o p o r su s v e r s io n e s m u s ic a le s . E l e je m p lo e s p a r tic u la r m e n te
in te r e s a n te p o r q u e t a n o ta c ió n e x ig e ta n to d g é n e r o e n a r m ó n ic o c o m o d
16 P olítica, 8 . 1 3 4 0 a . C o m p á r e s e c o n P l a t ó n : L a república, 3 . 3 9 8 y s s.
34 Historia de la música occidental, 1
Notas musicales c z z
"Ooov C5s <P<*tí — vou
Notas musicales K I Z U O C O jb
Notas musicales C KZ I KÍ K C o jf
Kp&S ÓAcyov é —otL i b
Ritmo del texto S S D S L D S L
Ritmo de la música S S S S S S 5 L S+L
Notas musicales C K O i ¿ K CZ C X I
tb teXos óxpdwos ú n a u - teü .
Ritmo del texto S S S C S S D L L
Ritmo de la música S S S S S S S L S+L
D = sílaba dicrónica.
S = sílaba breve.
L = sílaba larga.
| = posición probable de la tesis.
C = sílaba común.
'• ■ ‘ -v ;•
Estela fun era ria procedente d e A id in , cen a d e Tra
lla , A sia menor. C uenta c m un epitafio, especie d e
skolion o cancián de brindis, con notación
alturas d e l sonido $ e l ritm o, id en tifica d o er*
m en te d id sig lo i d .C . W ate
N A W N t . (Copenhague, M useo N a cio n a l n ú
de inventario 14 8 9 7 .)
L a m ú sic a e n l a a n t ig u a R o m a
N o s a b e m o s si lo s r o m a n o s e fe c tu a r o n a lg u n a c o n tr ib u c ió n s ig n ific a tiv a a la
v e rso s in s tr u m e n to s d e m e ta l. L a tu b a, tr o m p e ta re c ta y d e g ra n lo n g itu d , d e
o r ig e n e tr u s c o , ta m b ié n se e m p le ó e n c e r e m o n ia s r e lig io s a s , e s ta ta le s y m ili
ta re s. L o s in s tr u m e n to s m á s c a r a c te r ís tic o s e ra n u n a tr o m p a c ir c u la r c o n fo r
c a s, a u n q u e ta m b ié n c o n tó c o n u n lu g a r e n la e d u c a c ió n y e n la s fie s ta s p r i
v a d a s. M u c h o s p a s a je s d e lo s e s c r ito s d e C ic e r ó n , Q u in tilia n o y o tr o s a u to re s
s o n p r u e b a fe h a c ie n te d e q u e la fa m ilia r id a d c o n la m ú s ic a o , p o r lo m e n o s ,
c o n lo s té r m in o s m u s ic a le s , e ra c o n s id e r a d a c o m o p a r te d e la e d u c a c ió n d e
n a fu e r a c a p a z d e h a b la r y e s c r ib ir g r ie g o .
D u r a n te la é p o c a d e e s p le n d o r d e l im p e r io r o m a n o (lo s d o s p r im e r o s si
h e lé n ic o . H a y n u m e r o s o s r e la to s a ce rca d e la p o p u la r id a d d e v ir tu o s o s c é le
b re s, d e l p r e d o m in io d e g r a n d e s c o r o s y o rq u e sta s y d e g r a n d io s o s fe s tiv a le s y
c e r tá m e n e s m u s ic a le s . M u c h o s d e lo s e m p e r a d o r e s fu e r o n p a tr o c in a d o r e s d e
la m ú s ic a ; N e r ó n in c lu s o a s p ir ó a la fa m a p e r s o n a l c o m o m ú s ic o . C o n el d e
m ú s ic a e n la g r a n d e y o n e r o s a e s c a la d e tie m p o s a n te r io r e s .
P a ra r e s u m ir , d ig a m o s q u e , a u n q u e p e r s is te la in c e r tid u m b r e a c e r c a d e
M e d ia c ie r ta s id e a s fu n d a m e n ta le s r e la tiv a s a la m ú s ic a : 1 ) u n a c o n c e p c ió n
m e ló d ic a p u r a , d e s p o ja d a d e tr a b a s; 2 ) la id e a d e la m e lo d ía ín tim a m e n te
v in c u la d a c o n e l te x to , e s p e c ia lm e n te e n c u e s tio n e s r ítm ic a s y m é tr ic a s ;
3 ) la e je c u c ió n m u s ic a l b a sa d a fu n d a m e n ta lm e n te e n la im p r o v is a c ió n , sin
u n a n o ta c ió n fija , e n la q u e e l e je c u ta n te , p o r a sí d e c ir lo , re c re a b a la m ú s ic a
c a d a v e z q u e la to c a b a , a u n q u e d e n tr o d e c o n v e n c io n e s c o m ú n m e n t e a c e p
ta d a s y h a c ie n d o u s o d e c ie r ta s fó r m u la s m u s ic a le s tr a d ic io n a le s ; 4 ) u n a filo
s o fía d e la m ú s ic a q u e c o n s id e r a b a el a rte n o c o m o u n ju e g o d e s o n id o s h e r
b ie n , c o m o u n s is te m a o r d e n a d o , c o in c id e n te c o n e l s is te m a d e la n a tu r a le
z a y c o m o fu e r z a c a p a z d e a fe c ta r al p e n s a m ie n to y la c o n d u c ta h u m a n o s ;
5 ) u n a te o r ía a c ú s tic a d e fu n d a m e n to s c ie n tífic o s ; 6 ) u n s is te m a d e fo r m a
c ió n d e e s c a la s b a s a d o e n te tr a c o r d o s y 7 ) u n a te r m in o lo g ía m u s ic a l b ie n
d e s a r r o lla d a .
38 Historia de la música occidental, 1
e ra c o m ú n a la m a y o r p a r te d e l m u n d o a n tig u o , p o r n o d e c ir a su to ta lid a d .
E s to s c o n o c im ie n to s e id e a s se tr a n s m itie r o n , si b ie n e n fo r m a in c o m p le ta e
q u e v e rsa b a n s o b r e m ú s ic a ju n t o a u n a g r a n v a r ie d a d d e o tr o s te m a s .
C u a lq u ie r a q u e v iv ie s e e n u n a p r o v in c ia d e l im p e r io r o m a n o e n e l s ig lo V p o
d r ía h a b e r v is to c ó m o c a ía n e n d e s u s o c a m in o s , c ó m o se c o n v e r tía n e n r u i
n a s te m p lo s y a re n a s q u e h a b ía n s id o c o n s tr u id o s p a r a m u ltitu d e s ; y c ó m o se
v o lv ía la v id a m á s p o b r e , in se g u r a y b r u ta l. R o m a , q u e , e n e l tie m p o d e su
e s p le n d o r , h a b ía im p u e s to la p a z e n ca si to d a E u r o p a o c c id e n ta l, al ig u a l q u e
e n g ra n p a r te d e A fr ic a y A s ia , se h a b ía d e b ilita d o y e ra in c a p a z d e d e fe n d e r
r o p e a c o m ú n se fu e d iv id ie n d o e n fr a g m e n to s q u e n e c e s ita r ía n m u c h o s s ig lo s
p a r a c o n v e r tir s e g r a d u a lm e n te e n la s n a c io n e s m o d e r n a s .
M ie n tr a s R o m a d e c lin a b a c o m o im p e r io , la ig le s ia c r is tia n a a v a n z a b a s i
le n c io s a m e n te . H a s t a e l s ig lo X fu e e l p r in c ip a l — y a m e n u d o ú n ic o — c a n a l
d e c u lt u r a y fu e rz a u n ific a d o r a e n E u r o p a . A p e sa r d e tr e s c ie n to s a ñ o s d e e s
p o r á d ic a p e r s e c u c ió n , la s p r im e r a s c o m u n id a d e s c r is tia n a s c r e c ie r o n c o n s ta n
te m e n te y p r o p a g a r o n su fe a to d a s la s p a r te s d e l im p e r io . E l e m p e r a d o r
g u o se d e s in te g r ó , d iv id ié n d o s e el im p e r io e n o r ie n ta l y o c c id e n ta l, c o n c a p i
ta le s e n B iz a n c io y e n R o m a . C u a n d o e l ú lt im o e m p e r a d o r o c c id e n ta l
fin a lm e n te a b a n d o n ó su tr o n o e n e l a ñ o 4 7 6 , d e s p u é s d e u n s ig lo te r r ib le d e
g u e rra s e in v a s io n e s , e l p o d e r p a p a l se h a b ía e s ta b le c id o lo s u fic ie n te m e n te
fir m e c o m o p a ra q u e la Ig le s ia to m a r a el r e le v o d e R o m a e n la m is ió n d e c iv i
liz a r y u n ific a r al p u e b lo b a jo su d o m in io .
d a d d e m ú s ic a p r o v e n ie n te d e G r e c ia o d e la s s o c ie d a d e s o r ie n t a le s -h e lé n ic a s
m ix ta s q u e r o d e a b a n el M e d ite r r á n e o o r ie n ta l, q u e fu e in c o r p o r a d a a la ig le
p o r e je m p lo , la id e a d e c u lt iv a r la m ú s ic a s im p le m e n te p a ra d isfr u ta r d e e lla
c o m o a rte . S o b r e t o d o , m u c h o s c o n s id e r a b a n q u e la s fo r m a s y tip o s d e m ú s i
c a v in c u la d o s c o n lo s g r a n d e s e s p e c tá c u lo s p ú b lic o s ta le s c o m o fe s tiv a le s , to r
n e o s y r e p re s e n ta c io n e s d r a m á tic a s , al ig u a l q u e la m ú s ic a d e s tin a d a a o c a s io -
\ idu musical y pensamiento en las antiguas Greda y Roma 39
Procesión fúnebre en el relieve de un sarcófago romano procedente de Amitemum, finales del siglo / a.C.
En la fila superior se ven dos intérpretes de c o r n u y uno sólo de l i t u u s , ambos instrumentos de metal de
origen etrusco-romano. Debajo de éstos hay cuatro tibicines, la tibia era un instrumento similar al a i l
l o s griego. (Aquila, Museo Municipal.)
n e s d e c o n v iv e n c ia m á s ín tim a s , e ra n in a p r o p ia d a s p a r a la ig le s ia y e llo n o
ta n to p o r e l d is g u s to q u e p u d ie s e o c a s io n a r le s la m ú s ic a p r o p ia m e n te d ic h a
c o m o p o r la n e c e s id a d d e a p a rta r al c r e c ie n te n ú m e r o d e c o n v e r s o s d e t o d o
c u a n to e s tu v ie s e a s o c ia d o c o n su p a s a d o p a g a n o . E s ta p o s ic ió n im p lic ó , al
p r in c ip io , in c lu s o u n r e c e lo fr e n te a to d a la m ú s ic a in s tr u m e n ta l.
La herencia judía
D u r a n te m u c h o tie m p o , lo s h is to r ia d o r e s d e la m ú s ic a c r e y e r o n q u e lo s a n ti
h a y p r u e b a s d o c u m e n ta le s q u e la a p o y e n . E n e fe c to , p a r e c e se r q u e lo s p r i
s in a g o g a . E l te m p lo , es d e c ir , e l s e g u n d o te m p lo d e J e r u s a lé n , q u e se le v a n tó
e n e l s itio d e l o r ig in a l, c o n s tr u id o p o r S a lo m ó n , d e s d e e l 5 3 9 a .C ., h a sta s u
d e s tr u c c ió n p o r lo s r o m a n o s e n e l 7 0 d .C ., e ra u n lu g a r d o n d e te n ía c a b id a
ca si s ie m p r e d e u n c o r d e r o , a c a r g o d e sa c e r d o te s a y u d a d o s p o r le v ita s , e n tre
lo s q u e se h a lla b a n a lg u n o s m ú s ic o s , se r v ic io q u e c o n te m p la b a n lo s c iu d a d a
c o m ía p a r te d e l a n im a l « q u e m a d o » . E s to s s a c r ific io s se r e a liz a b a n d ia r ia m e n -
40 Historia de la música occidental, i
te p o r la m a ñ a n a y p o r la ta rd e ; e n lo s d ía s d e d e s c a n s o y d e fie s ta se o fr e
u n c o r o d e le v it a s — fo r m a d o , al m e n o s , p o r d o c e p e r so n a s— e n to n a b a u n
s a lm o , q u e e ra d ife r e n te y p r o p io d e c a d a d ía d e la s e m a n a , a c o m p a ñ a d o p o r
in s tr u m e n to s d e c u e r d a . E n lo s d ía s im p o r ta n te s d e fie s ta , c o m o e ra la v ís p e
ra d e la p a sc u a d e lo s h e b r e o s , se c a n ta b a n lo s s a lm o s 1 1 3 al 1 1 8 , q u e c u e n
c u la r e s ; lu e g o , u n in s tr u m e n to d e v ie n to q u e r e c o r d a b a a l a u lo s , to m a b a
p a r te e n el a c o m p a ñ a m ie n to ju n to a la s c u e r d a s. L a s p e r so n a s ta m b ié n o r a
b a n e n e l te m p lo o , si se h a lla b a n a le ja d a s d e é ste , d ir ig ía n e n to n c e s la m ir a
d a h a c ia d o n d e se e n c o n tr a b a , a u n q u e ca si to d a s la s o r a c io n e s se r e z a b a n e n
la q u e e l sa c e r d o te b e b e la sa n g re b a jo fo r m a d e v in o , c e r e m o n ia a la q u e lo s
fie le s se le u n e n p a ra to m a r e l c u e r p o d e C r is to , b a jo a s p e c to d e l p a n . S in
e m b a r g o , d a d o q u e la m is a e s ta m b ié n la c o n m e m o r a c ió n d e la U lt im a
c e n a c o n c a rá c te r d e c e r e m o n ia , d e la p a s c u a d e lo s h e b r e o s , a la q u e la m ú s i
c a a c o m p a ñ a b a jo la fo r m a d e c a n to d e s a lm o s .
L a s in a g o g a e ra m á s u n c e n tr o d e le c tu r a s y h o m ilía s q u e d e s a c r ific io y
o r a c ió n . E n e lla , c u a n d o h a b ía r e u n io n e s o se r v ic io s , se le ía n la s S a g ra d a s E s
c r itu r a s , q u e d e sp u é s e ra n m o t iv o d e e x p lic a c io n e s o c o m e n ta r io s . A lg u n a s
a q u e llo s d e d ic a d o s al m e r c a d o , lu n e s y ju e v e s ; m ie n tr a s q u e la s le c tu r a s d e
u n c a rá cte r m á s tr a sc e n d e n te se r e se r v a b a n p a r a la s fie s ta s d e p e r e g r in a c ió n ,
fe s tiv id a d e s m e n o r e s , d ía s d e a y u n o y lo s d e la lu n a n u e v a . T ra s la d e s tr u c
c ió n d e l te m p lo , e n e l se rv ic io d e la s in a g o g a se in c o r p o r a r o n e le m e n to s q u e
tu v o lu g a r d e m a s ia d o ta rd e e n lo s s ig lo s I y II c o m o p a r a q u e sir v ie r a d e m o
d e lo a lo s c r is tia n o s . E l c a n to d ia r io d e lo s s a lm o s p a r e c e se r q u e n o s u rg ió
p a lm e n te a la s in a g o g a la p r á c tic a d e le c tu r a s e s p e c ífic a s d e a c u e r d o a u n c a
A m e d id a q u e la ig le s ia p r im itiv a se e x te n d ió d e s d e J e r u s a lé n a tra v é s d e l A s ia
M e n o r e n d ir e c c ió n a o c c id e n te h a c ia A fr ic a y E u r o p a , a c u m u ló e le m e n to s
m u s ic a le s p r o v e n ie n te s d e d iv e r s a s z o n a s . L o s m o n a s te r io s e ig le s ia s d e S ir ia
tu v ie r o n im p o r ta n c ia e n e l d e s a r r o llo d e la s a lm o d ia a n tifo n a l y e n c u a n to a
Vida musical y pensamiento en ias antiguas Grecia y Roma 41
tr o s o c c id e n ta le s . E l c a n to d e h im n o s es la p r im e r a a c tiv id a d m u s ic a l r e g is
tr a d a d e la ig le s ia c r is tia n a (S a n M a t e o , X X V I: 3 0 ; S a n M a r c o s X IV : 2 6 ) . P lin io
e l J o v e n , h a c ia e l a ñ o 1 1 2 , in fo r m a b a a c e rc a d e la c o s tu m b r e c r is tia n a d e
c a n ta r « u n a c a n c ió n a C r is to c o m o si fu e r a u n d io s » e n la p r o v in c ia d e B iti-
n ia , e n e l A s ia M e n o r 17 E l c a n to d e lo s c r is tia n o s e sta b a r e la c io n a d o c o n e l
a c to d e c o m p r o m is o q u e p r e sta b a n lo s fie le s m e d ia n te ju r a m e n to .
B iz a n c io
tu r g ia s d ife r e n te s e n la s d iv e r s a s r e g io n e s . A u n q u e n o h a y m a n u s c r ito s d e la
p o d id o e x tra e r a lg u n a s d e d u c c io n e s a c e r c a d e la m ú s ic a e c le s iá s tic a o r ie n ta l
p r im itiv a .
L a c iu d a d d e B iz a n c io (o C o n s ta n tin o p la , a c tu a lm e n te E s ta m b u l) fu e re
c o n s tr u id a p o r C o n s ta n tin o y d e s ig n a d a e n e l 3 3 0 c o m o c a p ita l d e l im p e r io
r o m a n o r e u n ific a d o . D e s p u é s d e la d iv is ió n d e fin it iv a p r o d u c id a e n 3 9 5 , s i
g u ió s ie n d o la c a p ita l d e l im p e r io d e o r ie n te d u r a n te m á s d e u n m ile n io , h a s
ta su c a p tu r a p o r p a r te d e lo s tu rc o s e n e l a ñ o 1 4 5 3 , D u r a n te g ra n p a r te d e
e ste la p s o , B iz a n c io fu e se d e d e l g o b ie r n o m á s p o d e r o s o d e E u r o p a y c e n tr o
d e u n a c u ltu r a flo r e c ie n t e q u e a u n a b a e le m e n to s h e lé n ic o s y o r ie n ta le s . L a s
p r á c tic a s m u s ic a le s b iz a n tin a s d e ja r o n s u im p r o n ta e n la s a lm o d ia o c c id e n ta l,
p a r tic u la r m e n te e n la c la s ific a c ió n d e l r e p e r to r io e n o c h o m o d o s y c ie r to n ú
m e r o d e c a n to s to m a d o s e n p r é s ta m o p o r O c c id e n te d u r a n te d is tin to s m o
m e n to s e n tre lo s s ig lo s V I y IX .
L a m ú sica b iz a n tin a
L o s e je m p lo s m e jo r e s y m á s c a r a c te r ís tic o s d e la m ú s ic a b iz a n tin a m e d ie v a l
m ita d d e l s ig lo V I, S a n R o m a n o e l M e lo d ó , S e o r ig in a r o n o tr o s tip o s d e h im
s a lm o s , a lo s q u e se in c o r p o r ó m ú s ic a b a sa d a e n m e lo d ía s o c la se s d e m e lo -
17 P lin io , Cartas 1 0 .9 6 .
42 Historia de la música occidental, l
d ía s to m a d a s , p r o b a b le m e n te , d e S iria o P a le s tin a . E s to s in s e r to s g a n a r o n
c a d a v e z m á s im p o r ta n c ia y , fin a lm e n te , a lg u n o s d ie r o n p ie a h im n o s in d e
d e l o fic io . E l k an o n e ra u n a e la b o r a c ió n e n n u e v e s e c c io n e s d e lo s n u e v e c á n
tic o s u o d a s b í b l i c a s 18 C a d a u n a d e la s s e c c io n e s s e c o r r e s p o n d ía c o n u n a
o m itir s e , c a s i s ie m p r e , la s e g u n d a o d a .
m e n te o r ig in a le s , s in o m e z c o la n z a s d e fr a s e s e s te re o tip a d a s . D e ig u a l m o d o ,
su s m e lo d ía s t a m p o c o e ra n o r ig in a le s e n su to ta lid a d ; e s ta b a n fo r m a d a s d e
b a sa b a n e n s e r ie s d e n o ta s o r g a n iz a d a s e n e s c a la , s in o m á s b ie n e n g r u p o s d e
m o tiv o s b re v e s o fó r m u la s d a d a s q u e se c o m b in a b a n d e d ife r e n te s m a n e r a s .
z o d e u n a m e lo d ía , o b ie n e n e l m e d io y m á s al fin a l d e la m is m a , m ie n tr a s
q u e d e te r m in a d o s m o tiv o s s e r v ía n d e v ín c u lo s » e x is tía n a s im is m o fó r m u la s
la s fó r m u la s q u e d a b a e n m a n o s d e l c a n ta n te o e s ta b a d e te r m in a d a d e a n te
m a n o p o r e l « c o m p o s ito r » . S in e m b a r g o , e n la é p o c a e n q u e e m p e z a r o n a e s
la tiv a m e n te fija d a .
tu ra s m u s ic a le s : rag a e n la m ú s ic a h in d ú ; m aq am e n la á ra b e , echas e n la g r ie
g a b iz a n tin a y d iv e r s o s t é r m in o s e n h e b r e o q u e p u e d e n tr a d u c ir s e p o r
r e p e r to r io d e m o tiv o s m e ló d ic o s y u n v o c a b u la r io d e a ltu r a s d is p o n ib le s . L a
e le c c ió n d e u n ra g a o m odo e n p a r tic u la r p u e d e d e p e n d e r d e la n a tu r a le z a d e l
18 L o s n u e v e c á n t i c o s b í b l i c o s , c o n t e x t o s lír ic o s s im ila r e s a s a l m o s , a u n q u e a p a r e c e n fu e r a d e l
c a s I: 4 6 - 5 5 ; 9 ) s e g u n d a p a r t e d e l m i s m o , Benedictas Dominas, L u c a s I: 6 8 - 7 9 . E n la ig le s ia b i z a n
tin a se c a n ta b a n lo s n u e v e c á n tic o s e n e l o f i c i o m a t u t in o , m e n o s e n c u a r e s m a , c u a n d o s ó lo s e u sa
b a n t r e s ; la I g l e s i a r o m a n a c o n t a b a c o n u n c á n t i c o d e l A n t i g u o T e s t a m e n t o p a r a c a d a d í a a la h o r a
h o r a d e la u d e s , v ís p e r a s y c o m p le t a s , t o d o s lo s d ía s :
Vida musical y pensamiento en Lis antiguas Grecia y Roma 43
te x to q u e h a d e c a n ta r se , d e la o c a s ió n e n p a r tic u la r , d e la e s ta c ió n d e l a ñ o o ,
a v e c e s (c o m o e n la m ú s ic a h in d ú ), d e la h o r a d e l d ía . L a m ú s ic a b iz a n tin a
te n ía u n s is te m a d e o c h o echo* y la s m e lo d ía s q u e in te g r a n la s c o le c c io n e s
z a n tin o s se a g r u p a b a n fo r m a n d o c u a tr o p a r e ja s q u e te n ía n c o m o n o ta s fin a
tr o p a r e s d e m o d o s c o n lo s m is m o s fin a le s e n e l c a n to lla n o o c c id e n ta l, h a c ia
lo s s ig lo s V III o D i. A s í , lo s fu n d a m e n to s d e l s is te m a o c c id e n ta l d e m o d o s p a
r e c e n h a b e r s id o im p o r ta d o s d e O r ie n te , a u n q u e s u e la b o r a c ió n te ó r ic a se v e
r ía m u y in flu id a p o r la te o r ía m u s ic a l g r ie g a , ta l c o m o la tr a n s m itió B o e c io .
L itu rg ia s d e O cciden te
E n O c c id e n te , al ig u a l q u e e n o r ie n te , la s ig le s ia s lo c a le s a l p r in c ip io e ra n
te r re n o d e p r á c tic a s c o m u n e s es p r o b a b le , n o o b s ta n te , q u e c a d a r e g ió n d e
o c c id e n te r e c ib ie r a la h e r e n c ia o r ie n ta l d e u n a fo r m a lig e r a m e n t e d ife r e n te ;
Canto galicano. Folio del gradual de St. Yrieux, del siglo XI, que contiene plegarias de la liturgia galica
na. La música de esta página es una letanía para la festividad del evangelista san Marcos. (París, Bi
blioteca Nacional, Ms. Lat. 903, Fol. 136.)
44 Historia de //# música occidental, 1
Canto mozárabe, de un misal del rito mozárabe que contiene misas para las festividades de los santos.
Esta página muestra partes del oficio destinado a las fiestas de san Servando y san Germano. Las melo-
s a lv o u n a (la a m b r o s ia n a ), d e s a p a r e c ie ro n o fu e r o n a b s o r b id a s p o r u n a p r á c
X V I, e n la te o r ía y e n la p r á c tic a , la litu r g ia d e la Ig le s ia d e o c c id e n te e s tu v o
c a d a v e z m á s r e g la m e n ta d a p o r la Ig le s ia r o m a n a .
D u r a n te el s ig lo v il y p r in c ip io s d e l V III el c o n tr o l d e la E u r o p a o c c id e n ta l
se d is tr ib u y ó e n tre lo s lo m b a r d o s , fr a n c o s y g o d o s . C a d a u n o d e e s to s r e in o s
c o n ta b a c o n su p r o p io r e p e r to r io d e m e lo d ía s (c a n to lla n o ) p a ra c a n ta r te x
p o r a n a lo g ía c o n e l le n g u a je . E n la G a lia — m á s o m e n o s lo q u e es la F r a n c ia
M ilá n , e l am b rosian o . E n fe c h a s m á s ta r d ía s s u r g ió e n I n g la te r r a u n d ia le c to
te d e sd e fin a le s d e la E d a d M e d ia h a sta la R e fo r m a .
c u a n d o fu e s u p r im id a p o r P ip in o y su h ijo C a r lo m a g n o q u e im p u s ie r o n el
ta l é x ito q u e h o y e n d ía ca si n o se sa b e n a d a d e e lla .
m e lo d ía s , p e r o e n u n a n o ta c ió n q u e h a im p o s ib ilita d o su tr a n s c r ip c ió n , y a
I
q u e e ste s is te m a q u e d ó a n tic u a d o a n te s d e q u e lo s c a n to s se a n o ta r a n e n p e n
h is p á n ic o s y d e sp u é s d e la c o n q u is ta m u s u lm a n a e n el s ig lo V IH se a p lic ó a
e sta litu r g ia e l n o m b r e d e m o z á r a b e , a u n q u e n o h a y n in g u n a r a z ó n p a ra s u p o
n e r in flu e n c ia á ra b e a lg u n a so b re la m ú s ic a . E l c a n to h is p á n ic o n o fu e o fic ia l
E l r o m a n o a n tig u o es u n r e p e r to r io d e c a n to q u e se c o n s e r v a e n m a n u s
a u n q u e su s o r íg e n e s p u e d e n r e m o n ta r s e al s ig lo V IH . S e cre e q u e r e p re se n ta
in c lu s o d e s p u é s d e q u e e l r e p e r to r io p o s te r io r m e n te lla m a d o g r e g o r ia n o ,
m u y in flu id o p o r lo s e s tilo s fr a n c o s y s e p te n tr io n a le s , se e x te n d ie r a p o r to d a
E u r o p a . E l im p e r io fr a n c o , fu n d a d o p o r C a r lo m a g n o ( 7 4 2 - 8 1 4 ) , a b a rc a b a lo
q u e h o y d ía es F r a n c ia , S u iz a y la p a r te o c c id e n ta l d e A le m a n ia .
Cronología
de una fuente com ún. C uando hay dos versiones de una m ism a m elodía, si
ésta es de tipo ornam entado (tal com o u n aleluya), la am brosiana es habi
tualm ente más elaborada que la rom ana; m ientras que si se trata de un tipo
llano (com o un tono de salmo), la am brosiana es más sencilla que la rom ana.
La dominación de Roma
Rom a, en calidad de capital im perial d u ran te los prim eros siglos de la era
m oderna, albergó un gran núm ero de cristianos que se reunían y realizaban
sus ritos en secreto. E n el año 313 C o n stan tin o reconoció a los cristianos
merecedores de igualdad de derechos y protección ju n to a otras religiones del
Im perio; de inm ediato, la Iglesia salió de sus catacum bas y duran te el siglo I V
el latín sustituyó al griego com o lengua oficial de la liturgia en Rom a. A m e
dida que declinaba el prestigio del em perador rom ano crecía el del obispo de
R om a y, gradualm ente, los cristianos com enzaron a reconocer el predom inio
de la autoridad de R om a en cuestiones de fe y disciplina.
C on un núm ero cada vez m ayor de conversos y u n a riqueza siempre cre
ciente, la Iglesia inició la construcción de grandes basílicas; además, los ofi
cios religiosos ya no podían llevarse a cabo de la m anera relativam ente infor
mal de los tiem pos prim itivos. E ntre los siglos V y V i l num erosos papas se
ocuparon de revisar la liturgia y la música.
E n la Regla de san Benito (ca. 520), co n ju n to de instrucciones relativas a
la form a de gobernar un m onasterio, se m enciona a un cantor, aunque no se
especifican sus deberes. Sin em bargo, en los siglos siguientes, el cantor m o
nástico se convirtió en una persona clave para la música, que se ocupaba de
la biblioteca y el scriptorium además de dirigir los oficios religiosos. H acia el
siglo V I H existía en R om a una schola cantorum, grupo establecido de cantores
y m aestros a quienes se confiaba el adiestram iento de niños y hom bres para
hacer de ellos músicos eclesiásticos. E n el siglo V I ya existía un coro papal y
parece ser que el papa Gregorio I, que gobernó la Iglesia desde el año 590
hasta el 604, intentó regular y norm alizar los cantos litúrgicos. Se supone
que recodificó la liturgia y reorganizó la Schola C antorum ; asignó determ i
nadas partes de la liturgia a los diversos servicios a lo largo del año, en un or
den que, en lo fundam ental, perm aneció intacto hasta el siglo X V I , im pulsan
do el m o v im ien to q ue c o n d u jo fin alm en te al estab lecim ien to de un
repertorio uniform e de canto llano para su uso eclesiástico en todos los paí
ses.
V id a m u s i c a l y p e n s a m ie n to n i la s a n tig u a s G re c ia y R u m a 49
L o s P adres de la Iglesia
iglesia, estaban desacreditados; era m ejor ser «sordo al sonido de los in stru
mentos» que entregarse a esos «coros diabólicos», a esas «canciones lascivas y
perniciosas». «¿No es absurdo que quienes han escuchado la m ística voz de
los querubines del cielo hayan de entregar sus oídos a las canciones disolutas
y a las ornam entadas melodías del teatro?» Pero D ios, com padeciéndose de la
debilidad del hom bre, ha «mezclado con los preceptos de la religión la dulzu
ra de la m elodía... A los salm os se h an añadido arm oniosas m elodías de
m odo que quienes son aún niños están, en realidad, edificando sus almas,
aun cuando piensen que únicam ente cantan la m úsica»I9.
«Algunos pretenden que he captado al pueblo m ediante las melodías de
mis himnos», dice san A m brosio y agrega con orgullo: «No lo niego»20. In
dudablem ente, había en la Iglesia quienes desdeñaban la m úsica y hasta ten
dían a considerar que todo cuanto fuese arte y cultura era enem igo de la reli
gión, pero había otros que no sólo defendían el arte y la literatura paganas,
sino que eran tan profundam ente sensibles a la belleza que, en realidad, te
m ían al placer que experim entaban al escuchar música, aún en la iglesia. Las
conocidas palabras de san A gustín expresaban este dilem a (véase el recuadro).
E n el 387 d.C . san A gustín com enzó a redactar u n tratado Sobre la Músi
ca, del que term inó seis libros. E n los cinco prim eros, tras una breve defini
ción, de carácter introductorio, de la música, trata de los principios del m e
tro y el ritm o. E n el sexto, revisado en el 409, se ocupa de la psicología, la
ética y la estética de la música y el ritm o. E n un principio, san A gustín pro
yectó escribir otros seis libros más sobre la melodía.
D urante estas centurias prim itivas, la teoría y filosofía musicales del m u n
do antiguo — o cuanto de ellas fuera accesible después de la división del im
perio rom ano y de las invasiones de los bárbaros— tam bién fueron recopila
das, resumidas, m odificadas y transferidas a O ccidente. Q uienes realizaron la
obra más notable en este terreno fueron M artianus Capella y Boecio.
E n su tratado enciclopédico intitulado Las Bodas de Mercurio y la Filolo
gía (comienzos del siglo v), M artianus redactó lo que en esencia era un libro
de texto sobre las siete artes liberales: gram ática, dialéctica, retórica, geom e
tría, aritm ética, astronom ía y arm onía, en este orden. Las tres prim eras — las
artes verbales— term inaron por ser conocidas com o el trivium (el cam ino
triple), m ientras que las cuatro últim as recibieron, de Boecio, el nom bre de
quadrivium (el cam ino cuádruple), form ado p o r las artes matem áticas. M ar
tianus seductoram ente enm ascaró las introducciones a estos tem as bajo el
disfraz de discursos recitados po r las dam as de h o n o r de las bodas de M ercu-
20 M i g n e : Patrologiae, 1 1 6 : 1 0 1 7 .
V id a m u s i c a l y p e n s a m ie n to e n la s a n tig u a s G r e c ia y Rom a 51
----------------------------------------------------------------------------------------------
Cuando evoco las lágrimas que he vertido ante las canciones de Tu iglesia, en el
principio de mi fe recobrada y cómo aun ahora me siento conmovido no por el
canto, sino por lo que se canta, cuando se canta con una voz clara y hábilmente
modulada, entonces reconozco la gran utilidad de esta costumbre. De esta suerte,
vacilo entre el peligroso placer y la pureza a que aspiro y antes bien me inclino
(aunque no pronuncio una opinión irrevocable acerca de este asunto) a aprobar
el uso del canto en la iglesia, pues de ese modo, en virtud de las delicias del oído,
las mentes más débiles pueden sentirse estimuladas hacia un marco de devoción.
Sin embargo, cuanda ocurre que me siento más conmovido por el canto que por
lo que se canta, me confieso a mí mismo que he pecado de una manera criminal
y entonces quisiera no haber oído ese canto. ¡Ved ahora en qué situación me hallo!
Llorad conmigo y llorad por mí, vosotros que reguláis vuestros sentimientos inter
nos de modo que sus resultados sean buenos. En cuanto a vosotros, que no obráis
así, estas cosas no os conciernen. Pero Tú, oh Señor, Dios mío, presta oído, mira y
ve y ten piedad de mí y sálvame; Tú, en cuya contemplación me he convertido en
un enigma para mí mismo; y ésta es mi dolencia.
r io y la F ilo lo g ía . L a s e c c ió n s o b r e a r m o n ía se b a sa e n g r a n m e d id a e n e l
su v e z , d e r iv ó su s c o n c e p to s te ó r ic o s d e A r is tó x e n o , a u n q u e lo s m e z c ló c o n
id e a s n e o p la tó n ic a s e n su e x p o s ic ió n .
Boecio
A n ic io M a n ilo S e v e r in o B o e c io (ca. 4 8 0 -5 2 4 ) fu e la a u to r id a d e n m ú s ic a
s u ju v e n tu d , fu e u n c o m p e n d io d e la m ú s ic a d e n tr o d e l e s q u e m a quadri-
vium, d e c a rá c te r p r e p a r a to r io , al ig u a l q u e la s d e m á s d is c ip lin a s m a te m á ti-
52 H is to r ia ríe la m a s iv a o re i fie -n ia l I
cas, para el estudio de la filosofía. En sus páginas había m uy pocas ideas que
pertenecieran al propio Boecio, ya que se basó en u na com pilación de fuen
tes griegas, principalm ente un largo tratado de N icóm aco, el cual no se ha
conservado, y el prim er libro de la A rm o n ía, de Ptolom eo. Boecio redactó
obras parecidas sobre aritm ética — la cual se conserva com pleta— , geom etría
y astronom ía, desconocidas en la actualidad. T am bién tradujo del griego al
latín los cuatro tratados sobre lógica de Aristóteles, conocidos en su conjunto
com o O rgan on . A unque es posible que los lectores medievales no se hayan
dado cuenta hasta qué pu n to Boecio dependió de otros autores, sí supieron
com prender que la autoridad de las m atem áticas y la teoría musical griegas se
encontraba detrás de lo que Boecio decía sobre estos temas. N o se preocupa
ron m ucho por las contradicciones de D e in stitu tio n e m ú sica cuyos tres pri
meros libros eran m arcadam ente pitagóricos, m ientras que en el cuarto había
elem entos derivados de Euclides y Aristóxeno, así com o el quinto, basado en
Ptolom eo, era en parte antipitagórico. El mensaje que captó la m ayoría de
los lectores era el de que la m úsica era u na ciencia de núm eros y que las razo
nes o relaciones m atem áticas determ inaban los intervalos en la melodía, las
consonancias, la com posición de escalas, y la afinación de instrum entos y vo
ces. En la parte más original de la obra, los capítulos iniciales, Boecio divide
la música en tres clases: m ú sica m u n d an a (música cósmica), o sea las relacio
nes num éricas y ordenadas observables en los m ovim ientos de los planetas,
los cam bios de las estaciones y los elem entos; m ú sica h u m an a, que rige la
unión del cuerpo y el alm a y sus partes; y m ú sica in stru m en talis, o música au
dible producida por instrum entos (incluida la voz hum ana), y ejemplifica los
mismos principios de orden, en particular en las relaciones num éricas de los
intervalos musicales. La im agen del cosmos que Boecio y otros escritores an
tiguos crearon con sus explicaciones de la m ú sica m u n d an a y la m ú sica h u m a
n a aparece reflejada en el arte y la literatura de la Baja E dad M edia, princi
p alm en te en la es tru c tu ra del paraíso en el ú ltim o ca n to de L a D iv in a
C om ed ia, de D ante. Reliquias de la doctrina de la m ú sica h u m an a sobrevivie
ron a lo largo del Renacim iento y, en realidad, todavía se conservan, bajo la
form a de astrología.
Boecio tam bién subraya la influencia de la m úsica sobre el carácter y la
m oralidad. D e esta suerte, la m úsica aparece representada ocupando u n lugar
de im portancia com o elem ento para la educación de los jóvenes, tan to por sí
mism a, com o sirviendo de introducción a estudios filosóficos más avanzados.
Boecio, que llegó a ser cónsul y m inistro de Teodorico, gobernante de Italia,
más tarde escribió un tratado filosófico en verso, L a con solación d e la filo so fía ,
m ientras perm aneció en prisión, víctim a de u na intriga política.
Al situar la m ú sica in stru m en talis — que es prácticam ente to d o el arte de
la m úsica tal com o lo entendem os hoy en día— en la tercera y, presum ible-
V id a m u s i c a l y p e n s a m ie n to e n fa s .a n ig u .is C n ’d a y- R a n a ______________________ 53
Retratos imaginarios de Boecio y Pitágoras (arriba) y de Platón y Nicómaco (abajo). Boecio comprueba
la medida de las notas en un monocordio. Pitágoras golpea las campanas con un martillo. Platón y N i
cómaco, ambos autores griegos, aparecen representados como autoridades veneradas de la música. Dibu
jo de principios del siglo X I I . (Con la autorización de la Biblioteca de la Universidad de Cambridge,
Inglaterra.)
54 H is to r ia fie la m ú s ic a o c c id e n ta l, J
m ente, categoría más baja, Boecio dem ostró que él y sus m entores concebían
que la m úsica era objeto de conocim iento antes que acto creativo o expresión
del sentim iento. A firm a que la música es «la habilidad de exam inar cuidado
sam ente la diversidad de sonidos agudos y graves por m edio de la razón y de
los sentidos». Por consiguiente, el verdadero músico no es el cantor, ni quien
com pone canciones por instinto, sin conocer el significado de lo que hace,
sino el filósofo, el crítico, el que «posee la facultad de juzgar, según la especu
lación o la razón apropiada y adecuada a la música en lo relativo a m odos y
ritm os, las clases de m elodía y mezclas de todas las cosas pertenecientes a la
m ateria»21.
Bibliografía
Fuentes
C a r i, 1 9 7 0 ).
S e d is p o n e de t r a d u c c io n e s a l i n g lé s d e la m a y o r p a r t e d e lo s e s c r it o s g r i e g o s m e n c i o n a
P r e s s ) , v o l . 1 , The M usician an d H is A rt ( 1 9 8 4 ) , s e i n c l u y e n e s c r i t o s d e p o e t a s , d r a
m a t u r g o s y f i l ó s o f o s , e n t r e e l l o s u n a n u e v a t r a d u c c i ó n d e On M usic, d e l f a l s o P l u
m a s d e lo s p r im e r o s p ita g ó r ic o s , P la tó n , A r is tó te le s y su e s c u e la , T e o fr a s to ,
b ié n se d isp o n e d e la s s i g u i e n t e s t r a d u c c io n e s :
d e H e n r y S . M a cra n (O x fo r d : C la r e n d o n P ress, 1 9 0 2 ).
v e rs ity o f N e b r a s k a P ress, 1 9 9 1 ).
(L in c o ln : U n iv e r s ity o f N e b r a s k a P ress, 1 9 8 6 ).
n o ta s d e T h o m a s J. M a th ie s e n (N e w H a v e n : Y a le U n iv e r s it y P re ss, 1 9 8 3 ).
B o e c io : De institutione música 1 .3 4 .
V id a m u s i c a l y p e n s a m ie n to e n la s a n tig u a s ( j r e c ia y R o m a 55
s ity P ress, 1 9 7 1 ).
d u c c ió n y n o ta s de C a lv in M . B ow er, e d .: C la u d io V . P a lis c a (N e w H a v e n : Y a le
U n iv e r sity P ress, 1 9 8 9 ).
Lecturas adicionales
Griega
1 9 7 4 ).
S ob re lo s fr a g m e n to s d e m ú s ic a g rie g a r e c ie n te m e n te d e s c u b ie r to s , véase T h o m a s J.
M a th ie s e n : « N e w F ra g m e n ts o f A n c ie n t G re e k M u s ic » , A M 5 3 (1 9 8 1 ): 1 4 -3 2 .
M a th ie s e n : « H a r m o n ía an d E th o s in A n c ie n t G re e k M g sic », J M 3 (1 9 8 4 ): 2 6 4 -7 9 .
n o i» , J M 3 (1 9 8 4 ): 2 4 2 -5 1 , y A n d ré B a r b e r a : « O c t a v e s p e c ie s » , ibid, 2 2 9 -4 1 .
go s en la i n t r o d u c c i ó n .
Hebrea
«T h e Q u e s tio n o f P s a lm o d y in th e A n c ie n t S y n a g o g u e», E M H 6 (1 9 8 6 ) : 1 5 9 -9 1 y
Gregorian Chant ( C h i c a g o : U n i v e r s i t y o f C h i c a g o P r e s s , 1 9 9 2 ) .
B izantina
z a n tin e In s titu te , 1 9 4 7 ).
I llu m in a te d M a n u sc r ip ts», e n E M 8 (1 9 8 0 ): 3 1 2 -2 7 .
Liturgia occidental
S o b r e lo s o r íg e n e s d e l c a n t o g r e g o r ia n o y la le y e n d a d e s a n G r e g o r i o , v é a n s e L e o T r e itle r :
«H o m e r a n d G reg o ry : T h e T r a n s m is s io n o f E p ic P o e try an d P la in c h a n t» , M Q 5 5
C h a n t” : A R e a p p r a is a l» , A M 3 9 (1 9 6 7 ): 2 -2 0 ; H e lm u t H u c k e : «T o w a rd a N e w
P ress, 1 9 8 0 ) , se c c ió n 6 0 5 y ss.
E n K e n n e th L evy: « T o le d o , R o m e an d th e L egacy o f G a u l» , E M H 4 (1 9 8 4 ); 4 9 -9 9 , y
en i d .: « C h a r l e m a g n e ’s A r c h e t y p e o f G r e g o r ia n C h a n t», J A M S 4 0 (1 9 8 7 ): 1 -3 0 , se
u n a n u e v a o p in ió n s o b r e la « s u p r e s ió n » d e l g a lic a n o .
(1 9 8 5 ): 2 9 -5 1 .
I n d ia n a U n iv e r s ity P re ss, 1 9 8 3 ) .
e n e l M e d ie v o
E l c a n to lla n o d e la Ig le s ia r o m a n a es u n o d e lo s g r a n d e s te s o r o s d e la c iv ili
z a c ió n o c c id e n ta l. A l ig u a l q u e la a r q u ite c tu r a r o m á n ic a , p e r m a n e c e c o m o
u n m o n u m e n t o a la fe r e lig io s a e n la E d a d M e d ia y, c o m o e lla , e n c a r n a e l
in s p ir a c ió n d e u n a g ra n c a n tid a d d e m ú s ic a o c c id e n ta l h a sta el s ig lo X V I. E l
d a v ía e n u s o , e in c lu y e a lg u n a s d e la s m á s n o b le s m e lo d ía s ja m á s c r e a d a s.
T a n h e r m o s o c o m o r e s u lta e s c u c h a r la s , s e r ía e n g a ñ o s o tr a ta r la s m e r a m e n te
c o m o m ú s ic a , y a q u e n o se p u e d e n se p a ra r d e su c o n te x to y d e su p r o p ó s ito
c e r e m o n ia l.
E l c a n to lla n o es u n a o r a c ió n m u s ic a l, u n a p le g a r ia r e a lz a d a q u e u n e a lo s
v o to s . P e ro es el te x to — su fr a s e o lo g ía , p u n tu a c ió n y s in ta x is — el q u e d a
fo r m a a la e x p r e s ió n o ra l d e la c a n c ió n . E l c a n to p u e d e se r ta n s im p le c o m o
u n r e c ita d o e n u n ú n ic o d is c u r s o , e s c u c h a d o d u r a n te la le c tu r a d e l e v a n g e lio
e n la m is a . U n a le v e c a íd a e n e l d is c u r s o d e e ste t o n o r e c ita d o , p o d r ía m a rc a r
a te n c ió n al c o m ie n z o d e u n a le c tu r a , o s o b r e u n a s e c c ió n m u y im p o r ta n te
o fr e c ie n d o u n a v a rie d a d d e p a tr o n e s m e ló d ic o s p a r a lo s p r in c ip io s , fin a le s ,
fin a le s in te r m e d io s y r e a n u d a c ió n d e l r e c ita d o . L o s c a n to s m á s m e lo d io s o s , a
v ía a fe r r a d o s a la fo r m a d e l m e n s a je v e r b a l. L a m a y o r o m e n o r e la b o r a c ió n
d e la m e lo d ía d e p e n d ía d e la im p o r ta n c ia o s o le m n id a d d e la o c a s ió n , d e la s
fu n c io n e s d e l te x to e n e l r itu a l y d e q u ié n in te r p r e ta b a el c a n to — u n s o lis ta ,
u n c o r o o u n a c o n g r e g a c ió n . E n r e s u m e n , e sta b a d e te r m in a d a p o r la litu r g ia .
c u lto . P e rso n a s, e v e n to s , d ía s o fe c h a s d e l a ñ o e s p e c ia le s se s e ñ a la n y re c u e r
d a n m e d ia n te la e le c c ió n d e le c tu r a s , o r a c io n e s y c a n to s . E n la Ig le s ia c r is tia
c e n a d e J esú s y su s d is c íp u lo s , ta l c o m o se c u e n ta e n e l N u e v o T e s ta m e n to .
E sta fu e la b a se d e u n a litu r g ia q u e lu e g o d a r ía lu g a r a la m is a . D e la o r a c ió n
litu r g ia d e l O fic io D iv in o , o la d e la s H o r a s C a n ó n ic a s .
p e r to r io c a m b ió y se e x te n d ió , a u n q u e c ie r to s r ito s p e r m a n e c ie r o n e s ta b le s .
E l o r d e n fo r m a l d e la s c e r e m o n ia s se p r e se rv ó e n d e s c r ip c io n e s e sc r ita s, lla
m a d a s c e r e m o n ia le s , m ie n tr a s q u e la s o r a c io n e s y la s le c tu r a s q u e d a r o n e n li
b r o s m a n u s c r ito s . C o n el tie m p o , se a ñ a d ie r o n s ig n o s s o b re la s p a la b r a s p a ra
in d ic a r p a tr o n e s d e c a n to . E l m a n u s c r ito m á s a n tig u o q u e c o n s e r v a s ig n o s
m u s ic a le s d a ta d e l s ig lo IX , p e r o la in d ic a c ió n d e la s n o ta s e n e sto s d o c u m e n
to s es s o la m e n te a p r o x im a d a , u n a a y u d a p a ra la m e m o r ia , m á s q u e u n r e g is
tr o o fó r m u la d e q u é e ra lo q u e te n ía q u e c a n ta rse . L a n o ta c ió n d e lo s in te r
v a lo s e n tre la s n o ta s se h iz o m á s p r e c isa s ó lo u n s ig lo o d o s d e s p u é s . A lg u n o s
ja n m e lo d ía s c a n ta d a s e n s ig lo s a n te r io r e s . A n t e s d e q u e se e s c r ib ie s e n la s m e
lo d ía s , lo s c a n ta n te s la s a p r e n d ía n d e m e m o r ia , o la s r e c re a b a n m e d ia n te la
im p r o v is a c ió n s o b r e fó r m u la s tr a n s m itid a s p o r c a n ta n te s v e te r a n o s , es d e c ir ,
s ig u ie n d o u n a tr a d ic ió n o r a l. A l fin a l, se e s c r ib ie r o n a lg u n o s d e lo s c a n to s
tr a d ic io n a le s , e s p e c ia lm e n te lo s m á s d ifíc ile s d e r e c o rd a r o lo s q u e se c a n ta
b a n c o n m e n o s fr e c u e n c ia .
L a m a y o r p a r te d e l c a n to c r is tia n o tu v o su o r ig e n e n la E d a d M e d ia , p e r o
se h a m a n te n id o v iv o y se h a s e g u id o c a n ta n d o a u n q u e , a m e n u d o , e n v e r
g u n a s d e la s ig le s ia s p a r r o q u ia le s d e m a y o r im p o r ta n c ia ; e n N o r te a m é r ic a se
c u lt iv a m u c h o m e n o s . A u n c u a n d o , e n te o r ía , el la tín s ig u e s ie n d o la le n g u a
tr a d ic io n a le s se h a n v is to s u s titu id o s , e n su m a y o r p a r te , p o r o tr a m ú s ic a q u e
se c o n s id e r a a p r o p ia d a p a ra ser c a n ta d a p o r to d a la a s a m b le a : v e r s io n e s s im -
i 'i i n t o relig io so y c a n c ió n p r o p m a e n e l ¿M edievo 61
p lifíc a d a s d e la s m e lo d ía s m á s fa m ilia r e s ; m e lo d ía s n u e v a s u o c a s io n a le s e x p e
r im e n to s e n e s tilo s p o p u la r e s .
P o r c o n s ig u ie n te , el c a n to lla n o es a la v e z u n a in s titu c ió n h is tó r ic a , u n
r e p e r to r io d e m ú s ic a c a n ta d a e n lo s c o n c ie r to s d e d ic a d o s a la m ú s ic a te m
p r a n a , a sí c o m o u n a c la s e d e m ú s ic a c e r e m o n ia l q u e a ú n se p r a c tic a . E l h is
to r ia d o r se e n c u e n tr a d iv id id o e n tr e e l d e s e o d e r e p r e se n ta r lo e n v e r s io n e s
d e l M e d ie v o y la m a n e r a e n q u e a p a r e c e e n e d ic io n e s r e c ie n te s y e n lo s u so s
r e lig io s o s . D e b id o a q u e la s v e r s io n e s d e l c a n to lla n o d is p o n ib le s p a r a e l e s
tu d ia n te y la s g r a b a c io n e s d e l m is m o se b a sa n e n la s p u b lic a c io n e s a p r o b a
d a s o fic ia lm e n te p o r e l V a tic a n o — e n su in m e n s a m a y o r ía b a jo e l c u id a d o
e d ito r ia l d e lo s m o n je s d e la a b a d ía b e n e d ic tin a d e S o le s m e s — , n o s p a r e c e
p r u d e n te c o n s id e r a r e l r e p e r to r io d e l c a n to lla n o m e d ia n te lo s c o n v e n c io n a
la s u c e s ió n c r o n o ló g ic a d e e s tilo s y p r á c tic a s . C o r r ie n d o e l r ie s g o d e v io la r la
d is ta n c ia e x is te n te e n tr e e l p a s a d o y e l p r e s e n te , n o s s u m e r g im o s e n e l r e p e r
to r io ta l c o m o fu e r e sta u r a d o a fin a le s d e l s ig lo X IX y p r in c ip io s d e l X X , y
n o s c o m p a r tir e m o s e n p a r te la e x p e r ie n c ia d e lo s m o n je s y la ic o s d e la E d a d
M e d ia .
La liturgia romana
e s ta b le c id a s s e g ú n u n o r d e n r e g u la r , a u n q u e su r e c ita c ió n p ú b lic a g e n e r a l
m e n te s ó lo se o b se r v a e n m o n a s te r io s y e n i g l e s i a s c a t e d r a l e s : maitines
c ie r ta s
completas (p o r lo g e n e ra l in m e d ia ta m e n te d e s p u é s d e la s v ís p e r a s ). E l o fic io ,
p o r o r a c io n e s , s a lm o s , c á n tic o s , a n tífo n a s , r e s p o n s o r io s , h im n o s y le c tu r a s .
r io , y se e n to n a p r e c e d ie n d o a u n s a lm o o a s o c ia d o a é l. L o s r a sg o s m u s ic a le s
p r in c ip a le s d e lo s o fic io s s o n el c a n to d e s a lm o s c o n su s a n tífo n a s , el d e h im
n o s y c á n tic o s y e l d e le c c io n e s (p a s a je s d e la s E s c r itu r a s ) c o n su s r e s p o n s o
r io s . D e s d e e l p u n to d e v is t a m u s ic a l, lo s o fic io s m á s im p o r ta n te s s o n m a iti
n e s , la u d e s y v ís p e r a s . E l d e m a itin e s in c lu y e a lg u n o s d e lo s c a n to s m á s
62 Historia de Lí música occidental, /
caelorum (« S a lv e , R e in a d e l c ie lo » ), d e s d e e l 2 d e fe b r e r o h a sta e l m ié r c o le s d e
n id a d h a sta A d v ie n to (v é a se la ilu s tr a c ió n e n la p . 6 4 y el e je m p lo 2 .1 ) .
L a misa es e l se r v ic io p r in c ip a l d e la Ig le s ia c a tó lic a . (P a r a la d e s c r ip c ió n
d e u n m o d e lo d e m is a c o m p le ta v é a se N A W M 3 ). L a p a la b r a misa p r o v i e n e
d e la fr a se fin a l d e l s e r v ic io : Ite missa est ( « I d , se a c a b ó la m is a » ); e n o tra s ig le
tía , la litu r g ia , la sa n ta c o m u n ió n y la c e n a d e l S e ñ o r. E l a c to c u lm in a n te d e
la m is a es la c o n m e m o r a c ió n o r e p r e s e n ta c ió n d e la U lt im a C e n a (s a n L u c a s
X X I I : 1 9 -2 0 , P rim e ra e p ís to la a lo s c o r in tio s X I : 2 3 - 2 6 ) y la c o n s a g r a c ió n
L o s d is tin to s c o m p o n e n te s d e la m is a e n tr a r o n a fo r m a r p a r te d e la litu r
g ia e n d ife r e n te s m o m e n to s y e n s itio s d iv e rs o s . Y a e n la s d e s c r ip c io n e s m á s
te m p r a n a s d e la U lt im a C e n a o e u c a r is tía , r e s u lta e v id e n te q u e h a y d o s p a r
c o m o la d e 3 8 1 -8 4 , E g e ria , u n a p e r e g r in a p r o c e d e n te d e E s p a ñ a o d e G a lia ,
n o s h iz o u n r e la to d e la litu r g ia e n J e r u s a lé n , e n el q u e h a b la d e la s o r a c io n e s ,
le c tu r a s y c a n to s e n d iv e r s a s p a rte s d e l s e r v ic io (v é a s e el r e c u a d r o ). E n el Ordo
romanas primus, in s tr u c c io n e s a fin a le s d e l s ig lo V il p a ra la r e a liz a c ió n d e la
litu r g ia p o r el o b is p o d e R o m a , se m e n c io n a n e l in tr o ito , el K y r ie , el G lo r ia y
la c o le c ta c o m o m o m e n to s q u e p r e c e d ía n a la s le c tu r a s d e la B ib lia , c o m o
1 L o s p e r ío d o s p r in c ip a le s d e l a ñ o lit ú r g ic o s o n :
Adviento, q u e c o m i e n z a e l c u a r t o d o m i n g o a n t e s d e N a v i d a d ;
Navidad, q u e i n c l u y e l o s d o c e d í a s s i g u i e n t e s h a s t a la
Epifanía ( 6 d e e n e r o ) y s e m a n a s s i g u i e n t e s ;
Precuaresma, q u e c o m i e n z a n u e v e s e m a n a s a n t e s d e l a P a s c u a d e R e s u r r e c c i ó n ;
Cuaresma, d e s d e e l m i é r c o l e s d e c e n i z a h a s t a l a P a s c u a d e R e s u r r e c c i ó n ;
T i e m p o d e Pascua de Resurrección, q u e i n c l u y e la A s c e n s i ó n ( c u a r e n t a d í a s d e s p u é s d e la P a s c u a
d e R e s u r r e c c ió n ) y p r o s ig u e h a s ta
Pentecostés, d i e z d í a s d e s p u é s d e la a s c e n s i ó n o s i e t e s e m a n a s d e s p u é s d e la P a s c u a ; y
a d v ie n to .
A v e c e s s e c a l if i c a n e l a d v i e n t o y la c u a r e s m a c o m o d e t i e m p o s « p e n i t e n c i a l e s » .
C a n to t r U oinso y c a u c ió n p r o p i n o e n e i M erti,-t o 63
------------------------------------------------------------------------
Tan pronto como canta el primer gallo, el obispo, sin pérdida de tiempo, descien
de y entra en la cueva del Anastasis. Todas las cancelas están abiertas y toda la
multitud penetra en el Anastasis, donde ya hay innumerables teas que llamean;
cuando ya están todos dentro, uno de los sacerdotes canta un salmo y todos le res
ponden; después se reza una plegaria. Entonces uno de los diáconos entona un
salmo, al que igualmente sigue una oración; después de esto se escucha un tercer
salmo cantado por un clérigo, tras el cual se reza una tercera plegaria en conme
moración de todos. Cuando se han entonado estos tres salmos y rezado las tres
oraciones, aparecen unos incensarios ( t h i a m a t a r i a ) , traídos de otra parte a la cue
va del Anastasis, y así toda la basílica del Anastasis se llena de olores. Entonces,
mientras el obispo está detrás de la balaustrada, toma el libro de los Evangelios
y va hasta la cancela y el mismo obispo les lee la resurrección del Señor. Tras dar
comienzo a la lectura, se oyen muchos gemidos y quejidos de todo el mundo y tan
to llanto que hasta el más duro de los corazones se vería conmovido a llorar, ya
que el Señor ha sufrido demasiado por nosotros. Una vez leído el evangelio, el
obispo abandona el sitio acompañado por himnos a la cruz y seguido por todo el
pueblo. Entonces se canta de nuevo un salmo y se reza una oración. En este mo
mento, el obispo bendice a la gente y luego todos se marchan. Cuando el obispo se
encamina hacia la puerta, todos se acercan a besarle la mano.
cargo de J . W. M cKinnon (Cam bridge: Cam bridge University Press, 1987), p . 115.
e ra n lo s e v a n g e lio s y la s o r a c io n e s d e lo s B e le s r e u n id o s p a r a la e u c a r is tía . S e
a p r e m ia b a a lo s p r im e r o s c r is tia n o s p a r a q u e se r e u n ie s e n c o n e l p r o p ó s ito d e
d a r g r a c ia s (eucharistein e n g r ie g o ) y a la b a r a D io s . L a s o r a c io n e s d e a c c ió n
d e g r a c ia s , la e n tr e g a d e o fr e n d a s y la d iv is ió n d e l p a n te r m in a r o n p o r a g r u
d e C r is to y la Ú lt im a C e n a . E n e ste m o m e n to lo s fie le s r e c ib ía n e n c o m u n ió n
el p a n y e l v in o q u e lo s P a d re s d e la Ig le s ia e n te n d ía n q u e e ra n e l c u e r p o y la
ta n te e s ta b le c id o ; c o m e n z a b a c o n u n d iá lo g o e n e l q u e el c e le b r a n te le p e d ía
al p u e b lo q u e e le v a s e su c o r a z ó n y a c a b a b a c o n la c o m u n ió n y la o r a c ió n
c h a r h a c ia e l a ñ o 6 0 0 y p o s te r io r e s , h a y p r u e b a s d e la g ra n u n ifo r m id a d q u e
h a b ía e n la p r á c tic a d e e sta p a r te c e n tr a l d e la m is a . E n 1 5 7 0 el p a p a P ío V
d io a c o n o c e r u n M is a l (q u e es e l lib r o q u e c o n tie n e lo s te x to s d e la m is a ), e n
el q u e se r e fle ja n la s d e c is io n e s d e l c o n c ilio d e T r e n to y e n el q u e q u e d a r o n
d o s p o r e l c o n c ilio V a tic a n o I I, e n la d é c a d a d e 1 9 6 0 . E n el c u a d r o 2 .1 a p a
E d a d M e d ia , y c ó m o q u e d ó c o d ific a d a e n el m is a l d e 1 5 7 0 .
C U A D R O 2 .1 L a m isa m ayor
Propio Ordinario
In tr o d u c c ió n I n tr o ito
K y r ie
G lo r ia
C o le c ta
L itu r g ia d e la p a la b r a E p ís to la
G rad u al
A le lu y a /t r a c t o
S e c u e n c ia (r a ra e n la a c t u a lid a d ,
co m ú n en la E d a d M e d ia )
E v a n g e lio
(S e r m ó n )
C red o
L itu r g ia de la e u c a r is tía O fe r to r io
P r e fa c io
S a n c tu s
A g n u s dei
C o m u n ió n
P o s t -c o m u n ió n
Ite , m is s a e st
la e n tr a d a » ), p e r o lu e g o se a c o r tó h a sta q u e d a r ú n ic a m e n te u n s o lo v e r s íc u lo
d e l s a lm o c o n u n a a n tífo n a . I n m e d ia ta m e n te d e s p u é s d e l in tr o it o , e l c o r o
d ia d e n o s o tr o s » ), C h riste eleison (« C r is t o , te n m is e r ic o r d ia d e n o s o tr o s » ), K y
rie eleison ; c a d a u n a d e e sta s in v o c a c io n e s se c a n ta tre s v e c e s . L e s ig u e d e in
m e d ia to (s a lv o e n la s é p o c a s p e n ite n c ia le s d e A d v ie n to y C u a r e s m a ) e l G lo ria,
q u e e l sa c e r d o te in ic ia c o n la s p a la b r a s G lo ria in excelsis D eo (« G lo r ia a D io s
p a z a lo s h o m b r e s » ). V ie n e n lu e g o la s p le g a r ia s (colecta) y la le c tu r a d e la epís
to la d e l d ía , s e g u id o s p o r e l g rad u al y el alelu y a, a m b o s c a n ta d o s p o r u n o o
e je m p lo e n P a sc u a d e R e s u r r e c c ió n , al a le lu y a le s ig u e u n a s e c u e n c ia . E n la s
Patrem omnipotentem ( « P a d r e o m n i p o t e n t e » ) . E s to y e l s e r m ó n , si lo h a y ,
m a r c a n e l fin a l d e la p r im e r a d iv is ió n p r in c ip a l d e la m is a ; s ig u e a h o ra la e u
c a r is tía p r o p ia m e n te d ic h a . D u r a n te la p r e p a r a c ió n d e l p a n y e l v in o se c a n ta
e l ofertorio.
A é ste le s ig u e n d iv e r s a s o r a c io n e s . secreta y
L a e l prefacio c o n d u c e n h a c ia
d o » ), a m b o s c a n ta d o s p o r e l c o r o . V ie n e lu e g o el canon o p le g a r ia d e c o n s a
ro d e D io s » ). D e s p u é s d e h a b e r se c o n s u m id o e l p a n y e l v in o , e l c o r o c a n ta
la comunión y e l sa c e r d o te la s o r a c io n e s d e post-comunión. E l s e r v i c i o c o n
la
e l c o r o .
L o s te x to s d e a lg u n a s p a r te s d e la m is a s o n in v a r ia b le s ; o tr o s c a m b ia n se
g ú n la e s ta c ió n d e l a ñ o o la s fe c h a s d e d e te r m in a d a s fe s tiv id a d e s o c o n m e
m u s ic a le s p r in c ip a le s d e l p r o p io s o n el in tr o ito , el g r a d u a l, e l a le lu y a , e l tr a c
to , el o fe r to r io y la c o m u n ió n . L a s p a rte s in v a r ia b le s d e l se rv ic io se d e n o m i
G lo r ia , e l C r e d o , el S a n c tu s , e l B e n e d ic tu s y e l A g n u s D e i. E l c a n to d e e sta s
b ié n la s c a n ta b a la a s a m b le a . D e s d e el s ig lo X IV c o n s titu y e n lo s te x to s q u e
c o n m a y o r fr e c u e n c ia h a n s id o p u e sto s e n m ú s ic a p o lifó n ic a , d e m o d o q u e
c o m o e n e l c a so d e la Missa Solemnis, d e B e e th o v e n .
L a m ú s ic a d e s tin a d a a la m is a , ta n to p a r a e l p r o p io c o m o p a ra e l o r d in a
lib r o d e m ú s ic a , c o n tie n e u n a s e le c c ió n d e lo s c a n to s m á s fr e c u e n te m e n te
e m p le a d o s , ta n to d e l Antifonario c o m o d e l Gradúale. L o s t e x t o s d e l a m i s a y
d e lo s o fic io s se h a lla n im p r e s o s e n el M is a l (Missale) y e n e l B r e v i a r i o (Bre-
viarium) r e s p e c tiv a m e n te .
n e a s, u n a d e la s c u a le s r e c ib e , p o r m e d io d e u n a c la v e , la d e n o m in a c ió n d e
í i. H j n n J T ü j i J ' j . C J T
" Sal - ve* R e- gi - na, m a-ter n ú - se- ri - c o r-d i - ac:
Ji Ji J J J J. J; J
A d te sus - p i - ra - m us, g e -m c n - te s et lie n - te s in hac
J pe Jizj i *
n o -s tra , U - lo s tu - os m i - se - ri - c o r- des o - c u -lo s
^ J 7 P J JT 3 n jj J H f ¡n
tn s tu - i, no - b is post hoc e x - á - B - qm o s - te n -d e .
( M f " T I I Vi
O e le - m en s: O p¡ - »:
j 0 i j j j >-í j j i -n f o j , j j 11 J j i
O dul - c is * V ir-g o M i - ri - a.
Salve, Reina y madre de misericordia, vida, dulzura y esperanza nuestra, salve. A ti clam a
mos los desterrados hijos de Eva; a ti suspiramos, gim iendo y llorando en este valle de lágri
mas. Ea, pues, Señora, abogada nuestra, vuelve a nosotros esos tus ojos misericordiosos; y des
pués de este destierro muéstranos a Jesús, fruto bendito de tu vientre. ¡O h clementísima, oh
piadosa, oh dulce Virgen M aría!
ja s d e n o ta s so n e x te n s io n e s d e l s ig n o u sad o p a r a a m p li a r li g e r a m e n t e la s n o t a s . L a s n o
ta s p e q u e ñ a s c o r r e s p o n d e n a un s ig n o q u e p r o b a b le m e n te in d ic a s e u n a b reve v o c a liz a
c ió n d e la p r im e r a co n so n a n te (« v o c e a d a » ) en c o m b in a c io n e s c o m o ergo, ventris. L a
d e la n o t a , ta l v e z a l g o p a r e c id o a u n tr in o o m o r d e n te d e c o r ta d u r a c ió n .
68 H istoria /le ¡a música accidental, 1
m é to d o d e e je c u c ió n c o m e n t e a c tu a l c o n s is te e n in te r p r e ta r to d a s la s n o ta s
d u r a c ió n , sin te n e r e n c o n s id e r a c ió n su fo r m a ; u n p u n to d e s p u é s d e u n n e u -
o e s p a c io , si se h a lla n so b r e u n a m is m a s íla b a , se c a n ta n c o m o si e s tu v ie s e n
r e p re se n ta n d o s o m á s n o ta s ) d e b e n le e r s e d e iz q u ie r d a a d e r e c h a , e x c e p to e n
e l c a so d e l p o d a tu s o p e s (J ), c u y a n o ta m á s b a ja se c a n ta e n p r im e r té r m in o .
to ). U n n e u m a s im p le ( ^ ) ja m á s lle v a m á s d e u n a s íla b a . L o s b e m o le s , s a lv o
m in o d e u n a lín e a s ir v e d e g u ía d e s tin a d a a s e ñ a la r la p o s ic ió n d e la p r im e r a
n o ta e n la lín e a s ig u ie n te . U n a s te r is c o e n el te x to s e ñ a la el p u n to e n q u e el
d e b e c a n ta rse d o s o tr e s v e c e s.
L a s m e lo d ía s d e l c a n to lla n o se h a n c o n s e r v a d o e n c e n te n a re s d e m a n u s
c r ito s q u e d a ta n d e l s ig lo IX y p o s te r io r e s . E s to s m a n u s c r ito s fu e r o n c o p ia d o s
c u e n c ia se e n c u e n tr a la m is m a m e lo d ía e n m u c h o s d e e llo s ; a d e m á s , r e s u lta
n o ta b le q u e e n e sto s m a n u s c r ito s se r e g is tr e la m e lo d ía c o n u n a fo r m a ca si
d a d es la d e a fir m a r q u e e sta s m e lo d ía s d e b e n h a b e r p r o v e n id o d e u n a s o la
p u r a m e n te o r a le s o c o n a y u d a d e a lg u n a n o ta c ió n p r im itiv a d e la c u a l n o h a
s o b r e v iv id o e s p é c im e n a lg u n o . A lg o p o r e l e s tilo e ra , e n e s e n c ia , la in te r p r e
e n e l s e n tid o d e q u e e sa « fu e n te ú n ic a » h a b ría s id o e l p r o p io sa n G r e g o r io .
c u a n d o se e m p e z ó a c o p ia r , p u d o d iv u lg a r s e a n te s d e q u e la n o ta c ió n q u e d a
U n a te o r ía so s tie n e q u e el c a n to lla n o se r e c o n s tr u y ó p a r c ia lm e n te d e m e m o
r ia y e n ig u a l m e d id a , g r a c ia s a la im p r o v is a c ió n , e n e l m o m e n t o e n q u e u n
g r u p o e n sa y a b a o e n q u e u n s o lis ta lo in te r p r e ta b a , m e d ia n te u n a s e rie d e
b a n e n el r e c u e rd o d e a n te r io r e s in te r p r e ta c io n e s .
E sta te o r ía d e c o m p o s ic ió n o ra l s u r g ió e n p a rte d e la o b s e r v a c ió n d e lo s
c a n to r e s d e la r g o s p o e m a s é p ic o s , ta l c o m o to d a v ía o c u r re e n el te r r ito r io q u e
p o s te r io r m e n te se c o n o c ió c o m o Y u g o s la v ia . L o s ca n to r e s p o d ía n r e c ita r m ile s
e n la s q u e se a s o c ia b a n te m a s , p a tr o n e s s o n o r o s y d e sin ta x is, m e tr o s , ce su ra s,
e n e l e je m p lo 2 . 2 3, e n d o n d e se c o m p a r a la s e g u n d a fr a se d e la p r im e r a m ita d
d e d iv e r so s v e r s íc u lo s d e l tr a c to D eus, D eu s m eus, e je m p lo d e s a lm o d ia p a r a
Y o r k , 1 9 6 8 ) . V é a n s e t a m b ié n L e o T r e itle r : « H o m e r a n d G r e g o r y : T h e T r a n s m is s io n o f E p i c P o e t r y
H u c k e , «T o w a rd s a N e w H is to r ic a l V ie w o f G r e g o r ia n C h a n t » , J A M S 33 (1 9 8 0 ): 4 3 7 -6 7 .
3 T o m a d o d e L e o T r e itle r : « H o m e r a n d G r e g o r y : T h e T r a n s m is s io n o f E p i c P o e tr y a n d P la in
c h a n t», M Q 6 0 (1 9 7 4 ): 3 6 1 .
4 U n a c r ít ic a c o n s t r u c t i v a d e la t e o r ía d e t r a n s m i s i ó n d e T r e it le r , s e ñ a la n d o lo s m u c h o s p r o b l e
,hfrn 3>r r £ ^ = : . - . . r
T r a d ic ió n g r e g o r ia n a
1 ^ 1 2 ,(1 3 ) huí - da - te e - - um :
T r a d ic ió n v ie jo rom an a
^ 2 ,{ 9 ,1 2 ) (a ) sa - lu - te m e - a
tf s ,( 7 ,8 ) p a -tre s n o s tri
n o c o in c id e c o n u n a d e te r m in a d a c a m p a ñ a lle v a d a a c a b o p o r lo s m o n a r c a s
e ra c o n ta r c o n u n a litu r g ia y u n a m ú s ic a u n ifo r m e s e n la s ig le s ia s , q u e s ir v ie
ra d e v ín c u lo a to d a la p o b la c ió n . G r a n n ú m e r o d e « m is io n e r o s » litú r g ic o -
d e u sa ro n c o m o p o d e r o s a a r m a d e p r o p a g a n d a la le y e n d a d e sa n G r e g o r io y
e l c a n to lla n o d e in s p ir a c ió n d iv in a . P o r c ie r to q u e su s a fa n e s se to p a r o n c o n
c ió n . P o r c o n s ig u ie n te , e l p r o c e d im ie n to d e a n o ta r la s m e lo d ía s h a b rá s id o
e n to n c e s u n a d e la s m a n e r a s d e a se g u ra rse d e q u e , e n lo s u c e s iv o , lo s c a n to s
lla n o s se c a n ta r ía n d e ig u a l m o d o e n . to d a s p a r te s. E n r e s u m e n , la n o ta c ió n
fu e u n a c o n s e c u e n c ia d e d ic h a u n ifo r m id a d , a sí c o m o u n m e d io d e p e r p e
tu a r la .
Canto religioso y r,¡nd.ón profana en. el Medievo 71
C la se s, f o r m a s y tip o s d e c a n to lla n o
c u y o s te x to s n o s o n bíblicos; a su v e z , c a d a u n a d e e sta s s e c c io n e s p u e d e s u b
h im n o s y la s se c u e n c ia s (v é a n s e la s p p . 8 0 y s s .) .
L o s c a n to s ta m b ié n p u e d e n c la s ific a r s e , s e g ú n se h a y a n c a n ta d o a n tig u a
c o r o ) o directos ( s i n a l t e r n a n c i a ) .
H a y a ú n o tra c la s ific a c ió n q u e se b a sa e n la r e la c ió n e n tre n o ta s y s íla b a s .
L o s c a n to s e n lo s q u e to d a s o la m a y o r p a r te d e la s s íla b a s se c o r r e s p o n d e n
c o n u n a s o la n o ta se lla m a n silábicos; l o s q u e se c a r a c te r iz a n p o r p r o lo n g a d o s
tin c ió n n o s ie m p r e es m u y c la r a , p u e s to q u e h a y c a n to s p r e d o m in a n te m e n te
m a s b re v e s d e c u a tr o o c in c o n o ta s s o b r e a lg u n a s s íla b a s . E s te tip o d e c a n to a
v e c e s s u e le d e n o m in a r s e neumático.
E n g e n e r a l, el tr a z a d o m e ló d ic o d e u n c a n to r e fle ja la a c e n tu a c ió n m o d e r
m á s a lta s o a s ig n a r m a y o r n ú m e r o d e n o ta s a ta le s s íla b a s . E s to r e c ib e e l n o m
b a s su c e siv a s se c a n ta n so b r e la m is m a n o ta , o a lo s h im n o s , e n lo s q u e to d a s
la s e str o fa s h a n d e c a n ta rse c o n u n a m is m a m e lo d ía . A d e m á s , e n lo s c a n to s
n a l d e « D o m in u s » , « E x u lte m u s » o la «e » d e « K y r ie » . E n e sto s c a s o s , la s p a la
b ra s y s íla b a s im p o r ta n te s d e u n a fr a se se d e sta c a n p o r m e d io d e m e lo d ía s
d a s. R a ra v e z h a y e n el c a n to lla n o r e p e tic ió n a lg u n a d e p a la b r a s o g r u p o s d e
p a la b r a s a is la d o s e n el te x to . L a m e lo d ía e stá a d a p ta d a al r itm o d e l te x to , a su
a tm ó s fe r a g e n e ra l y a la fu n c ió n litú r g ic a q u e e l c a n to e fe c tú a ; n o h a y a sí te n
ta tiv a s d e a d a p ta r la m e lo d ía a e fe c to s e m o c io n a le s o e s p e c ia le s . E s to n o q u ie
r e s a lt a r el te x to , a v e ce s d e m a n e r a d ir e c ta , o tra s d e fo r m a m u y o r n a m e n ta d a .
72 H is to r ia ríe la m ú s ic a o c c id e n ta l, 1
----------------------------------------------------------------------------------------------
Palisca (New Haven y Londres Yale University Press, 1978), p. 116. Todo el pasaje bí
blico en la versión inglesa estándar, pero puntuado como en el tratado de John, según se
lee seguidamente: «En el decimoquinto año del reinado de Tiberio César: siendo Pondo
Pilatos gobernador de Ju d ea: y Herodes tetrarca de G alilea: y Filipo, su hermano, tetrar-
ca de la región de Iturea y de Traconítida: y Lisanias tetrarca de Abilene: en el pontifica
do de Anás y Caifás, la p alabra de D ios vino a Ju an , hijo de Z acarías, en el desierto».
C a d a m e lo d ía r e lig io s a se d iv id e e n fr a s e s y p e r ío d o s q u e se c o r r e s p o n
d e n c o n la s fr a se s y lo s p e r ío d o s d e l te x to (v é a s e la c ita d a d a p o r e l te ó r ic o
p e n ta g r a m a , m á s c o r ta o m á s la r g a s e g ú n la im p o r ta n c ia d e la s u b d iv is ió n .
E n la g ra n m a y o r ía d e la s fr a s e s , la c u r v a m e ló d ic a tie n e fo r m a d e a rc o . E s te
c o m ie n z a e n e l g ra v e , se e le v a a u n r e g is tr o m á s a g u d o , d o n d e p e r m a n e c e
p o r a lg ú n tie m p o y lu e g o d e s c ie n d e h a s ta e l fin a l d e la fr a s e . E s te d is e ñ o
c o m b in a c io n e s : p o r e je m p lo , e l a r c o m e ló d ic o p u e d e e x te n d e r s e a tra v é s d e
d o s o m á s fr a s e s o c o m p r e n d e r a rc o s m e n o r e s . U n d is e ñ o m e ló d ic o m e n o s
c o m ú n , c a r a c te r ís tic o d e fr a s e s q u e se in ic ia n c o n u n a p a la b r a d e e s p e c ia l
im p o r ta n c ia , p a r te d e u n a n o ta e le v a d a y d e s c ie n d e g r a d u a lm e n te h a c ia el
fin a l.
C a n to relig io so y c a n c ió n p r o f a n a e n e l M e d ie v o 73
E n lo q u e c o n c ie r n e a lo s a sp e c to s g e n e r a le s d e la fo r m a , p u e d e n d is tin
s a lm o s , d e d o s fr a s e s e q u ilib r a d a s q u e c o r r e s p o n d e n a la s d o s p a r te s e q u ili
n o s , e n lo s q u e la m is m a m e lo d ía se c a n ta c o n v a r ia s e str o fa s d e l te x to , y
d e s c r ip c ió n c o n c is a . E n lo s c a n to s lib r e s se p u e d e c o m b in a r c ie r to n ú m e r o
d e fó r m u la s m e ló d ic a s tr a d ic io n a le s , o b ie n in c o r p o r a r e sta c la s e d e fó r m u la s
a u n a c o m p o s ic ió n p o r lo d e m á s o r ig in a l; p u e d e n su r g ir d e la e x p a n s ió n o
d e s a r r o llo d e u n tip o m e ló d ic o d a d o o b ie n se r to ta lm e n te o r ig in a le s .
F ó rm u las de recitación
E x a m in a r e m o s a h o r a a lg u n a s d e la s c a te g o r ía s m á s im p o r ta n te s d e lo s c a n to s
e m p le a d o s e n la m is a y e l o fic io ; c o m e n z a r e m o s p o r lo s s ilá b ic o s y lu e g o
la c a n ta d a . C o n s ta n d e u n a s o la n o ta d e recitación (h a b itu a lm e n te u n la o u n
d o ’) , s o b r e la c u a l se c a n ta r á p id a m e n te c a d a v e r s íc u lo o p e r ío d o d e l te x to .
d u c ir á la n o ta v e c in a s u p e r io r o in fe r io r p a ra d e sta c a r u n a c e n to im p o r ta n te .
L a n o ta d e r e c ita c ió n p u e d e e sta r p r e c e d id a d e u n a fó r m u la in tr o d u c to r ia d e
u n a b re v e c a d e n c ia m e ló d ic a .
d e lo s o c h o m o d o s e c le s iá s tic o s (v é a n s e la s p p . 8 7 -8 9 ) y o tr o a d ic io n a l, e l to
n a s p eregrin u s o « to n o p e r e g r in o » . L o s s a lm o s se c a n ta n e n lo s o fic io s , c o n
u n o u o tr o to n o s (v é a s e , p o r e je m p lo , e n N A W M 4 c , s a lm o 1 0 9 , D ix it D o
m in as, 4 e , s a lm o 1 1 0 , C on fiteb o r tib i D o m in e; 4 g , s a lm o 1 1 1 , B e a ta s v ir q u i
tim et D o m in u m ; 4 i, s a lm o 1 2 9 , D e p ro fu n d is clam av i a d te, to d o s e llo s p a rte
tip o g e n e ra l d e fó r m u la m e ló d ic a ta m b ié n a p a re ce e n m u c h o s o tr o s c a n to s .
U n to n o s a lm ó d ic o c o n s ta d e in itiu m (q u e se u tiliz a s ó lo e n e l p r im e r v e r
u n p r in c ip io , a h o r a y s ie m p r e , p o r lo s s ig lo s d e lo s s ig lo s . A m é n » ) . E n lo s li
74 H is to r ia fie la m ú s ic a o c c id e n ta l, 1
b r o s d e c a n to s , la s p a la b r a s fin a le s d e la d o x o ío g ía e stá n in d ic a d a s m e d ia n te
d o y s e g u id o p o r la a n tífo n a p r e s c r ita p a r a e l d ía c o n c r e to d e l c a le n d a r io . E l
c a n to d e la a n tífo n a y d e l s a lm o , ta l c o m o se in te r p r e ta e n u n o fic io , a p a re ce
d e l s a lm o 1 0 9 v é a se N A W M 4 b y 4 c ).
C a n to r + co ro C a n to r M e d io co ro M e d io coro C a n to r + coro
T -0~W
E s ta fo r m a d e c a n to s a lm ó d ic o r e c ib e e l n o m b r e d e a n tifo n a l, y a q u e se
r io s , p r o n to se a d a p tó e n la h is to r ia d e la Ig le s ia c r is tia n a , a u n q u e n o se sa b e
c o n c e r te z a c ó m o a lte r n a b a n lo s c o r o s . U n m o d e lo p o s ib le a p a r e c e e n el
e je m p lo 2 .3 . E l c a n to r c a n ta la s p r im e r a s p a la b r a s d e la a n tífo n a ; lu e g o , el
c o r o c o m p le to e n to n a e l r e sto . E l c a n to r c a n ta la s p r im e r a s p a la b r a s d e l s a l
m o a m o d o d e e n to n a c ió n ; m e d io c o r o c o m p le ta la m ita d d e l v e r s íc u lo ; d e s
p u é s , el o tr o m e d io c o r o c a n ta la se g u n d a m ita d d e d ic h o v e r s íc u lo . E l resto
d e l s a lm o se e n to n a a lte r n a d a m e n te , a u n q u e n o se r e p ite la e n to n a c ió n in i
c ia l. L u e g o se e sc u c h a la d o x o ío g ía : « G lo r ia P a t r i ...» , c a n ta d a p o r lo s d o s m e
A n tífo n as
L a s a n tífo n a s s o n m á s n u m e r o s a s q u e c u a lq u ie r o tr a c la se d e c a n to lla n o ; e n
c o , tra s h a c e r se lig e r a s v a r ia c io n e s p a r a a c o m o d a r e l te x to . P u e s to q u e la s
ra d a s q u e la s d e lo s s a lm o s (p o r e je m p lo , la d e l M a g n ífic a t , H o d ie C h ristu s
n atu s est, N A W M 4 m ) .
E n u n p r in c ip io es p r o b a b le q u e la a n tífo n a — v e r s íc u lo o s e n te n c ia c o n
m e lo d ía p r o p ia — se r e p itie s e d e s p u é s d e c a d a v e r s íc u lo d e u n s a lm o o c á n ti
c o , c o m o la fr a se «p u e s su b o n d a d p e r d u r a r á s ie m p r e » d e l s a lm o e n la tín 1 3 5
( 1 3 6 e n in g lé s ). E n tie m p o s m á s r e c ie n te s , s ó lo la e n to n a c ió n o fr a se in ic ia l
c o m p le ta .
g e n m e ló d ic o c o n ca rá cte r r e s p o n s o r ia l p o r p a r te d e la a s a m b le a o el c o r o ;
g u n d a s v ís p e r a s d e N a v id a d ( N A W M 4 d y 4 f ) . A lg u n a s p ie z a s b a s ta n te m á s
e la b o r a d a s , q u e e n u n p r in c ip io fu e r o n a n tífo n a s , d ie r o n p ie a c a n to s in d e
p e n d ie n te s — p o r e je m p lo , el in tr o it o , el o fe r to r io y la c o m u n ió n d e la m is a ,
u n a fe c h a r e la tiv a m e n te ta r d ía y su s m e lo d ía s , e n e s p e c ia l, h e r m o s a s (v é a s e e l
e je m p lo 2 . 1 ) .
p ie z a s in d e p e n d ie n te s p a ra su e m p le o e n p r o c e s io n e s y o tra s o c a s io n e s e s p e
c ia le s .
76 H is to r ia d e la m ú s ic a o c c id e n ta l, 1
Responsorio o respuesta
q u e c a n ta e l s o lis ta y r e p ite el c o r o a n te s d e u n a o r a c ió n o p e q u e ñ a se n te n c ia
E l r e s p o n s o r io , al ig u a l q u e la a n tífo n a , fu e e n u n p r in c ip io r e p e tid o p o r e l
c o r o , b ie n p o r su to ta lid a d o e n p a r te , d e s p u é s d e c a d a v e r s íc u lo d e la le c tu
se c a n ta n e n la a c tu a lid a d — c o m p r e n d e n d iv e r s o s v e r s íc u lo s — , e n m a itin e s
s ó lo a n te s y d e sp u é s d e la ú n ic a le c tu r a b re v e h e c h a p o r el s o lis ta . O tr a c la se
d a s v ís p e r a s d e N a v id a d .
Salmodia antifonal
E n e l in tr o it o y c o m u n ió n d e la m is a se h a lla n fo r m a s m o d e r a d a m e n te o r n a
m e n ta d a s d e la s a lm o d ia a n tifo n a l. E l in tr o it o (p o r e je m p lo , N A W M 3 a ),
c o m o se h a o b s e r v a d o a n te s, fu e e n u n p r in c ip io u n s a lm o c o m p le to c o n su
a b r e v ia d a ; e n la a c tu a lid a d , p o r c o n s ig u ie n te , e l in tr o ito s ó lo c o n s ta d e la a n
fin a l d e la m is a c o m o e q u iv a le n te d e l in tr o it o , al c o m ie n z o d e la m is m a , es
u n b re v e c a n to lla n o y a m e n u d o s ó lo e stá fo r m a d a p o r u n v e r s íc u lo d e la s
S a g ra d a s E s c r itu r a s .
D e s d e el p u n to d e v is t a m u s ic a l, lo s c a n to s m á s d e s a r r o lla d o s d e la m is a s o n
lo s g r a d u a le s , a le lu y a s , tra c to s y o fe r to r io s . E l tr a c to fu e e n u n p r in c ip io u n a
c a n c ió n p a r a s o lis ta . E l g ra d u a l y e l a le lu y a tie n e n c a rá c te r r e s p o n s o r ia l; el
o fe r to r io p r o b a b le m e n te fu e e n su o r ig e n u n c a n to a n tifo n a l, a u n q u e e n la
a c tu a lid a d n o c o n s e r v e n in g ú n r a sg o d e l s a lm o o r ig in a l y la q u e d e b ió d e ser
ta y c o r o .
L o s tr a c to s s o n lo s c a n to s m á s e x te n so s d e la litu r g ia , e n p a r te p o r q u e
p ic o a m e n u d o c o m ie n z a c o n u n r e c ita d o o r n a m e n ta d o c o n m e lis m a s y re
d o n d e a d o c o n u n a m e d ia c ió n flo r id a (v é a s e el e je m p lo 2 .2 ) ; lu e g o , la s e g u n
d a m ita d d e l v e r s íc u lo p r o c e d e d e u n a m a n e r a s im ila r y la p ie z a a c a b a c o n
a m p lia d o e n la c o n c lu s ió n . H a y c ie r ta s fó r m u la s r e c u rr e n te s q u e a p a r e c e n
e n m u c h o s tr a c to s d ife r e n te s y ca si s ie m p r e e n e l m is m o lu g a r : e n la m e d ia
c ió n , al c o m ie n z o d e la s e g u n d a m ita d d e l v e r s íc u lo y e n o tr o s lu g a r e s p a r e
c id o s .
r o n d e sd e R o m a a la s ig le s ia s fr a n c e s a s , p r o b a b le m e n te y a c o n u n a fo r m a ta r
d ía s u m a m e n te d e s a r r o lla d a (v é a se N A W M 3 d ). S u s m e lo d ía s s o n m á s flo r i
d is tin to s g r a d u a le s ; e sta s fó r m u la s s u e le n a s o c ia r s e a la fu n c ió n d e la fr a se
m e ló d ic a , b ie n te n g a la c a te g o r ía d e e n to n a c ió n , d e c a d e n c ia in te r n a o d e
d e u n v e r s íc u lo d e s a lm o , s e g u id o p o r la r e p e tic ió n d e l e s tr ib illo (v é a s e
N A W M 3 e ). L a m a n e r a h a b itu a l d e c a n ta r lo s es la s ig u ie n te : e l s o lis ta (o s o
d e s p u é s d e lo c u a l e l s o lis ta c a n ta t o d o e l « a lle lu ia » y e l c o r o se le u n e e n e l
ju b ilu s, s e g ú n e l e s q u e m a sig u ie n te :
S o lis ta S o lis ta
C o r o Coro Coro
A lle lu ia * A lle lu -ia ... ( ju b i lu s ) ... v e r s íc u lo d e s a lm o ... * ... A lle lu -ia (ju b ilu s )
c o . E l v e r s íc u lo h a b itu a lm e n te c o m b in a m e lis m a s m á s c o r to s y m á s la r g o s ;
c o n s u m a fr e c u e n c ia , e n la ú ltim a p a r te d e l v e r s íc u lo se r e p ite la m e lo d ía d e l
e s tr ib illo , d e fo r m a p a r c ia l o to ta l. M u c h o s a le lu y a s , p o r c o n tr a s te , se h a lla n
78 H is to r ia d e la m ú s ic a o c c id e n ta l, /
c e r c a n o s a u n e s tilo b a sa d o e n p r in c ip io s d e o r d e n m á s m o d e r n o s y o c c id e n
ta le s ; c o m ie n z a n a s u g e r ir m e d io s d e c o n tr o l, s o b r e e l m a te r ia l m u s ic a l, m á s
p r o p io s d e la m ú s ic a c o m p u e s ta q u e d e la im p r o v is a d a . L o s a le lu y a s sig u ie
r o n e s c r ib ié n d o s e h a sta fin e s d e la E d a d M e d ia y d e s p u é s d e l s ig lo IX d ie r o n
p ie a fo r m a s n u e v a s im p o r ta n te s .
L o s o fe r t o r io s s o n s im ila r e s e n e s tilo m e ló d ic o a lo s g r a d u a le s (v é a se
N A W M 3 f ) . O r ig in a lm e n te , lo s o fe r to r io s e ra n e x te n s o s c a n to s a c a r g o ta n to
d e la a s a m b le a c o m o d e l c le r o , d u r a n te la c e r e m o n ia d e la p r e s e n ta c ió n d e l
p a n y e l v in o ; c u a n d o se a b r e v ió e sta c e r e m o n ia ta m b ié n se a c o r tó el o fe r to
r io , p e r o c u r io s a s h u e lla s d e su e m p le o o r ig in a l r e s u lta n e v id e n te s e n su s o c a
s io n a le s r e p e tic io n e s d e l te x to . L o s o fe r to r io s c o m p r e n d e n m u c h a s v a r ie d a d e s
m e n te v in c u la d o s al te x to y, a m e n u d o , s ir v e n ta n to p a ra fin e s e x p r e s iv o s ,
c o m o o r n a m e n ta le s .
C an tos d e l o rd in ario
E s p r o b a b le q u e , o r ig in a lm e n te , lo s c a n to s d e s tin a d o s a l o r d in a r io d e la m is a
fu e se n m e lo d ía s s ilá b ic a s m u y s e n c illa s , c a n ta d a s p o r la a s a m b le a ; d e s p u é s d e l
su s te x to s, e l K y r ie , e l S a n c tu s y e l A g n u s D e i s o n d e d is p o s ic ió n tr ip a r tita .
E l K y r ie , p o r e je m p lo , s u g ie r e la s sig u ie n te s p a r te s:
A K y rie eleison
B C h riste eleison
C K y rie eleison
P u e sto q u e c a d a e x c la m a c ió n se p r o fie r e tr e s v e c e s, p u e d e q u e h a y a u n a
fo r m a ab a d e n tr o d e c a d a u n a d e la s se c c io n e s p r in c ip a le s . O tr a s v e r s io n e s
m á s e la b o r a d a s d e l K y r ie p u e d e n o b e d e c e r al e s q u e m a A BC, c o n r e la c io n e s
n e r la fo r m a A BA , a u n q u e a v e c e s la m is m a m ú s ic a se u tilic e p a ra to d a s su s
s e c c io n e s (c o m o e n N A W M 3 h ):
E l S a n c tu s se d iv id e , d e m o d o s im ila r , e n tre s s e c c io n e s ; u n a d is tr ib u c ió n
p o s ib le d e l m a te ria l m u s ic a l es la s ig u ie n te :
E n tr e lo s s ig lo s V y IX , lo s p u e b lo s d e la E u r o p a o c c id e n ta l y s e p te n tr io n a l se
c a n to « g r e g o r ia n o » o fic ia l q u e d ó e s ta b le c id o e n e l im p e r io d e lo s fr a n c o s a n te s
d e m e d ia d o s d e l s ig lo IX y d e sd e e n to n c e s h a sta ce rca d e la te r m in a c ió n d e l
M e d ie v o , to d a s la s in n o v a c io n e s d e im p o r ta n c ia q u e se p r o d u je r o n e n la m ú
s ic a e u r o p e a tu v ie r o n lu g a r al n o rte d e lo s A lp e s . E ste d e s p la z a m ie n to d e l c e n
tr o m u s ic a l se p r o d u jo , e n p a r te , a c a u sa d e la s c o n d ic io n e s p o lític a s . L a s c o n
q u is ta s m u s u lm a n a s d e S ir ia , A fr ic a d e l N o r te y E sp a ñ a , c o m p le ta d a s h a c ia
7 1 9 , d e ja r o n la s r e g io n e s c r is tia n a s m e r id io n a le s e n m a n o s d e lo s in fie le s o
b ie n b a jo u n a c o n s ta n te a m e n a z a d e a ta q u e . E n tr e ta n to s u r g ie r o n d iv e r s o s
c e n tr o s c u lt u r a le s e n E u r o p a o c c id e n ta l y c e n tr a l. D u r a n te lo s s ig lo s V I, V il y
V IH , m is io n e r o s d e m o n a s te r io s e sc o c e se s e ir la n d e s e s fu n d a r o n e s c u e la s e n su s
p r o p io s p a ís e s y e n e l c o n tin e n te , e n e s p e c ia l e n A le m a n ia y S u iz a . U n r e s u r g i
m ie n to d e la c u lt u r a la tin a e n I n g la te r r a a c o m ie n z o s d e l s ig lo V IH p r o d u jo
in g lé s , A lc u i n o , a y u d ó a C a r lo m a g n o e n su p r o y e c to d e r e a c tiv a r la e d u c a c ió n
g io d e lo s s ig lo s V III y IX fu e e l d e s a r r o llo d e im p o r ta n te s c e n tr o s m u s ic a le s , e l
m á s fa m o s o d e lo s c u a le s fu e el m o n a s te r io d e S t. G a ll, e n S u iz a .
la lín e a m e ló d ic a e n v ir tu d d e la in tr o d u c c ió n d e m á s s a lto s , e n e s p e c ia l d e l
in te r v a lo d e te rc e ra . P o r ú ltim o , lo s c o m p o s ito r e s d e l n o r te c r e a ro n n o s ó lo
m e lo d ía s n u e v a s s in o ta m b ié n n u e v a s fo r m a s d e c a n to lla n o . E s te p r o c e s o
e v o lu tiv o c o in c id ió c o n e l s u r g im ie n to d e l c a n to m o n ó d ic o p r o fa n o y c o n
io s p r im e r o s e x p e r im e n to s e n m a te r ia d e p o lifo n ía .
Tropos
n a le s d e l p r o p io d e la m is a (m á s a m e n u d o al in tr o ito , v é a se N A W M 7 ; c o n
m e n o r fr e c u e n c ia al o fe r to r io y a la c o m u n ió n ); m á s ta rd e , e sta c la s e d e a ñ a
d id o s ta m b ié n se a p lic ó a lo s c a n to s d e l o r d in a r io (e s p e c ia lm e n te , al G lo r ia ).
H a b ía tre s c la s e s d e tr o p o s : la a d ic ió n ta n to d e te x to s c o m o d e m ú s ic a , d e
n u e v a c r e a c ió n , a u n c a n to lla n o p r e e x is te n te ; la a d ic ió n d e s ó lo m ú s ic a , a m
m a p r e e x is te n te . U n im p o r ta n te c e n tr o , e n c u a n to a la c r e a c ió n d e tr o p o s ,
sia s m o n á s tic a s , d u r a n te lo s s ig lo s X y X I; lu e g o fu e r o n d e s a p a r e c ie n d o a p a r
q u e fu e r o n e x c lu id o s d e la litu r g ia e n la é p o c a d e l C o n c ilio d e T r e n to . L o s
lla m a d o s tr o p o s d e l K y r ie s o b r e v iv e n h o y s ó lo e n lo s títu lo s d e c ie r ta s m is a s
(p o r e je m p lo , el K y r ie C u n ctipoten s G en ito r D eu s, d e la m is a I V ) .
se in c lu ía a la secuencia, p o r e je m p lo , c o m o u n a s u b c la s e d e lo s tropos. N o
o b s ta n te , es m e jo r c o n s id e r a r lo s p o r se p a r a d o , y a q u e la s s e c u e n c ia s e ra n h a
b itu a lm e n te c o m p o s ic io n e s in d e p e n d ie n te s .
Secuen cias
la b r a « a lle lu ia » a p a r e c ía n o r m a lm e n te al p r in c ip io d e la m ú s ic a . E n la litu r
m is a ; al p r in c ip io , s im p le m e n te c o m o e x te n s io n e s d e l c a n to lla n o , p e r o lu e
g o , c o n fo r m a s a u n m á s a m p lia s y e la b o r a d a s , q u e s u p o n ía n e n la p r á c tic a
n u e v o s a g re g a d o s. E sta c la se d e e x te n s io n e s y a d ic io n e s r e c ib ie r o n el n o m b r e
se c o n v ie r te e n « s e c u e n c ia » e n u n s e n tid o m á s a m p lio , m e lo d ía q u e a c o m p a
ñ a s ilá b ic a m e n te a la le t r a . H a y ta m b ié n p r o lo n g a d o s m e lis m a s y s e c u e n c ia s
q u e s o n in d e p e n d ie n te s d e c u a lq u ie r a le lu y a m a triz .
U n m o n je d e S t. G a ll, N o tk e r B a lb u lu s (« e l ta r ta m u d o » ; ca. 8 4 0 -9 1 2 ) ,
c o n tó la h is to r ia d e c ó m o h a b ía « in v e n ta d o » la s e c u e n c ia c u a n d o e m p e z ó a
e s c r ib ir la s p a la b r a s d iv id id a s e n s íla b a s d e b a jo d e c ie r to s m e lis m a s p r o lo n g a
q u e v io h a c e r a u n m o n je d e J u m ié g e s . A u n q u e lo s c a n to s q u e b a u tiz ó c o m o
81
------------------------------------------------------------------------------------------------
N o tk e r B a lb u lu s : la g é n e sis d e su s p r o s a s
illib a ta .
r e c u a d r o ). S in d u d a a lg u n a , N o tk e r fu e e l in v e n to r , e n su s lib r o s d e h im n o s ,
d e la le tr a m á s q u e d e la m ú s ic a , a u n q u e d e e llo n o se d e s p r e n d a q u e la m ú s i
c a d e la s s e c u e n c ia s s ie m p r e e x is tió a n te s q u e la s le tr a s . E l te x to y la m e lo d ía
ta m b ié n se c r e a b a n d e m a n e r a s im u ltá n e a .
L a s se c u e n c ia s c o m e n z a b a n c o n u n a fr a se m u s ic a l a c o p la d a a u n te x to , se
m a o b e d e c e al c o n v e n c io n a lis m o d e q u e c a d a e str o fa d e l te x to se v e s e g u id a
d e in m e d ia to p o r o tr a c o n e x a c ta m e n te e l m is m o n ú m e r o d e s íla b a s y e l m is
m o e s q u e m a d e a c e n to s : e sta s d o s e str o fa s se c a n ta n c o n u n m is m o s e g m e n to
m e ló d ic o , e l c u a l se r e p ite p a ra la s e g u n d a e str o fa . L a s ú n ic a s e x c e p c io n e s la s
c u e n c ia q u e p u e d e re p re se n ta rse a s í: a bb cc d d ... n (d o n d e a y n r e p re se n ta n
lo s v e rso s n o e m p a r e ja d o s ), es p le n a m e n te e v id e n te e n e l c e le b r e V ictim ae
p a sc h a li lau d es (A la b a d a la v íctim a p a sc u a l, N A W M 5 ), a tr ib u id a a W i p o ,
s e g m e n to s m e ló d ic o s p o r fr a se s c a d e n c ia le s s im ila r e s .
D e s d e te m p r a n o , la s e c u e n c ia o p ro sa se d e s v in c u ló d e lo s c a n to s litú r g i
c o s e n p a r tic u la r y c o m e n z ó a flo r e c e r c o m o fo r m a a u tó n o m a d e c o m p o s i
c ió n . C e n te n a r e s d e e lla s a p a r e c ie ro n p o r to d a la E u r o p a o c c id e n ta l e n tre lo s
p o r a r o n a lo s u so s p r o fa n o s ; h u b o u n a c o n s id e r a b le in flu e n c ia m u tu a e n tre
la s se c u e n c ia s y lo s tip o s c o n te m p o r á n e o s d e m ú s ic a s e m is a c r a y p r o fa n a ,
ta n to v o c a l, c o m o in s tr u m e n ta l, e n la B a ja E d a d M e d ia .
E n el s ig lo X II e l té r m in o p ro sa , o r ig in a lm e n te r e fe r id o a te x to s e n p r o sa ,
se a p lic ó a lo s m e lis m a s d e l a le lu y a , q u e se e n la z a b a n ta m b ié n c o n s e c u e n c ia s
d e te x to p o é tic o . L a s p ro sae d e A d a m d e S a in t V ic to r (s ó lo lo s te x to s , n o la s
m e lo d ía s ) ilu s tr a n u n a e v o lu c ió n p o s te r io r , e n la q u e e l te x to se v e r s ific a b a y
r im a b a d e m a n e r a r e g u la r . A lg u n a s se c u e n c ia s r im a d a s p o s te r io r e s se a c e r c a n
a la fo r m a d e l h im n o , c o m o p o r e je m p lo e l c o n o c id o D ie s irae, a tr ib u id o a
c lu id a e n la M is a d e R é q u ie m , u n a m e lo d ía q u e s ig u e el e s q u e m a A A B B C C
c ia s p o é tic a s , p o r q u e c o m p o n ía ta n to la s m e lo d ía s c o m o la p o e s ía . F u n d a d o
ra y a b a d e sa d e u n c o n v e n to e n R u p e r ts b e r g , A le m a n ia , fu e fa m o s a p o r su s
C a n to relig io so y c a n c ió n p r o f a n a e n e l M e d ie v o 83
p o d e r e s p r o fé tic o s y su s r e v e la c io n e s . S u tr a b a jo lite r a r io m á s n o ta b le , S c iv ia s
( Conoce los cam in o s), es u n a d e s c r ip c ió n d e v e in tis é is v is io n e s . S u s se c u e n c ia s
fo r m a d e se c u e n c ia d e d o b le s v e r s íc u lo s , p e r o v a r ía la s e g u n d a p a r a a c o m o
d a r la a la m e d id a d e l v e rso .
y o r p a r te d e la s se c u e n c ia s e n e l se rv ic io c a tó lic o y s ó lo c u a tr o se c o n s e r v a r o n
tu S a n to » ), e n d o m in g o d e P e n te c o sté s; L a u d a S io n (« A la b a S ió n » ) a tr ib u id a
a tr ib u id a a J a c o p o d a T o d i, m o n je fr a n c is c a n o d e l s ig lo X III, se a ñ a d ió a la li
tu rg ia e n 1 7 2 7 .
D ra m a s litú rgico s
e n u n d iá lo g o o tr o p o d e l s ig lo X q u e p r e c e d ía a l in tr o it o d e la m is a p a r a la
c o n u n a d e la s p ie z a s d e la c e r e m o n ia d e collecta a n te jr io r a la m is a , c e r e m o
n ia q u e c o m p r e n d ía c a n to s p r o c e s io n a le s c o n lo s q u e lo s fie le s ib a n d e u n a
E l d iá lo g o d e p a s c u a d e R e s u r r e c c ió n , r e p re se n ta a la s tre s M a r ía s q u e
a c u d e n a la tu m b a d e J e sú s. E l á n g e l le s p r e g u n ta : « ¿ A q u ié n b u s c á is e n e l se
e stá a q u í, h a r e s u c ita d o , ta l c o m o h a b ía d ic h o ; id y p r o c la m a d q u e h a r e s u c i
ta d o d e e n tre lo s m u e r to s » (s a n M a r c o s X V I : 5 -7 ) . D e s c r ip c io n e s c o n t e m p o
rá n e a s d a n c u e n ta d e q u e e ste d iá lo g o n o s ó lo se c a n ta b a e n fo r m a r e s p o n s o -
r ia l, s in o q u e ta m b ié n e sta b a a c o m p a ñ a d o p o r la a c c ió n d r a m á tic a a d e c u a d a .
E l t r o p o Q u em q u a e r itis in p ra e se p e (« ¿ A q u ié n b u s c á is e n e l p e s e b r e ? » ,
N A W M 7 ) p a r a e l in tr o ito d e la te rc e ra m is a d e l d ía d e N a v id a d , P u e r n atu s
est n ob is (« U n n iñ o n o s h a n a c id o » , N A W M 4 a ), fu n c io n a d e u n m a n e r a p a
r e c id a . L a s p a rte ra s d e l n a c im ie n to d e C r is to p r e g u n ta n a lo s p a sto r e s q u e
h a n v e n id o a a d o r a r al n iñ o . L o s p a sto r e s c o n te s ta n q u e e stá n b u s c a n d o a su
s a lv a d o r , e l n iñ o J e sú s.
L a s o b ra s d e te a tro d e P a scu a d e R e s u r r e c c ió n y N a v id a d fu e r o n la s m á s
c o r r ie n te s y se r e p r e se n ta r o n p o r to d a E u r o p a . S e c o n s e r v a n o tra s o b ra s p r o
c e d e n te s d e l s ig lo X II y d e fe c h a s m á s r e c ie n te s , tr e m e n d a m e n te c o m p le ja s ,
84 H is to r ia fie tu m u s ic o o c c id e n ta l, l
I R íiH íiJ N í *
* *r h ‘'i.
U C 4 , 4 . ' - >
^
A M T t OVA / I l f 4 f •'
* - .v .( f i r *
• K •■ . ; j f
„ ':? ; i ; . J '■ !{ . ‘
* ¡> ¿i * f V. ,.| , 1 ■ . :■
■v i
«U m á i n«H ** 1 '** »t
» * *
, . * , # * * 4
A
M Ü - “ ’
Ejemplar más primitivo que se conserva del tropo dramático de Navidad Q uem quaeritis in praesepe,
procedente de un libro de tropos de St. Martial, Limoges. (París, Biblioth'éque Nationale, M S 1118,
fol. 8v.) Para una transcripción, véase NAW M 7.
q u e h a n a tr a íd o a a q u e llo s q u e b u s c a n m a te r ia le s p a ra se r r e p re s e n ta d o s e n la
m a ta n z a d e lo s sa n to s in o c e n te s , o r ig in a r ia d e F le u r y . E sta s p ie z a s s o n c o n c a
te n a c io n e s d e m u c h o s c a n to s , c o n d e s file s y a c c io n e s q u e la s a c e r c a n al te a
tr o , a u n q u e e n r e a lid a d n o s o n ta l c o sa . S in e m b a r g o , la s r ú b r ic a s q u e a p a re
c e n e n a lg u n a s d e e sta s o b r a s p r u e b a n q u e , a v e c e s , se u s a b a n e s c e n a r io s ,
d e c o r a d o s , v e s tu a r io s y a c to r e s p r o c e d e n te s d e l c le r o .
d r a m a m u s ic a l sa c r o n o litú r g ic o , es u n a o b r a m o r a l e n la c u a l to d a s la s p a r
te s, e x c e p to la d e l d e m o n io , se c a n ta n e n c a n to lla n o — r e p r e s e n ta n d o , p o r
e je m p lo , a lo s p r o f e t a s , la s v ir t u d e s , e l a lm a fe liz , e l a lm a in fe liz , y e l a lm a p e -
d a n t o r e lig io so y c a n c ió n p r o f i n i a e n e l M e d ie v o 85
m e lo d ía s q u e r e b a sa n lo s lím ite s n o r m a le s d e l te rc e r m o d o .
T e o ría y p r á c t ic a m u s ic a l en e l M e d ie v o
L o s tr a ta d o s d e la é p o c a c a r o lin g ia y d e la B a ja E d a d M e d ia e s ta b a n m u c h o
v a d e l c r is tia n is m o . A u n q u e a B o e c io s ie m p r e se lo m e n c io n ó c o n v e n e r a c ió n
r o n s ie n d o la b a se d e la c o n s tr u c c ió n d e e s c a la s y d e la e s p e c u la c ió n a c e rc a d e
in te r v a lo s y c o n s o n a n c ia s , su s e s c r ito s n o s irv ie ro n d e m u c h a a y u d a a la h o r a
d e r e s o lv e r lo s u r g e n te s p r o b le m a s d e n o ta c ió n , le c tu r a , c la s ific a c ió n y e n to
n a c ió n d e lo s c a n to s , n i a lo s d e la im p r o v is a c ió n o c o m p o s ic ió n d e organ u m
y o tr o s tip o s d e p o lifo n ía te m p r a n a . E s to s e ra n e n to n c e s lo s te m a s q u e p r e
d o m in a b a n e n lo s tr a ta d o s. G u id o d e A r e z z o {ca. 9 9 1 -d . 1 0 3 3 ) , p o r e je m p lo ,
e n su M icrologu s (ca. 1 0 2 5 -2 8 ) a tr ib u y e a B o e c io la e x p o s ic ió n d e la s r e la c io
n e s n u m é r ic a s d e lo s in te r v a lo s . G u id o v u e lv e a c o n ta r la h is to r ia d e l d e s c u
u s a d o s e n u n ta lle r d e h e r r e r ía y la s a p lic a p a r a d iv id ir a l m o n o c o r d io s e g ú n
la m a n e r a d e B o e c io . E l m o n o c o r d io e ra u n a c u e r d a te n s a d a s o b r e u n la r g o
r e s o n a d o r d e m a d e r a c o n u n p u e n te m o v ib le q u e s e r n a p a r a v a r ia r la lo n g i
tu d s o n o r a d e la c u e r d a . S in e m b a r g o , tra s e x p lic a r e l s is te m a d e B o e c io ,
G u id o p r e se n ta o tr o m é t o d o d e a p r e n d iz a je m á s fá c il q u e p r o p o r c io n a la
m is m a e s c a la d ia tó n ic a , a fin a d a p a ra p r o d u c ir c u a rta s y q u in ta s , a sí c o m o o c
ta v a s p u ra s y u n a m e d id a ú n ic a p a r a e l t o n o , s e g ú n la r e la c ió n 9 :8 . G u id o
ta m b ié n se a p a rta d e la te o r ía g r ie g a y a q u e c o n s tr u y e u n a e s c a la q u e n o se
b a sa e n el te tr a c o r d o y d e m u e s tr a la e x is te n c ia d e u n c o n ju n to d e m o d o s q u e
n o tie n e n in g u n a r e la c ió n c o n lo s to n o i o h a rm o n ia i d e lo s a n tig u o s . S e e s
fu e r z a e n g ra n m e d id a p o r e n se ñ a r al e s tu d ia n te la s c a r a c te r ís tic a s y la s fa c u l
ta d e s d e e sto s m o d o s y d e q u é m a n e r a d e n tr o d e su á m b ito se p u e d e n in v e n
ta r m e lo d ía s , a sí c o m o c o m b in a r d e m a n e r a s e n c illa d o s o m á s v o c e s e n el
c a n to s im u ltá n e o . G u id o e n c o n tr ó a lg u n o s m o d e lo s p a r a e sta d ia fo n ia u o r
g an u m e n u n tr a ta d o a n ó n im o d e l s ig lo IX c o n o c id o c o n e l n o m b r e d e M ú si
ca en ch iriad is (v é a s e e l c a p ítu lo 3 , p . 1 1 1 ) .
d e n e s r e lig io s a s . L o s c e n tr o s d e e d u c a c ió n e ra n lo s m o n a s te r io s y la s e s c u e
la s v in c u la d a s a la s ig le s ia s c a te d r a le s . E n lo s m o n a s te r io s , la in s tr u c c ió n
m u s ic a l e ra p r im o r d ia lm e n te p r á c tic a , s a lp ic a d a d e te m a s n o m u s ic a le s d e
86 H i s t o r i a d e la m ú s ic a o c c id e n ta l, 1
n iv e l e le m e n ta l. L a s e s c u e la s c a te d r a lic ia s te n d ía n a p r e sta r m a y o r a te n c ió n
a lo s e s tu d io s e s p e c u la tiv o s ; fu e r o n p r in c ip a lm e n te e sta s e s c u e la s la s q u e ,
d e s d e c o m ie n z o s d e l s ig lo X III, p r e p a r a b a n a lo s e s tu d ia n te s p a r a la s u n iv e r
s id a d e s . P e ro la e d u c a c ió n m á s fo r m a l e n la é p o c a m e d ie v a l e s ta b a o r ie n ta d a
fle ja n e ste e n fo q u e . S u s a u to r e s r in d e n h o m e n a je a B o e c io e n u n o o d o s c a
p ítu lo s d e in tr o d u c c ió n , p a r a lu e g o o c u p a r s e d e c u e s tio n e s m á s u r g e n te s .
g o s e n tr e u n e s tu d ia n te e x tr a o r d in a r ia m e n te a p lic a d o y u n m a e s tr o o m n is
z a q u e p o n ía g r a n é n fa s is s o b r e la m e m o r i z a c i ó n 5. E l te x to in c lu ía a y u d a s
v is u a le s b a jo fo r m a d e d ia g r a m a s y ta b la s . A lo s e s tu d ia n te s se le s e n s e ñ a b a a
5 La forma dialogada aún se usaba en los tratados del Renacimiento, como por ejemplo en
Plaine and Easie lntroduction, de Morley, fechado en 1597 e incluso en uno tan posterior como el
de Fux, Gradus ad Pamassum, de 1725.
C a n to relig io so y c a n c ió n p r o f a n a e n e l M e d ie v o 87
c a n ta r lo s in te r v a lo s , m e m o r iz a r lo s c a n to s y , m á s a d e la n te , a le e r m ú s ic a .
P a ra ta le s c o m e tid o s , u n a d e la s m a te r ia s m á s e s e n c ia le s d e l c u r r íc u lu m era
e l s is te m a d e o c h o m o d o s o ton oi (t o n o s ), ta l c o m o lo s d e n o m in a b a n lo s e s
c r ito r e s m e d ie v a le s .
L o s m odos eclesiásticos
L a e v o lu c ió n d e l s is te m a m e d ie v a l fu e u n p r o c e s o g ra d u a l y n o es fá c il ra stre a r
c o n c la r id a d e l o r ig e n d e c a d a u n a d e su s e ta p a s. E n su fo r m a c o m p le ta , a la
q u e se lle g ó h a c ia el s ig lo X I, e l s is te m a r e c o n o c ía o c h o m o d o s , d ife r e n c ia d o s
s e g ú n la p o s ic ió n d e to n o s y s e m ito n o s e n u n a o c ta v a d ia tó n ic a c o n s tr u id a
m a d e la m e lo d ía . L o s m o d o s se id e n tific a b a n m e d ia n te n ú m e r o s y se a g r u
p a b a n e n p a r e ja s ; lo s m o d o s im p a r e s se d e n o m in a b a n au tén tico s (o r ig in a le s )
y lo s p a re s, p lá g a le s (d e r iv a d o s ). U n m o d o p la g a l s ie m p r e te n ía la m is m a fin a l
q u e su c o r r e s p o n d ie n te m o d o a u té n t ic o . L a s e s c a la s m o d a le s a u té n tic a s p u e
d e n c o n c e b ir s e c o m o e s c a la s d e te c la s b la n c a s q u e a s c e n d ía n d e s d e la s n o ta s
Re (m o d o 1 ), M i (m o d o 3 ) , Fa (m o d o 5 ) y Sol (m o d o 7 ) , c o n su s c o r r e s p o n
d ie n te s p lá g a le s (m o d o s 2 , 4 , 6 y 8 ) s itu a d a s u n a c u a r ta m á s a b a jo (e je m p lo
2 .4 ) . S in e m b a r g o , c a b e r e c o rd a r q u e e sta s n o ta s n o r e p re s e n ta b a n u n a a ltu r a
M e d ia e n g e n e r a l— , s in o q u e e ra s im p le m e n te u n a m a n e r a p r á c tic a d e d is
tin g u ir lo s p a tr o n e s in te r v á lic o s d e lo s m o d o s .
E n e l e je m p lo 2 .4 , la s fin a le s d e c a d a m o d o se s e ñ a la n d e la s ig u ie n te m a
a u té n tic o s c o r r e s p o n d ie n te s s o n la s m is m a s , p e r o lo s te n o r e s d ifie r e n . U n a
m a n e r a c ó m o d a d e id e n tific a r lo s te n o r e s e s la d e r e c o rd a r lo s s ig u ie n te s d a
n a l; 2 ) e n lo s m o d o s p lá g a le s se h a lla u n a te rce ra p o r d e b a jo d e l te n o r d e l
m o d o a u té n t ic o c o r r e s p o n d ie n te ; 3 ) t o d a v e z q u e c a ig a s o b r e la n o ta S i, se
h a c e q u e a s c ie n d a a D o.
L a n o ta fin a l, e l te n o r , y e l á m b ito s o n o r o c o n tr ib u y e n a c a r a c te r iz a r lo s
m o d o s . U n m o d o p la g a l d ifie r e d e su m o d o a u té n tic o c o r r e s p o n d ie n te p o r
fin a l es la c u a r ta n o ta a c o n ta r d e s d e e l e x tr e m o in fe r io r d e la o c ta v a . D e e sta
su e r te , lo s m o d o s 1 y 8 te n d r ía n e l m is m o á m b ito , p e r o fin a le s y te n o r e s d i
1. D ó ric o 2. H ip o d ó ric o
g a l, se p o d r á e le v a r m á s a llá d e la o c ta v a p la g a l.
es e l S i bem ol. E n c ie r ta s c o n d ic io n e s , el Si se d e s c e n d ía m e d io to n o e n lo s
m o d o s 1 y 2 y ta m b ié n , o c a s io n a lm e n te , e n e l 5 y el 6 ; si e sto se e fe c tu a b a d e
u n a m a n e r a c o n s e c u e n te , e sto s m o d o s se c o n v e r tía n e n o r ig in a le s e x a c to s d e
la s e s c a la s n a tu r a le s m o d e r n a s m e n o r y m a y o r , r e s p e c tiv a m e n te . E s tá c la r o
q u e lo s a c c id e n te s se to r n a b a n n e c e s a r io s c u a n d o se tr a n s p o r ta b a u n a m e lo
d ía m o d a l; p o r e je m p lo , si u n c a n to e n el m o d o 1 se e sc r ib ía e n Sol h a c ía fa l
ta u n b e m o l e n la a r m a d u r a d e la c la v e .
E l s is te m a d e m o d o s fu e u n m e d io q u e s ir v ió p a ra c la s ific a r lo s c a n to s y
A lg u n o s c a n to s p e r m a n e c e n p o r c o m p le t o d e n tr o d e la e x te n s ió n d e u n a
q u in ta p o r e n c im a d e la fin a l y d e u n a s o la n o ta p o r d e b a jo ; e n o tr o s se e m
p le a la e x te n s ió n c o m p le ta d e la o c ta v a y, a c a s o , u n a n o ta m á s a llá e n a m b a s
d ir e c c io n e s ; e n d e te r m in a d o s c a so s, c o m o la s e c u e n c ia V ictim ae p a sc h a li la u
des ( N A W M 5 ), se a b a rc a to d a la e x te n s ió n c o m b in a d a d e l n io d o a u té n tic o y
d e s u m o d o p la g a l c o r r e s p o n d ie n te . E n a lg u n o s c a n to s d o n d e se lle g a n a
C a n to relig io so y c a n c ió n p r o f a n a e n e l M e d ie v o __________________________ 89
p o s ib le su a tr ib u c ió n a u n m o d o u o tr o . E n s u m a , la c o r r e s p o n d e n c ia e n tre
la te o r ía y la p r á c tic a n o es m á s e x a c ta e n el c a so d e la s m e lo d ía s m o d a le s m e
d ie v a le s q u e e n el d e c u a lq u ie r o tr o tip o d e m ú s ic a e n g e n e r a l.
v o c a d a d e B o e c io , e s ta b le c ie r o n q u e la o c ta v a d e La e ra e l h ip o d ó r ic o , la d e
S i, el h ip o fr ig io y a sí s u c e s iv a m e n te . L o s d o s s is te m a s n o s o n e n a b s o lu to p a
r a le lo s . A u n q u e n i lo s tr a ta d o s m e d ie v a le s n i lo s m o d e r n o s lib r o s litú r g ic o s
e m p le a n lo s n o m b r e s g r ie g o s (d a n p r e fe r e n c ia a u n a c la s ific a c ió n n u m é r ic a ),
d e c o n tr a p u n to y a n á lis is . A lo s m o d o s 1 y 2 , a m e n u d o se le s lla m a a c tu a l
m e n te d ó r ic o e h ip o d ó r ic o , a lo s 3 y 4 , fr ig io e h ip o fr ig io , a lo s 5 y 6 , lid io e
¿P o r q u é n o h u b o m o d o s c o n fin a le s e n la , si o d o’ e n la te o r ía m e d ie v a l?
e ra e l m o d e lo d e lo s m o d o s o c c id e n ta le s . P e ro ta m b ié n c u a n d o lo s m o d o s e n
tr o d e ese s is te m a ), se to r n a b a n e q u iv a le n te s a lo s m o d o s e n la , si y do’ y , e n
te ó r ic o s u iz o G la r e a n q u e e s ta b le c ió , e n 1 5 4 7 , e n su tr a ta d o D odekach ordon ,
u n s is te m a d e d o c e m o d o s , e n el c u a l lo s m o d o s a u té n tic o y p la g a l e n la v e
n ía n a ser lo s m o d o s 9 y 1 0 , y lo s m o d o s e n d o ’, e l 1 1 y el 1 2 . H a c ié n d o s e la
ilu s ió n d e q u e h a b ía r e v iv id o lo s m o d o s g r ie g o s p e r d id o s d u r a n te ta n to tie m
p o , a lo s m o d o s 9 y 1 0 lo s d e n o m in ó e ó lic o e h ip o e ó lic o , y a lo s m o d o s 1 1 y
1 2 , jó n ic o e h ip o jó n ic o r e s p e c tiv a m e n te . R e c h a z ó la fin a l e n si p o r q u e le fa l
ta b a u n a q u in ta p e r fe c ta p o r e n c im a y u n a cu a r ta p e r fe c ta p o r d e b a jo .
So lm isació n
P a ra la e n s e ñ a n z a d e la le c tu r a , e l m o n je d e l s ig lo X I, G u id o d ’A r e z z o p r o p u
c a n ta n te s a r e c o rd a r e l d is e ñ o d e to n o s y s e m ito n o s e n tre lo s s e is g r a d o s , c o
d o s lo s d e m á s in te r v a lo s s o n to n o s e n te r o s . L a s s íla b a s se d e r iv a r o n d e l te x to
d e u n h im n o (q u e d a ta , p o r lo m e n o s , d e l a ñ o 8 0 0 ) al q u e G u id o , p o s ib le
la s s e is fr a s e s c o m ie n z a c o n u n a d e la s n o ta s d e l e s q u e m a e n o r d e n r e g u la r a s
90 H is to r ia d e la m ú s ic a o c c id e n ta l, 1
c e n d e n te : la p r im e r a fr a s e c o n D o, la s e g u n d a c o n Re y a sí s u c e s iv a m e n te
(v é a se e je m p lo 2 .5 ) . L a s s íla b a s in ic ia le s d e la s p a la b r a s d e e sta s se is fr a s e s se
e n s e ñ a n z a , c o n la e x c e p c ió n (a p a r te d e lo s m ú s ic o s fr a n c e se s, q u e a ú n e m
p le a n ut) d e q u e p r e fe r im o s do e n lu g a r d e ut y a ñ a d im o s s i (ti e n in g lé s ) d e s
p u é s d e la. L a v e n ta ja d e l e s q u e m a d e s e is n o ta s es q u e e n é l s ó lo h a y u n se
m it o n o , s ie m p r e e n tre m i y fa .
EJEMPLO 2 .5 H im no U t q u e a n t laxis
Para que tus siervos puedan cantar libremente las maravillas de tus actos, elimina toda
mancha de culpa de sus sucios labios, oh san Juan.
D e s p u é s d e G u id o , el e s q u e m a d e s o lm is a c ió n d e s e is - g r a d o s d io p ie a u n
s is te m a d e h e x a c o r d o s . E l hexacordo, o p a tr ó n in te r v á lic o d e s e is n o ta s d e s d e
u tiliz a b a el S i n a tu r a l, p a ra lo c u a l se e m p le a b a el s ig n o L « b c u a d ra d a » (b
q u a d ru m ); e n el h e x a c o r d o fo r m a d o so b r e e l Fa se u tiliz a b a e l Si b e m o l, c u y o
v ia m e n te , lo s m o d e lo s p a ra n u e s tr o b e c u a d r o , s o s te n id o y b e m o l, su fin a li
d a d o r ig in a l n o e ra la m is m a q u e la d e lo s a c c id e n te s m o d e r n o s ; o r ig in a l
m e n te s e r v ía n p a ra in d ic a r la s s íla b a s m i y fa . S e g ú n su fo r m a c u a d ra d a o
r e d o n d e a d a , el Si se lla m a b a « d u r o » o « b la n d o » , lo s h e x a c o r d o s fo r m a d o s s o
E l e s p a c io m u s ic a l c o m p le to d e n tr o d e l c u a l tr a b a ja r o n lo s c o m p o s ito r e s m e
d ie v a le s y d e l q u e se o c u p a r o n lo s te ó r ic o s d e la m is m a é p o c a se e x te n d ía d e s
d e el Sol (q u e se e s c r ib ía c o m o la le tr a g r ie g a T y se d e n o m in a b a g am m a)
h a sta e l m i”; d e n tr o d e e sta e x te n s ió n , a c a d a n o ta se la d e n o m in a b a n o s ó lo
p o r su le tr a , s in o ta m b ié n s e g ú n la p o s ic ió n q u e o c u p a b a d e n tr o d e l o d e lo s
h e x a c o r d o s a lo s q u e p e r te n e c ie ra . A s í, a la g am m a, q u e era la p r im e r a n o ta
C a n to r e lig io so y c a n c ió n p r o f a n a en e l M e d ie v o 91
7. ut re mi fa sol la
1. ut re mi fa sol la
T A B c d e d”
d e s u h e x a c o r d o , se la d e n o m in a b a gam m a u t (d e d o n d e s u rg e la p a la b r a in
g le s a gam u t, g a m a , e s c a la ); e l m i”, e n c u a n to n o ta s u p e r io r d e su h e x a c o r d o ,
e ra e la . E l do c e n tr a l, q u e p e r te n e c ía a tr e s h e x a c o r d o s d ife r e n te s , e ra c so l f a
ut (v é a se e l e je m p lo 2 .6 ) . L o s te ó r ic o s c o n se r v a r o n ta n to lo s n o m b r e s g r ie g o s
c o m o lo s m e d ie v a le s d e la s n o ta s h a sta b ie n e n tr a d o e l s ig lo X V I, a u n q u e s ó lo
lo s n o m b r e s m e d ie v a le s se e m p le a r o n e n la p r á c tic a .
P a ra a p r e n d e r c u a lq u ie r m e lo d ía q u e e x c e d ie s e d e u n a e x te n s ió n d e s e is
n o ta s , e ra n e c e s a r io c a m b ia r d e u n h e x a c o r d o a o tr o . E s to se e fe c tu a b a p o r
m e d io d e u n p r o c e s o lla m a d o m u tació n , e n e l q u e u n a n o t a c o m e n z a b a
c o m o si e s tu v ie s e e n u n h e x a c o r d o y te r m in a b a c o m o si e s tu v ie s e e n o tr o , d e l
m is m o m o d o e n q u e se u sa u n a c o r d e m o d u la n te e n la a r m o n ía m o d e r n a .
P o r e je m p lo , e n e l k ir ie C un ctipoten s G en ito r D eu s (e je m p lo 2 .7 ) , la q u in ta
n o ta la se t o m a c o m o la e n el h e x a c o r d o d e Do y se a b a n d o n a c o m o re e n el
h e x a c o r d o d e S o l; la m u ta c ió n in v e r sa se p r o d u c e e n la te rc e ra n o ta la d e la
fr a se s ig u ie n te .
U n a u x ilia r p e d a g ó g ic o e s p e c ia l e ra la lla m a d a m a n o g u id o n ia n a . A lo s
d is c íp u lo s se le s e n s e ñ a b a a c a n ta r in te r v a lo s s e g ú n e l m a e s tr o s e ñ a la s e , c o n
el d e d o ín d ic e d e su m a n o d e r e c h a , la s d ife r e n te s a r tic u la c io n e s d e s u m a n o
iz q u ie r d a a b ie r ta ; c a d a u n a d e la s a r tic u la c io n e s r e p re se n ta b a u n a d e la s v e in -
.( M o d o I) ________________________________________________________ *8
“ ST— w-----------------------------------)------------------------------------------------------------------------------------------------------ 1
8 re la la s o l l a = r e fa m i u t m i re fa fa re re m i re==la s o l fa m i s o l la la
<£U
te n o ta s d e l s is te m a , m ie n tr a s q u e a c u a lq u ie r o tr a n o ta , ta l c o m o e l F a$ o el
m a n o .
N o tació n
U n a ta re a q u e p r e o c u p a b a a lo s te ó r ic o s d e la E d a d M e d ia e ra la d e in v e n ta r
u n a n o ta c ió n m u s ic a l a d e c u a d a . M ie n tr a s lo s c a n to s se tr a n s m itía n e n fo r m a
o ra l y se to le r a b a c ie r ta la x itu d e n la a p lic a c ió n d e lo s te x to s a la s m e lo d ía s
tr a d ic io n a le s , to d o c u a n to se r e q u e r ía e ra u n o c a s io n a l r e c o r d a to r io d e l es
q u e m a g e n e ra l d e la m e lo d ía . A p a r tir d e m e d ia d o s d e l s ig lo IX , se c o lo c a r o n
s ig n o s (n eu m as) e n c im a d e la s p a la b r a s p a ra in d ic a r u n a lín e a m e ló d ic a a s
c e n d e n te ( /) , d e s c e n d e n te (\ ) o u n a c o m b in a c ió n d e a m b a s ( A ) . E s p r o b a b le
q u e e so s n e u m a s se d e r iv a s e n d e a c e n to s g r a m a tic a le s s im ila r e s a lo s q u e a ú n
p r e c is a d e a n o ta r u n a m e lo d ía , y h a c ia e l s ig lo X lo s c o p is ta s e m p e z a r o n a c o
lo c a r lo s n e u m a s a d iv e r sa s a ltu r a s p o r e n c im a d e l te x to p a ra in d ic a r c o n m a
d ic a r la r e la c ió n d e la s n o ta s in d iv id u a le s d e n tr o d e l n e u m a y d e e ste m o d o
a c la r a r q u é in te r v a lo s se r e p r e se n ta b a n c o n e l n e u m a . U n p r o g r e s o fu n d a
m e n ta l tu v o lu g a r c u a n d o u n c o p is ta tr a z ó u n a lín e a r o ja h o r iz o n ta l p a r a re
p r e se n ta r la a lt u r a ^ » y a g r u p ó lo s n eu m as a lr e d e d o r d e e s ta lín e a ; c o n el
do. H a c ia e l s ig lo X I, G u id o d ’A r e z z o d e s c r ib ió u n s is te m a d e c u a tr o lín e a s
p o r e n to n c e s e n u s o , c o n le tr a s q u e in d ic a b a n la s lín e a s d e l fa , d e l do’ y a v e
L a in v e n c ió n d e l s is te m a d e lín e a s p o s ib ilitó a n o ta r c o n m a y o r p r e c is ió n
la a ltu r a r e la t iv a d e la s n o ta s d e u n a m e lo d ía lib e r a n d o a la m ú s ic a d e su d e
p e n d e n c ia , e x c lu s iv a h a sta e se m o m e n t o , d e la tr a n s m is ió n o r a l. E s te fu e u n
a c o n te c im ie n to ta n c r u c ia l p a r a la h is to r ia d e la m ú s ic a o c c id e n ta l c o m o lo
fu e la in v e n c ió n d e la e s c r itu r a p a ra la h is to r ia d e la le n g u a . S in e m b a r g o , la
n o ta c ió n d e l s is te m a d e lín e a s c o n n e u m a s a ú n e ra im p e r fe c ta ; e s ta b le c ía la
a ltu r a d e la s n o ta s , p e r o n o a p o r ta b a su s d u r a c io n e s r e la tiv a s . E n m u c h o s
m a n u s c r ito s m e d ie v a le s e x is te n , p o r c ie r to , s ig n o s in d ic a d o r e s d e l r it m o ,
p e r o lo s e s tu d io s o s m o d e r n o s n o h a n p o d id o p o n e r s e d e a c u e r d o a c e rc a d e
su s ig n ific a d o . H a y p r u e b a s d e q u e la s fo r m a s d ife r e n te s d e la s n o ta s in d ic a
p a r e c e q u e e sta m a n e r a d e c a n ta r c a y ó e n d e s u s o d e s p u é s d e l s ig lo X II. L a
p r á c tic a m o d e r n a c o n s is te e n tr a ta r la s n o ta s d e u n c a n to lla n o c o m o si to d a s
d a s e n g r u p o s b in a r io s o te r n a r io s , q u e a su v e z se c o m b in a n c o n lib e r ta d e n
u n id a d e s r ítm ic a s m a y o r e s . E ste m é t o d o d e in te r p r e ta c ió n lo e la b o r a r o n c o n
g ra n d e ta lle lo s m o n je s b e n e d ic tin o s d e la a b a d ía d e S o le s m e s , a p r in c ip io s
d e l s ig lo X X , b a jo la d ir e c c ió n d e D o m A n d r é M o c q u e r e a u , y fu e a p r o b a d o
m á s q u e al e s tu d io h is tó r ic o , se in c lu y e c ie r to n ú m e r o d e s ig n o s d e in te r p r e
la p r á c tic a m e d ie v a l.
94 H is to r ia d e L i m ú s ic a o c c id e n ta l, l
L a m o n o d ia n o lit ú r g ic a y p r o f a n a
F o rm as p ro fa n a s p rim itiv a s
L o s e s p e c ím e n e s m á s a n tig u o s d e m ú s ic a p r o fa n a q u e se h a n c o n s e r v a d o s o n
c a n c io n e s c o n te x to s e n la tín . L a s p r im e r a s d e é sta s fo r m a n el r e p e r to r io d e
d ia n te s o c lé r ig o s m e n d ic a n te s q u e m ig r a b a n d e u n a e s c u e la a o tr a e n lo s
tie m p o s a n te r io r e s a la fu n d a c ió n d e la s g r a n d e s u n iv e r s id a d e s p e r m a n e n te s .
S u m o d o d e v id a v a g a b u n d o , r e p r o b a d o p o r la s g e n te s r e s p e ta b le s , se c e le
b r a b a e n su s c a n c io n e s , d e la s q u e se c o n fe c c io n a r o n n u m e r o s a s a n to lo g ía s
m a n u s c r ita s . L o s te m a s d e su s te x to s e stá n e x tr a íd o s , e n g r a n p a r te , d e la
in fo r m a l, c o m o es fá c il a d v e r tir c u a n d o se e s c u c h a n a lg u n a s d e su s v e r s io n e s
m o d e r n a s e n lo s C a rm in a h u rañ a, d e C a r i O r ff. M u y p o c o d e la m ú s ic a o r i
g in a l d e lo s g o lia r d o s se a n o tó e n m a n u s c r ito s y c u a n d o se h iz o fu e m e d ia n te
n e u m a s sin s is te m a s d e lín e a s ; p o r c o n s ig u ie n te , la s tr a n s c r ip c io n e s m o d e r n a s
se fu n d a m e n ta n e n c o n je tu r a s , s a lv o q u e a lg u n a m e lo d ía se h a y a c o n s e r v a d o
e n a lg u n a o tr a fu e n te c o n u n a n o ta c ió n m á s e x a c ta .
O t r o tip o d e c a n c ió n m o n o fó n ic a e sc r ita d u r a n te el p e r ío d o q u e m e d ia
E d a d M e d ia . E s p r o b a b le q u e o r ig in a lm e n te se c a n ta se e n m o m e n to s e n q u e
u n c lé r ig o e n u n d r a m a litú r g ic o o u n c e le b r a n te e n la m is a o e n a lg ú n o tr o
o fic io e ra fo r m a lm e n te « c o n d u c id o » d e u n lu g a r a o tr o . S u s te x to s e ra n v e r
so s m é tr ic o s , c o m o lo s d e la s se c u e n c ia s d e l m is m o p e r ío d o ; p e r o su r e la c ió n
c a rá c te r n o s e rio , c o n te x to m é tr ic o , so b r e a lg ú n te m a sa cro o p r o fa n o . U n
r a sg o im p o r ta n te d e l c o n d u c tu s e ra q u e , p o r r e g la g e n e r a l, su m e lo d ía e ra d e
c o m p o s ic ió n n u e v a e n lu g a r d e se r to m a d a e n p r é s ta m o o a d a p ta d a d e l c a n to
lla n o .
sin d u d a , c o n la m a y o r c la r id a d e n la s c a n c io n e s c o n te x to s e n le n g u a v e rn á
c u la . U n o d e lo s p r im e r o s tip o s c o n o c id o s d e c a n c ió n v e r n á c u la fu e la ch an-
son d e geste o « c a n c ió n d e g e sta », p o e m a é p ic o n a r r a tiv o q u e r e la ta la s h a za ñ a s
d e h é r o e s n a c io n a le s , c a n ta d o s e g ú n fó r m u la s m e ló d ic a s s e n c illa s , u n a s o la
d a s se c c io n e s d e l p o e m a . L o s p o e m a s se tr a n s m itía n e n fo r m a o ra l y n o se
C a n to r e lig io so y c a u c ió n p r o fa n a e n e l M e d ie v o 95
d o c u m e n ta r o n h a sta u n a fe c h a r e la tiv a m e n te ta r d ía ; d e su m ú s ic a , v ir tu a l
m e n te n a d a es lo q u e se h a c o n s e r v a d o . L a m á s fa m o s a d e la s ch an son s d e ges
te es la C h an son de R o lan d , e p o p e y a n a c io n a l d e F r a n c ia q u e d a ta d e la s e g u n
d a m ita d d e l s ig lo X I, m á s o m e n o s , a u n q u e lo s su c e so s q u e r e la ta p e r te n e c e n
a la é p o c a d e C a r lo m a g n o .
Ju g la re s
Q u ie n e s c a n ta b a n la s c a n c io n e s d e g e sta y o tra s p r o fa n a s e n la E d a d M e d ia
s io n a le s d e lo s q u e se tie n e la p r im e r a c o n s ta n c ia h a c ia e l s ig lo X : h o m b r e s y
m u je r e s q u e e rr a b a n s o lo s o e n p e q u e ñ o s g r u p o s , d e a ld e a e n a ld e a , d e c a s ti
llo e n c a s tillo , g a n á n d o s e u n p r e c a r io s u s te n to c o n e l c a n to , la e je c u c ió n in
m e n ta l, la p r e s tid ig ita c ió n y la e x h ib ic ió n d e a n im a le s a m a e s tr a d o s ; tr a tá b a se
d e m a r g in a d o s s o c ia le s a lo s q u e , a m e n u d o , se le s n e g a b a la p r o te c c ió n d e
la s le y e s y io s sa c r a m e n to s d e la Ig le s ia . C o n la r e c u p e r a c ió n e c o n ó m ic a d e
E u r o p a e n lo s s ig lo s X I y X II, a m e d id a q u e la s o c ie d a d se to r n ó m á s e s ta b le
m e n te o r g a n iz a d a so b r e la b a se fe u d a l y la s c iu d a d e s c o m e n z a r o n a c re ce r,
fu e m e jo r a n d o la s itu a c ió n d e lo s ju g la r e s , a u n q u e p a s ó m u c h o tie m p o a n te s
d e q u e la s g e n te s d e ja s e n d e c o n te m p la r lo s c o n u n a m e z c la d e fa s c in a c ió n y
r e p u g n a n c ia . «P e rso n a s d e n o m u c h o in g e n io , p e r o d e m e m o r ia s o r p r e n d e n
te , m u y in d u s tr io s o s e im p ú d ic o s m á s a llá d e to d a m o d e r a c ió n » , e s c r ib ió P e
tr a r c a a l r e fe rirs e a e llo s . D u r a n te el s ig lo X I se o r g a n iz a r o n e n c o fr a d ía s q u e
lu e g o se d e s a r r o lla r o n p a r a c o n v e r tir s e e n g r e m io s d e m ú s ic o s q u e o fr e c ía n
a d ie s tr a m ie n to p r o fe s io n a l, a la m a n e r a d e u n c o n s e r v a to r io m o d e r n o .
d ic a m o s a e sto s té r m in o s . C a n ta b a n , to c a b a n y b a ila b a n a l s o n d e c a n c io n e s
c o m p u e s ta s p o r o tr o s o to m a d a s d e l d o m in io c o m ú n d e la m ú s ic a p o p u la r ,
in d u d a b le m e n te a lte r á n d o la s o e la b o r a n d o su s p r o p ia s v e r s io n e s s o b r e la
m a r c h a . S u s tr a d ic io n e s y h a b ilid a d e s p r o fe s io n a le s d e s e m p e ñ a r o n u n im p o r
ta n te p a p e l e n u n s ig n ific a tiv o le g a d o d e la m ú s ic a p r o fa n a e n E u r o p a o c c i
d e n ta l: e l c o n ju n to d e c a n c io n e s q u e e n la a c tu a lid a d se c o n o c e n c o m ú n
m e n te c o m o la m ú s ic a d e lo s tr o v a d o r e s y d e lo s tr o v e r o s.
T rovadores y troveros
A m b a s p a la b r a s s ig n ific a n lo m is m o : lo s q u e e n c u e n tr a n o in v e n ta n ; e l té r m i
m e n te a c u a lq u ie r a q u e e sc r ib ie se o c o m p u s ie s e a lg o . L o s tr o v a d o r e s e ra n p o e
ta s -c o m p o s ito r e s q u e flo r e c ie r o n e n P ro v e n z a , la r e g ió n q u e c o m p r e n d e a c
tu a lm e n te la F r a n c ia m e r id io n a l; e sc r ib ía n e n p r o v e n z a l, la lan gu e d ’o c, ta m
c u lt u r a h is p a n o -m o r is c a d e la p e n ín s u la I b é r ic a , se d ifu n d ió r á p id a m e n te h a
c ia el n o r te , e n e s p e c ia l p o r la s p r o v in c ia s d e C h a m p a g n e y A r to is . A llí lo s tr o -
( a m o relig io so y c a n c ió n p r o fa n a e n e l M e d ie v o 97
le c to d e l fr a n c é s m e d ie v a l q u e se c o n v ir tió e n e l fr a n c é s m o d e r n o .
N i lo s tr o v a d o r e s n i lo s tr o v e r o s c o n s titu ía n u n g r u p o b ie n d e fin id o . T a n
a c e p ta d o p o r u n a c la se s o c ia l s u p e r io r d e b id o a su ta le n to . M u c h o s d e lo s p o e
ta s -c o m p o s ito r e s n o s ó lo c r e a b a n su s c a n c io n e s , s in o q u e a s im is m o la s c a n ta
a tr ib u id o a la la b o r d e d ife r e n te s c o p is ta s o , a c a so , a d iv e r s a s v e r s io n e s d e u n a
m is m a c a n c ió n a c a r g o d e d ife r e n te s m in is tr ile s q u e la a p r e n d ie r o n d e m e
m o r ia y p o s te r io r m e n te d e s a r r o lla r o n u n a v e r s ió n p e r s o n a l, c o m o o c u r r e
fa c s ím ile s . E n to ta l se h a n c o n s e r v a d o u n o s 2 .6 0 0 p o e m a s tr o v a d o r e s c o s y a l
r e d e d o r d e u n a d é c im a p a r te d e su s m e lo d ía s . E n c o n tr a s te , e x is te n u n o s
2 .1 3 0 p o e m a s d e tr o v e r o s, p e r o se c o n o c e n al m e n o s d o s te rce ra s p a r te s d e
su s m e lo d ía s .
L a s u s ta n c ia p o é tic a y m u s ic a l d e la s c a n c io n e s d e tr o v a d o r e s y tr o v e r o s a
m e n u d o n o es p r o fu n d a , p e r o la s e str u c tu ra s fo r m a le s e m p le a d a s m u e s tr a n
a lg u n a s d e la s c u a le s r e q u ie re n o s u g ie r e n la p a r tic ip a c ió n d e d o s o m á s p e r
a m e n u d o h a y u n e s tr ib illo q u e , p o r lo m e n o s e n lo s e je m p lo s m á s a n tig u o s ,
d e b ía d e c a n ta r lo u n c o r o . A d e m á s , y e s p e c ia lm e n te e n e l su r, lo s tr o v a d o r e s
y tr o v e r o s c o m p o n ía n c a n c io n e s d e a m o r , el te m a p o r e x c e le n c ia d e la c a n
c ió n tr o v a d o r e sc a . H a y c a n c io n e s so b r e te m a s p o lític o s y m o r a le s y o tr a s c u
y o s te x to s s o n d e b a te s o d is p u ta s , c o n fr e c u e n c ia s o b r e a lg ú n a b s tr u s o a s u n to
m e n te s e p te n tr io n a le s y a p a r e c e n p o r v e z p r im e r a ca si a fin e s d e l s ig lo X III.
q u e se s e g u ía n c o n v e n c io n e s b a sta n te e s tr ic ta s r e la t iv a s a su te m a , fo r m a o
tr a ta m ie n to .
c la s e d e la s b a la d a s d r a m á tic a s . E l te x to d e la p a s to r e la s ie m p r e r e la ta la s i
q u e g e m ía p id ie n d o a u x ilio , a r a íz d e lo c u a l a p a r e c ía r a u d a m e n te su h e r m a
n o o su a m a n te y a h u y e n ta b a a l c a b a lle r o , n o sin a n te s d a r y r e c ib ir g o lp e s .
98 H i s to r ia d e la m ú s ic a o c c id e n ta l, I
E n la s p r im e r a s p a s to r e la s , to d a la n a r r a c ió n e ra u n m o n ó lo g o ; sin e m b a r g o ,
to r c illa . M á s a d e la n te , e l d iá lo g o c o m e n z ó a r e p re se n ta rse a la v e z q u e se c a n
ta b a ; si se a g re g a b a n u n o o d o s e p is o d io s y si e l p a s to r q u e a p a r e c ía al resc a te
lo h a c ía ju n to c o n u n g r u p o d e r ú stic o s a c o m p a ñ a n te s y si a d e m á s la re p re
s e n ta c ió n se e n g a la n a b a c o n c a n c io n e s y d a n z a s in c id e n ta le s , el r e s u lta d o era
u n a p e q u e ñ a o b r a d e te a tro m u s ic a l.
L a m á s c o n o c id a d e e sta s o b r a s te a tr a le s m u s ic a le s file Je u d e R ob ín e t M a
rión , e s c r ita p o r A d a m d e la H a lle , el ú ltim o y m á s g r a n d e d e to d o s lo s tr o v e
o b r a fu e r o n c o m p u e s ta s p o r e l m is m o A d a m o si se tr a ta b a d e n ú m e r o s p o
e je m p lo típ ic o d e c a n c io n e s m e ló d ic a s es R o b in s m a i m e ( N A W M 8 ) , q u e
c a n ta M a r ió n a l c o m ie n z o d e la o b r a , c o n e s tr ib illo s c o r a le s . E s u n r o n d ó
m o n o fó n ic o d e fo r m a A B a a b A B (u tiliz a m o s le tr a s p o r s e p a r a d o p a ra c a d a
fr a s e m u s ic a l: la s m a y ú s c u la s in d ic a n la e je c u c ió n c o r a l y la s m in ú s c u la s la
e je c u c ió n a s o lo ).
L a s p a s to r e la s y o tra s c a n c io n e s -b a la d a e ra n a d a p ta c io n e s d e m a te r ia l p o
p u la r . L a s c a n c io n e s a m a to ria s p r o v e n z a ie s , p o r o tr a p a r te , fu e r o n c r e a c io n e s
lid a d b a jo e l v e lo d e l a m o r c o r te s a n o , r e p r e s e n ta d o c o m o u n a p a s ió n m á s
te e s p o s a d e o tr o h o m b r e ; p e r o se la a d o r a b a c o n v e n c io n a lm e n te d e s d e la
d is ta n c ia , c o n ta l d is c r e c ió n , r e sp e to y h u m ild a d , q u e e llo h a c e q u e e l a m a n te
p a r e z c a m á s b ie n u n a d o r a d o r q u e se c o n te n ta c o n s u fr ir a l s e r v ic io d e su
a m o r id e a l, o b je to d e to d a s su s a s p ir a c io n e s . A la d a m a e n c u e s tió n se la p in
ta c o m o ta n r e m o ta , se re n a , a u g u sta e in a s e q u ib le , q u e se s a ld r ía d e l p e r s o n a
la s c a n c io n e s d e tr o v e r o s e n a la b a n z a d e la V i r g e n M a r ía te n g a n e l m is m o es
tilo , e l m is m o v o c a b u la r io y a v e c e s la s m is m a s m e lo d ía s q u e ta m b ié n se u ti
liz a n p a ra c e le b r a r e l a m o r c a r n a l.
U n a d e la s c a n c io n e s q u e m e jo r se h a n c o n s e r v a d o es C an vei la lau ze ta
m over ( N A W M 9 ) , d e l tr o v a d o r B e r n a r t d e V e n ta d o r n (ca. 1 1 5 0 -ca. 1 1 8 0 ).
d e l a m a n te , q u e s o n el te m a p r in c ip a l d e e ste r e p e r to r io 6:
L a m ú s ic a c o n la q u e se c a n ta n to d a s la s e str o fa s e stá m in u c io s a m e n te
e la b o r a d a . L a m e lo d ía e stá e s c r ita e n e l p r im e r m o d o .
L a m e lo d ía , ta n to d e la s c a n c io n e s d e tr o v a d o r e s c o m o d e la s d e tr o v e r o s , e ra
s a c ió n d e o r n a m e n to s y o tra s v a r ia n te s a m e d id a q u e el c a n ta n te p a s a b a d e
u n a e str o fa a o tra . L a e x te n s ió n e ra r e d u c id a , fr e c u e n te m e n te n o m á s d e u n a
se x ta y d ifíc ilm e n te e x c e d ía d e la o c ta v a . L o s m o d o s p a r e c e n se r p r in c ip a l
m e n te e l p r im e r o y e l s é p tim o , c o n su s p lá g a le s ; t o d o e l r e p e r to r io m u e s tr a
u n a c ie r ta c o h e r e n c ia . L a n o ta c ió n n o a p o r ta p is ta s a c e rc a d e l r itm o d e la s
c a n c io n e s . A lg u n o s e s tu d io s o s s o s tie n e n q u e e sta s c a n c io n e s se c a n ta b a n c o n
e m b a r g o , o tr o s c r e e n q u e se le s a p lic a b a u n r itm o b a s ta n te r e g u la r y q u e la
m e lo d ía se m e d ía e n n o ta s la r g a s y b re v e s q u e c o r r e s p o n d e n , d e m a n e r a g e
n e r a l, a la s s íla b a s tó n ic a s y á to n a s d e la s p a la b r a s . S e p r u e b a la d iv e r g e n c ia
d e o p in io n e s a c e rc a d e e ste p u n to e n c in c o tr a n s c r ip c io n e s m o d e r n a s d ife
r e n te s d e la m is m a fr a se e n e l e je m p lo 2 .8 . A h o r a , la m a y o r ía d e lo s e s tu d io
v a lo r e s ig u a le s .
C a d a v e rso d e e sta s c a n c io n e s in c lu ía su p r o p ia m e lo d ía . D o s v e r s o s c o n
u n a m is m a m e d id a se p o d ía n c a n ta r c o n fr a s e s m u s ic a le s d e d ife r e n te lo n g i
M e d ia n te v a r ia c ió n , c o n tr a s te y r e p e tic ió n d e fr a s e s m u s ic a le s c o r ta s y d is tin
tiv a s, s u r g ía u n a v a r ie d a d d e p a tr o n e s fo r m a le s . E s to s p a tr o n e s n o se p o d ía n
c la s ific a r o r d e n a d a m e n te e n c a te g o r ía s , c o m o m á s ta rd e o c u r r ir ía e n e l s i
g lo X IV . M u c h a s d e la s m e lo d ía s d e tr o v a d o r e s y tr o v e r o s r e p e tía n e l p r in c ip io
a n te r io r m e n te ; n o o b s ta n te la p r in c ip a l im p r e s ió n es d e lib e r ta d , e s p o n ta n e i
d a d y a p a r e n te s e n c ille z .
canso, h a y c u a tr o c o m p o n e n te s m e ló d ic o s d is tin to s , d is p u e s to s e n la fo r m a
a b a b c d b . L a a d a p ta c ió n d e la m ú s ic a al te x to se lle v a a c a b o d e m a n e r a s ilá b i
c u r r e n c ia d e la fr a se m u s ic a l c o r r e s p o n d ie n te . E l e s tr ib illo era u n im p o r ta n te
e le m e n to e s tr u c tu r a l. L a s c a n c io n e s c o n e s tr ib illo s ta l v e z se h a y a n d e s a r r o lla
d o a p a r tir d e c a n c io n e s d e d a n z a , y a q u e e ra n o r ig in a lm e n te lo s e s tr ib illo s
la s p a rte s q u e c a n ta b a n to d o s lo s b a ila r in e s a c o r o . D e s p u é s d e q u e la s c a n
c io n e s se d e ja r o n d e u tiliz a r p a r a a c o m p a ñ a r a la d a n z a , p u e d e q u e e l e s tr ib i
llo o r ig in a l se h a y a in c o r p o r a d o a la c a n c ió n a s o lo .
C a n to relig io so y c a n c ió n p r o f a n a m e i M e d ie v o 101
M in n esin ger
E l a rte d e lo s tr o v a d o r e s c o n s titu y ó el m o d e lo p a r a u n a e s c u e la a le m a n a d e
y X IV . E l a m o r (M in n e) q u e c a n ta b a n e n su s M in n e lie d e r e ra m á s a b s tr a c to
a ú n q u e e l a m o r tr o v a d o r e s c o y a v e c e s c o n te n ía u n tin te c la r a m e n te r e lig io
s o . L a m ú s ic a e s, p o r c o n s ig u ie n te , m á s s o b r ia ; a lg u n a s d e la s m e lo d ía s se h a
m a y o r . H a s ta d o n d e p u e d e d e d u c ir s e d e l r itm o d e lo s te x to s , la m a y o r p a r te
d e la s m e lo d ía s se c a n ta b a n e n m e tr o te r n a r io . L a s c a n c io n e s e s tr ó fic a s ta m
b ié n e ra n m u y c o m u n e s , c o m o e n F r a n c ia . P o r e je m p lo , e n We ich h an g e-
d ach t, d e l p r ín c ip e W iz la u v o n R ü g e n ( N A W M 1 1 ), la Weise o e s q u e m a m e
q u e es m á s r e p e titiv a a ú n q u e e l e s q u e m a d e la r im a :
R im a a a b / c c b / d e e d
M e lo d ía A A B / A A B / C A A B
E n la m a y o r p a r te d e la s c a n c io n e s fr a n c e sa s d e tr o v a d o r e s la p o e s ía p o s e e
u n a m a y o r o r g a n iz a c ió n q u e la m e lo d ía . E n lo s te x to s d e lo s M in n e lie d e r se
102 H is to r ia d e la m ú s ic a o c c id e n ta l, i
in c lu ía n a m a b le s d e s c r ip c io n e s d e l e s p le n d o r y la fr e sc u ra d e la p r im a v e r a y
p r o x im id a d d e l a lb a . T a n to fr a n c e s e s c o m o a le m a n e s e s c r ib ie r o n c a n c io n e s
d e d e v o c ió n r e lig io s a , m u c h a s d e e lla s in s p ir a d a s p o r la s C r u z a d a s .
M eistersin ger
c u ltiv a d o c a d a v e z m á s p o r c iu d a d a n o s c u lto s d e la c la s e m e d ia , q u e a c a b a
r o n c o n e l p r e d o m in io q u e e je r c ía n e n e ste te r re n o lo s n o b le s e n é p o c a s a n
te r io r e s . U n m o v im ie n to s im ila r tu v o lu g a r e n A le m a n ia e n e l tr a n s c u rs o d e
lo s s ig lo s X IV , X V y X V I; lo s ú ltim o s su c e so r e s d e lo s M in n e s in g e r fu e r o n lo s
d a d e s a le m a n a s , c u y a v id a y o r g a n iz a c ió n fu e r o n retra ta d a s p o r W a g n e r e n
q u e c o m p u s o m ile s d e p o e m a s y m e lo d ía s p a r a se r c a n ta d o s . A lg u n o s m a g
n ífic o s e je m p lo s d e l a rte d e S a c h s h a n s o b r e v iv id o ; u n o d e lo s m á s h e r m o s o s
es s u c o m e n ta r io s o b r e la c o n tie n d a e n tr e D a v id y S a ú l (I S a m u e l, 1 7 ),
e n e l m in n elied, r e c o g id a p o r lo s m a e str o s c a n to r e s : e n a le m á n se d e n o m in a
m a d o A bgesan g) es g e n e r a lm e n te m á s la r g o , se c a n ta u n a s o la v e z y p o s e e
m a te ria l m e ló d ic o n u e v o .
A u n q u e s o n o b r a s m a e str a s d e l r e p e r to r io , e l a rte d e lo s m a e s tr o s c a n to
res se v io ta n c o n s tr e ñ id o p o r su s r íg id a s r e g la s q u e s u m ú s ic a p a r e c e h ie r á -
tic a e in e x p r e s iv a e n c o m p a r a c ió n c o n la d e lo s M in n e s in g e r . E l g r e m io d e
lo s m a e s tr o s c a n to r e s tu v o u n a d ila ta d a h is to r ia y n o fu e d is u e lto h a s ta e l
s ig lo X IX .
A d e m á s d e la s c a n c io n e s p r o fa n a s m o n o fó n ic a s , h u b o a s im is m o e n e l
M e d ie v o o tra s p ie z a s d e l m is m o g é n e r o q u e n o e s ta b a n d e s tin a d a s a l u s o
e c le s iá s tic o . E sta s c a n c io n e s e ra n e x p r e s io n e s d e la p ie d a d in d iv id u a l, in c o r
p o r a b a n te x to s e n le n g u a v e r n á c u la y e sta b a n e s c r ita s c o n u n p r o c e d im ie n to
m e ló d ic o q u e p a r e c e h a b e r se d e r iv a d o , e n ig u a l m e d id a , d e l c a n to e c le s iá s ti
c o y d e la c a n c ió n p o p u la r .
C a n to r e lig io so y c a n c ió n p r o f a n a e n e l M e d ie v o _________________________________________ 1 0 3
C an cion es d e otros p a íse s
d a d d e e sta d o s d e á n im o y s u g ie r e n la e x is te n c ia d e u n a v id a m u s ic a l m u c h o
m á s a m p lia q u e la q u e es p o s ib le im a g in a r s e h o y e n d ía . E n u n a c o le c c ió n d e
s o X e l S a b io , d e E s p a ñ a , e n tre 1 2 5 0 y 1 2 8 0 , se c o n s e r v a n m á s d e 4 0 0 c a n ti
g a s m o n o fó n ic a s , c a n c io n e s e n a la b a n z a d e la V ir g e n ; e n m u c h o s r a sg o s re
c u e r d a n a la m ú s ic a d e lo s tr o v a d o r e s . C a n c io n e s m o n o fó n ic a s ita lia n a s
c o n te m p o r á n e a s e ra n la s la u d e ; se c a n ta b a n e n p r o c e s io n e s d e p e n ite n te s y su
m ú s ic a r e v iste u n c a r á c te r v ig o r o s o y p o p u la r . E m p a r e n ta d a s c o n la s la u d e se
c ia l d e lo s s ig lo s X III y XTV (e n g ra n p a r te in s p ir a d o p o r lo s e s tr a g o s d e la p e s te
n e g r a e u r o p e a d e l s ig lo X IV ); e n a lg u n o s c a s o s se c o m p u s ie r o n fin a lm e n te
v e rs io n e s p o lifó n ic a s p a ra su s te x to s.
M ú s ic a in s tr u m e n ta l e in str u m e n to s m e d ie v a le s
E n la E d a d M e d ia , la s d a n z a s se a c o m p a ñ a b a n n o s ó lo c o n c a n c io n e s , s in o
t a m b ié n c o n m ú s ic a in s tr u m e n ta l. L a e stam p ie, d e . la c u a l e x is te n v a r io s
e je m p lo s in g le s e s y c o n tin e n ta le s d e lo s s ig lo s X III y X IV , e ra u n a p ie z a d e
d a n z a , a v e c e s m o n o fó n ic a y a v e c e s p o lifó n ic a , fo r m a d a p o r d iv e r s a s s e c c io
c u e n c ia ); la p r im e r a e x p o s ic ió n te r m in a b a c o n u n a c a d e n c ia « a b ie r ta » (ou -
vert) o im p e r fe c ta ; la r e p e tic ió n , c o n u n a c a d e n c ia «c e r ra d a » (clos) o p e r fe c ta .
lo la r g o d e to d a la e s ta m p ie y la s s e c c io n e s q u e p r e c e d ía n a la s c o n c lu s io n e s
ta n to m á s c o m p le ja d e la m is m a fo r m a . L a Is ta m p ita P a la m e n to ( N A W M
d e s c r ito a n te r io r m e n te , c o n fin a le s a b ie r to s y c e r ra d o s, m a r c a n d o la s d o s m i
ta d e s d e ca d a p a rs.
L a s e s ta m p ie s s o n e l p r im e r e je m p lo c o n o c id o d e u n r e p e r to r io in s tr u
m e n ta l q u e , in d u d a b le m e n te , se r e m o n ta m u c h o m á s a llá d e l s ig lo X III. E s
im p r o b a b le q u e la A lta E d a d M e d ia h a y a te n id o o tr a m ú s ic a in s tr u m e n ta l
q u e la q u e se a s o c ia c o n e l c a n to o la d a n z a .
104 H is to r ia d e la m ú s ic a occid en ta l-, /
In stru m en tos m usicales
L a lir a r o m a n a s o b r e v iv ió e n e l M e d ie v o , a u n q u e e l in s tr u m e n to m á s a n tig u o
g e n u in a m e n te m e d ie v a l fu e e l a rp a , im p o r ta d a al c o n tin e n te d e s d e I r la n d a y
G r a n B r e ta ñ a p o c o a n te s d e l s ig lo IX . E l p r in c ip a l in s tr u m e n to d e a rc o d e la
é p o c a m e d ie v a l e ra la fíd u la , vielle (e n fr a n c é s ) o F ie d e l (e n a le m á n ); te n ía
m u c h o s n o m b r e s d ife r e n te s y g ra n v a r ie d a d d e fo r m a s y ta m a ñ o s ; es e l p r o
n ía c in c o c u e r d a s, u n a d e la s c u a le s e ra h a b itu a lm e n te u n b o r d ó n . E s te es u n
in s tr u m e n to c o n e l c u a l a p a r e c e n r e p re se n ta d o s n o r m a lm e n te lo s ju g la r e s y
c o n e l q u e p r o b a b le m e n te a c o m p a ñ a b a n su s c a n to s y r e c ita d o s . O t r o in s tr u
u n a v ie la d e tre s c u e r d a s c o n u n a r u e d a g ir a to r ia m o v id a p o r u n a m a n iv e la ;
su s c u e r d a s e ra n ta ñ id a s p o r u n a s e r ie d e v a r illa s , e n lu g a r d e e m p le a r lo s d e
d o s . E n la A lta E d a d M e d ia , e l o r g a n is tr u m e ra , e n a p a r ie n c ia , u n g ra n in s
tr u m e n to q u e r e q u e r ía d o s e je c u ta n te s y se e m p le a b a e n la s ig le s ia s ; d e s p u é s
d e l s ig lo X III e v o lu c io n ó y a d q u ir ió u n a fo r m a m á s p e q u e ñ a , d e la c u a l d e s
c ie n d e e l o r g a n illo m o d e r n o .
U n in s tr u m e n to q u e a p a r e c e c o n fr e c u e n c ia e n e l a rte m e d ie v a l es e l s a lte
r io , u n tip o d e c íta r a q u e se to c a b a p o r p u n te o o , m á s fr e c u e n te m e n te , g o l
p e a n d o su s c u e r d a s; es u n a n te p a s a d o r e m o to d e l c la v e y e l c la v ic o r d io . E l
la ú d y a e ra c o n o c id o d e sd e e l s ig lo IX , fe c h a e n q u e lo in tr o d u je r o n e n E s p a
ñ a lo s c o n q u is ta d o r e s á ra b e s; p e r o su u so n o se g e n e r a liz ó e n o tr o s p a ís e s a n
te s d e l R e n a c im ie n to . H a b ía fla u ta s , ta n to d u lc e s , c o m o tra v e se ra s, y c h ir i
m ía s , in s tr u m e n to s d e le n g ü e ta d e la fa m ilia d e l o b o e . L a s tr o m p e ta s e ra n
u tiliz a d a s p o r lo s m ú s ic o s a m b u la n te s y, m á s ta rd e , p o r lo s v ig ila n te s d e la s
to rre s; el in s tr u m e n to p o p u la r u n iv e r s a l e ra la g a ita o c o r n a m u s a . L o s ta m
b o re s c o m e n z a r o n a u sa rse d u r a n te e l s ig lo X II, p r in c ip a lm e n te p a r a m a rc a r e l
tie m p o e n el c a n to y la d a n z a .
E n la E d a d M e d ia e x is tía n , a d e m á s d e lo s g r a n d e s ó r g a n o s d e la s ig le s ia s ,
e je c u ta n te ; te n ía u n a s o la h ile r a d e tu b o s y su s te c la s o « r e g istr o s» se to c a b a n
c o n la m a n o d e r e c h a , m ie n tr a s la iz q u ie r d a a c c io n a b a el fu e lle . E l ó r g a n o p o
u n a m e s a p a ra to c a r lo y r e q u e r ía u n a y u d a n te p a ra e l fu e lle .
L a m a y o r p a r te d e e sto s in s tr u m e n to s lle g a r o n a E u r o p a d e s d e A s ia , p o r
el c a m in o d e B iz a n c io o p o r m e d ia c ió n d e lo s á ra b e s d e l n o r te d e A fr ic a y
E sp a ñ a . S u s o ríg e n e s s o n o s c u r o s y su n o m e n c la tu r a e s, a m e n u d o , iló g ic a y
se p re sta a c o n fu s ió n . A d e m á s , a fa lta d e u n a d e s c r ip c ió n c o r re c ta p r e c is a , n o
í a n t o relig io sa y c a n c ió n p r o f a n a e n e l M e d ie v o 105
p o d e m o s te n e r la c e r te z a d e si u n a r tista h a d ib u ja d o u n in s tr u m e n to rea l o
b a s a d o e n su s im p r e s io n e s . S in e m b a r g o , p o d e m o s e sta r s e g u r o s d e q u e la
m ú s ic a e n el M e d ie v o e ra m u c h o m á s a m p lia y te n ía u n c o lo r m u s ic a l m á s
v a r io p in to q u e lo q u e s u g ie r e n lo s m a n u s c r ito s m u s ic a le s p o r sí s o lo s .
m . , m
/-' e je
.» I
T fi f
i
Jl Í1
B ib lio g r a fía
Canto llano
Teatro litúrgico
La m ú sica está recogida e n The M usic o f the M edieval Liturgical Drama in France and
England, 2 vols., de S usan R a n k in (N ueva York: G a rla n d , 1989); en E d m o n d de
C o u ssem a k er: Drames liturgiques du moyen age (N u ev a York: B ro u d e B ros., 1964),
a n to lo g ía clásica d e o b ras teatrales litúrgicas, se in c lu y e n tran scrip cio n es de m úsica.
P ara o b ras in d iv id u ales véanse N o a h G re e n b e rg , ed .: The Play o f D aniel (N u ev a
York: O x fo rd U n iv ersity Press, 1 9 5 9 ) y The Play o f Herod (N u ev a York: O x fo rd
U n iv e rsity Press, 19 6 5 ): a m b o s v o lú m e n e s c o m p r e n d e n tra n sc rip c io n e s literales
realizadas p o r W . S m o ld o n . The Play o f H erod ta m b ié n ap arece en M edieval Music:
The Oyford Anthology o f Music, ed . W . T h o m a s M a rro c c o y N ich o las S a n d o n (L on
dres: O x fo rd U n iv ersity Press, 1 9 7 7 ). E d ic io n e s d e los textos se e n c u e n tra n e n Karl
Young: The Dram a o f the M edieval Church (O x fo rd : C la re n d o n Press, 1933) y en
D a v id B ev in g to n : M edieval Dram a (B oston: H o u g h to n M ifflin , 1 975), se incluyen
ed icio n es d e los textos; to d o s los textos c o m p leto s d e las versiones d e las o bras tea
trales d e p ascua d e R e su rrec ció n ap arecen c o m p ilad o s p o r W a lth e r L ip p h a rd t en
Lateinische Osterfeiem u n d Osterspiele, 9 vols. (B erlín: D e G ru y te r, 1 9 7 5 -9 0 ).
d e l s ig lo X III
A n te c e d e n te s h is tó r ic o s d e l a p o lif o n ía p r im it iv a
L o s a ñ o s 1 0 0 0 -1 1 0 0 fu e r o n te s tig o s d e u n r e s u r g im ie n to d e la v id a e c o n ó m i
c a e n to d a E u r o p a o c c id e n ta l, d e u n a u m e n to d e la p o b la c ió n , d e u n a r e c u
p e r a c ió n d e tie r r a s b a ld ía s y d e l o r ig e n d e la s c iu d a d e s m o d e r n a s ; d e la c o n
q u is ta d e I n g la te r r a p o r lo s n o r m a n d o s , d e im p o r t a n t e s p a s o s h a c ia la
r e c o n q u is ta d e E s p a ñ a e n p o d e r d e lo s m u s u lm a n e s . L a p r im e r a c r u z a d a
u n ió a la s fa m ilia s d o m in a n te s d e to d a E u r o p a e n u n a c a m p a ñ a d e s tin a d a a e x
p u ls a r a lo s tu r c o s d e J e r u s a lé n q u e , fin a lm e n te , fu e to m a d a p o r lo s c r u z a d o s
e n 1 0 9 9 . E u r o p a d is fr u tó d e u n r e n a c im ie n to d e la c u ltu r a , c o n la s p r im e r a s
tr a d u c c io n e s d e l g r ie g o y d e l á ra b e al la tín , d e lo s a lb o r e s d e la s u n iv e r s id a d e s
e n P a rís, O x fo r d y B o lo n ia . G r a n d e s ig le s ia s r o m á n ic a s , c o n s tr u id a s s o b r e el
p r in c ip io a r q u ite c tó n ic o d e l a rc o r e d o n d o d e la b a s ílic a r o m a n a , c o m e n z a r o n
r o n su in d e p e n d e n c ia d e la a n tig ü e d a d p a g a n a . L a r iv a lid a d e n tr e la s Ig le s ia s
d e o r ie n te y o c c id e n te c u lm in ó c o n la c r is is d e 1 0 5 4 , c u a n d o e l p a p a d e
R o m a e x c o m u lg ó al p a tr ia r c a d e C o n s t a n t in o p la d e s p u é s d e u n a d is p u ta
d e Ita lia q u e h a b ía s id o c o n q u is ta d o r e c ie n te m e n te p o r in v a s o r e s n o r m a n
d o s . L a r e a c c ió n d e l p a tr ia r c a d e C o n s ta n tin o p la a n te ta l m e d id a s u p u s o la
p a r tic ió n d e la Ig le s ia c r is tia n a .
E l s ig lo X I r e s u ltó ig u a lm e n te c r u c ia l p a ra la h is to r ia d e la m ú s ic a d e b id o
a lo s p r o g r e so s q u e e x p e r im e n tó la p o lifo n ía e n la ig le s ia . E l té r m in o p o lifo
n o , s in o d e m a n e r a in d e p e n d ie n te e n tre sí. C u a n d o , e n e l s ig lo X I, lo s c a n
ta n te s , q u e im p r o v is a b a n b a jo la s r e s tr ic c io n e s d e d e te r m in a d a s r e g la s , se
a p a r ta r o n d e l s im p le m o v im ie n to p a r a le lo p a ra o to r g a r a e sta s p a rte s m a y o r
in d e p e n d e n c ia , c o m e n z ó u n a e x c e p c io n a l e v o lu c ió n e n la h is to r ia d e la m ú s i
p o d ía n r e e m p la z a r a la im p r o v is a c ió n c o m o v ía d e c r e a c ió n d e o b ra s m u s ic a
le s , y la n o ta c ió n s u s titu ir ía a la m e m o r ia c o m o m e d io d e p r e s e r v a r la s . S e lle
c ie r to s p r e c e p to s , c o m o la te o r ía d e lo s o c h o m o d o s y la s n o r m a s q u e r e g ía n
d iv e rs o s tr a ta d o s.
H a y q u e su b ra y a r q u e to d o s lo s c a m b io s q u e h e m o s d e s c r ito o c u r r ie r o n
d e m a n e r a m u y g r a d u a l; n o h u b o u n a r u p tu r a s ú b ita y m a r c a d a c o n e l p a sa
d o . L a m o n o fo n ía c o n tin u ó s ie n d o e l p r in c ip a l m e d io e x p r e s iv o , ta n to d e in
te r p r e ta c ió n c o m o d e n u e v a c o m p o s ic ió n . D e h e c h o , a lg u n o s d e lo s e je m p lo s
c ia s, se p r o d u je r o n e n e l c u r s o d e lo s s ig lo s X II y X III. L a im p r o v is a c ió n p e r s is
to m a r o n — c o m o s ie m p r e h a s u c e d id o — d e la p r á c tic a im p r o v is a to r ia .
H a c ia el a ñ o 6 0 0 d .C ., la a b s o r c ió n y c o n v e r s ió n y a e ra n p r á c tic a m e n te
c o m p le ta s y d u r a n te lo s c u a tr o s ig lo s s ig u ie n te s el m a te ria l se v io s is te m a tiz a
d o , c o d ific a d o y d is e m in a d o p o r to d a la E u r o p a o c c id e n ta l. S o b r e e ste p a tr i
m o n io , lo s m ú s ic o s d e la B a ja E d a d M e d ia c o n s tr u y e r o n su s c r e a c io n e s m o -
n o fó n ic a s y p o lifó n ic a s .
E l o rg a n m n p r im itiv o
te s d e q u e fu e ra fe h a c ie n te m e n te d o c u m e n ta d a p o r v e z p r im e r a . S e u tiliz a b a
p o s ib le q u e ta m b ié n se u sa se e n la m ú s ic a p o p u la r y , p r o b a b le m e n te , c o n s is
tie se e n d o b la r la m e lo d ía a la t e r c e r a , la c u a r ta o la q u in ta , ju n to a u n a p r á c
tic a m á s o m e n o s s is te m á tic a d e la h e te r o fo n ía , es d e c ir , m e d ia n te la e je c u
c ió n s im u ltá n e a d e la m e lo d ía e n la s fo r m a s o r n a m e n ta d a y s in o r n a m e n ta r .
Q u e d a c la r o q u e n o se c o n s e r v a n d o c u m e n to s d e e sta su p u e s ta p o lifo n ía e u
r o p e a p r im itiv a ; p e r o la p r im e r a d e s c r ip c ió n c la r a d e m ú s ic a a m á s d e u n a
Dos transcripciones de un mismo fragmento de canto procedente del Te Deum, en notación dasiana,
tomados de M ú s i c a e n c h i r i a d i s ( c a . 900), capitulo 18. Los signos a la izquierda sirven para identificar
las alturas del sonido de las sílabas colocadas en los espacios. En el ejemplo inferior se demuestra la ma
nera usada para evitar el trítono al improvisar una v o x o r g a n a l i s por debajo del canto. Manuscrito del
siglo XI. (Einsiedeln, Stiftsbibliothek, Cod. 79.)
p lic a d a a u n a q u in ta o u n a c u a r ta p o r d e b a jo p o r la « v o z o r g a n a l» (vox o rg a
n a lis); a su v e z , c a d a u n a d e e sta s v o c e s , o a m b a s , p u e d e n d u p lic a r s e a la o c
ta v a (e je m p lo 3 .2 ) .
Vox principalis y . : : : :
Vox organalis
Tu p a - tris s e m - p i- te r-ñ u s es fi - li - us.
Vox organalis
Tu p a - tr is s e m - p i - te r - n u s es fi tí - us.
Vox principalis -¡
Vox organalis —
i
Vox principalis
D e b id o a q u e , c o n a lg u n a s m e lo d ía s , la v o z q u e c a n ta c u a rta s p a r a le la s ,
e n to n a r ía u n tr íto n o , c o m o es e l c a so c o n « le s » d e « T e h u m ile s » ( 1 3 c ; v é a se
a u n q u e n o to d o s se r e c o n o c ie r a n c o m o c o n s o n a n c ia s .
o r g a n u m fu e G u id o e n s u M icrologu s ( c a . 1 0 2 5 -2 8 ) . S u s e je m p lo s m u e s tr a n
p o c a s n o v e d a d e s , e x c e p to q u e , a v e c e s, d o s v o c e s c o n v e r g e n al fin a l d e u n a
fr a se d e sd e u n a te r c e ra h a c ia u n u n ís o n o . E n tr e ta n to , el o r g a n u m se c a n ta b a ,
sin d u d a , y m u c h o s e je m p lo s m u s ic a le s d e l s ig lo X I m u e s tr a n m a y o r in d e p e n
d e n c ia m e ló d ic a y m á s e q u ilib r io e n tre la s d o s v o c e s ; lo s m o v im ie n to s c o n
Vox principalis
M i t - r
(Tus) humildes servidores, que con p ías melodías te adoran, te ruegan que los liberes con tu
poder de diversos males (de la secuencia Rex coeli).
m e n ta r ia se r e v e la c u a n d o la vox o rg a n a lis c a n ta o c a s io n a lm e n te d o s n o ta s
g lo X I, lo s in te r v a lo s c o n s o n a n te s s o n e l u n ís o n o , la o c ta v a , la c u a r ta y la
Los comienzos de la p o lijo n ía y la música del siglo XiU 113
a Vox organalism
■o b l i c u o c o n tr a r io
3 a r a le io
ñ Vox prineipoBT
í’Int.er‘ l
valos
5 8 5 1 4 4 4 1 1 5 8 11 8 4 1 8 5 8
q u in ta ; to d o s lo s d e m á s a p a r e c e n s ó lo d e m a n e r a in c id e n ta l e in fr e c u e n te .
p ie z a s .
m a d a p o r d o s m a n u s c r ito s d e l s ig lo X I q u e se c o n o c e n c o le c tiv a m e n te c o m o
z a d o e n la c a te d ra l d e W in c h e s te r , e n lo s q u e la té c n ic a c o n s is tía p r in c ip a l
g u n o s c a so s u n a m e lo d ía p u e d e se r id é n tic a a o tr a c o n s e r v a d a e n u n a n o ta
c ió n p o s te r io r y m á s e x a c ta , lo q u e p e r m it e su r e c o n s tr u c c ió n .
litu r g ia , s in o q u e se u tiliz a b a p r in c ip a lm e n te e n la s s e c c io n e s d e tr o p o (c o m o
el K y r ie , el G lo r ia o el B en ed icam u s D o m in o ) d e l o r d in a r io , e n a lg u n a s p a rte s
d e l p r o p io (e n e s p e c ia l g r a d u a le s , a le lu y a s , tr a c to s y se c u e n c ia s ) y e n r e s p o n -
fr a g m e n to s q u e e ra n c a n ta d o s p o r s o lis ta s e n el c a n to o r ig in a l. P o r c o n s i
v o c e s s o lis ta s , m ie n tr a s q u e el c a n to lla n o m o n o fó n ic o e ra c a n ta d o p o r to d o
el c o r o al u n ís o n o . L a s s e c c io n e s a s o lo d e u n a le lu y a , el A lle lu ia Ju stu s u t p a l
ma ( N A W M 1 4 ), se c o n s e r v a n e n u n c o n ju n to d e in s tr u c c io n e s titu la d o Ad
organ u m fa c íe n d u m ( C óm o h acer u n o rgan u m ), c o n o c id o c o m o e l « T r a ta d o
d e M ilá n » , d e a p r o x im a d a m e n te 1 1 0 0 . L a v o z a ñ a d id a se m u e v e p r in c ip a l
m e n te , n o ta c o n tr a n o ta p o r e n c im a d e l c a n to , p e r o , o c a s io n a lm e n te , se c r u
z a p o r d e b a jo . A l fin a l d e l « a le lu y a » d e l p r in c ip io , la v o z o r g a n a l o p o n e u n
[Solistas]
A l- le - lu ia
E l o rg a n u m f lo r id o
A c o m ie n z o s d e l s ig lo X II a p a r e c e u n n u e v o tip o d e o r g a n u m . S e c o n s e r v a n
e je m p lo s d e l m is m o e n u n m a n u s c r it o e n la c a te d r a l d e S a n tia g o d e
C o m p o s t e la , y e n o tr o s tre s d e la a b a d ía d e S a in t M a r tia l d e L im o g e s . A h o r a
se p ie n s a q u e to d o s p r o c e d e n d e l s u r o e ste d e F r a n c ia (d o n d e se e n c u e n tr a
L im o g e s ), q u e e ra e n to n c e s e l d u c a d o d e A q u ita n ia , p o r e s o la m ú s ic a se d e
c a n ta d a ), s ie m p r e se h a lla e n la v o z in fe r io r , a u n q u e c a d a n o ta se p r o lo n g a
v a r ia d a s im u ltá n e a m e n te a la p r im e r a . L a m a y o r ía d e lo s c a n to s e n la s v o c e s
in fe r io r e s y su s te x to s e r a n , p r o b a b le m e n te , d e n u e v a c o m p o s ic ió n . D e la
n o ta c ió n n o s ie m p r e se d e s p r e n d e c o n c la r id a d si la v o z s u p e r io r se c a n ta b a
s ó lo a u m e n t ó c o n s id e r a b le m e n te la e x te n s ió n d e la s p ie z a s , s in o q u e a s im is
m o d e s p o jó a la v o z in fe r io r d e su c a r á c te r o r ig in a l d e m e lo d ía d e fin id a ,
c o n v ir tié n d o la a n te s b ie n , p o r su e fe c to , e n u n a s e r ie d e n o ta s a is la d a s , c o m o
« b o r d o n e s » , c o n e la b o r a c io n e s m e ló d ic a s p o r e n c im a d e e lla s . L a v o z in fe
r io r , d e b id o a q u e s o s te n ía o s e r v ía d e a p o y o a la m e lo d ía p r in c ip a l, fu e lla
d e s ig n a r la p a r te in fe r io r d e u n a c o m p o s ic ió n p o lifó n ic a h a sta m e d ia d o s d e l
s ig lo XV.
E n lo s e s c r ito s te ó r ic o s d e p r in c ip io s d e l s ig lo X II se c o m e n z a r o n a d is
c u a l la v o z in fe r io r s o s tie n e n o ta s la r g a s , se d e n o m in ó e n to n c e s s im p le
m e n t e o rg a n u m , o rg a n u m d u p lu m u o rg an u m p u ru m (o r g a n u m d o b le o
p u r o ). C u a n d o a m b a s p a r te s se m o v ía n , m á s o m e n o s , n o ta c o n tr a n o ta el
té r m in o q u e se a p lic a b a e ra d isc an tu s (d is c a n to ). C u a n d o u n c o n te m p o r á
le n te o r g a n is ta » , s in o « e x c e le n te c o m p o s ito r d e o r g a n a » , es d e c ir , d e c o m
p o s ic io n e s c o m o la s q u e e s ta m o s tr a ta n d o (v é a se el r e c u a d r o , p . 1 2 3 ) . E n el
d e d is c a n to .
L o s c o m ie n z o s d e la p o l i f o n í a y la m ú s ic a d e l sig lo XIU 115
L o s te x to s d e lo s o r g a n a a q u ita n o s c o n s is te n p r in c ip a lm e n te e n tr o p o s d e l
m a d o s versus. P o r r e g la g e n e r a l, la s d o s v o c e s c a n ta n el m is m o te x to ; o c a s io
n a lm e n te , la v o z in fe r io r e n to n a e l te x to d e l c a n to lla n o o r ig in a l, m ie n tr a s
q u e la s u p e r io r c a n ta la m e lo d ía c o n el te x to d e u n tr o p o . P o r su p a r te , lo s
la p r im e r a q u e n o se b a sa e n e l c a n to lla n o .
1 1 7 7 ) , es c a r a c te r ís tic o p o r q u e la v o z s u p e r io r r o m p e la m e lo d ía e n m u c h a s
se e n c u e n tr a n (e je m p lo 3 .6 ) . P o r o tr o la d o e ste tr o p o es in u s u a l p o r q u e es u n
o r g a n u m m e lis m á tic o s u p e r p u e s to a u n o r g a n u m n o ta c o n tr a n o ta d e d o s
p e r m ite in te r p r e ta c io n e s r ítm ic a s c o n s is te n te s d e la p a r te s u p e r io r o u n a a u
té n tic a a lin e a c ió n d e e sa p a r te c o n la s d o s in fe r io r e s .
C u a n d o u n o r g a n u m p u r u m se e s c r ib ía (h a b itu a lm e n te n o se h a c ía ), la s
d o s v o c e s se e s c r ib ía n u n a e n c im a d e la o tr a , ca si c o m o e n u n a p a r titu r a , b a s -
116 H is to r ia fie la m ú s ic a o c c id e n ta l, 1
EJEM PLO 3 .6 Alberto de París, C o n g a u d e a n t c a th o lic i, tropo de B e n e d ic a m u s D o m in o
Regocijémonos todos juntos, que se alegren hoy los ciudadanos del cielo.
s is te m a d e lín e a s h o r iz o n ta le s p a ra d e m a r c a r la s fr a se s; d o s c a n ta n te s , o u n
S in e m b a r g o , e n p ie z a s d e e str u c tu ra r ítm ic a m á s c o m p le ja e ra m e n e s te r h a
d e r e s ta b le c e r su s d u r a c io n e s r e la t iv a s . L a s n o ta c io n e s m e d ie v a le s ta r d ía s (y
d ía n e s c r ib ir s e c o n e sta n o ta c ió n la s m e lo d ía s d e tr o v a d o r e s y tr o v e r o s, p u e s
to q u e e l m e tr o d e la p o e s ía se r v ía d e g u ía a l in té r p r e te p a ra c a n ta r u n a s n o
ta s la r g a s y o tra s c o r ta s . S in e m b a r g o , la s in e x a c titu d e s d e c o n s id e r a c ió n
a ce rca d e la d u r a c ió n d e la s n o ta s y e l r itm o , q u e n o te n ía n u n a im p o r ta n c ia
L o s c o m p o s ito r e s d e l n o r te d e F r a n c ia e n c o n tr a r o n u n a s o lu c ió n p a r a e ste
p r o b le m a e n el u so d e lo s m o d o s r ítm ic o s .
E l o rg a n m n d e N o tre D a m e
e n tr a d o e l X III. S e b a sa b a e n u n p r in c ip io q u e d ife r ía fu n d a m e n ta lm e n te d e l
n o ta s . A lr e d e d o r d e 1 2 5 0 , e sto s e s q u e m a s se c o d ific a r o n e n lo s se is m o d o s
r ítm ic o s , q u e p o r r e g la g e n e r a l se id e n tific a r o n s im p le m e n te m e d ia n te u n
n ú m e r o .
1 er m o d o : j J ' 4 o m o d o : s* J J.
2 o m o d o : J'1J 5 o m o d o : J. J.
3 er m o d o : «i. P j 6 o m o d o :
C o m o p o d e m o s o b se rv a r, e sto s e s q u e m a s c o r r e s p o n d e n a lo s p ie s m é tr i
c o s d e l v e rso fr a n c é s o la tin o . E l 1 er m o d o , p o r e je m p lo , c o r r e s p o n d e a l tr o
c a ic o ; e l 2 o , al y á m b ic o ; e l 3 o , a l d a c tilic o , y e l 4 o , a l a n a p é s tic o . S in e m b a r
g o , la r e la c ió n e n tre lo s m o d o s r ítm ic o s y lo s m e tr o s d e la p o e s ía p u e d e q u e
s e a c a s u a l: s ó lo u n e s c r ito r d e e s te p e r ío d o — W a lt e r O d i n g t o n , h a c ia
1 3 0 0 — a n o tó el p a r a le lis m o . L o s m á s p r a c tic a d o s fu e r o n lo s m o d o s I o y 5 o ;
lo s m o d o s 2 o y 3 o ta m b ié n fu e r o n c o m u n e s ; al 6 o a m e n u d o se le c o n s id e r a
u n a v a r ia n te d e lo s v a lo r e s d e l I o o el 2 o ; e l 4 o fu e m á s r a r a m e n te e m p le a d o .
T e ó r ic a m e n te , s e g ú n e l s is te m a , u n a m e lo d ía e n e l 1 er m o d o d e b ía c o n s is
s ile n c io q u e s u s titu ía a la s e g u n d a n o ta d e l e s q u e m a , es d e c ir :
7 | j ^ J « h | e tc .
S in e m b a r g o , u n a m e lo d ía q u e sig u ie se ta l e s q u e m a , se h u b ie r a v u e lto
m o n ó t o n a a l p o c o t ie m p o y , e n la p r á c tic a , e l r it m o e r a m á s fle x ib le .
C u a lq u ie r a d e la s n o ta s p o d ía fr a g m e n ta r s e e n u n id a d e s m á s b r e v e s , o a m
b a s n o ta s d e l e s q u e m a c o m b in a r s e e n u n a s o la ; a s im is m o , se d is p o n ía d e
o tr o s ta n to s r e c u rso s q u e a p o r ta b a n v a r ie d a d ; d e la m is m a m a n e r a , u n a m e
lo d ía e n e l 1 er m o d o p o d ía c a n ta r se s o b r e u n te n o r q u e s o s te n ía n o ta s la r g a s
n o m e d id a s e s tr ic ta m e n te o q u e p o d ía n e sta r o r g a n iz a d a s s e g ú n e l e s q u e m a
d e l 5 o m o d o :
J. J. j J . | J. J. | J. | e tc .
E n la v o z s u p e r io r d e l e je m p lo 3 .9 , p u e d e v e rse u n a m e lo d ía s u s c e p tib le
d e se r in te r p r e ta d a e n el 1 er m o d o .
L a b a se d e l s is te m a d e m o d o s r ítm ic o s e ra u n a u n id a d d e m e d id a te r n a
m o d o p u d ie r a c o m b in a r s e c o n c u a lq u ie r o tr o . E s ta d iv is ió n te r n a r ia d e l
« t ie m p o » , p r o d u c ía u n e fe c to p a r e c id o a l d e lo s m e tr o s m o d e r n o s 6 /8 o
9 /8 .
E l m o d o r ítm ic o r e q u e r id o se in d ic a b a al c a n ta n te p o r la s e le c c ió n y el
o r d e n d e la s n o ta s . L a s lig ad u ras, s ig n o s d e r iv a d o s d e lo s n e u m a s g r e g o r ia n o s
c o m p u e s to s q u e in d ic a b a n u n g r u p o d e d o s , tre s o m á s s o n id o s , e ra n u n im
m in a d o n ú m e r o d e e sto s g r u p o s se p o d ía c a n ta r c o n u n a s o la s íla b a . P o r
e je m p lo , si u n a m e lo d ía a p a r e c ía a n o ta d a c o m o e n e l e je m p lo 3 .7 a — u n a
el c a n ta n te la c a n ta b a c o n u n r itm o q u e p u e d e e x p re sa rse e n la n o ta c ió n m o
L o s o tr o s m o d o s r ítm ic o s p o d ía n s e ñ a la r s e d e m a n e r a a n á lo g a . E l a le ja m ie n
to d e l e s q u e m a r ítm ic o p r e v a le c ie n te , d e l c a m b io d e m o d o , o d e la r e p e tic ió n
d e n o ta s (q u e n o p o d ía n in d ic a r s e e n u n a lig a d u r a ) r e q u e r ía n m o d ific a c io n e s
d e la n o ta c ió n d e m a s ia d o c o m p le ja s y e x te n sa s c o m o p a ra d e s c r ib ir la s a q u í
e n d e ta lle .
C om posición p o lifó n ic a
E l a r te d e la c o m p o s ic ió n p o lifó n ic a , d e s d e e l s ig lo X II h a s ta m e d ia d o s
d e l X IV , se c u lt iv ó p r im o r d ia lm e n te e n e l n o r te d e F r a n c ia y , d e s d e a llí, se e x
te n d ió h a c ia o tra s p a rte s d e E u r o p a . L o s lo g r o s m á s e le v a d o s e n e l o r g a n u m
fu e r o n o b r a d e la e s c u e la d e N o tr e D a m e , la c a te d ra l d e P a rís; e l o r g a n u m se
fo r m a m e n o s g e n e r a liz a d a y e la b o r a d a q u e e n P a r ís d o n d e , p r o b a b le m e n te , a
m e n u d o la im p r o v is a b a n lo s c a n ta n te s e n la s fe s tiv id a d e s . D o s d e lo s p r im e
ro s c o m p o s ito r e s d e p o lifo n ía c o n o c id o s e s tu v ie r o n r e la c io n a d o s c o n la e s
c u e la d e N o tr e D a m e ; fu e r o n e l p o e ta y m ú s ic o L é o n in , q u e v iv ió a m e d ia
s ig lo X II y la p r im e r a p a r te d e l X III.
L o s c o m ie n z o s d e la p o lifo n ía y la m ú s ic a d e l s ig la X lil 119
C r o n o lo g ía
1 1 6 3 S e c o l o c a la p r im e r a p ie d r a d e N o t r e D a m e de P a r ís
1 1 6 3 -9 0 L é o n in (ca. 1 1 3 5 -1 2 0 1 ) es fa m o s o en P a rís
r io r m e n t e , p o s ib le succentor ( s u b c a n t o r )
1 1 8 9 R ic a r d o C o ra zó n d e L eó n (1 1 5 7 -9 9 ), r e y d e In g la te r r a
1 2 0 9 San F r a n c is c o d e A s ís (1 1 8 2 -1 2 2 6 ) fu n d a la o rd en fr a n c is c a n a
1 2 1 5 S e fi r m a la C a r t a M a g n a
L éon in
L é o n in e s c r ib ió u n c ic lo d e g r a d u a le s , a le lu y a s y r e s p o n s o r io s e n d o s p a rte s
c o n te n id o h a p e r d u r a d o e n d iv e rso s m a n u s c r ito s e n F lo r e n c ia , W o lf e n b ü t t e l,
M a d r id y e n o tra s p a r te s; a lg u n a s d e e sta s o b ra s p u e d e n o b te n e r s e e n e d ic io
n e s m o d e r n a s o e n fa c s ím ile s . L é o n in c o m p u s o su s o r g a n a p a r a la s p a r te s s o
lis t a s d e lo s c a n to s r e s p o n s o r ia le s d e la m is a y e l o fic io . E l a le lu y a es u n c a n to
p o s te r io r e s , lo q u e lo c o n v ie r te e n u n e je m p lo id ó n e o q u e p e r m it e ra stre a r
N A W M 1 6 .
S i c o m p a r a m o s u n a v e r s ió n d e l a le lu y a d e lo s m a n u s c r ito s d e o r g a n u m
(1 6 b ) c o n e l c a n to o r ig in a l (1 6 a ), o b s e r v a m o s q u e el «g ra n lib r o » s ó lo p r o p o r
c io n a m ú s ic a d e la s p a rte s s o lis ta s d e l c a n to , m ie n tr a s se s u p o n ía q u e e l c o r o
c a n ta b a el re sto al u n ís o n o , b ie n d e m e m o r ia o b ie n to m a d o d e o tr o lib r o .
v 'i i ; .i n u i n ■ lu p lu m < jn r o ll a n o O rg a n u m d u p lu m D is c a n t o O r g a n u n í d u p lu m |
se n te e n la e je c u c ió n r e s p o n s o r ia l. S e in tr o d u c e n m a y o r e s c o n tr a ste s e n la s
p r im e r a s e c c ió n , la e n to n a c ió n « A lle lu ia » (e je m p lo 3 .8 ) , a p r im e r a v is t a p a re
lla n o se v e a m p lia d a c o n n o ta s la r g a s y n o -m e n s u r a d a s , p a r a fo r m a r el te n o r.
P o r e n c im a d e la s n o ta s la r g a s d e l te n o r , u n a v o z s o lis ta c a n ta fr a s e s m e lis m á -
tic a s d e sp ro v ista s d e te x to , d iv id id a s a in te r v a lo s r e g u la r e s p o r c a d e n c ia s y s i
le n c io s .
im p r o v is a to r ia . N o o b s ta n te , a lg u n o s e s tu d io s o s h a n a p lic a d o r itm o s m o d a
le s a e ste tip o d e p a s a je s d e o r g a n u m p u r u m , y su s tr a n s c r ip c io n e s se p u e d e n
v a lo r a r e n m u c h a s e d ic io n e s y e sc u c h a r e n a lg u n a s g r a b a c io n e s .
D e s p u é s d e q u e e l c o r o c o n te s te « A lle lu ia » a l u n ís o n o , se r e a n u d a la te x
tu ra s o fis tic a a d o s v o c e s c o n el v e r s íc u lo d e l s a lm o , e n la p a la b r a «P a sc h a ».
S in e m b a r g o , a p a r tir d e la p a la b r a « n o s tr u m » se a p r e c ia u n e s tilo to ta lm e n te
d ife r e n te (e je m p lo 3 .9 ) . A h o r a e l te n o r c a n ta c o n u n r itm o e s tr ic ta m e n te
m e n s u r a d o ; la v o z s u p e r io r se m u e v e e n n o ta s a ú n m á s r á p id a s e n e l 1 er
c u a l se o y e u n c a n to m e lis m á tic o d o s v e c e s e n e l te n o r (e n e l e je m p lo 3 .9 , la s
d o s a p a r ic io n e s d e l te n o r e stá n m a r c a d a s c o n n ú m e r o s r o m a n o s I y II).
L o s c o m ie n z o s d e !¿i p o l i f o n í a y ¡a m ú s ic a d e l sig lo X11J 121
[S o lis ta ]
« p e r io d o » in g lé s y el p u n c tu s la tin o , ta m b ié n es la s e c c ió n d e p r o s a o m ú s ic a
r io d o o fr a se .
c lá u s u la s h a y s e c c io n e s c o n tr a sta n te s e n e s tilo d e o r g a n u m p u r u m . Y a q u e
m e n te n o fu e r o n e s c r ito s p o r L é o n in , s in o p o r u n c o m p o s ito r p o s te r io r , p a r
n u m r e v e la n u n e s tilo m á s a n t ig u o . D e s p u é s d e la ú lt im a s e c c ió n d e
122 H is to r ia d e ¡a m ú s ic a o c c id e u r a l, 1
EJEM PLO 3 .9 Comienzo del versículo del A l l e l u i a P asch a n o stru m , de Léonin, en el que
se incluye una cláusula sobre «nostrum»
L o s c o m ie n z o s d e la p o l i f o n í a y L i m ú s ic a del sig lo Miy 123
d is c a n to , e l c o r o c o n c lu y e la p ie z a c o n la s p o c a s fr a se s te r m in a le s d e l a lle lu ia
d e l c a n to lla n o s o b r e e l c u a l se b a sa e l o r g a n u m .
e le m e n to s v ie jo s y n u e v o s , d e p a s a je s d e o r g a n u m flo r id o q u e se a lte r n a b a n y
c o n tr a s ta b a n c o n c la u s u la e d e d is c a n to , d e m a y o r v iv a c id a d r ítm ic a . A m e d i
d a q u e a v a n z a b a e l s ig lo X III, e l o r g a n u m p u r u m se fu e a b a n d o n a n d o g ra
d u a lm e n te e n b e n e fic io d e l d is c a n to ; e n e l c u r so d e e sta e v o lu c ió n , la s c lá u
s u la s , e n u n p r in c ip io , se to r n a r o n p ie z a s ca si in d e p e n d ie n te s y , fin a lm e n te ,
d ie r o n lu g a r a u n a fo r m a n u e v a , e l m otete.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A n ó n im o I V c o m p a ra lo s lo g ro s d e L é o n in y P é ro tin
Jeremy Yudkin: T h e M u s i c T r e a t i s e o f A n o n y m o u s I V : A N e w T r a n s l a t i o n , M SD 41
(Neuhausen-Stuttgart AIM /Hanssler-Verlag, 1985), p. 39. E l autor de este tratado, un
alumno de Johannes de G arlandia, es el cuarto anónimo en C .-E.-H . de la colección de
tratados medievales de Coussemaker (París, 1864-76).
L a o b r a d e P é r o tin y d e su s c o n te m p o r á n e o s p u e d e c o n s id e r a r s e u n a c o n ti
n u a c ió n d e la r e a liz a d a p o r la g e n e r a c ió n d e L é o n in . L a e s tr u c tu ra fo r m a l b á
m o m e n s u r a d o c o n la s la r g a s n o ta s s o s te n id a s e n el te n o r . N o s ó lo la s p a rte s
s u la s d e d is c a n to , s in o q u e ta m b ié n m u c h a s d e la s c lá u s u la s m á s a n tig u a s
m ic o s q u in to o te r c e ro ; e sto s te n o r e s , e n la s tr a n s c r ip c io n e s m o d e r n a s , d a n la
(v é a s e el e je m p lo 3 .1 0 ) . A d e m á s , la m e lo d ía d e l te n o r , q u e e n el e s tilo d e
P é r o tin a p a r e c ía e sc r ita e n n o ta s m á s b re v e s q u e la s d e lo s te n o re s d e L e o n in ,
a m e n u d o se r e p e tía to ta l o p a r c ia lm e n te a fin d e q u e u n a s e c c ió n a lc a n z a s e
tiv o r ítm ic o y d e l m e ló d ic o — fo r m a r o n p a r te , a s im is m o , d e la e s tr u c tu r a
fo r m a l d e l m o te te a fin e s d e l s ig lo X III. E n e l e je m p lo 3 .1 0 c , e n lo s q u e el te
la té c n ic a d e l m o te te « is o r r ítm ic o » d e l s ig lo X IV , q u e h a b r e m o s d e e s tu d ia r e n
el c a p ítu lo s ig u ie n te (v é a n s e la s p p . 1 4 9 -1 5 1 ) .
U n a im p o r ta n te in n o v a c ió n e fe c tu a d a p o r P é r o tin y su s c o n te m p o r á n e o s
fu e la e x p a n s ió n d e l o r g a n u m d e d o s a tre s o c u a tr o v o c e s . P u e s to q u e a la se
g u n d a v o z se la lla m a b a d u p lu m , p o r a n a lo g ía se d e n o m in ó a la te rce ra y
c u a r ta trip lu m y q u ad ru p lu m , r e s p e c tiv a m e n te . L o s m is m o s té r m in o s d e s ig
n a b a n a s im is m o a la c o m p o s ic ió n e n su c o n ju n to ; u n o r g a n u m a tre s v o c e s
organ um q u ad ru p lu m o q u ad ru p lu m . E l o r g a n u m a tr e s v o c e s , o tr ip lu m , se
q u e d a ta n d e la s e g u n d a m ita d d e l s ig lo X III.
E n u n o r g a n u m tr ip lu m e x te n s o h a b itu a lm e n te se h a lla n p r e se n te s d o s
m e n te s o s te n id a s d e l c a n to e n e l te n o r y d o s v o c e s q u e se m u e v e n p o r e n c i
m a e n fra se s m e d id a s . E s te e s tilo re c u e rd a a la s s e c c io n e s d e n o ta s p r o lo n g a
d a s d e l o r g a n u m d e L e o n in , es d e c ir , e l o r g a n u m p u r u m , a u n q u e c o m p a r te n
la p r e c is ió n r ítm ic a d e l d is c a n to e n la s v o c e s s u p e r io r e s . J o h a n n e s d e
G a r la n d ia , q u e e s c r ib ió u n tr a ta d o s o b r e e l r itm o s e g ú n e l u s o d e N o tr e
m o d o q u e e l organ um p u ru m , c o n s ta b a d e n o ta s la r g a s p r o lo n g a d a s e n la v o z
m á s in fe r io r . J o h a n n e s ta m b ié n o b s e r v ó u n ra sg o im p o r ta n te d e la c ó p u la , es
L o s c o m ie n z o s d e fu p o lifo n ía y la m ,--- ¡
d e c ir , el d e q u e la m ú s ic a te n d ía a a p a re c e r o r g a n iz a d a m e d ia n te fr a s e s a n te
c e d e n te s y fr a s e s c o n s e c u e n te s .
U n a d e la s o b ra s m á s a d m ir a b le s d e P é r o tin es s u o r g a n u m q u a d r u p lu m
Sed eru n t (v é a se N A W M 1 7 y el fa c s ím il d e la p á g in a e n fr e n ta d a ). E s ta es la
m ú s ic a d e la e n to n a c ió n , c o n la p r im e r a p a la b r a , d e l r e s p o n s o d e l g r a d u a l d e l
d ía d e S a n E s te b a n . E s p a r te d e u n a c o m p o s ic ió n m u y la r g a , c u y a in te r p r e ta
c ió n d e b ió d e r e q u e r ir u n o s v e in te m in u to s . D e b id o a q u e e l te x to n o p r o
p o r c io n a b a a l c o m p o s it o r u n m e d io p a r a o r g a n iz a r la m ú s ic a , é s te s e v io
o b lig a d o a r e c u r r ir a m e d io s a b stra c to s y p u r a m e n te m u s ic a le s , u n o d e lo s
c u a le s c o n s is te e n e l in te r c a m b io d e v o c e s . E ste in te r c a m b io a g r a n e s c a la d e
b ió d e c o n v e r tir la m ú s ic a e n m a te r ia m á s in te r e s a n te p a r a lo s c a n ta n te s ; sin
e m b a r g o , lo s o y e n te s s e n c illa m e n te p e r c ib ía n s ó lo u n a s e c c ió n q u e se r e p e tía .
H a y p e r m u ta s d e v o c e s m á s b re v e s a to d o lo la r g o d e la s e c c ió n Sed eru n t, a sí
c o m o ta m b ié n r e p e tic ió n m o tív ic a d e n tr o d e u n a s o la v o z . E l e m p a r e ja m ie n -
126 H is to r ia d e La m ú s i c a o c c id e n ta l , 1
a. G r e g o r ia n o
b . C lá u s u la a d o s v o c e s
s e g ú n el c o m e n ta r io d e G a r la n d ia , e n lo s c o m p a s e s 1 3 1 -3 4 y 1 3 3 -3 8 , e m p a
r e ja m ie n to s q u e p o s e e n la r e la c ió n d e a n te c e d e n te y c o n s e c u e n te c a r a c te r ís ti
c a d e la c o p u la .
E n u n o r g a n u m típ ic o d e P é r o tin , u n a s e c c ió n in ic ia l d e o r g a n u m p u r u m
se v e rá s e g u id a p o r u n a o m á s se c c io n e s d e d is c a n to , e n la s q u e e l te n o r ta m
b ié n se rá m e n s u r a d o , a u n q u e se m u e v a c o n m e n o r r a p id e z q u e la s v o c e s s u
p e r io r e s . A m e d id a q u e a v a n z a la c o m p o s ic ió n , s e c c io n e s e n el e s tilo d e n o ta s
ca s d e d ic h o c a n to . L o s tr ip la y q u a d r u p la d e P é r o tin y su g e n e r a c ió n c o n s ti
tu y e n lo m á s lo g r a d o d e la p o lifo n ía e c le s iá s tic a e n lo s c o m ie n z o s d e l s i
g lo X III.
L o s c o m ie n z o s d e ¡a p o l i f o n í a y h i m ú s ic a d e l sig lo X ill 127
E l c o n d u c tu s p o lifó n ic o
h im n o y la s e c u e n c ia , a u n q u e m á s a d e la n te a d m itió te x to s p r o fa n o s . E n u n
c o n d u c tu s p o lifó n ic o d o s o m á s v o c e s c a n ta n e l m is m o te x to , c o n e l m is m o
r itm o . S u s te x to s, c o m o lo s d e lo s p r im e r o s c o n d u c tu s m o n o fó n ic o s y e l ver
su s a q u ita n o , se n u tr e n d e lo s p o e m a s m é tr ic o s la tin o s , r a r a m e n te litú r g ic o s ,
a u n q u e a m e n u d o so b r e te m a s r e lig io s o s . C u a n d o e ra n p r o fa n o s , lo s te x to s
n a rr a b a n a c o n te c im ie n to s h is tó r ic o s o c o n te m p o r á n e o s y c u e s tio n e s m o r a le s
o e c le s iá s tic a s .
e n e l o r g a n u m , se m a n te n ía n d e n tr o d e u n á m b ito r e la tiv a m e n te e s tr e c h o ,
c r u z á n d o s e s is te m á tic a m e n te ; a d e m á s , e sta b a n a r m ó n ic a m e n te o r g a n iz a d a s
e n to r n o a la s c o n s o n a n c ia s d e o c ta v a , c u a r ta y q u in ta . L a s te rce ra s s u e n a n
c o n p r o m in e n c ia e n a lg u n o s c o n d u c tu s , a u n q u e e ste in te r v a lo a ú n n o h a b ía
s id o a c e p ta d o c o m o c o n s o n a n c ia p e r fe c ta . E l in te r c a m b io d e v o c e s es b a s ta n
te fr e c u e n te .
p o r su te x tu r a c a si h o m o r r ít m ic a ; te n ía , a d e m á s , o tr a s d o s c a r a c te r ís tic a s
d e fo r m a s ilá b ic a . U n a e x c e p c ió n a e sta r e g la se d a e n a lg ú n c o n d u c tu s e n el
q u e se in tr o d u c e n p a s a je s b a s ta n te e x te n s o s d e s p o ja d o s d e te x to , lla m a d o s
c lá u s u la s p r e e x is te n te s , h a b itu a lm e n te in tr o d u c ía n e n tre la s v o c e s u n a v a r ie
d a d d e r itm o s im ila r al d e l o r g a n u m , lo q u e d a b a lu g a r a u n a m e z c la d e lo s
e s tilo s d e c o n d u c tu s y o r g a n u m . L a s c au d ae p u d ie r o n h a b e r s id o in te r p r e ta
d a s in s tr u m e n ta lm e n te .
d e a lg u n a o tr a fu e n te p r e e x is te n te , e ra a m e n u d o u n a m e lo d ía d e c o m p o s i
c ió n n u e v a q u e s e r v ía c o m o c a n tu sfirm u s d e u n a c o m p o s ic ió n e n p a r tic u la r .
E l c o n d u c tu s , y su a n te c e s o r e l v e r s u s , e n c o n s e c u e n c ia , c o n s titu y e r o n la
p r im e r a e x p r e s ió n e n la h is to r ia d e la m ú s ic a o c c id e n ta l d e l c o n c e p to d e u n a
o b r a p o lifó n ic a to ta lm e n te o r ig in a l, a u n q u e la n u e v a m e lo d ía se u tiliz a b a d e
c o n d u c tu s e stá n a n o ta d o s c o n id é n tic o p r o c e d e r q u e lo s o r g a n a , es d e c ir , e n
m e n te a lin e a d a s y e l te x to s ó lo se e s c r ib e d e b a jo d e la p a r te m á s g ra v e (e l te
n o r ).
128 H i s t o r i é d e ¡a m ú s ic a o c c id e n ta l, 1
E l c o n d u c tu s A ve virgo virgin u m ( N A W M 1 8 y e je m p lo 3 .1 1 ) , p r o c e d e n
te d e u n o d e lo s m a n u s c r ito s c o n te n id o s e n e l r e p e r to r io d e N o tr e D a m e e stá
d e d ic a d o a la V ir g e n M a r ía y, p r o b a b le m e n te , fu e u tiliz a d o e n p re c e s y p r o
c e s io n e s s e ñ a la d a s . L a m is m a m ú s ic a s ir v e p a r a tre s e str o fa s; a d e m á s , lo s d o s
p r im e r o s p a r e a d o s p r e se n ta n m ú s ic a id é n tic a e n to d a s su s v o c e s .
9• ' r;yi>M=•-j-1-*■
rm t
+
» j
~m..... ar
IjL j = ¡-s^ =
Pe - p e -ri - s ti d o - m i-n u m Mo - y - si fi - cel - la ,
Salve, virgen de vírgenes, templo de la p alabra encarnada, que por la salvación de los hom
bres das leche y miel. H as parido a l Señor; fuiste la cesta de Moisés.
F u e n t e : F lo r e n c ia , B ib lio t e c a M e d ic e a -L a u r e n z ia n a , M S P lu te u s , 2 9 .1 , fo ls . 2 4 0 -2 4 0 v .
p o s ic io n e s q u e n o e ra n c o n d u c tu s : p o r e je m p lo , e n la s c o m p o s ic io n e s m u s i
e s c r ib ie ro n c o n e ste p a tr ó n d u r a n te lo s s ig lo s X II y X III, c o m o o c u r r ió d e ig u a l
m o d o c o n a lg u n o s m o te te s d e c o m ie n z o s d e l X III. T a n t o el o r g a n u m c o m o el
c o n d u c tu s fu e r o n d e já n d o s e d e c u ltiv a r g r a d u a lm e n te d e s p u é s d e 1 2 5 0 .
D u r a n te la se g u n d a m ita d d e l s ig lo X III el m o d e lo m á s im p o r ta n te d e c o m
p o s ic ió n p o lifó n ic a fu e e l m otete.
Los c o m ie n z o s de iti polifonía y la música del siglo Mí/ 129
t í m o te te
C o n e l t i e m p o , la s clau su lae se in d e p e n d iz a r o n d e lo s o r g a n a d e m a y o r e x te n
s ió n e n lo s c u a le s h a b ía n e sta d o in c lu id a s e in ic ia r o n u n a v id a p r o p ia c o m o
c o m p o s ic io n e s in d e p e n d ie n te s . S e a p lic a r o n te x to s la tin o s o fr a n c e se s a la v o z
s u p e r io r y se d e n o m in ó m otete. E s te té r m in o es u n d im in u tiv o q u e p r o v ie n e
d e l fr a n c é s m ot, « p a la b r a » , y p r o n to se a p lic ó a la o b r a e n s u c o n ju n to . L a
d u p lu m o r ig in a l) d e u n m o te te ; c u a n d o h a y m á s d e d o s v o c e s , la te r c e ra y
c u a r ta tie n e n lo s m is m o s n o m b r e s q u e e n e l o r g a n u m (tr ip lu m , q u a d r u -
p lu m ).
C o m o h e m o s v is to , L é o n in in tr o d u jo e n su s o r g a n a d is tin ta s s e c c io n e s (c la u
u n a o c a s ió n e n p a r tic u la r . E s d e s u p o n e r q u e la v o z o v o c e s s u p e r io r e s o r ig i
n a lm e n te a ñ a d id a s n o te n ía n te x to ; sin e m b a r g o , e n a lg ú n m o m e n t o , a n te s d e
m e d ia d o s d e s ig lo , c o m e n z a r o n a a g r e g á r s e le s p a la b r a s , h a b itu a lm e n te tr o p o s
o p a r á fr a s is , e n v e rso s la tin o s r im a d o s , d e l te x to d e l te n o r. P o s te r io r m e n te fu e
r o n s u s titu id o s p o r te x to s lig e r o s e n fr a n c é s y m u c h a s m e lo d ía s c o n te x to s
fr a n c e s e s fu e r o n c o m p u e s ta s p a ra ser c a n ta d a s c o n m e lo d ía s d e te n o r m u y c o
n o c id a s .
d e s d e P a rís a tra v é s d e F r a n c ia , p o r to d a E u r o p a o c c id e n ta l. T r e s d e lo s m á s
im p o r ta n te s m a n u s c r ito s q u e se h a n c o n s e r v a d o y p u b lic a d o e n e d ic io n e s
m o d e r n a s c o n c o m e n ta r io s y fa c s ím ile s s o n : el C o d e x M o n tp e llie r , c o n 3 4 5
m o t e t e s , la m a y o r ía d e lo s c u a le s d a ta d e m e d ia d o s d e s ig lo ; e l C o d e x
B a m b e r g , a n to lo g ía d e 1 0 8 m o te te s a tr e s v o c e s , d e fe c h a lig e r a m e n te p o s te
r io r , u n c o n d u c tu s y s ie te p ie z a s sin te x to , y el C ó d ic e d e L a s H u e lg a s , q u e se
c o n se r v a e n el m o n a s te r io q u e lle v a su n o m b r e e n la s c e r c a n ía s d e B u r g o s , e n
E s p a ñ a , y q u e , a p e sa r d e h a b e r se e s c r ito d u r a n te e l s ig lo X IV , in c lu y e m u c h o s
p u e s to , c o n fe c c io n a d o c o n e l in c ip it (p r im e r a p a la b r a o p a la b r a s ) d e c a d a
u n a d e la s p a rte s v o c a le s a su v e z , a p a r tir d e la m á s a g u d a , c o m o o c u r r e e n
lo s e je m p lo s 3 .1 2 y 3 .1 3 . E n s u m a , c o n s ta ta m o s q u e la e x is te n c ia e n m a te ria
d e m e lo d ía s d e m o te te s , ta n to d e te n o re s c o m o d e v o c e s s u p e r io r e s , e ra n d e l
fo r m a r e n a b s o lu to al r e sp e c to .
m a n e r a s:
1 ) U n p a so n a tu ra l e ra d e sc a rta r la s v o c e s s u p e r io r e s o r ig in a r ia s ; e n lu
g a r d e p o n e r te x to a u n a o m á s m e lo d ía s p r e e x is te n te s , se c o n s e r v a b a ú n ic a
m e n te el te n o r y se e s c r ib ía u n a o m á s m e lo d ía s n u e v a s q u e lo a c o m p a ñ a s e n .
c ió n d e te x to s , p u e s to q u e e sta b a n e n c o n d ic io n e s d e m u s ic a liz a r la s p a la b r a s
d e c u a lq u ie r p o e s ía , e n lu g a r d e te n e r q u e e s c o g e r o e sc r ib ir u n a n u e v a q u e
e n c a ja s e c o n u n a lín e a m u s ic a l d a d a ; c o m o c o n s e c u e n c ia a d ic io n a l, o fr e c ía
2 ) L o s m o te te s se e sc r ib ía n p a ra ser c a n ta d o s al m a r g e n d e lo s o fic io s
r e lig io s o s , e n a m b ie n te s la ic o s ; a la s v o c e s s u p e r io r e s d e e sto s m o te te s se le s
a s ig n a b a u n te x to p r o fa n o , h a b itu a lm e n te e n le n g u a v e r n á c u la . N o o b s ta n te ,
d o c a n ta r e l te x to o r ig in a l e n la tín , d e m o d o q u e es p r o b a b le q u e e s to s te n o
res se e je c u ta s e n c o n in s tr u m e n to s .
3 ) A n te s d e 1 2 5 0 se h iz o h a b itu a l e l e m p le o d e te x to s c o n p a la b r a s d ife
r e n te s, a u n q u e e m p a r e n ta d o s e n su s ig n ific a d o , p a ra la s d o s v o c e s s u p e r io r e s
v e z ) u n o e n la tín y o tr o e n fr a n c é s.
lo s m o te te s in c lu ía n te x to s la tin o s to m a d o s d e l r e p e r to r io d e te n o r e s d e c lá u
s u la e x is te n te e n e l M ag n u s líb e r (v é a se la p . 1 1 9 ) . P u e s to q u e e sta s c lá u s u la s
to s c o n s is tía n , a lo s u m o , s ó lo e n u n a s p o c a s p a la b r a s , a v e c e s ú n ic a m e n te
u n a s o la y e n o tr o s ca so s c o n ta d a s s íla b a s . E n c o n s e c u e n c ia , lo s te n o re s d e l
m o te te a p o r ta b a n te x to s s u m a m e n te b re v e s: u n a o d o s s íla b a s , u n a p a la b r a o
m o te te s s ó lo in d ic a n e l in c ip it d e b a jo d e la lín e a d e l te n o r , p r o b a b le m e n te
L o s c o m ie n z o s d e l/t p o l i f o n í a y la m ú s ic a d e l sig lo X til 131
d e b id o a la s u p o s ic ió n d e q u e si la p ie z a ib a a u tiliz a r s e e n la ig le s ia , lo s c a n
ta n te s c o n o c e r ía n el resto d e l te x to y, si se in te r p r e ta b a e n c u a lq u ie r o tr a p a r te ,
la s p a la b r a s s o b r a r ía n . L o s te n o r e s te n d ía n a e x p o n e r s e e n e s q u e m a s r ítm ic o s
r e p e titiv o s r e g u la r e s , ta le s c o m o lo s q u e se m u e s tr a n e n el e je m p lo 3 .1 0 y e n
el te n o r d e l e je m p lo 3 .1 1 .
m a d e m o te te m e d ia n te el a ñ a d id o d e te x to s la tin o s o fr a n c e se s. P o r e je m p lo ,
el d u p lu m d e la c la u s u la so b r e nostrum ( N A W M 1 6 c ) r e c ib ió u n te x to la tin o ,
c o n v ie r te e n u n m o te te ( I 6 d ) . D e fo r m a s im ila r el d u p lu m d e la c la u s u la s o
b re la d e im m olatu s ( N A W M I 6 e ) r e c ib ió u n te x to la t in o , A ve M a r ía , F on s
le titie , e n a la b a n z a a la m a d r e d e l « c o r d e r o » s a c r ific a d o , c e le b r a d o e n e l
A lle lu ia ( 1 6 f ) .
n o re s d e lo s m o te te s se to m a r o n d e o tra s fu e n te s q u e n o e ra n lo s lib r o s d e
m e n z a r o n a s im is m o a u tiliz a r te n o r e s e x tr a íd o s d e la s c a n c io n e s p r o fa n a s
c o n te m p o r á n e a s y d e la s e s ta m p ie s in s tr u m e n ta le s . D e fo r m a p a r a le la a e sta
a m p lia c ió n d e l r e p e r to r io h u b o u n r e la ja m ie n to p r o g r e s iv o e n la m a n e r a d e
r ítm ic a . E n lu g a r d e p r o c u r a r q u e lo s fin a le s d e fr a s e d e l m o te tu s y d e l tr i-
p lu m c o in c id ie s e n sie m p r e c o n lo s s ile n c io s e n el e s q u e m a d e l te n o r , a p r e n
d ie r o n a in ic ia r y te r m in a r la s fr a s e s e n p u n to s d ife r e n te s d e la s d is tin ta s v o
ce s (c o m o e n el e je m p lo 3 .1 2 ) .
P o r r e g la g e n e r a l, lo s p o e m a s u tiliz a d o s p a ra se r v ir d e te x to e n lo s m o te te s n o
n e s, e n im á g e n e s y e x p r e s io n e s e s te r e o tip a d a s , e n e s q u e m a s d e r im a e x tra v a
g a n te s y a d o le c e n d e fo r m a s e s tr ó fic a s c a p r ic h o s a s . C o n fr e c u e n c ia , c ie r ta s
v o c a le s y s íla b a s se r e a lz a n e n to d a s la s v o c e s d e fo r m a s im u ltá n e a o e n e c o ,
m ilitu d d e lo s s o n id o s d e la s v o c a le s .
C o m o es n a tu r a l, e n lo s m o te te s fr a n c e s e s — es d e c ir , e n lo s m o te te s c o n
te x to fr a n c é s ta n to e n el m o te tu s c o m o e n e l tr ip lu m — rara v e z h a b ía r e la
c ió n a lg u n a e n tre lo s te x to s d e la s v o c e s s u p e r io r e s y el te n o r g r e g o r ia n o , q u e
fu n c io n a b a s im p le m e n te c o m o u n c a n ta s fir m a s d e c o n v e n ie n c ia , tr a d ic io n a l,
e je c u ta d o in s tr u m e n ta lm e n te . L o s d o s te x to s fr a n c e s e s e ra n ca si s ie m p r e c a n -
132 Hisronti /¡v i.t¡ ¡tu te» ,n'Cldi’~t, t,,L i
d o n e s d e a m o r . E l tr ip lu m era h a b itu a lm e n te a le g r e , e l m o te tu s tr is te , y a m
b o s p o e m a s s o lía n e s c r ib ir s e e n e l e s tilo d e la s o b ra s c o n te m p o r á n e a s d e lo s
tr o v e r o s, c o m o o c u r r e e n e l e je m p lo 3 .1 2 . E n u n n ú m e r o c o n s id e r a b le d e
m o te te s fr a n c e s e s se in c o r p o r a a u n a o m á s d e su s v o c e s s u p e r io r e s , g e n e r a l
c e n c o n fo r m a id é n tic a e n d iv e r s a s c a n c io n e s d e l s ig lo X III.
Triplum: Amores me hacen sufrir penas sin razón, pues m i dam a, que me ha m atado...
Duplum : En mayo, cuando la rosa ha florecido, y oigo estos pájaros cantar, yo...
Tenor: L a Virgen, madre de Dios, es la ram a; el hijo, su flor...
E l m otete fran co n ia n o
E n lo s p r im e r o s m o te te s , to d a s la s v o c e s s u p e r io r e s e s ta b a n e sc r ita s e n u n
e s tilo m e ló d ic o . P o s te r io r m e n te , lo s c o m p o s ito r e s tr a ta r o n d e in tr o d u c ir
ta m b ié n e n tr e la s m is m a s v o c e s s u p e r io r e s . A e ste tip o d e m o te te p o s te r io r
a v e c e s se le d e n o m in a fr a n c o n ia n o , p o r F r a n c o d e C o lo n ia , c o m p o s ito r y
te ó r ic o q u e c o m p u s o su o b r a e n tr e 1 2 5 0 y 1 2 8 0 a p r o x im a d a m e n te . E l tr i
p lu m p r e s e n ta b a u n te x to m á s e x te n s o q u e e l m o te tu s y se le a s ig n a b a u n a
m e lo d ía d e m o v im ie n t o b a s ta n te r á p id o , c o n m u c h a s n o ta s b re v e s e n fr a s e s
c o r ta s d e p o c a e x te n s ió n ; fr e n te a e ste tr ip lu m , e l m o te tu s c a n ta b a u n a m e
X III, u n o d e lo s ra sg o s m á s d e s ta c a d o s d e l m o te te e ra e l e s q u e m a r ítm ic o r í
v o c e s .
í !>s í omti'rt;;i)s d e ,■-/ tto íifm tu í y la ia m /,',/ 133
3 .1 2 y N A W M 1 9 ) es u n b e llo m o te te fr a n c o n ia n o . T o d a s la s v o c e s e stá n b a
sa d a s e n e l p r im e r m o d o r ítm ic o , c o n s is te n te e n u n a la r g a s e g u id a d e u n a
b re v e . E n la s p a rte s s u p e r io r e s ta n to la n o ta la r g a c o m o la b r e v e se d iv id e n
n o r in te r p r e ta el c a n to d e la m e lo d ía d o s v e c e s, r e p itie n d o d u r a n te to d a la
c o m p o s ic ió n u n p a tr ó n r ítm ic o q u e o c u p a d o s c o m p a s e s d e la tr a n s c r ip c ió n .
C o m o la m ú s ic a d e l m o te te fu e p r im e r o u n d u p lu m d e u n a c la u s u la , e l te x to
fr a n c é s fu e c o m p u e s t o d e sp u é s d e la m ú s ic a . E s to e x p lic a la s lo n g itu d e s d e s i
g u a le s d e lo s v e rso s y el e s q u e m a r ítm ic o ir r e g u la r . E l te x to y la m e lo d ía d e l
tr ip lu m s o n m á s in d e p e n d ie n te s y su s lín e a s , ta n to te x tu a le s c o m o m u s ic a le s ,
n o c o in c id e n c o n la s d e l m o te tu s s in o q u e , a v e c e s , se im b r ic a n c o n e lla s .
c ió n y e v ita la s p a ra d a s e in ic io s e n m u c h o s m o te te s d e e ste p e r ío d o .
te te s: u n o c o n u n tr ip lu m r á p id o , s e m e ja n te al le n g u a je h a b la d o , u n m o te tu s
m á s le n t o y u n te n o r lla n o (q u e se e je c u ta b a e n fo r m a in s tr u m e n ta l) e n u n
p e tr o n io , p o r P e tru s d e C r u c e (P ie r r e d e la C r o ix ), u n o d e lo s p o c o s c o m p o
s ito r e s d e l s ig lo X III, q u e tr a b a jó a p r o x im a d a m e n te d e 1 2 7 0 a 1 3 0 0 . E n
e x p u e s to e n lo n g a s u n ifo r m e s p e r fe c ta s (b la n c a s c o n p u n tillo e n la tr a n s c r ip
c ió n ), m ie n tr a s q u e e l d u p lu m , n o tie n e m á s d e d o s s e m ib r e v e s (c o r c h e a s )
p o r b re v e . S in e m b a r g o , e l tr ip lu m se a p a r ta d e lo s m o d o s r ítm ic o s c o m b i
n a n d o d e d o s a s e is s e m ib r e v e s e n el tie m p o d e u n a b r e v e . E l d u p lu m , al
ig u a l q u e m u c h o s m o te te s a n te r io r e s , e stá o r g a n iz a d o e n fr a se s d e c u a tr o
c o m p a s e s , p e r o la s c a d e n c ia s d e l tr ip lu m n u n c a c o in c id e n c o n la s te r m in a
c io n e s d e l d u p lu m , o to r g a n d o a la m ú s ic a u n a c o n tin u id a d s in r e s p ir o . T a l
c o m o o c u r r e e n lo s m o te te s c o n d iv e r s o s te x to s e n u n a s o la le n g u a , a q u í lo s
e q u ilib r a r a s c é tic a m e n te la e fu s iv a a la b a n z a d e a m o r d e l te x to fr a n c é s .
g lo X III fu e r o n m á s a m p lia s q u e la s q u e se p r o d u je r o n e n su v o c a b u la r io a r
m ó n ic o . E n 1 3 0 0 , c o m o e n 1 2 0 0 , la q u in ta y la o c ta v a e ra n la s c o n s o n a n c ia s
v á lid a s a c e p ta d a s p a r a lo s tie m p o s fu e r te s . L a c u a r ta r e c ib ió c a d a v e z m á s el
te r v a lo s « d is o n a n te s » . L o s c a m b io s d e c o n s o n a n c ia s ig u ie r o n e l r itm o d e l te
n o r, es d e c ir , c a d a n o ta n u e v a d e l te n o r p r e s u p o n ía u n n u e v o g r u p o d e c o n
Triplum: Algunos, por envidia, hablan m al del am or; pero no hay vida tan buena como la
de am ar con lealtad; pues del am or nacen toda cortesía, todo honor...
D uplum : Am or que vulnera el corazón humano, que engendra el afecto carnal ( nunca, o
rara vez, puede estar desprovisto de vicio)...
p a ra p r o d u c ir d is o n a n c ia s . L a s c a d e n c ia s a d q u ir ie r o n p e r file s q u e p e r m a n e c e
r ía n fijo s d u r a n te lo s d o s s ig lo s s ig u ie n te s (v é a se e l e je m p lo 3 .1 4 ) .
L o s te ó r ic o s d ife r e n c ia b a n tre s te m p o s e n lo s m o te te s : le n to , c u a n d o e n e l
tr ip lu m la b re v e se s u b d iv id ía e n m u c h a s n o ta s m á s c o r ta s (m o te te s e n e s tilo
p e tr o n ia n o ); m o d e r a to , p a ra a q u e llo s m o te te s q u e n o s o b r e p a s a b a n m á s d e
tre s s e m ib r e v e s p o r u n a b re v e (m o te te s e n e s tilo fr a n c o n ia n o ); y r á p id o , p a ra
lo s h o q u e tu s .
i.a s c o m ie n z o s d e la p o lif o n ía y la m ú s ic a fie l s ig lo \U ¡ 135
H oqu etu s
m e lo d ía d e ta l fo r m a q u e u n a v o z s u p le la s n o ta s q u e te n d r ía n q u e h a b e r
e n tr e to d a s e lla s . O c a s io n a lm e n t e , se e n c u e n tr a n p a s a je s e n h o q u e t u s , e n
c o n d u c tu s p r o fa n o s y m o te te s d e fin a le s d e l s ig lo X III y, m á s fr e c u e n te m e n te ,
té c n ic a se d e n o m in a r o n h o q u e tu s . E ste tip o d e p ie z a s p o d ía n se r v o c a le s o
in s tr u m e n ta le s , p e r o e ra n s ie m p r e r á p id a s , p a r tic u la r m e n te la s in s tr u m e n
ta le s .
A la m ú s ic a m e lis m á tic a o q u e in c lu ía te x to s m é tr ic o s le ib a b ie n u n a n o ta
c ió n fu n d a m e n ta d a e n la s c o n v e n c io n e s d e lig a d u r a s y m o d o s r ítm ic o s . S in
e m b a r g o , u n a v e z q u e lo s c o m p o s ito r e s e m p e z a r o n a p o n e r te x to s e n p r o s a
s ilá b ic a m e n te y b u s c a r o n m a y o r v a r ie d a d r ítm ic a , c o m e n z ó a id e a r se u n n u e
d a le s s in te x to , p e r o la s p a rte s s u p e r io r e s r e q u e r ía n q u e lo s v a lo r e s d e t ie m p o
d e c a d a n o ta se fija r a n c o n p r e c is ió n .
te m a d e n o ta c ió n s ig u ió e m p le á n d o s e d u r a n te e l p r im e r c u a r to d e l s ig lo X IV
y m u c h o s d e su s ra sg o s p e r d u r a r o n h a sta m e d ia d o s d e l s ig lo X V I.
E l s is te m a fr a n c o n ia n o p e r m itió q u e la b re v e se d iv id ie s e e n d o s o e n tre s
s e m ib r e v e s . C u a n d o P e tru s d e C r u c e c o m e n z ó a e s c r ib ir m ú s ic a e n la c u a l se
136 H is te r ia fie la m ú s i c a o c c id e n ta l, l
d e u n a b re v e , s e n c illa m e n te e m p le ó ta n ta s se m ib r e v e s c o m o n e c e s ita b a p a ra
la s s íla b a s d e l te x to , in d ic a n d o a v e c e s su a g r u p a m ie n to p o r m e d io d e p u n ti
llo s . A s í, a u n q u e y a se u sa b a n v a lo r e s m e n o r e s q u e u n a s e m ib r e v e h a c ia fin e s
d e l s ig lo X III, al p r in c ip io n o h u b o s ig n o s d e n o ta c ió n e s p e c ífic o s p a ra re p re
d e d a r c a b id a a v a lo r e s d e n o ta m á s c o r to s .
O t r o c a m b io d e n o ta c ió n s u r g ió c o m o r e s u lta d o e v o lu tiv o d e l m o te te d e l
s ig lo X III. L o s p r im e r o s m o te te s se e s c r ib ie r o n e n p a r titu r a , al ig u a l q u e la s
c la u s u la e d e la s c u a le s se h a b ía n d e r iv a d o . A m e d id a q u e la s v o c e s s u p e r io r e s
e m p e z a r o n a d is p o n e r d e te x to s m á s p r o lo n g a d o s y d e q u e c a d a s íla b a r e q u e
r ía u n s ig n o in d e p e n d ie n te p a ra c a d a n o ta , lo s c o m p o s ito r e s y c o p is ta s p r o n
to d e s c u b r ie r o n q u e esa s v o c e s o c u p a b a n m u c h ís im o m á s lu g a r e n la p á g in a
q u e el te n o r, q u e te n ía m e n o s n o ta s y q u e , p o r su c a rá c te r m e lis m á tic o , p o
d ía e sc r ib ir se c o n la n o ta c ió n m o d a l c o m p r im id a d e lig a d u r a s . E l h e c h o d e
e s c r ib ir to d o s lo s p e n ta g r a m a s e n u n a p a r titu r a s u p o n d r ía q u e se p r o d u c ir ía n
la r g o s tr e c h o s v a c ío s e n la p a rte d e l te n o r : u n a p é r d id a d e e s p a c io y d e c o s to
so p e r g a m in o (v é a se el e je m p lo 3 .1 3 ) . P u e sto q u e la s v o c e s s u p e r io r e s c a n ta
b a n te x to s d ife r e n te s e ra n a tu ra l s e p a r a r la s ; y d e e ste m o d o , e n u n m o te te a
tre s v o c e s , el tr ip lu m y e l m o te tu s lle g a r o n a e s c r ib ir s e e n p á g in a s e n fr e n ta d a s
o e n c o lu m n a s se p a ra d a s d e n tr o u n a m is m a p á g in a , m ie n tr a s q u e e l te n o r
a p a r e c ía e n u n ú n ic o p e n ta g r a m a q u e se e x te n d ía a lo la r g o d e la p a rte in fe
a n o ta r la s c o m p o s ic io n e s p o lifó n ic a s d e sd e 1 2 3 0 h a sta el s ig lo X V I.
L a n otación fra n c o n ia n a
L a n o ta c ió n fr a n c o n ia n a , al ig u a l q u e la d e lo s m o d o s r ítm ic o s , se b a sa b a e n
el p r in c ip io d e l a g r u p a m ie n to te r n a r io . E x is tía n c u a tr o s ig n o s p a r a la s n o ta s
in d iv id u a le s : la d ú p le x lo n g a m ; la lo n g a : q ; la b re v e : ■ , y la s e m ib r e v e : ♦ . L a
d ú p le x s ie m p r e te n ía e l v a lo r d e d o s lo n g a s ; u n a lo n g a p o d ía se r p e r fe c ta (tr e s
té m p o r a ) o im p e r fe c ta (d o s té m p o r a ); u n a b re v e n o r m a lm e n te c o m p le ta b a
u n te m p u s , p e r o e n c ie r ta s c o n d ic io n e s , p o d ía c o n ta r c o n d o s , e n c u y o c a so
n o r ( 1 /3 d e u n te m p u s ) o m a y o r ( 2 /3 d e u n te m p u s ). T re s té m p o r a c o n s ti
tu ía n u n a « p e r fe c c ió n » , e q u iv a le n te a u n c o m p á s m o d e r n o d e tre s tie m p o s .
Q u e d a c la r o q u e e ste s is te m a n o d a b a p ie a lo q u e n o s o tr o s d e n o m in a m o s li
g a d u ra s q u e c r u z a n la lín e a d iv is o r ia d e l c o m p á s ; la p a u ta d e b ía d e c o m p le
ta rse d e n tr o d e u n a p e r fe c c ió n .
Las c o m ie n z o s d e la p o l i f o n í a y la m ú s i c a r iel s ig lo YW 137
L o s p r in c ip io s fu n d a m e n ta le s q u e g o b ie r n a n la s r e la c io n e s e n tre la n o ta la r
g a y la b re v e se in d ic a n e n la ta b la s ig u ie n te , e n la q u e se tr a n s c r ib e la n o ta la r g a
c o m o e q u iv a le n te a u n a b la n c a c o n p u n tillo :
^ = J- 1J.
1■A= J J 1J. ( 1 .a lo n g a im p e r fe c ta )
JJ 1 | ( 2 .a b r e v e a lte r a d a )
M■■1 1JJ J l J.
J J J 1J. ( 1 .a lo n g a im p e r fe c ta )
JJ i JJ J 1J J (A m b a s lo n g a s i m p e r f .)
.............- JJ| J J J 1J J l J. ( 1 .a lo n g a im p e r fe c ta
ú ltim a b re v e a lte r a d a )
C u a lq u ie r a d e e sta s r e la c io n e s p o d ía a lte r a r s e c o n la in tr o d u c c ió n d e u n
p u n tillo q u e in d ic a b a u n a d iv is ió n e n tre d o s p e r fe c c io n e s ; p o r e je m p lo :
=J IJJ ( 2 .a lo n g a im p e r fe c ta )
J- lJJ (A m b a s lo n g a s i m p e r f .)
■ ^ = J l J J 1 J- ( 1 .a lo n g a
te r c e ra b re v e
im p e r fe c ta ,
a lte r a d a )
■■ ■q = J. 1 J J i J J ( 2 .a b r e v e
2 .a lo n g a
a lte r a d a ,
im p e r fe c ta )
P r in c ip io s s im ila r e s r e g ía n la s r e la c io n e s e n tr e la s e m ib r e v e y la b r e v e .
A d e m á s , se e s ta b le c ie r o n s ig n o s p a r a lo s s ile n c io s y se e s p e c ific a r o n r e g la s r e l-
fe r e n te s a l r e c o n o c im ie n to d e n o ta s e n lig a d u r a s c o m o lo n g a s , b re v e s o s e m i
b re v e s.
138 H is to r ia d e la m ú s ic a o c c id e n ta l, l
----------------------------------------------- -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
F ra n c o d e C o lo n ia e scrib e so b re la m ú sic a m e n su ra b le
M u s ic H is to r y , ed. rev., Leo Treitler, ed. gen. (Nueva York: W.W. Norton, 1996).
Resumen
m ú s ic o s e n F r a n c ia : e l o r g a n u m y el c o n d u c tu s . M á s ta rd e , e n e l s ig lo X III,
e m e r g ió e l m o te te c o m o s is te m a d o m in a n te d e c o m p o s ic ió n p o lifó n ic a , ta n
to e n á m b ito s sa c ro s c o m o p r o fa n o s .
E s to s n u e v o s g é n e r o s s u r g ie r o n d e p r o c e s o s d e e la b o r a c ió n s o b r e p ie z a s
p r e e x is te n te s . L o s c o m p o s ito r e s p r o s ig u ie r o n h a c ie n d o u s o d e l tr o p o e n el
c a n to lla n o , p r o p o r c io n a n d o te x to s p a ra lo s m e lis m a s o a ñ a d ie n d o te x to s y
m ú s ic a a la litu r g ia tr a d ic io n a l. L le g a d o s a e ste p u n to , e l p r o c e s o d e e la b o r a
c ió n e x p e r im e n tó u n n u e v o g ir o , c u a n d o d iv e rs o s c a n to s e s p e c ífic o s se o r n a
m e n ta r o n y a m p lia r o n m e d ia n te e l a ñ a d id o d e u n a v o z a la s p a rte s q u e a n te
L o s c o m ie n z o s d e L i p o l i f o n í a y la m ú s i c a d e l sig lo X iü 139
n ó r m e n te e ra n in te r p r e ta d a s s ó lo p o r e l c a n to r . A l p r in c ip io , la s e g u n d a v o z
c a n ta b a a in te r v a lo s c o n s o n a n te s , n o ta c o n tr a n o ta , c o n la v o z q u e lle v a b a e l
v o z te n d ía a a d h e r ir s e , p r á c tic a m e n te n o ta c o n tr a n o ta , a la p r im e r a , e n u n
n á n d o s e organ u m u organ u m p u ru m .
L a s s e c c io n e s d e d is c a n to d is fr u ta r o n d e m á s fó r m u la s d e e la b o r a c ió n .
L o s p a tr o n e s d e d u r a c ió n , c o n o c id o s p o r m o d o s r ítm ic o s , se a p lic a r o n a a m
b a s p a r te s d e d is c a n to ; p o r e so la s d o s v o c e s in te r p r e ta b a n c o m b in a c io n e s d e
s e c c io n e s a m p lia d a s d e e ste m o d e lo d e d is c a n to . P o s te r io r m e n te , lo s c o m p o
m e lis m a s d e la s c la u s u la e a d o r n a d a s c a n ta b a n so b r e u n a s íla b a , n o te n ía n
te x to p e r o , c o m o lo s m e lis m a s d e lo s A lle lu ia s y o tr o s c a n to s , e ra n o b je to d e
tr o p o s lit e r a r io s . S e p u s ie r o n te x to s e n la tín y fr a n c é s a la p a r te d e l d is c a n to
e n m e tr o s q u e se a d a p ta b a n a lo s m o d o s r ítm ic o s d e la m ú s ic a . D e a h í n a c ió
el m o te te , y p r o n to se e s c r ib ie r o n n u e v o s m o te te s s o b r e m e lis m a s d e c a n to
lla n o in d e p e n d ie n te s d e la s c la u s u la e . F r e c u e n te m e n te , se a ñ a d ía u n a te rce ra
res, b a sa d a s e n u n te n o r o r ig in a l q u e in c lu ía u n ú n ic o te x to n o litú r g ic o e n
p a rte s c o n tr a e l c a n to lla n o .
L o s p r in c ip a le s lo g r o s té c n ic o s d e e so s a ñ o s c o n s is tie r o n e n la c o d ific a
c ió n d e l s is te m a m o d a l r ítm ic o y la in v e n c ió n d e u n a n u e v a n o ta c ió n p a ra la
in te r p r e ta c io n e s .
e s c r ib ía n in d is tin ta m e n te so b r e te x to s d e u n a c la s e c o m o d e o tr a . U n a fo r m a
m ic r o c o s m o s d e la v id a c u ltu r a l d e su é p o c a . E n e ste c o n te x to u n a h e te r o g é
n e a c o le c c ió n d e c a n c io n e s a m a to r ia s , m e lo d ía s d e d a n z a , e s tr ib illo s p o p u la
y te n o r e s d e c a n to lla n o ,
c e r ra d o e m p e z ó a d is o lv e r s e , a p e r d e r ta n to su c o h e s ió n in te r n a c o m o su p o -
140 llistoria de Lt música occidental, l
d e r p a ra d o m in a r lo s a c o n te c im ie n to s . S ig n o s d e e sa d is o lu c ió n a p a r e c ie r o n
r e fle ja d o s e n e l m o te te c o m o e n u n e s p e jo : u n g ra d u a l d e b ilita m ie n to d e la
a u to r id a d d e lo s m o d o s r ítm ic o s , e l r e le g a m ie n to d e l te n o r d e l c a n to a u n a
fu n c ió n p u r a m e n te fo r m a l, la e x a lta c ió n d e l tr ip lu m a la c a te g o r ía d e v o z s o
c a m in o p a r a u n n u e v o e s tilo m u s ic a l, a u n a n u e v a m a n e r a d e c o m p o n e r , e n
B ib lio g r a fía
Organum y conductus
c ie ty , 1 8 9 4 ), e d ic ió n y fa c s ím ile s p a r c ia le s d e lo s te x to s; A n d re a s H o ls c h n e id e r , D ie
Organa von Winchester ( H i l d e s h e i m : G . O l m s , 1 9 6 8 ) , m ú s ic a y fa c s ím ile s ; A le ja n
U n iv e r s ity P ress, 1 9 7 7 ), e d ic ió n d e la m ú s ic a .
(S a n tia g o d e C o m p o s te la , 1 9 4 4 ) , fa c s ím ile s , tr a n s c r ip c io n e s , c o m e n t a r io s .
ren d on P ress, 1 9 9 2 ) , v o l 1 , i n t r o d u c c ió n , v o l. 2 , tr a n s c r ip c io n e s .
N o tre D a m e : la s tr e s f u e n t e s p r i n c i p a l e s q u e s e c r e e s o n la s d e s c e n d i e n t e s m á s c o m p l e t a s
o f M e d ie v a l M u s ic a l M a n u s c r ip ts (P M M M ) 2 (B r o o k ly n : In stitu te o f M e d ie v a l M u
p r e ta c ió n d e to d a s la s p i e z a s a t r i b u i d a s p o r el A n ó n im o IV a P é r o tin . E d ic io n e s re
s o n , W i s c . : A - R E d i t i o n s , 1 9 8 0 ) ; y G o r d o n A n d e r s o n , e d . : Notre-Dame an d Related
Motetes
1 9 8 2 ), 3 v o ls .: 1 -2 , e d ic ió n m o d e r n a ; 3 , ín d ic e , n o ta s , b ib lio g r a fía .
m e n ta r io s d e lo s te x to s d e lo s m o t e t e s con le tr a p r in c ip a lm e n te e n la tín .
an d E a r ly R e n a is s a n c e , v o ls . 2 - 8 (M a d is o n , W i s c .: A - R E d itio n s , 1 9 7 8 -8 5 ).
3 v o ls .: 1 , fa c s ím ile s ; 2 , tr a n s c r ip c io n e s ; 3 , c o m e n t a r io s ; G . A n d e r s o n , e d .: Compo-
sitions o f the Bam berg M anuscript, C M M 7 5 (N e u h a u s e n -S t u t t g a r t : H á n s s le r ,
1 9 7 7 ).
In s titu t d ’e s tu d is C a ta la n s , B ib lio t e c a d e C a ta lu n y a , 1 9 3 1 ), 3 v o ls .: 1 , c o m e n ta r io s ;
2 , fa c s ím ile s ; 3 , tr a n s c r ip c io n e s .
t io n s d e l’ O i s e a u -L y r e ,1 9 7 9 ) .
Fuentes: teóricos
g r a fía d e l c a p ítu lo 2 .
A n ó n im o IV : D e mensuris et discanta, tr a d . d e J e re m y Y u d k in , M S D 4 1 (N e u h a u s e n -
S tu ttg a r t: A lM /H a n s s le r , 1 9 8 5 ).
u n tratad o d e 1 2 7 9 .
1 9 7 3 ).
142 H is to r ia d e la m ú s ic a o c c id e n ta l , 1
L e c tu r a s a d ic io n a le s
D e c a r á c te r g e n e r a l
E n to r n o c u ltu r a l y s o c ia l p a ra u n a v is ió n d e la m ú s ic a a p ro p ia d a p a ra la v id a d e l m o n a s
t e r io , la ig le s ia y la c iu d a d , lé ase M a r ió n S . G u s h e e , « T h e P o ly p h o n ic M u s ic o f th e
M e d ie v a l M o n a s t e r y , C a t h e d r a l a n d U n iv e r s it y » , y C h r is t o p h e r P a g e , « C o u r t a n d
C i t y in F r a n c e , 1 1 0 0 - 1 3 0 0 » , a m b o s e n A n t i q u i t y a n d th e M i d d l e A g e s , e d . Ja m e s
M c K i n n o n (E n g le w o o d C l i f f s , N . J . : P r e n t ic e H a l l , 1 9 9 1 ) , p p . 1 4 3 - 6 9 ; 1 9 7 - 2 1 7 .
E n D i s c a r d in g I m a g es: R e fle c tio n s ó n M u s i c a n d C u ltu r e i n M e d i e v a l F ra n c e ( O x f o r d :
C la r e n d o n P re s s , 1 9 9 3 ) , P ag e d e s a fía la s v is io n e s c o n v e n c io n a le s d e l s ig lo X III c o m o
r a c io n a lis t a , p ita g ó r ic o , c o n s t r u c t iv o y a s c é t ic o , y d e fie n d e u n a in t e r p r e t a c ió n m ás
in t u it iv a d e su s c u a lid a d e s h u m a n a s . P a r a e s tu d io s e ru d it o s s o b re la A l t a E d a d M e
d ia , c o n s ú lte s e D a v id H i l e y y R ic h a r d L . C r o c k e r , T h e E a r ly M i d d l e A g es to 1 3 0 0 ,
N e w O x f o r d H is t o r y o f M u s ic , e d ic ió n re v is a d a ( L o n d r e s y N u e v a Y o r k : O x f o r d
U n iv e r s it y P re s s , 1 9 9 0 ).
R itm o . U n a o b r a m u y c o m p le t a s o b re el r it m o es la d e W i l l i a m G . W a it e : T h e R h y th m
o f T w e l f i h - C e n t u r y P o ly p h o n y ( N e w H a v e n : Y a le U n iv e r s it y P re s s , 1 9 5 4 ). S e h a n d is
c u t id o m u c h a s d e la s c o n c lu s io n e s d e W a it e : L e o T r e it le r : « M e te r a n d R h y t h m in
th e A r s A n t ig u a » , M Q 6 5 ( 1 9 7 9 ) : 5 2 4 - 5 8 , a rg u y e q u e e l r it m o e sta b a m á s re g id o
p o r el a c e n to q u e p o r la c a n t id a d . U n a d e las c o n tr o v e rs ia s m á s v iv a s g ira a lre d e d o r
d e l r it m o d e l o r g a n u m p u r u m : J e r e m y Y u d k in : « T h e R h y t h m s o f O r g a n u m P u -
ru m » , J M 2 ( 1 9 8 3 - 8 4 ) : 3 3 5 - 7 6 , re s u m e la s o p in io n e s e n c o n tr a d a s y p re s e n ta s u
p r o p ia te s is a W a it e y a lo s d e m á s .
S o b re las fu e n te s d e l m e t ro y e l r it m o a n te rio re s a N o t r e D a m e , vé ase M . E . F a s s le r:
« A c c e n t, M e t e r a n d R h y t h m e n M e d ie v a l T re a tis e s “ D e r it h m is ” », J M 5 (1 9 8 7 );
1 6 4 -9 0.
C o n s o n a n c ia . E n la p o n e n c ia d e R . C r o c k e r : « D is c a n t , C o u n t e r p o in t a n d H a r m o n y » ,
JA M S 15 ( 1 9 6 2 ) : 1 - 2 1 , y e n G L H W M 2 , se p ru e b a c ó m o la s reg las d e l d is c a n to
d ie r o n lu g a r a o tra s d e c o n t r a p u n t o y a r m o n ía e n lo s s ig lo s p o s te rio re s . E r n e s t S a n -
d e rs , e n « T o n a l A s p e c ts o f 1 3 t h - c e n t u r y E n g lis h P o ly p h o n y » , A M 3 7 ( 1 9 6 5 ) : 19-
3 4 , e x p lic a la im p o r t a n c ia d e la u n id a d t o n a l e n In g la t e r r a e n o p o s ic ió n a la c o m
p o s ic ió n fra n c e s a d e l s ig lo X I I I . I d , e n « C o n s o n a n c e a n d R h y t h m in th e O r g a n u m
o f th e 1 2 t h a n d 1 3 th C e n t u r ie s , J A M S 3 3 ( 1 9 8 0 ) : 2 6 4 - 8 6 y S a ra h F u lle r , e n « T h e o -
r e t ic a l F o u n d a t io n s o f E a r l y O r g a n u m T h e o r y » , A M 5 3 ( 1 9 8 1 ) : 5 2 - 8 4 , se o c u p a n
d e la r e la c ió n e n tre r it m o y c o n s o n a n c ia m e d ia n te c ita s d e te ó ric o s d e la é p o c a .
C o p u la . J e r e m y Y u d k in : « T h e A n o n y m o u s o f S t . E m m e r a m a n d A n o n y m o u s I V o n th e
C o p u la » , M Q 7 0 ( 1 9 8 4 ) : 1 - 2 2 .
tio n o f M e d i e v a l M u s i c ( N u e v a Y o r k : W .W . N o r t o n , 1 9 7 8 ) y W . W a it e : T h e R h y th m
o f T w e l j b - C e n t u r y P o lyp h o n y .
R e p e r to rio s específicos
S t. M a r t i a l . L . T r e it le r : « T h e P o ly p h o n y o f S t. M a r t ia l» , J A M S 17 (1 9 6 4 ): 2 9 -4 2 y
G L H W M 2 . S . F u lle r , e n « T h e M y t h o f S a in t M a r t ia l P o ly p h o n y » , M D 3 3 ( 1 9 7 9 ) :
5 - 2 6 , r e fu t a la id e a d e q u e e ste r e p e rt o r io s u r g ió e n u n s o lo c e n t ro .
N o t r e D a m e . C r a ig W r ig h t e s tu d ia la h is t o r ia d e la m ú s ic a e n N o t r e D a m e d u r a n t e la
E d a d M e d ia y e l R e n a c im ie n t o te m p r a n o c o n d e ta lle s fa s c in a n t e s e n M u s i c a n d C e -
r e m o n y a t N o tr e D a m e o f P a r ís : 5 0 0 - 1 5 0 0 (C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s it y P re ss,
1 9 8 9 ) . L a g u ía c lá s ic a d e l r e p e rt o r io d e N o t r e D a m e es F r ie d r ic h L u d w ig : R e p e r to -
r iu m o r g a n o r u m r e c e n tio r is e t m o te to r u m v e tu s tis s im i s t i l i (N u e v a Y o r k : I n s t it u t e o f
M e d ie v a l M u s ic , 1 9 6 4 - 7 8 ) .
P a r a d e s c u b r im ie n t o s re c ie n te s s o b re la v id a d e L é o n i n , v é a se C r a ig W r ig h t : « L e o n in u s ,
P o e t a n d M u s ic ia n » , J A M S 3 9 ( 1 9 8 5 ) : 5 1 - 5 2 .
S o b re P é r o t in , vé a se E . S a n d e r s : « T h e Q u e s t io n o f P é r o t in ’s O e u v r e a n d D a t e s » , e n
F e s ts c h rifi f i i r W a lte r W io r a , e n c a rg a d o s d e la e d ic ió n : L u d w i g F in s c h e r y C h r is t o p h -
H e llm u t M a h lin g (K a s s e l: B á r e n r e ite r , 1 9 6 7 ) , p p . 2 4 1 - 4 9 .
D if e r e n t e s o p in io n e s s o b re la h is t o r ia d e l M a g n u s lí b e r o r g a n i, a p a re c e n e n W r i g h t , M u
s ic a n d C erem on y-, e n E d w a r d R o e s n e r : « T h e O r ig in s o f W l » , J A M S 2 9 ( 1 9 7 6 ) :
3 37 -8 0 y G L H W M 2 ; y e n R e b e c c a B a lt z e r : « T h i r t e e n t h - C e n t u r y lllu m i n a t e d M i
n ia t u re s a n d th e D a t e o f th e F lo r e n c e M a n u s c r ip t » , J A M S 2 5 ( 1 9 7 2 ) : 1 - 1 8 , se e m
p le a n p ru e b a s ic o n o g rá fic a s p a ra d e t e r m in a r la fe c h a y o r ig e n d e F.
S o b re el c o n d u c t u s , vé a se J a n e t K n a p p : « M u s ic a l D e c la m a t io n a n d P o e t ic R h y t h m in
a n E a r ly L a y e r o f N o tre D a m e C o n d u c tu s , J A M S 3 2 (1 9 7 9 ): 3 8 3 - 4 0 7 .
A n te c e d e n te s g e n e r a le s
r a c te r iz ó p o r ser u n a é p o c a d e e s ta b ilid a d y u n id a d , m ie n tr a s q u e e l X IV lo
fu e d e c a m b io s y d iv e r s id a d . L a c la v e p r in c ip a l d e e ste c o n tr a s te e s tr ib a e n la
s itu a c ió n d e l p a p a d o : d u r a n te el s ig lo X III, la a u to r id a d d e la Ig le s ia , e n c a r n a
d a e n lo s p a p a s d e R o m a , g o z a b a d e l r e sp e to y r e c o n o c im ie n to g e n e r a le s c o n
c a rá c te r d e s u p r e m a c ía , n o s ó lo e n c u e s tio n e s d e fe y m o r a l, s in o ta m b ié n , e n
a s u n to s in te le c tu a le s y p o lític o s ; d u r a n te el s ig lo X IV c o m e n z ó a c u e s tio n a r s e
a m p lia m e n te e sta a u to r id a d y , e n e s p e c ia l, la s u p r e m a c ía d e lo s p a p a s . D u
z a d o s al e x ilio d e b id o a la a n a r q u ía y lo s tu m u lto s e n R o m a , r e s id ie r o n e n
tr ig a s c o n s ig u ió la e le c c ió n d e u n p a p a fr a n c é s , B e r tr a n d d e G o t , q u e s e r ía
C le m e n te V ( 1 3 0 5 - 1 4 ) , y n u n c a v ia jó a R o m a a c a u sa d e la h o s tilid a d d e s e n
c a d e n a d a a llí h a c ia lo s e x tr a n je r o s . D u r a n te o tr o s tr e in ta y n u e v e a ñ o s — h a s
ta 1 4 1 7 — h u b o d o s y a v e c e s h a sta tre s r iv a le s q u e p r e te n d ía n el p a p a d o (e l
« G r a n C is m a » ). L a s c r ític a s a e ste e s ta d o d e c o s a s , a sí c o m o a l m o d o d e v id a ,
a m e n u d o e s c a n d a lo s o y c o r r u p to , d e l a lto c le r o , se to r n a r o n c a d a v e z m á s
a cre s y se e x p r e s a r o n n o s ó lo p o r e s c r ito , s in o ta m b ié n e n d iv e r s o s m o v i
c o n c ilia b a la r e v e la c ió n c o n la r a z ó n , lo d iv in o c o n lo h u m a n o , la s r e iv in d i
p r o p ia e s fe r a , d e n tr o d e la c u a l e je r c ía su a u to r id a d : la Ig le s ia te n ía a su c a r g o
a la s a lm a s h u m a n a s , m ie n tr a s q u e el E s ta d o v e la b a p o r su s in te r e se s te rre n a
lig ió n y la c ie n c ia y e n tre la Ig le s ia y e l E s ta d o , d o c tr in a s q u e h a n p r e v a le c id o
e n n u e stra so c ie d a d a p a r tir d e la E d a d M e d ia .
C r o n o lo g ía
1305 F re s c o s de la c a p illa d e la A r e n a , P a d u a , d e b id o s a G io t t o
1307 L a D i v i n a C o m e d ia , d e D a n t e A li g h ie r i ( 1 2 6 5 - 1 3 2 1 )
1309 C le m e n t e V tra s la d a a A v iñ ó n la se d e p a p a l
1316 J u a n X X I I es e le g id o p a p a (h a s ta 1 3 3 4 )
1321 A r s n o v e m n s ic e , d e J e h a n d e M u r s
(J o h a n n e s d e M u r is , ca. 13 0 0 - c a . 1 3 5 0 )
C a . 1 3 2 2 - 2 3 T r a ta d o A r s n o v a , d e P h ilip p e d e V i t r y
1353 D e c a m e r ó n , d e B o c c a c c io ( 1 3 1 3 - 7 5 )
1374 M u e r t e de P e tra rc a ( n . 1 3 0 4 )
1377 M u e r t e d e G u illa u m e de M a c h a u t ( n . ca. 1 3 0 0 )
1378 I n ic io d e l G r a n C is m a
1386 L os c u e n to s d e C a n te r b u r y , d e C h a u c e r {ca. 1 3 4 0 - 1 4 0 0 )
1397 M u e r e F ra n c e s c o L a n d in i ( n . ca. 1 3 2 5 )
Entorno so c ial
E l m o v im ie n to c e n tr ífu g o d e l p e n s a m ie n to d e l s ig lo X IV c o r r ió p a r a le lo a la s
te n d e n c ia s s o c ia le s : la d is m in u c ió n d e l p r o g r e s o y la r e c e s ió n e c o n ó m ic a a ca
r re a d o s p o r lo s te r r ib le s e str a g o s q u e c a u s ó la e p id e m ia d e p e s te e u r o p e a
( 1 3 4 8 -5 0 ) y la G u e r r a d e lo s C ie n A ñ o s ( 1 3 3 8 - 1 4 5 3 ) d ie r o n p ie al d e s c o n
te n to u r b a n o y a la s in s u r r e c c io n e s c a m p e s in a s . E l c r e c im ie n to d e la s c iu d a
d e s d u r a n te lo s d o s s ig lo s p r e c e d e n te s a p o r tó u n c r e c ie n te p o d e r ío p o lític o a
fe u d a l. H a c ia el s ig lo X IV , la c a b a lle r o s id a d d e a n ta ñ o se h a b ía c o n v e r tid o y a
e n m e r a fo r m a lid a d , e n u n c ó d ig o o b s o le to d e m o d a le s y c e r e m o n ia , a n te s
q u e u n a n o r m a d e c o n d u c ta . L a id e a m e d ie v a l d e la u n id a d p o lític a d e E u r o
p a c e d ió fr e n te a la e x is te n c ia d e p o d e r e s se p a r a d o s e in d e p e n d ie n te s . F r a n c ia
. m ú s ic a fra iU i^ ii e i t a f u t i u i <¡el s ig lo >; ¡ 147
e v o lu c io n ó h a c ia u n a m o n a r q u ía a b s o lu ta c e n tr a liz a d a , m ie n tr a s q u e la p e
b e r n a n te s , sin e m b a r g o , se e m u la b a n m u tu a m e n te e n e l p a tr o c in io q u e b r in
d a b a n a la s a rte s y a la s le tr a s .
L a c r e c ie n te in d e p e n d e n c ia e im p o r ta n c ia d e lo s a s u n to s p r o fa n o s se rev e
la r o n e n la e v o lu c ió n in in te r r u m p id a d e la lite r a tu r a v e r n á c u la : la Divina
Comedia d e D a n t e ( 1 3 0 7 ) , e l Decamerón d e B o c c a c c i o (1 3 5 3 ) y lo s Cuen
tos de Canterbury d e C h a u c e r ( 1 3 8 6 ) s o n a l g u n o s d e l o s g r a n d e s h ito s lit e r a
r io s d e l s ig lo X IV . E l m is m o p e r ío d o fu e te s tig o d e lo s a lb o r e s d e l h u m a n is
m o , m o v im ie n to q u e r e to m a b a e l e s tu d io d e la s lite r a tu r a s c lá s ic a s g rie g a y
la tin a , y q u e s e r ía u n a d e la s r e fe r e n c ia s m á s im p o r ta n te s d e l p o s te r io r R e n a
c im ie n to . E n la p in tu r a , G io t t o ( ca. 1 2 6 6 -1 3 3 7 ) c o n s u m ó la p r im e r a r u p tu
p o r ig u a l e n u n m o v im ie n to q u e se a p a r ta b a d e l p u n to d e v is ta r e la tiv a m e n te
e s ta b le u n ific a d o y c e n tr a d o e n la r e lig ió n d e l s ig lo x | j j y te n d ía a s u m e r g ir s e
e n lo s v a ria d o s y c a m b ia n te s fe n ó m e n o s d e la v id a h u m a n a .
D e s d e lu e g o q u e el p r o c e s o fu e le n to ; s u p u s o u n d e s p la z a m ie n to g ra d u a l
d e l in te r é s y n o u n a s ú b ita in v e r s ió n d e lo s v a lo r e s . M u c h a s te n d e n c ia s y ras
Antecedentes musicales
o b is p o d e M e a u x (1 2 9 1 -1 3 6 1 ), q u e fu e e n s a lz a d o p o r P e tra rca c o m o « e l ú n i
c o p o e ta v e r d a d e r o d e F r a n c ia » 1. E s t e té r m in o r e s u ltó ta n a p r o p ia d o , q u e lle
g ó a u tiliz a r s e p a r a d e s ig n a r el e s tilo m u s ic a l q u e p r e v a le c e e n F r a n c ia d u r a n
te la p r im e r a m ita d d e l s ig lo X IV . L o s m ú s ic o s d e la é p o c a e ra n to ta lm e n te
c o n s c ie n te s d e q u e e sta b a n a b r ie n d o u n a n u e v a s e n d a , c o m o lo d e m u e s tr a n o
d o o p u e s to h u b o u n te ó r ic o fla m e n c o , J a c o b o d e L ie ja , q u ie n e n s u e n c ic lo
la s in n o v a c io n e s d e lo s « m o d e r n o s » .
1966), p. 87.
148
L o s p r in c ip a le s a s p e c to s té c n ic o s e n d is p u ta e r a n : 1 ) la a c e p ta c ió n , e n
p r in c ip io , d e la m o d e r n a d iv is ió n b in a r ia o im p e r fe c ta d e la lo n g a y la b re v e
(y , fin a lm e n te , d e la s e m ib r e v e ) e n d o s p a rte s ig u a le s , d e l m is m o m o d o q u e
la tr a d ic io n a l d iv is ió n te r n a r ia o p e r fe c ta e n tre s p a rte s ig u a le s (o d o s d e s i
g u a le s ), y 2 ) el u so d e c u a tr o o m á s se m ib r e v e s c o m o e q u iv a le n te s d e u n a
b re v e — in ic ia d o y a c o n lo s m o te te s d e P e tru s d e C r u c e — y, fin a lm e n te , d e
v a lo r e s a ú n m á s p e q u e ñ o s .
El a r s n o v a en Francia
L o s c o m p o s ito r e s d e l s ig lo X IV p r o d u je r o n m u c h ís im a m á s m ú s ic a p r o fa n a
q u e sa cra . E l m o te te , q u e se in ic ia r a c o m o u n a fo r m a sa cra , a d q u ir ió c a r a c te
r ís tic a s p r o fa n a s e n g ra n m e d id a a n te s d e c o n c lu ir el s ig lo X V I y e sta te n d e n
c ia n o se in te r r u m p ió . E l d o c u m e n to m u s ic a l m á s a n tig u o d e la F r a n c ia d e l
s ig lo X IV es u n m a n u s c r ito h e r m o s a m e n te m in ia d o (P a r ís , B ib lio th é q u e N a -
d e h e c h o , c o n s titu y e n u n a a n to lo g ía d e la m ú s ic a d e l s ig lo X III y c o m ie n z o s
to lo g ía se in c lu y e n a s im is m o 3 4 m o te te s p o lifó n ic o s . M u c h o s d e lo s te x to s
p r e se n ta n d e n u n c ia s c o n tr a el c le r o d e la é p o c a ; a d e m á s h a y b a sta n te s a lu s io
n e s a su c e so s p o lític o s . E s ta c la se d e a lu s io n e s e ra n c a r a c te r ís tic a s d e l m o te te
e n e l sig lo X IV , c o m o lo h a b ía n s id o d e l c o n d u c tu s e n u n p e r ío d o a n te r io r ; el
m o te te d e l s ig lo X IV te r m in ó p o r u sa rse c o m o la fo r m a típ ic a d e c o m p o s ic ió n
p a r a la c e le b r a c ió n m u s ic a l d e im p o r ta n te s o c a s io n e s c e r e m o n ia le s , ta n to
e c le s iá s tic a s c o m o p r o fa n a s, fu n c ió n é sta q u e c o n s e r v ó d u r a n te to d a la p r i
m e r a m ita d d e l s ig lo X V .
c o n tr a d o e n el c ó d ic e d e Iv re a , e s c r ito h a c ia 1 3 6 0 . L o s te n o re s d e su s m o te te s
p r in c ip io q u e y a h e m o s e n c o n tr a d o e n a lg u n o s m o te te s d e fin e s d e l s ig lo X III
(v é a s e el e je m p lo 3 .1 0 c ) ; a s im is m o y al ig u a l q u e e n a lg u n o s m o te te s a n te r io r e s ,
e n e ste m o m e n to to d o o c u r re a u n a e s c a la m u c h o m a y o r q u e e n e ta p a s a n te
r io r e s : e l t e n o r e s m á s e x te n so , lo s r itm o s s o n m á s c o m p le jo s y la lín e a e n te ra se
m u e v e c o n ta n ta le n titu d y p e sa d e z p o r d e b a jo d e la s n o ta s m á s r á p id a s d e la s
v o c e s s u p e r io r e s q u e es im p o s ib le r e c o n o c e r la c o m o m e lo d ía ; d e h e c h o fu n c io
n a , m á s b ie n , c o m o fu n d a m e n to so b re e l c u a l se c o n s tr u y e la p ie z a .
{.¿i v m s h 'i i francesa e i t a l i a n a r ie l ‘ig lú ,V7í 149
----------------------------------------------------------------------------------------------
El motete isorrítmico
m e n to s re c u rre n te s e n lo s te n o re s d e l m o te te , u n o m e ló d ic o y o tr o r ítm ic o .
ta le a (« c o r te » o s e g m e n to ). C o lo r y ta le a p o d ía n c o in c id ir , in ic ia n d o y te r m i
n a n d o ju n to s ; o b ie n e l c o lo r se p o d ía e x te n d e r so b r e d o s , tre s o m á s ta le a s ,
c o n lo s d o s e le m e n to s c o o r d in a d o s . N o o b s ta n te , si lo s fin a le s d e l c o lo r y d e
la ta le a n o c o in c id ía n , e n to n c e s la s r e p e tic io n e s d e l c o lo r c o m e n z a b a n e n la
m ita d d e la t a le a . L o s m o te te s q u e tie n e n u n te n o r c o n s tr u id o d e c o lo r e s y
ta le a e se d e n o m in a n is o r r ítm ic o s (« c o n e l m is m o r itm o » ). E n a lg u n o s c a so s
la s v o c e s s u p e r io r e s , lo m is m o q u e el te n o r , p o d ía n e sc r ib ir se is o r r ítm ic a m e n -
te ; a d e m á s , la té c n ic a ta m b ié n se a p lic a b a o c a s io n a lm e n te a c o m p o s ic io n e s
d e o tr o s g é n e r o s.
Una cencerrada o serenata ruidosa, despierta a Fauvely a Vaine Gloire tras su boda en el R o m á n d e
Fauvel (1310-14), poema debido a Gervais du Bus con muchas interpolaciones musicales. Fauvel era
un caballo o asno alegórico, que encarna los pecados representados por las letras de su nombre: f l a t t e r i e
(lisonja), a v a r i c e (avaricia), v i l a i n i e (bajeza), v a r i é t é (volubilidad) y l á c h e t é (cobardía). (París, Bi-
bliotheque Nationale, MS fr. 146.)
y ta le a p u e d e n c o o r d in a r s e . E l c o m p o s ito r d iv id ió la m e lo d ía d e l n eum a e n
L u e g o r e p itió la m e lo d ía c o n u n s e g u n d o c o lo r y u só la s m is m a s taleae. G a-
r rit g a llu s p r e se n ta o tr o g r a d o d e c o m p le jid a d m a y o r . E n la n o ta c ió n o r ig i
b in a r io , e n o p o s ic ió n al m e tr o te r n a r io d e la n o ta c ió n e n n e g r o . E n el e je m
p lo 4 .1 , e sto s s e g m e n to s a p a r e c e n e n tre c o r c h e te s tr u n c o s . E n c u a n to a lo s
v a lo r e s d e la s n o ta s d e la tr a n s c r ip c ió n , el s e g m e n to c o lo r e a d o c o n s ta d e c in
c o p a re s d e u n id a d e s d e 6 /8 , m ie n tr a s q u e a c a d a la d o h a y u n g r u p o d e tre s
__ _____ _________ _________ __ 151
Jalea IV G,- «.
Color 2
Talea V
Talea VI
>' f o-
u n id a d e s d e 6 /8 . E sta m e z c la d e d iv is ió n b in a r ia y te r n a r ia es u n a d e la s té c
c e n tr o .
C o m o h e m o s v is t o , la id e a b á s ic a d e la is o r r itm ia n o e ra n u e v a e n el
m o d o d e c o n fe r ir u n id a d a a m p lia s c o m p o s ic io n e s q u e n o o fr e c ía n o tra v ía
e fic a z d e o r g a n iz a c ió n fo r m a l. C ie r to es q u e la s r e p e tic io n e s e n tr e la z a d a s d e
c o lo r o ta le a , q u e se e x tie n d e n a lo la r g o d e p r o lo n g a d o s tr a m o s d e m ú s ic a ,
p o d ía n ser c u a lq u ie r c o sa m e n o s c la r a s p a ra el o íd o . S in e m b a r g o , la e s tr u c
tu ra is o r r ítm ic a sí q u e im p o n ía u n a fo r m a c o h e r e n te a to d a la p ie z a , a u n q u e
n o se p e r c ib ie r a d e m a n e r a in m e d ia ta . T a m b ié n se d e b e a d m itir q u e lo s m ú
o c u lto s , y c o n n o ta c io n e s o sc u r a s.
152 H is to r ia d e ¡a m ú s ic a o c c id e n ta l, 1
G u illau m e d e M a c h a u t
(ca. 1 3 0 0 -7 7 ) . M a c h a u t n a c ió e n la p r o v in c ia d e C h a m p a g n e , e n el n o r te d e
F r a n c ia . R e c ib ió e d u c a c ió n r e lig io s a y t o m ó lo s h á b ito s ; e n su ju v e n tu d fu e
n o m b r a d o se c r e ta rio d e l re y J u a n d e B o h e m ia , a q u ie n a c o m p a ñ ó e n su s
c a m p a ñ a s m ilita r e s p o r m u c h o s p a ís e s d e E u r o p a . D e s p u é s d e la m u e r te d e l
rey J u a n a c a e c id a e n la b a ta lla d e C r é c y e n 1 3 4 6 , M a c h a u t in g r e s ó a l se r v ic io
d e la c o r te fr a n c e sa p a r a , fin a lm e n te , c o n c lu ir su s d ía s ju b ila d o c o m o c a n ó n i
g o e n R e im s . L a fa m a d e M a c h a u t e ra in d is tin ta m e n te a tr ib u id a a su s d o te s
d e m ú s ic o y d e p o e ta . E n su s o b ra s m u s ic a le s se in c lu y e n e je m p lo s d e la m a
y o r p a r te d e la s fo r m a s c o r rie n te s e n s u é p o c a y d e m u e s tr a n q u e fu e u n c o m
p o s ito r e n e l q u e c o h a b ita b a n te n d e n c ia s c o n s e r v a d o r a s y p r o g re s is ta s . L a
m a y o r p a r te d e lo s 2 3 m o te te s d e M a c h a u t r e sp e ta n e l e s q u e m a tr a d ic io n a l:
u n te n o r litú r g ic o in s tr u m e n ta l y te x to s d ife r e n te s e n la s d o s v o c e s s u p e r io
res. E n e sta s p ie z a s se s ig u e n la s te n d e n c ia s c o n te m p o r á n e a s q u e a p u n ta n a
u n m a y o r la ic is m o , u n in c r e m e n to d e la e x te n s ió n y u n a m a y o r c o m p le jid a d
te n o r. E n e sto s m o te te s u s ó p r ó d ig a m e n te e l h o q u e tu s , a u n q u e la ú n ic a o b r a
d e M a c h a u t e s p e c ífic a m e n te d e n o m in a d a « h o q u e tu s » e s u n a p ie z a in s tr u
m e n ta l a tr e s v o c e s s e m e ja n te a u n m o te te , c o n u n te n o r is o r r ítm ic o q u e p r o
v e n ía d e l m e lis m a so b r e la p a la b r a « D a v id » d e u n v e r s íc u lo d e a le lu y a .
O b ras p ro fa n a s de M a c h a u t
L a s c a n c io n e s m o n o fó n ic a s d e M a c h a u t e n la z a n c o n la tr a d ic ió n d e lo s tr o
v e ro s e n F r a n c ia . C o m p r e n d e n d ie c in u e v e la is , f o r m a d e l s ig lo X II s im ila r a la
s e c u e n c ia , y a lr e d e d o r d e v e in tic in c o c a n c io n e s q u e d e n o m in ó chansons b a-
lladées, a u n q u e su n o m b r e m á s c o m ú n es v ir e la i. C a r a c te r ís tic a d e l v ir e la i es
la fo r m a A b b a ... A , e n la q u e A r e p re se n ta e l e s tr ib illo , b la p r im e r a p a r te d e
v ir e la is p o lifó n ic o s . C u a n d o o c u r r e e l p r im e r c a s o , e l s o lis ta v o c a l se a c o m p a
ñ a p o r u n a p a r te in fe r io r d e te n o r in s tr u m e n ta l. E n e s to s v ir e la is , M a c h a u t
in tr o d u jo o c a s io n a lm e n te e l re c u rso d e u n a r im a m u s ic a l e n tre la s te r m in a
c io n e s d e la s d o s se c c io n e s m e ló d ic a s .
« fo r m e s fix e s » — d o n d e M a c h a u t m o s tr ó c o n m a y o r c la r id a d la s te n d e n c ia s
c h a u t e x p lo tó la s p o s ib ilid a d e s d e la n u e v a d iv is ió n b in a r ia d e l tie m p o . P o r
e je m p lo , s u b d iv id ía e n d o s c a d a tie m p o d e u n a la r g a te r n a r ia e n e l A g n u s
D e i d e la m is a ( N A W M 2 2 ) y o r g a n iz ó c la r a m e n te el r itm o e n t e m p o b in a
r io (c o n s u b d iv is ió n te r n a r ia ), m á s d e s ta c a d a m e n te a u d ib le , e n e l ron deau
Rose, liz ( N A W M 2 1 ) .
O t r a d e la s in n o v a c io n e s d e M a c h a u t fu e c o n v e r tir la v o z s u p e r io r , o c a n -
tu s, e n v o z p r in c ip a l, a p o y á n d o la c o n el te n o r y e l tr ip lu m (o c o n tr a te n o r ) y,
r a r a m e n te , c o n u n a c u a r ta v o z . A u n q u e a ú n p e r c ib im o s e n M a c h a u t q u in ta s
p a r a le la s y n u m e r o s a s e in c is iv a s d is o n a n c ia s , la s s o n o r id a d e s m á s su a v e s d e
se e x p r e sa c o n u n a c e n to d e s in c e r id a d q u e , e n o c a s io n e s , c o m u n ic a su c a lo r
d e c la r ó q u e la v e rd a d e ra c a n c ió n y la p o e s ía s ó lo p o d ía n s u r g ir d e l c o r a z ó n :
« C a r q u i d e s e n tim e n t n o n f a i t /s o n o e u v r e e t s o n c h a n t c o n tr e fa it» (P u e s
U n o d e lo s h a lla z g o s m á s im p o r ta n te s d e M a c h a u t c o n s is tió e n e l d e sa r ro
ra b a e l te x to , d o m in a b a la te x tu ra d e tre s p a rte s, y a q u e la s d o s v o c e s in fe r io
n o r m a lm e n te d e tr e s o c u a tr o e stro fa s, c a d a u n a d e la s c u a le s se c a n ta b a c o n
a u n q u e a m e n u d o se o b se rv a n d ife r e n te s te r m in a c io n e s ; lo s v e rso s r e m a n e n te s
m o d o , la fó r m u la d e la b a llad e es s im ila r a la d e l B a r d e lo s m in n e s in g e r ; p u e
d e r e p re se n ta rse c o n la fo r m a a a b C , e n d o n d e C re p re se n ta e l e s tr ib illo .
M a c h a u t e s c r ib ió b allad e s a d o s , tre s y c u a tr o v o c e s p a r a d iv e r sa s c o m b i
n a c io n e s d e v o c e s e in s tr u m e n to s ; sin e m b a r g o , su s a r r e g lo s m o s tr a b a n u n a
g ra v e s. L a s e s c r ita s a d o s v o c e s , c a d a u n a d e e lla s c o n su p r o p io te x to , se d e
n o m in a n d ou b le b allad es.
n e r (P a r ís , F ir m i n D id o t, 1 8 1 1 ), 2 : 15.
154 íu r u : ti? . -,i>: o c c id e n ta l, I
Machaut en su estudio. Amour le visita y le presenta a sus tres hijas Daux Penser (dulce pensamiento),
Plaisance (placer) y Esperance (esperanza). Miniatura del taller de Jean Bondol, incluida en un ma
nuscrito de las obras de Machaut. (París, Bibliothéque Nationale, M S fr. 1584.)
L a fo r m a ron deau e je r c ió u n a n o to r ia a tr a c c ió n so b re lo s p o e ta s y m ú s ic o s
d e la B a ja E d a d M e d ia . A l ig u a l q u e el v ir e la i (v é a s e la p . 1 5 2 ), c o n s is tía e n
le tr a s m a y ú s c u la s in d ic a n el te x to d e l e s tr ib illo ). C o m o e n la m a y o r ía d e la s
c a n c io n e s p r o fa n a s d e M a c h a u t la m ú s ic a se c o n s tr u y e a lr e d e d o r d e u n e s q u e
m a d e d o s v o c e s , d e n tr o d e l c u a l e l te n o r s ir v e c o m o u n le n to a p o y o al c a n tu s ,
la ú n ic a v o z p r o v is ta d e te x to (a u n q u e c o y u n tu r a lm e n te to d a s la s p a rte s p o -
/, tt música francesa e italian a del sig :/'o \ '/t " 155
d r ía n h a b e r s id o c a n ta d a s). E l c o n tr a te n o r , e n el m is m o r e g istr o q u e e l te n o r,
lo r e fu e rza o c o m p le m e n ta , m ie n tr a s q u e el tr ip lu m c o m p a r te la o c ta v a s u p e
ta n c ia e in c lu s o e n s íla b a s n o a c e n tu a d a s , te n ía n u n a fu n c ió n d e c o r a tiv a y
fo r m a l y, p o r lo g e n e r a l, e x p r e s a b a n el ca rá cte r d e l te x to .
e n ig m á tic o te x to d e su te n o r — « M a fin e st m o n c o m m e n c e m e n t e t m o n
sig n ific a q u e la m e lo d ía d e l te n o r es la c o r r e s p o n d ie n te a la v o z s u p e r io r c a n
ta d a e n s e n tid o r e tr ó g r a d o ; la s e g u n d a m ita d d e la v o z d e l c o n tr a te n o r e s la
in v e r s ió n d e su p r im e r a m ita d .
v e r s io n e s p o lifó n ic a s d e l o r d in a r io d e la m is a . A n te s e x is tie r o n , c o m o m ín i
m o , c u a tr o c ic lo s a n ó n im o s , m á s o m e n o s c o m p le to s . P e ro la m is a d e M a
c h a u t d e sta c a p o r su s v a sta s d im e n s io n e s , p o r su c o n tr o l d e la c o n s o n a n c ia y
la d is o n a n c ia e n u n a te x tu ra a c u a tr o v o c e s y p o r su s e stru c tu ra s c u id a d o s a
c o n e x io n a d a p o r u n ú n ic o c a n tu s fir m u s — c a d a m o v im ie n to se in s p ir a b a e n
u n o d ife r e n te — se a p r e c ia u n a c o n g r u e n c ia d e e n fo q u e y e s tilo , a sí c o m o u n
c e n tr o to n a l e n Re y F a, q u e m a n tie n e in te g r a d o s lo s m o v im ie n to s .
te re sa ro n p o r lo s te x to s p r o v e n ie n te s d e l p r o p io d e la m is a , p o r e je m p lo lo s
g r a d u a le s y a le lu y a s d e lo s o r g a n a d e L é o n in y P é r o tin ; a v e c e s in c lu y e r o n e n
su s c o m p o s ic io n e s p a rte s d e l o r d in a r io ; n o o b s ta n te c u a n d o e sta s p ie z a s se
to c a b a n ju n ta s e n u n m is m o o fic io r e lig io s o , su s e le c c ió n y c o m b in a c ió n
e ra n fo r tu ita s . N a d ie p a r e c ía p r e o c u p a r se p o r e l h e c h o d e q u e e l K y r ie , el
G lo r ia , e l C r e d o , el S a n c tu s y el A g n u s D e i e s tu v ie r a n e n u n m is m o m o d o o
la c ió n m u s ic a l. E s to s p o s tu la d o s p r e v a le c ie r o n d u r a n te la p r im e r a m ita d d e l
s ig lo X V m á s o m e n o s ; a u n q u e lo s c o m p o s ito r e s d e l X IV y c o m ie n z o s d e l X V
e s c r ib ie r o n m ú s ic a p a ra el o r d in a r io , p o r r e g la g e n e ra l n o in te n ta b a n r e la c io
ju n to s to d o s lo s G lo r ia s , s e g u id o s p o r to d o s lo s C r e d o s y a sí s u c e s iv a m e n te ;
e n e sta s a n to lo g ía s , el m a e s tr o d e c o r o p o d ía e sc o g e r a q u e llo s n ú m e r o s in d i
v id u a le s q u e c o n s id e r a s e m á s a p r o p ia d o s p a ra c o m p le ta r el o r d in a r io q u e ib a
a e je c u ta r s e .
156
h a b e r c o n s id e r a d o la s c in c o d iv is io n e s d e l o r d in a r io c o m o u n a s o la c o m p o s i
c ió n m u s ic a l, e n lu g a r d e p ie z a s se p a r a d a s, r e s u ltó u n a e x c e p c ió n n o s ó lo e n
su tie m p o , s in o ta m b ié n d u r a n te lo s se te n ta y c in c o a ñ o s s ig u ie n te s . N o es
fá c il d e fin ir lo s m e d io s g r a c ia s a lo s c u a le s se lo g r a la u n id a d m u s ic a l d e e sta
o b r a . A lo la r g o d e la m ú s ic a a p a r e c e n a lg u n o s m o tiv o s re c u rre n te s y u n a
g lo s a o r n a m e n ta l:
EJEM PLO 4 .2 G lo sa q u e se d a fr e c u e n te m e n te e n la m is a d e M a c h a u t
r r ítm ic a m e n te . E l G lo r ia y el C r e d o , te n ie n d o te x to s m á s la r g o s , s o n e se n
c ia lm e n te s ilá b ic o s , n o ta c o n tr a n o ta y te r m in a n c o n a m é n e la b o r a d o s . E l
A g n u s D e i ( N A W M 2 2 ) e m p le a , típ ic a m e n te , té c n ic a s is o r r ítm ic a s . L a m e lo
d ía d e l te n o r u tiliz a el c a n to lla n o d e l A g n u s D e i d e la m is a q u e e n lo s m o
m ie n z a c o n la s p a la b r a s « q u i to llis » , es d e c ir , d e s p u é s d e la e n to n a c ió n d e
llis » d e l c a n to es id é n tic a e n el A g n u s I y el A g n u s I I, la s d o s e x p o s ic io n e s d e
1 4 -2 0 ) y el s e g u n d o s e is , c a d a u n a d e c u a tr o n o ta s . L a s c a d e n c ia s , m á s fr e
c u e n te s , al fin a l d e la s c o r ta s ta le a e , d is tin g u e n al A g n u s II y p r o p o r c io n a
c o n tr a ste c o n lo s p e r ío d o s m á s la r g o s d e l A g n u s I (y su s r e p e tic io n e s e n el
A g n u s I II ). A d e m á s d e l te n o r, ta m b ié n e l tr ip lu m y el c o n tr a te n o r s o n to ta l o
c o n sta n te s s ín c o p a s .
E n su m a y o r p a r te , la m ú s ic a d e la m is a p e r m a n e c e e n u n p la n o e x c e ls o e
ta s e n el te x to . H a y , n o o b s ta n te , u n a lla m a tiv a e x c e p c ió n e n el C r e d o : c o n
la s p a la b r a s «e x M a r ia V ir g in e » (« d e la V ir g e n M a r ía » ), el m o v im ie n to se to r
n a s ú b ita m e n te le n to y d a lu g a r a a c o r d e s la r g a m e n te s o s te n id o s , c o n lo q u e
r io r e s se a c o s tu m b r ó a r e s a lt a r to d a e sta p a r te d e l C r e d o , a p a r tir d e la s p a la
d e l C r e d o .
E s im p o s ib le a se g u ra r c o n ce r te z a c ó m o p r e te n d ía M a c h a u t q u e se e je c u ta
se su m isa . E s p r o b a b le q u e to d a s la s p a rte s v o c a le s se v ie s e n d o b la d a s p o r in s
c o g e n e ra l y d e l h e c h o d e q u e e n a lg u n a d e la s fu e n te s m a n u s c r ita s ca re ce d e
te x to , se e je c u t a s e e n u n in s tr u m e n to e n lu g a r d e ser c a n ta d o , c u a n d o m e n o s
e n lo s m o v im ie n to s is o r r ítm ic o s ; ta m b ié n es fa c tib le q u e la p a r te d e l te n o r
h a y a s id o e je c u ta d a o d o b la d a p o r a lg ú n in s tr u m e n to . E n el G lo r ia y el C r e d o
fig u r a n n u m e r o s o s in te r lu d io s b re v e s, to d o s e llo s p a ra te n o r y c o n tr a te n o r ,
ca si c o n ce rte za in s tr u m e n ta le s . P e ro n o p o d e m o s d e c ir q u é in s tr u m e n to s se
u sa ro n , n i e n q u é m e d id a . T a m p o c o s a b e m o s p a ra q u é o c a s ió n fu e e s c r ita la
o b r a , a p e sa r d e u n a p e r s is te n te a u n q u e in fu n d a d a le y e n d a q u e lo a tr ib u y e a la
c o r o n a c ió n d e l rey fr a n c é s C a r lo s V e n 1 3 6 4 ; c u a lq u ie r a q u e fu e r a el a c o n te c i
M a c h a u t fu e u n g e n u in o c o m p o s ito r d e l s ig lo X IV , y a q u e su s c o m p o s i
c io n e s sa cra s s ó lo c o n s titu y e r o n u n a p e q u e ñ a p a r te d e su p r o d u c c ió n to ta l.
p a r te , al d e b ilita m ie n to d e l p r e s tig io d e la Ig le s ia y a la s e c u la r iz a c ió n c a d a
v e z m á s c r e c ie n te d e la s a rte s. P o r a ñ a d id u r a , la p r o p ia Ig le s ia a s u m ió u n a
p o stu r a c r ític a fr e n te al u so d e c o m p o s ic io n e s m u s ic a le s e la b o r a d a s e n su s
e n c o n tr a d e la m ú s ic a c o m p le ja y lo s a la r d e s d e v ir tu o s is m o p o r p a r te d e lo s
c a n to r e s. E l p e s o d e e sta s c r ític a s r e c a ía s o b r e d o s a s p e c to s : e n p r im e r té r m i
d ía a c o n v e r tir la m is a e n u n m e r o c o n c ie r to ; y e n s e g u n d o lu g a r , q u e la o r
n a m e n t a c ió n o s c u r e c ía la s p a la b r a s d e la litu r g ia y la s m e lo d ía s litú r g ic a s se
to r n a b a n ir r e c o n o c ib le s . E n a p a r ie n c ia , u n o d e lo s e fe c to s d e e sta p o s tu r a
n e a d e c o n tr a p u n to flo r id o p o r e n c im a d e la s n o ta s d e l c a n to . A d e m á s , e n
c ie r ta s o c a s io n e s lo s c o r o s im p r o v is a n p o lifo n ía s im p le e n e s tilo d e d is c a n to
a u n d e c r e to d e l p a p a J u a n X X I I , p r o m u lg a d o e n A v iñ ó n e n 1 3 2 4 , q u e a u to
n a s c o n s o n a n c ia s (c o m o la o c ta v a , la q u in ta y la c u a r ta ) q u e e n r iq u e c e n la
m e lo d ía y q u e p u e d e n c a n ta r se p o r e n c im a d e l s e n c illo c a n to e c le s iá s tic o ,
a u n q u e d e ta l m o d o q u e la in te g r id a d d e l c a n to p r o p ia m e n te d ic h o n o se v e a
p e r tu r b a d a ».
158 H is to r ia d e la m ú s ic a o c c id e n ta l, l
L a m ú sic a it a l ia n a d e l 1 re c e n to
d e c ir lo s a ñ o s 1 3 0 0 ) , tie n e u n a h is to r ia q u e d ifie r e d e la d e la m ú s ic a fr a n c e s a
d e l m is m o p e r ío d o , lo c u a l se d e b e p r in c ip a lm e n te a d ife r e n c ia s d e c lim a s o
tre su s g o b e r n a n te s la s m a n t u v o e n u n a s itu a c ió n d e e n fr e n ta m ie n t o s
fr e c u e n te s. L o s c ír c u lo s e litis ta s c u lt iv a r o n la p o lifo n ía , e n lo s q u e e ra u n e n
tr e te n im ie n to p r o fa n o y r e fin a d o c r e a d o p o r c o m p o s ito r e s q u e te n ía n q u e
v e r c o n la Ig le s ia y e x p e r to s e n la n o ta c ió n y el c o n tr a p u n to . L a m a y o r p a rte
s ig lo X III s ig u ie r o n la s h u e lla s d e lo s tr o v a d o r e s fr a n c e se s, lo s tr o u b a d o u r s .
p o p u la r e s , a m e n u d o u n id a s a in s tr u m e n to s y d a n z a s ; p e r o n a d a d e e sta m ú
s ic a se h a c o n s e r v a d o . S ó lo n o s h a n lle g a d o e n m a n u s c r ito s la s la u d a s m o n o -
fó n ic a s , la s c a n c io n e s d e s tin a d a s a la s p r o c e s io n e s , q u e y a h e m o s m e n c io n a d o
d e l s ig lo X IV era e n g ra n p a r te im p r o v is a d a .
L o s p r in c ip a le s c e n tr o s d e la m ú s ic a ita lia n a d e l s ig lo X IV e s ta b a n e n la s
z o n a s c e n tr a l y s e p te n tr io n a l d e la p e n ín s u la , s o b r e t o d o e n B o lo n ia , P a d u a ,
M ó d e n a , M ilá n , P e r u g ia y e s p e c ia lm e n te e n F lo r e n c ia , c e n tr o d e c u ltu r a d e
p a r tic u la r im p o r ta n c ia e n tr e lo s s ig lo s X IV y X V I. F lo r e n c ia es e l e s c e n a r io d e
m ú s ic a , ta n to v o c a l c o m o in s tr u m e n ta l, a c o m p a ñ a b a a ca si to d a s la s a c tiv i
te d e la te r tu lia in te r c a la b a c a n to s y d a n z a s e n la r o n d a d ia r ia d e c u e n to s
(v é a se e l r e c u a d r o d e la p . 1 5 9 ).
E s p o s ib le q u e p a rte d e la m ú s ic a a la q u e a lu d e B o c c a c c io h a y a s id o p o li
fó n ic a ; p e r o d e se r a s í, h a b ría q u e d e c ir q u e la p o lifo n ía se im p r o v is a b a o se
e je c u ta b a d e m e m o r ia . S e h a n c o n s e r v a d o m u y p o c o s e je m p lo s r e a le s d e p o
lifo n ía q u e p u e d a n fe c h a r se c o n a n te r io r id a d a 1 3 3 0 . S in e m b a r g o , d e sp u é s
d e e sta fe c h a la c o r r ie n te flu y e c o n m a y o r a b u n d a n c ia , c o m o lo p r u e b a n v a
fu e n te m á s c o p io s a — a u n q u e d e s d ic h a d a m e n te ta r d ía y n o d e l to d o fia b le —
es e l m a g n ífic o c ó d ic e S q u a r c ia lu p i, a sí lla m a d o p o r su a n te r io r p r o p ie ta r io ,
el o r g a n is ta flo r e n tin o A n t o n io S q u a r c ia lu p i ( 1 4 1 6 - 1 4 8 0 ) . E s te c ó d ic e , q u e
fu e c o p ia d o p r o b a b le m e n te a lr e d e d o r d e 1 4 2 0 , se h a lla a c tu a lm e n te e n la b i
----------------------------------------------------------------------------------------------
G io v a n n i B o c c a c c io : fr a g m e n to d e l D e c a m e r ó n
U n a vez q u e se h u b ieron d esp ejado la s m esas, la rein a h izo tra e r in stru m en tos
m usicales, p u esto q u e to d as la s d a m a s sa b ía n b a ila r y tam b ién los jó v e n es y a lg u
nos d e ellos sa b ía n to c a r y c a n ta r m agn íficam en te. D io n eo tom ó un la ú d y F ia m -
m etta u n a v io la y com en zaron a to car u n a d a n z a su avem en te; a con tin u ación la
rein a, ju n to con otras d am as, y d os jó v e n es eligieron u n villan cico m ien tras las
d em ás d am as fo rm a ro n u n a ro n d a y com en zaron a b a ila r con p a so lento m ien
tras se e n v iab a a los servidores fu e r a p a r a q u e com iesen. C u an d o concluyó la d a n
z a se can taro n v a ria s can cion es alegres y en can tad oras. A s í con tin u aro n d u ran te
m ucho tiem po, h asta q u e la rein a p en só q u e era h ora d e ir a d o rm ir...
G io v a n n i B o c e a d o , D e c a m e r ó n , J o m a d a 1, I n tr o d u c c ió n .
d o c o n e s p le n d o r o s o s c o lo r e s , c o n tie n e 3 5 4 p ie z a s , e n su m a y o r ía p a r a d o s o
A l c o m ie n z o d e la s e c c ió n , q u e c o n tie n e la s o b r a s d e u n m ú s ic o d e te r m in a
d o , a p a re c e su r e tra to e n m in ia tu r a .
E l m a d rig a l
sic a . U n a c a r a c te r ís tic a q u e h a c e q u e el m a d r ig a l r e c u e rd e al c o n d u c tu s m á s
te m p r a n o es el p a s a je m e lis m á tic o o r n a m e n ta d o q u e a p a r e c e v a r ia s v e c e s e n
lo s fin a le s y e n a lg u n a s o c a s io n e s e n lo s c o m ie n z o s d e lo s v e rso s.
Fen ice f u ( N A W M 2 3 ) d e J a c o p o d a B o lo g n a es u n h e r m o s o e je m p la r d e
e ste g é n e r o . C o m o o c u r re e n la m a y o r p a r te d e lo s m a d r ig a le s , a m b a s v o c e s
p o s e e n u n m is m o te x to y, e n e ste c a so , es s u m a m e n te o b v io q u e la s d o s e sta
b a n d e s tin a d a s a se r c a n ta d a s, p u e s to q u e e n tr a n s e p a r a d a m e n te , s a lv o a l c o
je s se e n tr e g a n a u n a a lte r n a n c ia s im ila r a la s d e l h o q u e tu s . P o r lo d e m á s , la
v o z s u p e r io r es la m á s flo r id a y c u e n ta c o n e x te n sa s e s c a la s m e liflu a s s o b r e la
h a y a v is to in flu e n c ia d o p o r la té c n ic a d e la c a c c ia .
La caccia
L a c a c c ia p o s ib le m e n te e s tu v ie s e in s p ir a d a p o r la chace fr a n c e s a , e n la q u e
u n a m e lo d ía d e c o r te p o p u la r y p e n sa d a p a ra se r c a n ta d a e n c a n o n e s tr ic to
a c o m p a ñ a b a a u n a s le tr a s a n im a d a s d e c a rá c te r d e s c r ip tiv o y p ic tó r ic o . L a
1 3 7 0 , e sta b a e s c r ita p a ra d o s v o c e s ig u a le s q u e c a n ta b a n al u n ís o n o ; p e r o s o
lía n te n e r, a d ife r e n c ia d e lo s e je m p lo s fr a n c e s e s y e s p a ñ o le s , u n a p a r te in s
tr u m e n ta l d e a p o y o , lib r e , c o n u n m o v im ie n to q u e tr a n s c u r r ía m á s le n ta
m e n te p o r d e b a jo d e a m b a s v o c e s . S u fo r m a p o é tic a e ra ir r e g u la r , a u n q u e
m u c h a s c a c c ie , a s e m e ja n z a d e io s m a d r ig a le s , te n ía n u n r ito r n e llo , q u e n o
p o s e e n el m is m o s ig n ific a d o : «c a z a » o «c a c e r ía » . E n el c a so d e la c a c c ia , el
n o m b r e n o se r e fie r e s ó lo a la p e r s e c u c ió n d e u n a v o z p o r p a r te d e la o tr a ,
s in o al te m a d e su te x to , q u e d e s c r ib ía típ ic a m e n te u n a c a c e r ía o a lg u n a o tra
e sc e n a a n im a d a , c o m o ir d e p e sc a , u n b u llic io s o m e r c a d o , u n a e x c u r s ió n d e
n iñ a s q u e r e c o g e n flo r e s , u n in c e n d io o u n a b a ta lla . L a m ú s ic a e x p r e sa c o n
d a s d e tr o m p a , e x c la m a c io n e s , d iá lo g o s — , a m e n u d o c o n a y u d a d e e fe c to s
L a b a lla ta
flo r e c ió c o n p o s te r io r id a d a l m a d r ig a l y a la c a c c ia y m u e s tr a c ie r ta in flu e n c ia
la s b a íla te d e l s ig lo X III (d e la s c u a le s n o se c o n s e r v a n e je m p lo s m u s ic a le s )
e ra n c a n c io n e s d e d a n z a m o n o fó n ic a s c o n e s tr ib illo s c o r a le s . E n el D ecam e-
rón d e B o c c a c c io se a s o c ia a ú n la b a lla ta o « b a lla te tta » c o n el b a ile . S e h a n
c o n s e r v a d o u n a s p o c a s b a íla te m o n o fó n ic a s d e p r in c ip io s d e l s ig lo X IV , p e r o
----------------------------------------------------------------------- -----------------------
I I P a ra d is o d e g li A lb e r t i, e d ic ió n a c a rg o d e A W esselofiky (B o lo n ia , 1 8 7 6 ) , p p . 1 1 1 - 1 3 .
fr a n c é s .
L a n d in i
la v ir u e la , L a n d in i lle g ó n o o b s ta n te a ser h o m b r e d e b u e n a in s tr u c c ió n , p o e
ca d e la m ú s ic a ; v ir tu o s o d e m u c h o s in s tr u m e n to s , se le c o n o c ió e s p e c ia l
m e n te p o r s u h a b ilid a d c o n e l o r g a n e t t o , p e q u e ñ o ó r g a n o p o r tá til q u e
to c a b a « c o n ta n ta d e str e z a c o m o si c o n se r v a r a e l u s o d e la v is ta , c o n u n to
q u e d e ta l r a p id e z (a u n q u e s ie m p r e o b s e r v a b a el c o m p á s ), c o n ta n ta h a b ili
d a d y d u lz u r a q u e fu e r a d e to d a d u d a d e s c o lla b a , m á s a llá d e c u a lq u ie r c o m
p a r a c ió n , e n tre to d o s lo s o r g a n is ta s q u e fu e s e p o s ib le r e c o r d a r » 3.
in te n ta n p la s m a r e sce n a s y c o n v e r s a c io n e s d e l a ñ o 1 3 8 9 ; e n tre lo s c u e n to s b re
q u e se s u p o n e r e la ta d o p o r el p r o p io L a n d in i (v é a s e el re c u a d ro d e la p . 1 6 1 ).
L a n d in i n o e s c r ib ió m ú s ic a s o b r e te x to s sa c r o s . S u s o b r a s c o n s e r v a d a s
v e n e n v e rs io n e s p a ra d o s y tre s p a rte s. H a y ta m b ié n u n a c a c c ia y 1 0 m a d r i
g a le s . E v id e n te m e n te la s b a íla te a d o s v o c e s s o n o b ra s d e su p r im e r a é p o c a ;
e n g e n e r a l, su e s tilo se a s e m e ja al d e lo s m a d r ig a le s , s a lv o q u e su lín e a m e ló
s e m e ja n z a d e la s b a ila d e s fr a n c e sa s, p a ra v o z s o lis ta c o n d o s v o c e s a c o m p a
ñ a n te s.
r e p re se n ta r d e la s ig u ie n te m a n e r a :
V erso s I 2 3, 4 ? M 8 9 10, 1 2 3V
M ú s ic a A \ k b 'ú a A-,
d e la p r im e r a p a la b r a y d e la c e su r a , e stá m a r c a d o p o r u n a c a d e n c ia , h a b i
tu a lm e n te d e l tip o q u e h a lle g a d o a c o n o c e r s e c o m o c a d e n c ia « d e L a n d in i» ,
e n la q u e e l m o v im ie n to d e la se x ta m a y o r a la o c ta v a e stá o r n a m e n ta d o p o r
u n s a lto d e te r c e ra a s c e n d e n te e n la p a r te s u p e r io r (v é a n se lo s c o m p a s e s 3 - 4 ,
5 - 6 , 1 0 -1 1 d e l e je m p lo 4 .3 , d o n d e se m u e s tr a el p r im e r v e r s o d e la r ip r e s a ).
A v e c e s, la s d o s v o c e s q u e a s c ie n d e n h a c ia e l a c o r d e fin a l lo h a c e n p o r m o v i
n i, a d e m á s d e su g r á c il m e lo d ía v o c a l, e s la s u a v id a d d e su s a r m o n ía s . N o h a y
se g u n d a s n i sé p tim a s p a r a le la s , c o m o la s q u e a b u n d a b a n e n e l s ig lo X III, y
p o c a s q u in ta s y o c ta v a s p a r a le la s . H a y m u c h a s s o n o r id a d e s q u e c o m p r e n d e n
ta n to la te r c e ra c o m o la q u in ta , o la te r c e ra y la se x ta , a u n q u e n u n c a se u sa n
p a ra in ic ia r o a c a b a r u n a s e c c ió n o u n a p ie z a .
c o n te m p o r á n e o . E sta te n d e n c ia fu e e s p e c ia lm e n te e v id e n te d e s p u é s d e l r e to r
n o d e la c o r te p a p a l d e A v iñ ó n a R o m a e n 1 3 7 7 . L o s ita lia n o s e sc r ib ía n c a n
c io n e s so b re te x to s fr a n c e s e s y e n g é n e r o s fr a n c e se s, y su s o b r a s , r e g istr a d a s
e n m a n u s c r ito s d e fin a le s d e l s ig lo X IV , a p a r e c e n fr e c u e n te m e n te e n n o ta c ió n
fr a n c e s a . A p r o x im a d a m e n te a fin a le s d e s ig lo c o m e n z a r o n a e s ta b le c e r s e e n
I ta lia c o m p o s ito r e s s e p te n tr io n a le s . A p r o x im a d a m e n te e n 1 3 9 0 , o p o s ib le
m e n te a n te s, el c o m p o s ito r y te ó r ic o d e L ie ja J o h a n n e s C ic o n ia ( ca. 1 3 4 0 -
1 4 1 1 ) se e s ta b le c ió e n P a d u a . A llí, y e n la v e c in a c iu d a d d e V e n e c ia , d e s a r ro
p r im e r o d e u n a la r g a s e rie d e m ú s ic o s fla m e n c o s , n e e r la n d e s e s , fr a n c e se s, in
g le s e s y, p o s te r io r m e n te , e s p a ñ o le s q u e a c u d ie r o n a Ita lia d u r a n te e l tr a n sc u r
so d e l s ig lo X V . F u e r o n b ie n r e c ib id o s — d e h e c h o , ta n c a lu r o s a m e n te q u e
d u r a n te m u c h o s a ñ o s p r á c tic a m e n te to d o s lo s c a r g o s m u s ic a le s im p o r ta n te s
e ra n d e s e m p e ñ a d o s e n e ste p a ís p o r e x tr a n je r o s . In c u e s tio n a b le m e n te , la m ú
c h a r o n y a p r e n d ie r o n e n I ta lia .
L yre, 1 9 5 8 ) .
164 i 1litaría fie ¡a m usita occidental, /
In terp retación
m ú s ic a o , e n r e a lid a d , n in g u n a o tr a d e l s ig lo X IV . E l h e c h o d e q u e p a r te d e
e lla c a r e z c a d e te x to n o e s p r u e b a c o n c lu y e n te p a r a q u e se a c o n s id e r a d a
c o m o in s tr u m e n ta l, p u e s to q u e es p o s ib le q u e e n o tr o s m a n u s c r ito s a p a re z c a
e sta m is m a p a r te p r o v is ta d e p a la b r a s ; y, a la r e c íp ro c a , e ra p r o b a b le q u e e n
c ie r ta s v e r s io n e s d e u n a p ie z a p a r a d o s , tre s, o c u a tr o p a r te s, se d ie se u n a in
te r p r e ta c ió n p u r a m e n te v o c a l, p a r tic u la r m e n te e n u n a c a p illa q u e c a r e c ía d e
ó r g a n o . S in e m b a r g o , p o d e m o s s u p o n e r q u e la s p a rte s d e te n o r d e la s b a íla te
d e L a n d in i y d e la s b a lla d e s d e M a c h a u t, c o n su s n o ta s la r g a s , fr e c u e n te s y
m e n te c o n c e b id a s c o m o in s tr u m e n ta le s . L a s p a rte s d e c o n tr a te n o r se c o m p u
sie r o n , e v id e n te m e n te , d e sp u é s d e la s s u p e r iu s (la v o z s u p e r io r ) y e l te n o r,
c o n el o b je to d e c o m p le ta r la s s o n o r id a d e s a r m ó n ic a s . A su v e z , p o d e m o s su
p o n e r q u e ta m b ié n c o n fr e c u e n c ia e ra in s tr u m e n ta l la v e r s ió n d e l c o n tr a te
n o r ; s in e m b a r g o , m u c h o s c o n tr a te n o r e s r e s u lta n ig u a lm e n te a p r o p ia d o s
s ie m p r e es d e ca rá cte r v o c a l y a m e n u d o es b a s ta n te flo r id o , p e r o ta m b ié n
e sta p a r te p o d ía in te r p r e ta r s e e n u n in s tr u m e n to . A d e m á s , d e b e m o s te n e r e n
c u e n ta la p r o b a b ilid a d d e l d o b la je in s tr u m e n ta l (a c a so c o n a ñ a d id o d e o r n a
m e n ta c io n e s ) d e u n a m e lo d ía c a n ta d a , a sí c o m o la p o s ib ilid a d d e a lte r n a r u n
in s tr u m e n to y u n a v o z . P o r ú ltim o , h a y p r u e b a s d e q u e , a v e c e s , la s p ie z a s
v o c a le s e ra n e je c u ta d a s d e u n a m a n e r a to ta lm e n te in s tr u m e n ta l, c o n o r n a
m e n ta c io n e s a ñ a d id a s a la lín e a m e ló d ic a . E s te a rte in s tr u m e n ta l d e la o r n a
m e n ta c ió n e ra , e n g ra n p a r te , d e c a rá c te r im p r o v is a to r io , a u n q u e a v e c e s e s
ta s p ie z a s se e s c r ib ía n ; a s í, e n el C o d e x R o b e r ts b r id g e (B r it is h L ib r a r y , M S
A d d . 2 8 5 5 0 ) , d e a lr e d e d o r d e 1 3 2 5 , h a y a r r e g lo s p a ra ó r g a n o d e tre s m o t e
te s; a d e m á s , e n e l c ó d ic e d e F a e n z a (F a e n z a , B ib lio te c a c o m u n a le , M S 1 1 7 ),
d e l p r im e r c u a r to d e l s ig lo X V , a p a r e c e n , a m é n d e p ie z a s p a ra in s tr u m e n to s
d e te c la d o b a sa d a s e n c a n to s lla n o s p a ra p a r te s d e la m is a , v e r s io n e s o r n a
m e n ta d a s p a r a e so s m is m o s in s tr u m e n to s d e b a lla d e s d e M a c h a u t y d e m a
U n a p a r a d o ja típ ic a d e e sa é p o c a es q u e la c o r te p a p a l d e A v iñ ó n fu e , e n a p a
r ie n c ia , u n c e n tr o m á s im p o r ta n te p a ra la m ú s ic a p r o fa n a q u e p a ra la m ú s ic a
te s in s tr u m e n ta le s d e te n o r y c o n tr a te n o r q u e le s e r v ía n d e a p o y o . E s p r o b a
b le q u e la m a y o r ía d e lo s te x to s fu e s e n e s c r ito s p o r lo s p r o p io s c o m p o s ito r e s .
A lg u n a s d e la s b a la d a s c u e n ta n c o n r e fe r e n c ia s a h e c h o s y p e r s o n a je s c o n t e m
p o r á n e o s ; sin e m b a r g o , la m a y o r p a r te d e to d a s e sta s p ie z a s s o n c a n c io n e s
e n e l m e jo r s e n tid o d e la p a la b r a . C o n su e s tilo m u s ic a l c o r re p a r e ja la a p a
r ie n c ia v is u a l d e a lg u n a s p á g in a s d e lo s m a n u s c r ito s , c o n su s fa n ta s io s a s d e
c o r a c io n e s , n o ta s n e g ra s y r o ja s e n tr e m e z c la d a s , in g e n io s a s c o m p le jid a d e s d e
n o ta c ió n y o c a s io n a le s c a p r ic h o s ta le s c o m o e l d e e s c r ib ir u n a c a n c ió n d e
a m o r c o n fo r m a d e c o r a z ó n (v é a s e la ilu s tr a c ió n d e la p á g in a 1 6 8 ) , o u n c a
n o n c o n la fo r m a d e u n c ír c u lo 4.
R itm o
U n o d e lo s r a sg o s d e la m ú s ic a p r o fa n a fr a n c e sa d e e ste p e r ío d o es s u n o ta b le
la fr a se q u e b r a d a m e d ia n te p a u sa s e n h o q u e tu s o m a n te n id a e n s u s p e n s o p o r
m e d io d e p r o lo n g a d a s s ín c o p a s c o n tin u a s , c o m o si lo s c o m p o s ito r e s h u b ie
se n tr a ta d o d e c a p ta r y fija r m e d ia n te la n o ta c ió n la in te r p r e ta c ió n lib r e , p a
r e c id a a u n r u b a to , d e u n c a n ta n te . L a c o m p le jid a d r ítm ic a im p r e g n a la e s
tr u c tu ra m is m a d e to d a e sta m ú s ic a fr a n c e sa d e la s p o s tr im e r ía s d e l s ig lo X IV :
la s v o c e s se m u e v e n e n m e tr o s c o n tr a sta n te s y e n a g r u p a m ie n to s c o n tr a s ta
d o s d e n tr o d e l tie m p o ; la s a r m o n ía s se d e s d ib u ja n in te n c io n a d a m e n te m e
d ia n te re ta rd o s y sín c o p a s . I n d u d a b le m e n te , a v e c e s la fa s c in a c ió n p o r la té c
n ic a h a c ía q u e se lle g a s e a e x tr e m o s q u e d e g e n e r a b a n e n el a m a n e r a m ie n to .
E l e je m p lo 4 .4 (lo s d o s p e n ta g r a m a s in fe r io r e s s ó lo s o n r e d u c c ió n d e la s p a r
te s y n o u n a c o m p a ñ a m ie n to ) p r e se n ta u n a fr a se típ ic a d e u n r o n d e a u d e
p u e d e d e c ir s e q u e s o b r e p a s ó a lo s fr a n c e s e s e n su p r o p io c a m p o . E n e ste c a so
s ic a a n te r io r a la d e l s ig lo X X , a u n q u e to d o se h a lla ló g ic a m e n te e n s u lu g a r .
v o l. 2 , lá m in a 3 4 , y v o l. 5 , lá m in a 7 2 .
166 H is to r ia d e la m ú s ic a o c c id e n ta l , 1
E s d ig n o d e s e ñ a la r e l d e lic io s o e fe c to d e la se x ta e n e l c o m p á s 2 , la c o q u e ta
p a r te s o lis ta y la m a n e r a e n q u e e l c o n tr a te n o r s u e n a o r a p o r e n c im a , o ra p o r
d e b a jo d e l te n o r , d e m o d o q u e e l b a jo rea l d e la a r m o n ía se h a lla p r im e r o e n
u n a d e e sta s v o c e s y lu e g o e n o tr a , y a v e c e s se r e v e la e n u n a p o r c e s a c ió n e n
la o tra . P o d e m o s im a g in a r la r ic a v a r ie d a d d e s o n o r id a d e s q u e r e s u lta b a d e la
a u d ic ió n d e e sta s d o s v o c e s g ra v e s e n in s tr u m e n to s d e tim b r e s c o n tr a s ta n te s .
m a , se h a o m it id o su t e x t o 5. L o s a c c id e n te s p o r e n c im a o p o r d e b a jo d e la s
n o ta s n o a p a r e c e n e n e l o r ig in a l. L a s d e n o m in a d a s a rm a d u ra s p a rc ia le s — a r-
m a d u ra s d ife r e n te s e n d is tin ta s v o ce s — fu e ro n c o m u n e s d u ra n te lo s s i
g lo s X IV y X V .
d e fo r m a tr iv ia l, e n e l ju e g o in te le c tu a l d e fin a le s d e l s ig lo X IV , ta n to e n la
m ú s ic a , c o m o e n su r e p r e s e n ta c ió n g r á fic a (v é a s e la ilu s tr a c ió n , p . 1 6 8 ) . L a
se p u e d e n v e r e n e l e je m p lo 4 .5 . E n e l c o m p á s n u e v e d e l c a n tu s , c a d a n e g ra
d e l c o m p á s se s u b d iv id e e n tre s c o r c h e a s , c o n v ir tie n d o e l c o m p á s d e 3 /4 e n
u n o d e 9 /8 . M ie n tr a s ta n to , e n lo s c o m p a s e s 7 - 1 0 e l c o n tr a te n o r e s tá e n
c o m p á s d e 3 /2 c o n tr a lo s d e 3 /4 d e l c a n tu s . E s to s c a m b io s d e m e d id a se d e s -
168 H is to r ia d e ¡a m ú s ic a o c c i d e n t a l i
ta c a n e n e l m a n u s c r ito m e d ia n te n o ta s r o ja s . L a p a la b r a « c o r a z ó n » se r e e m
p la z a e n e l te x to p o r u n c o r a z ó n r o jo , a ñ a d ie n d o m á s c o lo r e in te r é s v is u a l y ,
p o r s u p u e s to , to d a la p ie z a e stá e sc r ita e n fo r m a d e c o r a z ó n .
lín e a v o c a l p o r e l c o n tr a te n o r y e l te n o r. E l u s o p r u d e n te d e la c o m p lic a c ió n
ca s a r m ó n ic a s d e l s ig lo X V .
a o y e n te s d e u n a c u ltu r a e x c e p c io n a l y a e je c u ta n te s c o n fo r m a c ió n p r o fe s io
n a l. S u s fo r m id a b le s c o m p le jid a d e s r ítm ic a s y d e n o ta c ió n c o m e n z a r o n a p a -
!.a música francesa c iniíum n ríel siglo S!V 169
.j '4 U J
r 1
1-2. 7-8 13-14. Bel - 1<s, bon - t e, sa -
5—6. De r e - c e P\roir ce
9-10. car ta nt vous ajim qu’ail-
C o n tra te n o r
H • ......
H H
Tenor
- f e --------
s e p te n tr io n a l p o r p a r te d e la s h e r m a n d a d e s d e lo s m ú s ic o s , la s q u e , e n c ie r to
s e n tid o , e ra n h e re d e ra s d e la tr a d ic ió n d e lo s tr o v e r o s. S u s p o e m a s e ra n d e
c a r á c te r p o p u la r : e n lu g a r d e lo s te r so s s e n tim ie n to s d e l a m o r c o r te s a n o ,
p la s m a b a n e sce n a s r e a lis ta s d e c a c e r ía y d e m e r c a d o . S u m ú s ic a te n ía la c o
r r e s p o n d ie n te v iv a c id a d y fr e sc u r a , c o n v ig o r o s o s r itm o s c la r o s y s e n c illo s ,
flo r e c id o c o n m a y o r a m p litu d q u e lo q u e p a r e c e n s u g e r ir lo lo s p o c o s e je m
p lo s q u e d e é l se h a n c o n s e r v a d o e n lo s m a n u s c r ito s d e l s ig lo X IV .
M ú s ic a f i c t a
E l u so d e n o ta s a lte r a d a s a sc e n d e n te o d e s c e n d e n te m e n te c o n fir ió u n s a b o r
e s p e c ia l a u n a g ra n p a r te d e la m ú s ic a d e l s ig lo X IV , ta n to fr a n c e s a c o m o ita
a c c id e n te s , e ra n a lg o c o m ú n e n la s c a d e n c ia s e n la s q u e u n a se x ta m e n o r e x i
170 Historia de la música occidental, i
g id a p o r el m o d o p a s a b a a se r se x ta m a y o r a n te s d e u n a o c ta v a c a d e n c ia l
c o m o , p o r e je m p lo , e n la c a d e n c ia e n Re d e l e je m p lo 4 .6 a y b . P a re ce se r q u e
lo s c o m p o s ito r e s , c a n ta n te s y te ó r ic o s e sta b a n d e a c u e r d o e n p r e fe r ir q u e el
in te r v a lo d e te rce ra q u e se c o n tr a ía al u n ís o n o fu e ra m e n o r , m ie n tr a s q u e la
se x ta q u e se e x p a n d ía a la o c ta v a fu e s e m a y o r . P o r r e g la g e n e r a l, e n c a d e n c ia s
d e l tip o q u e se m u e s tr a e n el e je m p lo 4 .6 b , la s d o s n o ta s s u p e r io r e s d e u n p e
d e d o b le s e n s ib le , c o m o o c u r r e e n el e je m p lo 4 .6 c . L a s c a d e n c ia s en S o l y e n
u n c a so e s p e c ia l, p u e s to q u e e n el p e n ú ltim o a c o r d e e l in te r v a lo e x te r io r y a
e ra u n a se x ta m a y o r , d e m o d o q u e n o se p r e c is a b a n in g u n a a lte r a c ió n ; v é a se
el e je m p lo 4 .6 d . E sta s u c e s ió n d e a c o r d e s, e n la q u e la v o z g ra v e d e s c ie n d e
u n s e m ito n o h a v e n id o a lla m a r s e c a d e n c ia fr ig ia .
te m o d a le s c r o m á tic a m e n te d o b le s e n s i- g ia ) e n Mi
b le
L a s n o ta s se a lte r a b a n a sc e n d e n te o d e s c e n d e n te m e n te p a ra e v ita r la c u a r
ta a u m e n ta d a e n fr e n ta d a a la n o ta m á s g ra v e d e l a c o r d e , o c u a n d o e l in te r v a
q u e la lín e a m e ló d ic a r e s u lta r a m á s su a v e . A v e c e s se e m p le a b a s im p le m e n te
p o r la r a z ó n d e q u e s o n a b a b ie n , es d e c ir , p o r cau sa p u lc h ritu d in is o se a , p o r
« m o tiv o s d e b e lle z a » .
ta s h u b ie s e n s id o lo s u fic ie n te m e n te c o n s id e r a d o s c o m o p a ra a n o ta r s o s te n i
d o s , b e m o le s y b e c u a d r o s e n lo s m a n u s c r ito s . D e s d ic h a d a m e n t e p a r a
n o s o tr o s , n o s ie m p r e lo h ic ie r o n y a u n c u a n d o lo h a c ía n , n o s ie m p r e o b r a
b a n c o n ló g ic a : p o d e m o s e n c o n tr a r u n m is m o p a s a je e n d ife r e n te s m a n u s c r i
to s, e s c r ito c o n d is tin to s a c c id e n te s .
S in e m b a r g o , el q u e n o se h a lla n e s c r ito lo s a c c id e n te s n o d e b e in te r p r e ta r
q u e a p o y a b a e n to n c e s la e sc r itu r a d e la . m ú s i c a . E l s is te m a d e tre s h e x a c o r d o s
----------------------------------------------------------------------------------------------
P r o s d o c im o d e ’ B e ld o m a n d i, c o n t r a p u n c t u s (L in c o ln : U n iv e r s ity o f N e b r a s k a Press, 1 9 8 4 ) ,
p p . 7 1 -8 5 .
b it o d e n o ta s lo c a liz a d a s e n la m a n o g u id o n ia n a . U n a n o ta fu e ra d e e ste r e i
c o m p o s ito r e s y lo s c o p is ta s e ra n r e a c io s a e s c r ib ir a ltu r a s d e l s o n id o q u e n o se
v e ía n to le r a d a s p o r el s is te m a «v e r d a d e r o ». M ie n tr a s ta n to , a lo s c a n ta n te s se
172 H is to r ia d e ía m ú s ic a o c c id e n ta l, /
le s e n se ñ a b a a r e c o n o c e r lo s c a so s e n q u e h a b ía q u e a lte r a r u n a n o ta p a ra d a r
p ie a u n a m e lo d ía o p r o g r e s ió n d e in te r v a lo s m á s u n ifo r m e (v é a s e el te x to d e
in s u lto al c a n ta n te e l e s p e c ific a r u n b e m o l o u n s o s te n id o q u e se d a b a p o r
s e n ta d o tr a tá n d o se d e u n m ú s ic o p r o fe s io n a l; e n r e a lid a d , el c r ite r io p a ra h a
c e r ju ic io s d e e sta c la s e se c o n v ir tió e n g ra n m e d id a e n u n se c re to p r o fe s io n a l.
r e la tiv a m e n te lo s a c c id e n te s , p e r o d e s p u é s d e 1 4 5 0 y h a sta 1 5 5 0 , m á s o m e
n o s , se d e s p r e c ia r o n lo s a c c id e n te s , s a lv o p a r a la s tr a n s p o s ic io n e s d e m o d o , y
d o — u n a v u e lta a la p u r e z a d e lo s m o d o s d ia tó n ic o s — o si (c o s a m á s p r o b a
b le ) era s im p le m e n te u n a su n to r e la t iv o a la n o ta c ió n , m ie n tr a s lo s e je c u ta n
te s s e g u ía n a p lic a n d o la s a lte r a c io n e s d e la m is m a m a n e r a q u e a n te s. E n v is ta
s o la m e n te a q u e llo s a c c id e n te s e n c o n tr a d o s e n la s fu e n te s o r ig in a le s , e in d ic a
rá , h a b itu a lm e n te p o r e n c im a o p o r d e b a jo d e l p e n ta g r a m a , a q u e llo s q u e
cre a q u e a p lic a b a n lo s in té r p r e te s.
¡ aí n otación en d siglo x iv
C ie r ta m e n te u n a d e s c r ip c ió n d e ta lla d a d e la n o ta c ió n d e l s ig lo X IV e sc a p a al
fu n d a m e n ta le s q u e g u ia r o n a m ú s ic o s ita lia n o s y fr a n c e se s e n la e la b o r a c ió n
d e u n a n o ta c ió n p a r a la n u e v a s u b d iv is ió n a lte r n a tiv a , b in a r ia o te r n a r ia , d e
la s n o ta s m á s la r g a s , la in tr o d u c c ió n d e m u c h o s v a lo r e s b re v e s n u e v o s d e la s
m e r ía s d e l s ig lo .
m ib r e v e s e n g r u p o s se p a r a d o s p o r p u n tillo s , c o m p le m e n ta d o s p o r c ie r to s sig
s u b d iv is io n e s b in a r ia y te r n a r ia y p o r c ie r ta s fo r m a s d e la s n o ta s , r e c ie n te
m e n te in v e n ta d a s , p a ra s e ñ a la r la s e x c e p c io n e s a la s r e g la s g e n e r a le s d e a g r u -
p a m ie n to y p a ra e x p re sa r v a lo r e s d e n o ta s m á s b re v e s. E s te tip o d e n o ta c ió n ,
é p o c a c o m e n z ó a v e rse c o m p le m e n ta d o p o r e l s is te m a fr a n c é s , q u e h a b ía d e
6 E sta s e c c ió n a p a r e c e tr a d u c id a e n S R , p p . 1 6 0 -7 1 (= S R A , p p . 1 6 0 -7 1 ).
L a m ú s ic a fr a n c e s a e i t a l i a n a d e l ¡ 173
E l s is te m a fr a n c é s e ra u n a a m p lia c ió n d e lo s p r in c ip io s fr a n c o n ia n o s . L a
lo n g a » la b re v e y la se m ib r e v e p o d ía n d iv id ir s e , c a d a u n a , e n d o s o tre s n o ta s
d e l v a lo r m á s p e q u e ñ o c o n s e c u tiv o . L a d iv is ió n d e la lo n g a r e c ib ió e l n o m b r e
m á s p e q u e ñ o s q u e e l d e la s e m ib r e v e ; la m ín im a i , m ita d o te r c e ra p a r te d e
la s e m ib r e v e ; y la s e m im ín im a i) m ita d d e u n a m ín im a . L a e s tr u c tu r a d e l s is
te m a es e l s ig u ie n te :
M o d o T ie m p o P r o la c ió n
p e r fe c ta im p e r fe c ta p e r fe c ta im p e r fe c ta p e r fe c ta im p e r fe c ta
o m a y o r o m e n o r
1 1 1 u
F in a lm e n te , lo s sig n o s o r ig in a le s p a r a d e s ig n a r lo s m o d o s p e r fe c to e im
p e r fe c to se a b a n d o n a r o n ; e n to n c e s se c o m b in a r o n s ig n o s s im p lific a d o s p a r a
in d ic a r tie m p o y p r o la c ió n : u n c ír c u lo e ra e l tie m p o p e r fe c to y u n s e m ic ír c u
lo el tie m p o im p e r fe c to ; u n p u n tillo d e n tr o d e l c ír c u lo o d e l s e m ic ír c u lo , la
p r o la c ió n m a y o r y la a u s e n c ia d e l p u n tillo , p r o la c ió n m e n o r , a s í:
O ■ = ♦ ♦ ♦ = 1 1 1 1 1 1 1 1 1 , tie m p o p e r fe c to y p r o la c ió n m a y o r , e q u iv a
le n te a u n tie m p o d e 9 /8
C . = ♦ ♦ = 1 1 1 1 1 1 , tie m p o im p e r fe c to y p r o la c ió n m a y o r , e q u iv a le n
te a u n tie m p o d e 6 /8
0 ■ = ♦ ♦ ♦ = 1 1 1 1 1 1 , tie m p o p e r fe c to y p r o la c ió n m e n o r , e q u iv a le n te
a u n tie m p o d e 3 /4
C ■ = ♦ ♦ = 1 1 1 1 , tie m p o im p e r fe c to y p r o la c ió n m e n o r , e q u iv a le n te a
u n tie m p o d e 2 /4
E sta s e ra n la s « c u a tr o p r o la c io n e s » , c o m o se la s d e n o m in a b a , d e la te o ría
m u s ic a l d e la B a ja E d a d M e d ia .
E l s e m ic ír c u lo C h a lle g a d o h a sta n o s o tr o s c o m o s ig n o m o d e r n o d e l c o m
p á s d e 4 /4 . N u e s tr o ó , c o n su c o r r e s p o n d ie n te d e s ig n a c ió n « a lia b r e v e » , es
u n a r e liq u ia d e l s is te m a m e d ie v a l ta r d ío y r e n a c e n tista d e la s « p r o p o r c io n e s » ,
se g ú n el c u a l la u n id a d d e m o v im ie n to (e l « tie m p o » ) p o d ía tr a n s fe r ir s e d e lo s
174 H istoria de ¡a música occidental, /
Instrumentos
7 E s te c a m b i o p u d o h a b e r s e p r o d u c i d o c o m o c o n s e c u e n c i a d e l d e s p l a z a m i e n t o c o n t e m p o r á
n e o d e l u s o d e l p e r g a m i n o a l d e l p a p e l: e l r e l l e n a d o .d e la s n o t a s e n n e g r o s o b r e p a p e l d e s u p e r f ic i e
r u g o s a c o n la s to s c a s p l u m a s d e la é p o c a q u i z á a u m e n t a s e la s p o s ib il id a d e s d e la s s a lp i c a d u r a s d e
t i n t a y e l r ie s g o d e e c h a r a p e r d e r la p á g i n a .
Lii música francesa e ¡talLina del siglo .SU 175
trum entales, vocales. Pero más allá de unos pocos principios com o éstos, no
podem os discernir reglas generales; en apariencia, las interpretaciones varia
ban según las circunstancias y dependían de los cantantes o instrum entistas
que se tuviesen circunstancialm ente a m ano o bien del gusto o capricho de
los ejecutantes.
Para la m úsica al aire libre, la danza y las ceremonias especialm ente festi
vas o solemnes, se em pleaban conjuntos mayores e instrum entos más sono
ros; la distinción que se hacía en el siglo X I V entre «alto» (haut) y «bajo» (has)
no se refería al registro de los instrum entos, sino a su volum en sonoro. Los
instrum entos bajos más usados en este siglo fueron las arpas, fídulas, laúdes,
salterios, órganos portativos, flautas traveseras y flautas dulces; entre los ins
trum entos altos estaban las chirim ías (instrum entos de viento m adera con
doble lengüeta), cornetas (instrum entos de m adera excavada, con agujeros
para los dedos y una boquilla típica de los instrum entos de m etal), trom petas
de varas y sacabuches (trom bones antiguos). Los instrum entos de percusión,
entre ellos pequeñas cam panillas, crótalos y tim bales eran com unes en los
conjuntos de toda índole. La calidad sonora predom inante era clara, brillante
y estridente; los instrum entos, si es que se puede juzgar por el arte de esta
época, no estaban agrupados en familias de tim bre hom ogéneo (com o el pos
terior cuarteto de violas, por ejem plo), sino p o r tim bres contrastantes como,
por ejem plo, viola, laúd, arpa y sacabuche; o bien viola, laúd, salterio, flauta
y tam bor. A unque es probable que la música vocal polifónica jamás se canta
se sin acom pañam iento en este período, a veces los m otetes y otras piezas vo
cales se ejecutaban únicam ente con instrum entos. Por supuesto que tam bién
existía u n vasto repertorio de m úsica de danza instrum ental, pero ya que es
tas piezas en general se im provisaban o se tocaban de m em oria, no son m u
chos los ejemplos escritos que se han conservado.
Los instrum entos de teclado más antiguos, tipo clavicordio y clave, se in
ventaron en el siglo X I V , pero al parecer su uso no se generalizó hasta el si
glo X V . Además del órgano portativo u organetto, los órganos positivos se
em plearon con frecuencia; los grandes órganos se instalaron en núm ero cre
ciente en las iglesias. E n A lem ania se agregó un pedalero a los órganos hacia
fines del siglo X I V . U n m ecanism o de registros que perm itía al instrum entista
escoger diferentes filas de tubos a voluntad y el añadido de u n segundo tecla
do fueron logros alcanzados a com ienzos del siglo X V .
R esum en
La v a r ie d a d d e lo s re c u rs o s m u s ic a le s p ro s p e ró d e m a n e ra m a rc a d a e n el s i
g lo X IV , a n im a d a p o r e l c a m b io p r o n u n c ia d o e n e l c u lt iv o d e la m ú s ic a p ro -
La música francesa e italiana del ' tolo \¡v 177
B ib lio g rafía
Facsímiles
Hay una nueva edición facsímil en color del Román de Fauvel, con amplios comenta
rios introductorios: Fran<jois Avril, Nancy Regaldo y Edward Roesner: Le Román de
Fauvel and Other Works: Facsímile with Introductory Essay (Nueva York: Broude
Bros, 1986). Facsímiles de diversos manuscritos de música polifónica: H. Besseler y
P. Gulke: Schriftbíld der mehrstimmigen Musik, Musikgeschichte in Bildern 3/5
(Leipzig: VEB Deutscher Verlag für Musik, 1973).
Ediciones
Lecturas adicionales
Hay selecciones de los tratados del siglo X IV en Strunck: Source Readings: Jean de Mu-
ris, pp. 172-79, y Jacobo de Lieja, pp. 180-190.
Philippe de Vitry. Una traducción de Ars 'nova, de Philippe de Vitry, debida a León
Plantinga, apareció en JMT 5 (1961): 204-23. Véase también E. Sanders: «The
Early Motets of Philippe de Vitry», JAMS 28 (1975): 24-25.
179
Guillaume de Machaut. Para un estudio breve, aunque excelente, véase G. Reaney: Gui-
llaume de Machaut, (Londres: Oxford University Press, 1971). Sobre la misa, véase
Daniel Leech-Wilkinson, Machaut’s Mass: An introduction (Oxford: Clarendon
Press, 1990). Para artículos que se ocupan de diversos aspectos de las obras de Ma
chaut, véase: Gilbert Reaney: «Fourteenth Century Harmony and the Ballades,
Rondeaux and Virelais of Guillaume de Machaut», MD 7 (1953): 129, vol. 5,
núm. 4 de EM (1977), obra dedicada en su casi totalidad a este compositor y en él
se incluyen: «The Lady, the Lyric, The Letters», de Sarah Jane Williams, 462-68;
«The Musical Manuscripts of Guillaume de Machaut», de Elizabeth Keitel, 469-
72; «“Música Ficta” in Machaut», de Jean Harden, 473-76; «Guillaume de Ma
chaut and the Lai: A New Source», de David Fallows, 477-83; «Machaut’s “Pupil”
Deschamps on the Performance of Music: Voices or Instruments in the Four-
teenth-Century Chanson?», de Christopher Page, 484-98, en el que se ofrecen
pruebas de que los tenores de las chansons eran vocales y no instrumentales.
El Trecento italiano
Una buena descripción de la escena musical es Michael Long, «Trecento Italy» en Anti-
quity and the Middle Ages, ed. a cargo de James McKinnon (Englewood Cliffs, N.J.:
Prentice Hall, 1991), pp. 241-68. Varios artículos importantes de Niño Pirrota so
bre la tradición oral se recogen en su Music and Culture in Italy from the Middle
Ages to the Baroque: a Collection o f Essays (Cambridge, Mass.: Fíarvard University
Press, 1984). V. L. Hagopian: Italian Ars Nova Music: A Bibliographic Guide to Mó
dem Editions and Related Literature (Berkeley: University of California Press, 1964,
revisión y ampliación: 1973). Niño Pirrotta: «Rhapsodic Elements in North-ltalian
Polyphony of the l4th Century», MD 37 (1983): 83-99. W. T. Marroco: «The Ba-
llata-A Metamorphic Form», AM 31(1959): 32-37.
Landini. Michael Long: «Francesco Landini and the Florentine Cultural Elite», EMH
3 (1983): 83-99.
Generales
Margaret Bent: «Música Recta and Música Ficta», MD 26 (1972): 73-100 y GLHWM
2:163.
180 ilis loria fíe Lt música occidental, ¡
S. Fuller: «Discant and the Theory of Fifthing», AM 50 (1978): 217-41. Roland Jack-
son: «Musical Interrelationships between l4th-Century Mass Movements», AM 29
(1957): 54-64.
Sobre los instrumentos y la música de esta época, véanse los ensayos de Edmund A.
Bowles, Franck Ll. Harrison y G. Reaney en Jan LaRue, ed.: Aspeas o f Medieval
and Renaissance Music: A Birthday Offeñng to Gustave Reese (Nueva York: Norton,
1966).
Ursula Günther: «Unusual Phenomena in the Transmission of Late I4th-Century Mu
sic», MD 38 (1984): 87-118.
5 I n g l a t e r r a y ¡os p a í s e s b o r g o ñ o n e s
en e l s ig lo XV
La música inglesa
Características generales
im p r o v is a c ió n y la p r á c t ic a d e e s c r ib ir e n te rc e ra s y s e x ta s p a r a le la s e ra c o
m ú n e n la s c o m p o s ic io n e s p o lifó n ic a s in g le s a s d e l s ig lo X III.
El siglo xiv
T riplum abc d ef
D uplum ca b fd e
Tenor b ca e fe
w 183
j
|
| Sumer is icumen in (ca. 1250). Rota o canon infinito para cuatro voces, cantado contra un pes de dos
j partes, en et cual las voces intercambian una frase breve. Las partes superiores cuentan con un segundo
í texto en latín. (Londres, British Library, M S Harleian, 978, fol 11.)
E JEM P LO 5.1 Rondellus: Fulget coelestis curia —O Petre flo s — Roma gaudet
Refulge la corte celestial, con san Pedro sentado bajo el Príncipe de los cielos, Roma se
regocija con tal obispo.
Oh, Pedro, flor de los apóstoles, pastor de la corte celestial, apacienta dulcemente a tus
ovejas y condúcelas a destinos superiores.
Roma se regocija de tal obispo, concedido por gracia divina.
Fuente: Luther Dittmer, ed.: The Worcester Fmgments. Copyright de Hanssler Verlag/American
Institute o f Musicology. Reproducido con permiso. Todos los derechos reservados.
Inglaterra y ¡os países borgoñones en el siglo XI 185
Elfauxbourdon
ritm o (aunque la voz aguda puede verse anim ada por notas ornam entales);
las tres aparecen asimiladas en lo que es, en com paración con el siglo prece
dente, un sonido más consonante y una progresión de sonoridad más arm o
niosa dentro de la frase. Este nuevo estilo ejerció u na poderosa influencia so
bre todos los tipos de com posición: sobre la te x tu ra h o m o fó n ic a (u
hom orrítm ica), sobre arm onías consonantes y la aceptación de la sonoridad
de acorde de sexta-tercera com o elem ento destacado del vocabulario arm ó
nico.
1 Transcrito en The Oíd Hall Manuscript, ed. A Hughes y M. Bent, CM M 46 (American Insti-
cute o f Musicology, 1969-73), vol. 1, pt. 2, 357-60.
Inglaterra y ¡os países horgoñones en el siglo \1 187
Dunstable
John D unstable ( ca. 1385-1453) probablem ente pasó parte de su vida al ser
vicio del duque de Bedford, regente de Francia entre 1422 y 1435 y com an
dante de los ejércitos ingleses que lucharon contra Juana de Arco; las amplias
posesiones y pretensiones inglesas sobre Francia duran te este período expli
can en parte la presencia de D unstable y de m uchos otros com positores in
gleses en el continente, así com o la difusión de su música.
E n las com posiciones de D unstable, de las que se conocen alrededor de
sesenta, se incluyen ejemplos de los tipos y estilos principales de la polifonía
cultivados en su época: m otetes isorrítm icos, parte del ordinario de la misa,
canciones profanas y com posiciones a tres voces sobre textos litúrgicos misce
láneos. Sus doce m otetes isorrítm icos atestiguan la co n tin u ad a vitalidad de
esta antigua y venerable form a de com posición a com ienzos del siglo X V . Su
Veni Creator Spiritus, y la secuencia Veni Sánete Spiritus, no es sólo u n esplén
dido ejemplo de estructura isorrítm ica, sino tam bién u na pieza musical im
presionante en todo m om ento en la que se encarna la preferencia inglesa por
la sonoridad plena. A lgunas de las secciones del ordinario de la misa, que
com prenden alrededor de u n tercio de las obras conocidas de D unstable,
tam bién están construidas sobre una m elodía litúrgica isorrítm icam ente es
crita en el tenor. Sólo se atribuyen a D unstable unas pocas canciones profa
nas; entre ellas, O rosa bella y Puisque m’amour son excelentes ejem plos de las
expresivas melodías líricas y los claros contornos arm ónicos de la m úsica in
glesa de su tiem po.
E ntre las obras de D unstable, las más num erosas e h istó ricam en te más im
p o rtantes son sus piezas sacras a tres voces, versiones m usicales de an tífo
nas, him nos y otros textos litúrgicos o bíblicos. Las m ism as están com pues
tas de diversas m aneras: algunas tienen un cantus firmus en la p arte del
tenor, otras cuentan con u n a m elodía de canto llano o rn am e n tad a en la
188 Historia de la m úsica occidental, i
voz superior (véase el ejem plo 5.2). O tras tienen una florida voz aguda y una
m elodía tom ada de alguna o tra fuente en la voz interm edia, con el tenor
m oviéndose principalm ente en terceras y sextas p o r debajo. Y otras están
com puestas de m anera libre, sin m aterial tem ático to m ad o en préstam o de
parte alguna. U n a obra de este últim o tipo es la an tífo n a Quam pluchra es
(N A W M 26).
EJEM PLO 5.2 Voz aguda del motete Regina caeli laetare, de John Dunstable
Texto francés en C. van den Borren: Guillaume Dufay: son importance dans l’évolution
de la musique au X V e siécle, (Bruselas, 1926), 53-54.
El carol
O tra form a de com posición inglesa que surgió duran te el siglo X V fue el carol
(villancico). O riginalm ente éste, al igual que el rondeau y la ballata, era una
danza m onofónica con partes a solo y corales que se alternaban. H acia el si
glo X V se cultivó com o com posición, en dos o tres ( y a veces cuatro) partes
basado en una poesía religiosa en estilo popular, a m en u d o sobre u n tem a de
la encarnación, a veces escrito en una mezcla de versículos rim ados en inglés
y latín. En cuanto a su forma, el carol constaba de u n núm ero de estrofas
que se cantaban con la m ism a m úsica y un burden o estribillo con su propia
frase musical, que se entonaba al com ienzo y luego se repetía después de cada
estrofa. Los carols no eran canciones populares, pero sus melodías frescas y
angulosas, y sus vivos ritm os ternarios les otorgan un carácter nítidam ente
popular y una naturaleza inconfundiblem ente inglesa. El carol Salve sancta
190 i I¿muría de la música occidental, /
parens (NA W M 27) es un ejem plo típico de burden escrito en estilo discanto
inglés improvisado (ejemplo 5.3). Las voces extremas se m ueven principal
m ente por sextas paralelas, m ientras que la parte interm edia se mueve una
tercera po r encim a de la inferior, form ando u na cuarta con la voz superior.
Los compases 16-19 ponen de m anifiesto cóm o se llega a la cadencia desde
las sextas y terceras paralelas, a la octava y la quinta.
Fuente: John Stevens, ed., Medieval Carol, Música Britannica, 4, Londres, 1952, p. 71.
canto llano com o cantus firm i, pero sin que, por lo dem ás, tuviesen m ucha
semejanza con los tipos medievales más antiguos.
E ntretanto, durante la prim era m itad del siglo X V com enzó a aplicarse el
térm ino motete tam bién a las versiones musicales de textos litúrgicos y aun
profanos en el estilo m usical más nuevo de la época. Este significado más
am plio del térm ino se ha m antenido hasta hoy; según el em pleo de la pala
bra, u n m otete con este uso es casi cualquier com posición polifónica sobre
texto latino que no esté basado en el ordinario de la m isa y, p o r ende, abarca
formas tan diversas com o antífonas, responsorios y otros textos del propio y
del oficio. A partir del siglo X V I , esta palabra tam bién se aplicó a com posicio
nes sacras en otras lenguas que no eran el latín.
Cronología
----------------------------------------------------------------------------------------------
Dufay
G uillaum e D ufay {ca. 1400-1474) es citado com únm ente com o una de las
figuras principales de la escuela borgoñona, aunque acaso n u n ca haya sido
m iem bro estable de la capilla ducal. D ufay nació en 1400, año más año m e
nos, en o alrededor de C am brai, y fue m iem bro del coro de la catedral en
1409. H acia 1420 viajó a Italia y sirvió a la familia M alatesta, en Pesaro, has
ta 1426, aproxim adam ente. E ntre 1428 y 1433 fue m iem bro de la capilla
papal en Rom a. Después de un interludio de dos años al servicio del duque
de Saboya (cuyos territorios incluían, en esa época, partes de la actual Italia
noroccidental y de la Suiza occidental, así com o la provincia francesa de Sa
boya), D ufay volvió a unirse a la capilla del papa en Florencia y Bolonia des
de 1435 hasta 1437. Por lo m enos desde 1439 y hasta 1450, D ufay se asentó
en C am brai, donde fue recom pensado con un canonicato y prebenda en la
catedral por el papa Eugenio IV. E n 1452 volvió a ocupar el puesto de maes
tro de coro con el duque de Saboya hasta, probablem ente, 1456; a partir de
esta fecha regresó a C am brai, en donde m urió en 1474. Tenía u n a excelente
educación, ya que asistió a u na escuela catedralicia y recibió el grado en dere
cho canónigo po r la universidad de Bolonia; fue, además, n o m b rad o para
puestos influyentes de la Iglesia, no debido a su m úsica — aunque se le adm i
raba m ucho com o com positor— , sino a sus conocim ientos.
Las obras de D ufay y de sus contem poráneos se han conservado en gran
núm ero de m anuscritos, en su mayoría de origen italiano. D e éstos, los más
im portantes son uno que actualm ente se encuentra en la Bodleian Library de
O xford (Canonici mise. 213), copiado en el norte de Italia hacia 1460 y que
contiene 325 obras que datan aproxim adam ente de 1400 a 1440, y los códi
ces de Trento, siete volúm enes que actualm ente se hallan en la biblioteca del
M useo N acional en el Castello del Buonconsiglio, en Trento, y q ue contie
nen en total más de 1.600 com posiciones escritas entre 1420 y 1475. Las
transcripciones de este y otros m anuscritos de este período se h an reimpreso
pródigam ente en ediciones m odernas.
Los tipos principales de com posición de la escuela de B orgoña fueron m i
sas, magnificats, m otetes y chansons profanas con textos en francés. La com
binación predom inante de voces era la m ism a que en la ballade francesa y la
ballata italiana: tanto el tenor com o el contratenor se m ueven d en tro de la
tesitura de do a sol’y una voz aguda o discantus que abarca u na décim a (la a
do” o do” a mi”). C om o había ocurrido en el siglo XIV, la intención era de que
cada línea en la ejecución tuviese un tim bre distintivo y el co n ju n to u na tex
tura transparente, con el predom inio del discantus com o m elodía principal.
Puede considerarse el estilo en general com o una com binación de la suavidad
hom ofónica del fauxbourdon con cierta dosis de libertad m elódica e inde-
196 Historia fíe ¡a fiante,t accidental, i
Guillaume Dufay, junto a un órgano portativo, y Gilíes Binchois, que sostiene un arpa, en una minia
tura del poema de Martin le Franc, Le C ham pion de dames (1440-42; véase el recuadro en la
p. 189). (París, Bibliothéque Nationale, M S FR. 12476.)
com o hemiolia (véase el ejemplo 5.4b y d). El m etro binario se utilizaba p rin
cipalm ente en subdivisiones de obras más extensas com o m edio de contraste.
La chanson borgoñona
Binchois
La catedral de Santa María del Fiore, en Florencia. Dufay compuso su motete isorrítmico N uper rosa-
rum flores para la consagración de este templo en 1436.
Las misas
Fue en la misa donde los com positores borgoñones desarrollaron por vez p ri
m era un estilo musical específicamente sacro. Ya hem os señalado el creciente
núm ero de elaboraciones polifónicas de la m isa que se originó a finales del si
glo XIV y en el XV. A ntes de 1420, aproxim adam ente, las diversas secciones
del ordinario se com ponían com o piezas independientes (con excepción de
200 Historia fie ia música occidental., I
----------------------------------------------------------------------------------------------
Citado en Dufay, Opera Omnia, edición a cargo de Guillaume de Van, CMM 1 (Roma,
1947-49), 2:xxvii.
caba a la misa a la cual servía de cantus firm us. O bras de esta categoría son
las num erosas misas basadas en la chanson favorita L’homme armé {El hombre
armado; véase el ejem plo 5-5), sobre la cual casi todos los com positores de fi
nales del siglo XV y com ienzos del XVI, desde D ufay a O ckeghem y Palestri-
na, escribieron por lo m enos u n a misa.
El hombre armado es de temer; por doquier se ha proclamado que todos han de armarse con
una cota de malla de hierro.
pia lógica y función m elódica y rítm ica. Las dos voces superiores — el supe-
rius y el contratenor altus— tienen suaves y melodiosos contornos y, ocasio
nalm ente, intercam bian motivos; m ientras que el con traten o r bajo, más an
guloso, aunque tam bién vocal, proporciona u n fu n d am en to arm ónico. El
nivel de organización tem poral más obvio en esta pieza es el tempus perfecto,
representado en la transcripción por los compases de 3 /2. C ad a u n a de las
tres partes dentro de este tempus se divide en dos (prolación m enor). E n el
modus perfecto del tenor se hace evidente u na organización ternaria más am
plia, que consiste en tres témpora o tres de los m odernos compases (com o en
el ejem plo 5.6a). E n el uso de la hem iolia aparece u n a com plicación entre el
superius y el altus (compases 19-20), y en el altus, d onde el m etro cam bia a
un binario com puesto de 6/4, desde uno norm al de 3 /2 (compases 26 y 34).
La consonancia y la disonancia están tam bién bajo u n control racional.
Las disonancias prolongadas más fuertes son retardos correctam ente resueltos
en el com pás 33; m ientras que otras disonancias, principalm ente en tiem pos
débiles, pasan rápidam ente. Por otra parte el com positor favorecía q ue sona
sen terceras y sextas con octavas, quintas y cuartas, p ro d u cien d o m uchas
com binaciones de tríadas (com o se llam arían más tarde) en las partes fuertes
del tempus.
Las misas de cantus firm us a cuatro voces de D ufay son obras tardías que
en su m ayoría datan de fecha posterior a 1450. Está claro que este tipo de
com posiciones presenta m étodos de construcción que las distinguen de las
chansons, de los m otetes y misas similares a chansons de la prim era parte de
la centuria. A lgunos de los nuevos rasgos son indicio de u n estilo musical
«erudito» que surgió para alcanzar una posición relevante después de 1450.
Sin em bargo, en su conjunto, el curso de la evolución que se p ro d u jo aproxi-
(tiij.ui, » <1
Parte del cantus de la ballade a tres voces Se la face ay palé, de Dufay (para una transcripción véase
NAW M 30a). La segunda estrofa aparece después de la parte del cantus. (Oxford, Bodleian Library,
M S Canonici Mise. 213, Fol. 53v.)
204 H istoria de la música occidental, i
m adam ente después de 1430 tendía a subrayar aquellos rasgos que diferen
ciarían el estilo musical del R enacim iento del de la Baja Edad M edia: control
de la disonancia, sonoridades predom inantem ente consonantes, que incluían
sucesiones de sextas-terceras, im portancia igualitaria de las voces, identidad
m elódica y rítm ica de los versos, textura a cuatro voces y ocasional em pleo
de la im itación.
B ib lio g rafía
Inglesas
Los fragmentos de Worcester: PMMM 5; Luther A. Dittmer, ed.: The Worcester Frag-
ments: a Catalogue Raisonné and Transcription, MSD 2. En lo tocante a todos los
206 H istoria de la música occidental, 1
cometidos prácticos, esta edición supera a la de Dom Anselm Hughes, ed.: Worces-
ter Medieval Harmony o f tbe Thirteenth and Fourteenth Centuries (Nashdom Abbey:
Plainsong and Medieval Music Society, 1928).
The Oíd Hall Manuscript, edición a cargo de A. Hughes y M. Bent, CMM 46 (4 vols.).
El libro de coro de Eton, transcrito por F. Ll. Harrison, aparece en MB 10-12; descrip
ción y catálogos en Annales musicologiques, 1 (1953): 151-75.
Hay carols ingleses medievales en MB 4.
H. E. Wooldridge, ed.: Early English Harmony from the lOth to the 15th Century, 2
vols.: 1, facsímiles; 2, transcripciones y notas (Londres: B. Quaritch, 1897-1913).
Véanse también CMM 9, 19, 21, 50; Early English Church Music, edición a cargo de
F. Ll. Harrison (Londres: Stainer & Bell, 1963-?), vol. 8.
Compositores
Lecturas adicionales
De carácter general
obra de Howard M. Brown: Music in the Renaissance (Englewood Cliffs, NJ: Pren-
tice-Hall, 1976).
Iain Fenlon, ed.: Music in Medieval and Early Modern Europe: Patronage, Sources and
Texis (Cambridge: Cambridge University Press, 1981).
Música inglesa
Sobre el origen del manuscrito W l, véanse Edward Roesner: «The Origins of Wl»,
JAMS 29 (1976): 337-80 y GLHWM 2.
Sobre el Canon «Sumer is icumen in», véase Jacques Handschin: «The Summer Canon
and its Background», MD 3 (1949): 53-94, 5 (1951): 65-113, y GLHWM 2.
Sobre el fauxbourdon, véase Ann B. Scott: «The Beginnings of Fauxbourdon: A New
Interpretation», JAMS 24 (1971): 345-63.
Para un estudio conciso de la música de Dunstable, véase Margaret Bent: Dunstable,
Oxford Studies of Composers 17 (Londres: Oxford University Press, 1980) y para
una descripción de los rasgos característicos de la música inglesa, Sylvia W. Kenney:
Walter Frye and the Contenance angloise (New Haven: Yale University Press, 1964).
El gran número de versiones musicales inglesas de la misa aparece explicado en G. Rea-
ney: «The Social Implications of Polyphonic Mass Music in Fourteenth-Century
England», MD 38 (1984): 159-72.
Guillaume Dufay
La última obra aparecida sobre Dufay es la de David Fallows: Dufay (Londres: Dent,
1982). Se comunican descubrimientos importantes en: Charles Hamm: A Chrono-
logy ofthe Works o f Guillaume Dufay (Princeton: Princeton University Press, 1964);
A. Planchart: «Guillaume Dufay’s Masses: Notes and Revisions», MQ 58 (1972):
1-23, y D. Fallows: «Two More Dufay Songs Reconstructed», EM 3 (1975): 358-
60 y 4 (1976): 99; C. Wright, en «Dufay at Cambrai: Discoveries and Revisions»,
JAMS 28 (1975): 175-229 y GLHWM 4, hecha una ojeada a las actividades del
compositor en los últimos treinta y cinco años de su vida en un importante centro
religioso, enmarcado por su contexto social; se incluyen muchos documentos en la
tín y traducidos.
Música profana
of Form and Authenticity», EM 8 (1980): 454-59. Sobre el uso del texto: D. Fa-
llows: «Words and Music in Two English Songs of the Mid-Fifteenth Century:
Charles d’Orleans and John Lydgate», EM 5 (1977): 38-43-
Philip Gossett: «Techniques of Unification in Early Ciclic Masses and Mass Pairs»,
JAMS 19 (1966): 205-31; Edgar H. Sparks: Cantas Firmas in Mass and Motet,
1420-1520 (Berkeley: University of California Press, 1963); GeofFrey Chew: «The
Early Ciclic Mass as an Expression of Royal and Papal Supremacy», Music and Let-
ters 53 (1972): 254-69; Tom R, Ward: «The Polyphonic Office Hymn and the Li-
turgy of Fifteenth Century Italy», MD 26 (1972): 161-88.
Sobre L'homme armé, véanse Lewis Lockwood: «Aspect of the “L’homme armé”Tradi-
tion», Proceedings ofthe Royal Music Association 100 (1973-74): 97-122; y L. Treit-
ler: «Dufay the Progressive», en Dufay Quincentenary Conference, Brooklyn College,
1974, edición a cargo de Alian W. Adas (Brooklyn: Department of Music, Brooklyn
College of the City University of New York, 1976», 115-27, 164-78 y GLHWM 4.
Música ficta: M. Bent: «Diatonic ficta» EMH 4 (1984): 1-48.
Tonalidad: D. M. Randel: «Emerging Triadic Tonality in the Fifteenth Century», MQ
57 (1971): 73-86 y GLHWM 4.
6 L a é p o c a d e l R e n a c im ie n t o : la m ú s ic a
e n lo s P a ís e s B a jo s
C a r a c t e r ís tic a s g e n e r a le s
L a e x p e r ie n c ia d e v o lv e r a d e s c u b r ir la s a n tig u a s c u ltu r a s d e G r e c ia y R o m a
a b r u m ó a E u r o p a en lo s s ig lo s X V y X V I y n o p u d o p o r m e n o s q u e a fe c ta r a l
p e n s a m ie n to q u e la g e n te te n ía d e la m ú s ic a . S in d u d a a lg u n a , n o era p o s ib le
el e x p e r im e n ta r la m is m a m ú s ic a a n tig u a , c a so c o n tr a r io e n lo to c a n te a la
a r q u ite c tu r a , lo s m o n u m e n to s , la s e s c u ltu r a s y la p o e s ía . S in e m b a r g o , se p o
la m ú s ic a q u e e sta b a n s ie n d o n u e v a m e n te tr a d u c id o s . L o s q u e le ía n lit e r a t u r a
a n tig u a se p r e g u n ta b a n p o r q u é la m ú s ic a d e su é p o c a n o lo s e m o c io n a b a e
im p u ls a b a a la s d iv e r s a s p a s io n e s d e la m ú a q a m a n e r a q u e s e d e c ía lo h a c ía la
m ú s ic a a n tig u a . E f o b is p o B e r n a r d in o C ir ilk ) (v é a s e e l r e c u a d r o e n la p . 2 1 1 )
y a ñ o ra r la g r a n d e z a d e l p a s a d o . In sta b a a lo s m ú s ic o s a je g u ir e l .e j e m p l o d e
E l h u m an ism o
m a te r ia e n e l m is m o m o m e n t o e n q u e m ú s ic o s c o m o Z a r lin o ( 1 5 1 7 -1 5 9 0 )
c e s. T a n to lo s c r ític o s c o m o lo s d e fe n so r e s d e la m ú s ic a m o d e r n a r e a c c io n a
p o e s ía , la h is to r ia y la filo s o fía m o r a l. E s te m o v im ie n to h iz o q u e la g e n te
n o se la m e n t a r o n d e la d e c a d e n c ia d e la m ú s ic a tra s la é p o c a c lá s ic a y d e se a
b a n q u e se v o lv ie s e n a e s c a la r la s a n tig u a s c u m b r e s . S in e m b a r g o , s e g ú n la s
n o r m a s c lá s ic a s , la s m is a s p o lifó n ic a s q u e e l o b is p o C ir illo e s c u c h a b a e n la s
ig le s ia s , r e s u lta b a n in a d e c u a d a s , y a q u e n o le c o n m o v ía n , m ie n tr a s Z a r lin o
e ra c a p a z d e v e r u n p a r a le lis m o e n tre la c u m b r e q u e la m ú s ic a h a b ía a lc a n z a
c r e a c ió n d e u n a n u e v a e d a d d o r a d a , e n la d é c a d a d e 1 5 4 0 era u n o d e lo s lí
d e re s d e la n u e v a p a u ta q u e c o n d u c ía a la e x p r e s ió n e m o c io n a l d e la m ú s i c a
v id a d y fid e lid a d q u e p o d ía h a b e r a l in te n ta r p o n e r m ú s ic a a la s p a la b r a s d e
u n te x to ! . E l o b is p o C ir illo , al fin a l d e su ca r ta , e lo g ió el m a d r ig a l d e J a cq u e s
A r c a d e lt, A h im é d o v f l jd d id s o - ^ í^ lM - 3 7 ) , c o m o a n u n c io d e u n n u e v o e s — ,
tilo e x p r e s iv o d e l a m ú s i c a . A r c a d e l t ( ca ; 1 5 0 5 -1 5 6 8 ) , al ig u a l q u e W illa e r t,
m e c e n a z g o d e p r ín c ip e s e ig le s ia s .
; E l h u m a n is m o fu e e l m o v im ie n to in te le c tu a l m á s c a r a c te r ís tic o d e l p e r ío
d o q u e lo s h is to r ia d o r e s lla m a n e l R e n a c im ie n to . S e o c u p ó d e la m ú s ic a c o n
d e te x to s ; sin e m b a r g o , e sta d e m o r a n o fu e ta n m a r c a d a c o m o a v e c e s se h a
s u p u e s to . C o n la e s c u e la d e V itto r in o d a F e ltr e , p e n s a d a p a ra jó v e n e s n o b le s
e in te lig e n te s d e la c o r te d e M a n t u a y fu n d a d a e n 1 4 2 4 , e n c u y a s a u la s se le ía
el tr a ta d o d e m ú s ic a d e B o e c io c o m o te x to c lá s ic o , e n lu g a r d e c o m o fu n d a
m e n to p a ra la e n se ñ a n z a p r o fe s io n a l, se p u e d e d e c ir q u e c o m ie n z a el n u e v o
e s tu d io d e la te o r ía m u s ic a l d e la G r e c ia a n tig u a . A l p o c o tie m p o , se v o lv ie
r o n a d e s c u b r ir e n m a n u s c r ito s q u e lle g a r o n a O c c id e n te g r a c ia s a e m ig r a n te s
b a n B iz a n c io lo s p r in c ip a le s tr a ta d o s m u s ic a le s h e le n o s . E n tr e é sto s se h a lla -
1 9 8 3 ) , c a p ítu lo s 3 2 - 3 3 , p p . 9 4 - 9 9 .
La época del Renacimiento; la música en los Países Bajos 211
--------------------------------------------------
Carta del 16 de febrero, de 1549, a Ugolino Gualteruzzi. Tomado de Aldo Manuzio: Let-
tere volgari di diversi nobilissimi huomini, vol. 3 (Venecia, 1564), fols. Il4 r-115r.
Cirillo era el director o arcipreste delfamoso santuario y destino de peregrinación la San
ta Casa de Loreto.
212 H istoria de ía música occidental , /
b a n lo s tr a ta d o s d e m ú s ic a d e B a c c h iu s S é n io r , A r ís tid e s Q u in tilia n o , C la u
d io P to lo m e o , C le ó n id e s , E u c lid e s y u n o a tr ib u id o a P lu ta r c o . T a m b ié n se
p s e u d o A r is tó te le s , lo s D eip n osofistas, d e A te n e o , c o n u n a g r a n p a r te d e su s
p á g in a s d e d ic a d a a la m ú s ic a , el o c ta v o lib r o d e la P o lític a d e A r is tó te le s , y
d iv e r s o s p a s a je s so b r e e ste te m a , d e lo s d iá lo g o s d e P la tó n , e n p a r tic u la r La
rep ú b lica y L a s leyes2. T o d o s e sto s e sc r ito s se tr a d u je r o n al la tín h a c ia fin a le s
d e l sig lo X V , a u n q u e a lg u n a s d e e sta s v e rs io n e s fu e r o n e n c a r g a d a s c o n e l p r o
p ó s ito d e se r u sa d a s p r iv a d a m e n te p o r lo s e s tu d io s o s d e e n to n c e s y, p o r e llo ,
n o c ir c u la r o n c o n fa c ilid a d .
F r a n c h in o G a ffu r io ( 1 4 5 1 - 1 5 2 2 ) fu e u n m ú s ic o -e r u d it o q u e p o s e y ó a lg u
n a s d e e sta s tr a d u c c io n e s ; a sí in c o r p o r ó p a r te im p o r ta n te d e la s a b id u r ía y
m ú s ic a d e fin a le s d e l s ig lo X V y c o m ie n z o s d e l s ig lo X V I, y é s to s , ju n to a la s
tr a d u c c io n e s y c o m e n ta r io s p u b lic a d o s d e a lg u n a s d e la s o b ra s a n te r io r m e n te
m e n c io n a d a s , e s tim u la r o n n u e v o s p e n s a m ie n to s e n m a te r ia s ta le s c o m o lo s
m o d o s , la c o n s o n a n c ia y la d is o n a n c ia , e l á m b ito y e le m e n to s d e l s is te m a to
n a l, la a fin a c ió n , la s r e la c io n e s e n tr e p a la b r a s y m ú s ic a y la a r m o n ía d e la
m ú s ic a , e l h o m b r e , la m e n te y e l c o s m o s .
L a c r e e n c ia d e q u e la e le c c ió n d e l m o d o e ra la c la v e d e l c o m p o s ito r p a ra
p e n e tr a r e n la s e m o c io n e s d e l o y e n te se v io im p u ls a d a p o r la le c tu r a d e lo s fi
e fe c to s e m o c io n a le s p r o d u c id o s p o r lo s d iv e r s o s m o d o s , a u n q u e n o e stá c la r o
q u é era lo q u e e n te n d ía n p o r m o d o s . L a le y e n d a q u e c u e n ta q u e P itá g o r a s
fu e c a p a z d e c a lm a r a u n jo v e n n e r v io s o in c lin a d o a la v io le n c ia al h a c e r q u e
u n fla u tis ta p a sa se d e u n m o d o a o tr o , o e l r e la to d e A le ja n d r o M a g n o q u e ,
d e p r o n to , a b a n d o n ó u n b a n q u e te y se a r m ó p a r a la lu c h a c u a n d o e s c u c h ó
u n a m e lo d ía fr ig ia , se n a rr a ro n in n u m e r a b le s v e c e s . T e ó r ic o s y c o m p o s ito r e s
s u p u s ie r o n q u e e sto s m o d o s g r ie g o s e ra n id é n tic o s a lo s d e la Ig le s ia , d e ig u a
le s n o m b r e s y q u e la s fa c u lt a d e s e m o c io n a le s d e lo s a n tig u o s p o d ía n a tr ib u ir
c u la r e s . E l te ó r ic o s u iz o J d e in r ic h G la r e a n u s 1 .1 ,4 8 8 - 1 5 6 3 ) e n su fa m o s o
2 Se p u ed en Source Readings, p p . 3 - 5 6 , y e n A n -
h a lla r s e le c c i o n e s d e e s t o s t e x t o s e n S t r u n k ,
d r e w B a rk er, e d .: Greek Musical Writings, vol. 1, The Musician and HisArt, y v o l . 2 , Harmonic and
Acoustic Theory ( C a m b r i d g e : C a m b r id g e U n iv e r s it y P ress, 1 9 8 4 - 8 9 ) .
La época del Renacimiento: ¡<í música en ¡os Países Bu¡os 213
--------------------------------------------------
c o y e l h ip o jó n ic o , c o n e l fin a l e n D o. C o n e sto s a ñ a d id o s , h iz o q u e la te o r ía
t t C l o s l a T ^ p r á c tic a d e lo s c o m p o s ito r e s , q u e h a
b ía n u tiliz a d o fr e c u e n te m e n te lo s m o d o s e n La y e n D o. D e m o s t r ó c ó m o e n
la m ú s ic a d e J o s q u in d e s P re z se u tiliz a b a n la s c a r a c te r ís tic a s d e lo s d o c e m o
d o s (a u n q u e J o s q u in s ó lo c o n o c ie s e o c h o ) m e d ia n te el a n á lis is d e ta lla d o d e
c ie r to n ú m e r o d e su s m o te te s .
A m e d id a q u e se fu e r o n r e c o n o c ie n d o — ta n to e n la te o r ía c o m o e n la
Cronología
r e g la s p a ra el tr a ta m ie n to d e la d is o n a n c ia . E l lib r o d e in s tr u c c ió n m á s n o ta
e n lo s p r im e r o s a ñ o s d e la d é c a d a d e 1 4 7 0 . L a m e n ta b a la s o b ra s d e « lo s c o m
p o s ito r e s m á s a n tig u o s e n la s q u e h a b ía m á s d is o n a n c ia s q u e c o n s o n a n c ia s »
m á s d e c u a r e n ta a ñ o s v a T T a lr p e R a T T m c fó r í? ^
7 n t r o ^ I c c ^ * d e ^ « ó n á n d í B y te r r e s tr in g ió a lo s tie m p o s n o a c e n tu a d o s y a
p a s a je s s in c o p a d o s (o lo q u e lla m a m o s re ta r d o s) e n la s c a d e n c ia s . E sta s r e g la s
Sistem as d e afin ac ió n
p r e v a le c ía a m e d ia d o s d e l s ig lo X V , h a c ía q u e e sto s in te r v a lo s tu v ie r a n u n s o -
tr u c c io n e s d e B o e c io , G u id o y o tr o s a lo la r g o d e to d a la E d a d M e d ia . S ó lo
lo m é R a m o s d e P a r e ja , p r o p u s o q u e se m o d ific a s e d ic h a d iv is ió n p a r a c o n s e
g u ir te rce ra s y se x ta s m á s su a v e s. E sta id e a fu e a c e p ta d a p o c o a p o c o , ta n to
e n la te o r ía c o m o e n la p r á c tic a ^ a u n q u e n o sin o p o s ic ió n p o r p a r te d e lo s
d e l s ig lo X V I lo s in s tr u m e n to s se a fin a s e n d e ta l fo r m a q u e se lo g r ó q u e la s
c o n s o n a n c ia s im p e r fe c ta s (te r c e r a s y se x ta s) s o n a s e n d e m a n e r a b a s ta n te
a c e p ta b le . H a s ta e sa é p o c a , e n e l ú ltim o tie m p o d e u n a c a d e n c ia s ó lo se p o
d ía n u sa r la s c o n s o n a n c ia s p e r fe c ta s (c u a r ta s , q u in ta s y o c ta v a s ), q u e e n el
s is te m a p ita g ó r ic o p o s e ía n su e n to n a c ió n m á s p u r a .
P to lo m e o id e ó u n s is te m a d e a fin a c ió n , r e v e la d o p o r v e z p r im e r a e n el
R e n a c im ie n to p o r G a ffu r io , q u e p e r m itía e l u s o d e la s c o n s o n a n c ia s p u r a s,
p e r fe c ta s e im p e r fe c ta s — es d e c ir , la s q u e e sta b a n e n la p r o p o r c ió n s im p le d e
3 :2 y 4 :3 , p a ra la s q u in ta s y la s cu a r ta s, y 5 :4 y 6 :5 p a r a la s te rce ra s m a y o r e s
P to lo m e o d e a fin a c ió n « d ia tó n ic a s in tó n ic a » , fu e d e fe n d id o p o r c ie r to s te ó r i
1 5 5 8 . S in e m b a r g o , m á s a d e la n te se d e m o s tr ó q u e te n ía d e s v e n ta ja s p a r a la
m ú s ic a p o lifó n ic a ; e n to n c e s se fa v o r e c ie r o n d iv e rs o s a c u e r d o s , c o m o la a fin a
c ió n m e s o tó n ic a y el te m p e r a m e n to ig u a l.
L a b ú s q u e d a d e n u e v o s s is te m a s d e a fin a c ió n se e s tim u ló n o s ó lo p o r el
d e s e o d e o b te n e r c o n s o n a n c ia s m á s d u lc e s , s in o ta m b ié n p o r la a m p lia c ió n
b a r g o , a m e d id a q u e lo s c o m p o s ito r e s b u s c a b a n la c o n s e c u c ió n d e n u e v o s
e fe c to s e x p r e s iv o s , e m p e z a r o n a e x p lo r a r lo s c ic lo s d e q u in ta s , q u e lo s lle v a
n o ta s e n la s e s c a la s « fic ta » d is e ñ a d a s s e g ú n el á m b ito s o n o r o o e s c a la c o n v e n
c io n a l. S in e m b a r g o , e n e l s is te m a d e a fin a c ió n p ita g ó r ic a u s a d o e n el s i
g lo X V , u n a n o ta s o s te n id a y su c o r r e s p o n d ie n te s o n id o e n a r m ó n ic o b e m o l,
c o m o es e l c a so d e S o l! y L al, n o e ra n u n m is m o s o n id o . E s to d io p ie al d e sa
ca. 1 5 7 6 ) se h iz o fa m o s o p o r in v e n ta r u n in s tr u m e n to , d e la ú ltim a c a te g o r ía
m e n c io n a d a , c o n tre s te c la d o s , e n el q u e se p o d ía to c a r e n lo s g e n e ra c r o m á
c o b r a r la s fa c u lta d e s d e la s e s c a la s a n tig u a s g r ie g a s.
Texto y m ú sica
E l e fe c to m á s im p o r ta n te q u e tu v o el h u m a n is m o so b re la m ú s ic a fu e el a cer
u n a m e ta e x p r e s iv a c o m ú n . L o s p r im e r o s se p r e o c u p a r o n m á s d e l s o n id o d e
su s v e rso s y lo s s e g u n d o s d e im ita r d ic h o s o n id o . L a p u n tu a c ió n y la s in ta x is d e
tu ra d e su m ú s ic a y p a ra s e ñ a la r lo s m o m e n to s d e p a u sa e n el te x to m e d ia n te
c a d e n c ia s d e c a te g o r ía d ife r e n te . L o s s ig n ific a d o s e im á g e n e s d e l te x to in s p ir a
r o n al c o m p o s ito r su s m o tiv o s y te x tu ra , la m e z c la d e c o n s o n a n c ia s y d is o n a n
c ia s , lo s r itm o s y la s d u r a c i o n e s d e la s n o ta s . S e b u s c a r o n n u e v o s se n d e r o s p a ra
d r a m a tiz a r e l c o n te n id o d e u n te x to . S e c o n v ir tió e n r e g la el q u e lo s c o m p o s i
to re s s ig u ie r a n el r itm o d e l h a b la y n o v io la s e n la a c e n tu a c ió n ló g ic a d e la s s íla
b a s, b ie n e s tu v ie r a n e n la tín o b ie n e n le n g u a v e r n á c u la . L o s c o m p o s ito r e s se
a p r o p ia r o n d e la p r e r r o g a t iv a , a n te s e n p o s e s ió n d e lo s c a n ta n te s, d e c o o r d in a r
c o n p r e c is ió n la s s íla b a s c o n la s n o t a s a n o ta d a s y lo s r itm o s d e la m ú s ic a .
E s to s c a m b io s d e p e r s p e c tiv a q u e h ic ie r o n q u e la m ú s ic a r e s u lta s e m á s
r r ie r o n s im u ltá n e a m e n te , s in o a lo la r g o d e to d o e l p e r ío d o d e l R e n a c im ie n
to q u e c u b r e lo s a ñ o s q u e v a n , m á s o m e n o s , d e 1 4 5 0 a 1 6 0 0 . D e b id o a lo s
r á p id o s c a m b io s * q u e su fr ió la m ú s ic a d u r a n te e ste s ig lo y m e d io — e n g ra d o s
d e l R e n a c im ie n to . E ste m o v im ie n to tu v o u n c a rá c te r m á s g e n e ra l d e n tr o d e l
m u n d o d e la c u lt u r a y la fo r m a d e p e n sa r q u e e l d e se r u n g r u p o e s p e c ífic o
d e té c n ic a s m u s ic a le s .
Lii época riel Renacimiento: la miisiae en his Países Bajos 217
« R e n a is s a n c e » q u ie r e d e c ir « v o lv e r a n a c e r » e n fr a n c é s, le n g u a e n la q u e
e sta p a la b r a se u só p o r v e z p r im e r a p o r e l h is to r ia d o r J u le s M ic h e le t e n 1 8 5 5
n a lm e n te , d e la m ú s ic a , p a r a d e s ig n a r u n p e r ío d o d e la h is to r ia . C o m o y a h e
m o s v is t o , la id e a d e r e n a c im ie n to n o e ra e x tr a ñ a a u n a é p o c a c u y o s
d u r ía y la s g lo r ia s d e la s a n tig u a s G r e c ia y R o m a . S in e m b a r g o , h a b ía o tr o a s
p e c to d e la id e a d e l R e n a c im ie n to : la n u e v a d e d ic a c ió n a lo s v a lo r e s h u m a
n o s e n o p o s ic ió n a lo s r e lig io s o s . L a r e a liz a c ió n e n v id a , a sí c o m o la s a lv a c ió n
tra s la m u e r te , se e n te n d ie r o n e n to n c e s c o m o m e ta d e s e a b le . E l s e n tir y e x
p re sa r la g a m a c o m p le ta d e la s e m o c io n e s h u m a n a s y e l d e le ita r s e c o n lo s
c r ito r e s c u lt iv a r o n ta n to lo s te m a s r e lig io s o s c o m o lo s p r o fa n o s e in te n ta r o n
h a c e r q u e su s o b r a s fu e s e n e n te n d id a s y c a u sa r a n p la c e r a lo s h o m b r e s , a sí
c o m o a c e p ta b le s a D io s .
ta b a r e g id a p o r u n a se r ie d e c iu d a d e s -e s ta d o y p e q u e ñ o s p r in c ip a d o s , fr e
c u e n te m e n te e n g u e rr a e n tre sí. L o s g o b e r n a n te s — a m e n u d o h o m b r e s q u e
h a b ía n g a n a d o e l p o d e r p o r la fu e rz a — b u s c a b a n e n g r a n d e c e r s e y a u m e n ta r
la fa m a d e su s c iu d a d e s m e d ia n te la e r e c c ió n d e p a la c io s im p r e s io n a n te s y re
r e c ié n d e se n te r r a d o s e n la s e x c a v a c io n e s a r q u e o ló g ic a s , el m a n te n im ie n to d e
c a p illa s d e c a n ta n te s y c o n ju n to s d e in s tr u m e n tis ta s y el a g a s a jo e s p lé n d id o
o fr e c id o a p o te n ta d o s v e c in o s . M ie n tr a s ta n to , lo s c iu d a d a n o s , lib r e s d e c u a l
q u ie r s e r v ic io fe u d a l a l s e ñ o r y r e le v a d o s d e lo s d e b e r e s m ilita r e s , ca si s ie m p r e
e n m a n o s d e m e r c e n a r io s , a c u m u la b a n r iq u e z a g r a c ia s al c o m e r c io , la b a n c a
im p o r ta n te s p a ra e sta s g e n te s, la p r o s p e r id a d d e la fa m ilia , la a d q u is ic ió n y
e m b e lle c im ie n to d e p r o p ie d a d e s , la e d u c a c ió n d e lo s h ijo s , s e g ú n p a u ta s m á s
v ic io p ú b lic o m o tiv a b a n su s v id a s in d iv id u a le s y su s c o n ta c to s s o c ia le s e in s
titu c io n e s . I n c lu s o el p a p a y lo s c a r d e n a le s , tra s e l re g re so d e s d e A v iñ ó n d e la
se d e d e la Ig le s ia , se s e n tía n ta n c o m p r o m e tid o s c o m o lo s p r ín c ip e s la ic o s a
m a n te n e r u n a a lta n o r m a d e a c tiv id a d y m e c e n a z g o c u lt u r a l y a lg u n o s d e lo s
m e jo r e s m ú s ic o s , a r tis ta s y e s tu d io s o s se v ie r o n p r o te g id o s p o r c a r d e n a le s
p r o c e d e n te s d e fa m ilia s c o m o la s d e lo s M e d id , E s te , S fo r z a y G o n z a g a , q u e
g o b e r n a b a n F lo r e n c ia , F e rr a ra , M ilá n y M a n t u a r e s p e c tiv a m e n te .
L o s p r ín c ip e s y o lig a r q u ía s g o b e r n a n te s e n I ta lia fu e r o n m e c e n a s m u y g e
n e ro so s d e la m ú s ic a . F u e r o n e llo s lo s q u e se o c u p a r o n d e lle v a r a la s d u d a -
218 ilistorui Je la tm ísiaf occiflemai , 1
F la n d e s y lo s P a ís e s B a jo s . L o r e n z o d e M e d ic i r e o r g a n iz ó , e n la d é c a d a d e
g lo X V l). T r a s la p r o h ib ic ió n d e la m ú s ic a y la s a rte s d u r a n te el d o m in io d e l
c a r is m á tic o p r e d ic a d o r G ir o la m o S a v o n a r o la y el d e s tie r r o d e lo s M e d ic i e n
1 4 9 4 , e sta m is m a fa m ilia r e n o v ó e l m e c e n a z g o e n 1 5 1 1 , m o m e n t o e n q u e
d ic ió n d e c o m p o n e r m a d r ig a le s e n F lo r e n c ia . E n M ilá n , c iu d a d g o b e r n a d a
d e s d e la d é c a d a d e 1 4 5 0 p o r la fa m ilia S fo r z a , h u b o , e n 1 4 7 4 , 1 8 c a n to r e s d e
d e lo s P a ís e s B a jo s , y L o y s e t C o m p é r e (ca. 1 4 4 5 -1 5 1 8 ) , d e F r a n c ia . L a c o r te
d e F erra ra b a jo el g o b ie r n o d e lo s d u q u e s d ’E s te a lb e r g ó a J o h a n n e s M a r tin i,
o tr o s . M a n tu a , r e g id a p o r la fa m ilia G o n z a g a , fu e o tr o c e n tr o d e m e c e n a z g o ,
d e b id o e n p a r tic u la r a la p r e s e n c ia d e Isa b e l d ’E s te , e s p o s a d e l m a r q u é s F ra n
c e sc o II G o n z a g a . E s ta m u je r fu e a lu m n a d e M a r tin i e n F e rra ra . E l m is m o
M a r tin i, J o s q u in , C o m p é r e , C o llin e t d e L a n n o y y E lz é a r G e n e t (c o n o c id o
c o m o C a r p e n tr a s ) fu e r o n a lg u n o s d e lo s e x tr a n je r o s q u e v iv ie r o n e n M a n tu a .
M a r b r ia n o d e O r t o , J o h a n n e s P r io r is, A n t o in e B r u h ie r y C a r p e n tr a s . L a re
p ú b lic a d e V e n e c ia tu v o u n p a p e l s in g u la r al c u lt iv a r p r in c ip a lm e n te lo s ta
m a e s tr o d e c o r o d e S a n M a r c o s ; c u a n d o é ste m u r ió , C ip r ia n o d e R o r e (ca.
1 5 1 5 -1 5 6 5 ) , o tr o fla m e n c o , o c u p ó su p u e s to , a u n q u e su s su c e so r e s v o lv ie r o n
a se r ita lia n o s .
c o r te s p r in c ip e s c a s , p e r o h a sta 1 5 5 0 , a p r o x im a d a m e n te , fu e r o n lo s s e p te n
m é to d o s d e c a n to y c o m p o s ic ió n y su s c a n c io n e s e n id io m a s v e r n á c u lo s . S in
la m ú s ic a p o p u la r e im p r o v is a d a q u e h a lla r o n e n I ta lia , m a n e r a d e h a c e r m ú
s ic a m e n o s c o m p lic a d a , b a sa d a e n su c e s io n e s d e a c o r d e s y d o m in a d a p o r la
v o z a g u d a , a m e n u d o c o n a ir e d e b a ile . E l e n c u e n tr o d e e le m e n to s s e p te n
b le s e n e l e s tilo in te r n a c io n a l d e m e d ia d o s d e l s ig lo X V I.
La época del Renacimiento: l,i música en los Piases Bajos 219
L a m ú sica im presa
T o d a e sta a c tiv id a d d io p ie a u n a d e m a n d a d e m ú s ic a p a r a to c a r y c a n ta r. E n
c a d a c e n tr o se r e c o p ila r o n lo s m a n u s c r ito s a d e c u a d o s p a r a lo s r e p e r to r io s lo
c a le s y o tr o s , ca si s ie m p r e s u n tu o s o s , se c o p ia r o n p a ra r e g a la r lo s e n la s b o d a s ,
a n iv e r s a r io s y o tra s o c a s io n e s p r o to c o la r ia s . S in e m b a r g o , e ste p r o c e d im ie n to
m á s e x a c ta y a m p lia d e la m ú s ic a e s c r ita .
s ig lo s y p e r fe c c io n a d o p o r J o h a n n G u t e n b e r g h a c ia 1 4 5 0 , se a p lic ó a lib r o s
r ía o in s tr u c c ió n d e fin a le s d e l s ig lo XV a p a r e c e n e je m p lo s d e m ú s ic a im p r e s a
c o n b lo q u e s o p la n c h a s d e m a d e r a ; e ste m é to d o , s o lo o c o m b in a d o c o n la
p e r o p o c o a p o c o se fu e e x tin g u ie n d o . L a p r im e r a a n to lo g ía d e m ú s ic a p o li
c in c u e n ta y n u e v e v o lú m e n e s (r e im p r e s io n e s in c lu id a s ) d e m ú s ic a v o c a l e
in s tr u m e n ta l. S u s p u b lic a c io n e s , s o b r e to d o la s p r im e r a s , s o n m o d e lo d e c la
c ir , u n a im p r e s ió n p a r a la s lín e a s d e l p e n ta g r a m a , o tra p a ra la s p a la b r a s y u n a
im p r e s o r e s d e l s ig lo X V I lo r e d u je r o n a s ó lo d o s , u n a p a ra e l te x to y o tr a p a ra
la m ú s ic a . L a im p r e s ió n c o n u n a s o la p la n c h a — es d e c ir , c o n p la n c h a s tip o
g r á fic a s q u e im p r im ía n p e n ta g r a m a s , n o ta s y te x to , to d o e n u n a s o la o p e r a
c ió n — fu e p r a c tic a d a p o r p r im e r a v e z , al p a re ce r, p o r J o h n R a s te ll e n L o n
d r e s , h a c ia 1 5 2 0 y a p lic a d a p o r v e z p r im e r a a g r a n e s c a la p o r P ie r r e
A tta in g n a n t e n P a r ís , a p a r tir d e 1 5 2 8 . L a im p r e s ió n d e m ú s ic a se in ic ió e n
A le m a n ia h a c ia 1 5 3 4 y e n lo s P a ís e s B a jo s e n 1 5 3 8 ; V e n e c ia , R o m a , N u r e m -
b e r g , P a r ís , L y o n , L o v a in a y A m b e r e s se c o n v ir tie r o n e n su s c e n tr o s p r in c i
p a le s .
L a m a y o r p a r te d e la m ú s ic a p a r a c o n ju n to s q u e se p u b lic ó e n el s ig lo X V I
m e n p a ra c a d a v o z , d e m o d o q u e se n e c e s ita b a u n ju e g o c o m p le to p a ra la
d e s tin a d o s a e m p le a r s e e n el h o g a r y e n la s r e u n io n e s s o c ia le s (v é a se la ilu s
tr a c ió n e n la p . 2 2 2 ) . L a m a y o r ía d e lo s c o r o s d e ig le s ia s ig u ie r o n u s a n d o lo s
g ra n d e s lib r o s c o r a le s m a n u s c r ito s ; d u r a n te el s ig lo X V I a ú n se c o p ia b a n a
m a n o o tr o s n u e v o s , a u n q u e u n o s p o c o s e d ito r e s ta m b ié n im p r im ía n e ste
tip o d e lib r o s d e c o r o .
M ie n tr a s ta n to , la p r e o c u p a c ió n p o r c o m p le ta r lo s a c o r d e s y la p r á c tic a
m ie n to d e u n a p a r te e n r e la c ió n a la s d e m á s , m ie n tr a s c r e a b a u n a p ie z a . E l
m é to d o d e c o m e n z a r c o n u n a e str u c tu ra d e d o s p a r te s, ca si s ie m p r e te n o r -s o
p r a n o , lu e g o a ñ a d ir le u n a te r c e ra y , fin a lm e n te , u n a c u a r ta , ta l c o m o se
a p r e n d ía e n m a n u a le s a n te r io r e s , se c o n s id e r ó e n to n c e s in a d e c u a d o . P ie tr o
A r o n (o A a r o n , ca. l 4 8 0 -¿ # . 1 5 5 0 ) , al e sc r ib ir e n 1 5 2 4 (v é a s e el r e c u a d r o e n
la p . 2 2 1 ) , a c o n s e ja b a a lo s c o m p o s ito r e s q u e e sc r ib ie se n , p r e fe r e n te m e n te ,
q u e lo s p r in c ip ia n te s o b r a r ía n b ie n si s e g u ía n el a n tig u o m é to d o d e e stra to s.
C o m o m e c a n is m o p a ra c o n s e g u ir a r m o n ía c o m p le ta e n to d o m o m e n t o , es
d e c ir , q u e ta n to la q u in ta y la te rce ra , o la se x ta y la te r c e ra fu e r a n a ñ a d id a s a
la v o z in fe r io r , lo s te ó r ic o s , p o r e je m p lo A r o n , p u b lic a r o n « ta b la s d e c o n s o
n a n c ia s » , e n la s q u e se m o s tr a b a n la s o p c io n e s q u e te n ía n la s d e m á s p a rte s si
h a b ía u n in te r v a lo d e te r m in a d o c o lo c a d o e n tre s o p r a n o y te n o r . D e b id o a
q u e h u b o q u e e m p le a r e n p a r te el m é to d o e m p ír ic o , lo s c o m p o s ito r e s a v e ce s
a c u d ía n al u so d e p a r titu r a s e s c r ita s s o b r e p iz a r r a s q u e se p o d ía n b o rr a r o al
221
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Pietro Aron: Toscanello in música (Venecia, 1524), libro II, capítulo 16.
d e p a p e l b a r a to . P o r e je m p lo , el te ó r ic o L a m p a d iu s ( 1 5 3 7 ) d a u n b re v e e je m
p lo d e u n a p a r titu r a c o n b a rra s d iv is o r ia s d e c o m p a s e s y fe c h a su in v e n c ió n
e n la é p o c a d e jo s q u in e Isa a c . L a p r im e r a p a r titu r a p a ra c o n ju n to s im p r e s a
d a ta d e 1 5 7 7 .
222 H istoria de la música occidental, 1
u n a c o n te c im ie n to d e c o n s e c u e n c ia s in s o s p e c h a b le s . E n lu g a r d e u n o s p o c o s
y p r e c io s o s m a n u s c r ito s , la b o r io s a m e n te c o p ia d o s a m a n o y s u s c e p tib le s d e
to d a su e rte d e e rro re s y v a r ia n te s , se p o d ía d is p o n e r e n to n c e s d e u n a g ra n
p r o fu s ió n d e m ú s ic a n u e v a , n o e x a c ta m e n te a b a jo p r e c io p e r o , c o n to d o ,
A d e m á s , la e x is te n c ia d e e je m p la r e s im p r e s o s s ig n ific a b a q u e m u c h a s m á s
o b ra s m u s ic a le s se c o n s e r v a r ía n p a ra su e je c u c ió n y e s tu d io p o r p a r te d e la s
g e n e r a c io n e s v e n id e r a s .
E l p r e d o m in io d e lo s m ú s ic o s d e l n o r te , q u e se h a b ía in ic ia d o a c o m ie n z o s
d e l s ig lo X V , q u e d a c la r a m e n te ilu s tr a d o p o r la s ca rrera s d e su s p r in c ip a le s
c o m p o s ito r e s y e je c u ta n te s e n tre 1 4 5 0 y 1 5 5 0 . L a m a y o r ía d e e so s h o m b r e s
p a sa r o n g ra n p a rte d e su s v id a s al se rv ic io d e l rey d e F r a n c ia , d e l p a p a o d e l
La época fíe! Renacim iento: la música en las Países Bajos 223
e m p e r a d o r d e l S a c r o I m p e r io R o m a n o (s e r v ic io é ste q u e p o d ía lle v a r lo s a E s
p a ñ a , A le m a n ia , B o h e m ia o A u s tr ia ). E n Ita lia , la s c o r te s o c iu d a d e s d e Ñ i
p ó le s , F lo r e n c ia , F e rra ra , M ó d e n a , M a n tu a , M ilá n y V e n e c ia e ra n lo s c e n tr o s
n e e r la n d e s e s .
Jo h arm es O ckeghem
«S é b ie n q u e O c k e g h e m fu e , p o r a sí d e c ir lo , e l p r im e r o q u e e n e s to s tie m
p o s v o lv ió a d e s c u b r ir la m ú s ic a , la c u a l ca si h a b ía m u e r to e n su to ta lid a d y
n o d e m a n e r a d is tin ta d e la d e D o n a t e llo , q u e e n su é p o c a r e d e s c u b r ió la e s
c u lt u r a .» E s te tr ib u to fu e r e n d id o , m e d io s ig lo d e s p u é s d e q u e el c o m p o s i
to r m u r ie s e , p o r p a r te d e C o s im o B a r to li e n su R a g io n a m e n ti ac c ad e m ic i
( 1 5 6 7 ) . M á s c e r c a n o al tie m p o d e J o h a n n e s O c k e g h e m ( ca. 1 4 2 0 -1 4 9 7 ) se
e s c r ib ió u n p a n e g ír ic o p o é tic o e n m e m o r ia s u y a , al q u e le p u s o m ú s ic a J o s -
q u in d e s P re z e n 1 4 9 7 ; n o s r e fe r im o s a la D é p lo ratio n su r le trép as d e Je a n
O ckeghem (v é a se e l r e c u a d r o e n p . 2 2 4 ) . D u r a n te e l s ig lo XV e ra c o s tu m b r e
c o m p o n e r la m e n ta c io n e s o d ép lo ratio n s a la m u e r te d e m ú s ic o s fa m o s o s . E n
la m u s ic a liz a c ió n d e J o s q u in , m ie n tr a s e l te n o r e n to n a e l in tr o it o d e la m is a
d e r é q u ie m (« R é q u ie m a e te r n a m » , « c o n c é d e le s e l r e p o s o e te r n o » ), la s o tra s
c u a tr o v o c e s se la m e n ta n e n el a m a n e r a d o le n g u a je p o é tic o d e la é p o c a , c o n
su s a lu s io n e s m ito ló g ic a s y r e ite r a d o s ju e g o s d e p a la b r a s . E s te la m e n to , q u e
in c lu s o se r e im p r im ió e n A m b e r e s e n u n a fe c h a ta n ta r d ía c o m o la d e 1 5 4 5 ,
es u n o d e lo s m u c h o s q u e se e s c r ib ie r o n c o n o c a s ió n d e la m u e r te d e O c
k e g h e m .
O c k e g h e m fu e c a n to r e n e l c o r o d e la ca te d ra l d e A m b e r e s e n 1 4 4 3 - H a
c ia m e d ia d o s d e la d é c a d a d e 1 4 4 0 se h a lla b a al se r v ic io d e C a r lo s I , d u q u e
d e B o r b ó n , e n F r a n c ia . E n 1 4 5 2 p a só a fo r m a r p a r te d e la c a p illa rea l d e l r e y
d e F r a n c ia y e n u n d o c u m e n to d e 1 4 5 4 a p a r e c e in s c r ito c o m o p re m ie r chape-
lain . E s p r o b a b le q u e c o n se r v a se e ste p u e s to h a sta su ju b ila c ió n , tra s s e r v ir a
tre s m o n a r c a s : C a r lo s V I I , L u is I X y C a r lo s V I I I . O c k e g h e m n o s ó lo fu e fa
m o s o c o m o c o m p o s ito r , s in o ta m b ié n c o m o m a e s tr o d e m u c h o s d e lo s p r in
c ip a le s m ú s ic o s d e la g e n e r a c ió n s ig u ie n te .
A l p a re ce r, O c k e g h e m n o fu e u n c o m p o s ito r e x c e p c io n a lm e n te p r o lífic o .
S u s o b r a s c o n o c id a s c o m p r e n d e n a lr e d e d o r d e tre c e m is a s , d ie z m o te te s y
u n a s v e in te c h a n s o n s . L a m a y o r p a r te d e la s m isa s d e O c k e g h e m s o n s im ila
res e n su s o n o r id a d g e n e ra l a la s d e D u fa y . C u a tr o v o c e s d e c a rá c te r e s e n c ia l
d ic a s in d e p e n d ie n te s . S in e m b a r g o , e l b a jo , q u e a n te s d e 1 4 5 0 ra ra v e z
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Nymphes des bois, déesses desfontaines, Ninfas de los bosques, diosas de las fuen
tes,
Chantres experts de toutes nations, granados cantores de todas las naciones,
Changez vos voix tant cleres et haultaines trocad vuestras voces tan claras y soberbias
En cris tranchants et lamentations. por desgarradores gritos y lamentaciones.
Car Atropos, tres terrible satrappe, Pues la Muerte, terribilísimo sátrapa,
A vostre Ockeghem attrappe en sa trappe, ha atrapado a vuestro Ockeghem en su
trampa,
Vray trésorier de musique et chiefd ’oeuvre, verdadero tesorero de música y de obras
maestro,
Doct, élégant de corps et non point trappe; docto, de aspecto hermoso y en absoluto
corpulento;
Grant dommaige est que la terre le coeuvre. gran pena es que la tierra lo cubra.
Acoutrez vous d'habits de deuil: Vestios con ropas de luto:
Josquin, Piersson, Brumel, Compére, Josquin, Piersson, Brumel, Compére,
Etplourez grosses ¿armes d ’oeil: y llorad grandes lágrimas con vuestros
ojos:
Perdu avez vostre bon pere. habéis perdido a vuestro buen padre
Requiescant in pace. Amen. Que en paz descanse. Amén.
Este es el poema al que le puso música Josquin des Prez. Para la transcripción, el facsímil y
el comentario, véase Edward E. Lowinsky, ed.: The Medici Codex of 1518. El séptimo
verso de la poesía alude al cargo de Ockeghem como tesorero de la abadía de San Martín en
Tours. Los cuatro nombres del undécimo verso son los de famosos compositores de esta época.
(«Piersson» es Pierre de La Rué.)
a v e c e s, h a sta u n a c u a r ta m á s a b a jo e n c o m b in a c io n e s e s p e c ia le s d e v o c e s
g ra v e s; p o r lo d e m á s , la s e x te n s io n e s s u e le n se r n o r m a lm e n te la s m is m a s q u e
a c o m ie n z o s d e l s ig lo . E n el e je m p lo 6 .1 se m u e s tr a n la s e x te n s io n e s e m p le a
d a s; e l á m b ito d e l s u p e r iu s c o r r e s p o n d e al d e l c o n tr a lto m o d e r n o ; e l te n o r y
te situ r a y c o n fr e c u e n c ia se e n tr e c r u z a n .
u n a te x tu ra m á s p le n a y d e n s a , u n s o n id o m á s o s c u r o y, al m is m o tie m p o ,
EJEMPLO 6 .1 Extensio)tes normales de las part as vocales en las postrim erías del siglo XV
^ Superius ^ C ontratenor 0 é. Tenor Bassus
i y o - ----------
Vf y
se e je m p lo 6 .2 ) .
A lg u n a s d e la s m isa s d e O c k e g h e m , al ig u a l q u e Se la fa c e ay p a lé d e D u -
fa y , e stá n b a sa d a s e n u n c a n tu s fir m u s , s o b r e u n a m e lo d ía d a d a c o m o e s q u e
m a p a ra c a d a m o v im ie n to . P o r e je m p lo , la m is a D e p lu s en p lu s t o m a c o m o
c a n tu s fir m u s la p a r te d e l te n o r d e u n a c h a n s o n d e B in c h o is .
A fin d e v a r ia r la s o n o r id a d , O c k e g h e m , s ig u ie n d o e l e je m p lo d e lo s c o m
p o s ito r e s m á s te m p r a n o s d e l s ig lo XV, e s c r ib ió s e c c io n e s ín te g r a s c o n fo r m a s
[J =80-96]
[Superius] r t? ír r f\
.* d—
A de - n
i----- 1
Contratenor 1 9 ...... - i -rr p.... *-■ -p--- P ' F-1& = = f c \
.: ..L .. L -------
gnus de -
Tenor
Tenor V -
[Bassus]
226 H istoria de la música occidental, 1
d e tr ío s o d ú o s , o b ie n o p o n ía u n p a r d e v o c e s al o tr o p a r, re c u rso é ste q u e
a p a r e c e a m e n u d o e n la m ú s ic a , ta n to sa cra c o m o p r o fa n a , d e c o m ie n z o s d e l
s ig lo X V I. E n g e n e r a l, O c k e g h e m n o u só e x c lu s iv a m e n te la im ita c ió n e n su s
to d a s la s v o c e s .
la s d o s p r im e r a s n o ta s d e l b a jo , m i-L a , q u e se c a n ta n a m b a s e n s o lm is a c ió n
p o r su c a r a c te r ís tic a e s tr u c tu r a l, e n e sto s c a so s u n c a n o n . U n a m is a q u e n o
n o m b r e ).
La época del Rey acimiento: la música en ios Países Bajos 227
E l canon
E l c a n o n es u n a n o to r ia e x c e p c ió n d e l m o d e r a d o u so q u e O c k e g h e m h a c ía
d e la im ita c ió n . E l m é to d o p r e d o m in a n te c o n s is tía e n e sc r ib ir u n a v o z y d a r
in s tr u c c io n e s a lo s c a n ta n te s p a r a d e r iv a r la s v o c e s a d ic io n a le s d e e lla . L a re
d e c ir « p r in c ip io » o « le y » . (L o q u e a h o r a lla m a m o s « c a n o n » e n to ñ c e s “ r e c ib ia
el n o m b r e d e « fu g a » , c u y a fo r m a , e s tr ic ta e ra lin a c la s e d e c a n o n ). P o r e je m
p lo , la s e g u n d a v o z p o d ía te n e r in s tr u c c io n e s d e c a n ta r la m is m a m e lo d ía
e m p e z a n d o a d e te r m in a d o n ú m e r o d e tie m p o s o c o m p a s e s d e s p u é s d e la o r i
g in a l; p o d ía ser u n a in v e r s ió n d e la p r im e r a — es d e c ir , m o v e r s e s ie m p r e c o n
lo s m is m o s in te r v a lo s , p e r o e n d ir e c c ió n o p u e s ta ; o b ie n la v o z d e r iv a d a e ra
la v o z o r ig in a l c a n ta d a e n s e n tid o in v e r s o , lo c u a l r e c ib e e l n o m b r e d e c a n o n
O t r a p o s ib ilid a d e ra h a c e r q u e la s d o s v o c e s se m o v ie s e n a v e lo c id a d e s
p r o p o r c io n a lm e n te d is tin ta s ; lo s c á n o n e s d e e sta c la s e , a v e c e s d e n o m in a d o s
c á n o n e s p r o p o r c io n a le s , se p o d ía n a n o ta r p r e fija n d o d o s o m á s s ig n o s d ife r e n
tes d e m e n s u r a c ió n (v é a n s e la s p p . 1 7 3 -1 7 4 ) a u n a ú n ic a m e lo d ía e sc r ita . E n
u n c a n o n p r o p o r c io n a l, la p r o p o r c ió n e n tr e la s d o s v o c e s p u e d e o b te n e r s e
p o r a u m e n ta c ió n s im p le (la s e g u n d a v o z se m u e v e c o n v a lo r e s d e n o ta s d o s
v e c e s m á s p r o lo n g a d o s q u e la p r im e r a ) o p o r d is m in u c ió n s im p le (la s e g u n d a
v o z se m u e v e e n v a lo r e s e q u iv a le n te s a la m ita d d e la d u r a c ió n ) o p o s e e r u n a
r e la c ió n m á s c o m p le ja . P o r s u p u e s to q u e c u a lq u ie r a d e la s té c n ic a s q u e a c a
b a m o s d e d e s c r ib ir p u e d e u tiliz a r s e d e m a n e r a c o m b in a d a . A d e m á s , la v o z
g in a l; sin e m b a r g o , p u e d e r e p r o d u c ir u n a m e lo d ía a c u a lq u ie r in te r v a lo s u p e
r io r o in fe r io r e le g id o . U n a c o m p o s ic ió n ta m b ié n p u e d e c o m p r e n d e r u n do
b le can o n , e s d e c ir , d o s c á n o n e s (o in c lu s o m á s ) q u e se c a n ta n o t o c a n
s im u ltá n e a m e n te . D o s o m á s v o c e s a v a n z a n e n c a n o n , m ie n tr a s q u e o tra s v o
ce s se m u e v e n e n lín e a s in d e p e n d ie n te s . E n r e s u m e n , r e s u lta e v id e n te la p o
s ib ilid a d d e c o m p le jid a d e s c o n s id e r a b le s .
h e m , c a d a u n o d e c u y o s m o v im ie n to s e stá c o n c e b id o c o m o u n d o b le c a n o n
p r o p o r c io n a l. P o r e je m p lo , e l s e g u n d o K y r ie e stá e s c r ito a d o s v o c e s , s u p e -
r iu s y c o n tr a , c o m o e n e l e je m p lo 6 .3 a . C a d a c a n ta n te o b s e r v a la p e r tin e n te
c la v e y s ig n o d e m e n s u r a c ió n c o lo c a d o s a l p r in c ip io d e u n a d e la s d o s p a r te s
e s c r ita s . U n s o p r a n o le e la s n o ta s d e l s u p e r iu s e n la c la v e d e Do e n p r im e r a
lín e a , c o n el s ig n o d e m e n s u r a c ió n C ; u n a lto la s le e e n la c la v e d e Do e n s e
g u n d a lín e a , c o n e l s ig n o d e m e n s u r a c ió n O ; lo s te n o r e s y lo s b a jo s le e n d e
fo r m a s im ila r e l c o n tr a . E l e je m p lo 6 .3 b m u e s tr a lo s r e s u lta d o s e n n o ta c ió n
m o d e r n a .
228 H istoria cíe la música occidental 1
Superius
--------
¡
. .... M ...
W£
Kyrie
y e n d o la m ú s ic a s e g ú n u n a u o tr a d e c u a tr o c o m b in a c io n e s d ife r e n te s d e c la
r e s u lta d o d e e sta la b o r es q u e la m ú s ic a se p u e d e e s c u c h a r e n c u a lq u ie r a d e
lo s c u a tr o m o d o s d ife r e n te s .
Im ¿pota del Renacimiento: la música en ios Países Bajos_______ JJ9
T y \
...... -----------*— Q---------- &--------- 1— n------------i---------
" „ i 1 # : £
_ f -------- g --------------- p — ..............— ■ —H f l r ~
230 H istoria fie la m úsica occidental , 1
^ 1 l____ l_ - . L t
; ... d ""1.\....—“—^
E s fá c il e x a g era r la im p o r ta n c ia d e e sto s y o tr o s a rr e b a to s d e v ir tu o s is m o
s im ila r e s . L o s m is m o s p o s e e n u n p o d e r d e fa s c in a c ió n s o b r e to d o s lo s q u e
g u s te n d e lo s a c e r tijo s m u s ic a le s o c o sa s p a r e c id a s . E s m e n o s im p o r ta n te sa
b e r q u e O c k e g h e m e s c r ib ió c á n o n e s , q u e c o m p r e n d e r , al e sc u c h a r su m ú s ic a ,
p a c id a d d e c o m u n ic a r s e a tra v é s d e la m ú s ic a , in c lu s o c o n o y e n te s n o in ic ia
d o s e n la « c ie n c ia » d e la c o m p o s ic ió n m u s ic a l. A l p a re ce r, O c k e g h e m y lo s
d e m á s n e e r la n d e s e s c r e ía n q u e , e n lo q u e se r e fie r e a l o y e n te c o m ú n , é ste n o
d e b ía so sp e c h a r s iq u ie r a la e x is te n c ia d e l c a n o n p e r fe c to , c o m o s u c e d e c o n el
c r im e n p e r fe c to , y m e n o s a ú n d e te c ta r lo .
S i b ie n lo s c o m p o s ito r e s a s tu ta m e n te g o z a b a n a l o c u lta r su in g e n io s i
d a d d e c a ra al o y e n te , e ste a m o r p o r e l e n g a ñ o o c a s io n a lm e n te se m a n ife s
ta b a c o m o u n a e s p e c ie d e ju e g o d e a d iv in a n z a s e n tr e c o m p o s ito r y e je c u
ta n te . L a s in s tr u c c io n e s p a r a d e r iv a r la s e g u n d a v o z (o p a r a c a n ta r la v o z
e s c r ita ) a v e c e s e stá n s u g e r id a s d e u n a m a n e r a in te n c io n a d a m e n te o s c u r a o
tiv o e l h e c h o d e q u e , c u a n d o la m ú s ic a c o m e n z ó a a p a r e c e r e n v e r s io n e s
im p r e s a s d u r a n te e l s ig lo X V I, lo s e d ito r e s s ie m p r e p r o p o r c io n a r o n u n a s o
lu c ió n a ta le s a c e r tijo s .
Ltí época d el Renacimiento: Li música en /W Países Bajos 231
M u c h o s d e lo s c o m p o s ito r e s fr a n c o -fla m e n c o s d e la g e n e r a c ió n p o s te r io r fu e
r o n d ir e c ta o in d ir e c ta m e n te a lu m n o s d e O c k e g h e m . L a s tre s fig u r a s m á s
e m in e n te s d e e sta g e n e r a c ió n fu e r o n J a c o b O b r e c h t, H e in r ic h Isa a c y J o s q u in
d e s P re z, to d o s e llo s n a c id o s h a c ia m e d ia d o s d e l s ig lo : O b r e c h t, p r o b a b le m e n
te e n B e r g e n o p Z o o m , Isa a c , q u iz á e n B r u ja s , y J o s q u in , e n u n lu g a r d e l te r ri
to r io d e H a in a u t. T o d o s e llo s r e c ib ie ro n su s p r im e r a s e n s e ñ a n z a s y e x p e r ie n
c ia s e n lo s P a ís e s B a jo s . T o d o s v ia ja r o n a d iv e r sa s c o r te s e ig le s ia s e n d is tin to s
d e su s c o n te m p o r á n e o s , ilu s tr a n m u y b ie n el a n im a d o y c o n tin u o in te r c a m
(u n p o c o m á s a d e la n te ) E s p a ñ a . P o r e llo r e s u lta n a tu ra l q u e e n c o n tr e m o s e n
su m ú s ic a u n a d iv e r s id a d , u n a m e z c la y, h a sta c ie r to p u n to , u n a fu s ió n d e e le
m e n to s s e p te n tr io n a le s y m e r id io n a le s : e l to n o s e r io , la te n d e n c ia a u n a es
te ; y el á n im o m á s e s p o n tá n e o , la te x tu ra h o m o fó n ic a m á s s e n c illa , lo s r itm o s
Ja c o b O b re c h t/
P o c o s s o n lo s d e ta lle s q u e se c o n o c e n s o b r e la v id a d e J a c o b O b r e c h t q u e n a
c ió el d ía d e S a n ta C e c ilia , p a tr o n a d e la m ú s ic a (e l 2 2 d e n o v ie m b r e ) a p r o x i
m a d a m e n te e n 1 4 5 2 . O c u p ó im p o r ta n te s c a r g o s e n C a m b r a i, B r u ja s y A m -
b e r e s ; p r o b a b le m e n te h ic ie r a v a r ia s v is ita s a I ta lia . E s tu v o e n la c o r te d e
q u e m u r ió v íc tim a d e la p e ste a l c a b o d e u n a ñ o .
L a s o b ra s q u e se c o n se r v a n d e O b r e c h t, c o m p r e n d e n u n a s 2 9 m isa s, 2 8 m o
te te s y c ie r to n ú m e r o d e c h a n so n s, c a n c io n e s e n h o la n d é s y p ie z a s in s tr u m e n ta
ta n to d e c a n c io n e s p r o fa n a s c o m o d e m e lo d ía s g r e g o r ia n a s — ; sin e m b a r g o ,
h a y m u c h a v a rie d a d e n el tr a ta m ie n to d e e sto s te m a s to m a d o s e n p r é s ta m o .
E n a lg u n a s m is a s se u tiliz a la m e lo d ía c o m p le ta e n c a d a m o v im ie n t o ; e n
c o m b in a d o s : e n la M issa carm in u m se in tr o d u c e n u n a s v e in te m e lo d ía s p r o
fa n a s d ife r e n te s .
P u e d e c o m p a r a r s e la in tr o d u c c ió n d e l A g n u s d e i d e la M issa C a p u t d e
O b r e c h t (e je m p lo 6 .5 ) c o n e l e je m p lo t o m a d o d e la m is a d e O c k e g h e m s o
232 H istoria de la música occidental, I
b re el m is m o te m a (e je m p lo 6 .2 ) . A l ig u al q u e O c k e g h e m , O b r e c h t c o m ie n
z a c o n u n p a r d e v o c e s , a u n q u e s u r e la c ió n se v u e lv e d e in m e d ia to m a n ifie s ta
p a r a e l o y e n te : la s e g u n d a v o z im ita a la p r im e r a a in te r v a lo d e q u in ta . A u n
q u e la im ita c ió n a v a n z a c o m o u n c a n o n a lo la r g o d e l d ú o , n o es e x a c ta : p o r
c e n d e n te d e c u a r ta . L a m e lo d ía p r in c ip a l, u n a la r g a c u r v a q u e e v o lu c io n a a
c u a r ta a s c e n d e n te se a m p lía a u n a q u in ta e n la s d o s e x p o s ic io n e s s ig u ie n te s ,
e l e s ta b le c im ie n to d e u n a c a d e n c ia a n te s d e c o m p le ta r s e u n a id e a , o d e u n s i
le n c io a n te s d e p r o n u n c ia r s e p o r c o m p le to u n a p a la b r a ; p e r o a O b r e c h t n o le
d e la m ú s ic a al o y e n te .
L a chanson
A u n q u e la m ú s ic a e c le s iá s tic a p o lifó n ic a , e n e s p e c ia l la s c o m p o s ic io n e s d e l
o r d in a r io d e la m is a , h a b ía a d q u ir id o u n m a y o r p r e s tig io e n la s e g u n d a m i
ta d d e l s ig lo XV q u e e n c u a lq u ie r o tr a é p o c a d e la s d o s c e n tu r ia s a n te r io r e s ,
n o e sc a se a r o n la s c o m p o s ic io n e s p r o fa n a s d u r a n te e ste p e r ío d o . L a s p r o p o r
m u e s tr a n u n u s o e n g r a d u a l in c r e m e n to d e l c o n tr a p u n to im ita tiv o q u e , al
p r in c ip io , s ó lo a fe c tó a la s v o c e s s u p e r iu s y te n o r y, m á s ta rd e , a la s tre s. E n
la m a y o r p a r te d e la s c h a n s o n s d e O c k e g h e m , a sí c o m o e n la s d e su ig u a l
m e n te fa m o s o c o n te m p o r á n e o , A n t o in e B u s n o is (m . 1 4 9 2 ) , se e m p le a n la s
tr a d ic io n a le s fo r m e s fix e s d e la p o e s ía c o r te sa n a . P o r e je m p lo D ’u n g a u ltre
am e r m on cu eu r s’a b essero it ( N A W M 3 1 ) , d e O c k e g h e m , s ig u e la fo r m a m e
d ie v a l d e r o n d e a u A B a A a b A B . L a s c h a n s o n s d e O c k e g h e m , B u s n o is y su s s u
c e s o r e s g o z a r o n d e u n a g r a n p o p u la r id a d . A lg u n a s p r e d ile c ta s , c o m o Ma
bouche rit, d e O c k e g h e m , y A d ieu m es am ou rs, d e J o s q u in , a p a r e c e n u n a y
o tr a v e z e n m a n u s c r ito s y e d ic io n e s im p r e s a s e n m u c h o s p a ís e s d ife r e n te s .
L a s c h a n s o n s e ra n o b je to d e a lte r a c io n e s , a r r e g lo s y tr a n s c r ip c io n e s lib r e s
p a r a in s tr u m e n to s . S o b r e to d o b r in d a r o n u n a in a g o ta b le fu e n te d e c a n tu s
d e l te n o r d e u n a c h a n s o n . A s í, O c k e g h e m u tiliz ó e l s u p e r iu s d e su M a m a i-
tresse, c o m p le ta e in a lt e r a d a , p a ra el G lo r ia d e u n a m is a , la p r im e r a s e c c ió n
e n el c o n tr a te n o r y la s e g u n d a , m á s a d e la n te , e n e l te n o r , d e su e rte q u e la
m is m a m e lo d ía q u e u n a v e z h a b ía s e r v id o p a r a « m i d u e ñ a y ú n ic o a m o r » se
c a n ta b a a h o r a c o n la s p a la b r a s « y e n la tie rr a p a z a lo s h o m b r e s d e b u e n a v o
lu n ta d » . E s é ste u n e je m p lo d e la c o n v e r s ió n r e lig io s a d e u n a m e lo d ía p r o fa
n o s ó lo to m a e l te n o r , s in o a s im is m o e l m a te ria l d e la s o tra s v o c e s , d e u n a
c h a n s o n a c u a tr o p a rte s d e B u s n o is .
E l O dhecaton
P o d e m o s e stu d ia r la c h a n s o n a lo la r g o d e la g e n e r a c ió n d e O b r e c h t, Isa a c y
J o s q u in e n u n a d e la s a n to lo g ía s m á s fa m o s a s q u e e x is te n , la H arm o n ice m u -
sices odhecaton A , q u e fu e p u b lic a d a p o r P e tru c c i e n V e n e c ia , e n 1 5 0 1 (v é a se
234 H istoria de la música o c c id e n ta l1
i j i
O
me ver - ra brief mes jours def fi - ner.
..... r .......... 1...... 1
¿ ----- , F r i-
m .. j=^=l
* r-
Quon me ver - ra brief mes jours d e f - fi - ner,
Siento tanto dolor y tristeza, que pronto se me verá acabar mis días.
tie n e n o v e n ta y se is ) d e m ú s ic a a r m ó n ic a » (e s d e c ir , p o lifó n ic a ); la le tr a « A »
in d ic a q u e é sta es la p r im e r a d e u n a s e r ie d e a n to lo g ía s s im ila r e s , c u y o s o tr o s
v o lú m e n e s , lo s C a n ti B y C a n ti C, fu e r o n e d ita d o s , e n e fe c to , e n 1 5 0 2 y
m á s o m e n o s ; c o m p r e n d e p ie z a s q u e p e r te n e c e n ta n to a lo s c o m p o s ito r e s
b o r g o ñ o n e s ta r d ío s c o m o a la g e n e r a c ió n « m o d e r n a » . M á s d e la m ita d d e la s
g r a n n ú m e r o d e c h a n s o n s d e c o m p o s ito r e s fr a n c e se s o fr a n c o -fla m e n c o s e n
a n to lo g ía s , d u r a n te la p r im e r a m ita d d e l s ig lo X V I.
ha época fiel Renacimiento: la m úsica en los Países Bajos 235
L a s c h a n s o n s a c u a tr o v o c e s d e l O dh ecaton m u e s tr a n la m a n e r a e n q u e
m ó n ic a m á s c la r a , u n a m a y o r e q u id a d d e la s v o c e s . E l^ r i t m o b in a r io e m p e z ó
a s u s titu ir al te r n a r io m á s c o m ú n d e l p e r ío d o b o r g o ñ ó n . E n m u c h a s d e e sta s
c h a n s o n s , a l ig u a l q u e e n la s m is a s c o n te m p o r á n e a s , se u tiliz a b a u n a m e lo d ía
p o p u la r o u n a s o la v o z d e a lg u n a c h a n s o n a n te r io r .
D u r a n te la s d o s p r im e r a s d é c a d a s d e l s ig lo X V I se c u lt iv a r o n d iv e r s o s tip o s
s o n s e ra n c o m p o s ic io n e s to ta lm e n te o r ig in a le s ; e n o tra s se in c o r p o r a b a n m e
lo d ía s p r e e x is te n te s . E n c o n tr a s te c o n O c k e g h e m , J o s q u in a b a n d o n ó
a u n q u e a lg u n o s s o n p o e s ía s s e n c illa s d e c u a tr o o c in c o v e rso s. O t r o a s p e c to
e n e l q u e d ife r ía d e O c k e g h e m fu e q u e n o c o m p o n ía la te x tu ra p o lifó n ic a
n o es e l e s q u e le to d e la m ú s ic a , n i la s d e m á s v o c e s s ir v e n d e r e lle n o ; to d a s la s
p a rte s s o n ig u a le s a h o ra .
C a d a v o z es fu n d a m e n ta l p a r a la c o n c e p c ió n d e M ille regretz , d e J o s q u in
d e s P re z ( N A W M 3 2 ) , p u e s to q u e é sta y a n o es u n a c a n c ió n a c o m p a ñ a d a ,
s in o u n a c o m p o s ic ió n e n la q u e u n a p a r e ja d e v o c e s r e s p o n d e a v e c e s a o tr a
p a r e ja , c o m o o c u r r e e n la s p a la b r a s « e t p a in e d o u lo u r e u s e » (e je m p lo 6 .6 ,
c o m p a s e s 2 0 - 2 4 ) , o d o s v o c e s se m u e v e n e n im ita c ió n , c o m o el c a n tu s y el
e s c r ita p a r a C a r lo s I e n 1 5 2 0 — , se c o n v ir tió e n u n a d e la s m á s p o p u la r e s
d e s p u é s d e su m u e r te y fu e r e e la b o r a d a e n u n a m is a p o r C r is tó b a l d e M o r a
le s ( ca. 1 5 0 0 -1 5 5 3 ) y a r r e g la d a p o r L u y s d e N a r v á e z (a c tiv o 1 5 3 0 -5 0 ) e n su
J o s q u in y su s c o n te m p o r á n e o s a d o p ta b a n a m e n u d o u n a m e lo d ía y u n
te x to d e o r ig e n p o p u la r . E n F a u lte d ’a r g e n F J o s q u in e s c r ib ió la m e lo d ía e n
c a n o n e s tr ic to a la q u in ta in fe r io r e n tre e l c o n tr a te n o r y la q u in ta p a r s (q u in
ta v o z ), p e r o sin s a c r ific a r ja m á s la c la r id a d d e la te x tu ra . O t r o p r o c e d im ie n
to fa v o r ito d e J o s q u in y ta m b ié n d e s u c o n te m p o r á n e o m á s jo v e n , A n to in e
to m a d a e n p r é s ta m o y c ir c u n d a r la c o n d o s v o c e s e x tr e m a s q u e r e p e tía n e n
e c o m o tiv o s d e d ic h a m e lo d ía e n u n d e s p r e o c u p a d o ju e g o d e c o n tr a p u n to
’ E d ita d o e n H A M 91.
236 H istoria de la música occidental, I
tu ra p o lifó n ic a lib r e a c u a tr o v o c e s . U n a v e z m á s p o d ía o ír s e la m e lo d ía o
u n a v e r s ió n p a r a fr a s e a d a d e la m is m a e n la v o z s u p e r io r . D e e sta y o tra s m a
n e r a s , lo s c o m p o s ito r e s d e l p e r ío d o c o m p r e n d id o e n tre 1 5 0 0 y 1 5 2 0 tr a ta r o n
d e m e z c la r e le m e n to s p o p u la r e s c o n la tr a d ic ió n c o r te s a n a y c o n tr a p u n tís tic a
d e la c h a n s o n .
Jo s q u in d es P re z
A lo la r g o d e to d a la h is to r ia d e la m ú s ic a o c c id e n ta l se h a n p r o d u c id o p e r ío
d o s d e a c tiv id a d c r e a d o r a e x c e p c io n a lm e n te in te n s a , d u r a n te lo s c u a le s lo s
in d ic a d o r e s d e la p r o d u c c ió n m u s ic a l h a n a s c e n d id o h a sta c u m b r e s n o ta b le s .
L o s c o m ie n z o s d e l s ig lo X V I fu e r o n u n o d e e sto s p e r ío d o s . E n tr e el in m e n s o
n ú m e r o d e c o m p o s ito r e s d e p r im e r a lín e a q u e v iv ie r o n a lr e d e d o r d e 1 5 0 0 ,
u n o d e e llo s , J o s q u in d e s P re z ( ca. 1 4 4 0 -1 5 2 1 ) , d e b e c o n s id e r a r s e c o m o u n o
d e lo s m á s g r a n d e s d e to d o s lo s tie m p o s . P o c o s m ú s ic o s h a n g o z a d o d e m a
y o r r e n o m b r e e n v id a , n i e je r c id o u n a in flu e n c ia m á s p r o fu n d a y d u r a d e ra
so b r e su s s e g u id o r e s . J o s q u in fu e s a lu d a d o p o r su s c o n te m p o r á n e o s c o m o «e l
m e jo r d e lo s c o m p o s ito r e s d e n u e str o s d ía s » , c o m o « p a d re d e lo s m ú s ic o s » .
q u ie r a , m ie n tr a s q u e lo s d e m á s c o m p o s ito r e s d e b e n h a c e r lo q u e q u ie r a n la s
q u e J o s q u in n o te n ía p a re s e n la m ú s ic a , al ig u a l q u e M ig u e l A n g e l e n la a r
q u ite c tu r a , la p in tu r a y la e s c u ltu r a : « A m b o s a b r ie r o n lo s o jo s d e to d o s q u ie
e n e l fu tu r o » .
J o s q u in n a c ió h a c ia 1 4 4 0 , p r o b a b le m e n te e n F r a n c ia , e n la fr o n te r a d e
H a in a u t , te r r ito r io p e r te n e c ie n te a l S a c r o I m p e r io R o m a n o . D e 1 4 5 9 a
1 4 7 2 , fu e c a n to r d e la ca te d ra l d e M ilá n y , m á s a d e la n te , m ie m b r o d e la c a
p illa d u c a l d e G a le a z z o M a r ia S fo r z a . T ra s e l a s e s in a to d e e ste n o b le , e n
1 4 7 6 , J o s q u in p a s ó a s e r v ir a su h e r m a n o , el c a r d e n a l A s c a n io S fo r z a , h a sta
p r e s e n c ia , d e ta n to e n ta n to , e n la c a p illa p a p a l e n R o m a : al p a re ce r, e n tre
1 5 0 1 y 1 5 0 3 e s tu v o e n F r a n c ia , ta l v e z e n la c o r te d e L u is X I I . E n 1 5 0 3 fu e
a b a n d o n ó I ta lia c o n d e s tin o a F ra n c ia y, p r o b a b le m e n te , h u y ó p r u d e n te m e n
te d e la p e ste q u e m á s a d e la n te se c o b r a ría la v id a d e O b r e c h t. D e s d e 1 5 0 4
h a sta el fin a l d e su s d ía s , e n 1 5 2 1 , J o s q u in v iv ió e n s u r e g ió n n a ta l, e n C o n -
d é -s u r -l’E s c a u t, d o n d e fu e p r e b o s te d e N o t r e D a m e . S u s c o m p o s ic io n e s se
p u b lic a r o n e n n u m e r o s ís im a s a n to lo g ía s im p r e s a s d u r a n te e l s ig lo XVI y ta m
b ié n a p a r e c ie ro n e n m u c h o s d e lo s m a n u s c r ito s d e la é p o c a . I n c lu y e n e n t o -
La época del R enacim iento ; la música cu ¿os Patees Bajos 237
ta l c e r c a d e d ie c io c h o m is a s , c ie n m o te te s y se te n ta c h a n s o n s y o tra s o b ra s
v o c a le s p r o fa n a s.
L o s m otetes
M e r e c e d e sta c a rse la e le v a d a p r o p o r c ió n d e m o te te s e n la p r o d u c c ió n d e J o s
q u in . E n su é p o c a la m is a e ra a ú n e l v e h íc u lo tr a d ic io n a l m e d ia n te e l c u a l se
d e su fo r m a lid a d litú r g ic a , su te x to in v a r ia b le y la s c o n v e n c io n e s m u s ic a le s
e s ta b le c id a s , la m is a o fr e c ía e sca sa s o p o r tu n id a d e s d e e x p e r im e n ta c ió n . L o s
m o te te s e ra n m á s lib r e s ; se lo s p o d ía e s c r ib ir p a ra u n a m p lio e s p e c tr o d e te x
to s, to d o s e llo s r e la tiv a m e n te d e s u s a d o s , p o r e n d e su g e r ía n n u e v a s e in te r e
sa n te s p o s ib ilid a d e s d e r e la c io n a r p a la b r a y m ú s ic a . P o r e llo , d u r a n te e l s i
g lo X V I fu e e l m o t e t e e l g é n e r o q u e lle g ó a c o n v e n ir s e e n la fo r m a m á s
a tr a c tiv a d e c o m p o s ic ió n sa cra .
L a s m isas
M u y p o c a s d e la s o b r a s d e J o s q u in p u e d e n fe c h a r se d e fo r m a d e fin itiv a , p e r o
es e v id e n te q u e su m ú s ic a c o m p r e n d e e le m e n to s ta n to tr a d ic io n a le s c o m o
m o d e r n o s . E s el c o m p o s ito r d e q u ie n , m á s q u e d e n in g ú n o tr o , p u e d e d e c ir -
238 H istoria de i-a música occidental, 1
H e re a le s d a x Fe rr a ri e
re ut re ut re fa mi re
D c D C D F E D
Josquin y sus contem poráneos se esforzaron por hacer, conform e a los ideales
hum anistas, que la m úsica realzase m ejor los textos que le servían de base.
Tuvieron m uchísim o cuidado de que el acento musical correspondiese con la
acentuación de las palabras, en latín o lengua vernácula, y de p erm itir que és
tas se escucharan y entendieran. Esto significa que no se podía dejar d u ran te
más tiem po a los cantantes el com etido de ajustar las palabras a la m úsica
d urante una interpretación, y que las partes tenían que tener el texto clara y
com pletam ente situado debajo de la música. A las líneas, m uy floridas, de
O ckeghem y otros com positores franco-flam encos les sucedieron arreglos si
lábicos más directos, en los cuales u na frase del texto se podía captar, sin in
terrupción, com o un pensam iento. Los com positores volvieron a la chanson
y los géneros populares italianos com o m odelos para sus com posiciones vo
cales.
La audición de la arm onía no ta contra nota de la música p opular italiana,
con sus acordes en estado fundam ental, debe de haber condicionado que Jos
q uin cobrase una clara conciencia del potencial de este estilo. Su m otete Tu
solus, quifacis mirabilia (N A W M 33), de sus prim eros años en Italia, refleja
esta atracción. Secciones de m úsica hom orrítm ica declam atoria, a cuatro vo
ces, alternan con episodios en los que parejas de voces se im itan recíproca
m ente. En las secciones hom ofónicas (véase el ejemplo 6.7) se utiliza u n a téc
nica aplicada especialm ente en Italia y España que recuerda a lo que más tarde
habría de conocerse com o falsobordone, que consistía principalm ente en tría
das en posición fundam ental que arm onizaban tonos de recitación en los sal
mos, m agnificats y lam entaciones, m ientras que el fauxbourdon era una téc
nica francesa que se aplicaba particularm ente a los him nos, en la que el canto
llano se veía acom pañado po r sextas y terceras que se am pliaban a octavas y
quintas en las cadencias. Sin em bargo, había algo más que las alusiones astu
tas para acom pañar con m úsica a los textos y darles así un significado: acertar
con los acentos de los ritm os y de las palabras audibles, tal com o Josquin
com prendió cada vez más a lo largo de su carrera. Josquin fue m otivo de elo
gio por parte de sus contem poráneos por el cuidado que se to m ó en adaptar
su m úsica al texto. En sus últim os m otetes acudió a cuanto recurso estuviese
entonces a disposición de los com positores para llevar a buen pu erto el m en
saje contenido en los textos.
240 Historia ríe la musirá accidental, i
EJEMPLO 6.7 Motete Tu solus, qui facis mirabilia, de Josquin
Música reservata
5 Trad. del latín de Samuel Quickelberg, citado en Wolfgang Boetticher, Orlando di Lasso und
seine Zeit (Kassel: Bárenreiter, 1958), 1: 250. El pasaje alude a los Salmospenitenciales de Orlando
di Lasso, escritos hacia 1560 y publicados en 1584. El autor de estas palabras fue Samuel Quickel
berg, erudito y médico holandés residente en la corte de Munich, quien las escribió en 1565.
»
L a e¡HH'u 4 e l R etu u 'im ien tfí: h t m ili 241
Es fácil ver por qué los co n tem poráneos de Josquin creían que era él
q u ien traía más estrecham ente unidos los m ensajes m usicales y verbales,
cuando estudiam os uno de sus más excelentes m otetes, De profanáis clamavi
ad te (Salmo 129 de la vulgata, Desde lo profundo clamé a ti, N A W M 34). La
m úsica expresa profundam ente los textos y concuerda con ellos en varios n i
veles. El m otete está apropiadam ente escrito para voces graves, y el com po
sitor forja la música a través de la form a, el ritm o, la acentuación y el signifi
cado del texto. Josquin captura el espíritu de todo el salmo en el verso inicial
del superius (ejemplo 6.8). Traza la especie «dórica» del intervalo de qu in ta
(com o nuestro La m enor), descendiendo u n a q u in ta en la palabra «profun-
dis» y ascendiendo una sexta m enor en «clamavi», u na perfecta im agen de un
» alm a desesperada pidiendo ayuda a gritos y em pleando todas sus fuerzas para
ser escuchada. Las otras voces im itan exactam ente las prim eras cinco notas y
su duración. Se cree que este m otete data de los últim os veinte años de la
vida de Josquin.
l
Heinrich Isaac
H einrich Isaac (ca. 1450-1517), flam enco de nacim iento, estuvo al servicio
de los M edici bajo Lorenzo el M agnífico, en Florencia, entre aproxim ada
m ente los años 1484 y 1492. E n 1497 fue n om brado com positor de la corte
del em perador M axim iliano I en V iena e Innsbruck. Parece ser que pasó la
6 The Norton Scores: A Study Anthology, vol. 1, séptima edición, edición a cargo de Kristine
Forney (Nueva York: Norton, 1995), pp. 26-33.
243
R esum en
Bibliografía
Antologías de música
Compositores
Entre las ediciones modernas de obras de los compositores mencionados en este capítu
lo se incluyen las siguientes:
Isaac: Opera Omnia, edición a cargo de Edward R. Lerner, CMM 65, 7 vols. (1974-
84). véanse también Choralis Constantinus, libros I y II, en DTOe, vols. 10 y 32; li
bro III, edición a cargo de Louise Cuyler (Ann Arbor: University of Michigan
Press, 1950); Five Polyphonic Masses, edición de L. Cuyler (Ann Arbor: University
of Michigan Press, 1956); Messen, edición de M. Staehelin, «Musikalische
Dankmáler», 7-8 (Mainz: B. Schott, 1971-73).
Josquin des Prez: Werken, edición a cargo de Albert Smijers, 13 vols. (Amsterdam: Ve-
reniging voor Nederlandse Muziekgeschiedenis, 1921-69).
La Rué: Líber missarum P. de la Rué, edición a cargo de A. Tirabassi (Malinas: Maison
Dessain, 1941).
Mouton: Opera omnia, edición a cargo de A. C. Minor, 4 vols. CMM 43.
Obrecht: Werken, edición de J. Wolf, 8 vols. (Amsterdam: G. Alsbach, y Leipzig: Breit-
kopf & Hártel, 1912-21; reimpresión 1953); New Obrecht Edition, ed. Chris Maas
(Amsterdam: Vereeniging voor Nederlandse Muziekgeschiedenis, 1983-)-
Ockeghem: Collected Works, edición a cargo de Dragan Plamenac, vols. 1 y 2, 2a edi
ción (Nueva York: American Musicological Society, 1959-66); vol. 3, Motets and
Chansons, edición a cargo de Richard Wexler y D. Plamenac, 1992.
248 H istoria de la música occidental , 1
Canciones de carnaval
Federico Ghisi: I canti carnascialeschi nelle fonti musicali del X V e X V I secolo (Florencia:
L. Olschki, 1937).
Lecturas adicionales
De carácter general
Temas especiales
Sobre la impresión de música y el uso de partituras: Gustave Reese: «The First Printed
Collection of Part Music (The Odhecaton)», M Q 20 (1934): 39-76; Charles
Hamm: «Interrelationships between Manuscript and Printed Sources of Poiyphonic
Music in the Early Syxteenth Century—An OverView», en Quellenstudien zur Mu-
sik der Renaissance II: Datierung und Filiation von Musikhandschriften der Josquin-
Zeit, Wolfenbütteler Forschungen 26 (Wiesbaden: Harrassowitz, 1983) y otros ar
tículos en este volumen; H. M. Brown: Instrumental Music Printed befare 1600
(Cambridge, Mass.: Harvard Uníversity Press, 1965); Richard Agee, «The Venetian
Privilege and Music-Printing in the Sixteenth Century», en EMH 3 (1983): 1-42.
Explicaciones sobre las primeras piezas de música impresas en Francia, aparecen en
Daniel Heartz: Pierre Attaingnant, Royal Printer o f Music (Berkeley: Uníversity of
California Press, 1968). Pruebas sobre el empleo de partituras por parte de los
compositores del siglo X V I se incluyen en Edward Lowinsky: «Early Scores in Ma
nuscript», JAMS 13 (1960): 126-73.
Sobre la técnica de «parodia» o imitación: Lewis Lockwood: «On “Parody” as a Term
and Concept», en jan La Rué, ed.: Aspects o f Medieval and Reinassance Music: A
Birthday Offering to Gustave Reese (Nueva York: Norton, 1966), 560-75, y
GLHWM 4. H. M. Brown: «Emulation, Competition and Homage: Imitation and
Theories of Imitation in the Renaissance», JAMS 35 (1982): 1-48; J. Peter Burk-
holder: «Johannes Martiní and the Imitation Mass of the Late Fifteenth Century»,
JAMS 39 (1985): 255-93.
Sobre los problemas para colocar los textos, véase la explicación dada en la edición de
Lowinsky del Medid Codex, pp. 99-107. Para las teorías relativas a la colocación de
los textos tal como aparecen explicadas en los tratados de la época, véanse D. Ha-
rrán: «In Pursuit of Origins: The Earliest Writing on Text Underlay (ca. 1440)»,
AM 50 (1978): 217-41, o id.: New Light on the Question ofText Underlay prior
to Zarlino», AM 45 (1973): 24-56. Louise Litterick: «Performing Franco-Nether-
landish Secular Music of the Late 15th Century: Texted and Untexted Parts in the
Sources», EM 8 (1980): 474-92.
Sobre la chanson: para los textos de las francesas de este período, véase Brian Jeffery,
ed.: Chanson Verse o f the Early Renaissance, 2 vols. (Uttoxeter: edición del autor,
1971, 1976). Sobre la práctica de ejecución de la chanson, véanse H.M. Brown:
«On the Performance of 15th-Century Chansons», EM 1(1973): 3-10; id.: «The
Transformation of the Chanson at the End of the Fifteenth Century», en Interna
tional Musicological Society, Repon o f the Tenth Congress, Ljubljana 1967, edición a
cargo de Gragotin Cvetko (Kassel: Bárenreiter, 1970), pp. 78-94 y GLHWM 3.
Lawrence F. Bernstein: «La Couronne etfleur des chanson a troys: A Mirror of the
French Chanson in Italy in the Years between Ottaviano Petrucci and Antonio
Gardano», JAMS 26 (1973): 1-6.
Sobre la música reservata: Claude Palisca: «A Clarification of “Música Reservata”», AM
31 ( 1959): 133-61.
Sobre las canciones carnavalescas: Bonnie Blackburn: «Two “Carnival Songs” Unmas-
ked», MD 35 (1981): 121-78; Timothy McGee y Silvia Miller: «Information on
Instruments in Florentine Carnival Songs», EM 10 (1982): 452-61.
La época del Renacimiento; la música en ios Países Bajos 251
Compositores
Heinrich Isaac. Para bibliografía véase Martin Picker, Heinrich Isaac: A Guide to Reserch
(Nueva York: Gariand, 1991). Frank DAccone: «Heinrich Isaac in Florence: New
and Unpublished Documents», M Q 49 (1963):464-83; Louise Cuyler: «The Se-
quences of Isaac s Choralis Constantinus», JAMS 3 (1950): 3-16.
Ockeghem. David Fallows: «Johannes Ockeghem: The Changing Image, the Songs and
a New Source», EM 12 (1984):218-30. Para más bibliografía, véase el apartado de
Obrecht.
Mouton. Lewis Lockwood: «Jean Mouton and Jean Michel: New Evidence on French
Music and Musicians in Italy», JAMS 32 (1979):191-246.
Teóricos
Varios de los tratados mencionados o citados en este capítulo se han traducido al in-
glés.
Aron Toscanello. Aron Toscanello in Música, trad. Peter Bergquist (Colorado Springs: Co
lorado College Music Press, 1970).
GaJJurio. Theorica musice, trad. con introducción y notas por Walter K. Kreyszig, edi
ción a cargo de Claude V. Palisca, como The Theory o f Music (New Haven: Yale
University Press, 1993); De Harmonía musicorum instrumentorum opus, trad. de
Clement A. Miller, MSD 33 (Stuttgart: American Institute of Musicology/Hanss-
ler, 1977); Practica musice, trad. de Clement A. Miller, MSD 20 (American Institu-
te of Musicology, 1968), también trad. de Irwin Young, en The Practica musicae o f
Franchinus Gaffurius (Madison, Wisc.: University of Wisconsin Press, 1969). Un
comentario extenso sobre la Theorica musice en W. Kreyszig, Franchino Gajfurio’s
Theorica musice (1492): A Study o f the Sources (Viena: W. Braumüller Universitáts-
Verlagsbuchhandlung, 1995).
252 H istoria de Lt música occidental, 1
Ramos de Pareja. Selecciones de Música practica, trad. en Strunk, SR, pp. 200-204.
Tinctoris. Líber de arte contrapuncti, trad. deAlbert Seay, The Art o f Counterpoint, MSD
5 (American Institute of Musicology, 1961). Dedicatoria en Strunk, SR, pp. 197-
99. Un estudio reciente sobre la vida de Tinctoris es el de Roñal Woodley, «Iohan-
nes Tinctoris: A Review of the Biographical Evidence», JAMS 34 (1981):217-48.
Nicolás Gombert
Jacobus Clemens
O tro im portante com positor flam enco de este período fiie Jacobus Clem ens
{ca. 1510 -ca. 1556), llam ado «Clemens no n Papa». Trabajó en Brujas y en
diversas iglesias neerlandesas. E ntre sus com posiciones se incluyen chansons,
15 misas, más de 200 m otetes y 4 libros de salmos (Souterliedeken) con tex
tos en holandés, escritos en polifonía sencilla a tres voces y en los que se usan
melodías de origen popular. Todas las misas de Clem ens, excepto una, se ba
san en m odelos polifónicos. Sus m otetes son estilísticam ente similares a los
de G om bert, aunque sus frases se distinguen con m ayor claridad y sus m o ti
vos melódicos están más cuidadosam ente adaptados al sentido de las pala
bras. D estaca la gran atención prestada a la definición m odal m ediante ca
dencias y perfiles melódicos.
Ludwig Senfl
Las misas y m otetes del discípulo suizo de Isaac, Ludw ig Senfl {ca. 1486-
1542 o 43), que trabajó principalm ente en la corte bávara de M unich, son
de estilo más bien conservador, com o ocurre en general con los com positores
alemanes de este período. Sin em bargo, las principales realizaciones de Senfl
Adrián Willaert
1 Zarlino: Le istitutioni harmoniche (Venecia, 1588), libro IV, capítulos 32-33, trad. en SR,
pp. 255-61 (= SRR, 65-71) y en Zarlino: On the Modes, trad. de Vered Cohén, edición a cargo de
Claude V. Palisca (New Haven: Yale University Press, 1983), pp. 94-99.
256 H istoria d e ja música occidental, 1
den aparecer dotados con cadencias más débiles, tales com o la frigia, en la
cual el bajo desciende u n se m ito n o y la voz su p erio r asciende u n to n o
(ejemplo 7.1b, com pases 79-80).
La clave de este esquem a reside en la técnica para evitar la cadencia. Zarli-
no dedicó un capítulo a este p rocedim ien to 3, que definió com o el que tenía
a) Cadencias de engaño
3 Libro III, capítulo 54, en Zarlino: TheArt of Counterpoint, trad. de Guy A. Marco y Claude
V. Palisca (New Haven: Yale University Press, 1968; Nueva York: Norton, 1976; reimpresión: Da
Capo Press, 1983), pp. 151-53.
Nuevas corrientes en el siglo XV! 257
Fiftt.z.,'1'..:::-p.........I a ! F P - " •- i
m * - .é ... d — f - T i
t T------ .. &...... —
re
....... i.— 4 - ^ - .
^ ta - len-tum
^ mur -
“.... f ..»"...P"
4— por
L í ------- ........J a
ta- re sa
^= ¿= g= J= = t
lu
= = t= J
r f r ~ j --------- ■^ ' #.
n—k ------
~ jéZ4 n —j ~ i
V ta len
re
~ i
>.... ....... 1 ..j*...~ P* .. ñ"F"~W ~
ta - len-tum
—
mun
u — — t
^ ^ * ....
íta-] len
.....
-
- f - " í -
- tum
brn........... —0
mun
m j,-.
- - di, ta -
T -
len
rrJi
lu g a r « c u a n d o la s v o c e s d a n la im p r e s ió n d e d ir ig ir s e a u n a c a d e n c ia p e r f e c t a ,
a u n q u e g ir a n h a c ia u n a d ir e c c ió n d ife r e n te » . T a l e s q u e m a p r e p a r a to r io , q u e
c a s i s ie m p r e in c lu y e u n r e ta r d o , s e g u id o p o r la e v a s ió n d e la c a d e n c ia , p e r m i
te q u e la m ú s ic a te n g a m u c h o s p u n to s d e a r tic u la c ió n , q u e c o n tr ib u y e n así a
la c la r id a d d e l c o n tra p u n to ; s in e m b a r g o , e v ita lo s c o n s ta n te s p u n to s d e p a u
sa q u e se e n c u e n tra n e n la s p ie z a s im it a t iv a s d e la g e n e r a c ió n a n t e r io r , a l
d e u n G o m b e rt, p o r e je m p lo . L a c a d e n c ia d e e n g a ñ o ta m b ié n p e r m it e q u e
Cantus
Éüi
Altus i
splen-di - di - or,
Tenor
------- crux,. splen - di
i> k i
Versus
sj^en-di di - or, o crux,.
Bassus
o------ crux,
Oh cruz, que resplandeces con más brillo que todas las estrellas, renombrada en todo
el mundo.
N u e v a s c o r r ie n te s en e l s ig lo \ VI 259
Italia
A unque los com positores franco-flam encos estuvieron disem inados a través
de toda E uropa occidental a com ienzos del siglo XVI y el suyo era un idiom a
musical internacional com ún, cada país tenía, asim ism o, su propia m úsica
distintiva, ciertam ente m ejor conocida y probablem ente más disfrutada, en
realidad, por la m ayor parte de las gentes, que el arte erudito de los septen
trionales. Gradualmente, durante el curso del siglo XVI, esos diversos idiom as
nacionales adquirieron im portancia y, finalm ente, hicieron que el estilo de
los Países Bajos se viera m odificado por diferentes categorías. Este proceso re
sultó m uy claram ente m arcado en Italia. El cam bio de la hegem onía extran
jera a la nativa en este país queda vividam ente ilustrado p o r el puesto que
ocupó en Venecia A drián W illaert y sus discípulos. H acia 1520 llegó a Italia
S 'U este com positor flam enco, quien en fue nom brado director musical de
San M arcos en Venecia, el cargo musical más prestigioso en Italia. E ntre los
m uchos discípulos italianos de W illaert se hallaba A ndrea G abrieli (ca. 1533-
86), el que luego ocupó diversos cargos en San M arcos y cuyo discípulo y so
brino, G iovanni G abrieli (ca. 1553-1612), llegó a ser el más celebrado co m
positor veneciano de su generación. E n 1609 u n p ro m eted o r co m p o sito r
joven alem án, H einrich Schutz (1585-1672), fue a Venecia para estudiar con
G iovanni G abrieli. Así, en el lapso de m enos de un siglo, Italia reem plazó a
Francia y los Países Bajos com o centro de la vida musical europea y su pri-
260 Historia ríe la ¡núsica ofútlentaL, 1
macía, entonces establecida, duró doscientos años. E n todos los países euro
peos, la dependencia musical de Flandes y los Países Bajos im perante a co
mienzos del siglo XVI se vio sustituida p o r su dependencia de Italia, a co
mienzos del XVII; m ientras tanto, sin em bargo, en cada país se desarrollaba,
asimismo, una escuela nacional propia.
La frottola
La lauda
te de la tradición de la lauda.
El madrigal italiano
El movimiento petrarquista
El origen del madrigal estuvo inseparablem ente vinculado a los gustos que
predom inaban en la poesía italiana. Encabezados por el cardenal Pietro Bem-
4 Véase su carta, de 1549, en Lewis Lockwood, ed., Palestrina, Pope Marcellus Mass, Norton
Critical Score (Nueva York: Norton, 1975), p. 15.
264 H istoria de la música occidental, 1
Mi querido tesoro, el bien más preciado. Ay, ¿quién me lo niega, quién me lo esconde?
Cipriano de Rore
---------------------------------------------------------------------------------
Gioseffo Zarlino: Le istitutioni haxmoniche, libro III, capítulo 31, trad. de Vered Cohén
en Zarlino: On the Modes, p. 95.
ritm os ternarios de ia prim era m itad del verso, y en los ritm os vacilantes, los
gélidos acordes de 6/3 y 6/4 de la segunda m itad (ejemplo 7.5a). M ás ade
lante (ejemplo 7.5b), Rore pasea desde el m odo central en Sol a oscuros acor
des mayores en Si, Mi, La y Fa para retratar el trastorno en la vida del poeta
causado p o r la evocación de Laura, ya m uerta.
Cromatismo
Justo cuando los artistas de la época estaban am pliando los límites de la des
cripción realista, los com positores com enzaron a explorar la escala cromática,
tanto m ediante el m ovim iento por medios grados com o por los alejamientos
fuera del m odo, en parte para resucitar los géneros crom ático y enarm ónico
de la m úsica griega. El más influyente de los experim entadores fue N icola
V icentino, que publicó un tratado en 1555, en el que proponía un program a
para tal resurrección, L’antica música ridotta alia moderna prattica (La música
antigua adaptada a la práctica moderna). V icentino creó para su propio em
pleo un arcicembalo y arciorgano que perm itía la ejecución de m úsica que
contuviera progresiones de sem itonos y m icrotonos, imposibles en los instru
m entos norm ales de teclado, tal com o éstos estaban afinados. A unque m u
chos de sus contem poráneos se burlaron de sus ideas y de su música, algunos
de sus madrigales alcanzaron u na elevada categoría artística, com o por ejem
plo Laura ch’el verde lauro, otro soneto de Petrarca, publicado en el q u in to li
bro de madrigales de V icentino en 1572. E n un m om ento dado incorporó el
tetracordo crom ático griego descendiendo u na tercera m enor y dos sem ito
nos, com o m otivo para la im itación (ejemplo 7.6, en «soavemente»).
El crom atism o de esta índole no tiene nada que ver con la notación de
nom inada «cromática» que se puso de m oda hacia m ediados del siglo X V I y
que no era sino la escritura de la m úsica en com pás de cuatro p o r cuatro (sig
no C, «misura di breve» o una breve por com pás) en lugar del más antiguo 0 ,
lo que daba po r resultado el em pleo de notas más cortas (por ejem plo | ,
igual a aproxim adam ente la m ism a duración que anteriorm ente se indicaba
m ediante p . La preponderancia de notas negras en la página dio a esta n o ta
ción su nom bre de «cromática», es decir, «coloreada» o «a note nere» (en n o
tas negras) en oposición a las cabezas «blancas» de la notación más antigua.
La posibilidad de utilizar notas con cabezas negras perm itía a los com posito
res com poner palabras com o «oscuro», «noche» o «ciego» con formas de no
tas en negro y, a m enudo, los músicos obrarían así aun cuando ello no im pli
case diferencia en el sonido real, sinosmás bien u na exquisitez para la vista,
apreciada únicam ente po r los cantantes que m iraran la página. Este rastro
ilustra el hecho de que los madrigales, cuando m enos hasta bien transcurrida
Síievas c o m e n tes en el siglo XVI _________ _________ 269
m rir ce,'Orr
D a -te -m i pa - d a -te -m i pa - ce, o _ d u - ri miei p e n -sie
b. 59
[La brisa, que. al verde laurely al cabello de oro] con suave suspiro mueve.
O r la n d o d i L a sso ( 1 5 3 2 -9 4 ) r e v is te u n a m a y o r im p o r ta n c ia c o m o c o m p o s i
to r e c le s iá s tic o , a u n q u e su g e n io fu e u n iv e r s a l, ig u a lm e n te fa m ilia r iz a d o c o n
el m a d r ig a l, la c h a n s o n y el lie d . P h ilip p e d e . M o n t e ( 1 5 2 1 - 1 6 0 3 ) , a l ig u a l
q u e L a s s o , fu e p r o d ig io s a m e n te fé r til ta n to e n e l c a m p o sa c r o c o m o e n el
p r o fa n o ; c o m e n z ó e s c r ib ie n d o m a d r ig a le s e n s u ju v e n tu d e n Ita lia y p r o s i
g u ió in in te r r u m p id a m e n te d u r a n te lo s m u c h o s a ñ o s e n q u e e s tu v o a l se r v ic io
d e lo s e m p e r a d o r e s H a b s b u r g o e n V ie n a y P ra g a . P u b lic ó tr e in ta y d o s a n -
Xitt’í'iis íorru'iiíeí e>; el iiglo XV/ 271
c a d a in flu e n c ia so b r e M o n te v e r d i. H a c ia fin a le s d e s ig lo , lo s p r in c ip a le s m a
p o s ito r e s d e m a d r ig a le s d e fin a le s d e l s ig lo X V I, M a r e n z io e m p le ó ca si s ie m
p re c o m o te x to s p o e m a s p a s to r a le s .
L a fo r m a c ió n d e c o n ju n to s o con certi d e c á m a r a d e c a n ta n te s p r o fe s io n a
le s o s e m ip r o fe s io n a le s a n im ó a lo s c o m p o s ito r e s a e sc r ib ir m ú s ic a q u e d e
m a n d a b a la e x p r e s ió n e x a c ta d e r á p id o s p a s a je s o r n a m e n ta d o s , tr in o s y g r u -
p e to s , y u n a v a r ie d a d d e a ta q u e s, d in á m ic a s y c o lo r v o c a l. E l m á s fa m o s o d e
tra s c a n ta n te s : L a u r a P e v e r a ra , A n n a G u a r in i y L iv ia d ’A r c o , q u e fu e r o n
n o m b r a d a s d a m a s d e h o n o r d e su m u je r , M a r g a r ita G o n z a g a , g r a n a m a n te
d e la m ú s ic a . S u s in te r p r e ta c io n e s e n la c o r te , fr e c u e n te m e n te ju n to a c a n
ta n te s p r o fe s io n a le s m a s c u lin o s , lla m ó ta n to la a te n c ió n y a tr a jo ta n to s e lo
g io s , q u e lo s G o n z a g a d e M a n tu a y lo s M e d i d d e F lo r e n c ia fo r m a r o n g r u p o s
tr a d ic io n a lm e n te , d e sd e a n te s d e 1 5 8 0 , g r u p o s v o c a le s fe m e n in o s , p e r o lo s
m ie m b r o s d e lo s g r u p o s e ra n , m á s q u e a d ie s tr a d a s c a n ta n te s , h ija s y e sp o sa s
d e la n o b le z a , e n tre la s q u e se e n c o n tr a b a n L u c r e z ia e Is a b e lla B e n d id io , L e o
le s d e G ia c h e s d e W e r t y C la u d io M o n te v e r d i fu e r o n c o m p u e s t o s p a ra lo s
c o n ju n to s d e M a n tu a , y lo s d e L u z z a s c o L u z z a s c h i y C a r io G e s u a ld o , p a ra
lo s d e F erra ra .
C ario G esualdo
C a r io G e s u a ld o , p r ín c ip e d e V e n o s a ( ca. 1 5 6 1 -1 6 1 3 ) , p e r s o n a je p in to r e s c o ,
c u y a fa m a d e a s e s in o p r e c e d ió a su c e le b r id a d c o m o c o m p o s ito r . E n 1 5 8 6 se
c a só e n N á p o le s c o n su p r im a M a r ía d ’A v a l o s , la q u e al p o c o tie m p o tu v o u n
a m a n te , e l d u q u e d e A n d r ia . D e s c u b ie r to s in fla g ra n te d elicto p o r G e s u a ld o ,
b r e v iv ió al e s c á n d a lo y se c a só e n 1 5 9 3 c o n L e o n o r a d ’E s te , s o b r in a d e l d u
----------------------------------------------------------------------------------------------
V in ce n zo G iu s tin ia n i: S o b re lo s c o n ju n to s v o cales fe m e n in o s d e F e r r a r a y
M a n tu a
Vincenzo Giustiniani: Discorso sopra la música de’ suoi tempi (Discurso sobre la músi
ca de su tiempo), ed. en Angelo Solertíi, Le origini del melodramma (Tarín: Fratelli
Bocea, 1903), pp. 107-108.
7 .7 ) , G e s u a ld o c o m b in ó u n m o v im ie n to m e ló d ic o d e s e m ito n o s c o n la s a m
b ig u a s s u c e s io n e s d e a c o r d e s c u y a s fu n d a m e n ta le s se h a lla n a d is ta n c ia d e
tin u id a d al e v ita r la s c a d e n c ia s c o n v e n c io n a le s . A p e sa r d e lo s a le ja m ie n to s
d e l s is te m a d ia tó n ic o , lo s g r a d o s p r in c ip a le s d e l m o d o d e Mi se v e n r e a lz a d o s
e n lo s m o m e n t o s c la v e s , c o m o , p o r e je m p lo , e n lo s c o m ie n z o s y fin a le s d e
lo s v e rso s y e n la s in te r r u p c io n e s r ítm ic a s .
Por ello quedo sumido en mis dolores. Que no me dejan para languidecer en dolorosos
lamentos.
274 H istoria de la música occidental , /
C la u d io M o n teverd i
E l m a d r ig a l o c u p ó u n p u e s to im p o r ta n te e n la ca rre ra d e C la u d io M o n te v e r
d i ( 1 5 6 7 - 1 6 4 3 ) y a q u e , g r a c ia s a é l, se p a só d e e s c r ib ir p a ra c o n ju n to s v o c a le s
p o lifó n ic o s a h a c e r lo p a r a s o lo s y d ú o s c o n a c o m p a ñ a m ie n to s in s tr u m e n ta
le s . M o n te v e r d i n a c ió e n C r e m o n a y r e c ib ió s u p r im e r a in s tr u c c ió n d e M a r c
A n t o n io In g e g n e r i, d ir e c to r m u s ic a l d e la c a te d ra l d e e sta c iu d a d . E n 1 5 9 0
M o n te v e r d i in g r e s ó al se rv ic io d e V in c e n z o G o n z a g a , d u q u e d e M a n t u a y e n
1 6 0 2 fu e n o m b r a d o m a e s tr o d e la c a p illa d u c a l. D e s d e 1 6 1 3 h a sta s u m u e r
te , a c a e c id a e n 1 6 4 3 , fu e m a e s tr o d e c o r o d e S a n M a r c o s , e n V e n e c ia .
1 5 8 7 y 1 6 0 5 , p e r te n e c e n a la h is to r ia d e l m a d r ig a l p o lifó n ic o . E n e s to s lib r o s
M o n te v e r d i, sin lle g a r a e x tr e m o s c o m o lo s d e G e s u a ld o , d e m o s tr ó su d o m i
n io d e la té c n ic a d e l m a d r ig a l d e fin a le s d e l s ig lo X V I, c o n s u u n ifo r m e c o m
fle jo d e l te x to y s u lib e r ta d e n e l u s o d e a r m o n ía s y d is o n a n c ia s . S in
e m b a r g o , h a b ía a lg u n o s r a sg o s — n o d e l t o d o a u se n te s e n la m ú s ic a d e su s
c o n te m p o r á n e o s — q u e d e m o s tr a b a n q u e M o n te v e r d i a v a n z a b a r a u d a m e n te
y c o n n o ta b le se g u r id a d h a c ia e l n u e v o e s tilo d e l s ig lo X V II. P o r e je m p lo , m u
c h o s d e su s m o tiv o s m u s ic a le s n o s o n m e ló d ic o s , s in o d e c la m a to r io s , a la
m a n e r a d e l r e c ita tiv o ; la te x tu ra a m e n u d o se a p a r ta d e l m e d io d e v o c e s ig u a
le s y se c o n v ie r te e n u n d ú o s o b r e u n b a jo d e a p o y o a r m ó n ic o ; a d e m á s , la s
d is o n a n c ia s y o r n a m e n to s p r e v ia m e n te a d m itid o s e n la im p r o v is a c ió n a p a re
c e n a h o r a in c o r p o r a d o s e n la p a r titu r a e sc r ita .
d o y v a r ia d o d e lo s m a d r ig a le s e s c r ito s p o r M o n te v e r d i, r ic o s e n in v e n tiv a
m u s ic a l, p le n o s d e h u m o r y s e n s ib ilid a d , a u d a c e s a u n q u e p e r fe c ta m e n te ló g i
c o s e n su m a r c h a a r m ó n ic a . S u te x to es u n p a r la m e n to d e la o b r a d e la c o
m e d ia p a s to r il I I p a sto r fid o , d e G . B . G u a r in i, o b r a d e la c u a l n o s ó lo M a -
r e n z io , s in o ta m b ié n o tr o s c o m p o s ito r e s u s a ro n le tr a s p a ra su s m a d r ig a le s .
A u n q u e la v e r s ió n d e M o n te v e r d i fu e p u b lic a d a e n e l q u in to lib r o d e 1 6 0 5 ,
s e g u r a m e n te e s tu v o e n c ir c u la c ió n a n te s d e fin a le s d e l s ig lo a n te r io r , p u e s to
d iá lo g o d e A r tu s i o b je ta b a lo s c o m p a s e s 1 2 a 1 4 d e l e je m p lo 7 .8 , q u e c ita
b a 5, s e ñ a la n d o q u e la p a r te d e l s o p r a n o e n e l c o m p á s 1 3 n o c o n c o r d a b a c o n
la d e l b a jo . S in e m b a r g o , el o tr o in te r lo c u to r a rg u y e q u e si se s u p o n e u n Sol
e n la p r im e r a p a rte d e la v o z d e s o p r a n o , la fig u r a es c o m o u n accento , u n
5 S t r u n k S R , p . 3 9 5 (S R B , p . 3 3 ) .
Nuevas corrientes en el siglo XVí____________________________________________________ 275
o r n a m e n to im p r o v is a d o c o r r ie n te e n e sa é p o c a , q u e r e e m p la z a a l m o v im ie n
n a m e n to s — o d is m in u c io n e s , c o m o se la s lla m a b a — e s c r ita s, ta m b ié n a n i
m a n la a r m o n ía c o n e s c a la s r á p id a s e n e l c o m p á s 1 2 y, s o b r e t o d o , e n el
c o m p á s 2 , d o n d e la g lo s a d e lo s in te r v a lo s R e -S i y S i- S o l e n la s v o c e s s u p e r io
res d a p ie a la s c h ir r ia n te s d is o n a n c ia s q u e ta n e fic a z m e n te e x p r e sa n la q u e ja
« C r u d a A m a r illi» (« C r u e l A m a r ilis » ). A u n q u e m u c h a s d e la s d is o n a n c ia s d e
----------------------------------------------------------------------------------------------
de transm itir, a través de la arm onía más que m ediante las imágenes gráficas
el significado y el sentim iento del mensaje del poeta. M onteverdi se defendió
de la crítica de A rtusi en un «credo» conciso :mpreso en su q u in to libro de
madrigales (véase el recuadro) y prom etió ocuparse de este asunto con m ayor
profundidad en un volum en que nunca llegó a ver la luz del día.
En la Italia del siglo X V I tam bién se cultivaron otras variedades más ligeras de
canción a varias voces. La más im portante fue la can zon villan esca (canción
de campesinos) o v illan e lla, que apareció por vez prim era en torno a N ápoles
Nuevas corrientes en el siglo XVI 277
e n la d é c a d a d e 1 5 4 0 y flo r e c ió p r in c ip a lm e n te e n la r e g ió n d ir ig id a p o r e sta
b e r a d a m e n te la s q u in ta s p a r a le la s , e n u n p r in c ip io p a r a s u g e r ir s u c a rá c te r
s u p u e s ta m e n te r ú s tic o y q u iz á m á s ta rd e p a ra c a r ic a tu r iz a r la su a v e c o r r e c
c ió n d e lo s m a d r ig a le s , q u e c o n fr e c u e n c ia se p a r o d ia b a n ta n to e n la le tr a
la v illa n e lla te r m in ó p o r a s e m e ja r s e a l m a d r ig a l y p e r d ió g r a d u a lm e n te su
id e n tid a d p r o p ia .
d e s tin a d o s ta n to a la d a n z a c o m o a se r c a n ta d o s o to c a d o s ; lo s e s tr ib illo s « fa -
G ia c o m o G a s to ld i (m . 1 6 2 2 ) . A m b a s fo r m a s e ra n p o p u la r e s e n I ta lia y fu e
r o n im ita d a s p o r c o m p o s ito r e s a le m a n e s e in g le s e s .
L a c a n c ió n p r o f a n a f u e r a d e I t a l i a
F ra n c ia
L o s c o m p o s ito r e s fr a n c e se s d e m is a s y m o te te s s ig u ie r o n e s c r ib ie n d o , a c o
n a c io n a l. P e ro lo s c o m p o s ito r e s d e c h a n s o n d e e ste p e r ío d o y d e l e x te n s o r e i
m e n u d o , « c h a n s o n p a r is in a » , m á s d is tin tiv a m e n te n a c io n a l, ta n to e n su p o e
sía c o m o e n su m ú s ic a .
la n z ó e n P a rís m á s d e c in c u e n ta a n to lo g ía s d e c h a n s o n s , e n to ta l u n a s 1 .5 0 0
p ie z a s . P r o n to o tr o s e d ito r e s s ig u ie r o n e l e je m p lo d e A tta in g n a n t . D e la p o
p u la r id a d d e la c h a n s o n d a n te s tim o n io s c e n te n a r e s d e tr a n s c r ip c io n e s p a ra
la ú d y a r r e g lo s p a ra v o z s o lis ta c o n a c o m p a ñ a m ie n to d e la ú d , p u b lic a d o s d u
L a s típ ic a s «c h a n s o n s p a r is in a s » d e la s p r im e r a s a n to lo g ía s d e A tta in g n a n t
jFMWt*
c u a tr o v o c e s , s ilá b ic a s , c o n m u c h a s n o ta s r e p e tid a s , p r e d o m in a n te m e n te e n
m e tr o b in a r io y p r e p o n d e r a n te m e n te h o m o fó n ic a s , c o n la m e lo d ía p r in c ip a l
n ía n b re v e s s e c c io n e s d ife r e n c ia d a s q u e , p o r r e g la g e n e r a l, se r e p e tía n p a ra
fo r m a r u n e s q u e m a d e fá c il c a p ta c ió n , c o m o p o r e je m p lo aabc o ab ca. S u s
te x to s a b a rc a r o n u n c o n s id e r a b le e sp e c tro d e fo r m a s y te m a s , s ie n d o u n te m a
su e rte d e c o m e n ta r io s a g r a d a b le s y a lu s io n e s e q u ív o c a s . N o to d o s lo s te x to s
e ra n , sin e m b a r g o , fr ív o lo s .
d e S e r m is y ( ca. 1 4 9 0 - 1 5 6 2 ) (e je m p lo 7 .9 ; p a r a la c a n c ió n e n te r a v é a s e
Nuevas corrientes en XVI 279
Siempre que viva en la edad florecida, serviré al poderoso rey del amor con hechos,
palabras, canciones y armonías.
N A W M 4 2 ) . A l ig u a l q u e e n la fr o tto la , la m e lo d ía se h a lla e n la v o z a g u d a y
la a r m o n ía e stá fo r m a d a p o r te rc e ra s y q u in ta s , c o n u n a se x ta d e v e z e n c u a n
d o . E n lu g a r d e d a r p ie a u n a s ín c o p a e n la c a d e n c ia , la n o ta q u e se c o n v ie r te
u n e fe c to d e a p o y a tu r a . E l fin a l d e c a d a v e rso d e l te x to se v e d e s ta c a d o c la r a
L o s d o s p r in c ip a le s c o m p o s ito r e s d e c h a n s o n s e n la s p r im e r a s a n to lo g ía s
d e A tta in g n a n t fu e r o n S e r m is y y C lé m e n t J a n e q u in (ca. 1 4 8 5 -t v * . 1 5 6 0 ) . J a -
L a G uerre, q u e s e g ú n c u e n ta la tr a d ic ió n fu e in s p ir a d a p o r la b a ta lla d e M a -
r ig n a n ( 1 5 1 5 ) ; es la p r e c u r so r a d e in n u m e r a b le s p ie z a s d e « b a ta lla » . O t r a p ie
d e g o r je o s y tr in o s v o c a le s .
A p a r te d e A tta in g n a n t y d e o tr o s e n P a r ís , io s p r in c ip a le s e d ito r e s d e c h a n
s o n s d u r a n te la p r im e r a m ita d d e l s ig lo XVI fu e r o n J a c q u e s M o d e r n e , d e
L y o n , y T ilm a n S u sa to , e n A m b e r e s . L a s c h a n s o n s p u b lic a d a s e n A m b e r e s
ta c a n G o m b e r t , « C le m e n s n o n P a p a », P ie r r e d e M a n c h ic o u r t (m . 1 5 6 4 ) y
T h o m a s C r é c q u illo n (m . 1 5 5 7 ) . P o r r e g la g e n e r a l, su s c h a n s o n s e ra n m á s
e fe c to , e sto s h o m b r e s s ig u ie r o n la tr a d ic ió n d e la c h a n s o n m á s a n tig u a , a u n
q u e b a jo la in flu e n c ia d e l e je m p lo fr a n c é s, te n d ía n h a c ia u n e s tilo m á s h o -
m o fó n ic o .
e n e l n o r te , c o m o p u e d e c o m p r o b a r s e e n lo s d o s lib r o s d e c h a n s o n s p u b lic a
d o s p o r el c o m p o s ito r h o la n d é s J a n P ie te r s z o o n S w e e lin c k ( 1 5 6 2 - 1 6 2 1 ) e n
1 5 9 4 y 1 6 1 2 . S in e m b a r g o , e n F r a n c ia la tr a d ic ió n se m o d ific ó g r a c ia s a u n
v iv o in te r é s p o r e l m a d r ig a l ita lia n o , c u y o s e fe c to s se p u e d e n a p r e c ia r e n la s
o b ra s d e O r la n d o d i L a s s o , c u y a p o d e r o s a p e r s o n a lid a d m u s ic a l d e jó su im
p r o n ta ta n to e n la c h a n s o n c o m o e n to d o s lo s d e m á s tip o s d e c o m p o s ic ió n
n e n e l e s tilo h o m o fó n ic o d e la c h a n s o n p a r is in a , c o n r itm o s v a r ia d o s q u e p a
r e c e n s u r g ir e s p o n tá n e a m e n te d e c a d a m a tiz y a c e n to d e l te x to . U n e je m p lo
m a p a r te d e l s ig lo XVI fu e r o n C la u d e L e J e u n e ( 1 5 2 8 - 1 6 0 0 ) , G u illa u m e C o s -
te le y ( 1 5 3 1 - 1 6 0 6 ) y J a c q u e s M a u d u it ( 1 5 5 7 - 1 6 2 7 ) . M u c h a s d e la s c h a n s o n s
d e l p e r ío d o d e R o r e .
c ia 1 5 5 0 . E sta s n u e v a s c h a n s o n s e ra n e s tr ic ta m e n te h o m o fó n ic a s , b re v e s, es
tip o d e c a n c ió n se c o n o c ió c o m o a ir o a ir de cou r (a ir e c o r te s a n o ).
M u siq u e m esurée
L a s fo r m a s a s u m id a s p o r a lg u n a s d e e sta s c o m p o s ic io n e s e n e s tilo h o m o fó n i-
c o c o n u n r itm o m u s ic a l s u je to a la m é tr ic a d e l te x to , r e fle ja b a n lo s e x p e r i
m e n to s d e u n g r u p o d e p o e ta s y c o m p o s ito r e s q u e e n 1 5 7 0 fu n d a r o n la A c a -
d é m ie d e P o é s ie e t d e M u s iq u e (A c a d e m ia d e p o e s ía y m ú s ic a ). E l p o e ta
J e a n -A n to in e d e B a if e s c r ib ió v e rso s e s tr ó fic o s fr a n c e se s e n m e tr o s c lá s ic o s
v e s. D a d o q u e e l id io m a fr a n c é s n o te n ía u n a d is tin c ió n c la r a e n tr e v o c a le s
n e y M a u d u it d a b a n a c a d a s íla b a la r g a u n a n o ta la r g a y a c a d a c o r ta u n a la
m ita d d e la r g a . L a v a r ie d a d d e lo s e s q u e m a s d e lo s v e rso s p r o d u c ía la c o r re s
p o n d ie n te v a r ie d a d d e lo s r itm o s m u s ic a le s , e n lo s c u a le s la s a g r u p a c io n e s b i
fu e u n a c r e a c ió n d e m a s ia d o a r tific ia l c o m o p a ra q u e d u r a se m u c h o tie m p o ,
p e r o sí s ir v ió p a r a in tr o d u c ir r itm o s ir r e g u la r e s e n e l p o s te r io r a ir de cour,
tip o p r e d o m in a n te d e m ú s ic a v o c a l fr a n c e s a a p a r tir , m á s o m e n o s , d e 1 5 8 0 .
A lem an ia
L a p o lifo n ía p r o fa n a se d e s a r r o lló m á s ta r d ía m e n te e n A le m a n ia q u e e n o tr o s
e n la s c o r te s a le m a n a s d u r a n te el s ig lo X IV y el d e lo s m e is te r s in g e r e n p u e
b lo s y c iu d a d e s d e sd e m á s o m e n o s 1 4 5 0 y , m á s e s p e c ia lm e n te , e n e l X V I. E n
A le m a n ia c o m e n z a r o n a c o n o c e r s e lo s m ú s ic o s fr a n c o -fla m e n c o s h a c ia 1 5 3 0 .
E l lie d
p o lifó n ic a s a le m a n a s , c o m p r e n d e ta n to m e lo d ía s m o n o fó n ic a s c o m o c o m p o
sic io n e s a tr e s v o c e s , c o n la m e lo d ía p r in c ip a l e n la p a rte d e l te n o r . C o m p o s i
v e ce s e n la v o z s u p e r io r .
282 H istoria d e la música o c c id e n ta l1
L o s c o m p o s ito r e s d e H e d e r a p r e n d ie r o n a c o m b in a r h a b itu a lm e n te e l m a
te r ia l m e ló d ic o a le m á n c o n u n m é to d o d e c o m p o s ic ió n c o n s e r v a d o r y u n a
( 1 4 4 5 - 1 5 2 7 ) y P a u l H o fh a im e r ( 1 4 5 9 - 1 5 3 7 ) , o r g a n is ta d e la c o r te d e l e m p e
r a d o r M a x im ilia n o .
H ed er s o n , e n to d o s su s a sp e c to s, s a lv o e n el le n g u a je u tiliz a d o e n e l te x to ,
m o te te s p le n a m e n te m a d u r o s e n e l e s tilo n e e r la n d é s y a lg u n o s d e lo s e je m
p lo s m á s b e llo s d e l m i s m o 8. S e n il e s c r ib ió a s im is m o m u c h a s c a n c io n e s m á s
b re v e s so b re m e lo d ía s d e te n o r d e l tip o p o p u la r , c o lm a d a s d e to q u e s p in to
re sc o s o h u m o r ís tic o s , a u n q u e s ie m p r e m u e s tr a n u n a c ir c u n s p e c ta m u n d a n i
d a d , s e r ia , c a r a c te r ís tic a d e l s e n tim ie n to m u s ic a l a le m á n .
lo g ía s d e H e d e r a le m a n e s , p r in c ip a lm e n te e n N u r e m b e r g , u n o d e lo s c e n
tr o s p r in c ip a le s d e la c u ltu r a a le m a n a d e e sta é p o c a . D e s p u é s d e 1 5 5 0 , el
m e r id io n a le s . S in e m b a r g o , s ir v ió p a r a s u m in is tr a r , m ie n tr a s ta n to , e l m o
d e lo y m u c h ís im o m a te r ia l m u s ic a l q u e se u sa ría n e n lo s c o r a le s d e la Ig le
sia lu te r a n a .
G éneros m enores
r a lm e n te « lo q u e q u e r á is » ), p ie z a s c o n s titu id a s p o r d ife r e n te s c a n c io n e s o
fr a g m e n to s d e é sta s, a m e n u d o d e s o r d e n a d a m e n te r e u n id a s c o n el s u p u e s to
fin d e e fe c tu a r u n a m e z c la in c o n g r u e n te y a b su rd a d e te x to s ; sin e m b a r g o , el
O t r o g é n e r o m e n o r d e e ste p e r ío d o e n A le m a n ia — e x c r e c e n c ia d e lo s e s tu
e s tr ic ta m e n te d e c la m a to r io , d e s u c e s io n e s d e a c o r d e s , c o n u n r itm o r e g id o
p o r la c o m b in a c ió n d e v a lo r e s d e n o ta s la r g a s y b re v e s, e n e x a c ta c o r r e s p o n
d e n c ia c o n la s s íla b a s la r g a s y b re v e s d e la p o e s ía c lá s ic a , ta l c o m o lo d e te r m i
n a la m é tr ic a p o é tic a ; a v e c e s se r v ía n p a ra la e n s e ñ a n z a e n lo s c u r so s d e lite
ra tu ra c lá s ic a .
8 Véanse, por ejemplo, los números 32 y 48 en sus Samtliche Werke, tomo 2 (edición a cargo
de A. Geering y A. Altwegg).
Nuevas co m en tes en e¡ siglo XVI 283
M ie n tr a s q u e lo s c o m p o s ito r e s n a tiv o s y la s fo r m a s n a c io n a le s d e la m ú s i
s ig lo XVI, e n A le m a n ia se p r o d u c ía u n a e v o lu c ió n o p u e s ta . L a s d iv e rsa s c o r te s
y m u n ic ip a lid a d e s , s ig u ie n d o e l e je m p lo in s titu id o p o r e l e m p e r a d o r e n su
e n e l p a ís. E s to s c o m p o s ito r e s fo r á n e o s n o tr a ta r o n d e im p o n e r su s g u s to s ;
p o r e l c o n tr a r io , e n su m a y o r p a r te , p r o n to se a s im ila r o n a la v id a m u s ic a l
a le m a n a y e fe c tu a r o n im p o r ta n te s c o n tr ib u c io n e s a l lie d p r o fa n o y a la m ú s i
s ic a a le m a n a e je m p lific a d o e n la s o b ra s d e S e n il se tr a n s m u tó g r a d u a lm e n te
e n u n e s tilo m á s in te r n a c io n a l y r e fin a d o , e n el q u e se e n tr e m e z c la b a n c a r a c
E l m á s im p o r ta n te d e lo s c o m p o s ito r e s in te r n a c io n a le s r e sid e n te s e n A le m a
n ia d u r a n te e l s ig lo XVI fu e O r la n d o d i L a sso ( 1 5 3 2 - 1 5 9 4 ) , q u e in g r e s ó al
se r v ic io d e l d u q u e A lb e r to V d e B a v ie r a e n 1 5 5 6 o 1 5 5 7 . A s u m ió la d ir e c
su m u e r te , o c u r r id a e n 1 5 9 4 . E n tr e el v a sto n ú m e r o d e c o m p o s ic io n e s d e
d a (v é a se e l e je m p lo 7 .1 0 ) . L a v e r s ió n d e L a sso y a n o r o d e a a u n a m e lo d ía fa
lie d e r a le m a n e s a n te r io r e s ; e n c a m b io , p o n e e n m ú s ic a e l te x to a la m a n e r a
d e u n m a d r ig a l, e n e l q u e to d a s la s v o c e s tie n e n la m is m a im p o r ta n c ia e n el
m e n te p a té tic o s q u e a c o m p a ñ a n a la fr a se « m u s s ic h im h a d e r s ta h n » (« h e d e
e sta r sie m p r e r e g a ñ a n d o » ).
E l m is m o a ñ o e n q u e se p u b lic a b a e sta p ie z a ( 1 5 7 6 ) , J a c o b R e g n a r t ( c a.
1 5 4 0 -9 9 ) , o tr o c o m p o s ito r fla m e n c o y m ie m b r o d e la c a p illa im p e r ia l, p u
lia n o e n A le m a n ia .
m ó e n la m ú s ic a d e l m a y o r c o m p o s ito r g e rm a n o d e fin a le s d e l s ig lo X V I,
284 H istoria de Iti m tísica accidentai, 1
Yo, pobre hombre, ¿qué he hecho? He tomado esposa. /Habría sido mejor que nunca lo hu
biese hecho; os podéis imaginar cuántas veces lo he lamentado]; todo el día me riñe y me re
prende [a la hora de acostamos y a la de comer].
, \'u ev as corrientes m el sigio x v¡ 285
H a n s L e o H a s s le r ( 1 5 6 4 - 1 6 1 2 ) . N a c id o e n N u r e m b e r g , H a s s le r e s tu d ió e n
1 5 8 4 c o n A n d r e a G a b r ie li e n V e n e c ia ; d e sd e 1 5 8 5 h a sta su m u e r te o c u p ó d i
v e rso s c a r g o s e n A u g s b u r g o , N u r e m b e r g , U lm y D r e s d e . S u s o b r a s c o m p r e n
d e n p ie z a s p a r a c o n ju n to in s tr u m e n ta l y te c la d o , c a n z o n e tta s y m a d r ig a le s
b u e n o s e je m p lo s d e la m ú s ic a d e H a s s le r y m u e s tr a n su s su a v e s lín e a s m e ló
d ic a s, su ce r te ra e str u c tu ra a r m ó n ic a y su fo r m a c la r a m e n te a r tic u la d a c o n
c ió n p o lifó n ic a p a ra v o c e s ig u a le s fu e r o n J o h a n n H e r m a n n S c h e in ( 1 5 8 6 -
1 6 3 0 ) y H e in r ic h S c h ü t z ( 1 5 8 5 - 1 6 7 2 ) ; su s lie d e r y m a d r ig a le s e n e s tilo
ita lia n o fu e r o n o b ra s d e ju v e n tu d .
E sp añ a
H a c ia la s p o s tr im e r ía s d e l s ig lo XV, la s o b ra s d e lo s c o m p o s ito r e s b o r g o ñ o n e s
y fr a n c o -fla m e n c o s se c o n o c ía n y c a n ta b a n e n E s p a ñ a ; al m is m o tie m p o s u r
g ía u n a e s c u e la n a c io n a l d e c o m p o s ic ió n p o lifó n ic a a la c u a l, a l ig u a l q u e a la
a le m a n a , se in c o r p o r a r o n a lg u n o s e le m e n to s p o p u la r e s , lo s q u e la a y u d a r o n a
q u e m a a B cc aB . S u m e lo d ía p r in c ip a l se h a lla b a e n la v o z s u p e r io r ; e s ta b a
p r o b a b le m e n te d e s tin a d o a se r e je c u ta d o p o r p a r te d e u n s o lis ta c o n a c o m p a
ñ a m ie n to d e d o s o tr e s in s tr u m e n to s . E s to s v illa n c ic o s se r e c o g ía n e n c a n c io
n e r o s y m u c h o s d e e llo s ta m b ié n se p u b lic a r o n c o m o s o lo s v o c a le s c o n
a c o m p a ñ a m ie n to d e la ú d . E l p r in c ip a l p o e ta y c o m p o s ito r d e p r in c ip io s d e l
s ig lo XVI fu e J u a n d e l E n c in a ( 1 4 6 9 - 1 5 2 9 ) , cu y a s o b r a s d e te a tr o d e ca rá cte r
E u ro p a o rie n ta l
L o s p a íse s o r ie n ta le s d e E u r o p a p a r tic ip a r o n , e n g r a d o s y e ta p a s d iv e r s a s , e n
e l d e s a r r o llo m u s ic a l g e n e ra l d e lo s p e r ío d o s m e d ie v a l ta r d ío y r e n a c e n tis ta .
E n lo re fe re n te a la m ú s ic a d e la Ig le s ia c a tó lic a e x is tía la b a se c o m ú n d e l c a n -9
9 Véanse HAM número 165 para Ach Schatz y GMB, número 152 para Ach, süsse Seel’.
286 H istoria de la música occidental, 1
to lla n o o c c id e n ta l, d e l c u a l se e n c u e n tr a n e je m p lo s e n m a n u s c r ito s o r ie n ta
le s e n fe c h a s ta n te m p r a n a s c o m o la d e lo s sig lo s X I y X II. P o r d o q u ie r lo s e le
m e n to s d e o r ig e n fo r á n e o se m e z c la r o n c o n tr a d ic io n e s p o p u la r e s n a tiv a s ; la s
m e lo d ía s d e s e c u e n c ia s , tr o p o s y d r a m a s litú r g ic o s se a d a p ta r o n a te x to s v e r
n á c u lo s . L le g a r o n in flu e n c ia s d e c o m p o s ito r e s o c c id e n ta le s q u e d e c u a n d o e n
c u a n d o s e r v ía n e n c o r te s r e a le s d e l e ste y d e m ú s ic o s d e E u r o p a o r ie n ta l q u e
m e n c a c o n te m p o r á n e a se c o n o c ió e n B o h e m ia d u r a n te e l r e in a d o d e l e m p e
r a d o r C a r lo s I V ( 1 3 4 7 - 7 8 ) . E l p r im e r e je m p lo d e p o lifo n ía p o la c a d a ta d e l
R a d o m (M ik o la j z R a d o m ia ; a c tiv o e n tre 1 4 2 0 -4 0 ) , c la v e c in is ta d e la c o r te e n
C r a c o v ia , c o m p o s ito r d e m o te te s y, se g ú n se a fir m a , u n o d e lo s p r im e r o s q u e
in s tr u c c ió n d a d a a lo s c a n ta n te s. H a c ia e l s ig lo X V I lo s c o m p o s it o r e s p o la c o s y
b o h e m io s e s c r ib ía n c h a n s o n s , m is a s y m o te te s , a sí c o m o m ú s ic a p a ra la ú d , ó r
g a n o y c o n ju n to s in s tr u m e n ta le s . R e v is te n p a r tic u la r im p o r ta n c ia e n e ste p e
r ío d o la s ta b la tu r a s o r g a n ís tic a s p o la c a s . L o s p r in c ip a le s c o m p o s ito r e s d e m ú
P o lo n ia y E s lo v e n ia , y e n B o h e m ia J a c o b « G a llu s » H a n d l ( 1 5 5 0 -9 1 ) .
E l m a d rig a l in glés
L a e d a d d e o r o d e la c a n c ió n p r o fa n a e n In g la te r r a se p r o d u jo c o n p o s te r io r i
d a d a la d e lo s p a íse s d e la E u r o p a c o n tin e n ta l. E n 1 5 8 8 , N ic h o la s Y o n g e p u
d u c c ió n in g le s a ; m u c h o s d e e s to s m a d r ig a le s y a h a b ía n c ir c u la d o e n
m a n u s c r ito d u r a n te v a r io s a ñ o s a n te s d e a p a re ce r el lib r o d e Y o n g e , o b r a q u e
é ste c a r a c te r iz ó e n el p r e fa c io c o m o m ú s ic a q u e c a n ta b a a d ia r io u n g r u p o d e
c a b a lle r o s y c o m e r c ia n te s q u e se r e u n ía n e n su ca sa . D u r a n te la d é c a d a s i
c io n e s d ie r o n im p u ls o al n a c im ie n to d e la e s c u e la m a d r ig a lis ta in g le s a q u e
c ie n te , e n lo s p r im e r o s a ñ o s d e l X V II. L o s p r in c ip a le s c o m p o s ito r e s fu e r o n
T h o m a s M o r le y ( 1 5 5 7 - 1 6 0 2 ) , T h o m a s W e e lk e s {ca. 1 5 7 5 -1 6 2 3 ) y J o h n
W ilb y e ( 1 5 7 4 - 1 6 3 8 ) .
ti d e G a s to ld i. S e tra ta d e c a n c io n e s n o r m a lm e n te h o m o fó n ic a s e n s u te x tu
ra, c o n la m e lo d ía e n la v o z s u p e r io r , r itm o d e d a n z a (c o m o su n o m b r e lo
Nuevas corrientes en el siglo .XV/ 287
s u g ie r e ), c o n s e c c io n e s d ife r e n c ia d a s r e a lz a d a s p o r c a d e n c ia s p e r fe c ta s y r e p e
tic io n e s q u e d a n p o r r e s u lta d o e s q u e m a s fo r m a le s c o m o A A B B u o tr o s s im i
q u e a v e c e s se d e n o m in a a e sta s p ie z a s fa - la s .
L a p r e s e n c ia d e « fa -la s » e n u n m a d r ig a l es e n g a ñ o s a , y a q u e e l c o m p o s ito r
tra ta e l p r im e r v e r so d e c a d a te r c e to c o n e x tr e m a se r ie d a d , c o m o e n e l c a so
c io n e s e n m o v im ie n to ta n to d ir e c to c o m o c o n tr a r io y la c a d e n a d e r e ta r d o s
d e s tin a d a a tr a n s m itir la q u e ja d e l p o e ta . U n o d e lo s in te r v a lo s r e ta r d a d o s es
u n a s é p tim a d is m in u id a (c o m p á s 3 ) ; la r e s o lu c ió n d e e sta se r ie d e d is o n a n
c ia s se e v ita a l d a r d e la d o al a c o r d e d e Sol m a y o r e n el c o m p á s 7 . E l s o p r a n o
a v a n z a p a ra fo r m a r u n a se x ta m e n o r c o n e l b a jo , lo q u e d a p ie a u n a c u a r ta
d is m in u id a c o n e l te n o r. L a sig u ie n te c a d e n a d e re ta r d o s se v e in te n s ific a d a
c o n la p r e p a r a c ió n d e d o s d e la s d is o n a n c ia s c o n u n a c u a r ta . D e e sta s u e rte ,
la a r m o n ía d e W e e lk e s es in te n s a e ir ó n ic a c o m o la d e M a r e n z io o G e s u a ld o ,
p u ls o . C o n s ig u e u n a su a v e s u c e s ió n a r m ó n ic a h a c ia lo s ju b ilo s o s fa -la s in tr o
d u c ie n d o su m ú s ic a p r o n to , y a e n e l s e g u n d o v e r so , lo q u e p r o d u c e e l e s q u e
m a A B B C D D .
g a le s d e la c o le c c ió n d e M o r le y a c la m a n a la r e in a Isa b e l I (q u e r e in ó e n tre
1 5 5 8 y 1 6 0 3 ) y c a d a u n o d e e llo s c o n c lu y e c o n la s p a la b r a s « L o n g liv e fa ir
O r ia n a » (« L a r g a v id a a la b e lla O r ia n a » ), n o m b r e t o m a d o d e l v o c a b u la r io
c o n v e n c io n a l d e la p o e s ía p a sto r a l y q u e a m e n u d o se h a a p lic a d o a Is a b e l.
L o s ra sg o s e x p r e s iv o s y d e s c r ip tiv o s d e la m ú s ic a d e lo s m a d r ig a le s se c o m b i
n a n c o n u n a d e c la m a c ió n p r e c is a y lig e r a d e lo s te x to s in g le s e s . L o s a c e n to s
d e la s p a la b r a s se m a n tie n e n in d e p e n d ie n te m e n te e n c a d a v o z (la s d iv is o r ia s
d e c o m p á s d e la s e d ic io n e s m o d e r n a s n o a p a r e c e n e n el o r ig in a l), d e m o d o
d e la m ú s ic a ja m á s q u e d a o s c u r e c id a . E l m a d r ig a l in g lé s d ifie r e b á s ic a m e n te
ca l g e n e r a l.
M a d r ig a le s , b a lle ts y c a n z o n e ts se e s c r ib ie r o n , e n c u a lq u ie r c a s o , p a r a v o
c e s s o lis ta s s in a c o m p a ñ a m ie n to , a u n q u e m u c h a s d e la s a n to lo g ía s d e lib r o s
d e p a r te s s u e lta s p u b lic a d a s in d ic a n e n su p o r ta d a q u e la m ú s ic a es « a p ta
p a ra v o c e s y v io la s » , p r e s u m ib le m e n te e n c u a lq u ie r c o m b in a c ió n q u e se d is -
288 H istoria de ia m úsica occidental, i
EJEMPLO 7.11 Madrigal O care, thou wilt despatch me, de Thomas Weelkes
c io n a d o s . A l p a re ce r, la c a p a c id a d d e le e r u n a p a r te d e ta le s p ie z a s , e n fo r m a
v o c a l o in s tr u m e n ta l, e ra c o sa q u e se e sp e r a b a d e la s p e r so n a s in s tr u id a s e n la
I n g la te r r a is a b e lin a .
L a c a n c ió n p a r a s o lis ta s c o n a c o m p a ñ a m ie n to d e la ú d y v io la , p o p u la r e n la
I n g la te r r a e n fe c h a ta n te m p r a n a c o m o la d e 1 5 8 9 , a u n q u e su p e r ío d o m á s
Nueras co m en tes en e l siglo XVi_________________________ 289
----------------------------------------------------------------
Tomado de A Plain and Easy Introduction to Practical Music, edición a cargo de R. Alee
Harman (Nueva York: Norton, 1973), p. 294.
e llo c o in c id ió c o n la d e c a d e n c ia d e l m a d r ig a l. L o s p r in c ip a le s c o m p o s ito r e s
e n e ste te r r e n o fu e r o n J o h n D o w la n d ( 1 5 6 2 - 1 6 2 6 ) y T h o m a s C a m p i o n
( 1 5 6 7 - 1 6 2 0 ) . L a p o e s ía d e lo s a ir e s in g le s e s es m u c h o m e jo r q u e la d e lo s
m a d r ig a le s . L a s m e lo d ía s , so b r e to d o la s d e D o w la n d , s o n n o ta b le s p o r su
s e n s ib le d e c la m a c ió n d e l te x to y p o r su s u tile z a . L o s a c o m p a ñ a m ie n to s d e
la ú d , a u n q u e s ie m p r e c u id a d o s a m e n te s u b o r d in a d o s a la v o z , p o s e e n c ie r ta
290 Historia de la música occidental, l
d o s is d e in d e p e n d e n c ia r ítm ic a y m e ló d ic a . L a s p a rte s p a r a v o z y la ú d s u e le n
a p a r e c e r im p r e s a s e n u n a m is m a p á g in a , v e r tic a lm e n te a lin e a d a s c o n e l p r o
p ó s ito e v id e n te d e q u e e l c a n ta n te p u d ie s e a c o m p a ñ a r s e é l m is m o . E n a lg u
n a s a n to lo g ía s , la s c a n c io n e s se h a lla n im p r e s a s ta n to d e e sta m a n e r a c o m o
p u e sta s d e ta l m a n e r a e n la p á g in a , q u e lo s c a n ta n te s o in s tr u m e n tis ta s s e n ta
d o s a lr e d e d o r d e u n a m e s a p o d ía n le e r c a d a c u a l su p a r te e n e l m is m o lib r o
(v é a s e la ilu s tr a c ió n d e la p . 2 9 1 ) . E sta s v e r s io n e s v o c a le s e in s tr u m e n ta le s d i
tr o v o c e s p u e d e e je c u ta r s e c o n v o c e s o in s tr u m e n to s , o c o n a m b a s c o s a s ; a l
u n a se r ie d e v a r ia c io n e s y a r r e g lo s c o n títu lo s c o m o P a v a n a lac h ry m a e
( N A W M 4 7 ) . L a m a y o r p a r te d e lo s a ir e s d e D o w la n d s o n e s tr ó fic o s ; é ste es
m e n te . L a s d o s p r im e r a s e str o fa s se c a n ta n c o n la p r im e r a fr a se ; la s d o s s i
g u ie n te s , c o n la s e g u n d a ; la fin a l c o n la te r c e ra ; p o r c o n s ig u ie n te , d e s d e el
p u n to d e v is ta m u s ic a l, s u fo r m a es aab b C C . A s í d u p lic a el e s q u e m a d e la p a
v a n a , u n a d a n z a p r o c e s io n a l ita lia n a d e l s ig lo X V I, y es p o s ib le q u e se c o n c i
b ie r a d e sd e el p r in c ip io c o m o u n a c a n c ió n p a r a b a ila r . E n e sta s c ir c u n s ta n
c ia s, n o r e s u lta p o s ib le la d e s c r ip c ió n o e x p r e s ió n c la r a y c o n c r e ta d e c a d a
p a la b r a y fr a se p o r s e p a r a d o , a u n q u e D o w la n d c a p ta el c lim a s o m b r ío q u e
in v a d e la s c in c o e str o fa s.
J u n to al m a d r ig a l y e l a ir e — fo r m a s a m b a s q u e , e n m a y o r o m e n o r m e d i
d a , p r o c e d ía n d e m o d e lo s fo r á n e o s — p r o s ig u ió u n a tr a d ic ió n n a tiv a in g le s a
q u e , d u r a n te la s e g u n d a m ita d d e l s ig lo X V I, se m a n ife s tó b a jo la fo r m a d e
A u n q u e el p e r ío d o c o m p r e n d id o e n tre 1 4 5 0 y 1 5 5 0 fu e , p r im o r d ia lm e n te ,
u n a e ra d e p o lifo n ía v o c a l e n c u a n to c o n c ie r n e a la m ú s ic a e s c r ita , e l m is m o
p e r ío d o fu e te s tig o d e l c r e c ie n te in te r é s e n la m ú s ic a in s tr u m e n ta l p o r p a r te
d e lo s c o m p o s ito r e s se r io s y d e lo s c o m ie n z o s d e e s tilo s y fo r m a s in d e p e n -
Nuevas corrientes en el siglo XV! 291
íuf®i> •
•'U-'AniilH f>U11í J
m fitsft* m
HH*t[ i l i Tp a . ~ i l í l 1 >
í f r o i w u
locc[t<quút,[hai cuer (hall Hice lúe mydemdeilglit.CaiK, :Jj(;¡:«Uelluiieitait
i¡ p
ZgZZS.
f* r p p r n r m t
_e__ t__,_*___
p ppp
lí^
itliiiimS'
¡sSflfíllp It-rtitta
Haníi nn«r
&dé
friilIfeiá^vaMtoifc^^&ftfflonforowkt.'-h
oriluilchSfemykHic, fcc i powemifepm.&iiuBy reafonpvo.
m
OilneléamMier,
yalimaMedietas
ButtsedwKhaanoy,
BuiLoueamcatoocícope,
andk&witftüffitnx:
He**onc«louoiMthaoueddut
illill
litetiuemydeire Gc:>¿¡a,CcwDC,cojnc^:aDC,whikIha«afa6anw<WWcthce,Comc,come
my gneisachoífaergitei*,
Ofthsmfldrtnyhapc,
aawKKhbyjxeháxae. i i i l i S I I
La canción de John Dowland What ¡f I never speede — tal como aparece impresa en su Third and
Last Book of Songs or Aires... (Londres, 1603)— puede interpretarse como solo de soprano con acom
pañamiento de laúd o como arreglo para cuatro voces, con o sin acompañamiento de laúd. Las partes
están dispuestas de tal manera que los cantantes en torno de una mesa pueden leer en un único libro.
(Londres, British Library.)
d ie n te s d e la e s c r itu r a in s tr u m e n ta l. C o m o y a h e m o s v is t o , lo s in s tr u m e n to s
n ic a d u r a n te la E d a d M e d ia , a u n q u e n o p o d e m o s te n e r c e r te z a a lg u n a a c e rc a
d e la m e d id a y la m a n e r a e x a c ta d e ta l p a r tic ip a c ió n . A d e m á s , m u c h a m ú s ic a
se e je c u ta b a d e u n a fo r m a p u r a m e n te in s tr u m e n ta l, e n tre e lla , o c a s io n a lm e n
te , m u c h a s d e la s c o m p o s ic io n e s q u e h a b itu a lm e n te c o n s id e r a m o s c o m o v o
c a le s , p o r lo m e n o s e n p a r te ; m a n u s c r ito s m e d ie v a le s , ta le s c o m o lo s c ó d ic e s
d e R o b e r ts b r id g e y d e F a e n z a , e n lo s q u e se in c lu y e n a r r e g lo s p a r a te c la d o y
e la b o r a c io n e s d e c a n tile n a s y m o te te s , s ó lo r e p r e s e n ta n , in d u d a b le m e n te ,
u n a fr a c c ió n d e la m ú s ic a tr a n sc r ita d e e sta m a n e r a ; a d e m á s , c ie r ta m ú s ic a
in s tr u m e n ta l in d e p e n d ie n te , b a jo la fo r m a d e d a n z a s , fa n fa r r ia s y p ie z a s p o r
292 Historia de ín música occidental, 1
El emperador del Sacro Imperio Romano, Maximiliano I (reinó de 1486 a 1519), rodeado de sus mú
sicos. Se observan los siguientes instrumentos: órgano de tubos, arpa, espineta, tambores, atabales, laúd,
sacabuche, flauta, cromorno, flautas dulces, viola y trompeta marina. Grabado de Hans Burgkmair
(1473-1531).
e je c u ta b a d e m e m o r ia o se im p r o v is a b a .
D e e sta su e rte , e l a p a r e n te in c r e m e n to d e la m ú s ic a in s tr u m e n ta l o c u r r i
d o d e sp u é s d e 1 4 5 0 e s, e n c o n s id e r a b le m e d id a , u n a ilu s ió n ; s ó lo q u ie r e d e
c ir q u e a p a r tir d e e ste m o m e n t o se c o m e n z ó a e s c r ib ir m á s fr e c u e n te m e n te
e sta c la s e d e m ú s ic a . A ú n a s í, lo s d o c u m e n to s e s c r ito s e im p r e s o s n o c o n s e r
v a n e n m o d o a lg u n o to d a la m ú s ic a in s tr u m e n ta l d e l R e n a c im ie n to , p u e s to
q u e a ú n se p r a c tic a b a m u c h ís im o la im p r o v is a c ió n ; a d e m á s , g ra n p a r te d e la
m ú s ic a in s tr u m e n ta l (a sí c o m o p a r te d e la v o c a l) a n o ta d a d e e ste p e r ío d o se
in te r p r e ta b a c o n o r n a m e n to s im p r o v is a d o s .
Nucvtís corrientes en el siglo XVI 293
U n s ig n o d e la c r e c ie n te p r e o c u p a c ió n d e l s ig lo XVI p o r la m ú s ic a in s tr u m e n
ta l fu e la p u b lic a c ió n d e lib r o s q u e d e s c r ib e n lo s in s tr u m e n to s o im p a r te n
in s tr u c c io n e s p a ra to c a r lo s . G r a c ia s a e sto s lib r o s p o d e m o s e n te r a r n o s d e a l
d e e ste p e r ío d o y o b se rv a r la im p o r ta n c ia q u e se a tr ib u ía a la im p r o v is a c ió n d e
tip o fu e M ú sic a getu tsch t u n d ausgezogen (R esum en d e [la cien cia d e ] la M ú sic a
en alem án ), o b r a d e S e b a s tia n V ir d u n g a p a r e c id a e n 1 5 1 1 . A lo la r g o d e l s i
g lo le s ig u ie r o n o tra s e n n ú m e r o c r e c ie n te . L a m a y o r ía d e e s to s lib r o s e s ta b a n
d o n d e h a y d e s c r ip c io n e s y g r a b a d o s d e lo s d iv e rs o s in s tr u m e n to s e m p le a d o s
n a r io n ú m e r o y v a r ie d a d d e in s tr u m e n to s d e v ie n to y e l h e c h o d e q u e to d o s
lo s in s tr u m e n to s se c o n s tr u ía n fo r m a n d o se rie s o fa m ilia s , d e m o d o q u e p o
m e n to s .
A d e m á s d e la s fla u ta s d u lc e s , lo s p r in c ip a le s in s tr u m e n to s d e v ie n to e ra n
la s c h ir im ía s (in s tr u m e n to s d e d o b le le n g ü e ta , p r e c u r so re s d e o b o e ), lo s c r o -
m o r n o s , el k o r th o lt y e l r a u s c h p fe ife (in s tr u m e n to s d e le n g ü e ta c u b ie r ta ), la s
fo r m a d e c o p a ); la s tr o m p e ta s y sa c a b u c h e s (a n te p a s a d o s d e lo s m o d e r n o s
tr o m b o n e s ) te n ía n u n s o n id o m á s su a v e q u e su s e q u iv a le n te s d e la a c tu a li
d a d .
L a s v io la s d ife r ía n , e n m u c h o s d e ta lle s d e c o n s tr u c c ió n , d e la a c tu a l fa m i
n o s te n s o — p o r q u e se p r o d u c ía sin v ib r a to — q u e e l d e lo s in s tr u m e n to s
m o d e r n o s d e l tip o d e l v io lín .
E l g u s to d e la é p o c a p o r lo s s o n id o s p le n o s le d io ím p e tu ta m b ié n a la e s
u n a s o n o r id a d u n ifo r m e . E l s o n id o d e l ó r g a n o c o m e n z ó a v a r ia r m e d ia n te e l
a ñ a d id o d e s o lo y o tr o s r e g istr o s q u e p o d ía n c o m b in a r s e c o n lo s p r in c ip a le s y
la s m e z c la s d e l in s tr u m e n to m e d ie v a l. H a c ia 1 5 0 0 , el g ra n ó r g a n o d e ig le s ia
e ra s im ila r , e n lo e s e n c ia l, al in s tr u m e n to ta l c o m o lo c o n o c e m o s h o y d ía ,
294 H istoria de la música occidental, i
a u n q u e e l p e d a le r o y a se e m p le a b a e n A le m a n ia y lo s P a ís e s B a jo s m u c h o a n
te s d e q u e se a d o p ta se e n o tr o s p a íse s. E l ó r g a n o p o r ta tiv o m e d ie v a l n o lo g r ó
s o b r e v iv ir m á s a llá d e l s ig lo XV, a u n q u e e n e l m is m o s ig lo h u b o p e q u e ñ o s ó r
g a n o s p o s itiv o s (s in p e d a le s ), in c lu id o e l d e r e g a lía , q u e p o s e ía tu b o s d e le n
g ü e ta d e u n a s o n o r id a d d e lic a d a m e n te e s tr id e n te .
H a b ía d o s tip o s d e c o r d ó fo n o s d e te c la d o : e l c la v ic o r d io y el c la v e . E n el
c la v ic o r d io , e l s o n id o se p r o d u c ía g r a c ia s a u n a ta n g e n te d e m e ta l q u e g o lp e a
b a la c u e r d a y p e r m a n e c ía e n c o n ta c to c o n e lla ; e l s o n id o e ra d e lic a d o ; a u n
c o n s tr u y e r o n c o n fo r m a s y ta m a ñ o s d ife r e n te s y r e c ib ie r o n d iv e r s o s n o m
b re s: v ir g in a l, e s p in e ta , c la v e c ín , c la v ic é m b a lo , e n tre o tr o s ; e n to d o s e llo s , lo
q u e p r o d u c ía e l s o n id o e ra u n c a ñ ó n d e p lu m a q u e p u ls a b a la c u e r d a . S u s o
n id o e ra m á s r o b u s to q u e el d e l c la v ic o r d io , p e r o p r á c tic a m e n te n o p o d ía n
p la s m a r s e m a tic e s m e d ia n te la v a r ia c ió n d e la p r e s ió n s o b r e la te c la ; la d iv e r
d o u n s e g u n d o m a n u a l o u n m e c a n is m o d e r e g is tr o q u e p e r m itía e l a c o p la
m ie n t o c o n o tr a c u e r d a , g e n e r a lm e n te a fin a d a u n a o c ta v a m á s a lta . E n
N u e v a s c o r r ie n te s e n e l sig lo x v i 295
e s e n c ia , e l c la v ic o r d io e ra u n in s tr u m e n to s o lis ta p e n s a d o p a r a s a lo n e s p e
q u e ñ o s ; e l c la v e se u sa b a ta n to p a ra la e je c u c ió n a s o lo c o m o e n la d e c o n
ju n to , e n e s p a c io s d e ta m a ñ o m o d e r a d o .
E l la ú d
E l in s tr u m e n to d o m é s tic o s o lis ta m á s p o p u la r d e l R e n a c im ie n to fu e , c o n
m u c h o , e l la ú d . L o s la ú d e s se c o n o c ía n e n E u r o p a d e s d e h a c ía m á s d e q u i
n ie n to s a ñ o s ; a n te s d e c o n c lu ir e l s ig lo XVI se fa b r ic a b a n e n ta m a ñ o s d iv e r
so s , a m e n u d o c o n m a te r ia le s c o s to s o s y e x q u is ita a r te s a n ía . U n tip o e s p a ñ o l
d e la ú d , la v ih u e la d e m a n o , te n ía u n c u e r p o s im ila r a la g u ita r r a , p e r o el
la ú d c o r r ie n te te n ía fo r m a d e p e ra . T e n ía u n a c u e r d a s im p le y c in c o d o b le s ,
la ú d p o d ía n e je c u ta r s e a c o r d e s, m e lo d ía s , e s c a la s y o r n a m e n to s d e to d a ín d o
m e n to s o lis ta p a ra a c o m p a ñ a r el c a n to y c o m o p a r te d e c o n ju n to s ; c o n é l, u n
e je c u ta n te a v e z a d o e ra c a p a z d e p r o d u c ir g ra n v a r ie d a d d e e fe c to s . L o s la u
d is ta s e m p le a b a n u n tip o e s p e c ia l d e n o ta c ió n , lla m a d o ta b la tu r a , c u y o p r in
el d e d o d e b ía p isa r la s c u e r d a s p a r a p r o d u c ir la n o ta r e q u e r id a (v é a n s e la s
ilu s tr a c io n e s e n la s p p . 2 9 1 y 4 1 5 ) . T a m b ié n se c r e a ro n ta b la tu r a s p a r a v io la s
e in s tr u m e n to s d e te c la d o .
A c o m ie n z o s d e l s ig lo XVI, la m ú s ic a in s tr u m e n ta l a ú n e sta b a e s tr e c h a m e n te
v in c u la d a , ta n to p o r su e s tilo c o m o p o r su e je c u c ió n , a la v o c a l. L o s in s tr u
b a fr e c u e n te m e n te c o n a lte r n a n c ia d e c o r o y ó r g a n o ; se c a n ta b a n lo s v e r s íc u
lo s p a re s y se to c a b a n lo s i m p a r e s ; la s b re v e s p ie z a s p a r a ó r g a n o a sí d e s tin a d a s
s e c c io n e s d e la m is a , e s p e c ia lm e n te a l K y r ie y a l G lo r ia . L a s p ie z a s p a r a ó r g a
n o b a sa d a s e n c a n tu s fir m i litú r g ic o s o d e o tr a c la s e ta m b ié n se e s c r ib ía n
c o m o o b ra s in d e p e n d ie n te s . E sta s c o m p o s ic io n e s in s tr u m e n ta le s e ra n a n á lo
g a s a m o te te s v o c a le s d e c a n tu s fir m u s .
296 H istoria de la música occidental, 1
U n b u e n e je m p lo d e h im n o p a ra ó r g a n o b a s a d o e n u n c a n tu s fir m u s v o
( 1 5 6 3 - 1 6 3 3 ) . U n tip o d e p ie z a s im ila r , q u e s ó lo se e n c u e n tr a e n fu e n te s in
g le s a s , es e l In nom ine. C u a n d o J o h n T a v e r n e r a r r e g ló p a ra in s tr u m e n to s el
fr a g m e n to c o m p u e s t o so b r e la s p a la b r a s In n om in e D o m in i d e l B en edictu s d e
c h o s o tr o s c o m p o s ito r e s . E n s u p r o p io a r r e g lo se s ig u e n la s p a r te s v o c a le s
n o ta a n o ta .
O t r o te m a m u y a p r e c ia d o p a r a o b ra s d e te c la d o y d e c o n ju n to c o n s is tía
e n la s se is n o ta s d e l h e x a c o r d o (u t, re, m i f a , sol, la ), a lr e d e d o r d e la s c u a le s
lo s c o m p o s ito r e s in g le s e s e s c r ib ie r o n m u c h o s in g e n io s o s c o n tr a p u n to s . E n
u n a c e le b r a d a « h e x a c h o r d fa n c y » (« fa n ta s ía s o b r e e l h e x a c o r d o » ), d e J o h n
d e trá s d e o tr a . E sta c o m p o s ic ió n e x tr a o r d in a r ia p r o b a b le m e n te se e sc r ib ie r a
r a d ic a l. P u e sto q u e la « fa n c y » d e B u ll a p a re c e c o m o p ie z a p a r a te c la d o , se h a
c r e íd o q u e s e g u r a m e n te se c o n o c ie r a e n la I n g la te r r a d e fin a le s d e l s ig lo XVI
a lg u n a a p r o x im a c ió n al te m p e r a m e n to ig u a l (v é a s e la e x p lic a c ió n so b r e la a fi
n a c ió n e n la s p p . 4 7 3 -4 7 4 ) ; sin e m b a r g o , la v e r s ió n p a r a te c la d o q u e te n e
m o s p u e d e q u e s ó lo se a la p a r titu r a c o n d e n s a d a d e u n a fa n ta s ía p a ra c u a tr o
v io la s .
D e la s c o m p o s ic io n e s s u rg id a s a p a r tir d e m o d e lo s v o c a le s , u n g r a n n ú m e r o
n o s o n m á s q u e tr a n s c r ip c io n e s d e m a d r ig a le s , c h a n s o n s o m o te te s , o r n a
m e n ta d a s c o n g r u p e to s , tr in o s , e s c a la s r á p id a s y o tr o s a d o r n o s . E l a rte d e la
o r n a m e n ta c ió n m e ló d ic a (c o lo r a c ió n ) a lc a n z ó u n g r a n n iv e l a fin a le s d e l s i
g lo XVI, c u a n d o se a p lic ó a in te r p r e ta c io n e s ta n to v o c a le s c o m o in s tr u m e n ta
le s . E n su o r ig e n , la o r n a m e n ta c ió n se im p r o v is a b a , p e r o c o n e l p a s o d e l
tie m p o , lo s c o m p o s ito r e s c o m e n z a r o n a e sc r ib ir su s o r n a m e n to s y m u c h o s
d e ta lle s d e la e sc r itu r a in s tr u m e n ta l d e l B a r r o c o te m p r a n o p r o b a b le m e n te se
d e r iv a s e n d e la p r á c tic a d e la im p r o v is a c ió n d e l s ig lo XVI.
La canzona
e sc r ib ía n ta n to p a r a c o n ju n to s c o m o p a r a in s tr u m e n to s s o lis ta s .
O r ig in a lm e n te , la c a n z o n a e ra u n a c o m p o s ic ió n in s tr u m e n ta l c u y o e s tilo
n a s fo r m a d a p o r u n a s o la n o ta , s e g u id a p o r o tra s d o s c o n la m ita d d e l v a lo r
d e la p r im e r a c o m o , p o r e je m p lo , u n a b la n c a s e g u id a p o r d o s n e g ra s . M á s
a n im a d a y e n tr e te n id a q u e e l s o b r io y u n ta n to a b str u s o r ic e r c a r , la c a n z o n a
se c o n v ir tió , d u r a n te e l s ig lo XVI t a r d í o , e n e l p r in c ip a l g é n e r o d e m ú s ic a in s
n o s c o m e n z a r o n a crea r, a s im is m o , c a n z o n a s p a r a c o n ju n to s . P o r o tr a p a r te ,
m e r o d e se c c io n e s m á s o m e n o s d ife r e n c ia d a s . M u c h a s d e la s p r im e r a s c a n -
z o n a s te n ía n u n te m a ú n ic o , o ta l v e z v a rio s d e c a rá c te r m u y s im ila r , tr a ta d o s
e m b a r g o , e n o tr o s se in tr o d u je r o n te m a s d e c a rá c te r u n ta n to c o n tr a s ta n te ;
c a d a te m a , a su v e z , p a sa b a p o r su e la b o r a c ió n c o n tr a p u n tís tic a y lu e g o c e d ía
su lu g a r a l s ig u ie n te . P u e sto q u e lo s p r o p io s te m a s e ra n n o to r ia m e n te d ife
r e n te s e n tre sí e n d ib u jo m e ló d ic o y r itm o , la p ie z a e n su c o n ju n to e m p e z ó a
to m a r el a sp e c to d e u n a s e r ie d e se c c io n e s c o n tr a sta n te s , a u n c u a n d o la s d iv i
d e n c ia s . E n e l e je m p lo 7 .1 2 se v e n lo s c u a tr o te m a s c o n tr a s ta n te s d e u n a
(ca. 1 5 5 0 -1 6 1 4 ) .
q u e se ilu s tr a e n e l e je m p lo 7 .1 3 , c o n te m a s d e u n a p ie z a in s tr u m e n ta l d e l
c o m p o s ito r v e n e c ia n o A n d r e a G a b r ie li (ca. 1 5 1 0 -8 6 ) . A u n q u e la d e n o m in ó
r ic e r c a r e , p e r te n e c e al tip o d e la c a n z o n a , lo c u a l c o n s titu y e u n in d ic io d e la
v a g u e d a d d e la te r m in o lo g ía e n e sta é p o c a . L o s te m a s s o n m á s c o n tr a s ta n te s
q u e lo s d e la c a n z o n a d e M a c q u e y , a d e m á s , la s e g u n d a s e c c ió n d e e sta p ie z a
se d e sta c a d e la s o tra s p o r su te x tu r a p r e d o m in a n te m e n te h o m o fó n ic a . L a
s e c c ió n in ic ia l se r e p ite ín te g r a m e n te d e s p u é s d e la c u a r ta s e c c ió n .
298 H istoria de la música aceidental, i
i ,
...:.— ^ ^ etc.
4. au m en tada
M ú sic a de d a n z a
R e n a c im ie n to . S e e sp e r a b a q u e to d o s lo s h o m b r e s y m u je r e s e d u c a d o s fu e r a n
g ra n d e s b a ila r in e s . P o r c o n s ig u ie n te , u n a p a r te c o n s id e r a b le d e la m ú s ic a in s
tr u m e n ta l d e l s ig lo XVI e stá fo r m a d a p o r p ie z a s d e d a n z a p a r a la ú d , in s tr u -
En unafiesta celebrada en la corte del duque Alberto IV, en Múnich, tresparejas bailan una majestuo
sapavana, acompañadas por una jlauta y un tambor visibles en el balcón izquierdo, mientras que en el
derecho vemos un intérprete de atabales y dos trompetistas, cuyos instrumentos están colgados. Alfondo,
el duque juega a las cartas con una dama. Grabado de Matthaus Zasinger, ca. 1500. (Dresde, Kup-
ferstichkabinett.)
300 H istoria de ia música occidental, 1
m e n to s d e te c la d o o c o n ju n to s ; e sta s o b ra s se im p r o v is a b a n , c o m o o c u r ría e n
la B a ja E d a d M e d ia , p e r o m u c h a s d e e lla s se e s c r ib ía n e n ta b la tu r a s o lib r o s
g u la r e s y se d iv id e n e n s e c c io n e s d ife r e n c ia d a s . H a y e sc a so o n in g ú n ju e g o
s u m a m e n te o r n a m e n ta d a .
L a s p ie z a s d e d a n z a d e c o m ie n z o s d e l s ig lo X V I p o c o d e b ía n a lo s m o d e lo s
D u r a n te la s e g u n d a m ita d d e l s ig lo X V I la m ú s ic a d e d a n z a p a r a la ú d , in s
tr u m e n to s d e te c la d o y c o n ju n to s se p u b lic ó e n n ú m e r o c r e c ie n te . A lg u n a s
d a n z a s e ra n s im p le s a r r e g lo s d e m e lo d ía s p a ra u s o p o p u la r , a u n q u e , al p a re
lo s h o g a r e s d e la b u r g u e s ía o e n la s c o r te s d e la a r isto c r a c ia . E l b a lle t, q u e h a
d o a F r a n c ia ; la m ú s ic a d e b a lle t fr a n c e s a m á s te m p r a n a c o n s e r v a d a fu e la e s
r e p re se n tó e n P a rís e n 1 5 8 1 .
P r o s ig u ió la te n d e n c ia , e x is te n te y a a c o m ie n z o s d e l s ig lo X V I, d e a g ru p a r
b le s . L a c o m b in a c ió n fa v o r ita e ra : u n a d a n z a le n ta e n r itm o b in a r io s e g u id a
d e u n a r á p id a , q u e e ra u n a v a r ia c ió n d e la p r im e r a , e n r itm o te r n a r io y c o n
la m is m a m e lo d ía . L a s p a r e ja s d e d a n z a s fa v o r ita s d e fin a le s d e l s ig lo X V I, e n
m a je s tu o s a y te n ía r itm o b in a r io , m ie n tr a s q u e la s e g u n d a e ra u n m o v im ie n
to m á s a n im a d o e n tie m p o te r n a r io , ca si s ie m p r e c o n la m is m a m e lo d ía . E n
la s fu e n te s a le m a n a s a v e c e s se d e n o m in a a la s e g u n d a d a n z a la p ro p o rtio o
p ro p o rtz, n o m b r e s o b r e v iv ie n te d e la n o ta c ió n d e l s ig lo X V , q u e in d ic a b a q u e
c ie r ta e s p e c ie d e r e la c ió n tr ip le se a p lic a b a a la s d u r a c io n e s d e la p r im e r a
d a n z a p a ra d e te r m in a r la s d e la s e g u n d a . E n ta b la tu r a s p o la c a s d e l m is m o p e
r ío d o se e n c u e n tr a n d a n z a s e m p a r e ja d a s d e u n a fo r m a s im ila r (v é a s e e l e je m
p lo 7 .1 4 ) .
a p r e c ia d a h a c ia m e d ia d o s d e l s ig lo X V I y se la c o n s e r v ó , c o n fo r m a e s tiliz a d a ,
Nuevas co m en tes en el sitio XVí 301
J n
vvr ■■.... r i ” 1 i i r ¿í r
/ ^ ■o- j. j
c o m o c o m p o n e n te r e g u la r e n la s s u ite s d e d a n z a d e é p o c a s p o s te r io r e s . L a
c ió e n e l s ig lo X V I. L o s in g le s e s d e s c o lla r o n c o n m a e s tr ía e n la e sc r itu r a d e
Piezas de improvisación
11 Thoinot-Arbeau: Orchésography, trad. de Mary Stewart Evans (Nueva York: Dover, 1967),
p. 57.
Nuevas corrientes en el siglo XVf 303
El ricercar
E JEM P LO 7 .1 5 S eccio n es d e u n a to c c a ta , d e C la u d io M e r u lo
a.
— — i
_ r t 1 frT tT ra T
* f
■j b l i p i — ' i hj m r a a ; ^
Nuevas corrientes en e¡ sivlo Y VI 305
306 H istoria de ¡a m úsica occidental, i
Sonata
A p artir del siglo XV, el térm ino sonata se usó para d enom inar a u n a variedad
de piezas de m úsica netam ente instrum ental para intérpretes solistas o con
juntos. La sonata veneciana de finales del siglo XVI es el equivalente sacro de
la canzona. Está form ada po r una serie de secciones, cada u na basada en un
tem a diferente o en variantes distintas de u n solo tema. Su vínculo con la so
nata da chiesa posterior radica en este carácter seccional, que en el siglo XVII
se m anifestó bajo la form a de m ovim ientos con tem pos, m etros y atmósferas
diferentes.
G iovanni G abrieli (ca. 1557-1612), sobrino de A ndrea G abrieli y, com o
él, organista de San M arcos en Venecia, escribió siete sonatas además de 36
canzonas, más o menos.
U na de las innovaciones venecianas fue la aplicación del m edio policoral
a los instrum entos. (Para una explicación de la m úsica para diversos coros
vocales de G . G abrieli, véase el capítulo 9.) Por consiguiente, la famosa Sona
ta pian e forte 13 de las Sacrae simphoniae, de 1597, de G . G abrieli no es, en
esencia, o tra cosa que u n m otete bicoral para instrum entos. Esta com posi
ción debe su lugar destacado en los libros de historia de la música m enos a su
valor intrínseco que al hecho de ser una de las prim eras piezas para co n junto
instrum ental impresas en la que se designan instrum entos determ inados para
cada parte: el prim er grupo consta de un cornetto y tres sacabuches. El segun
do de un violín y tres sacabuches. La corneta era un instrum ento de m adera
con boquilla en form a de copa; su suave sonido se mezclaba bien con el de
otros instrum entos en un conjunto. H abía cinco tam años de sacabuches que
iban de bajo a soprano; su sonido era relativam ente suave.
O tra innovación en la m úsica impresa era la indicación, de «pian(o)» y
«forte»; la prim era se usa cuando cada grupo toca solo y la segunda cuando
am bos lo hacen conjuntam ente. Este es uno de los prim eros ejemplos de in
dicaciones dinám icas en música.
Variaciones
La im provisación sobre una tonada com o acom pañam iento de la danza debe
de tener raíces antiguas. E n las tablaturas para laúd de Joan A m brosio Dalza
(activo a principios de 1500), publicadas en Intabulatura di lauto, aparecen va
riaciones escritas sobre tonadas de pavanas venecianas y ferraresas. U na prác
tica relacionada con ésta era la im provisación y com posición de variaciones 13
14 Véanse sus Diferencias sobre Guárdame las vacas, en HAM número 124.
’’ Editada en HAM número 177.
308 H istoria de la música accidental, l
PARTHEN IA
or
THE M AYDENHEAD
o i th e k rst m u s ic k é t lia t
libre. Algunos de los pasajes, sobre todo en las variaciones de Bull, tienen un
alto grado de virtuosismo.
Sin em bargo, en la m ayor parte de la m úsica inglesa para virginal, el mero
despliegue técnico no es u n rasgo prom in en te. E n cada variación se suele
em plear un solo tipo de figuración; a veces las dos m itades de una variación,
o dos variaciones sucesivas, aparecen emparejadas por el em pleo de la m ism a
figura en la m ano derecha en un a y en la izquierda en la otra, com o sucede
en la tercera y cuarta variaciones de la Spanish Paven, de Bull. Además de esta
clase de form ación de parejas, el único plan de vasto alcance en la m ayoría de
las series de variaciones era el de acrecentar la anim ación a m edida que avan
zaba la obra, aunque con interludios interm itentes de m ayor serenidad. A ve
ces se introducían cambios de ritm o: de vez en cuando un com positor de
m ostraba sus conocim ientos escribiendo una variación en la cual utilizaba
dos o tres ritm os diferentes de form a sim ultánea. Frecuentem ente, la últim a
variación era más lenta, por ser una reexposición am pliada del tem a con una
sonoridad más plena y una arm onización más rica. Esta técnica puede estu
diarse en la pavana para teclado (NA W M 47) que Byrd escribió sobre un aire
de D ow land, Flow my tears (NA W M 45). El aire, en sí m ism o tiene la form a
Nuevas corrientes en el si'gío x v f 309
típica de pavana, es decir, tres frases, cada una de las cuales se repite inm edia
tam ente. Byrd añadía una variación después de cada frase; m an ten ía el es
quem a de la canción en la m ano derecha m ientras añadía m otivos de acom
pañam iento cortos, grupetos decorativos, figuraciones y patrones de escalas
que se im itan entre las dos manos.
Resumen
profanas fue más allá al representar m usicalm ente la esencia del m ensaje de
un texto. A un así, perm aneció fiel al ideal heredado del co n trap u n to m odal,
diatónico, de igualdad e independencia de las voces, arm onía plena, disonan
cia controlada y claridad en la forma.
Los discípulos de W illaert y sus contem poráneos — V icentino, Rore y
Lasso, por ejemplo— continuaron buscando u n a relación más próxim a entre
m úsica y texto, pero inclinaron la balanza, al m enos en el madrigal, hacia la
expresión de los variados sentim ientos e imágenes de u n poem a, perdiendo
cierta cohesión y hom ogeneidad de estilo. La hom ofonía de las canciones po
pulares italianas y de la frottola cortesana irrum pió en la textura imitativa,
haciendo el texto aún más declam atorio. D u ran te las últim as décadas del si
glo, los com positores encontraron nuevas formas de expresar intensas pasio
nes y los conceptos de la poesía m oderna. G esualdo exploró el crom atism o,
m ientras que M onteverdi experim entó con la disonancia y con nuevas textu
ras y ritm os. U n núm ero de com positores ingleses adoptaron con entusiasm o
las nuevas tendencias italianas, pero el género más característico que emergió
del cultivo generalizado de la m úsica de cám ara vocal en las Islas Británicas
fueron el air y la consort song.
Los cambios sociales y culturales que guiaron el desarrollo del madrigal
en Italia transform aron la chanson francesa y las canciones alemanas a varias
voces. En París, los com positores pasaron de la seria polifonía parecida al
m otete, a una ligera y melódica canción con predom inio del tiple. En otros
lugares preferían principalm ente el antiguo tipo de chanson. H acia el final
del siglo, el hum anism o transform ó la chanson de una m anera m uy distinta
a com o había cam biado el madrigal. Los prom otores de los vers mesurés a
l ’antique pensaron que podían recuperar los legendarios poderes de la an ti
gua música griega casando los olvidados m etros cuantitativos clásicos con la
lengua francesa. Algunos com positores, en particular Le Jeune, tuvieron al
gún éxito aplicando estos m etros a la musique mesurée de acuerdo con las es
trictas norm as de la cantidad silábica.
D urante este período la música instrum ental salió de las sombras de la
tradición oral. La música de danza dom inaba, com o antes, el terreno. Pero,
hacia finales de siglo se podían diferenciar, por sus funciones y procedim ien
tos, géneros independientes de m úsica in stru m en tal escrita. Identificados
con un instrum ento en particular al principio, la m ayoría de estos géneros se
extendió a otros instrum entos y agrupaciones — por ejemplo, la toccata, el
ricercare, el preludio, la fantasía, la canzona, la sonata, y las variaciones. Alre
dedor de 1600 los com positores ingleses para laúd y teclado estaban a la ca
beza en cuanto a com posición instrum ental se refiere.
N u e-i,v■a s c o- rr ie n te s - en
-
el sivlo —.V vi- - 311
Bibliografía
A n to lo g ía s d e m ú s ic a
E d ic io n e s m o d e rn a s c o m p le ta s d e la s o b ra s d e lo s c o m p o s it o r e s m e n c io n a d o s e n este
c a p ít u lo :
A r c a d e lt : C M M 3 1 , e d ic ió n a ca rg o d e A . S e a y.
C le m e n s : C M M 4 , e d ic ió n a c a rg o d e K . P h . B e r n e t K e m p e r s .
C r e c q u illo n : C M M 6 3 , e d ic ió n a ca rg o d e B a r t o n H u d s o n , M a r y T i f f a n y F e re r, y L a u
ra Y o u e n s .
F a y rfa x : C M M 1 7 , e d ic ió n a ca rg o d e E . B . W a r r e n .
F e s ta : C M M 2 5 , e d ic ió n a c a rg o d e A . M a in .
A . G a b r i e l i : C o m p le te M a d r ig a ls , e d ic ió n a c a rg o d e A . T i l l m a n M e r r i t t ( M a d i s o n ,
W is c .: A - R E d it io n s , 1 9 8 1 ).
G . G a b r ie l i: C M M 1 2 , e d ic ió n a c a rg o d e D e n is A r n o ld .
G e s u a ld o : S d m tlic h e W erke, e d ic ió n a c a rg o d e G . W a t k in s y W . W e is m a n n ( H a m b u r -
g o : U g r in o , 1 9 5 7 - 1 9 6 7 ) .
G o m b e r t , C M M 6 , e d ic ió n a c a rg o d e J . S c h m id t - G ó r g .
H a s s le r : S a m t lic h e W erke, e d ic ió n a c a rg o d e C . R u s s e ll C r o s b y (W ie s b a d e n : B r e i t k o p f
& H á r t e l, 1 9 6 1 - ).
Is a a c : C M M 6 5 , e d ic ió n a c a rg o d e E d w a r d L e r n e r .
J a n n e q u in : C h a n s o n s p o ly p h o n iq u e s : o e u v re s c o m p le te s , e d ic ió n a c a rg o d e A . T . M e r r i t t y
F. L e s u r e ( M ó n a c o : L ’O is e a u - L y r e , 1 9 6 5 - 7 1 ) .
L a s s o : S a m tlic h e W erk e, e d ic ió n a c a rg o d e F . H a b e r l y A . S a n d b e rg e r (L e i p z ig : B r e i k o p f
& H á r t e l, 1 8 9 4 - 1 9 2 7 ; r e im p r e s ió n , 1 9 7 4 ) ; S a m t lic h e W e r k e , n e u e R eih e , e d ic ió n a
ca rg o de S . H e r m e lin c k e t a l . (K a s s e l: B á r e n r e ite r , 1 9 5 6 - ).
L a y o lle : C M M 3 2 / 3 - 6 , e d ic ió n d e F r a n k D ’A c c o n e .
L e J e u n e : A ir s , e d ic ió n a c a rg o d e D . R W a lk e r ( A I M , M is c e lla n e a 1 ).
M a n c h ic o u r t : C M M 5 5 , e d ic ió n a c a rg o d e J o h n D . W ic k s y L a v e r n W a g n e r .
M a r e n z io : C M M 7 2 , e d ic ió n a c a rg o d e B . M e ie r y R . J a c k s o n ; P A M 4 , 6 , e d ic ió n a
c a rg o d e A . E in s t e in T h e S e c u la r W orks, e d ic ió n a c a rg o d e S te v e n L e d b e t t e r y P a t r i
c ia M y e r s ( N u e v a Y o r k : B r o u d e B r o s ., 1 9 7 7 - ).
M o n t e : O p e r a , e d ic ió n a c a rg o d e V a n d e n B o r r e n y V a n N u fF e l ( B r u ja s y D ü s s e ld o r f :
S c h w a n n , 1 9 2 7 - 3 9 ; r e im p r e s ió n , N u e v a Y o r k , 1 9 6 5 ) ; O p e r a , N e w C o m p le te E d i -
tio n , e d ic ió n a c a rg o d e R . B . L e n a e r ts (L o v a in a : U n iv e r s it y P re s s , 1 9 7 5 - ) .
M o n t e v e r d i: T u tte le o p ere, e d ic ió n a c a rg o d e G . F . M a lip i e r o (A s ó la : 1 9 2 5 - 4 2 ; r e im
p r e s ió n : V ie n a : U n iv e r s a l, 1 9 6 7 ) ; O p e r a o m n i a , F o n d a z io n e C l a u d i o M o n t e v e r d i
( 1 9 7 0 - ) ; N e w M o n t e v e r d i E d itio n , e d ic ió n a c a rg o d e B . B a i l l y d e S u r c y ( P a r ís : É d i -
t io n s R e n a ís s a n t e s , 1 9 7 2 - ).
M o r a le s : M o n u m e n to s d e la m ú s ic a e sp a ñ o la , e d ic ió n a ca rg o d e H . A n g lé s , v o lú m e n e s
1 1, 13, 15, 1 7, 2 0 , 2 1 , 2 4 , 3 4 (1 9 5 2 ).
N ic o la u s d e R a d o m : L es o e u v re s c o m p le te s , e d ic ió n a ca rg o d e S u t k o w s k i ( B r o o k l y n : I n s -
t it u t e o f M e d ie v a l M u s ic , 1 9 6 9 ) .
P is a n o : C M M 3 2 / 1 , e d ic ió n a c a rg o d e F. D A c c o n e .
D e R o re : C M M 1 4 , e d ic ió n d e B . M e ie r .
312 H istoria de L¡ m úsica occidental 1
A n to lo g ía s d e o b r a s e sco g id a s
H . C o l i n S lim : A G i f t o f M a d r íg a ls a n d M o te t s ( C h ic a g o : U n iv e r s it y o f C h ic a g o P re ss,
1 9 7 2 ) , 2 v o lú m e n e s (e d ic ió n y c o m e n t a r io ).
H a y m o te te s d e c o m p o s it o r e s fra n c e s e s y fra n c o - fla m e n c o s d e la p r im e r a m it a d d e l s i
g lo X V I e n las s ig u ie n te s p u b lic a c io n e s : A . S m ije r s , e d .: T r e ize liv r e s d e m o te ts p a r u
c h e z P ie r r e A t t a i n g n a n t e n 1 5 3 4 e t 1 5 3 5 (P a r ís : É d it io n s d e L ’O is e a u - L y r e , 1 9 3 4 -
3 6 ) ; 3 v o lú m e n e s ; v é a n s e t a m b ié n H . E x p e r t , e d .: M o n u m e n ts d e la m u s iq u e f r a n -
g a ise a u te m p s d e la R en a issa n c e , v o lu m e n 2 (P a r ís : S e n a r t , 1 9 2 5 ) y C M M 4 8 (o b ra s
d e L h é r it ie r , e d ic ió n a ca rg o d e L . P e r k in s , c o n a m p lia in t r o d u c c ió n y c o m e n ta
r io s ).
A p a r e c e n e je m p lo s d e la f r o t t o la y o tra s fo r m a s p a re c id a s e n A lf r e d E in s t e in : T h e P a
li a n M a d r i g a l (P r in c e t o n : P r in c e t o n U n iv e r s it y P re s s , 1 9 4 9 ) , v o lu m e n 3 , n ú m e r o s
1 - 1 4 . V é a n s e t a m b ié n la e d ic ió n a c a rg o d e R . S c h w a r z d e lo s lib r o s p r im e r o y
c u a r t o d e fr o tt o le , d e P e t r u c c i, e n P A M 8 , y R . M o n t e r o s s o , e d .: F r o tto le n e l l ’ e d i-
z io n e p r in c ip e d i O . P e tr u c c i (C r e m o n a : A th e n a e u m C re m o n e n se , 1 9 5 4 ). E n
O . G o m b o s i, e d .: C o m p o s itio n e d i M e s e r V in c e n z o C a p ir o l a (N e u illy - s u r - S e in e : S o -
c ie té d e M u s iq u e d ’A u t r e f o is , 1 9 5 5 ) , se in c lu y e n t r a n s c r ip c io n e s d e f ro tt o le p a ra
la ú d .
E n K n u d K e p p e s e n : D e r m e h r s tim m ig e ita lie n is c h e L a u d e u m 1 5 0 0 ( L e ip z ig : B r e it k o p f
& H á r t e l, 1 9 3 5 ) , se in c lu y e n 9 8 la u d e s e n t r a n s c r ip c ió n , a s í c o m o a n á lis is d e ta lla
d o s d e la p o e s ía y la m ú s ic a .
O t r a s a n to lo g ía s d e m ú s ic a it a lia n a d e p r in c ip io s d e l s ig lo X V I: F . D ’A c c o n e , e d .: M u s i c
o f th e F lo r e n tin e R e n a issa n c e , 4 v o lú m e n e s ( C M M 3 2 ) ; C . G a l l i c o , e d .: U n c a n z o -
n ie r o m u s ic a le ita lia n o d e l c in q u e c e n to ( F lo r e n c ia : L . O l s c h k i , 1 9 6 1 ) . A n t o lo g ía s re
c ie n t e s d e m a d r ig a le s : T h e O x f o r d B o o k o f P a l i a n M a d r ig a ls , e d ic ió n a c a rg o d e
A . H a r m a n ( L o n d r e s : O x f o r d U n iv e r s it y P re s s , 1 9 8 3 ) y 2 0 P a lie n s k e M a d r i g a l e r
( 1 6 0 5 - 1 6 0 6 ) , C o p e n h a g u e : E d it io n E g t v e d , 1 9 8 3 ).
P a ra e je m p lo s d e la c h a n s o n fra n c e s a d e la p r im e r a m it a d d e l s ig lo X V I, vé a n se F. L e s u r e ,
e d .: A n th o lo g ie de la c h a n so n p a r is ie n n e au XVf siécle (M ó n a c o : É d it io n s de L ’O is e a u -
L y r e , 1 9 5 3 ) ; M . P ic k e r , e d .: C h a n s o n A l b u m s o f M a r g u e r ite o f A u s t r i a ( B e r k e le y :
U n i v e r s i t y o f C a l i f o r n i a P r e s s , 1 9 6 5 ) ; v é a s e t a m b ié n D . H e a r t z , e d .: P r e lu d e s ,
C h a n s o n s a n d D a n c e s f o r L u te p u h l i s h e d in P a r ís ( A tt a i n g n a n t ) 1 5 2 9 - 3 0 (N e u illy -
s u r - S e in e : S o c ié té d e M u s iq u e d ’A u t r e f o is , 1 9 6 4 ).
Nuevas corrientes en e l sig lo XVí 313
V é a n s e t a m b ié n F. L e s u r e y G . T h ib a u lt : B ib lio g r a p h ie d e s e d itio n s d ’A d r i e n L e R o y e t
R o b e r t B a l l a r d ( P a r ís : S o c ié t é fra n ^ a ise d e m u s ic o lo g ie , 1 9 5 5 ) ; H e a r t z : F ie r r e A t -
ta in g n a n t, R o y a l P r i n t e r o f M u s i c ( B e r k e le y : U n iv e r s it y o f C a l i f o r n i a P re s s , 1 9 7 0 ) :
S a m u e l P o g u e : J a c q u e s M o d e m e : L y o n s M u s i c P r i n t e r o f t h e l 6 t h C e n tu r y ( G in e b r a :
L i b r a ir ie D r o z , 1 9 6 9 ) .
K . A m e ln se o c u p ó d e p u b lic a r e n e d ic ió n f a c s ím il e l L o c h a m e r L i e d e r b u c h ( K a s s e l :
B á r e n r e it e r , 1 9 7 2 ) y K . E s c h e r y W . L o t t , e n t r a n s c r i p c i ó n m o d e r n a ( B e r l í n :
W ó lb ig , 1 9 2 6 ; r e im p r e s ió n , W ie s b a d e n , 1 9 6 9 ) ; K . A m e l n t a m b ié n se o c u p ó d e
p u b lic a r la s c o m p o s ic io n e s p o lif ó n ic a s p ro c e d e n te s d e este lib r o (A u g s b u r g : B á r e n
re ite r, 1 9 2 6 ) . U n a e d ic ió n m o d e r n a d e l G lo g a u e r L ie d e r b u c h r e a liz a d a p o r H . R in g -
m a n n y C . V a t e r le in , a p a re c e in c lu id a e n D a s E r b e d e u ts c h e r M u s i k , s e rie I , v o lú
m e n e s 4 , 8 , 8 5 y 8 6 ( L e i p z ig , 1 9 3 6 - 8 1 ) ; G a r la n d p u b lic ó u n a e d ic ió n f a c s ím il e n
1987.
E n E P , a ñ o s 1 - 4 , 7 - 8 , 3 3 , se in c lu y e n lie d e r a le m a n e s d e la p r im e r a m it a d d e l s ig lo X V I;
o tro s p o s te rio re s p e rte n e c ie n te s a este m is m o s ig lo a p a re c e n e n E P , a ñ o s 2 3 (R e g -
n a r t) y 2 5 ( E c c a r d ) .
P a r a e d ic io n e s m o d e r n a s d e m ú s ic a e s p a ñ o la d e l s ig lo X V I v é a n s e lo s d iv e rs o s v o lú m e
n e s d e la s e rie M o n u m e n to s d e la m ú s ic a e sp a ñ o la , b a jo la d ir e c c ió n d e H . A n g lé s ,
1 9 4 1 - ; t a m b ié n la s e rie H is p a n i a e s c h o la m ú s ic a sa cra , F . P e d r e ll, e d . (B a r c e lo n a :
J . B . P u jo l; L e ip z ig : B r e it k o p f & H a r t e l, 1 8 9 4 - 9 8 ); t a m b ié n la e d ic ió n a c a rg o d e J e
sú s B a l y G a y d e l C a n c io n e r o d e U p sa la ( M é x ic o : E l C o le g io d e M é x i c o , 1 9 4 4 ) , c o n
u n e n s a y o h is t ó r ic o d e l v illa n c ic o p o lif ó n ic o d e b id o a Is a b e l P o p e . V é a s e t a m b ié n
M a d r ig a le s e sp a ñ o les in é d ito s d e l sig lo XVI, e d ic ió n a ca rg o d e M ig u e l Q u e r o l G a v a ld a
(B a r c e lo n a : I n s t it u t o E s p a ñ o l d e M u s ic o lo g ía , 1 9 8 1 ) .
U n o d e lo s m a n u s c r it o s in g le s e s e n el q u e a p a re c e m ú s ic a p ro fa n a d e la é p o ca d e E n r i
q u e V I I I fu e e d ita d o a c a rg o d e J o h n S te v e n s , e n M B 1 8 ; t a m b ié n p e r te n e c ie n te a
este p e r ío d o es E a r ly T u d o r S o n g s a n d C a ro ls, M B 3 6 , e d ic ió n a c a rg o d e J . S te v e n s .
V é a s e t a m b ié n P h ilip L e d g e r , e d .: T h e O x f o r d B o o k o f E n g li s h M a d r i g a l s ( L o n d r e s :
O x f o r d U n iv e r s it y P re s s , 1 9 7 9 ) .
A p a r e c e n p ie z a s d e ó rg a n o b a sa d a s e n c a n t u s f ir m i e n Y v o n n e R o k s e t h , e n c a rg a d a d e la
e d ic ió n : D e u x L iv r e s d 'o r g u e p a r u z c h e z F ie r r e A t t a i n g n a n t (P a r ís : E . D r o z , 1 9 2 5 ) , y
e n D . S te v e n s , e d .: T h e M u l l i n e r B o o k , M B 1. H a y tra n s c rip c io n e s d e p ie z a s v o c a le s
p a ra ó rg a n o e n K . J e p p e s e n , e d .: D i e ita lie n is c h e O r g e lm u s ic k a m A n f a n g d e s C i n -
q u e c e n to (C o p e n h a g u e : E . M u n k s g a a r d , 1 9 4 3 ; 2 .a e d ic ió n , 1 9 6 0 ) . E l L i b r o d e m ú s i
c a p a r a v ih u e la d e m a n o in t i t u l a d o « E l M a e s tr o » , d e L u is M i l á n , e n la e d ic ió n p re p a
ra d a p o r L . S c h r a d e , se h a lla e n P A M , a ñ o 2 , p a rte 1 (r e im p r e s ió n H ild e s h e im ,
1 9 6 7 ). H a y e je m p lo s d e m ú s ic a it a lia n a p a ra la ú d e n A r t h u r J . N e s s , e d .: T h e L u te
M u s i c o f F ra n cesco C a n o v a d a M ila n o , H a r v a r d P u b lic a t io n s in M u s ic 3 - 4 ( C a m
b rid g e , M a s s .: H a r v a r d U n iv e r s it y P re s s , 1 9 7 0 ).
H a y m a d rig a le s in g le s e s e n E . H . F e llo w e s , e d .: T h e E n g lis h M a d r i g a l S c h o o l, 3 6 v o lú
m e n e s ( L o n d r e s : S t a in e r & B e ll, 1 9 1 3 - 2 4 ); y a y re s , e n F e llo w e s : T h e E n g lis h S c h o o l
o f L u te n is t S o n g W rite r s, 1 6 v o ls . ( L o n d r e s : W in t h r o p R o g e rs , 1 9 2 0 - 3 2 ) ; s e g u n d a
s e rie , 1 6 v o ls . ( 1 9 2 5 - 2 7 ) . V é a s e t a m b ié n A ll is o n H a l l : E . H . F e llo w e s, A n I n d e x to
th e E n g lis h M a d r ig a li s ts a n d th e E n g lis h S c h o o l o f L u t e n i s t S o n g W r ite r s (B o s t o n : M u
s ic L i b r a r y A s s o c ia t io n , 1 9 8 4 ) .
314 H istoria de la música occidental I
P a ra e je m p lo s d e m ú s ic a it a lia n a p a ra te c la d o d e lo s s ig lo s X V I, X V II y c o m ie n z o s d e l
X V I I I , v é a s e L . T o r c h i, e d .: L ’a r t e m u s ic a le i n I t a l i a ( 7 v o lú m e n e s , M i l á n , 1 8 9 7 -
1 9 0 8 ) , v o lu m e n 3 . H a y m ú s ic a it a lia n a y d e o t r o s p a ís e s p a ra te c la d o , p ro c e d e n te
d e l s ig lo X V I, e n C E K M 2 , 6 , 9 , 12, 14, 3 3 , 3 4.
H a y p ie z a s d e m ú s ic a in g le s a p a ra te c la d o e n M B 1 , T h e M u l l i n e r B o o k ; 5 , T o m k in s ;
1 4 , 1 9 , B u l l ; 2 0 , 0 . G ib b o n s ; 2 4 , F a r n a b y ; 2 7 , 2 8 , B y r d . O t r a s e d ic io n e s : J o h n
W a r d , e n c a r g a d o : T h e D u b l i r i V ir g i n a l M a n u s c r i p t (ca . 1 5 7 0 ) (W e lle s le y , 1 9 5 4 ) ;
u n a e d ic ió n f a c s ím il d e b id a a O . D e u t s c h d e P a r th e n i a (la p r im e r a a n t o lo g ía i m
p re s a [ 1 6 1 1 ] d e m ú s ic a p a ra v ir g in a l) ( L o n d r e s : C h i s w i c k , 1 9 4 2 ) ; T h e F i t z w i l l i a m
V ir g i n a l B o o k , e d ic ió n a ca rg o d e F u lle r - M a it la n d y W . B a r c la y S q u ir e , 2 v o lú m e n e s
(N u e v a Y o r k : D o v e r , 1 9 6 3 ) ; B y r d : M y L a d y e N e v e lls B o o k e , e d ic ió n d e H i l d a A n
d re w s (N u e v a Y o r k : D o v e r , 1 9 6 9 ) ; B y r d : F o r ty - f iv e P iec e s f o r K e y b o a r d I n s tr u m e n ts ,
e d ic ió n d e S te p h e n D . T u t t le (P a r ís : L ’ O is e a u - L y r e , 1 9 3 9 ) ; G ib b o n s : C o m p le te K e y
b o a r d W orks, e d ic ió n a c a rg o d e M a r g a r e t G l y n , 5 v o lú m e n e s ( L o n d r e s : S t a in e r &
B e ll, 1 9 2 2 - 2 5 ) .
L e c tu r a s a d ic io n a le s
C o m p o s ito r e s
A r c a d e lt. J a m e s H a a r : « T o w a r d a C h r o n o l o g y o f th e M a d r ig a ls o f A r c a d e lt » , J M 5
( 1 9 8 7 ) : 2 8 - 5 4 , e n d o n d e se e x p lic a s u e s tilo m u s ic a l.
C a ra . W i l l i a m P r iz e r : « M a rc h e t t o C a r a a t M a n t u a : N e w D o c u m e n t s o n th e L i f e a n d
D u t ie s o f a R e n a is s a n c e C o u r t M u s ic ia n » , M D 3 2 ( 1 9 7 8 ) : 8 7 - 1 1 0 ; i d .; C o u r tly P a s -
tim e s : T h e F r o tto le o f M a r c h e tto C a r a ( A n n A r b o r : U M I R e s e a rc h P re ss, 1 9 8 1 ).
F esta. J a m e s H a a r : « T h e L i b r o p r i m o o f C o s ta n z o F e s ta » , A M 52 (1 9 8 0 ): 1 4 7 -5 5 ; R .
A g e e : « F ilip p o S tr o z z i a n d th e E a r l y M a d r ig a l» , J A M S 3 8 ( 1 9 8 5 ) ; 2 3 0 - 3 6 .
A . G a b r ie li. M a r t in M o r e ll: « N e w E v id e n c e fo r th e B io g r a p h ie s o f A n d r e a a n d G io v a n n i
G a b r ie li» , E M H 3 ( 1 9 8 3 ) :1 0 1 - 2 2 .
G e su a ld o . G le n n W a t k i n s : G e s u a ld o , T h e M a n a n d H is M u s i c (s e g u n d a e d ., O x f o r d ,
C la r e n d o n P re s s , 1 9 9 1 ).
M a r e n z io . D e n is A r n o ld : M a r e n z io (L o n d r e s : O x f o r d U n iv e r s it y P re ss, 1 9 6 5 ) ; J . C h a t e r :
L ú e a M a r e n z i o a n d th e I t a l i a n M a d r ig a l, 1 5 7 7 - 1 5 9 3 ( A n n A r b o r : U M I R e s e a r c h
P re s s , 1 9 8 1 ).
M o n te . B r ia n M a n n : T h e S e c u la r M a d r ig a ls o f F ilip p o d i M o n te , 1 5 2 1 - 1 6 0 3 ( A n n A r
b o r : U M I R e s e a r c h P re s s , 1 9 8 3 ) .
M o n te v e r d i. P a r a o b ra s b á s ic a s s o b re M o n t e v e r d i, vé ase la b ib lio g r a f ía d e l c a p ít u lo 9 .
P isa n o . F. D ’A c c o n e : « B e r n a r d o P is a n o a n d th e E a r l y M a d r ig a l» , e n I n t e r n a t i o n a l M u s i -
c o lo g ic a l S o ciety, R e p o r t o f th e T e n th C on gress, L j u b lija n a 1 9 6 7 , e d ic ió n a c a rg o de
D r a g o t in C v e t k o (K a s s e l: B á r e n r e ite r , 1 9 7 0 ) , p p . 9 6 - 1 0 7 .
V ic e n tin o . H e n r y W . K a u f m a n : N ic o lo V ic e n tin o ( 1 5 1 1 - c a . 1 5 7 6 ) , T h e L i f e a n d W o rk s,
M S D l l .A I M , 1966.
W illa e r t. A r m e n C a r p e t y a n : « T h e M ú s i c a N o v a o f A d r iá n W i l l a e r t » , M D 1 (1 9 4 6 ):
2 0 0 -2 1 y G L H W M 3 . L e w is L o c k w o o d : « A d riá n W illa e r t a n d C a r d i n a l I p p o lit o
d ’E s te » , E M H 5 ( 1 9 8 5 ) : 8 5 - 1 1 2 .
E stilo s n a c io n a le s
fo r d U n iv e r s it y P re s s , 1 9 6 7 ) , s o n e s tu d io s d e la m ú s ic a in g le s a d e este p e río d o . S o
b re la m ú s ic a p ro fa n a , vé a n s e J o h n S te v e n s : M u s i c & P o e t r y in th e E a r ly T u d o r C o u r t
(L o n d r e s : M e t h u e n , 1 9 6 1 ) ; P h ilip B r e t t : « T h e E n g lis h C o n s o r t S o n g » , P r o c ee d in g s
o f th e P o y a l M u s i c a l A s s o c ia tio n 8 8 ( 1 9 6 1 - 6 2 ) : 7 3 - 8 8 .
E l m a d r ig a l
M ú s i c a i n s tr u m e n ta l
W i l l i A p e l: T h e H is to r y o f K e y b o a r d M u s i c to 1 7 0 0 , tra d . d e H a n s T i s c h l e r (B lo o m in g -
t o n : I n d ia n a U n iv e r s it y P re s s , 1 9 7 2 ) ; id ., E a r ly E u r o p e a n K e y b o a r d M u s i c (S t u tt g a rt :
F . S te in e r , 1 9 8 9 ) , u n a c o le c c ió n d e a r t íc u lo s a n tig u o s .
J o h n W a r d : « P a r o d y T e c h n iq u e in l 6 t h - C e n t u r y In s t r u m e n t a l M u s ic » , e n T h e C o m -
m o n w e a lth o f M u s ic , e d ic ió n a c a rg o d e G u s t a v e R e e se y R o s e B r a n d e l (N u e v a Y o r k :
T h e F re e P re s s , 1 9 6 5 ) y G L H W M 4 .
v L a r t t g io 'd R e n a c im ie n to
t a r t li'* \ fa ¿ u ^ fo r h -iíi
C uando M artín Lutero fijó sus noventa y cinco tesis en la p u erta de la iglesia
de W ittenberg, en 1517, no albergaba la intención de iniciar u n m ovim iento
que habría de dar por resultado la form ación de iglesias protestantes, total
m ente separadas de Rom a. A un después de que la ru p tu ra fuese irreparable,
la Iglesia luterana todavía continuó con la práctica de gran parte de la liturgia
católica tradicional, así com o de un considerable em pleo del latín en los ofi
cios religiosos; de form a similar, se conservó gran parte de la m úsica católica,
tan to de canto llano com o polifónica, a veces con el texto latino original,
otras con este texto original traducido al alem án, otras más con textos alema
nes nuevos adaptados a las antiguas m elodías (lo que se d en o m in ó contra-
factd).
La posición de la m úsica en la Iglesia luterana, sobre todo en el siglo XVI,
reflejaba las convicciones del propio Lutero. Este era am ante de la música,
cantor, com positor de cierta habilidad y gran adm irador de la polifonía fran
co-flam enca y de las obras de Josquin des Prez en particular; creía intensa
m ente en el poder educativo y ético de la música y deseaba que toda la asam
blea participase de algún m o d o en la m úsica de los oficios religiosos. Y
aunque alteró las palabras de la liturgia para adecuarlas a sus propios puntos
de vista y sobre ciertos aspectos teológicos, Lutero tam bién deseaba conservar
el latín en los oficios religiosos, en parte porque lo consideraba valioso para
la educación de los jóvenes. Estas opiniones, personales y oficiales, eran in
consecuentes en algunos aspectos; al aplicarlas, diversas congregaciones loca
318 H istoria de ¡a música occidental, 1
les desarrollaron cierto núm ero de hábitos diferentes. En las iglesias grandes
que tenían coros adiestrados, generalm ente se conservó gran parte de la litur
gia y de la música polifónica latinas; para las congregaciones menores, o para
su uso optativo, Lutero publicó en fecha tan tem prana com o la de 1526 una
Misa alemana (Deudsche Messe) que seguía las líneas generales de la misa ro
m ana, pero con m uchos cambios de detalle: se o m itía el G loria; se em plea
ban nuevos tonos de recitación adaptados a la cadencia natural de la lengua
alemana; se dejaban a un lado o se condensaban varias partes del propio y el
resto, así com o la m ayor parte del ordinario, se sustituyó p o r him nos alema
nes. Pero jamás fue intención de Lutero que esta fórm ula o cualquier otra
hubiese de prevalecer uniform em ente en las iglesias luteranas; así fue posible
encontrar casi cualquier com binación im aginable o com prom iso entre los
usos rom anos y las nuevas ideas en algún m o m e n to y en algún lugar de
A lem ania durante el siglo X V I . Las misas y m otetes latinos siguieron cantán
d o s e y el latín se m antuvo en la liturgia, en algunos lugares, hasta entrado el
El coral luterano
chos textos para corales y algunas de sus melodías. Por ejem plo, escribió la
letra del conocidísim o Ein feste Burg ist unser Gott (Una poderosa fortaleza es
nuestro Dios, 1529) del que, generalm ente, tam bién se le atribuye la melodía.
N um erosas m elodías de corales eran de com posición nueva, pero m uchas
más se confeccionaron, en form a total o parcial, a partir de canciones profa
nas y sacras o de cantos llanos latinos. Así, el him n o gregoriano Veni Redemp-
tor gentium se convirtió en Nun Komrri der Heiden Heiland (Ven, Salvador de
los gentiles), y la secuencia de Pascua de Resurrección Victimae paschali laudes
(NA W M 5) fue el m odelo para Christ lag in Todesbanden (Cristo yacía en los
lazos de la muerte).
Contrafacta
Desde fecha m uy tem prana, los com positores luteranos com enzaron a escri
bir versiones polifónicas para los corales. En 1524, el principal colaborador
musical de Lutero, Johann W alter (1496-1570) publicó u n volum en de 38
com posiciones de corales alemanes ju n to a cinco m otetes latinos; esta an to
logía se am plió, con una proporción m ayor de m otetes latinos, en ediciones
subsiguientes. G eorg R hau (o Rhaw; 1488-1548), el principal editor de m ú
sica de la A lem ania luterana, publicó en 1544, una im p o rtan te antología de
123 arreglos polifónicos de corales y m otetes. A diferencia de la obra de W al
ter, ésta fue una recopilación de piezas de los principales com positores ger
m anos y suizos de habla alem ana de la prim era m itad del siglo X V I , entre
ellos Ludwig Senil, T hom as Stoltzer (ca. 1475-1526), Benedictus D ucis {ca.
320 Historia de di música occidental, 1
EJEM PLO 8 .1
a) M e i n G ’m ü t h is m i r v e r w ir r e t, d e H a n s L e o H a s s le r
b) P a s ió n seg ú n s a n M a te o , d e J . S . B a c h
E n c o m ie n d a tu s c a m in o s y to d o lo q u e e n tr is te c e tu c o r a z ó n a l c u id a d o m á s f i e l , a A q u é l
q u e r e in a e n e l cielo.
c) P a s ió n seg ú n sa n M a te o , d e J . S . B a c h
S i a lg ú n d í a d e b o p a r tir , ¡n o te separes d e m í! S i d e b o s o p o r ta r la m u e r te , ¡ e n to n c es a d e la n te !
i,¡i música religiosa riel Renacim i en to tardío y hi Reforma _____________________________________________ 321
1490-1544), Sixtus D ietrich (ca. 1490-1548), A rnold von Bruck (ca. 1470-
1554) y el flam enco Lupus H ellinck (ca. 1495-1541). C o m o es natural, las
versiones musicales de corales en esta y otras antologías variaban considera
blem ente en su estilo; en algunas se utilizaba la técnica más antigua del lied
alemán, con la m elodía llana del coral en notas largas en el tenor, rodeada de
tres o más voces en una polifonía que fluía librem ente con motivos indepen
dientes; otras eran com o los m otetes franco-flam encos, en los que cada frase
del coral se desarrollaba po r im itación en todas las voces; otras más tenían un
estilo sencillo, casi de sucesiones de acordes. D u ran te to d a la prim era m itad
del siglo, hubo una tendencia general a cultivar este últim o estilo de escritura
simplificada.
U n m étodo com ún de ejecución era el de alternar estrofas del coral canta
das por el coro, a veces doblado por instrum entos, con otras entonadas por
los fieles al unísono, sin acom pañam iento. D urante el últim o tercio del siglo
tuvo lugar u n cam bio gradual; com enzaron a publicarse, cada vez con más
frecuencia, corales en estilo de canción, es decir, en arreglos sencillos de suce
sión de acordes, semejantes a him nos, rítm icam ente rectilíneos, con la m elo
día en la voz superior. A p artir de 1600 se im puso gradualm ente la costum
bre de que el órgano tocase todas la voces, m ientras la asamblea cantaba la
melodía. La prim era antología escrita en estilo de canción fue Fünfzig Lieder
und Psalmen (Cincuenta corales y salmos), aparecida en 1586, de Lucas O sian-
der (1534-1604). Los principales com positores de este estilo de canción de
comienzos del siglo XVII fueron H ans Leo Hassler (1562-1612) en su Kir-
chengesdnge (1608), M ichael Praetorius en su Musae Sioniae (1607-10) y Jo-
hann H erm ann Schein (1586-1630) en su Leipziger Kantional (1627).
El motete coral
H acia fines del siglo XVI, m uchas congregaciones luteranas de A lem ania re
gresaron a la fe católica, lo que fijó con fuerza la línea divisoria entre el n o r
deste protestante y el sudoeste católico, tal com o ha perm anecido hasta el día
de hoy. C o n esta separación definitiva surgió un tipo nuevo y d istin to de
m úsica eclesiástica polifónica luterana. Los com positores de corales de co
mienzos de la Reform a habían tratado de conservar intactas las palabras y la
m elodía del coral; es decir, que consideraban al coral de la m ism a m anera
que los com positores medievales de organa habían hecho con el canto llano:
com o algo establecido que no debía alterarse, que sí p odía ornam entarse,
pero no interpretarse con aportaciones personales. H acia fines del siglo XVI
cam bió esta postura. G uiados por el ejem plo de Lasso, los com positores pro
testantes alem anes com enzaron a em plear las melodías tradicionales com o
322 H istoria de la m úsica occidental, l
V a -te r un - ser i m , H im - m e l- r e i c h ,V a - te r u n - s e r im H im - m e l - r e i c h ,.
Va - te r u n - ser im H im -m e l - re ic h ,
"-r - -a ^
der du uns a l - le , der du uns a l • le h e is - s e s t g le ic h ,_
£ J. ¿i -
H im - m el - re ic h , d er d u uns al - le h e is -s e s t, der du uns a l - le
h e i s - s e s t g ie ic h , B r ú - d e r s e in u n d d ic h ru - fe n an. u n d w ill t
w ill t d a s B e - te n
m
v o n u n s h a ’n , u n d w illt d a s B e - te n von uns h a ’n -
m m
das Be - te n v o n u n s h a ’n , ______ u n d w illt d a s B e - t e n v o n u n s h a ’n ,
P a d r e n u e s tr o e n e l C ie lo , q u e n o s h a s o b lig a d o a s e r to d o s ig u a le s c o m o h e r m a n o s , y a in v o
c a rte , y q u e d e se a s n u e s tr a s p le g a r ia s .
Los com positores de m otetes alemanes podían apartarse por com pleto de
las melodías corales tradicionales y así lo hacían, aunque seguían em pleando
m aterial m elódico vinculado con el estilo del coral o del lied. La aparición de
estos m otetes confirm ó la división q u e desde siem pre había existido en la
m úsica eclesiástica protestante entre him nos de la asamblea sencillos y obras
La música religiosa del Renacimiento tardío y la Reforma _____________________________________ 323
El salterio
El m odelo francés tam bién influyó sobre el salterio inglés más im portante
del siglo XVI, el d e T h o m a s S ternhold y Jo h n H op k in s (1562) y su influencia
fue m ayor aún en el salterio escocés de 1564. U na com binación de las tradi
ciones inglesas y franco-holandesas, encarnada en el salterio publicado por
H enry A insw orth en A m sterdam en 1612 para el uso de los reformistas in
gleses en H olanda, llegó a N ueva Inglaterra con los peregrinos en 1620 y se
em pleó durante m uchos años después de la aparición del salterio norteam eri
cano, el Bay Psalm Book de 1640.
En general, las melodías de salterio francés son suaves, íntim as y algo aus
teras en com paración con la naturaleza seca y vigorosa de la mayor parte de
los corales alemanes. Puesto que las iglesias calvinistas desalentaban la elabo
ración musical, las melodías del salterio rara vez se veían am pliadas para dar
pie a formas mayores de m úsica vocal e instrum ental, com o ocurrió con los
corales luteranos; por consiguiente, su posición es m ucho m enos notable en
la historia general de la música. Sin em bargo, com o m úsica religiosa son ex
celentes; su línea melódica, que se mueve preponderantem ente por grados,
tiene algo de la calidad del canto llano y las frases aparecen organizadas con
u n a rica variedad de esquem as rítm icos. R esulta sorprendente q ue en los
him narios m odernos se encuentren tan pocas m elodías del salterio francés de
1562: el ejem plo más conocido es la m elodía que se cantaba en u n principio
con el salmo 134, que en los salterios ingleses se utiliza para el salmo 100 por
lo que en ellos es conocido com o «Oíd H undredth» («El A ntiguo Centési-
rao») (ejemplo 8.3b).
U n m ovim iento prerreform ista en Bohem ia, a cuyo frente se hallaba Jan
H us (1373-1415) provocó la prohibición de la m úsica polifónica y de los
instrum entos en la iglesia hasta m ediados del siglo XVI. Los husitas cantaban
him nos sencillos, casi siempre m onofónicos, de carácter popular. Al relajarse
gradualm ente la severidad inicial, llegó a perm itirse la música a varias voces,
aunque todavía en el estilo de nota contra nota. E n 1561, un grupo conoci
do com o los «hermanos checos», publicó u n him nario con textos en lengua
checa y melodías tom adas del canto gregoriano de canciones profanas y sal
m os calvinistas franceses. Los «herm anos checos», más tarde llam ados los
«hermanos moravos», em igraron a América a comienzos del siglo XVIII; sus
asentam ientos — sobre todo el de Bethlehem , Pennsylvania— se convirtieron
en im portantes centros musicales.
La Reform a efectuó pocos progresos duraderos en Polonia, pero u na de
sus consecuencias fue la publicación en Cracovia, en 1580, de un salterio
con textos polacos, com puestos a cuatro voces, por M ikolaj G om ólka (ca.
1535 -ca. 1609).
La música religiosa del R enacim iento tardío y la Rejo 325
a) S a lm o 1 3 6 ; J . S . B a c h , P r e lu d io c o r a l, O M e n s c h , b e w e in d e i n S ü n d e g ross, B W V
622
S a lm o 3 6
W 5
----- - i ............ ° ...........—
Q u ’il n ’a d e D ie u la c r a i n - te
L o s d e lito s d e los m a lv a d o s h a b la n en m i c o r a z ó n y m e h a c e n v e r q u e n o h a y te m o r d e D io s
[ a n te sus ojos].
V w e s s a ir
M . b u - , , , . L— J
f e f e
.I Mj . ^ 3 —
b) S a lm o 1 3 4 ; H im n a r io p re s b ite r ia n o
Or su s, s e r - v i- te u r s d u S e i-g n e u r, V o u s q u i d e n u it e n S o n h o n -n e u r
H i m n a r i o p re s b ite r ia n o
ñé ------------ r-J—j--- ------ r—i
- 9 — 9 --- r.---- f r -
d -e
A ll p e o -p ie th a t o n e a rth do d w e ll, S in g to th e L o r d w ith c h e e r-fu l v o ic e
T o d a s la s g e n te s q u e v iv ís e n la tie r r a , c a n t a d a l S e ñ o r c o n j u b i l o s a v o z (e tc .).
326 H istoria de la música occidental., l
Inglaterra
C r o n o lo g ía
A c o n te c im ie n to s q u e a fe c ta r o n a la m ú s ic a r e lig io sa in g lesa
1 50 9 -47 r e in a d o d e E n r iq u e V I I I
1532 E n r iq u e V I I I r o m p e c o n e l p a p a
1539 A d o p c ió n d e la B ib li a in g le s a
1 54 7 -53 E d u a rd o V I
1549 E d ic ió n d e l B o o k o f C o m m o n P r a y e r ( L ib r o d e o r a cio n es c o m u n e s )
1552 Segu n d o B ook o f C o m m o n P rayer
155 3 -58 M a r ía I ; r e s t a u r a c ió n d e l r it o e n la t ín y d e l v í n c u lo c o n R o m a
1 5 5 8 -16 0 3 Is a b e l I ; re s t a u r a c ió n d e la Ig le s ia d e In g la t e r r a
1587 E je c u c ió n d e M a r ía E s t u a r d o (c a tó lic a )
160 3 -25 J a c o b o I (J a c o b o V I d e E s c o c ia ) ; « P e río d o d e Ja c o b o »
162 5 -48 C a r lo s I
1648 C o m m o n w e a lt h
1649 E je c u c ió n de C a r lo s I
1653 O l iv e r C r o m w e ll d is u e lv e e l p a r la m e n t o ; d ic t a d u r a p u r it a n a
1660 C a r lo s I I ; r e s ta u ra c ió n d e la m o n a r q u ía
ejem plos son When David Heard 2, de Tom kins, y el enérgico e intenso Sing
joyfully unto God (N A W M 52), de Byrd. El verse an th em estaba pensado
para u n a o más voces solistas con acom pañam iento de órgano o viola y bre
ves pasajes alternativos para coro. Este tipo, que seguram ente surgió de la can
ción para consort (conjunto), gozó de m uchísim a popularidad en Inglaterra
durante el siglo XVII.
L a C o n tra rrefo rm a
El Concilio de Trento
vo», para que «la casa de Dios pueda ser llam ada, con justo derecho, casa de
oración» (véase el recuadro). Se dejó la labor de aplicar esa directriz en m anos
de los obispos de las diócesis y se nom bró una com isión especial de cardena
les encargada de supervisar su ejecución en Rom a. El concilio no tocó aspec
to técnico alguno: no se prohibieron específicam ente ni la p o lifonía ni la
im itación de modelos profanos.
----------------------------------------------------------------------------------------------
Todas las cosas deben de estar ordenadas de tal manera que las misas, se cele
bren con música o no, lleguen tranquilamente a los oídos y corazones de aquellos
que las escuchen, cuando todo se ejecute con claridad y la velocidad correcta. En
el caso de aquellas misas que se celebren con canto y órgano, que en ellas nada
profano se entremezcle, sino sólo himnos y preces divinas. Debe constituirse todo
el plan del canto según los modos musicales no para que proporcione un placer
vacío a los oídos, sino de tal forma que las palabras las entiendan claramente to
dos y así el corazón de los oyentes se vea arrastrado a desear las armonías celestia
les en la contemplación del júbilo de los benditos... También se desterrará de la-
iglesia toda música que contenga, bien en el canto o en la ejecución del órgano,
cosas que sean lascivas o impuras.
T o m a d o d e A . T h e in e r : A c t a ... C o n c i l i i t r i d e n t i n i .. ., 2 ( 1 8 7 4 ) : 1 2 2 , tr a d . e n G u s ta v e
R eese: L a m ú s ic a e n e l R e n a c im ie n t o , A l i a n z a E d ito r ia l, M a d r i d , 1 9 8 8 .
Palestrina
m ente 100 madrigales profanos son técnicam ente perfectos, pero conserva
dores; a pesar de ello, en épocas posteriores de su vida Palestrina «se abochor
naba y dolía» de haber escrito m úsica para poem as de amor.
El estilo de Palestrina
N o hay com positor anterior a Bach que goce de tan ta fam a com o Palestrina,
ni otro cuya técnica de com posición se haya estudiado con m ayor m inuciosi
dad. Se le ha denom inado «el príncipe de la música» y a sus obras se las ha
calificado com o la «perfección absoluta» del estilo eclesiástico. Se le ha reco
nocido que, en form a general, captó, m ejor que ningún otro com positor, la
esencia del aspecto sobrio y conservador de la C ontrarreform a. Al poco tiem
po de m orir se hizo com ún hablar del «stile da Palestrina», el estilo de Pales-
trina, com o patrón de la m úsica religiosa polifónica. E n realidad, en los li
bros de enseñanza del contrapunto, desde Gradus ad Pamassum (1725), de
Johann Joseph Fux, a los más recientes, se ha fijado la m eta de guiar a los
com positores jóvenes para que recreen este estilo.
N o puede caber duda alguna acerca de que Palestrina estudió profunda
m ente las obras de los com positores franco-flamencos y que adquirió la maes
tría de sus logros técnicos. La m itad de sus misas se basan en modelos polifóni
cos, m uchos de ellos debidos a im portantes contrapuntistas de generaciones
anteriores. O nce de estos m odelos se publicaron en Lyon en las antologías
Motetti del flore, de Jacques M oderne, en 1532 y 1538. E n este proceso, Pa
lestrina adaptó, reelaboró y refinó algunos de los mejores ejemplos del pa
sado.
Algunas de sus tem pranas misas están escritas en el anticuado estilo de
cantus firm us, entre ellas la prim era de las dos que com puso sobre la m elo
día tradicional de L’homme armé, aunque Palestrina solía preferir parafrasear
el canto llano en todas las partes más que lim itarlo a la voz de tenor. T am
bién recuerdan a la antigua tradición flam enca su tem prana Missa adfugam,
escrita p o r com pleto en doble canon y o tra m ás, Repleatur os meum, de
1570, en la que se introducen sistem áticam ente cánones en los diversos m o
vim ientos, en todos los intervalos, a partir de la octava hasta llegar ai uníso
no; esta obra concluye con un doble canon en el últim o A gnus D ei. Los cá
nones no se hallan ausentes en m odo alguno en las misas posteriores de
Palestrina, aunque rara vez están desarrollados tan rigurosam ente com o en
estas dos obras. O tro de los rasgos conservadores de Palestrina fue el de que,
en una época en la que los com positores escribían norm alm en te a cinco o
m ás voces, concibió un n ú m ero considerable de sus obras ú n ic am e n te a
cuatro.
334 H istoria de la música occidental, 7
¿IOANNIS PETRI
ILoy ft| íi& zacneítim m b .iíilica
€3. gbcrrt d c V2bc capdlac
^ a g íítrt.
M T íS A R V H U B F R P R JM V S -
Las partes de las voces individuales tienen una cualidad casi igual a la del
canto llano, ya que sus curvas describen u n arco y el m ovim iento casi siem
pre es por grados conjuntos, con saltos breves e infrecuentes. Si tom am os la
línea m elódica de cualquier parte vocal individual de u na pieza típica, tal
com o el prim er A gnus D ei de la famosa Misa del papa Marcelo (ejemplo 8.4;
el Agnus I com pleto está en N A W M 4 9 b ) 4, observamos una línea de gran
aliento y articulación flexible en unidades rítmicas de diversa duración; con
pocas notas repetidas, se mueve predom inantem ente dentro del ám bito de
4 E l C r e d o d e e s ta o b r a a p a r e c e e n N A W M 4 9 a . S e p u e d e e n c o n t r a r la m i s a c o m p l e t a e n la
e d i c i ó n a c a r g o d e L e w is L o c k w o o d , i n c l u i d a e n la s N o r t o n C r i t i c a l S c o re s .
La música religiosa d el Renacimiento tardío y La Reforma 335
cia, en vez de acercársele grado a grado. La dinám ica de este proceso de con
sonancia y disonancia puede estudiarse con detalle en el ejem plo 8.5, en el
que las cuatro voces más bajas de los compases 10-15, aparecen con los valo
res originales. P quiere decir nota de paso, S, retardo, C , cambiara; los núm e-
5 V é a s e e n p a r t i c u l a r e l c a p í t u l o 4 2 d e la p a r t e I I I : « D i m i n i s h e d C o u n t e r p o i n t f o r T w o V o ic e s:
H o w D is s o n a n c e s M a y B e U s e d » , e n Z a r l i n o , The A r t o f Counterpoint, tr a d . d e G u y A . M a rc o y
C l a u d e V . P a iis c a ( N e w H a v e n : Y ale U n i v e r s i t y P re s s , 1 9 6 8 ; r e i m p r e s i ó n , N u e v a Y o rk : D a C a p o
P re s s , 1 9 8 3 ) , p p . 9 2 - 1 0 2 .
6 E s te t é r m i n o q u i e r e d e c i r « c a m b ia d a » , es d e c ir , la d i s o n a n c i a s e t r o c a p o r u n a c o n s o n a n c i a ,
ta l c o m o s u c e d e r í a e n e l e j e m p l o 8 .3 , c o m p á s 1 4 , si e n la v o z s u p e r i o r s e e s c u c h a s e n d o s c o r c h e a s
Fa-M i, e n l u g a r d e Fa, e n o p o s i c i ó n a S ol e n e l b a j o . E s te p a t r ó n d e d i s o n a n c i a - c o n s o n a n c i a es la
c o n t r a r i a a la n o r m a l d e c o n s o n a n c i a - d i s o n a n c i a e n t i e m p o s r e l a t i v a m e n t e d e s t a c a d o s y, p o r c o n s i
g u i e n t e , la d i s o n a n c i a s e « c a m b ia » p o r u n a c o n s o n a n c i a . L a cam biata d e P a le s t r in a , q u e t a m b i é n
s e h a l la e n m ú s i c a d e c o m i e n z o s d e l s ig lo XVI, o m i t e l a n o t a c o n s o n a n t e i n t e r m e d i a (M i e n e s te
e je m p lo ).
mwmmshm atswan
j
EJEM PLO 8.4 Agnus Dei I de la Misa del papa Marcelo, de Giovanni Pierluigi de Pales-
trina
C a n tu s
A ltu s
Tenor I
T e n o r II
B assu s I
B a s s u s II
La más tea religiosa del Renacimiento tardío y la Reforma 337
ros significan los intervalos disonantes y sus resoluciones; las flechas señalan
los tiem pos fuertes y débiles.
El carácter diatónico dulce y, en especial, el discreto m anejo de la diso
nancia, confieren a la m úsica de Palestrina u na serenidad y u n a transparencia
sólidas. O tra cualidad positiva de su co ntrapunto consiste en la com binación
vertical de las voces. Al variarse el agrupam iento y la disposición de las voces,
puede obtenerse gran núm ero de matices y sonoridades sutilm ente diferentes
a partir de un m ism o acorde.
EJEM PLO 8.5 Análisis contrapuntístico de los compases 10-15, tenores /, II, bajos I, II, del
ejemplo 8.4
y * í 1 í p * p ' 1 t 1 J e 1S
..- , p . 0 . 0 . ,s
$ 2 3 3 4 5
^ ............i ... J L _
r Ai & M - U
_ _ j_ — 1------1— d —
f * 1 —
S S 4 3 3
Q • i p
.o o ------ e — <a-------- e — 4 .....4
l ^ r 1- -
338 H istoria de la música occidental, 1
EJEMPLO 8.6 Ritmos del Agnus Dei I de la Misa del papa Marcelo, de Palestrina
La música religiosa del Renacimiento tardío y la Reforma _____________________________________ 3 3 9
m ayor inteligibilidad del texto. E sta obra fue escrita en 1562-63, precisa
m ente cuando se debatía el problem a de la com prensión del texto y el C o n
cilio de Trento prom ulgó el Canon sobre la música a emplear en la misa, donde
se instaba a que «las palabras las entiendan claram ente todos» (véase el recua
dro en la p. 331). El cuidado puesto en el texto es m uy evidente en el Credo.
En este caso (NA W M 49), Palestrina hace que las voces pronuncien las frases
sim ultáneam ente, y no consecutivam ente com o en la polifonía imitativa. En
cam bio, descubrió una nueva fuente de riqueza. Palestrina divide el coro de
seis voces en varios grupos menores, cada uno de ellos con su color sonoro
particular y reserva la plenitud de las seis voces para palabras culm inantes o
particularm ente significativas com o, por ejem plo, «per q u em o m n ia facta
sunt» («quien hizo todas las cosas») o «Et incarnatus est» («y se hizo carne»).
En el ejem plo 8.7 se ilustra este enfoque flexible de las texturas musicales.
Al grupo C -A -T II-B I le responde el grupo C -T I-T II-B II que canta las m is
mas palabras, «Et in u n u m D om inum ». C ada grupo p ro n u n cia un segm ento
inteligible del texto con ritm o coloquial, y llega a su propia cadencia, en am
bos casos débil y basada en la sucesión sexta m ayor-octava. Luego u n trío
canta «Filium D ei unigenitum », acaso para sugerir la esencia trip artita de la
Trinidad, m oviéndose por sextas y terceras paralelas — fauxbourdon redivivo.
Palestrina evita asimism o la m onotonía m ediante el uso de m edios rítm i
cos. Del m ism o m odo que en el Agnus D ei antes tratado, en cada voz sitúa
los acentos sobre diferentes tiem pos del com pás; las sílabas acentuadas pue-
mmm
340 'Historia de la música occidental, i
den caer sobre cualquier tiem po y sólo después de una cadencia se restaura la
alternancia norm al de los tiem pos fuertes y débiles. Por ejemplo, en la sec-
ción «Et in unum D om inum », el oyente escucha la siguiente alternancia de
ritm os ternarios, binarios y simples: 3 2 2 3 3 3 3 1 3 2 2.
El estilo de Palestrina fue el prim ero en la historia de la m úsica occidental
que, conscientem ente, se m antuvo, aisló e im itó com o m odelo en épocas pos
La música religiosa del Renacimiento tardío y !n Reforma 341
teriores. Es éste el estilo en el que solían pensar los músicos cuando hablaban
de stile antico (estilo antiguo) o stilegrave (estilo grave).
Contemporáneos de Palestrina
G iovanni A nim uccia (ca. 1500-71) precedió a Palestrina en San Pedro. Fue
famoso principalm ente por sus laudes, escritas para la congregación del O ra
torio de Rom a. Esta congregación nació de las reuniones organizadas p o r un
sacerdote florentino, Filippo N eri, para celebrar en ellas lecturas religiosas y
ejercicios espirituales a los que seguía el canto de laude; el nom bre de la con
gregación provino del lugar donde se reunían, el «oratorio» (capilla do n d e se
oraba) de u na de las iglesias rom anas. Las laude y otras canciones religiosas
similares más tarde fueron ocasionalm ente entonadas con form a de diálogo
o, por otra parte, dram atizadas com o obras de teatro.
E ntre los com positores que continuaron y ayudaron a consagrar el estilo
de Palestrina, G iovanni M aría N anino (ca. 1545-1607), discípulo suyo y su
sucesor en Santa M aría M aggiore y más adelante director de la capilla papal,
co ntinuó con el estilo musical de su m aestro y ayudó a consagrarlo. Felice
Anerio (1560-1614) fue discípulo de N anino y en 1594 sucedió a Palestrina
com o com positor oficial de la capilla papal.
España
7 E d ita d o e n H A M 1 2 8 .
342 H istoria de la música occidental, l
Victoria
C a n tu s
A ltu s
Tenor
Basstis
344 H istoria de la música occidental, 1
b) M is a , O m a g n u m m y s t e r i u m : K y rie
10
f f e z : .....h ......— ----------1
— h-
..ir h : ...................-.......J .....
,xy..._
__ _ _ ___ _ _ ___ _ _ _ _ __ __ ___ _ * ~W 7.
3 -----R -------
« - e e lei - son.
FTd r = ir ^ i
^ Ky - ri - e e - le - i son.
f leí son.
F = t^ -r~ = q
....H — m —
e - leí - son.
Lasso
prim ero radica en sus m otetes. T anto en su carrera com o en sus com posicio
nes, Lasso fue una de las figuras más cosm opolitas de la historia de la música.
A los veinticuatro años ya había publicado libros de madrigales, chansons y
m otetes y su producción total, finalm ente, llegó a superar las dos m il obras.
Sus versiones de los salmos penitenciales8 (unos 1.560), no son representati
vos de su m anera de com poner, a pesar de que quizá sean sus obras más co
nocidas de carácter religioso. La principal antología de m otetes de Lasso, el
Magnum opus musicum (Gran obra musical), la publicaron sus hijos en 1604,
diez años después de su m uerte. Lasso tenía u n tem peram ento im pulsivo,
em otivo y dinám ico. E n sus motetes, tan to la form a general com o los deta
lles surgen de un enfoque retórico descriptivo y dram ático del texto.
El Tristis est anima mea (publicado en 1565, N A W M 51), de Lasso, u na
de sus obras más profundam ente conm ovedoras e intensas, ilustran este en
foque. El texto, un responsorio del Jueves Santo, está basada en las palabras
de Jesús antes de ser crucificado, según san M ateo (26:38) y san M arcos
(14:34). El principio del m otete (ejem plo 8.9) es una m agistral im agen sono
ra de tristeza, representada m ediante u n sem itono descendente sobre la pala
bra «Tristis», que dom ina los nueve prim eros compases, y larguísimos retar
dos cuidadosam ente resueltos. El retardo consonante de los dos prim eros
compases prepara el disonante, más incisivo, en el alto y el inusual en el so
prano, que resuelve en la prim era parte del com pás en lugar de en la últim a.
Este uso del retardo para conseguir tensión em ocional en lugar de preparar
una cadencia, llegó a ser frecuente en el m adrigal, pero co n tin u ó siendo raro
en la m úsica sacra. Más adelante, Lasso escribió en el m otete una anim ada
sección contrapuntística para representar la atenta vigilancia que Jesús exigía
de sus discípulos, y utilizó once entradas en estrecho de un sujeto en notas
rápidas para describir la huida de los once discípulos cuando Jesús es in terp e
lado por Judas, el duodécim o, y la m uchedum bre. El texto del responsorio
no sólo potencia los ritm os, acentos y contornos de los m otivos musicales,
sino cada gesto del com positor: efectos arm ónicos, texturas, recursos cons
tructivos com o retardos e im itación fugada, y el peso y colocación de las ca
dencias.
D urante los últim os años de su vida, bajo la influencia del espíritu de la
C ontrarreform a, Lasso se consagró po r com pleto a p oner en m úsica textos
sacros, sobre todo madrigales religiosos, renunciando a las canciones «ale
gres» y «festivas» de su juventud a cam bio de una m úsica de «mayor sustancia
y energía». Sin em bargo, no es posible hablar verdaderam ente de un «estilo
de Lasso»; se trataba de u n hom bre dem asiado versátil para ello. El co n tra
8 S a lm o s 6 , 3 2 , 3 8 , 5 1 , 1 0 2 , 1 3 0 , 1 4 3 , e n la v e r s ió n d e l r e y J a c o b o d e la B ib lia ; 6 , 3 1 , 3 7 , 5 0 ,
1 0 1 , 1 2 9 , 1 4 2 , e n la V u lg a ta .
346 ífistoria de la música occidental , /
q u e re s u m e , d e fo rm a m ás c o m p le ta q u e la d e c u a lq u ie r o tr o c o m p o s ito r d e l
s ig lo X V I, lo s lo g r o s d e u n a ép o ca .
William Byrd
El últim o de los grandes com positores de la Iglesia católica del siglo X V I fue
el inglés W illiam Byrd. Byrd nació en 1543 y probablem ente estudió música,
siendo un niño, con T hom as Tallis. Fue nom brado organista de la catedral
de Lincoln en 1563; unos diez años después se trasladó a Londres para ha
cerse cargo de sus deberes com o m iem bro de la capilla real, puesto éste que
L.i música n>¡ii’u><n d ei R en/icim im to htrdio y ¡n Reforma 347
conservó hasta el fin de su vida, a pesar de ser católico rom ano. A p artir de
1575 poseyó, al principio con Tallis y tras la m uerte de éste, en 1585, p o r sí
solo, la concesión del m onopolio para la im presión de m úsica en Inglaterra.
Falleció en 1623.
Las obras de Byrd incluyen canciones polifónicas inglesas, piezas para te
clado y m úsica para la iglesia anglicana; indudablem ente, sus mejores com
posiciones vocales son sus misas y m otetes en latín. T eniendo en cuenta la si
tuación religiosa de la época en Inglaterra, no es sorprendente el hecho de
que Byrd sólo escribiera tres misas (a tres, cuatro y cinco voces respectiva
m ente); sin em bargo, no cabe duda alguna de que las mismas se hallan entre
las mejores versiones de la misa escritas por un com positor inglés.
Los prim eros m otetes de Byrd probablem ente estaban destinados a reu
niones religiosas privadas, aunque los dos libros de Gradualía (1605, 1607)
fueron escritos para el uso litúrgico. E n la dedicatoria de la Gradualia, rindió
tributo al poder de los textos de las Escrituras para inspirar la im aginación de
u n com positor:
He descubierto que hay tal poder oculto y almacenado en esas palabras [de las Es
crituras] que —no sé cómo— a quienquiera que medite acerca de las cosas divinas,
ponderándolas con detallada concentración, se le ocurren las melodías más apropia
das, como si éstas acudiesen por sí solas y se presentan libremente cuando la mente
está alerta y anhelante.
Al parecer, Byrd fue el prim er com positor inglés que absorbió las técnicas
im itativas continentales, hasta tal p u n to que supo usarlas de m anera im agi
nativa y sin ninguna lim itación. En el m otete Tu es Petrus, con las palabras
«Aedificabo Ecclesiam meam» («Edificaré m i iglesia»), Byrd refleja la erec
ción del tem plo m ediante un tem a que asciende una octava, en prim er lugar
m ediante una tercera m enor y luego por grados co n ju n to s (véase el ejem
plo 8.10). Se escuchan más de veinte im itaciones de este m otivo, con sólo ra
ras alteraciones de los intervalos, en las diversas partes. U na no ta pedal larga
sobre la palabra «petram» (piedra), es un juego de palabras con el nom bre del
apóstol, sobre el cual, tal si fuera u na piedra, C risto construirá su iglesia. La
evitación po r parte de Byrd de la cadencia durante esta sección de catorce
compases y la sugerencia ocasional del fauxbourdon en el aleluya final nos
hacen recordar la m úsica de la E uropa continental de principios del siglo X V I .
Sin em bargo, la gran m etáfora de Byrd relativa a la construcción de la iglesia
la vincula más al madrigal del tardío siglo X V I .
348 H istoria de ia m úsica occidental , /
Resumen
Bibliografía
Antologías de música
Para ediciones de Clemens non Papa, Hassler, Lasso, Le Jeune, Monte, y Self, véase
también la bibliografía del capítulo 7.
Ediciones modernas completas de las obras de los compositores mencionados en este
capítulo:
Byrd: The Collected Vocal Works ofW illiam Byrd, edición a cargo de E. H. Fellowes
(Londres, Stainer & Bell, 1937-50), 20 volúmenes; los 18, 19 y 20 están dedicados
a la música para teclado. Edición revisada por T. Dart (1970-), con el título de The
Collected Works. Hay una nueva edición en marcha: The Byrd edition, Philip Brett,
encargado general de la edición (Londres: Stainer & Bell; Nueva York: Galaxy,
1976-).
G. Gabrieli: CMM 12, edición a cargo de D. Arnold.
Goudimel: Oeuvres completes, edición a cargo de Henri Gagnebin, Rudolf Hausler, Elea-
nor Lawry, Gesamtausgaben 3 (Brooklyn: Institute of Medieval Music, 1967-83);
también H. Expert, ed.: Maitres musiciens de la Renaissance frangaise, volúmenes 2,
4, 6.
Guerrero: Monumentos de la música española, 16 y 19, edición a cargo de M. Querol
Gavalda.
Handl: Collected Edition, edición a cargo de Dragotin Cvetko (Lubliana, 1966-),
DTOe, volúmenes 12, 14, 30, 40, 48, 51, 52, 78, 94, 95, 118, 119.
Lechner: Werke, edición a cargo de K. Ameln (Kassel: Bárenreiter, 1954-).
Lasso: junto a las ediciones de las obras completas enumeradas en la bibliografía del ca
pítulo 7, Peter Bergquist está editando una serie de trabajos para A-R Editions, Ma-
dison, Wisconsin. Publicado hasta el momento: Lectiones sacrae novem, ex libris
Hiob excerptae (ca. 1582) (1983) y The Seven Penitential Psalm and Laúdate Domi-
num de caelis (1990).
Le Jeune: Maitres musiciens de la Renaissance frangaise, 11, 21, 22, 23, edición a cargo
de H. Expert.
Merulo: CMM 51.
La m úsica religiosa d el Renacim iento tardío y la R eform a 351
Palestrina: Opera omnia, edición a cargo de Theodor de Witt, F. X Haberl et al. (Leip
zig: Breitkopf & Hártel, 1862-1903); DdT 1, edición de H. Bellermann (1896);
Le opere complete, edición a cargo de R. Casimiri y L. Virgili (Roma: Fratelli Scale-
ra, 1939-). En las Norton Critical Scores se ha publicado la Misa del papa Marcelo,
en edición a cargo de L. Lockwood.
H. Praetorius: DdT 23.
M. Praetorius: Gesamtausgabe der musikalischen Werke, edición a cargo de F. Blume,
A. Mendelssohn y W. Gurlitt (Wolfenbüttel: Kallmeyer, 1928-60).
Pujol: edición a cargo de Anglés, Biblioteca de Catalunya, volúmenes 3, 7.
Schein: Samtliche Werke, edición a cargo de A. Prüfer (Leipzig: Breitkopf & Hártel,
1901- 23), incompleta; Neue Ausgabe samtlicher Werke, edición a cargo de A. Adrio
(Kassel: Bárenreiter, 1963-).
Schütz: véase la bibliografía del capítulo 9.
Senil: Samtliche Werke (Basilea: Hug y Wonfelbiittel: Moseler, 1937-).
Sweelinck: Werken, edición a cargo de M. Seiffert y H. Gehrmann (La Haya: Nijhof y
Leipzig: Breitkopf & Hártel, 1894-1901; reimpresión 1968); revisión y ampliación
en 1943 (Amsterdam: Alsbach); Opera omnia, editio altera, edición a cargo de
R. Lagas et al. (Amsterdam: Alsbach, 1957-90).
Victoria: Opera omnia, edición a cargo de F. Pedrell (Leipzig: Breitkopf & Hártel,
1902- 1913; reimpresión 1965); Opera omnia, corregida y aumentada, edición a
cargo de H. Anglés, Monumentos de la música española, 25, 26, 30, 31.
Walther: Samtliche Werke, edición a cargo de O. Schróder (Kassel: Bárenreiter, 1953-
73). En EP, volumen 7 (año 6), se ha publicado el Geystliche gesangk Buchleyn
(1524), de Johann Walther.
Zieleáski: Opera omnia, encargados de la edición W. Malinowski y Zdzislaw Jachimec-
ki: Monumenta musicae in Polonia, ser. A (Cracovia: Polskie Wydawn. Muzyczne,
1966-71).
Bárenreiter: (Kassel, 1934), publicó la Deudsche Messe (1526), de Lutero, en facsímil.
El volumen 34 de DdT, está constituido por Neme deudsche geistliche Gesenge CXXIII,
antología publicada por Rahw en 1544.
Para la música religiosa de Francia y los países Bajos reformistas véanse Pierre Pidoux: Le
Psautier huguenot du X V f siecle (Basilea: Bárenreiter, 1962), y Waldo Selden Pratt: The
Music o f the French Psalter o f1562 (Nueva York: Columbia University Press, 1939).
Chicago University Press publicó, en 1956, una reimpresión facsímil del Bay Psalm
Book. Véase también Richard G. Appel: Music o f the Bay Psalm Book, 9a edición
(Brooklyn: Institute for Studies in American Music, 1975).
En los dos primeros volúmenes de Istituzioni e monumenti dell’arte musicale italiana
(Milán: Ricordi, 1931-41), se han publicado composiciones de Andrea y Giovanni
Gabrieli.
Lecturas adicionales
Sobre la música inglesa de finales de siglo X V I y principios del X V II véanse Peter LeHu-
ray: Music and the Reformation in England, 1549-1660 (Nueva York: Oxford Uni-
versity Press, 1967), y E. H. Fellowes: English Cathedral Music, 5a edición revisada
por J. A. Westrup (Londres: Methuen, 1969).
Sobre la música española de la época cubierta en este capítulo, véase Robert Stevenson: Spa-
nish Cathedral Music in the GoldenAge (Berkeley: University of California Press, 1961).
Sobre la música religiosa italiana, véase Jerome Roche: North Italian Church Music in
the Age ofMonteverdi (Oxford: Clarendon Press, 1984).
En Waldo S. Pratt: The Music o f the Pilgrims (Boston: O. Ditson, 1921), se halla una
descripción del salterio de Ainsworth; véase también Irving Lowens: «The Bay
Psalm Book in the 17th Century New England», JAMS 8 (1955): 22-29.
Los artículos del NG sobre Palestrina, Lasso, Byrd y Victoria se han publicado en un
mismo volumen, con bibliografías puestas al día, bajo el título de The New Grove
High Renaissance Masters {Nueva York: Norton, 1984).
Compositores
Byrd. Los principales estudios sobre Byrd son los tres volúmenes de la nueva serie The
Music ofWilliam Byrd: 1) Joseph Kermann: The Masses and Motets ofWilliam Byrd
(Berkeley: University of California Press, 1980); 2) Philip Brett: The Songs, Services
and Anthems ofWilliam Byrd (en preparación) y 3) Oliver W. Neighbor: The Con-
sort and Keyboard Music ofWilliam Byrd (1978). Byrd studies, edición a cargo de
Alan Brown &L Richard Turbet (Cambridge: Cambridge University Press, 1992).
Gabrieli. Denis Arnold, Giovanni Gabrieli and the Music o f the Venetian High Renais
sance (Londres: Oxford University Press, 1979); Egon Kenton, Life and Work o f
Giovanni Gabrieli, AIM, 1967.
Lasso. Jerome Roche, Lassus, Oxford Studies of Composers (Londres: Oxford Univer
sity Press, 1982), es la única monografía en inglés dedicada a este compositor. Véa
se también Clive Wearing: «Orlando Lassus (1532-1594) and the Munich Kapelle»,
EM 10 (1982): 147-53. Para bibliografía véase James Erb, Orlando di Lasso: A Guide
to Research (Nueva York: Garland, 1990).
Tavemer. Colin Hand, John Tavemer: His Life and Music (Londres: Eulenburg, 1978).
9 L a m ú s ic a d e l B a r r o c o te m p r a n o
Características generales
La m úsica barroca se vio dom inada por actitudes italianas. D esde mediados
del siglo X V I hasta la m ism a época d elx v ill, Italia fue la nación m usicalm ente
más influyente de Europa. D ebiéram os decir región antes que nación, puesto
que la península itálica estaba escindida en zonas gobernadas por España y
La m úsica en el Barroco tem prano 355
gunda m itad del siglo el estilo italiano fue la base principal sobre la que los
com positores alemanes elaboraban sus obras. A pesar de la desunión política,
hubo un poderoso resurgim iento en las generaciones siguientes que culm inó
con Johann Sebastian Bach. Sin em bargo, el arte de Bach debe m ucho a Ita
lia y la obra de H andel era tan italiana com o alemana.
En Inglaterra, las glorias de los períodos isabelino y jacobino se esfum a
ron con la época de la G uerra Civil y de la C om m onw ealth (1642-60); un
breve y brillante resurgim iento hacia fines de siglo se vio seguido por una
casi com pleta capitulación ante el estilo italiano.
Los años com prendidos entre 1600 y 1750, durante los cuales se colonizó
el N uevo M undo, fueron un período de gobiernos absolutistas en Europa.
M uchas de las cortes europeas eran im portantes centros de cultura musical.
El más im presionante de ellos y m odelo para todas las instituciones de m e
nor categoría de fines del siglo X V I I y com ienzos del X V I I I fue la corte de
Luis X IV de Francia (quien reinó entre 1643-1715). O tros mecenas de la
música fueron papas, em peradores, reyes de Inglaterra, España y gobernantes
de estados m enores italianos y alemanes. Las ciudades-estado com o Venecia y
m uchas de las alemanas del norte, tam bién m antenían y regían instituciones
musicales tanto eclesiásticas com o profanas. Por supuesto que la propia Igle
sia siguió fom entando la música, pero su papel fue de im portancia relativa
m ente m enor en la época barroca que en otras anteriores. Junto al patrocinio
aristocrático, cívico o eclesiástico, en m uchas ciudades las «academias» (es de
cir, sociedades de personas privadas) m antenían las actividades musicales. Sin
em bargo, los conciertos accesibles al público a cam bio del pago de u na entra
da, no constituyeron un rasgo del Barroco. La prim era em presa de este tipo
se realizó en Inglaterra en 1672; A lem ania y Francia la siguieron en 1722
y 1725, respectivamente, pero este m ovim iento no se difundió con am plitud
hasta la segunda m itad del siglo X V I I I .
D u ran te el período barroco, ju n to con la m úsica, florecieron la literatu
ra y las dem ás artes. Para com prender la m agnificencia de esta época en la
histo ria de la civilización occidental, n o hace falta más que recordar los
nom bres de algunos de los grandes escritores y artistas que vivieron d u ran
te el siglo X V I I : en Inglaterra, Jo h n D o n n e y M ilto n ; en España, Cervantes;
en Francia, C om edle, Racine y M oliere. Los Países Bajos, relativam ente ca
llados en el te rren o m usical, fueron testigos de las p in tu ras de R ubens,
R em b ran d t y m uchos otros artistas casi igualm ente tan famosos com o és
tos; España, u n ta n to aislada y de im p o rtan cia secundaria en la m úsica, p o
día jactarse de las obras de Velázquez y M urillo; Italia ten ía al escultor Ber-
n in i y el arq u itecto B o rro m in i. Sobre to d o el siglo X V I I fue u n a de las
grandes épocas en la historia de la filosofía y de la ciencia: las obras de Ba-
con, D escartes y Leibniz, de G alileo, Kepler, N ew to n y u na legión de otros
m úsica en el Barroco fernprmio 357
hom bres de im portancia apenas m enor colocaron los cim ientos del pensa
m iento m oderno.
En un m u ndo cuyo pensam iento se conm ovía de m anera tan radical, el len
guaje musical no perm aneció inalterado. Del m ism o m odo que los filósofos
del siglo X V I I desechaban maneras de pensar superadas acerca del m u n d o y es
tablecían otros razonam ientos más fructíferos, los músicos contem poráneos
exploraban otros reinos emocionales y am pliaban el lenguaje con el cual de
bían expresar las nuevas necesidades de estós universos. Y así com o los filósofos
al principio trataron de desarrollar ideas nuevas dentro del m arco de los m éto
dos más antiguos, le® músicos, al principio, intentaron verter en las formas
musicales herederas del Renacim iento los poderosos impulsos quedos guiaban
hacia un ám bito más am plio y una mayor intensidad de contenido em ocio
nal, tal com o obraron, por ejemplo, G esualdo en sus madrigales y G iovanni
G abrieli en sus m otetes. En consecuencia, es posible advertir cierta discrepan
cia entre la intención y la form aren num erosas obras (aunque no en todas
ellas) de m úsica de la prim era m itad del siglo X V I I , en gran m edida de carácter
experimental. Sin em bargo, hacia mediados del siglo X V I I ya se habían logrado
nuevos recursos de arm onía, tim bre y form a, lenguaje co m ú n que contaba
con un vocabulario, una gram ática y una sintaxis firmes, en el que los com po
sitores podían moverse librem ente y expresar adecuadam ente sus ideas.
Los com positores y sus seguidores reconocieron que habían heredado del si
glo anterior u n a pluralidad de estilos. E n 1605, M onteverdi distinguió entre
una prim é pratica y un a seconda pratica, una prim era y u n a segunda «prácti
cas». Por la p rim era se entendía el estilo de polifonía vocal codificada en lo #
escritos teóricos de Z arlino; po r la segunda, el estilo de los italianos modera
nos com o Rore, M arenzio y él mismo. La base de la distinción de M ontever
di radicaba en que, en la p rim era práctica, la m úsica d o m in a b a al texto*
mientras que en la segunda el texto dom inaba a la música; de ello se despren
día que, en el nuevo estilo, las antiguas reglas podían m odificarse y, en partí*
cular, utilizarse librem ente las disonancias para adecuar la m úsica a la e x p » -
sióa¡»deil* sm rinúenttM d el texto» O tras denom inaban a estas dos prácticas
stile antico y stile moderno (estilos antiguo y m oderno) o Stylus gravis y Stylus
luxurians (estilos severo y ornam entado).
358 Historia de la música occidental, i
Escritura idiomática
Los afectos
Unarasgo com ún a todosdos com positores del Barroco fue su intento de ex
presar, o m ás bien representan u n am plio espectro d e ideas y sentim ientos
con gran vivacidad y vehem encia por m edio de la música. Los com positores,
prosiguiendo con ciertas tendencias que ya resultaban evidentes en el m adri
Iji música en el Barroco temprano 359
gal de fines del siglo X V I , lucharon por encontrar los medios musicales q u e ex
presasen o promoviesen afectos — que en esa época se consideraban estados
del alma— com o k ira» la agitación, la grandeza, el heroísm o, la co ntem pla
ción sublim e, el asom bro o la exaltación m ística y las form as que intensifica
sen estos efectos musicales m ediante contrastes violentos. Por consiguiente,
la música de este período no se escribió principalm ente para expresar los sen
tim ientos de un artista individual, sino paite representar los sentim ientos o
afectos en u n sentido genérico. E n la arquitectura, la escultura y la p in tu ra
barrocas las formas norm ales de los objetos a veces se distorsionaban, así las
imágenes podían expresar la apasionada intensidad de la visión del artista. En
la música, los com positores violaban los lím ites del antiguo orden de la con
so n a n c ia y la disonancia, de la fluidez rítm ica regular y constante. Pero, a d i
ferencia de la escultura y la pintura, la m úsica no tenía que representar obje
tos naturales, tam poco estaba supeditada, com o la arquitectura, a inflexibles
dem andas físicas de m edio y función. La m úsica tenía la libertad de am pliar
su cam po expresivo en cualquier dirección que la im aginación del com posi
tor le perm itiera. Esta libertad estim ulaba el desarrollo del poder em ocional
de la m úsica y elevaba su prestigio entre las artes.
El ritmo
En contraste con la uniform idad y la fluidez rítm ica dé la polifonía del R ena
cim iento, la m úsica del período barroco era o m uy regular o m u y libre. Por
supuesto que los ritm os danzantes regulares se conocían en el Renacim iento;
pero no fue hasta el sigjb XVII cuando la m ayor parte de la m úsica com enzó a
escribirse en compases separados por líneas divisorias, esquemas definidos de
tiempos fuertes y débiles. Al principio, estos esquemas no eran regularm ente
recurrentes; el em pleo de una única indicación de tiem po, correspondiente a
una sucesión regular de esquemas arm ónicos y de acentos separados p o r ba
rras de com pás a intervalos regulares, sólo fue co m ún después d e 1650:
Junto al ritm o estrictam ente m edido, los com positores barrocos tam bién
utilizaron otro irregular, inconstante, flexible, para escribir toecatas o prelu
dios instrum entales y recitativos vocales*. Q u ed a claro que estos dos ritm os
no podían utilizarse de form a sim ultánea; sin em bargo, se los usaba frecuen
tem ente de m anera sucesiva para lograr un contraste deliberado, com o en el
acostum brado em parejam iento de*w títativ« y aria-y de toccata o p re lu d io y
fuga.
360 H istoria fie la música occidental, 1
El bajo continuo
La textura fundam ental del Renacim iento consistió en una polifonía de voces
independientes: la del Barroco, un sólido bajo y una voz aguda ornam entada,
relacionadas m ediante u na arm onía discreta. E n sí, la idea de u na textura m u
sical form ada por una sola m elodía apoyada p o r armonías acom pañantes no
era nueva; algo semejante se había utilizado en el estilo de la cantilena del si
glo X I V , en la chanson borgoñona, en la frottola primitiva, en las canciones
con laúd del X V I y en el ayre isabelino. Las ideas nuevas en el Barroco eran el
énfasis puesto en el bajo, el diferenciam iento entre el bajo y el soprano com o
las dos líneas fundam entales de la textura y la aparente indiferencia con las
v^cesiacem asvcomo» líneas. Esta indiferencia se reflejó perfectam ente en un
sistema de notación utilizado durante el Barroco, el llam ado bajo continuo o
basso continuo: el com positor escribía la m elodía y el bajo desarrollados; esta
últim a parte era tocada por uno o más instrum entos de continuo (clave, órga
no, laúd), habitualm ente reforzados por un instrum ento de apoyo o sustenta
dor com o la viola da gam ba baja, el violoncello o el fagot; por encim a de las
notas del bajo, el ejecutante del instrum ento de teclado o de laúd aportaba los
acordes necesarios, que no se escribían de form a desarrollada. Si estos acordes
diferían de las tríadas com unes en posición fundam ental o si habían de ejecu
tarse notas no pertenecientes a la arm onía (como retardos) o accidentes añadi
dos, el com positor podía indicarlo m ediante pequeñas cifras o signos situados
por encim a o por debajo de las notas del bajo.
La realización — la ejecución real— de esta clase de bajo cifrado variaba
según la naturaleza de la com posición y el gusto y habilidad del ejecutante,
quien tenía suficiente ám bito para la improvisación dentro del m arco fijado
por el com positor: podía tocar acordes sencillos, introducir notas de paso o
incorporar m otivos m elódicos en im itación de las partes de soprano o de
bajo. La realización del bajo continuo no siem pre era fundam ental: es decir,
que a m uchas piezas se les proporcionaba un continuo, incluso cuando todas
las notas necesarias para la arm onía com pleta se hallaban presentes en las
partes melódicas vocales o instrum entales escritas. E n los m otetes o m adriga
les a cuatro o cinco voces, por ejemplo, el instrum ento del continuo en reali
dad no hacía otra cosa que duplicar o apoyar las voces. Sin em bargo, para los
solos y dúos, el continuo solía resultar necesario para com pletar las arm onías,
así com o para producir una sonoridad más plena. Este relleno a veces recibía
el nom bre de ripieno, palabra usada en la cocina italiana para designar preci
sam ente el «relleno». E n u na edición m oderna de com posiciones con bajo ci
frado se indica habitualm ente, en notas más pequeñas, la concepción del edi
to r de una correcta realización (véase el facsímil, p. 361, y su realización en
N A W M 54).
/ <i música en el Barroco temprano 361
±
¥ W
*
M a n o n l 'v f j r * fe de G iá mi p a re o i d ir q u e A 'a m o r o té lu c í c h e d d c e m tn
El nuevo contrapunto
Podría parecer que el bajo continuo barroco im plicaba u n rechazo total del
tipo de co ntrapunto que se escribía en el siglo X V I . E n efecto, esto era en p ar
te cierto cuando el continuo se utilizaba únicam ente com o acom pañam iento
de un solo, salvo que el com positor optase po r asignarle a la propia línea del
bajo alguna significación melódica. Sin em bargo, es m enester recordar que
un bajo sólido y un tiple florido no era el único tipo de textura musical usa
do en el Barroco. D urante m ucho tiem po los com positores siguieron escri
biendo m otetes y madrigales sin acom pañam iento (aunque a veces in ten ta
sen darle un aspecto «moderno» m ediante el añadido de u n bajo continuo);
en algunas piezas para conjunto, así com o en to d a la m úsica a solo para te
clado y laúd, no se utilizaba el bajo continuo. El contrap u n to seguía siendo
362 H istoria de la música occidental, í
la base de la com posición. Sin em bargo, poco a poco surgió otra clase de
contrapunto que llegó a ser el más usado en el siglo X V I I . A unque diferente
del pasado, aún era una mezcla de diferentes líneas melódicas; en este caso,
todas las líneas tenían que encajar d entro del m arco regulador de una serie de
acordes im plicados por el continuo. Este fue el inicio dei co n trap u n to regido
por la arm onía, cuyas líneas individuales estaban subordinadas a u na suce
sión de acordes.
Disonancia
Cromatismo
El crom atism o siguió un desarrollo similar, desde las excursiones experim en
tales hasta la libertad dentro de un esquem a ordenado. Las arm onías crom á
ticas de G esualdo a principios del siglo X V I I eran digresiones expresionistas
dentro de u na estructura libre que respetaba los confines de un m odo. A lo
largo de todo el siglo X V I I el crom atism o se usó en piezas instrum entales im-
provisatorias, com o las toccatas de G iroiam o Frescobaldi (1583-1643) y Jo-
han n Jakob Froberger (1616-1667), y en obras vocales, para expresar in ten
sas pasiones en un texto. Pero más tarde los com positores som etieron el
crom atism o, com o hicieron con la disonancia, al total control de la arm onía
tonal.
I.a música en el Barroco tem prano 363
Este sistema global era el de las tonalidades mayores y m enores con el que es
tam os familiarizados gracias a la m úsica de los siglos xvill y XIX: t§¡¿RRfáa§ an»
m onías de un a com posición se organizan en relación a u n a tríada sobre la
nota fundam ental o tónica, apoyadas prim ordiaim ente p o r tríadas en la d o
m inante y subdom inante con otros acordes secundarios d # las mismas y con
m odulaciones tem porales a otras tonalidades, perm itidas sin sacrificar la su
prem acía de la tonalidad principal. Esta organización tonal particular tuvo
precedentes en la m úsica del Renacim iento. El Tratado de Armonía (1722),
de Ram eau, com pletó la form ulación teórica de un sistema que existía en la
práctica desde, por lo m enos, cincuenta años antes.
Al igual que el sistema m odal medieval, el sistem a m ayor-m enor evolu
cionó a partir de la práctica m usical a través de un dilatado período de tiem
po. El em pleo habitual y largam ente continuado del m ovim iento del bajo
m ediante una cuarta o quinta, de secuencias de acordes secundarios que cul
m inaban en una progresión cadencial y de m odulaciones hacia las tonalida
des más directam ente em parentadas, dieron pie finalm ente a u n a teoría con
secuente.
Del m ism o m odo que el em pleo constante de ciertas fórm ulas melódicas
características durante la tem prana E dad M edia llevó finalm ente a la teoría
de los m odos; así, d u ran te e l siglo X V I I , el constante e m p l e o de ciertas f ó r m u -
las arm ónicas y sucesiones melódicas características c o n d u j o a la teoría de l a
tonalidad m ayor-m enor.
El bajo continuo cifrado resultó im portante durante las etapas de este de
sarrollo teórico debido a que realzaba la sucesión de acordes. El bajo co n ti
nuo fue el cam ino por el que transitó la m úsica desde el co n trap u n to a la ho-
mofonía, desde una estructura lineal-m elódica a otra arm ónica de acordes.
La ópera temprana
Precursores
Los intermedios
de este período. Está escrito para cuatro voces instrum entales, la más aguda
de las cuales duplica la cantante, quien, sin em bargo, ejecuta u na versión
m uy ornam entada. El estilo de la escritura se halla em parentado con la frot-
tola: una textura hom ofónica sencilla, con u n a cadencia al final de cada ver
so. Sin em bargo, la im presión que produce es totalm ente diferente a causa de
las virtuosísticas escalas rápidas y cadencias, que nos ofrecen u n a m uestra de
la brillante im provisación que un cantante diestro podía llevar a cabo. Lo
cantó la soprano más famosa de la época, V ittoria Archilei, q ue era m iem bro
de la plantilla musical del duque (véase la ilustración).
La mayoría de los principales com positores italianos de madrigales del si
glo X V I escribieron m úsica para interm edios, además hacia fines de la centuria
los motivos dram áticos invadieron el propio madrigal. En la música que tenía
diálogos por texto, la acción se sugería m usicalm ente m ediante el em pleo de
diferentes com binaciones de voces para representar a los diversos personajes y
un estilo declam atorio y silábico de sucesiones de acordes contrastando con la
textura norm al polifónica. M ás cercanos aún a la idea de la ópera estaban los
madrigales, en los que el com positor tom aba com o texto u n a escena dram áti
ca de un poema; la epopeya Jerusalén conquistada, de Tasso, y la obra pastoril
El pastorfiel, de G uarini, fueron fuentes predilectas de argum entos.
Ciclos de madrigales
Las tentativas más conscientes de adaptar el m adrigal a fines dram áticos fue
ron los ciclos de madrigales, en los que se representaba una serie de escenas o
de estados de ánim o, o bien se presentaba en diálogo una sencilla tram a có
mica; los personajes se diferenciaban m ediante grupos de voces contrastantes
y breves solos. E n la actualidad, a estas obras habitualm ente se las denom ina
comedias madrigales, denom inación más bien desafortunada, puesto que no
estaban destinadas a la representación escénica, sino únicam ente a conciertos
privados. E n su mayor parte, la m úsica era ligera, anim ada y hum orística, de
escaso interés contrapuntístico, aunque m uy adaptada al espíritu de las pala
bras. La com edia madrigal más famosa fue L’Amfipamaso (Las laderas del Par
naso), del com positor de M ódena O razio Vecchi (1550-1605), publicada en
1597. A driano Banchieri, de Bolonia (1568-1634), escribió algunos ciclos si
milares hacia fines de siglo, pero esta form a tuvo poca vida.
La pastoral
La tragedia griega sirvió com o m odelo distante para la clase de m úsica dra
m ática que los literatos del Renacim iento pensaban com o idónea para el tea
tro. Entonces existían dos opiniones del lugar que la m úsica ocupaba en los
escenarios griegos. U na sostenía que sólo se cantaban los coros. Así, cuando
Edipo rey, de Sófocles, se m ontó en Vicenza con traducción al italiano de O r-
satto G iustiniani bajo el título de Edipo Tiranno, sólo se cantaron los coros
com puestos por A ndrea G abrieli con un estilo declam atorio com pletam ente
hom ofónico que realzaba el ritm o de la palabra h ab lad a3.
La otra opinión sostenía que todo el texto de las tragedias griegas se can
taba, incluidas las partes de los actores. D efendió y propagó esta o p in ió n en
particular G irolam o M ei (1519-1594), erudito florentino que editó diversas
tragedias griegas y que, m ientras trabajaba en R om a com o secretario de un
cardenal, se em barcó en una profunda investigación de la m úsica de los grie
gos, en particular del papel que ésta desem peñaba en el teatro. E ntre 1562 y
1573 estudió casi todas las obras antiguas relativas a la m úsica que se conser
vaban en su idiom a griego original y dio a conocer sus hallazgos en u n trata
do en cuatro libros, De modis musicis (Sobre los modos musicales), partes de los
cuales com unicó a sus colegas en Florencia.
La Camerata florentina
Dos de los hom bres que más correspondencia m antuvieron con M ei fueron
Giovanni Bardi y V incenzo Galilei (m. 1591). Bardi, desde com ienzos de la
década de 1570, instaló en su palacio de Florencia una academ ia de carácter
inform al en la que se hablaba de literatura, ciencia y artes y en donde se to
caba la nueva música. El protegido de Bardi, el cantante-com positor G iulio
Caccini (1551-1618), más adelante se refirió a este sitio com o la «Camerata»
(club o tertulia) de Bardi. H acia 1577 se leyeron con frecuencia en estas ter
tulias las cartas de M ei sobre la m úsica griega. M ei llegó a la conclusión de
que los griegos eran capaces de o btener efectos cargados de fuerza con su
música debido a que ésta consistía en una sola melodía, bien cantada por un
solista, acom pañada, o bien por u n coro. Esta m elodía afectaba los senti
m ientos de los oyentes, a través de la expresividad natural de los registros vo
cales, de los ascensos y descensos del sonido, y de los cam bios de ritm o y
tempo.
3 Los coros se han publicado en Leo Schrade: La représentation d’ Edipo Tiranno au Teatro
Olímpico (Vicence, 1585) (París: CNRS, 1960).
368 H istoria de lu ¡um ita uttulen¡i,i, 1
Cronología
drigal italiano. Su argum ento era, en resumen, que sólo una única línea m eló
dica, con alturas y ritm os apropiados, podía expresar un verso dado. Por ello,
si varias voces cantaban sim ultáneam ente diferentes melodías y palabras, en
ritm os y registros diferentes, la música jamás podía plasm ar el m ensaje em o
cional del texto; si algunas voces eran graves y otras agudas, si algunas ascen
dían m ientras otras descendían, si algunas se movían en notas lentas m ientras
otras lo hacían en rápidas, el caos de imprecisiones contradictorias resultante
sólo servía para m ostrar el ingenio del com positor y la capacidad de los eje
cutantes en un estilo musical que, si bien algún valor tenía, sólo resultaba
apropiado para un conjunto instrum ental. Galilei desechaba com o pueriles
la descripción musical de las palabras, la im itación de suspiros y otros recur
sos similares, tan com unes en el m adrigal del siglo XVI. Galilei afirm aba que
únicam ente una m elodía a solo podía realzar las inflexiones naturales del ha
bla de un buen orador o actor e intentó escribir m onodias de esta índole y
puso m úsica a algunos versos de La Divina Comedia, de D an te, para voz so
lista con acom pañam iento de violas; esta música no se ha conservado.
El estilo recitativo
----------------------------------------------------------------------------------------------
Dejando a un lado todas las demás maneras de cantar escuchadas hasta este
momento, me dediqué de lleno a buscar la imitación que se merecen estos poe
mas. Reflexioné que la clase de voz asignada por los antiguos a la canción, que
llamaban diastemática (como si dijéramos sostenida y retardada) a veces podía
verse apresurada y tomar un curso moderado entre los movimientos lentos y pro
longados de la canción y los fluidos y rápidos del habla, y así decidí adaptarlos a
mi propósito (de igualforma que los antiguos también adaptaron la voz a la lec
tura de la poesía y de los versos heroicos) y acercarme a esta otra (voz) de la con
versación que ellos llamaban continua y que nuestros modernos (aunque quizá
con otro cometido) también emplearon en su música.
De igual manera reconocí que en nuestra habla se entonan algunos sonidos de
talforma que sobre ellos se puede construir una armonía y que en el curso del ha
bla pasamos a través de muchos que no se entonan de este modo, hasta que llega
mos a otro que nos permite un movimiento hacia una nueva consonancia. Sin ol
vidar aquellas maneras y acentos que nos sirven para expresar dolor y alegría y
estados similares, hice que el bajo se moviese al mismo tiempo que éstos, más rápi
do o más lento, según los afectos. Mantuve (el bajo) fijo tanto con las disonancias
como con las consonancias hasta que la voz del que habla, tras haber pasado por
diversas notas, llegaba a la sílaba que, al entonarse en el habla corriente, abría el
camino para una nueva armonía. Hice esto no sólo de manera que la fluidez del
habla no ofendiera al oído (casi se caía al repetir notas con los acordes consonan
tes más frecuentes), sino también para que la voz no pareciera hablar con el mo
vimiento del bajo, en particular en temas tristes o severos, y di por sentado que los
otros temas más alegres precisarían de movimientos más frecuentes. Además, el
uso de disonancias reducía o enmascaraba la ventaja obtenida de la necesidad de
entonar cada nota, lo que, quizá para tal propósito, se necesitaba menos en la
música antigua.
dro), evocó la distinción hecha en la teoría antigua entre el cam bio co n tinuo
de altura de sonidos en el habla y el m ovim iento interválico o diastem ático
de la canción. Su objeto era descubrir una clase de canción recitada que se
hallase en una posición interm edia entre aquéllos, com o la que se decía usa
ban los griegos en el recitado de los poemas épicos. Sosteniendo las notas del
bajo continuo con uniform idad m ientras la voz se movía entre consonancias
y disonancias — estim ulando así el m ovim iento continuo del habla— , Peri
liberó bastante a la voz de la arm onía com o para que pareciera u na declam a
ción libre de las notas. Luego, cuando aparecía una sílaba que había que real
zar o «entonar» en el discurso, tenía el suficiente cuidado com o para que el
bajo y su arm onía fuesen consonantes.
Los diversos estilos de la m onodia — los usados en el recitativo, el aria y
el m adrigal— pro n to se filtraron en todas las clases de m úsica, ta n to profa
na com o sacra, en los prim eros años del siglo XVII. La m o n o d ia hizo q u e na
ciera el teatro m usical, puesto que b rindaba un recurso m ed ian te el cual
tan to el diálogo com o la exposición podía transm itirse claram ente en la m ú
sica, con rapidez y to d a la libertad y flexibilidad necesarias para u n a expre
sión genuinam ente dram ática. E n 1600, Peri puso m úsica a u n dram a m ito
lógico-pastoril, Euridice, de O ttavio R inuccini, que se ejecutó públicam ente
en Florencia ese m ism o año, d entro de los festejos celebrados en h o n o r del
m atrim onio de E nrique IV de Francia y M aría de M edici, sobrina del gran
duque reinante. Pero C accini no h ubiera perm itido que sus cantantes in te r
pretasen m úsica de otros com positores; por ello, una parte de su p artitu ra se
incorporó a la producción. Al año siguiente, am bas versiones fueron p u b li
cadas; éstas son las dos prim eras partituras de ópera que se conservan com
pletas.
Euridice era el conocido m ito de O rfeo y Euridice, tratado a la m anera
pastoril en boga y m odificado de suerte que tuviera un final feliz, debido a la
ocasión festiva para la cual se escribía. D e las dos versiones de la pastoral de
Rinuccini, la de Caccini es más melodiosa y lírica, a semejanza de los m adri
gales y aires de sus Nuove musiche. La de Peri es más dram ática; este au to r no
sólo plasmó u n estilo situado entre el lenguaje hablado y la canción, sino que
tam bién supo variar su enfoque según las exigencias de la situación dramática.
Tres pasajes de Euridice, de Peri, ilustran los tres estilos de m o n o d ia que
se hallan en esta obra (N A W M 55). Sólo u n o de ellos es verdaderam ente
nuevo. En el prólogo (55a) se sigue el m odelo del aria estrófica para cantar
versos, tal com o se practicó durante el siglo XVI. C ada verso se canta con un
esquem a m elódico que consta de u na nota repetida y u n p atró n cadencial
que term ina con dos notas prolongadas. U n ritornello separa las estrofas. La
canción de Tirsi (55b) tam bién es u na canzonetta o danza cantada m arcada
m ente rítm ica y melodiosa; las cadencias al final de los versos son arm ónica
374 H istoria de iu m usía) occidental, /
m ente más fuertes, casi siem pre de dom inante-tónica. Está enm arcada por
una sinfonía que es el interludio p uram en te in stru m en tal más largo de la
partitura. Por últim o, el parlam ento de D afne (55c) es u n verdadero ejemplo
del nuevo recitativo. Los acordes especificados p o r el bajo co n tinuo y sus ci
frados no tienen ni perfil rítm ico ni plan form al y sólo están presentes para
apoyar el recitado de la voz que queda en libertad para im itar los ritm os del
lenguaje oral y, si bien regresa a m en u d o a notas consonantes con la arm onía,
puede tam bién alejarse de ella con sílabas que no se ven prolongadas en el
habla. Sólo algunos finales de versos están m arcados por cadencias; m uchos
están eludidos.
D e esta m anera, Peri ideó un lenguaje que respondía a las exigencias de la
poesía dram ática. A unque él y sus com pañeros sabían que no habían logrado
el retorno de la m úsica griega, plasm aron, no obstante, en la práctica una
canción recitada análoga a la que creían que se había em pleado en el teatro
antiguo, com patible además con la práctica m oderna.
Claudio Monteverdi
una ornam entación diferente para cada estrofa, en un pentagram a suplem en
tario debajo de la fórm ula melódica (véase el facsímil más abajo).
La canzoneta estrófica de O rfeo Vi ricorda o boschi ombrosi (56b) no es
m uy diferente en espíritu al aria de Tirsi en la obra de Peri, aunque el ritor-
nello está elaborado en contrapunto a cinco voces. El lenguaje es nuevam en
te tradicional: el ritm o de hem iolia es el m ism o que el de la frottola lo non
compropiü speranza (NA W M 36), de C ara y tam bién es sim ilar su arm oniza
ción, con acordes en posición fundam ental.
Al igual que en la obra de Peri, la m ayor parte del estilo m oderno se reser
va para el diálogo dram ático y los discursos apasionados. E n el parlam ento
Aria Possente spirto, de Orfeo, tomada de Orfeo, de Monteverdi, de Lapartitura impresa en Venecia
en 1609, tios años después de su estreno en Mantua. Sepresentan dos versiones de laparte vocal, una
sencilla, la otra con ornamentos. Hay dos violines que interpolan escalas rápidasy otrasfiguras entre los
versos delpoema.
376 H i s to r ia d e la música o c c id e n ta l , I
Francesco. Caccini
A pesar de la conm oción creada por las tem pranas obras pastoriles, h u b o
m uy pocas óperas tras las dos Euridice en los treinta años siguientes: Dafne
(1608) e II Medoro (1619), cuya m úsica se ha perdido, de M arco de Gaglia-
La música en el Barroco tem prano ___________ _ 377
..- ..
Üf-...... "^= ^= = = = = = T = i
se’ da me par-ti - ta per mai piü, mai piü non tor-na- re ed io ri-man-
** J ...
Diseño de escenario de Giulio Parigi para el segundo cambio de escena en La liberazione di Rubiera,
estrenado en la Villa de Poggio Imperiale de los Medid (1625), con música de Francesca Caccini. El es
cenario es la isla encantada de la hechicera Alcina,' que tiene allí cautivo al cruzado Ruggiero (basado
en un episodio de Orlando furioso de Ariosto). En la siguiente escena Ruggiero logra romper su hechi
zo, quemar el castillo de la hechiceray escapar. Grabado de Alfonso Parigi.
¡ ti música en ?l Barroco tfntprano _______________________________________________________________________________ 3 7 9
tem prana com o 1607 (La Stiava), y La liberazione culm inó su brillante carre
ra. Por entonces era la m ejor rem unerada de entre todos los músicos al servi
cio del duque.
A unque se anunció com o ballet, la obra tenía todos los com ponentes de
una ópera — una sinfonía inicial, u n prólogo, recitativos, arias, coros y ritor-
nellos instrum entales. Reunía tam bién danzas, algunas de las cuales podrían
haber sido interpretadas m ientras el coro cantaba, pero la m úsica de danza
puram ente instrum ental no se incluye en la p artitura publicada, a pesar de
que sí aparecen los nom bres de los bailarines — ocho dam as y ocho caballe
ros de la corte. La m ayoría de los coros son hom ofónicos y aptos para bailar,
pero hay pocos madrigales. El Coro delle Piante incaútate (ejem plo 9.2) es
una súplica, para ser aliviadas de sus penas, de personas q ue h an sido trans
formadas en plantas.
Roma
EJEM PLO 9.2 La liberazione di Ruggiero, coro de las plantas encantadas, de Francesca
Caccini
CorodellePiante incantatequaievaconcertatocon 5 Viole, Arciyjolata. Organo di Legno eStrumento di Tasti
Francesca Caccini, La liberazione di Ruggiero, ed. Doris Silbert (Northampton, Mass.: Smith College,
1945), p. 73.
música en e/ Barroco ieiiipnim i 381
La ópera veneciana
Los doce instrum entos incluían dos clavecines, dos trom petas y cuerdas. A
pesar de todo, en esta ópera y en otras venecianas posteriores los productores
se ocuparon de duplicar en pequeña escala las maravillas escénicas de los in
term edios y óperas romanas.
Venecia era un lugar ideal para que la ópera floreciese. Su reputación de
libertad frente a las restricciones religiosas y sociales la convirtió en la meca
de la gente licenciosa que buscaba perderse en ella du ran te el Carnaval, en
un baile de máscaras o en otros placeres que les eran denegados duran te la
m ayor parte del año. La población de Venecia aum entaba con los visitantes
que llegaban desde la sexta a la décim a sem ana del día después de Navidad,
cuando com ienza oficialm ente el Carnaval, hasta el día antes de la Cuaresm a
(período penitencial de cuarenta días duran te los cuales se ponía freno a los
espectáculos públicos) o m artes de Carnaval. El Carnaval de Venecia congre
gaba a una variada audiencia que los productores de espectáculos intentaron
atraer hacia la ópera.
Los mercaderes ricos construían y m antenían los teatros. Las familias m e
nos adineradas arrendaban palcos, y cualquier p ersona p o d ía alquilar u n
asiento en el patio de butacas para cada representación. Todos tenían que
com prar entrada, incluidos los poseedores de palcos. C o n una financiación
estable y una audiencia garantizada, al m enos d u ran te u n a parte del año, los
libretistas, com positores, productores, diseñadores, y las com pañías de can
tantes y músicos podían contar con m últiples representaciones de una obra
por tem porada. E ntre 1637, cuando se inauguró San Cassiano y 1678, cuan
do se term inó San G iovanni G risostom o, el últim o teatro construido del si
glo, se pusieron en escena más de 130 óperas en nueve teatros venecianos.
Los temas m itológicos continuaron inspirando los libretos, poblados de
figuras com o Venus, Adonis, Apolo, O rfeo, D afne, Jasón, Belerofonte, A n
dróm eda, H ércules y Narciso. A m itad de siglo, aproxim adam ente, se hicie
ron óperas sobre héroes de las Cruzadas extraídos de poem as épicos de Tasso
y Ariosto. D e form a similar, la guerra de Troya proporcionó relatos de las
audacias de Ulises, Paris, H elena, D ido, Eneas, Egisto, y Aquiles. Los poetas
y libretistas explotaron finalm ente la historia de R om a y los héroes militares
de la antigüedad — Alejandro, Escipión, Pompeyo, A níbal— y sus gobernan
tes. Los argum entos se escogían con miras a encontrar efectos en el escenario
— nubes aguantando m ultitudes de cantantes, jardines encantados, transfor
maciones mágicas— , relaciones personales dram áticas y conflictos.
M onteverdi escribió sus últim as dos óperas para Venecia: II ritorno d ’Ulis-
se (El regreso de Ulises) y L’incoronazione di Poppea (La coronación de Popea),
ejecutadas, respectivamente, en 1641 y 1642. E n m uchos aspectos, Popea es
la ópera m aestra de M onteverdi. Carece de la variedad de tim bres orques
tales, así com o el vasto aparato instrum ental y escénico de Orfeo, pero des
!.a música en el B a r r o c o te m p r a n o __________ ________________________________ 3 8 3
c u e lla en la d e s c r ip c ió n d e l c a rá c te r y la s p a s io n e s h u m a n a s m e d ia n te la m ú
s ic a , a s p e c t o é s te en el q u e a v e n ta ja c o n m u c h o a c u a lq u ie r o tr a ó p e ra d e l s i
g lo X V II.
Uno de los veinticuatro elaborados cuadros, diseñadospor Ludovico Burnacini para el suntuoso monta
je de 11pomo d’oro (La manzana de oro), deAntonio Cesti, en la corte de los Habsburgo en Viena en
1668. La escena representa elpalacio de París, donde éste escogerá a la diosa más bella entre Palas Ate
nea, Junoy Venus. Grabado de Mattkaeus Küsel.
Más típica es Orontea (ca. 1649), una de las óperas representadas con m a
yor frecuencia duran te el siglo XVII, no sólo en Venecia, sino tam bién en
Rom a, Florencia, M ilán, Nápoles, Innsbruck y varios países. El aria del se
gundo acto de Orontea, Intomo all’idol mió (NA W M 58) m uestra hasta qué
p u n to se volvió elaborada el aria hacia m ediados de siglo. La form a es estrófi
ca, aunque en la m úsica se hacen adaptaciones que la ajustan al texto nuevo
de la segunda estrofa. Sin em bargo, las dim ensiones son generosas y en todo
m om ento reina el nuevo idiom a del bel canto vocal, de línea uniform e casi
siem pre diatónica y ritm o fácil y agradecido para el cantante.
H acia m ediados del siglo XVII la ópera italiana ya había asum ido las líneas
formales principales que habría de m antener, sin cambios esenciales, durante
los doscientos años siguientes. Los rasgos principales de esta form a eran: 1)
concentración en el canto a solo, con relativo m enoscabo (durante m ucho
tiem po) de los conjuntos y de la m úsica instrum ental; 2) separación de reci
tativo y aria, y 3) introducción de estilos y esquemas distintivos para las arias.
Este desarrollo se vio acom pañando por una total inversión de la relación en
tre texto y música: los florentinos consideraron que la música era un acceso
rio de la poesía; los venecianos trataron el libreto com o si fuera apenas algo
más que un andam iaje convencional para la estructura musical.
Ui música en el Barroco Temprano 385
A lgunos esquemas de bajo, no tenían nada que ver con n inguna form a
poética determ inada. A esta clase pertenecía la chaconne (ciacona) y el passa-
caglia {pasacalle; passacaille, en francés). La chacona probablem ente llegó a
España procedente de la Am érica hispana; era u n a danza cantada con un es
tribillo en el que se seguía un esquem a sencillo de acordes de guitarra que, en
las variaciones italianas basadas en ella, se transform ó en una línea de bajo.
El pasacalle se originó en E spaña con ritornello, es decir, m úsica que cuenta
con un esquem a determ inado de acordes de guitarra y que se toca antes y en
tre las estrofas de una canción. Esta form a tam bién evolucionó y dio pie a d i
versas fórm ulas de bajo que resultaban adecuadas para crear variaciones ins
tru m e n tale s o vocales. Solía te n er un com pás te rn a rio y estar en m o d o
m enor. Las características de la chacona y el pasacalle, tal com o las hallamos
en las obras d e los com positores del siglo X V I I , es la repetición continua d e
una fórm ula de cuatro compases en ritm o ternario y tem po lento. E n la cen
turia siguiente, los dos térm inos llegaron a confundirse tal com o puede com
probarse en el ejem plo 9.4. Tam bién se usaba frecuentem ente otro ostinato
de cuatro compases en el que, descendiendo por grados conjuntos, se abarca
ba una cuarta, o tetracordo (véase el ejem plo 9.5).
c) Forma cromática
El medio concertato
acom pañar a las voces, tocan interludios en los que se im itan o sugieren d i
versas partes de la acción: el galope de los caballos, el entrechocar de las espa
das, la agitación del com bate. C o n tales fines, M onteverdi inventó u na clase
de música que denom inó stile concitato (estilo agitado); u n rasgo destacado
del stile concitato era la rápida reiteración de una única n o ta m ediante sílabas
raudam ente pronunciadas por la voz, o instrum entalm ente, com o trém olo
m edido de las cuerdas. Este recurso se usaba para plasm ar acciones y senti
m ientos belicosos.
El estilo musical de M onteverdi y sus contem poráneos era una mezcla de
diversos elem entos, algunos originales del siglo X V I ; otros, nuevos. Así se
com binaron el m adrigal y la m onodia; se trató la articulación form al m e
diante la organización del bajo y de las arm onías apoyadas en él, así com o,
gracias al uso sistemático de ritornellos, se varió la textura con el uso del m e
dio concertato. C om o resultado de todo ello, los recursos descriptivos y repre
sentativos de la música crecieron y se enriquecieron.
La separación gradual entre recitativo y aria dejó al com positor en liber
tad de escribir la m elodía de las arias sin verse obligado a tener que plasm ar
cada m atiz del texto; así las arias com enzaron a desarrollarse con frases gra
ciosas, que fluían tersam ente, apoyadas por arm onías sencillas, casi siempre
en ritm o ternario lento con u n único m otivo rítm ico persistente (ejem
plo 9.6; véase, asimismo, de Cesti, Intorno all’idol mió, N A W M 58). Este es
tilo belcantístico de escritura vocal fue creación de los com positores italianos;
se im itó por toda E uropa y tuvo influencia tanto sobre la m úsica vocal com o
sobre la instrum ental, durante todo el Barroco e incluso después.
Desde com ienzos de siglo, los com positores italianos escribieron miles de
monodias; madrigales a solo, arias estróficas y canzonetas; p o r cierto, estas
piezas fueron más am pliam ente conocidas que toda la m úsica operística, que
sólo se ejecutaba unas pocas veces y ante auditorios restringidos. Por otra
parte, las m onodias y la m úsica para conjuntos pequeños se cantaban por do
quier y se publicaron en cantidades inmensas en antologías de madrigales,
arias, diálogos, dúos y otras piezas parecidas. Le nuove musiche, de Caccini,
fue la prim era antología im portante de m onodias; otro com positor im p o r
tante del prim er período fue Sigism ondo d ’India (ca. 1582-antes de 1629),
cuyas canciones sofisticas, así com o sus madrigales y m otetes polifónicos, lo
señalan com o sobresaliente personalidad musical en la Italia de su tiem po.
La form a que finalm ente llegó a captar la atención principal de los com
positores italianos fue la cantata (literalm ente, pieza «para ser cantada»). Esta
390 H istoria ríe la música, occidental, 1
Deliciosos placeres que agraciáis el alma, quedaos en el pecho; no demoréis más losjúbilos
del amor. Oh, queridos placeres míos, quedaos.
l a m úsica en el Barraco tem prana 391
Lágrimas mías...
392 H istoria de la música occidental, 1
de doliente y sollozante lam ento am oroso. E n el arioso que sigue, las escalas
rápidas inspiradas en delicadas palabras com o «adoro», «pietoso» y «rigor», el
delicado crom atism o en «tormenti» y los persuasivos acordes de séptim a y re
tardos — particularm ente sobre los bajos descendentes— dem uestran un do
m inio del vocabulario expresivo de este género. Los com positores de otros
países, aunque a m enudo se hallaban fuertem ente influidos por los modelos
italianos, crearon, no obstante, canciones de carácter m arcadam ente nacio
nal. M uchos alemanes escribieron canciones a solo después de 1630 más o
menos, en especial H einrich A lbert (1604-51) y Andreas H am m erschm idt
(1612-75). E n Francia, el air de cour floreció en la form a de encantadores so
los y dúos, algunos de ellos bajo la form a de m úsica de cám ara vocal inde
pendiente y otros escritos para ballets cortesanos. D e m odo similar, los com
positores ingleses de principios y m ediados del siglo X V I I — N icholas Lanier
(1588-1666), John W ilson (1595-1674), H enry Lawes (1596-1662) y otros—
escribieron m uchas canciones con acom pañam iento de co ntinuo para masca
radas cortesanas, así com o solos independientes, algunos con estilo recitativo
declam atorio, otros puram ente m elodiosos, con ritm os de danza. E n resu
m en, la música de cámara vocal a principios del siglo X V I I apareció bajo m u
chas formas y estilos, en las que se com binaban elem entos del madrigal, el
concierto, la m onodia, las canciones de danza, los m odism os nacionales, el
recitativo dram ático y el aria del bel canto.
cierto, alguna oposición a los nuevos estilos y es sabido que la Iglesia católica
rom ana jamás abandonó por com pleto la polifonía renacentista de Palestri-
na. Antes de m ediado el siglo X V I I , este com positor se convirtió en el m odelo
suprem o del estilo religioso. A todos los com positores se les enseñaba a escri
bir contrapunto según las pautas de Palestrina, m étodo que recibió el n o m
bre de stile antico. Así, a todo lo largo del siglo X V I I se opusieron dos enfo
ques distintos: el prim ero, m iraba al pasado (stile antico); el otro, al presente
(stile moderno). U n m ism o com positor podía em plear los dos estilos, a veces
incluso en una m ism a pieza. M onteverdi, por ejemplo, escribió tanto en uno
com o en otro y en am bos con igual maestría. E n el transcurso del tiem po, el
estilo antiguo se vio m odernizado: a m enudo se le añadió un bajo continuo,
sus ritm os se hicieron más regulares y los m odos más antiguos cedieron su
i tí música e n e l B a r r o c o te m p r a n o 393
. . ¿cuela veneciana
D esde la época de W illaert y aún antes de ella, los com positores venecianos
escribieron a m enudo para doble coro. Ello caracterizó en particular a los sal
mos, que se prestan a interpretaciones antifonales. U n grupo de cinco, cada
uno de los cuales com ienza con una form a del verbo laudare y, p o r consi
guiente, conocido com o los cinco laúdate, se cantaba en las prim eras víspe
ras, con esta técnica de coros divididos, en u n gran núm ero de festividades.
Esta clase de interpretación añadía lustre a dichas ocasiones, cuando el altar
corriente, pintado, se sustituía por otro de oro, herm osam ente cincelado. El
em pleo de esta clase de cori spezzati (coros divididos) no era originario de Ve-
necia ni peculiar de esta ciudad. E n m anos de G iovanni G abrieli aum entó el
núm ero de intérpretes hasta proporciones inauditas: se em plearon dos, tres,
cuatro, incluso cinco coros, cada uno con u na com binación diferente de vo
ces agudas y graves, cada uno entrem ezclado con instrum entos de tim bres d i
versos que se respondían entre sí de m anera antifonal y alternaban con las
voces solistas, a las que se unían en los sonoros e im presionantes clímax. U n
ejem plo de lo expuesto es su m otete In ecclesiis (NA W M 61). E n esta obra se
explora un nuevo recurso de com posición.
La influencia veneciana
La escuela veneciana, adm irada por doquier com o la más progresista de Ita
lia, ejerció u na gran influencia a fines del siglo X V I y comienzos del X V I I . Los
discípulos y continuadores de G abrieli fueron num erosos en el norte de Italia
La música en el Barroco tem prano 395
y se disem inaron por toda Alem ania, A ustria y Escandinavia. D e sus discípu
los directos, el más famoso fue el alem án H einrich Schütz (1585-1672). U n
notable valedor del estilo veneciano en el norte de A lem ania fue H ieronym us
Praetorius (1560-1629), de H am burgo. Jacob H andl (1550-91), esloveno de
nacim iento — conocido asimism o por la form a latina de su nom bre, Jacobus
Gallus— trabajó en O lm u tz y Praga; la m ayoría de sus obras, en especial sus
motetes para doble coro, m uestran una estrecha afinidad con el estilo vene
ciano. Los m otetes de H ans Leo Hassler, discípulo alem án de A ndrea Ga-
brieli, son esencialm ente policorales, con la típica plen itu d sonora veneciana
y su característica riqueza arm ónica. E n Polonia, el estilo policoral fue culti
vado p o r M ikofaj Zielenski (m. 1615).
396 H istoria de la m úsica occidental, 1
El gran concierto
El concierto para pocas voces resultaba más conocido por la mayoría de los
feligreses que el antes descrito. E n este tipo nuevo de música una, dos o tres
voces solistas cantaban con el acom pañam iento de un co n tinuo de órgano.
U no de los prim eros com positores que em pleó este m edio en la m úsica ecle
siástica fue Ludovico V iadana (1560-1627), quien en 1602 publicó una an
tología llam ada Cento concerti ecclesiastici (Cien conciertos eclesiásticos). En
O domine Jesu Christe (N A W M 62), procedente de la antología de 1602,
V iadana inventó una textura com pleja en una voz única, haciendo que la
L,i in ú sic ti en e l B a rr o c o te m p r a n o 397
El oratorio
a lla m a r oratorios, y a q u e ca si s ie m p r e se in te r p r e ta b a n e n la p a r te d e la s ig le
sia s d e d ic a d a a la r e u n ió n d e lo s le g o s c o n e l p r o p ó s ito d e e sc u c h a r s e r m o n e s
to r io e n la tín a m e d ia d o s d e l s ig lo X V II fu e G ia c o m o C a r is s im i. L a s in o p s is
d e l o r a to r io m á s fa m o s o d e C a r is s im i, Je p h th a, n o s p e r m itir á v e r el a s p e c to
q u e te n ía u n o r a to r io e s c r ito h a c ia 1 6 5 0 .
la t a c ó m o J e fté lle g a tr iu n fa l a su h o g a r ; q u ie n p r im e r o s a le a su e n c u e n tr o es
su h ija , a la q u e , ló g ic a m e n te , d e b e r á s a c r ific a r , a c o m p a ñ a d a p o r a m ig a s q u e
e n to n a n c a n to s d e r e g o c ijo (a r ia s a s o lo , d ú o s , c o r o s ). H a y lu e g o u n d iá lo g o ,
m u c h a c h a p a r te h a c ia la s m o n ta ñ a s c o n su s c o m p a ñ e r a s p a r a llo r a r p o r su
p r e m a tu r a y p r ó x im a m u e r te . E n to n c e s , la h ija d e J e fté c a n ta u n la m e n to , al
q u e e l c o r o r e s p o n d e , ta l c o m o o c u r r e e n e l kom m os d e la tr a g e d ia g r ie g a .
(E sta e sc e n a fin a l a p a r e c e e n N A W M 6 4 .)
b itu a l e n la m ú s ic a sa cra — c o n p a s a je s e n a r io s o s , c o n s tr u id o s e n s e c u e n c ia s
y c o n m o m e n to s d e c a n to flo r id o . D o s s o p r a n o s , q u e r e p re se n ta n a la s c o m
p a ñ e ra s d e la h ija , r e p ite n e n e c o a lg u n a s d e su s fr a s e s c a d e n c ía le s . E s ta c a n
c ió n c o n c lu y e c o n u n e s p lé n d id o c o r o d e la m e n ta c io n e s a s e is v o c e s e n el
q u e se e m p le a n e fe c to s ta n to p o lic o r a le s c o m o m a d r ig a le s c o s .
D e e sta m a n e r a , e l o r a to r io se d is tin g u ía d e la ó p e r a p o r su te m a sa c r o ,
g e r ía , p e r o n o se re p re se n ta b a . T a n to e n e l o r a to r io c o m o e n la ó p e r a se e m
ta le s .
Ld música en el Barroco tem prana 399
L o s nuevos estilos
E n A u s tr ia y e n la s c iu d a d e s c a tó lic a s d e l su r d e A le m a n ia la m ú s ic a sa cra
n o s d e s a r r o lla r o n u n a g ra n a c tiv id a d e n M u n ic h , S a lz b u r g o , P ra g a y V ie n a .
E n e l te m p r a n o s ig lo X V II, lo s m ú s ic o s d e la s r e g io n e s lu te r a n a s c e n tr a l y s e p
te n tr io n a l c o m e n z a r o n a u tiliz a r la s n u e v a s té c n ic a s , a v e c e s u s a n d o m e lo d ía s
d e c o r a le s c o m o m a te r ia l m e ló d ic o , ju n t o a e sta s c o m p o s ic io n e s e n stile m o
dern o, lo s c o m p o s ito r e s lu te r a n o s p r o s ig u ie r o n e s c r ib ie n d o , d u r a n te a lg ú n
c o s , sin e m p le a r m e lo d ía s d e c o r a le s . M u c h o s m o te te s d e H a s s le r , P r a e to r iu s
y o tr o s c o m p o s ito r e s d e c o m ie n z o s d e l s ig lo X V II p r e se n ta n e l e s tilo d e l g ra n
c o n c ie r to , lo c u a l te s tim o n ia la a d m ir a c ió n c o n q u e lo s m ú s ic o s a le m a n e s
v e ía n a la e s c u e la v e n e c ia n a . I n c lu s iv e e l m a d r ig a l ita lia n o g o z ó d e lo q u e p o
d r ía d e n o m in a r s e u n a « m e d io v id a sa cra » e n la m ú s ic a e c le s iá s tic a a le m a n a ,
E l c o n c ie r to p a ra p o c a s v o c e s ta m b ié n a tr a jo a lo s c o m p o s ito r e s a le m a n e s .
E n 1 6 1 8 y 1 6 2 6 , J. H . S c h e in p u b lic ó e n L e ip z ig u n a im p o r ta n te a n to lo g ía
G eistlich e K o n zerte... a u f f ietzo geb rau ch lich e italian isc h e In v en tio n (C on ciertos
sacros... a la m an era ita lia n a actu alm en te en uso). E n m u c h o s a s p e c to s e sta s
p ie z a s s o n c o m o c o n tr a p a r tid a s lu te r a n a s d e a lg u n o s d e lo s m a d r ig a le s c o n
c e r ta d o s d e M o n te v e r d i. L a a n to lo g ía c o m p r e n d e p r in c ip a lm e n te d ú o s y a l
g u n o s s o lo s s o b r e te x to s d e c o r a le s ; s in e m b a r g o , S c h e in n o s ie m p r e u tiliz a
m e lo d ía s d e c o r a le s . C u a n d o lo h a c e , la s tra ta lib r e m e n te , in s e r ta n d o o r n a
m e n ta c io n e s v o c a le s , q u e b r a n d o la s fr a se s y d iv id ié n d o la s e n tr e la s v o c e s .
H a y u n c o n tin u o y , a v e c e s, u n o o d o s in s tr u m e n to s s o lis ta s , c o n u n a o c a s io
n a l s in fo n ía o r q u e sta l o c o n ju n to p a ra c o r o e in s tr u m e n to s . E s to s c o n c ie r to s
sa cro s d e S c h e in d ie r o n p ie a u n a la r g a s e r ie d e o b ra s s im ila r e s d e c o m p o s it o
res lu te r a n o s d e l s ig lo X V II.
H ein rich S ch ü tz
E l m a y o r c o m p o s ito r a le m á n d e m e d ia d o s d e l s ig lo X V II fu e H e in r ic h S c h ü tz
( 1 5 8 5 - 1 6 7 2 ) . D e s p u é s d e in ic ia r su s e s tu d io s u n iv e r s ita r io s , S c h ü tz fu e e n
v ia d o a V e n e c ia , d o n d e e s tu d ió c o n G io v a n n i G a b r ie li e n tre 1 6 0 9 y 1 6 1 2 y
D e s d e 1 6 1 7 h a sta su m u e r te , S c h ü tz fu e m a e s tr o d e la c a p illa d e l e le c to r d e
S a jo n ia e n D r e s d e , a u n q u e d u r a n te la c o n fu s a é p o c a d e la g u e r r a d e lo s
T r e in ta A ñ o s p a s ó a lg u n o s a ñ o s c o m o d ir e c to r d e m ú s ic a d e la c o r te e n C o
a V e n e c ia e n 1 6 2 8 . P o r lo q u e se sa b e , n o e s c r ib ió m ú s ic a in s tr u m e n ta l p u r a .
S e d ic e d e é l q u e c o m p u s o la p r im e r a ó p e r a a le m a n a , a sí c o m o v a r io s b a lle ts
y o tra s o b ra s e s c é n ic a s, p e r o la m ú s ic a d e to d a s e sta s p ie z a s se h a p e r d id o ;
p o r c o n s ig u ie n te , lo q u e d e é l c o n o c e m o s se r e d u c e ca si p o r c o m p le to a su s
d a ta n d e sd e 1 6 1 9 h a sta lo s ú ltim o s a ñ o s d e su v id a .
s e n c illa p a ra c u a tr o v o c e s s o b r e tr a d u c c io n e s a le m a n a s d e l s a lte r io ( 1 6 2 8 ) .
d e r iv a d o s d e l m a d r ig a l c o m o , p o r e je m p lo , la r e p r e s e n ta c ió n m u s ic a l d e l su e
E l e s p le n d o r y el c o lo r v e n e c ia n o s a p a r e c e n c o n fr e c u e n c ia e n S c h ü tz : p o r
m e n to s e n c o n c e r ta to , e n lo s q u e la c o lo r id a y v o lu m in o s a s o n o r id a d d e l
g r a n c o n c ie r to se h a lla c o m b in a d a c o n u n d e lic a d o tr a ta m ie n to d e lo s te x to s
H a s s le r y o tr o s h a c ia fin e s d e l s ig lo X V I, fu e c o m p le ta d a p o r S c h ü tz . E n su s
n a m e n te d e s a r r o lla d o : rara v e z e m p le ó m e lo d ía s c o r a le s tr a d ic io n a le s , a u n
q u e p u s o e n m ú s ic a m u c h o s te x to s d e c o r a le s .
E n 1 6 3 6 y 1 6 3 9 , a ñ o s e n lo s q u e la g u e rr a r e d u jo tr is te m e n te la c a p illa
r ic h P o s th u m u s v o n R e u s s ), p a r a s o lis ta s y c o r o s e n d iv e r sa s c o m b in a c io n e s ,
c o n a c o m p a ñ a m ie n to d e b a jo c o n tin u o . O tr a a n to lo g ía d e m o te te s a le m a n e s ,
v e rsa s y p e q u e ñ a s c o m b in a c io n e s d e v o c e s e in s tr u m e n to s , h a sta u n to ta l d e
la p o d e r o s a in flu e n c ia d e la m ú s ic a d e M o n te v e r d i y G r a n d i.
i.a música eit el Barroco tem prano _______ 401
Yo d u e r m o y m i co ra zó n vela.
O q u am tu p u lc h ra es ( N A W M 6 3 ) , p e r te n e c e a e sta a n to lo g ía y tie n e el
m is m o te x to , m á s o m e n o s , q u e la o b r a h o m ó n im a d e G r a n d i, p e r o a u n q u e
a r io s o o m a d r ig a l. L a s se c c io n e s m a d r ig a le s c a s a b u n d a n e n d e s c r ip c io n e s d e l
a u d a c e s p r á c tic a s d e la d is o n a n c ia d e su s c o le g a s v e n e c ia n o s .
tr in o so b re u n a n o ta d e p a so d is o n a n te a c e n tu a d a ; b), u n r e ta r d o a b a n d o n a
d e ja d a p o r u n s a lto , h a c ia d ), la n o ta n o r m a l d e r e s o lu c ió n d e l r e ta r d o , y la
402 H istoria de ¡a música occidental, I
d is m in u id a Si\>-Fa#. U n m ie m b r o d e l c o r o d e S c h ü tz e n D r e s d e , C h r is to p h
te r m in a c ió n d e la g u e rr a d e lo s T r e in ta A ñ o s , c u a n d o se p u d o d is p o n e r n u e
v a m e n te d e to d o s lo s r e c u rso s m u s ic a le s d e la c a p illa d e D r e s d e , e x ig e n a d a
4 Traducido por Walter Hilse: «The Treatises of Christoph Bernhard», The Music Forum 3
(1973): 31-179.
Iji música en el Barroco tem prano 403
e l c o m p le m e n to d e u n c o n ju n to c o r a l e in s tr u m e n ta l c o m p le to . M u c h a s d e
c o n c e b id a s , a v e c e s c o n u n c o r o fin a l d e r e fle x ió n o e x h o r ta c ió n p ia d o s a ; p o r
c o n s ig u ie n te , se h a lla n c e r c a n a s a l p la n d e la c a n ta ta r e lig io s a p o s te r io r .
c o n v e r s ió n d e sa n P a b lo , to m a d a d e lo s H e c h o s 2 6 :1 2 - 1 8 , S a ú l, w as verfolgst
d u m ich ( N A W M 6 5 ) . R e v iv e e l m o m e n t o e n q u e S a u lo , u n ju d ío c a m in o d e
D a m a s c o c o n e l p r o p ó s ito d e r e c o g e r a u n o s p r is io n e r o s c r is tia n o s , se v e d e
te n id o p o r u n r e lá m p a g o c e g a d o r d e lu z y u n a v o z q u e le d ic e : « S a u lo , ¿ p o r
q u é m e p e r s ig u e s ? » E s la v o z d e C r is to . E sta e x p e r ie n c ia h iz o q u e e l ju d ío se
c o n v ir tie r a y , y a c o m o P a b lo , d e d ic a s e su v id a a d e fe n d e r e l c r is tia n is m o . E l
v io lin e s , d o s c o r o s a c u a tr o v o c e s y , es d e s u p o n e r , u n a o r q u e s ta q u e d o b la la s
p a rte s c o r a le s . L a lu z y la v o z e le v á n d o s e d e s d e e l d e s ie r to e stá r e p re se n ta d a
p o r v o c e s a s o lo e m p a r e ja d a s , a s c e n d ie n d o d e s d e la s p r o fu n d id a d e s d e lo s b a
jo s , a tra v é s d e lo s te n o r e s , h a c ia la s s o p r a n o s y lo s v io lin e s . L a p r e g u n ta d e
C r is to «¿P o r q u é m e p e r s ig u e s ? » es u n a r e d d e a n tic ip a c io n e s y r e ta r d o s d is o
n a n te s. E n to n c e s e l g ra n c o n c ie r to se a p r o p ia d e la m is m a m ú s ic a , m ie n tr a s
lo s c o r o s y s o lis ta s c o n ju n ta m e n te r e v e r b e ra n c o n e c o s q u e s u g ie r e n e l e fe c to
d e la v o z d e C r is to q u e r e b o ta e n tre la s ro c a s d e l d e s ie r to .
E n tr e la s c o m p o s ic io n e s d e S c h ü tz e n e l g é n e r o d e l o r a to r io se in c lu y e su
s o b r e u n b a jo c o n tin u o , m ie n tr a s q u e la s p a la b r a s d e J e sú s, e sc r ita s e n u n a
m o n o d ia lib r e y a lta m e n te e x p r e s iv a , s ie m p r e se v e n a c o m p a ñ a d a s p o r e l
c o n tin u o y la s c u e r d a s. H a y u n c o r o y u n a s in fo n ía b re v e s d e in tr o d u c c ió n ;
d e s p u é s d e la s é p tim a p a la b r a se r e p ite la s in fo n ía , a la q u e s ig u e o tr o c o r to
c o r o fin a l.
n a s» r e c ib e n u n tr a ta m ie n to in d iv id u a l c o n a r ia s , c o r o s y a c o m p a ñ a m ie n to
c ia el fin a l d e su v id a , s o n o b r a s a u ste ra s; ta n to la n a r r a c ió n c o m o e l d iá lo g o
m e ja — e n su e s p ír itu , a u n q u e n o e n su s d e ta lle s té c n ic o s — al c a n to g r e g o
lo s d is c íp u lo s , lo s sa c e r d o te s y a o tr o s g r u p o s , n o tie n e n a c o m p a ñ a m ie n to , a
la m a n e r a d e l m o te te .
404
La m úsica ///.
L a m ú s ic a in s tr u m e n ta l n o e sc a p ó al e n c a n to e je r c id o p o r lo s e s tilo s d e l r e c i
ta tiv o y el a r ia , a u n q u e é sto s la m a r c a r o n d e m a n e r a m e n o s p r o fu n d a q u e la
n a r e n el s ig lo X V II, te n d ía d e m a n e r a n a tu ra l a e m u la r la v o z d e l c a n to s o lis
ta ; a su v o c a b u la r io p a sa r o n m u c h a s d e la s té c n ic a s e m p le a d a s e n lo s s o lo s y
d ú o s v o c a le s .
D u r a n te la p r im e r a m ita d d e l s ig lo X V II la m ú s ic a in s tr u m e n ta l fu e to
m a n d o g r a d u a lm e n te ta n ta im p o r ta n c ia c o m o la v o c a l, ta n to e n c a n tid a d
c o m o e n c o n te n id o . L a s fo r m a s a ú n e sta b a n le jo s d e v e rse a ju s ta d a s a n o r
m a s , s in e m b a r g o , y la s d e n o m in a c io n e s a ú n e ra n c o n fu s a s e in c o n s e c u e n te s .
N o o b s ta n te , es p o s ib le d is tin g u ir , e n la m ú s ic a in s tr u m e n ta l d e e ste p e r ío d o ,
c ie r to s m o d o s b á s ic o s d e p r o c e d im ie n to s , q u e d ie r o n c o m o r e s u lta d o d iv e r
so s tip o s g e n e r a le s d e c o m p o s ic ió n :
d e c ir , d iv id id o e n s e c c io n e s ), a v e c e s c o n m e z c la d e o tr o s e s tilo s . E sta s p ie z a s
a r b itr a r ia m e n te a g r u p a d o s u n a s c o n o tra s o b ie n in te g r a d a s d e u n a m a n e r a
m á s e stre c h a e n la s u ite .
5 ) P ie z a s d e e s tilo im p r o v is a to r io p a r a u n in s tr u m e n to d e te c la d o o
p le jo ; sin e m b a r g o , es m e n e s te r re c o rd a r q u e la s c a te g o r ía s n o s o n e x h a u s ti
va s n i se e x c lu y e n m u tu a m e n te . P o r e je m p lo , el p r o c e d im ie n to d e v a ria r u n
te m a d a d o se e n c u e n tr a n o s ó lo e n c o m p o s ic io n e s e s p e c ífic a m e n te d e n o m i
n a d a s «v a r ia c io n e s » , s in o ta m b ié n , a m e n u d o , e n r ic e r c a r e , c a n z o n a s , p a r e ja s
y s u ite s d e d a n z a s; e n la s to c c a ta s se p u e d e n in c lu ir b re v e s s e c c io n e s fu g a d a s ;
e n la s c a n z o n a s p u e d e h a b e r in te r lu d io s e n e s tilo im p r o v is a d o ; e n r e s u m e n ,
lo s d iv e rs o s tip o s se e n tr e m e z c la n d e m u c h a s m a n e ra s.
I fV. i lili */•<)<t r” tuno 405
R icercare
E l r ic e r c a r e d e l s ig lo X V II es u n a c o m p o s ic ió n se r ia , b a sta n te b re v e , p a ra ó r g a
1 6 4 3 ) , q u e fu e o r g a n is ta d e S a n P e d r o , e n R o m a , d e s d e 1 6 0 8 h a sta su m u e r
c o m o su títu lo in d ic a , se to c a b a « d e s p u é s d e l C r e d o » . E sta p ie z a es n o ta b le
d is o n a n c ia s q u e se d e s p la z a n y le o to r g a n la se re n a in te n s id a d q u e c a r a c te r iz a
a g ra n p a r te d e la m ú s ic a o r g a n ís tic a d e F r e s c o b a ld i (v é a s e e je m p lo 9 .1 0 ) .
Fantasía
A m a y o r e s c a la q u e el s e n c illo r ic e r c a r e y c o n u n a o r g a n iz a c ió n fo r m a l m á s
res d e fa n ta s ía s d e e ste p e r ío d o fu e r o n lo s o r g a n is ta s d e A m s te r d a m J a n P ie -
te r s z o o n S w e e lin c k ( 1 5 6 2 - 1 6 2 1 ) y su s d is c íp u lo s a le m a n e s S a m u e l S c h e id t
( 1 5 8 7 - 1 6 5 4 ) , d e H a lle , y H e in r ic h S c h e id e m a n n ( ca. 1 5 9 6 -1 6 6 3 ) , d e H a m -
b u r g o . E n la s fa n ta s ía s d e S w e e lin c k n o r m a lm e n te u n a e x p o s ic ió n fu g a d a
la r a la d e la to c c a ta . L a in te n c ió n d e b ía d e h a b e r s id o e s ta b le c e r y e x p lo r a r
u n m o d o o to n a lid a d c o m o p r e p a r a c ió n p a ra a lg u n a o tra m ú s ic a .
S in e m b a r g o , p a ra lo s c o m p o s ito r e s c a d a u n a r e p re se n ta b a u n a tr a d ic ió n y
p u e d e a d v e r tir s e p o r la a te n c ió n q u e r e c ib ía e n lo s e sc r ito s d e la é p o c a ; p o r
p u e d e d e c ir q u e el r ic e r c a r e y la fa n ta s ía se c o n s tr u ía n s o b r e u n te m a o te m a s
d e ca rá cte r le g a to p r o lo n g a d o ; e n la fa n ta s ía se te n d ía m á s q u e e n e l r ic e r c a r e
c o m o u n a s e r ie d e fu g a s; e n r e a lid a d , fu g a fu e e l n o m b r e u s a d o p a ra la s p ie
za s d e e sta c a te g o r ía e n A le m a n ia d e s d e lo s p r im e r o s a ñ o s d e l s ig lo X V II. P o r
o tra p a r te , la c a n z o n a te n ía u n m a te ria l m e ló d ic o m á s a n im a d o y m a r c a d a
r ia l e n v a r ia s s e c c io n e s . E llo d e ja b a v e r su o r ig e n p r o c e d e n te d e la c h a n s o n
fr a n c e s a .
L a m ú s ic a d e consort (c o n ju n to ) p a ra v io la s flo r e c ió e n I n g la te r r a d e sd e
la s p r im e r a s d é c a d a s d e l s ig lo X V II, c u a n d o g o z a r o n d e p o p u la r id a d la s o b ra s
d e A lfo n s o F e rr a b o sc o el J o v e n (a n te s d e 1 5 7 8 -1 6 2 8 ) y J o h n C o p r a r io ( C o o -
p e r ; m . 1 6 2 6 ) . L a s fa n c ie s d e J o h n J e n k in s ( 1 5 9 2 - 1 6 7 8 ) , e l p r in c ip a l c o m p o
d im ie n to s ; su s p r im e r a s fa n c ie s c o n tr a p u n tís tic a s a c in c o v o c e s p a ra v io la s y
ó r g a n o tie n e n te m a s m e ló d ic o s s e m e ja n te s al r ic e r c a r e , a u n q u e a m e n u d o
h a y m á s d e u n te m a y se s u g ie r e la d iv is ió n e n s e c c io n e s c o m o e n la c a n z o n a ;
su s p o s te r io r e s fa n c ie s a tre s v o c e s p a r a d o s v io lin e s y b a jo s o n s e m e ja n te s a
el té r m in o fa n c y p a ra d e n o m in a r u n m o v im ie n to d e in tr o d u c c ió n e n c o n tr a
L a fa n ta s ía c o n tr a p u n tís tic a p a r a c u e r d a s s in b a jo c o n t in u o , la fo r m a
p r in c ip a l d e la m ú s ic a d e c á m a r a in g le s a d e p r in c ip io s d e l s ig lo X V II, se c u lti
v ó a ú n d e s p u é s d e la R e s ta u r a c ió n ( 1 6 6 0 ) . L o s p r in c ip a le s c o m p o s ito r e s d e la
é p o c a fu e r o n M a tth e w L o c k e ( 1 6 2 1 - 7 7 ) y H e n r y P u r c e ll ( 1 6 5 9 - 9 5 ) , cu y a s
fa n ta s ía s p a r a v io la s , e sc r ita s h a c ia 1 6 8 0 , s o n lo s ú ltim o s e je m p lo s im p o r ta n
te s d e e sta e s p e c ie .
C an zo n a
U n o e ra e l d e c o n s tr u ir v a r ia s s e c c io n e s c o n tr a s ta n te s , c a d a u n a s o b r e u n
te m a d ife r e n te e n im ita c ió n fu g a d a , m u y a la m a n e r a d e u n a c h a n s o n v o c a l,
y r e d o n d e a r e l c o n ju n to c o n u n flo r e o s e m e ja n te a u n a c a d e n z a . E n o tr o
ú n ic o e n s e c c io n e s su c e siv a s c o m o e n la c a n z o n a p a r a te c la d o d e G . M . T r a
m u c h a s d e la s c a n z o n a s p a ra te c la d o d e F r e s c o b a ld i y e n la s d e su d is c íp u lo
a le m á n m á s d is tin g u id o , e l o r g a n is ta v ie n é s J o h a n n J a k o b F ro b e rg e r ( 1 6 1 6 -
6 7 ) . S in e m b a r g o , a lg u n a s c a n z o n a s p a r a te c la d o y la m a y o r ía d e la s d e c o n
ju n to s o n u n a m is c e lá n e a d e c o r ta s s e c c io n e s sin r e la c ió n te m á tic a , q u e d e
b ía n se r r e p e tid a s lite r a lm e n te o e n fo r m a v a r ia d a a lo la r g o d e la o b r a .
T a r q u in io M e r u la {ca. 1 5 9 4 -1 6 6 5 ) e s c r ib ió c a n z o n a s d e e sta c la s e p a r a c o n
ju n t o s .
S o n a ta
p o s te r io r p r o b a b le m e n te la s h a b r ía lla m a d o so n atas. E s te té r m in o , la m á s
v a g a d e to d a s la s d e s ig n a c io n e s p a r a p ie z a s in s tr u m e n ta le s a c o m ie n z o s d e l s i
s im ila r e s a la d e la c a n z o n a , a u n q u e c o n ra sg o s e s p e c ia le s . A c o m ie n z o s d e l
s ig lo X V II, la s p ie z a s d e n o m in a d a s so n a ta s se s o lía n e s c r ib ir p a r a u n o o d o s
tra s q u e la c a n z o n a p a ra c o n ju n to s o lía c o m p o n e r s e p a ra c u a tr o v o c e s , q u e
c r ib ía n fr e c u e n te m e n te p a r a u n in s tr u m e n to e n p a r tic u la r , p o r lo q u e a p r o
¿ -i. = —
7- * ¿
i á
J _ ^ L
Tj^ p ffrrrr \j j i i j i ¿ j.
¿ ¿ á SI f
i
d c rtttff
g S ü f
f i r - ....r - r ■ 1 i i ---- r .I
----------- J-------J— J — J
: J ........ : 3 =
,, - 5 , 1 A
li- - ^ r ^ r - 1
g ú n la tr a d ic ió n r e n a c e n tis ta .
n u o d e B ia g io M a r in i ( ca . 1 5 8 7 -1 6 6 3 ) c o n la s c a n z o n a s c o n te m p o r á n e a s . La
L a m ú sic a e n c i B a rro c a te m p r a n o 409
1 6 2 9 , es u n e je m p lo te m p r a n o d e lo q u e p u e d e d e n o m in a r s e la « m o n o d ia
in s tr u m e n ta l» . A l ig u a l q u e la c a n z o n a , tie n e s e c c io n e s c o n tr a s ta n te s , la ú lti
m a d e la s c u a le s c o n e c ta e n p a r tic u la r c o n el e sp íritu d e la c a n z o n a . E s ta o b r a
se in ic ia c o n u n a m e lo d ía s u m a m e n te e m o tiv a , q u e re c u e rd a a la d e u n m a
d r ig a l a s o lo d e C a c c in i, a u n q u e ca si d e in m e d ia to se c o n v ie r te e n fig u r a c io
le s , a u n q u e la s c a d e n c ia s r e c u r r e n te s e n La y la a lte r n a n c ia d e s e c c io n e s
z a n n o ta s p r o lo n g a d a s , e s c a la s r á p id a s , tr in o s , d o b le s c u e r d a s y o r n a m e n ta
c io n e s im p r o v is a d a s lla m a d a s affetti.
6
-------1------
I
Basso continuo
k Á :..
.. w * j ---- —
j9-----9----
~ ^ ~ r r ~*f~ f T f
V -c
Basso continuo
s ti \ ¡ 1 1 1
n \ _________________ 9 ____ _ ir ___it _ __ i —
groppo [r 4ll{ f l'
----
..........* ...............................................* ................... .................. *-9—
Affetti (ornamentos)
j .J T [T T I I T -^ L h9—------ rj ip --- r-P——
B j
— —r j- 9- —
6
Vr .....: .0 ■ — ‘- j O 3
H a c ia m e d ia d o s d e l s ig lo X V II, la c a n z o n a y la so n a ta se h a b ía n m e z c la d o
n a ta s p a ra m u c h a s c o m b in a c io n e s d ife r e n te s d e in s tr u m e n to s ; u n m e d io c o - :
a g u d a s , v o c a le s o in s tr u m e n ta le s , p o r e n c im a d e u n b a jo c o n tin u o , e je r c ió u n a \
La música en el Barroca ¡etnprnuo 411
a tr a c c ió n e s p e c ia l e n lo s c o m p o s ito r e s d u r a n te to d o e l s ig lo X V II. L a s so n a ta s d e
V ariaciones
E l p r in c ip io d e la v a r ia c ió n im p r e g n a n u m e r o s a s fo r m a s in s tr u m e n ta le s d e l
c ió n d e u n tip o p r e d ile c to d e c o m p o s ic ió n p a ra te c la d o d e l R e n a c im ie n to
ta r d ío . L a s p ie z a s q u e r e fle ja n e ste p r in c ip io r e c ib ie r o n lo s n o m b r e s d e « A r ia
m á n ) y « d ife r e n c ia s » , a u n q u e c o n la m is m a fr e c u e n c ia , la p a la b r a v ariació n
n o a p a r e c ía e n e l títu lo . E l té r m in o p a r tite (d iv is io n e s ) ta m b ié n se e m p le ó a
m e n u d o a p r in c ip io s d e l s ig lo X V II p a ra d e s ig n a r g r u p o s d e v a r ia c io n e s ; s ó lo
za s se u sa r o n d iv e r s a s t é c n i c a s ; la s m á s c o m u n e s fu e r o n la s s ig u ie n te s :
1 ) L a m e lo d ía se r e p a r tía c o n p o c o s o n in g ú n c a m b io , a u n q u e p o d ía
sig lo X V II fu e r o n S w e e lin c k y S c h e id t.
2 ) L a p r o p ia m e lo d ía p o d ía v e rse o r n a m e n ta d a d e m a n e r a d iv e r s a e n
c a d a v a r ia c ió n ; p o r r e g la g e n e r a l, p e r m a n e c ía e n la v o z s u p e r io r y la s a r m o
n ía s s u b y a c e n te s n o su fr ía n c a m b io s . U n o d e lo s p r in c ip a le s c o m p o s ito r e s d e
e ste tip o d e v a r ia c ió n fu e e l o r g a n is ta h a m b u r g u é s J an A d a m R e in k e n ( 1 6 2 3 -
1 7 2 2 ).
3 ) E n u n te r c e r tip o d e v a r ia c ió n , e l fa c to r c o n s ta n te lo c o n s titu y e el
b a jo o la e str u c tu r a a r m ó n ic a y n o la m e lo d ía . A m e n u d o , c o m o e n e l c a so
p e r o h a b itu a lm e n te la m is m a se v e o s c u r e c id a p o r la fig u r a c ió n .
so b re e l A ria d i R u g g ie ro 6 (e je m p lo 9 .1 3 a ) . A l ig u a l q u e la r o m a n e s c a , el d e
d i; s ó lo e n la se x ta p a r te o v a r ia c ió n la m e lo d ía p a sa a o c u p a r u n p r im e r p la
n o . A c a s o r e c o r d a n d o la fu n c ió n o r ig in a r ia d e l R u g g ie r o , F r e s c o b a ld i e s c r ib ió
la p r im e r a v a r ia c ió n d e fo r m a m u y r a p s ó d ic a y lib r e , c o m o u n r e c ita t iv o . L a
d é c im a p a rte tie n e u n m o d o s in c o p a d o q u e B u x te h u d e y B a c h e v o c a r ía n e n
su s p a s s a c a g lia s (e je m p lo 9 .1 3 b ) .
U n a im p o r ta n te c la s e d e c o m p o s ic io n e s o r g a n ís tic a s d e l c e n tr o y n o r te d e
A le m a n ia e sta b a fo r m a d a p o r o b ra s b a sa d a s e n m e lo d ía s d e c o r a le s . E sta s
p ie z a s se e s c r ib ie r o n e n g ra n n ú m e r o y v a r ie d a d d e fo r m a s a p a r tir d e m e d ia
d o s d e l s ig lo X V II, a u n q u e y a h a y e je m p lo s e n la s o b r a s d e S w e e lin c k y
S c h e id t. E n 1 6 2 4 , S c h e id t p u b lic ó u n a g ra n a n to lo g ía d e c o m p o s ic io n e s p a ra
d e r n a d e e s c r ib ir c o m p le ta m e n te c a d a v o z e n u n p e n ta g r a m a p o r se p a r a d o .
E n tr e la s c o m p o s ic io n e s c o r a le s d e la T ab u latu ra n ova h a y u n a n o ta b le fa n ta -
EJEMPLO 9.13
a) Tema de Ruggiero
> h _______ i / O
O »,, p . z ;
8 [Rug -gier, qual sem-pre fui, al es-ser vo • glio Fin al- la mor-te^e piü, se pid ¡i puo-te ]
(O
H ==j -4—
s
Í-" H
s o b r e o tra s to n a d a s d e c o r a le s . H a y , a s im is m o , c o m p o s ic io n e s o r g a n ís tic a s
m á s b re v e s so b r e m e lo d ía s d e c a n to lla n o , m u c h a s v a r ia c io n e s s o b r e c a n c io
n e s p r o fa n a s y v a ria s fa n ta s ía s m o n u m e n ta le s . L a s o b ra s d e S c h e id t y su in
o r g a n ís tic a e n el n o r te d e A le m a n ia d u r a n te la era b a rr o c a .
M ú sic a de d a n z a
E sta c la se d e m ú s ic a n o s ó lo e ra im p o r ta n te e n sí m is m a , s in o ta m b ié n p o r
q u e su s r itm o s im p r e g n a b a n o tr o s tip o s d e m ú s ic a , ta n to v o c a l c o m o in s tr u
e je m p lo , y el m o v im ie n to a n im a d o d e la g ig a , a p a r e c e n e n n u m e r o s o s m o v i
m ie n to s q u e n u n c a r e c ib ie r o n el n o m b r e d e d a n z a . R e s u lta n o ta b le , e n a n to
lo g ía s a le m a n a s d e e sta é p o c a , la a p a r ic ió n d e n u m e r o s a s p ie z a s d e n o m in a d a s
p r u e b a h a sta d ó n d e la m ú s ic a p o la c a , d e r a ig a m b r e p o p u la r , e m p e z a b a a c o
n o c e r se e n E u r o p a o c c id e n ta l.
Su ites
C o m o c o m p o s ic ió n e n d iv e rs o s m o v im ie n to s m á s q u e c o m o m e r a s u c e s ió n
d e p ie z a s b re v e s c o n u n r itm o y a tm ó s fe r a d e te r m in a d o s , la s u ite fu e u n fe
n ó m e n o a le m á n . L a té c n ic a d e la v a r ia c ió n te m á tic a — y a e s ta b le c id a e n la s
c o m b in a c io n e s d e l s ig lo X V I: p a v a n a -g a lla r d a , T a n z -N a c h ta n z , p a s s a m e z z o -
E sta c la se d e r e la c ió n m u s ic a l o r g á n ic a y a e x is te e n tre la s d a n z a s d e u n a
m a n n S c h e in , p u b lic a d o e n 1 6 1 7 . S u s m o v im ie n to s « s u tilm e n te se c o r r e s p o n
d e n ta n to e n to n a lid a d c o m o e n in v e n tiv a » , d e c la r a b a S c h e in e n su p r ó lo g o .
Q u e d a c la r o q u e a lg u n a s d e la s s u ite s se b a sa n e n u n a id e a m e ló d ic a q u e v u e l
v e z d e la v a r ia c ió n in c o n fu n d ib le d e u n te m a . E l B an ch etto c o n tie n e v e in te
te r n a r io ). L a m ú s ic a es d ig n a , a r is to c r á tic a , v ig o r o s a m e n t e r ítm ic a y m e ló d ic a
d a d te u tó n ic a , ta n c a r a c te r ís tic a d e e sta é p o c a e n A le m a n ia .
414 H istoria de la it/idrca accidental-, /
q u e , c o m o su n o m b r e lo s u g ie r e , p o d ía se r v ir c o m o m o v im ie n to in ic ia l d e
u n a s u ite .
A p r in c ip io s y a m e d ia d o s d e l s ig lo X V II se e s ta b le c ie r o n e n F r a n c ia u n id io
m a y u n e s tilo c a r a c te r ís tic o p a ra la s d a n z a s in d iv id u a le s g r a c ia s a a r r e g lo s d e
la m ú s ic a u sa d a e n lo s b a lle ts . E s to s a r r e g lo s n o se e s c r ib ía n p a r a c o n ju n to s ,
s in o p a ra u n in s tr u m e n to s o lis ta , p r im e r o el la ú d y d e s p u é s e l c la v e o la viole
(té r m in o fr a n c é s u s a d o p a ra v io la d a g a m b a ). U n a r r e g lo d e e sta c la se es La
P oste ( N A W M 6 6 a ), d e E n n e m o n d G a u ltie r ( 1 5 7 5 - 1 6 5 1 ) . E s to s a r r e g lo s , a
su v e z , p o d ía n se r tr a n s c r ito s p a ra el c la v e , c o m o la g ig a d e r iv a d a d e e sta p ie
za ( N A W M 6 6 b ) , m e d ia n te el tr a s la d o al in s tr u m e n to d e te c la d o d e o r n a
m e n ta c io n e s y te x tu ra s q u e e ra n p e c u lia r e s d e l la ú d .
P u e sto q u e el la ú d e ra in c a p a z d e so ste n e r la s n o ta s , e ra n e c e s a r io e s b o z a r
la m e lo d ía , e l b a jo y la a r m o n ía to c a n d o lo s s o n id o s a p r o p ia d o s o ra e n u n re
g is tr o , o ra e n o tr o , d e ja n d o a la im a g in a c ió n d e l o y e n te el p r o p o r c io n a r la
lo p a r tid o q u e o tr o s c o m p o s ito r e s fr a n c e s e s a d a p ta r o n al c la v e , ju n to a a lg u
n o s ra sg o s d e la té c n ic a d e la v a r ia c ió n d e r iv a d o s d e lo s v ir g in a lis ta s in g le s e s ;
t a m b ié n d e s a r r o lla r o n s is te m á tic a m e n te e l u s o d e p e q u e ñ o s o r n a m e n to s
e je c u ta n te . E l e s tilo la u d ís tic o fr a n c é s fu e la fu e n te n o s ó lo d e im p o r ta n te s
d e s a r r o llo s e n la m ú s ic a p a ra te c la d o , s in o ta m b ié n d e to d o el e s tilo fr a n c é s
d e c o m p o s ic ió n d e fin e s d e l s ig lo X V II y c o m ie n z o s d e l X V III.
L a m ú s ic a p a r a la ú d flo r e c ió e n F r a n c ia a c o m ie n z o s d e l s ig lo X V II y c u l
m e n te e s tiliz a d a s . C a d a s e r ie in c lu y e u n a a lle m a n d e , u n a c o u r a n te y u n a z a
c a d a s u ite e s, e n r e a lid a d , u n a p e q u e ñ a a n to lo g ía d e b re v e s p ie z a s c a r a c te r ís
E l p r im e r c o m p o s ito r im p o r ta n te d e l n u e v o le n g u a je p a ra te c la d o fu e J a c-
q u e s C h a m p io n d e C h a m b o n n ié r e s ( 1 6 0 1 o 1 6 0 2 -7 2 ) p r e c u r s o r d e u n a
g r a n d e y b r illa n te c o n s te la c ió n d e c lá v e c in is ta s fr a n c e se s, e n tre lo s q u e c a b e
c ita r e s p e c ia lm e n te a L o u is C o u p e r in ( 1 6 2 6 -6 1 ) y a je a n H e n r i d ’A n g l e b e r t
La música en el Barroca temprano
415
I. A V W o V A I n m 0 \p f\ n ^ L \ o ( \ n I. o I
~ ~ " " -CL------lA___ O-fA, CA.
Z ± 1¿ r n > 3 = ^ 2
«¿_1»* tfi WS
-4A- 'y r ^ e~r ~
X I
{A a i u n ir
n m i |. n J i p y \ i A M a \ i ^ i m i n i o
' v ^ s 1 ia
-------— n ¿I-r eá . a . / i ~«j -a . /x ¡~ -
■C-.-C.4¿. r ■ «TtA..
■ g ft A iz a :
ilF “|aBi
-a i r
~i —r
Una pavana de la antología de D enis G aultier de piezas para la ú d arregladas de acuerdo a los modos:
L a r h é t o r i q u e d e s d i e u x (París, c a . 1652). Las líneas horizontales que aparecen en esta tablatura fia n -
cesa representan a ¡as cuerdas; las más bajas ocupan el lugar inferior; los trastes se indican m ediante le
tras: a, b, c, etc.
( 1 6 3 5 - 9 1 ) , E lis a b e th -C la u d e J a c q u e t d e la G u e r r e , y F r a n ^ o is C o u p e r in . (S o
E l n u e v o e s tilo fu e lle v a d o a A le m a n ia p o r F ro b e rg e r , q u ie n e s ta b le c ió la
a lle m a n d e , la c o u r a n te , la z a r a b a n d a y la g ig a c o m o c o m p o n e n te s e s ta b le s d e
c o n u n a p ie z a le n ta , la z a r a b a n d a ; e m p e r o , e n u n a p o s tu m a p u b lic a c ió n d e
1 6 9 3 , la s s u ite s a p a r e c e n r e v isa d a s y te r m in a n c o n u n a a n im a d a g ig a . L a fu
s ió n d e p ie z a s d e g é n e r o y r itm o s d e d a n z a e n la s u ite p a ra te c la d o d e m e d ia
d o s d e l s ig lo X V II se h a lla b ie n ilu s tr a d a e n u n a d e la s c o m p o s ic io n e s m á s fa
m o s a s d e F r o b e r g e r , e l la m e n t o ( to m b e au ) p o r la m u e r te d e l e m p e r a d o r
lo s p r im e r o s e n im ita r la m ú s ic a d e la ú d e n e l c la v e , p r e d o m in a e n la te x tu ra .
N o s ó lo a lu d e al n o m b r e d e l e m p e r a d o r la rara to n a lid a d d e Fa m e n o r , s in o
a r p e g io d e s d e la s p r o fu n d id a d e s d e l b a jo al a g u d o p a ra re p re se n ta r la a s c e n
s ió n d e l a lm a d e l e m p e r a d o r .
416 H is to r ia J e la m ú s ic a 01' a J v H t a i , i
U n a c la s e d e c o m p o s ic ió n im p r o v is a to r ia q u e a b a n d o n a e l v ir tu o s is m o e n fa
v o r d e la c o n te m p la c ió n se re n a fo r m a p a r te d e la s o b r a s d e G ir o la m o F re s c o -
b a ld i. E n c o n tr a ste c o n la im p o n e n te g r a n d e z a o b je tiv a y e l v ir tu o s is m o d e la
e s c u e la v e n e c ia n a c o m o la s d e M e r u lo , e sta s to c c a ta s p o s e e n u n a v e n a reser
v a d a , s u b je tiv a , m ís tic a , c o n a r m o n ía s p r o lo n g a d a s y p r o g r e s io n e s d e a c o r d e s
e x tr a o r d in a r ia m e n te o r ig in a le s .
S in e m b a r g o , o tra s to c c a ta s p a ra te c la d o d e F r e s c o b a ld i e stá n e m p a r e n ta
d a s c o n e l tip o v e n e c ia n o : d a n lu g a r al v ir tu o s is m o y su fo r m a es u n a e x te n sa
s e r ie d e s e c c io n e s la x a m e n te v in c u la d a s e n tre sí, c o n g ra n e x u b e r a n c ia d e id e a s
m u s ic a le s , ta l c o m o o c u r r e e n la to c c a ta te rce ra d e l lib r o p r im e r o d e 1 6 3 7
b a ld i, p u e d e d e s c r ib ir s e c o m o in q u ie to . L a m ú s ic a u n a y o tr a v e z se a ce rca a
u n a c a d e n c ia so b r e la d o m in a n te o la tó n ic a , a u n q u e , h a sta e l m is m o m o
d ia n te u n m o v im ie n to c o n tin u o d e la s p a r te s. L a s d iv e r s a s s e c c io n e s d e e sta s
to c c a ta s, s e g ú n m a n ifie s ta el c o m p o s ito r e n e l p r e fa c io , p u e d e n to c a r se se p a
r a d a m e n te y la p ie z a a ca b a r e n c u a lq u ie r c a d e n c ia q u e r e s u lte a p r o p ia d a p a ra
e llo , si a sí lo d e se a el e je c u ta n te ; a d e m á s , F r e s c o b a ld i in d ic a q u e el te m p o n o
a c u e r d o c o n e l s e n tid o d e la m ú s ic a , e n e s p e c ia l m e d ia n te r e ta rd o s e n la s c a
d e n c ia s .
F ro b e rg e r e s c r ib ió to c c a ta s c o n fo r m a s m á s s ó lid a s , a u n q u e m e n o s e x u b e
ra n te s; e n e lla s , lo s p a s a je s lib r e m e n te im p r o v is a to r io s p r o p o r c io n a n u n m a r
tic o d e la fa n ta s ía . L a s p ie z a s d e F ro b e rg e r fu e r o n el m o d e lo p a ra la u lte r io r
fu s ió n b a rr o c a d e to c c a ta y fu g a , ta l c o m o o c u r re e n la s o b ra s d e B u x te h u d e ,
o p a ra su e m p a r e ja m ie n to , c o m o su c e d e c o n la c o n o c id a Toccata y F u g a en re
m enor, d e B a c h .
B ib lio g r a fía
Antologías musicales
Miísica vocal
Benevoli. Opera Omnia (Roma: Societas Universalis Sanctae Ceciliae, 1966-); la misa
festiva de Salzburgo se halla en DTOe, vol. 20 (año 11/1).
Carissimi. Los oratorios los ha publicado el Istituto Italiano per la Storia della Música,
edición a cargo de L. Bianchi (Roma, 1951 -). Véanse también Jephte, con la reali
zación del bajo continuo, edición a cargo de G. Wolters (Wolfenbüttel, Zurich:
Moséler Verlag, 1969); Six solo Cantatas, edición a cargo de G. Rose (Londres: Fa-
ber & Faber, 1969).
Cavalli. Giasone (prólogo y acto I únicamente), en EP, vol. 12. Están disponibles las
ediciones de los materiales preparadas por Raymond Leppard y publicadas por Fa
ber Music, Londres y G. Schirmer, Nueva York, de La Calisto (1975), Egisto
(1977), y Omindo (1969).
Cesti. Orontea, edición a cargo de William C. Holmes, en The Wellesley Edition, núm.
11 (Wellesley College, 1973); IIpomo doro, edición a cargo de G. Adler en DTOe,
3/2 y 4/2 (1896) y una edición más nueva de los actos 3 y 5 debida a C. B. Sch-
midt en Recent Researches in the Music o f the Baroque Era, 42 (Madison, Wis.: A-R
Editions, 1982).
Peri. Broude Brothers (Nueva York, 1973) y Edizioni Musicali OTOS (Florencia,
1970), han publicado ediciones facsímiles de Euñdice; edición moderna a cargo de
H. M. Brown en Recent Researches in the Music ofthe Baroque Era 36/37 (Madison,
Wis.: A-R Editions, 1981).
Schütz. Samtliche Werke, 18 vols., edición a cargo de Spitta y Schering (Leipzig: Breit-
kopf & Hártel, 1885-1927); Nene Ausgabe sdmtlicher Werke (Kassel: Bárenreiter,
1955-). Consúltese también D. P. Miller y A. L. Highsmith, recopiladores: Hein-
rich Schütz: a Bibliography ofthe Collected Works and Performing Editions (Nueva
York: Garland, 1986).
Música instrumental
Frescobaldi. Opere complete, (Milán: Edizioni Suvini Zerboni, 1976-); obras para tecla
do, edición a cargo de P. Pidoux, 5 vols. (Kassel: Bárenreiter, 1949-54).
Froberger. Las piezas para teclado se han editado bajo el cuidado de G. Adler en DTOe,
vols. 8, 13 y 21 (años 4/1, 6/2, 10/2); las obras para órgano, en Suddeutsche Orgel-
meister des Barock 5, edición a cargo de R. Walter (Altotting: A. Coppenrath,
1968); nueva edición crítica de las suites debida a H. Schott en Le Pupitre, núm.
57 (París: Heugel, 1979).
jacquet de la Guerre. Piéces de clavecín, edición a cargo de Carol H. Bates (París: Heu-
gel, 1986). Selección de piezas para clave y la cantata Semelé en Historial Anthologie
o f Music by Women, editor James R. Briscoe (Bloomington: Indiana University
Press, 1987), pp. 57-76.
Scheidt. Las obras completas se han editado bajo el cuidado de G. Harms y C. Mahren-
holz, 13 vols. (Klecken-Ugrino Abtlg. Verlag, 1923-); la Tabulatura nova, en DdT,
vol. 1.
Schein. Las obras completas se han editado por A. Prüfer et al., 7 vols. (Leipzig: Breit-
kopf & Hártel, 1901-23; reimpresión 1970). Hay una nueva edición debida a A.
Adrio y S. Helms (Kassel: Bárenreiter, 1963-).
Sweelinck. Opera omnia, vol. 1: The Instrumental Works, edición a cargo de G. Leon-
hardt et al. (Amsterdam: Vereeniging voor Nederlandse Muziekgeschiedenis, 1968;
edición revisada, 1974).
Viadana. Una edición moderna de Cento concerti ecclesiastici puede hallarse en Viadana:
Opere, Ser. 1, núm. 1 (Kassel: Bárenreiter, 1964).
Lecturas adicionales
De carácter general
Manfred R Bukofzer: Music in the Baroque Era (Nueva York: Norton, 1947), aunque
no mantiene su vigencia, sigue siendo un estudio completo de todo el Barroco con
ejemplos y bibliografías musicales; Claude V. Palisca: Baroque Music, segunda edi
ción (Englewood Cliífs, N. J.: Prentice-Hall, 1991), es una introducción de carác
ter selectivo en los principales estilos y géneros de la música barroca, con ejemplos
musicales y bibliografías anotadas; Tim Cárter, Music in Late Renaissance and Early
Baroque Italy (Londres: Batsford, 1992). También habría que consultar los artículos
revisados de The New Grove Composer Biography Series (Nueva York: Norton); The
New Grove Italian Baroque Masters (Monteverdi, Frescobaldi, Cavalli, Corelli,
A. Scarlatti, Vivaldi, D. Scarlatti), debido a D. Arnold et ai, 1984; The New Grove
North European Baroque Masters (Schütz, Froberger, Buxtehude, Purcell, Tele-
mann), debido a J. Rifkin et al., 1985; The New Grove French Baroque Masters
(Lully, Charpentier, Lalande, Couperin, Rameau), debido a J. Anthony et al.,
1986. Más bibliografía en John Barón, Baroque Music: A Research and Information
Guide (Nueva York: Garland, 1993) y Julie Anne Sadie, Companion to Baroque Mu
sic (Londres: Dent, 1990).
420 H istoria ríe /// m usita oeciríentíil, I
Bajo continuo
Ópera temprana
Para un estudio de la ópera, véase D. J. Grout: A Short History o f Opera, 3.a edición
con Hermine Weigel Williams (Nueva York: Columbia University Press, 1988); y
para la ópera desde sus comienzos hasta Lully, Robert Donington: The Rise o f Ope
ra (Londres y Boston: Faber & Faber, 1981). Sobre ópera temprana, Frederick W.
Sternfeld, The Birth o f Opera (Oxford: Clarendon Press, 1993). Una bibliografía
útil es la de Guy A. Marco: Opera: A Research and Information Guide (Nueva York:
Garland, 1984). Sobre la ópera italiana temprana, véanse Howard M. Brown:
«How Opera Began: An Introduction to Jacopo Peri’s Euridice (1600)», en The
Late Italian Renaissance, 1525-1630, edición a cargo de E. Cochrane (Nueva York:
Harper & Row, 1970), pp. 401-43, y en GLHWM, 5:1-43; Niño Pirrotta: «Early
Italian Opera and Aria», en Music and Theatre from Poliziano to Monteverdi, trad.
de K. Eales (Cambridge: Cambridge University Press, 1982); William Porter: «Peri
and Corsi’s Dafne: Some New Discoveries and Observations», JAMS 18 (1965):
170-96. Para una historia exhaustiva de la ópera veneciana léase Ellen Rosand,
Opera in Seventeenth-Century Venice: The Creation o f a Genre (Berkeley: University
of California Press, 1991). Véase también Margaret Murara: Operas for the Papal
Court, 1631-1668 (Ann Arbor: UMI Research Press, 1981) para un estudio de la
temprana ópera romana.
La Camerata florentina
Para un estudio de carácter informativo sobre la canción solista, véase Nigel Fortune:
«Italian Secular Monody from 1600 to 1635: An Introductory Survey», en M Q39
(1953):171-95, y en GLHWM, 5: 47-71; y sobre la cantata, véase Gloria Rose:
«The Italian Cántate of the Baroque Period», en Cattungen der Musik in Einzeldars-
tellungen Gedenkschrift Leo Schrade, edición a cargo de W. Arlt et a i, (Berna: Franc-
ke, 1973), 1: 655-77, y en GLHWM, 5: 241-63.
Monteverdi
Dos de las introducciones más amenas a este compositor son Denis Arnold: Monteverdi
(Londres: J. M. Dent, 1963; revisión, 1975) y Gary Tomlinson, Monteverdi and the
End ofthe Renaissance (Berkeley: University of California Press, 1987). Otro estu
dio anterior es Leo Schrade: Monteverdi: Creator o f Modem Music (Nueva York:
Norton, 1950; reimpresión 1964). Para una bibliografía extensa y estudios detalla
dos, véanse The New Monteverdi Companion, edición a cargo de D. Arnold y N.
Fortune (Londres: Faber & Faber, 1985); Jeffrey Kurtzman: Essays on the Montever
di Mass and Vespers o f 1610, Rice University Studies, vol. 64, núm. 4, Houston,
1979; John Whenham, ed.: Monteverdi «Orfeo» (Cambridge: Cambridge Univer
sity Press, 1986), manual de la ópera. Una buena investigación y fascinante compi
lación es The Letters o f Claudio Monteverdi, trad. por Denis Stevens (Londres: Faber
& Faber, 1980).
La Escuela Veneciana
Oratorio
Schütz
La obra clásica sobre este compositor es Hans Joachim Moser: Heinrich Schütz, trad. de
C. F. Pfatteicher (St. Louis: Concordia Publishing House, 1959). Sobre la influen
cia de Monteverdi y del «nuevo estilo» en Schütz, véase Denis Arnold :«The Second
Venetian Visit of Heinrich Schütz», MQ 71 (1985): 359-74. La obra de Alien Skei:
Heinrich Schütz: A Cuide to Research (Nueva York: Garland, 1981), es un libro de
consulta indispensable.
Música instrumental
David D. Boyden: The History ofViolin Playingfrom Its Origins to 1761 (Londres: Ox
ford University Press, 1965); Williams S. Newman: The Sonata in the Baroque Era,
4.a edición (Nueva York: Norton, 1983); Peter Allsop, The Italian «trio» sonata
from its Origins until Corelli (Oxford: Clarendon Press, 1992); Willi Apel: The His
tory o f Keyboard Music to 1700, trad. y revisión de H. Tischler (Bloomington, Ind.:
Indiana University Press, 1972); Frank E. Kirby: A Short History o f Keyboard Music
(Nueva York: Free Press, 1966); Alan Curtís: Sweelinck’s Keyboard Music (Leiden:
University Press; Londres: Oxford University Press, 1969). Sobre la vida y obra de
Frescobaldi, véanse Frederick Hammond: Girolamo Frescobaldi (Cambridge, Mass.:
Harvard University Press, 1983) y Alexander Silbiger: «The Román Frescobaldi
Tradition, c. 1640-1670», JAMS 33 (1980): 42-87, sobre la influencia de Fresco
baldi en Roma, sus alumnos y seguidores. Para una explicación de la historia de la
chacona y la passacaglia, véase Thomas Walker: «Ciaccona and Passacaglia: Re
marles on their Origin and Early History», JAMS 21 (1968): 300-20, y Richard
Hudson: The Folia, the Saraband, the Passacaglia, and the Chaconne, MSD 35, 4
vols. (Neuhausen-Stuttgart: Hánssler, 1982). Bruce Gustafson and David Fuller, A
catalogue o f Freneh Harpsichord Music, 1699-1780 (Oxford: Clarendon Press,
1990).
1 0 O p e ra y m ú s ic a v o c a l a f in a le s
d e l s ig lo X V II
O
L a ó p e ra
Venecia
tro s d e d ic a d o s a e ste g é n e r o e ra n fa m o s o s e n to d a E u r o p a .
E n V e n e c ia , el c a n ta n te y e l a ria , m á s q u e e l d r a m a o e l e s p e c tá c u lo , e ra n
lo s im a n e s q u e a tr a ía n al p ú b lic o . L o s e m p r e s a r io s se d is p u ta b a n a lo s c a n
ta n te s m á s p o p u la r e s p a g a n d o a lto s h o n o r a r io s . L a s c a n ta n te s S ig n o r a G ir o -
la m a y G iu lia M a s o tti g a n a b a n d e d o s a se is v e c e s m á s p o r e l p a se d e u n a
ó p e r a d e lo q u e C a v a lli, e l c o m p o s ito r m e jo r p a g a d o , r e c ib ía p o r c o m p o n e r
(v é a s e la ilu s tr a c ió n , p . 4 2 7 ) , q u e in a u g u r ó la m o d a d e la d iv a o p e r ís tic a y
s a m e n te p a ra su e s p e c ia l ta le n to .
L o s lib r e tis ta s r e s p o n d ía n a la d e m a n d a d e a r ia s e s c r ib ie n d o m á s v e rs o s
e n fo r m a s y m e tr o s a p r o p ia d o s p a r a e lla s , y lo s c o m p o s ito r e s lo s s u p e r a b a n
p e r m itié n d o s e e x p a n s io n e s lír ic a s a m o d o d e a r ia c u a n d o u n o s p o c o s v e r s o s
d e l d iá lo g o , o la s itu a c ió n o fr e c ía n la o p o r tu n id a d . A m ita d d e s ig lo e ra c o
r r ie n te q u e u n a ó p e r a tu v ie r a d o s d o c e n a s d e a r ia s; h a c ia 1 6 7 0 , s e s e n ta e ra
la n o r m a . L a fo r m a fa v o r ita e ra la c a n c ió n e s tr ó fic a , e n la c u a l v a r ia s e s tr o fa s
se c a n ta b a n c o n la m is m a m ú s ic a . O tr a s e ra n la s a r ia s c o r ta s d e d o s p a r te s
424 H istoria ríe Iti música occidental, 1
e n la fo r m a A B , y d e tre s e n la fo r m a A B B ’ y A B A o A B A ’ . M u c h a s
m is m a m ú s ic a .
L a s a ria s c o n r itm o d e m a r c h a , g ig a , sa r a b a n d a o m in u e to e ra n e je m p lo s
z a . L o s m o tiv o s m u s ic a le s , ta n to e n la p a r te v o c a l c o m o e n e l a c o m p a ñ a
m ie n to , r e fle ja b a n el c o n te n id o d e l te x to . P o r e je m p lo , u n c o m p o s ito r d e b ía
L o s c o m p o s ito r e s d e l ú ltim o c u a r to d e s ig lo u s a r o n c o n fr e c u e n c ia u n
a c o m p a ñ a m ie n to d e tip o o s tin a to , d o n d e e l b a jo m a r c h a b a c o n v a lo r e s ig u a
1 6 9 0 ) . E l e s q u e m a o s tin a to m o d u la p r im e r o a la d o m in a n te , d e s p u é s a la
d o m in a n te d e la d o m in a n te .
te r e o tip a d o p r o c e d e n te s d e la ó p e r a s e r ia y h e r o ic a , c o n p r o p ó s ito s h u m o r ís
U n a r ia s ó lo a c o m p a ñ a d a p o r c la v e y b a jo , c o n o s in r ito m e llo o r q u e s ta l, se
c o n o c e c o n e l n o m b r e d e « a r ia c o n c o n tin u o » .
C a r io P a lla v ic in o ( 1 6 3 0 -8 8 ) y A g o s t in o S te ffa n i ( 1 6 5 4 - 1 7 2 8 ) fu e r o n d o s d e
P a lla v ic in o a c tu ó p r in c ip a lm e n te e n D r e s d e y S te ffa n i e n M u n ic h y H a n n o -
g ló p a ra m a n te n e r u n ju s t o e q u ilib r io e n tre la fo r m a y e l c o n te n id o e m o c io
tie m p o , su s o b r a s s o n im p o r ta n te s n o s ó lo p o r s í m is m a s , s in o ta m b ié n h is -
tó r ic a m e n te , y a q u e e je r c ie r o n u n a n o ta b le in flu e n c ia s o b r e a lg u n o s c o m p o
sito r e s d e l s ig lo X V III, e n e s p e c ia l s o b r e K e is e r y H á n d e l.
E l a ria d e S te ffa n i U n b alen d 'in ce rta spem e (U n relám pago d e in cie rta espe
ra n z a ) 3 d e la ó p e r a E n rico detto i l leone (E n riq u e, lla m ad o e l L eón , H a n n o v e r ,
3 E d ita d a e n H A M , n ú m . 2 4 4 .
426 H istoria de la música occidental, 1
Un cruel monstruo son los celos. Ellos han atrapado el cabello de Ceraste. Nacida de las pro
fundidades de la laguna Estigia, sus armamentos están rociados con veneno.
n e s m o d e s ta s . L o s p a s a je s d e v ir tu o s is m o , a u n q u e d e s ta c a d o s , n o s o n n i e x c e
s iv o s n i d e ja n d e g u a rd a r r e la c ió n c o n e l te x to : a p a r e c e n c o n la s p a la b r a s d e s
p r e sa e ste p e n s a m ie n to d e u n a m a n e r a típ ic a m e n te b a rr o c a , c o n u n a m e lo d ía
c r o m á tic a y fa ls a s r e la c io n e s a r m ó n ic a s (e je m p lo 1 0 .3 ) . O tr o s d o s ra sg o s d e
u n a b re v e fr a se im p o r ta n te — te m a m u s ic a l q u e se d e s a r r o lla r á e n e l a ria —
2 ) la v o z se v e a c o m p a ñ a d a p o r u n b a jo c o n fig u r a s ig u a le s .
• f ipera y música vocal a finales d el siglo XVtl 427
La fa m o sa ca n ta n te de ópera A n n a
Renzi, acerca de quien Giulio Strozzi
escribió en L e G l o r i e d e l i a s i g n o r a
A nna R enzi ro m a n a (Venecia,
1644): «Nuestra señora A n n a está do
tada de una expresión tan verosím il
que sus respuestas y discursos no pare
cen memorizados, sino nacidos en el
mismo instante. E n sum a, se transfor
m a completamente en la persona que
representa, y parece ora u n a T h a lia
llena de alegría, ora u n a Melpómene,
rica en trágica majestad». (Citado en
Ellen Rosand, O p e r a in S e v e n t e e n t h -
C e n t u r y V e n ic e , p. 2 3 2 .)
sa y su tr a ta m ie n to m u s ic a l g e n e r a lm e n te s e rio , flo r e c ió e n el su r d e A le m a
n ia h a sta b ie n e n tr a d o e l s ig lo X V III. U n e je m p lo ta r d ío fu e la ó p e r a c e r e m o
n ia l C o sta n z a e fo r te z z a ( C o n sta n c ia y fo r t a le z a ), d e l o r g a n is ta , te ó r ic o y
d ir e c to r v ie n e s J o h a n n J o se p h F u x , c o m p u e s ta p a ra la c o r o n a c ió n d e l e m p e
r a d o r C a r lo s IV , e n P ra g a , e n 1 7 2 3 .
N áp o les
h a c ia la e s tiliz a c ió n d e l le n g u a je y la s fo r m a s m u s ic a le s y ta m b ié n h a c ia u n a
te x tu ra m u s ic a l s e n c illa q u e se c o n c e n tr a s e e n la lín e a m e ló d ic a d e la v o z s o
tic o m á s p r e o c u p a d o p o r la e le g a n c ia y la e fe c tiv id a d e x te r io r q u e p o r la fu e r
... es el único rayo [de esperanza] que me sostiene entre nubes de dolor.
p r in c ip a lm e n te e n N á p o le s , y d e a h í q u e c o n fr e c u e n c ia se le d e n o m in e estilo
n ap o litan o .
E n lo s r e c ita t iv o s , a u n q u e c o r to s , se p r e sta b a g ra n a te n c ió n a la s s u c e s io
n e s a r m ó n ic a s q u e a p o y a b a n lo s r á p id o s c a m b io s d e s e n tim ie n to s e id e a s e n
a c o m p a ñ a d o p o r e l c la v e y u n in s tr u m e n to b a jo d e a p o y o — se u tiliz a b a
p r in c ip a lm e n te p a r a r e s o lv e r lo m á s r á p id a m e n te p o s ib le la r g o s tr e c h o s d e
d iá lo g o o m o n ó lo g o , c o n u n a fo r m a lo m á s p a r e c id a al h a b la . E l s e g u n d o
m á tic a s e s p e c ia lm e n te te n sa s; lo s r á p id o s c a m b io s d e s e n tim ie n to s e n e l d iá
lo g o se v e ía n s u b r a y a d o s p o r la o r q u e s ta , la c u a l ta n to a c o m p a ñ a b a a l
c a n ta n te c o m o p u n tu a b a su s fr a s e s m e d ia n te b re v e s ir r u p c io n e s in s tr u m e n ta
L a tr a n s ic ió n d e la ó p e r a b a rr o c a d e l s ig lo X V II a l n u e v o e s tilo es e v id e n te
e n la s o b ra s d e A le s s a n d r o S c a r la tti ( 1 6 6 0 - 1 7 2 5 ) . S u s p r im e r a s ó p e r a s e ra n
s im ila r e s a la s d e L e g r e n z i y S tr a d e lla . S in e m b a r g o , e n m u c h a s d e su s o b r a s
p o s te r io r e s , s o b r e t o d o e n M itr id a te (V e n e c ia , 1 7 0 7 ) , T ig ra n e (N á p o le s ,
y la im p o r ta n c ia d e la o r q u e s ta e v id e n c ia n la d e d ic a c ió n d e S c a r la tti a u n
id e a l m u s ic a l se r io .
E l a r ia d a capo to m a su n o m b r e d e la s p a la b r a s « d a c a p o » (d e s d e e l c o
m ie n z o ) in s e r ta d a s e n u n a fo r m a d e d o s s e c c io n e s , al fin a l d e la s e g u n d a d e
e lla s , d a n d o in s tr u c c io n e s a lo s in té r p r e te s d e v o lv e r al p r in c ip io d e l a r ia y re
p e tir la p r im e r a s e c c ió n . E n su s m a n o s , e l a r ia d a c a p o se c o n v ir tió e n e l v e
h íc u lo p e r fe c to p a r a p r o lo n g a r u n m o m e n t o lír ic o m e d ia n te u n e s q u e m a
m u s ic a l q u e e x p re sa u n a ú n ic a e m o c ió n r e in a n te , a v e c e s c o n u n s e n tim ie n to
R e in a d u r a n te q u in c e a ñ o s , se h a v is to r e p u d ia d a p o r el r e y G u a lt ie r o , d e S i
m ie n to se r e su m e e n la m e lo d ía d e l p r im e r v e rso (e je m p lo 1 0 .4 a ) , a p a r tir d e
la c u a l se d e s a r r o lla el re sto d e la s e c c ió n p r in c ip a l o A , m e d ia n te m é to d o s d e
e x te n s ió n , s e c u e n c ia y c o m b in a c ió n . E n la s e c c ió n s u b o r d in a d a o B , r ítm ic a
m e n te v in c u la d a a la A , se p r e se n ta u n in s ta n te el a sp e c to lu m in o s o , e l p la c e r
q u e sie n te la m u je r p o r h a lla r s e e n su te r r u ñ o (e je m p lo 1 0 .4 b ) . H a b ie n d o
c o m p le ta d o e sto , el c a n ta n te s ig u e la d ir e c c ió n « D a l s e g n o » , p a r a v o lv e r a su
Compás 1 4 16 18 19 26 (27=)4-18
L a s e c c ió n A , e n Do m e n o r , o c u p a 1 8 c o m p a s e s ; la B, d e 8 c o m p a s e s ,
a ta c a d e in m e d ia to la s e c c ió n A e n Do m e n o r y e l a r ia a c a b a c o n la fe r m a ta al
p o p u la r e n la d é c a d a d e 1 7 2 0 .
430 H istoria de la música occidental , I
m on - te,
%
que - sta é pur l’ a -
bbhhP.—
mi
Me vuelves a ver, oh, selva umbría, pero no por más tiempo reina y esposa; desventurada,
desdeñaría, pastora.
Francia
H acia com ienzos del siglo X V I I I la ópera italiana ya había sido aceptada en
casi todos los países de E uropa occidental, salvo en Francia. A unque en París
se habían representado algunas óperas italianas hacia m ediados del siglo X V I I ,
durante m ucho tiem po los franceses no quisieron aceptar la de origen italia
no ni crear una propia. Sin em bargo, en la década de 1670, finalm ente, se
logró una ópera nacional francesa bajo el augusto patrocinio de Luis XIV.
Poseedora de rasgos especiales que la distinguían de la form a italiana, perm a
neció inalterada en esencia hasta más allá de m ediado el siglo X V I I I .
Las características peculiares de la ópera francesa se debían a dos podero
sas tradiciones de la cultura nacional: e| suntuoso y colorido ballet, que flore
cía en la corte real desde el Ballet comique de la reine, de 1581, y la tragedia
francesa clásica, que tenía su m ejor representación en las obras de Pierre C or-
Ópera y música vocal a finales del siglo XVIf 431
Jean-Baptiste Lully
Jean-B aptiste Lully (1 632-1687), italiano, llegó a París a tem p ran a edad.
D esde 1653, com o m iem bro de la orquesta de cuerda del rey Louis X IV
( ving-quatre violons du roy), com puso m úsica in stru m en tal y m úsica para
danzas que se añadían a las producciones de óperas italianas. Tam bién com
puso oberturas, danzas, y núm eros vocales para ballets de corte tan to en esti
lo italiano com o francés. M ediante u n astuto m anejo de sus asuntos y el fa
vor del rey, se convirtió v irtu a lm en te en el d ic tad o r m usical de Francia,
cuando un privilegio real, en 1672, dio a su A cadém ie Royale de M usique el
m onopolio del dram a cantado. Su libretista era Jean-Philippe Q u in au lt, esti
m ado dram aturgo de la época; éste proporcionó a Lully textos en los que se
com binaban satisfactoriam ente tram as serias (o que, cuando m enos, no re
sultaban intencionalm ente cómicas) sobre tem as mitológicos, con frecuentes
y extensos interludios de danzas y canto coral llam ados divertissements, todo
ello astutam ente mezclado con adulaciones al rey, la glorificación de la na
ción francesa, largas exposiciones sobre l ’amour y episodios de aventuras ro
m ánticas y maravillosas. C o n estos libretos, Lully com puso u n a m úsica apro
piadam ente pom posa y que proyectaba tan to el esplendor extrem adam ente
formal de la corte real francesa com o la u n tan to intelectualizada preocupa
ción gala por las m inucias del am or cortesano y la conducta caballeresca. La
música de Lully ejerce una enorm e atracción inm ediata en los oídos actuales
con sus coros im presionantes y espectaculares y las rítmicas danzas de sus es
cenas de ballet. C on el tiem po, las danzas de los ballets y las óperas de Lully
alcanzaron am plia popularidad en arreglos con form a de suites in stru m en ta
les independientes; adem ás, m uchos com positores de fines del siglo y co
mienzos del x v i i i escribieron suites de danzas a im itación de las de Lully.
Lully supo acom odar el recitativo italiano a los ritm os del idiom a y la ver
sificación franceses. Idear una declam ación musical para los textos galos no
432 H istoria fie la música ucxidctttaí, /
era, en m odo alguno, tarea sencilla, puesto que ni el rápido recitativo secco ni
el casi m elódico arioso de la ópera italiana se adecuaban a los ritm os y acen
tos de la lengua francesa. Se dice que Lully resolvió el problem a estudiando
el estilo de declam ación utilizado en el teatro francés e im itándolo lo más es
trictam ente posible. Sin em bargo, esta idea atractiva era de difícil plasma-
ción. Sin duda alguna, la sincronización de sílabas y notas, las pausas y a m e
nudo las inflexiones recuerdan a las declamaciones teatrales; no obstante, el
bajo rítm ico y la frecuente m elodía vocal dism inuyen la ilusión de habla que
producía el recitativo italiano.
El recitativo característico de Lully, que posteriorm ente se denom inaría
récitatif simple, es aquel en que el m etro o la agrupación de los valores de las
notas pasa de binario a ternario. Esta pauta se veía frecuentem ente in terru m
pida por períodos de recitativo de m edida uniform e, récitatif mesuré, más pa
recidos al canto que, deliberadam ente, tenían un acom pañam iento más m o
vido. Algunas de estas secciones de récitatif mesuré aparecen señaladas con la
Opera y mmtca vocal ti finóles OrC/fio i U 433
palabra «Air» en las partituras, pero carecen de la form a cerrada o los esque
mas rítmicos de la verdadera aria, que más frecuentem ente tiene el m etro y la
form a de una danza.
E n el m o n ó lo g o de A rm ide, de la ó pera del m ism o n o m b re (1 6 8 6 ;
N A W M 70b), se ilustra esta mezcla de estilos (ejemplo 10.5). C om ienza sin
un pulso m étrico fijo y avanza hasta una sección parecida a un aria en tem po
de m inueto. U na de las escenas de recitativo más im presionante es la prim era
parte de este m onólogo, en la cual la protagonista se halla de pie ju n to a su
guerrero cautivo, el dorm ido Renaud, con un cuchillo; su am or por él le im
pide clavárselo en el pecho. A rm ide canta con ritm o irregular, es decir, con
compases de cuatro negras mezclados con otros de tres. Esto perm ite que las
dos sílabas acentuadas que se encuentran norm alm ente en cada verso caigan
sobre tiem pos fuertes. A cada verso cantado le sigue generalm ente un silen
cio. Los silencios tam bién se utilizan dram áticam ente, com o en el pasaje en
el qu e A rm ide d u d a (ejemplo 10.5).
O tra clase de aria, m enos enraizada en la acción dram ática q ue la que si
gue al m onólogo de Arm ide, es la descripción poética de una escena tranquila
y de los sentim ientos contemplativos que la m ism a despierta. U n ejemplo lo
constituye Bois épais (Bosque espeso) de la ópera Amadis (1684; ejemplo 10.6).
Las descripciones musicales de estados aním icos de esta índole — serias, con
tenidas, elegantem ente proporcionadas, plenas de un encanto aristocrático,
aunque sensual— fueron sum am ente adm iradas y frecuentem ente imitadas
por com positores de épocas posteriores.
Bosque espeso, redobla tus sombras; no puedes ser lo suficientemente oscuro, no puedes escon
der suficientemente mi amor desgraciado.
Opera y música vocal a finales del siglo x v n 435
La obertura
La ópera en Inglaterra — o lo que allí se conocía com o ópera— tuvo una ca
rrera breve en la segunda m itad del siglo xvn. D u ran te los reinados de Jaco-
bo I (quien reinó entre 1603-25) y Carlos I (reinó entre 1625-49), floreció
un entretenim iento aristocrático un tan to sim ilar al ballet cortesano francés,
denom inado masque. La obra más conocida de este género probablem ente
sea Comus, de M ilto n , estrenada en 1634 con m úsica de H e n ry Lawes
(1596-1662). D e estos entretenim ientos privados, el más elaborado fue Cu-
pid and Death {Cupido y la Muerte, 1653), con m úsica de M atthew Locke
(ca. 1621-1677) y C hristopher G ibbons (1615-76); esta pieza teatral com
prende m uchas danzas y otros núm eros instrum entales, canciones de diver
sos tipos, recitativos y coros.
M ientras tanto, la ópera inglesa había com enzado de una m anera m odes
ta bajo la C om m onw ealth (1649-60), no porque los com positores ingleses o
John Blow
John Blow (1649-1708) sirvió durante dos épocas diferentes com o organista
en la abadía de W estm inster y tam bién ocupó los cargos oficiales de organis
ta y com positor de la capilla real. Venus and Adonis, au n q u e su b titu la d a
«masque», es en realidad una ópera pastoril sin pretensiones que contiene en
parte m úsica encantadora y hasta conm ovedora, en la que las influencias de
la cantata italiana resultan tan discernibles com o las de los estilos inglés nati
vo y francés de m oda en esta época. En la obertura y el prólogo se sigue, cla
ram ente, el m odelo de la ópera francesa; en m uchas de las arias y recitativos
se adaptan las inflexiones em ocionalm ente expresivas del bel canto italiano;
otras canciones tienen ritm os y contornos melódicos más puram ente ingle
ses. El coro fúnebre final Mourn for thy servant (Llora por tu siervo) es típica
m ente inglés en su plasm ación sencilla y veraz del texto, sus ritm os graves, su
declam ación sin tacha, su lúcida escritura para las voces y sus frecuentes au
dacias armónicas.
Henry Purcell
Alemania
A pesar del predom inio de la m oda de la ópera italiana en las cortes alemanas
del siglo X V I I , algunas ciudades m antenían com pañías nacionales y represen
taban obras en alem án de com positores tam bién nativos. El centro m ás im
portante era la ciudad libre septentrional de H am burgo, d o n d e se inauguró
el prim er teatro público de ópera europeo fuera de Venecia, en 1678. La ópe
ra de H am burgo existió hasta 1738, fecha en la que el cam bio de gustos del
público ya no perm itió seguir m anteniendo la ópera nativa p o r más tiem po.
Sin em bargo, durante estos sesenta años perm aneció activo cierto n ú m ero de
com positores operísticos alem anes y surgió una escuela nacional de ópera.
M uchos libretos de óperas alemanas de este período eran traducciones o im i
taciones de los poetas venecianos y la música de los com positores alemanes
sufrió tanto la influencia de los m odelos venecianos com o la de los franceses.
Las principales influencias nacionales en la form ación de la ópera alem a
na fueron las obras de teatro escolar y el estilo germ ano de canción sofistica.
440 Historia de la minien occidental, /
Los dramas escolares eran pequeñas piezas de carácter religioso, m oral o d i
dáctico, con inserción de núm eros m usicales que representaban los estu
diantes. Fueron bastante num erosos du ran te el siglo X V I y com ienzos del
X V I I , aunque la práctica de escribirlos acabó d u ran te la guerra de los Treinta
Reinhard Keiser
El principal y más prolífico de los prim eros com positores operísticos alema
nes fue R einhard Keiser (1674-1739), quien escribió más de cien obras para
la escena ham burguesa entre 1696 y 1734. E n sus mejores ejemplos, las ópe
ras de Keiser representan la simbiosis de características italianas y alemanas.
En cuanto a su tem ática y al plan general, los libretos son similares a los de
las óperas venecianas y las arias virtuosísticas incluso superan a sus equivalen
tes italianas en vigor y brillantez. Las m elodías más lentas, aunque carecen
del suave flujo del bel canto italiano, son serias y a veces profundam ente ex
presivas; las arm onías están bien organizadas en estructuras amplias y claras.
Keiser no era esclavo de la m oda italiana en boga de escribir prácticam ente
4 Hay arias de esta ópera editadas por H. Osthoff, en Das Erbe deutscher Musik, segunda serie,
Schleswig-Holstein und Hansestadte, 3 (1938).
Opera y música vocal u finales fh'I ,;y/o Sen 441
todas las arias según la form a da capo; cuando utiliza este esquem a a m en u d o
lo hace con m odificaciones y adem ás introduce melodías en arioso libres,
que no se hallan estrictam ente vinculadas a ningún esquem a rítm ico o for
mal, así com o canciones en estilo puram ente alemán. Sus acom pañam ientos
son de especial interés, pues Keiser com partía la preferencia de la m ayor par
te de los com positores barrocos alemanes po r el uso de una textura polifóni
ca relativam ente plena, en contraste con la tendencia italiana a concentrarlo
todo en la melodía. Así, sus arias abundan en bajos interesantes y en variadas
com binaciones de instrum entos orquestales que «conciertan» o «compiten»
con la voz en figuras melódicas independientes.
O tro de los rasgos característicos de Keiser, que puede deberse a su en to r
no alemán, es su percepción de la naturaleza. E n su ópera más famosa, Croe-
sus (H am burgo, 1710) y en otras obras, hay escenas pastoriles que el com po
sitor trató con una frescura y un naturalism o raros en la ópera italiana de esta
época; en la escena inicial del segundo acto de Croesus, p o r ejem plo, se co m
bina el efecto de instrum entos rústicos con una línea m elódica que evoca,
con realismo, el canto de los pájaros (acto II, escena 1).
Keiser, en las postrim erías de su vida, puso música a m uchas farsas de ca
rácter trivial e incluso indecoroso, obras que contribuyeron poco a su reputa
ción musical, pero que poseen cierto interés histórico porque m uestran los
comienzos de la ópera cóm ica en Alem ania.
La cantata en Italia
Alessandro Scarlatti
Las más de 600 cantatas de Alessandro Scarlatti constituyen una cum bre de
este repertorio. Su pieza Lascia, deh lascia (Deja, oh deja) tiene m uchas carac
terísticas típicas de este género. Com ienza con una breve sección de arioso
(ejemplo 10.7a). El recitativo que sigue es típico del estilo m aduro de Scar
latti, con su am plio rango arm ónico: nótese la m odulación a la tonalidad re
m ota de M i bemol m enor con las palabras «inganni mortali» («engaños de la
vida mortal»). Sigue luego una aria d a capo com pleta (ejemplo 10.7c), con
extensas y flexibles frases melódicas sobre u n bajo con un majestuoso ritm o
de corcheas, organizado en parte con la ayuda de secuencias y que contiene
de igual m odo algunas progresiones arm ónicas y crom atism os singulares que
sirven para expresar la palabra «tormentar».
El acorde-eje de m uchísim as m odulaciones de Scarlatti es u n a séptim a
dism inuida sin preparación, acorde inusual en las obras de sus contem porá
neos y predecesores. A veces, Scarlatti explotaba la am bigüedad enarm ónica
de este acorde, pero con m ayor frecuencia lo usó para añadir énfasis a una
cadencia. H ay num erosos casos, en form a tan to arm ónica, com o melódica,
en el ejem plo 10.7c.
A unque la m ayoría de las cantatas del siglo X V I I se escribieron para una voz
de soprano solista con continuo, hubo m uchas obras de m úsica de cámara
vocal para más de una voz y, asimism o, algunas con acom pañam ientos de
conjunto y ritornellos. El dúo de cám ara vocal que corresponde a la sonata
en trío instrum ental con dos voces de registro agudo sobre un bajo cifrado,
fue un m edio predilecto en el cual Steffani gozó de especial renom bre; el es
tilo de los dúos de Steffani fue im itado por m uchos com positores posterio
res, entre ellos Bach y H ándel.
U n género situado a m itad de cam ino entre la cantata y la ópera fue la se
renata, pieza sem idram ática habitualm ente escrita para alguna ocasión espe-
Opera y mu>íc¡i vocal a finales d r! siglo 443
cial que con frecuencia tenía textos alegóricos y solía ejecutarla una pequeña
orquesta y varios cantantes. Stradella fue uno de los prim eros com positores
de serenatas; su ejem plo fue seguido por Scarlatti, H ándel y la m ayor parte
de los demás com positores de fines del siglo xvii y del XVIII.
La cantata de cám ara italiana fue im itada o adaptada en otros países, aunque
en m enor m edida que la ópera italiana. E n Francia, M arc-A ntoine C harpen-
b.
i - r e d ’u n a v - v e r - s o fa - to :
■—j^----- jp i ----------------------------------
f # = !
L_4 É m d U =J
... [amargura] de una adorada demasiado ingrata, entre los engaños de la vida mortal; si es
el propósito de la ira del destino adverso [el sólo hacerme morir...].
444 H istoria de la nadit a occidental, 1
países. H acia fines del siglo X V I I la canción com o com posición independiente
prácticam ente desapareció en Alem ania, ya que se vio absorbida p o r las for
mas com puestas: la ópera o la cantata.
Inglaterra se vio relativam ente alejada de la influencia italiana d u ran te la
mayor parte del siglo X V I I . H u b o algunas tentativas de im itar el nuevo recita
tivo m onódico durante la C om m onw ealth y después de la Restauración los
músicos ingleses conocieron las obras de Carissim i y Stradella; sin em bargo,
las mejores canciones de los músicos de la isla poco debieron a los m odelos
extranjeros. E n este género, com o en todos los dem ás, el com positor más re
levante fue H enry Purcell. Además de las m uchas canciones escritas para el
teatro, com puso gran núm ero de solos, dúos y tríos vocales, m uchos de los
cuales se publicaron en 1698, en el prim er volum en de la antología llam ada
Orpheus Britannicus. U na antología sim ilar de canciones de Jo h n Blow se
editó en 1700 bajo el título de Amphion anglicus. U na especialidad de los
com positores ingleses de este período fue la catch, ronda o canon para ser
cantada, por un grupo de amigos, sin acom pañam iento; los textos a m enudo
eran hum orísticos, con chanzas y alusiones lascivas.
La restauración de la m onarquía en Inglaterra en 1660 alentó la com posi
ción de extensas obras para coro, solistas y orquestas sobre tem as festivos
Cronología
apropiados para ocasiones ceremoniales o estatales com o los cum pleaños rea
les, los regresos del rey a Londres o las fiestas nacionales. Son ejemplos de
ello las odas de Purcell, en especial la m agnífica Ode for St. Cecilias Day (Oda
para el día de santa Cecilia), com puesta en 1692. Estas obras fueron las ante
cesoras directas de los oratorios ingleses de H ándel.
La música religiosa
Italia
U no de los centros más im buido de m úsica religiosa, tan to según las técnicas
antiguas com o m odernas, fue Bolonia y su basílica de San Petronio. Su direc
tor de m úsica desde 1657 a 1674, M aurizio Cazzati (ca. 1620-77), publicó
unas cincuenta antologías de m úsica vocal sacra entre 1641 y 1678. Su Messa
a cappella, de 1670, tiene el stile antico ligeram ente m odernizado, por una
parte; po r la otra, su Magníficat a 4, del m ism o año, está form ado por dúos
floridos en estilo m oderno, que alternan con coros en el m odo más antiguo.
En otras de sus obras, los solistas y coros siguen las pautas del concertino y el
ripieno del concierto instrum ental posterior, es decir, la oposición de un pe
queño grupo de solistas a un coro com pleto.
G iovanni Paolo C olonna (1637-95), quien ocupó el puesto de Cazzati en
Bolonia en 1674, fue más allá de la acostum brada duplicación de las voces
Opera y m úsica vocal a finales d e l siglo X V ll 447
Sur de Alemania
La mezcla de los estilos antiguo y nuevo fue tam bién corriente en los centros
católicos del sur de Alemania: M únich, Salzburgo y, en especial, Viena, sede
de la capilla im perial. Los cuatro em peradores que reinaron desde 1637 a
1740 no sólo apoyaron económ icam ente la m úsica, sino q ue ta m b ié n la
alentaron con su propio interés y su participación efectiva com o com posito
res. U n célebre ejem plo tardío de esta m úsica eclesiástica conservadora fue la
Missa di San Carlo(\ conocida com o la Missa canónica, de Jo h an n Joseph
Fux, com puesta en V iena en 1716, cada uno de cuyos m ovim ientos se basa
en un desarrollo elaborado, aunque estrictam ente canónico, de temas origi
nales. E n su carta dedicatoria, Fux m enciona que com puso esta misa espe
cialm ente para reavivar «el gusto y la dignidad de la m úsica antigua».
s Editada en Recent Researches in the Music ofthe Baroque Era, vol. 17, por Anne Schnoebelen
(Madison, Wisc: A-R Editions, 1974).
Edición de J. E. Habert y G. A. Glossner en DTOe 1/1 (1894): 63-88.
448 H istoria de la música occidental, 1
Viena
Oratorio
b.
— -----— ------
----------------------------------------------------------------------------------------------
Hay otra clase de música que no se usa en Francia en absoluto y, por ello, pare
ce que nos ocuparemos de ella individualmente. Es el llamado estilo recitativo. El
mejor que he escuchado fue en el oratorio de San Marcelo, donde hay una congre
gación de los Hermanos del Santísimo Crucifijo, compuesta por los señores más in
signes de Roma que, en consecuencia, tiene la facultad de reunir todos los recursos
más singulares nacidos en Italia. En efecto, los músicos más excelsos compiten por
aparecer allí y los compositores más consumados ambicionan el que sus composicio
nes allí se escuchen y luchan por demostrar todos los conocimientos que poseen.
Esta.admirable y arrebatadora música sólo se toca los viernes de la cuaresma,
desde las tres a las seis. La iglesia no es tan grande como la Sainte-Chapelle, de Pa
rís. En su parte posterior se encuentra una amplia galería con un órgano modesto
de sonido muy dulce y que se adapta a las voces muy bien. A ambos costados de la
iglesia hay otras dos galerías pequeñas en las que se colocaban varios instrumentis
tas excelentes. Las voces comenzaban con un salmo con forma de motete y luego to
dos los instrumentos tocaban una sinfonía muy buena. Las voces luego cantaban
una historia del Antiguo Testamento bajo la forma de una obra de teatro de carác
ter espiritual, por ejemplo, la de Susana, la de Judit y Holofemes, o la de David y
Goliat. Cada cantante representaba a un personaje de la historia y expresaba con
perfección la fuerza de las palabras. Luego, uno de los más famosos predicadores
hacia la exhortación. Cuando acababa, el coro recitaba el evangelio del día, como
la historia del buen samaritano, la de Canaán, la de Lázaro, la de Magdalena, la
de la Pasión de nuestro señor y los cantantes imitaban con gran perfección los dife
rentes personajes de los que hablaba el evangelista. No sé alabar lo suficiente esta
música de recitativo, hay que oírla en este sitio para juzgar sus méritos.
capilla produjeron gran núm ero de motetes para voces solistas y continuo, m u
chos de ellos con el estilo de la cantata profana entonces en boga; tam bién hay
otros motetes más elaborados y obras similares para solistas, coros dobles y or
questa completa; éstas son obras pomposas, ocasionalmente espléndidas, aun
que m uy extensas y, a m enudo, más bien m onótonas. Estos recibían el nom bre
de grands motets y los intérpretes que se reunían para su ejecución llegaron a
form ar un núm ero en realidad grandioso. La capilla real contaba, en 1712, con
88 cantantes y una orquesta de cuerda a cinco partes; además de los ejecutantes
de cuerdas, clave y órgano, había tres oboes, dos flautas traveseras, un fagot,
dos serpentones, violas da gamba, violines solistas, archilaúdes, crom ornos y
tiorbas. Los grands motets eran piezas multiseccionales y constaban de prelu
dios, solos vocales (llamados récits), conjuntos y coros; cambios frecuentes de
tem po y compás se indicaban m ediante signos proporcionales.
Lully, C harpentier y H enri D u m o n t (1610-84) compusieron grands motets
extraordinarios. El co m p o sito r favorito de m úsica sacra en la corte de
Luis X IV fue M ichel-R ichard de Lalande (1657-1726), cuyos más de setenta
m otetes revelan la m aestría de una gran variedad de recursos: récits silábicos,
am plios coros hom ofónicos, fugas dobles, arias y dúos ornam entados com o
los de las óperas, arm onías ricas y disonantes con propósitos expresivos y sor
prendentes contrastes de texturas y atmósferas.
La versión francesa del concierto sacro para pocas voces fue el petit motet.
O tro autor em inente en este cam po es el de Fran^ois C ouperin (1668-1733);
sus Legons de ténébres (1714), con textos de los oficios de m aitines y laudes de
sem ana santa, para u na o dos voces solistas con acom pañam iento, en un so
berbio estilo concertato, son obras singularm ente im presionantes.
9 Editados en MB 7.
10 Edición de Anthony Lewis y Nigel Fortune en Purcell: Works 29 (1960): 46-50.
454 Historia de la m usita occidental, i
Después de los estragos causados po r la guerra de los Treinta Años, las insti
tuciones eclesiásticas en los territorios luteranos de A lem ania fueron rápida
m ente restauradas. El período com prendido entre 1650 y 1750 fue la edad
de oro de la m úsica luterana. Su desarrollo se vio afectado por dos tendencias
en conflicto dentro de la Iglesia. El sector ortodoxo, que se atenía al dogm a
establecido y a las formas institucionales públicas de culto, favorecía el uso
de todos los recursos disponibles de la m úsica coral e instrum ental en las ce
remonias. E n oposición a la ortodoxia se hallaba el m ovim iento am pliam ente
difundido conocido com o pietism o, que subrayaba la libertad del creyente
individual; los pietistas recelaban de la form alidad y del desm esurado boato
litúrgico y preferían la expresión de los sentim ientos personales devotos m e
diante una m úsica de carácter más sencillo.
Corales
La herencia musical com ún a todos los com positores luteranos era el coral,
him no com unitario que se rem ontaba a los prim eros días de la Reforma. Al
gunos añadidos notables al repertorio de textos de him n o fueron los escritos
por Paul G erhardt (1607-76) hacia m ediados del siglo X V I I . M uchos de los
textos de G erhardt fueron puestos en m úsica p o r el berlinés Jo h an n Crüger
(1598-1662). C rüger revisó y publicó en 1647 u na antología titulada Praxis
pietatis mélica (Práctica de la piedad en la canción), que se convirtió en el can
cionero luterano más influyente de la segunda m itad del siglo X V I I . Las cancio
nes de la Praxis pietatis mélica y sus m uchas suceso ras, no estaban original
m ente destinadas al canto de la asamblea, sino más bien al uso hogareño;
sólo gradualm ente estas nuevas melodías se abrieron paso en los him narios
oficiales. M ientras tanto, la creciente práctica de los fieles del canto de cora
les con acom pañam iento de órgano alentó las com posiciones en el estilo de
canción, en el que las antiguas irregularidades rítm icas de la m elodía se vie
ron suavizadas gradualm ente y convertidas en un m ovim iento uniform e de
notas iguales, con la conclusión de cada frase m arcada por u na fermata; en
resumen, el tipo de com posición de coral con el que estam os familiarizados
gracias a las obras de J. S. Bach.
Al enorm e increm ento en la producción de canciones religiosas durante
la últim a parte del siglo X V I I le acom pañó un declive general tan to de la cali
dad poética com o de la musical. M uchos de los textos pietistas expresaban
posturas religiosas egocéntricas y sentim entales en u n lenguaje extravagante
m ente em ocional, m ientras que las tentativas de conferir a la música un ca-
Opera y musit a vocal a finales del siglo xva __________________ ___________ 455
rácter sencillo y popular sólo dieron com o resultado, con h arta frecuencia, la
m ediocridad. U nicam ente después de 1700 las corrientes opuestas del pietis-
m o y la ortodoxia llegaron a una un ió n beneficiosa para am bos (véase la
p. 460).
Esta unión tuvo lugar en el contexto del concierto sacro. E n tretan to tu
vieron lugar desarrollos de im portancia en los centros ortodoxos, en los que
el en torno era favorable y los recursos materiales apropiados para el desarro
llo de este género. E n estas evoluciones entraron en juego tres elem entos d i
ferentes relativos a la m úsica y el texto: el coro concertato, con texto bíblico,
tal com o lo instauraron en A lem ania Schein, Scheidt, Schütz y otros co m p o
sitores de principios y m ediados del siglo XVIi; el aria sofistica, con texto es
trófico no bíblico, y el coral, con su texto propio y su m elodía que, com o un
cantus firmus, se podía tratar de diversas maneras. Las com binaciones de es
tos elem entos dieron com o resultado tres tipos de conciertos sacros: 1) sólo
arias o arias y coros, tratadas según el m edio concertato; 2) sólo corales, tam
bién según el m edio concertato, y 3) tanto corales com o arias, las prim eras en
versiones arm ónicas sencillas o bien según el m edio concertato. A unque gene
ralm ente estas com binaciones reciben el nom bre de cantatas, resulta más co
rrecto llamarlas conciertos sacros, tal com o hicieron sus com positores.
‘ El concierto completo aparece editado por Max Seiffert en DdT 6 (1901): 79-100.
’ Idem en DdT 3 (1900): 107-09.
Historia de la música occidental > I
456
EJEM PLO 10.9 Coro de la cantata Wenn der Herr die Gefangenen zu Zion, de
Matthias Weckmann
O p e r a y m ú s ic a v o c a l ¡t fin a le s d e l sig lo XVit 457
D e atm ósfera más subjetiva y con algo de influencia de los sentim ientos
pietistas son los influyentes Gespráche zwischen Gott und einer Glaubigen See-
len (Diálogos entre Dios y un alma creyente), de A ndreas H am m ersch m id t {ca.
1611-1675), publicados en 1645 131 4. E n el dúo Wende dich, Herr (ejem plo
10.11) es notable el diestro em pleo de un trom bón obbligato, que hace las
veces de tenor en el diálogo entre el bajo y el contralto.
La form a variación, tan com ún en el período barroco, se encuentra con
frecuencia en com posiciones concertadas basadas en corales de fines del siglo
x v ii. El yerno de T u n d er y su sucesor en L übeck, D ie tric h B u x teh u d e
{ca. 1637-1707), prefería el m edio libre concertato aunque tam bién escribió
variaciones sobre corales, form a en la que cada estrofa de u n coral sirve, a su
vez, com o base para la elaboración de voces e instrum entos. Su Wachet au fu
está escrito de esta m anera: su breve preludio instrum ental festivo, o sinfonía,
se deriva de las dos prim eras frases de la m elodía del coral: la prim era estrofa
del coral es para voz de soprano y orquesta (cuerdas, fagot, continuo); con
ritm o de 3 /2 y 4/4 , cada frase ligeram ente ornam entada en la voz; las frases
vocales se ven separadas po r breves interludios orquestales; el co n ju n to se ex
tiende considerablem ente debido a la repetición de la últim a m itad de la m e
lodía del coral: la segunda estrofa, para voz de bajo y orquesta, está tratada de
m anera sim ilar a la prim era, aunque con ritm o rápido de 3/4: la tercera es
trofa, para dos sopranos y bajo en 4 /4 y 3/2, es más com pacta; los breves
p untos de im itación en varias de las frases corales se am plían hacia el final y
dan lugar a u n clímax sonoro. Todos los m ovim ientos están en la m ism a to
nalidad, Re mayor, de m odo que el contraste se logra principalm ente gracias
a cambios de textura y de ritm o.
Buxtehude com puso gran parte de su m úsica religiosa para las Abendmu-
siken, conciertos públicos que seguían a los servicios eclesiásticos vespertinos,
en Lübeck, durante la tem porada de adviento. Al parecer, se tratab a de obras
bastante extensas, variadas, casi dram áticas, en el aspecto musical, u n tan to
similares a un oratorio pobrem ente organizado, a las que incorporaban diálo
gos, arias, corales y coros polífonos, así com o m úsica organística y orquestal.
Las Abendmusiken atrajeron a músicos de toda Alem ania. J. S. Bach las escu
chó en el o toño de 1705.
C uando no utilizaban una m elodía de coral, los com positores se sentían
en libertad de em plear una versión más flexible, en la que alternaran breves
secciones a solo en arioso con partes de conjunto y coro. H acia fines de siglo
se desarrolló un esquem a un tanto unificado de música eclesiástica concerta-
¡Despertad! La voz nos llama, la voz de los guardianes de lo alto de la torre; ¡despierta, tú,
ciudad de Jerusalén! La medianoche es la hora; nos llama con tu voz clara: ¿dónde estáis, sa
bias doncellas?
O p e r a p >r ím ic a v o c a l a fin a le s fie l s i d o A l U 459
E n 1700, el ham burgués E rdm ann N eum eister (1671-1756), teólogo o rto
doxo, aunque poeta de inclinaciones decididam ente pietistas, introdujo un
nuevo tipo de poesía sacra para poner en m úsica con una form a que designó
con el térm ino italiano de «cantata» (véase el recuadro en la p. 462). H asta
finales del siglo XVII, los textos de las composiciones luteranas estuvieron for
mados principalm ente por pasajes de la Biblia y de la liturgia religiosa, así
com o por versos tom ados de los corales o que seguían su pauta. N eum eister
añadió estrofas poéticas relativas a las lecturas tom adas de las Sagradas Escri
turas e hizo que su significado tuviera sentido para los fieles m ediante devo
tas m editaciones de carácter subjetivo. C ada uno de los textos poéticos aña
didos estaba destinado a ser com puesto con form a de arioso o aria, esta
últim a casi siem pre da capo y, a m enudo, con u n recitativo introductorio.
N eum eister y sus im itadores favorecieron la libre fantasía del com positor al
escribir sus poem as en el llam ado estilo madrigalesco, es decir, en versos de
longitud desigual con rimas irregularm ente situadas; m uchos de los textos de
las cantatas de Bach y de las arias de la Pasión según san Mateo están escritos
en este estilo. N eum eister (y tras él otros poetas luteranos del tem prano siglo
XVIIl) escribió ciclos de cantatas pensadas para su uso sistem ático d u ran te
todo el año eclesiástico.
La aceptación am pliam ente difundida de este nuevo tipo de cantata tuvo
im portancia capital para la m úsica religiosa luterana. Su esquem a poético re
concilió las tendencias ortodoxas y pietistas en una mezcla satisfactoria de
Ópera y música vocal a finales riel siglo XV)/ 461
15 Edición de Max Seiffert en Gesammelte Werke pon Friedr. Wilh. Zachow, DdT 21-22 (Leip
zig, 1905).
462 H istoria de la música occidental, l
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
E rd m a n n N e u m e iste r h a b la so b re la c a n ta ta sa c ra , 1 7 0 4
L a P asión
M á s im p o r ta n te q u e e l o r a to r io e n la A le m a n ia lu te r a n a e ra la h isto ria, c o m
p o s ic ió n m u s ic a l b a sa d a e n a lg u n a n a r r a c ió n b íb lic a , c o m o p o r e je m p lo la
ca d e la p a s ió n y m u e r te d e C r is to e x is tía n d e s d e la s p r im e r a s é p o c a s m e d ie
v a le s . A p r o x im a d a m e n te d e sp u é s d e l s ig lo X II se to r n ó c o s tu m b r e r e c ita r e sta
o tr o , la s p a la b r a s d e C r is to y, u n te r c e ro , la s e x c la m a c io n e s y c o m e n ta r io s d e
ro y te m p o . T ra s e l ta r d ío s ig lo X V , lo s c o m p o s ito r e s e s c r ib ie r o n v e r s io n e s p o
H e in r ic h S c h ü tz . S in e m b a r g o , a m e n u d o t o d o e l te x to se m u s ic a liz a b a c o m o
c o m p o s ito r e s d e m e d ia d o s d e l s ig lo X V , a p r o x im a d a m e n te , e s c r ib ie r o n v e r
s io n e s m u s ic a le s d e la P a s ió n d e m o te te s ; la s P a s io n e s lu te r a n a s d e e ste g é n e
ro m á s c e le b r a d a s fu e r o n la s d e J o a c h im A . B u r c k ( 1 5 6 8 ) , L e o n h a r d L e c h n e r
( 1 5 9 4 ) y C h r is to p h D e m a n tiu s ( 1 6 3 1 ) .
E l s u r g im ie n to d e l e s tilo c o n c e r ta d o a fin e s d e l s ig lo X V II d io lu g a r a u n
n u e v o tip o d e P asión q u e se a p r o x im a b a a la fo r m a d e l o r a to r io y a la q u e ,
r e c ita tiv o s , a r ia s , c o n ju n t o s , c o r o s y p ie z a s in s tr u m e n ta le s , to d o s lo s c u a le s se
m u s ic a l, a u n q u e s u te x to es u n a c o m b in a c ió n d e lo s c u a tr o E v a n g e lio s , e n
lu g a r d e to m a r lo , c o m o e ra c o s tu m b r e e n e l c a s o d e la P asión , e x c lu s iv a m e n te
d e u n o s o lo d e e llo s .
c o n a ñ a d id o s ; e n p r im e r lu g a r , d e m e d ita c io n e s p o é tic a s s o b r e lo s a c o n te c i
m ie n to s d e la h is to r ia , q u e se in se r ta b a n e n m o m e n to s a p r o p ia d o s y s o lía n
s e g u n d o lu g a r , d e c o r a le s tr a d ic io n a lm e n te v in c u la d o s c o n la h is to r ia d e la
P a s ió n , q u e c a n ta b a u s u a lm e n te e l c o r o o la a s a m b l e a :. E n tr e la s v e r s io n e s
m u s ic a le s d e fin e s d e l s ig lo X V II d e la P asió n , la s m á s c o n o c id a s s o n la s d e J o -
h a n n S e b a s tia n i ( 1 6 2 2 - 8 3 ) y J o h a n n T h e ile ( 1 6 4 6 - 1 7 2 4 ) , q u e d a ta n , r e s p e c
tiv a m e n te , d e 1 6 7 2 y 1 6 7 3 . L a p r im e r a p r e se n ta la n a r r a c ió n d e l E v a n g e lio
d e sa n M a t e o e n r e c ita t iv o s y c o r o s , c o n a lg u n o s in te r lu d io s o r q u e s ta le s y c o
E v a n g e lio d e sa n M a t e o , es s im ila r e n su fo r m a , a u n q u e d e tr a ta m ie n to u n
ta n to m á s o r n a m e n ta d o ; sin e m b a r g o , e n lu g a r d e c o r a le s a p a r e c e n in s e r ta d a s
a lg u n a s a ria s e s tr ó fic a s . A m b a s o b ra s c u e n ta n c o n lo s a c o s tu m b r a d o s y b re v e s
c o r o s in ic ia l y c o n c lu s iv o .
p u la r te x to d e la P asió n d e B . H . B r o c k e s ( 1 7 1 2 ) , q u e fu e p u e s to e n m ú s ic a
B ib lio g r a fía
Antologías de música
ópera
v a Y o r k : G a r la n d P u b lis h in g , 1 9 8 6 -).
E n tre la s e d i c i o n e s m o d e r n a s d e ó p e r a s i t a li a n a s d e X V II s e i n c l u y e n A la-
fin a le s d e l s ig o
c i ó n a c a r g o d e T h . W e r n e r , e n M usikalische Denkwürdigkeiten, v o l . 1 ( H a n n o v e r ,
sandro Scarlatti, e n c a r g a d o g e n e r a l d e l a e d i c i ó n D . J . G r o u t ( C a m b r i d g e , M a s s . :
H arvard U n iv e r sity P ress, 1 9 7 4 -8 3 ) .
H a y u n a e d ic ió n d e la s o b r a s ( i n c o m p le t a s ) d e L u lly , r e a liz a d a p o r H . P r u n ié r e s , 1 0 v o
B ro u d e B r o t h e r s , 1 9 6 6 ) . C a t á l o g o t e m á t i c o : H e r b e r t S c h n e i d e r : Chronologisches-
m e n e s ( P a r í s : T . M i c h a e l i s , ca, 1 8 8 0 , r e i m p r e s i ó n , N u e v a Y o r k , 1 9 7 2 ) , s e i n c l u y e n
É d itio n s d e l’O is e a u -L y r e , 1 9 4 9 ).
d res: N o v e llo , 1 8 7 8 -; r e v is ió n 1 9 5 7 -) .
d e l s u p le m e n to de la e d i c i ó n D e u tsc h e H á n d e lg e s e lls c h a ft d e la s o b r a s de H a n d e l,
C antata y canción
g o n P ress, 1 9 9 1 ).
A rn o V o lk V e r la g , 1 9 6 8 ). D . H . F o ste r se h a en cargad o de la e d i c i ó n d e d os ca n ta
A -R E d itio n s , 1 9 7 9 ).
Nene Arlen, d e K r ie g e r , a p a r e c e n en D d T , v o l. 1 9 .
(N u e v a Y o rk : G a r la n d , 1 9 8 6 -).
s o n , W i s c .: A - R E d i t i o n s , 1 9 7 4 ) ; F u x : Sdmtliche Werke, e d i c i ó n a c a r g o d e H . F e -
d e r h o f e r ( K a s s e l y N u e v a Y o r k : B á r e n r e i t e r , 1 9 5 9 - ) ; H a s s e : L a conversione d i San t’
Agostino, e n D d T 2 0 ; M a r c e l l o : Gioaz, e n C M I , v o l . 8 .
Las o b r a s r e u n i d a s d e P e r g o l e s i a p a r e c e n e n Opera omnia, 2 6 v o l ú m e n e s , e d i c i ó n a c a r
s ió n , 1 9 4 3 en 5 v o ls .) . Las o b r a s v o c a le s cu e n ta n co n a c o m p a ñ a m ie n to s a p ia n o e
in d ic a c io n e s de ca r á c te r in s tr u m e n ta l. E n la e d i c i ó n se in c lu y e n m u ch a s obras qu e
a u té n t ic a s ; n o se m e n c io n a n la s f u e n t e s y la l a b o r d e l o s e d i t o r e s e s d i s c u t i b l e .
1 9 4 8 -5 3 .
L os a n th em s d e la c o r o n a c ió n , d e J. B lo w , aparecen en M B 7 ; la m ú s ic a r e lig io s a de
B la n d fo r d P ress, 1 9 6 5 ).
m ism o te x to en D d T , v o l. 1 4 , 1 3 9 ). B r o u d e T ru st, d e N u e v a Y o r k , se o c u p a d e p u
6 /i ; d e T u n d e r, e n D d T , v o l. 3 ; d e W e c k m a n n , c a n ta ta s p a r a s o lis ta s y o b r a s c o r a le s
co n a c o m p a ñ a m ie n to , en D d T , v o l. 6 ; d e Z a ch o w , c a n ta ta s, en D d T , v o ls . 2 1 /2 2 .
c a n ta ta s sa cra s, e d ic ió n d e W . M e n k e (F r a n k fú r t a /M : V it t o r io K lo s te r m a n n , 1 9 8 2 ).
D o n in g to n y R o s a n d , b a jo «O p e ra te m p r a n a », e n e l c a p ítu lo 9 .
to n , 1 9 7 8 ) , e d ic ió n r e v is a d a . S o b r e la r e la c ió n e n tre la m ú s ic a y la m o n a r q u í a desd e
(N u e v a Y o rk : N o r to n , 1 9 8 7 ).
de C h a r p e n tie r y se in c lu y e un c a tá lo g o d e su s o r a to r io s , a sí c o m o u n a t a b la de lo s
su M arc-Antoine Charpentier ( O x f o r d : O x f o r d U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 9 0 ) .
U n e stu d io e je m p la r d e B u x te h u d e y su e n to rn o en L ü b e c k , e n K e r a la J. S n yd er:
D. Buxtehude (N u e v a Y o r k : S c h ir m e r B o o k s, 1 9 8 7 ).
N o rto n , 1 9 7 4 ). P ara fu e n te s y tr a d u c c io n e s im p r e s a s de c o r a le s in d iv id u a le s , h ay
M i c h .: K r e g e l P u b lic a t io n s , 1 9 8 5 ).
t a r d ío
E n la s e g u n d a m ita d d e l s ig o X V II la s e s p e c u la c io n e s a c e rc a d e la in s tr u m e n
ta c ió n , m á s q u e la e le c c ió n d e l g é n e r o , d e s a fia b a n a la im a g in a c ió n c r e a tiv a
d e lo s c o m p o s ito r e s . L a s p o s ib ilid a d e s q u e o fr e c e n lo s ó r g a n o s m o d e r n o s , el
id io m a s y e str u c tu ra s fo r m a le s .
L o s tip o s p r in c ip a le s d e c o m p o s ic ió n v in c u la d o s a c a d a u n o d e e sto s m e
d io s s o n :
Teclado: to c c a ta (o p r e lu d io , fa n ta s ía ) y fu g a ; a r r e g lo s d e c o r a le s lu te r a n o s
o d e o tr o s r e p e r to r io s litú r g ic o s (p r e lu d io d e c o r a l, v e r s íc u lo , e t c .) ; v a r ia c io
n e s; p a s s a c a g lia y c h a c o n a ; s u ite ; s o n a ta (d e s p u é s d e 1 7 0 0 ) .
C o n ju n to : s o n a ta (s o n a ta d a c h ie s a ), s in fo n ía y fo r m a s a fin e s ; s u ite (s o n a
ta d a c a m e r a ) y fo r m a s a fin e s ; y c o n c ie r to .
M ú s ic a p a r a ó rg a n o
E l órgan o barroco
r é p lic a s m o d e r n a s q u e se h a n c o n s tr u id o a im ita c ió n d e lo s ó r g a n o s d e l te m
e n F r a n c ia y A ls a c ia ; é ste , a l ig u a l q u e lo s o tr o s c o n s tr u c to r e s d e ó r g a n o a le
m a n e s , se v io in flu id o p o r e l p le in je u u ó r g a n o p le n o fr a n c é s y p o r lo s c o lo r e s
470 H isto ria ríe la m úsica o c c id e n ta l. 1
L o s c o n s tr u c to r e s d e ó r g a n o d e A le m a n ia ta m b ié n se b e n e fic ia r o n d e lo s in s
tr u m e n to s m u y e v o lu c io n a d o s , fa b r ic a d o s e n A m b e r e s y A m s te r d a m , lo s q u e
p r in c ip a le s , m ix tu r a s (c u a n d o lo s p a r c ia le s s u p e r io r e s se h a c ía n s o n a r al m is
m o tie m p o q u e el fu n d a m e n ta l p a ra a u m e n ta r la b r illa n te z ) y le n g ü e ta s . L o s
c o n s tr u c to r e s d e ó r g a n o a le m a n e s a d o p ta r o n la p r á c tic a h o la n d e s a q u e se b a
sa b a e n la d iv is ió n d e lo s tu b o s e n c ie r to n ú m e r o d e Werke. E s to s fu n c io n a
b a n c o m o ó r g a n o s in d iv id u a le s , c a d a u n o c o n u n g r u p o d e tu b o s q u e te n ía n
sie m p r e s itu a d o s im é tr ic a m e n te e n el c e n tr o y a lo s la d o s d e l g ra n ó r g a n o .
S ó lo lo s ó r g a n o s a le m a n e s d e m a y o r e s d im e n s io n e s c o n ta b a n c o n to d a s e sta s
s e c c io n e s y u n Rückpositiv. L a s r ic a s c o m b in a c io n e s p o s ib le s e n e sto s ó r g a n o s
e x ig ía u n a m a y o r p r e s ió n d e l a ir e d e la a c o s tu m b r a d a e n lo s ó r g a n o s m á s
r e d u c id a q u e la r e q u e r id a e n a lg u n o s d e lo s g ig a n te s c o s in s tr u m e n to s d e lo s
s ig lo s X IX y X X .
E l m a y o r d e s a r r o llo d e la m ú s ic a o r g a n ís tic a tu v o lu g a r e n A le m a n ia
a p r o x im a d a m e n te e n tre 1 6 5 0 y 1 7 5 0 . E n e l n o r te p r o s ig u ie r o n la tr a d ic ió n
g u ra s fu e r o n G e o r g B o h m ( 1 6 6 1 - 1 7 3 3 ) , e n L ü n e b u r g , y B u x te h u d e , e n L ü -
b e c k . E l g r u p o c e n tr a l d e S a jo n ia y T u r in g ia (la r e g ió n d e B a c h ), c o m p r e n d ía
a Z a c h o w y K u h n a u , a sí c o m o a J o h a n n C h r is to p h B a c h ( 1 6 4 2 - 1 7 0 3 ) , d e
E is e n a c h . U n o d e lo s c o m p o s ito r e s o r g a n ís tic o s a le m a n e s m á s n o ta b le s fu e
J o h a n n P a c h e lb e l, d e N u r e m b e r g (e l c o m p o s it o r d e l fa m o s o c a n o n ).
U n a g ra n p a r te d e la m ú s ic a e sc r ita p a ra ser in te r p r e ta d a e n la s ig le s ia s
p r o te sta n te s s e r v ía d e p r e lu d io a la le c tu r a d e la s S a g ra d a s E s c r itu r a s , e l c a n to
d e h im n o s o la e je c u c ió n d e la m ú s ic a d e m á s c a te g o r ía . E n e l n o r te d e A le
m a n ia e sto s p r e lu d io s e ra n c o r a le s p a ra ó r g a n o , o a d o p ta r o n la fo r m a d e t o c -
ca ta s o p r e lu d io s , q u e b ie n c o n te n ía n fu g a s o c u lm in a b a n e n e lla s .
La toccata
L a to c c a ta a le m a n a típ ic a c o n s is tía e n u n a s u c e s ió n d e s e c c io n e s fu g a d a s y n o
fu g a d a s. P o s te r io r m e n te a d o p tó la fo r m a d e a m p lia s im p r o v is a c io n e s . C ie r to
n ú m e r o d e r e c u rso s e ra c o m ú n a la s s e c c io n e s n o fu g a d a s d e la s to c c a ta s: r it
m o ir r e g u la r o lib r e , e n c o n tr a ste c o n u n im p u ls o in c e s a n te d e a v a n c e e n se
l.a música instrum ento/ fiel Barroco tardío 471
m ic o r c h e a s ; fr a s e s q u e se m a n te n ía n d e lib e r a d a m e n te o sc u r a s o in te n c io n a
d a m e n te ir r e g u la r e s ; s ú b ito s c a m b io s b r u sc o s d e te x tu ra . P e ro s o b r e t o d o , el
e fe c to d e im p r o v is a c ió n se m a n te n ía m e d ia n te u n a in te n c io n a d a in c e r tid u m
b re d e l flu jo a r m ó n ic o d e la m ú s ic a : p o r m e d io d e c a m b io s d e d ir e c c ió n ca si
e r r á tic o s o (e n e l e x tr e m o o p u e s to ) p o r u n m o v im ie n to p a u s a d o q u e c o m
p r e n d ía e x te n s o s tr e c h o s a r m ó n ic a m e n te in e r te s, h a b itu a lm e n te m a r c a d o s
p o r e x te n sa s n o ta s p e d a l. E l c a rá cte r n a tu r a lm e n te c a p r ic h o s o y e x u b e r a n te
d e la s to c c a ta s se in te n s ific a b a a m e n u d o c o n v ir tié n d o la s e n v e h íc u lo s p a r a el
d e s p lie g u e d e la h a b ilid a d d e l e je c u ta n te e n e l te c la d o y e n e l p e d a le r o .
D e s d e te m p r a n o , lo s c o m p o s ito r e s c o m e n z a r o n a in c o r p o r a r a su s to c c a
e l e s tilo r a p s ó d ic o q u e p r e d o m in a b a . D e e sta s s e c c io n e s s u r g ió la fu g a , la q u e
lo s c o m p o s ito r e s e m p e z a r o n a c o n c e b ir c o m o u n a p ie z a in d e p e n d ie n te q u e se
g u ía a la to c c a ta p r o p ia m e n te d ic h a . P o r e je m p lo , la s to c c a ta s d e B u x te h u d e
c a d e n c ia ; s ig u e lu e g o u n a fu g a , s o b r e u n s u je to c o n p e r s o n a lid a d d e r itm o
m u y m a r c a d o ; p o r fin , é sta se fu n d e lu e g o c o n u n a s e g u n d a s e c c ió n d e to c c a
ta , m á s b re v e q u e la p r im e r a y q u e n u e v a m e n te c o n d u c e a u n a c a d e n c ia . E n
e ste p u n to p u e d e c o n c lu ir la c o m p o s ic ió n ; p e r o p o r r e g la g e n e r a l, B u x te h u d e
p r o s ig u e h a c ia u n a s e g u n d a y a v e c e s h a sta te rce ra , c o n b re v e s in te r lu d io s y
u n a s e c c ió n fin a l c u lm in a n te e n el e s tilo d e la to c c a ta . C u a n d o h a y m á s d e
u n a fu g a , e n la m a y o r p a r te d e lo s c a so s lo s s u je to s s o n v a r ia n te s d e u n a id e a
m u s ic a l b á s ic a (v é a se el e je m p lo 1 1 .1 ) . E ste e m p le o d e la v a r ia c ió n e n u n s u
je to d e fu g a es c o m p a r a b le a su u so e n la s fa n ta s ía s p a r a te c la d o d e S w e e lin c k
y S c h e id t, a sí c o m o al d e la s c a n z o n a s -v a r ia c ió n d e F r e s c o b a ld i y W e c k m a n n
y al d e la s to c c a ta s d e F ro b e rg e r .
E l p r e lu d io e n M i, B u x W V 1 4 1 ( N A W M 7 3 ) , d e D ie tr ic h B u x te h u d e
q u e a p a r e c e d e s ig n a d a e n e l m a n u s c r ito s e n c illa m e n te c o m o « p r a e lu d iu m » ;
c o m p r e n d e c u a tr o s e c c io n e s fu g a d a s , c a d a u n a p r e c e d id a p o r p r e á m b u lo s o
la s in te r m e d ia s s o n tr a n s ic io n a le s . L a p r im e r a fu g a , b a s a d a e n e l s u je to d a d o
e n e l e je m p lo 1 1 .1 , c u e n ta c o n d o s e x p o s ic io n e s c o m p le ta s e n la s c u a tr o v o
c e s , q u e e s tá n d is p u e s ta s e n e l o r d e n p r e d ile c to d e B u x te h u d e : s o p r a n o ,
c o n tr a lto , te n o r , b a jo . T ra s u n e p is o d io q u e m o d u la a la d o m in a n te c o n s
tr u id o s o b r e la c o d a d e l s u je to , h a y o tra e x p o s ic ió n , a u n q u e in c o m p le ta . L a
q u e lle v a n h a sta el s o n id o m á s a g u d o d e la p ie z a y c u e n ta c o n d o s « tr in o s
472 H istoria de la música occidental, 1
p r o lo n g a d o s » — s e ñ a la d o s c o n e sta s p a la b r a s e n la p a r titu r a — e n la p a r te
d e l p e d a l. L a s e g u n d a s e c c ió n fu g a d a , e stá b a s a d a e n u n s u je to d e r iv a d o d e l
p r im e r o , c o m o se m u e s tr a e n e l e je m p lo 1 1 .1 . T ra s s ó lo d o s e n tr a d a s , se d i
ce s, s in p e d a l, e n tie m p o d e g ig a d e 1 2 /8 . U n a d a g io tr a n s ic io n a l c o n d u c e a
la e x p o s ic ió n fin a l, b a s ta n te fo r m a l, d e l s u je to , in d ic a d o « s e g u n d a v a ria
c ió n » , e n el e je m p lo 1 1 .1 . S e p u e d e r e s u m ir la fo r m a d e la p ie z a m e d ia n te el
s ig u ie n te g r á fic o :
4 . .... . 1.2 4
4 8 4
n o m b r e s c o m o « to c c a ta » , « p r e lu d io » , « p r a e lu d iu m » , « p r e a m b u lu m » u o tr o s
s im ila r e s , a u n q u e in c lu y e s e n s e c c io n e s fu g a d a s . E n la m ú s ic a p a ra te c la d o , el
a c o p la m ie n to lis o y lla n o d e d o s m o v im ie n to s c o n tr a s ta d o s , u n p r e lu d io , e n
d a s « p r e lu d io y fu g a » , m u e s tr a n r e la c ió n c o n la s to c c a ta s d e B u x te h u d e q u e
tie n e n u n a a m p lia s e c c ió n fu g a d a e n el c e n tr o .
L a fu g a
L o s c o m p o s ito r e s e s c r ib ie r o n fu g a s c o m o p ie z a s in d e p e n d ie n te s , y c o m o se c
c io n e s d e n tr o d e lo s p r e lu d io s . H a c ia fin e s d e l s ig lo X V II la fu g a y a h a b ía su s
te m a s d e l r ic e r c a r . A l ig u a l q u e e n e l r ic e r c a r e , la s v o c e s in d e p e n d ie n te s e n
e n u n c ia e n la tó n ic a y se c o n te s ta e n la d o m in a n te m e d ia n te lo q u e r e c ib e el
r e sp u e sta . O tr a s e x p o s ic io n e s c o m p le ta s o p a r c ia le s a p a r e c e n se p a ra d a s p o r
b re v e s episodios (p a s a je s e n lo s q u e e l s u je to n o se e s c u c h a e n n in g u n a v o z ),
q u e a v e c e s se d e sta c a n m e d ia n te e l a lig e r a m ie n to d e la te x tu ra o el u s o d e se
c u e n c ia s . E s to s e p is o d io s p u e d e n m o d u la r a d iv e rs o s to n o s a n te s d e reg resa r
EJEM PLO 1 1 .1 Form as variadas de un tema fugado tom adas del P r e lu d io en M i, Bux
W V 141, de D ietrich Buxtehude
S egu n d a v a ria c ió n
n o ta p e d a l, estrecho (c u a n d o lo s e n u n c ia d o s d e l s u je to se a m o n to n a n c o n rá
p id a s u c e s ió n ) o au m en tació n (c u a n d o se d o b la n lo s v a lo r e s d e la s n o ta s d e l
s u je to ).
E l tem peram en to ig u a l
A u n q u e p r e lu d io s y fu g a s te n ía n u n c la r o se rv ic io e n la ig le s ia , ta m b ié n se
c o n v ir tie r o n e n v e h íc u lo s p a r a a p r e n d e r a c o m p o n e r y a in te r p r e ta r la m ú s i
to lo g ía d e p r e lu d io s y fu g a s p a r a te c la d o e n 1 9 to n a lid a d e s m a y o r e s y m e n o
m á s c o m p le to e s tu d io d e la s to n a lid a d e s . E n u n a fe c h a ta n te m p r a n a c o m o
la d e 1 5 6 7 , el la u d is ta G ia c o m o G o r z a n is r e c o p iló u n c ic lo d e 2 4 p a r e ja s d e
n o re s y V in c e n z o G a lile i d e jó u n m a n u s c r ito fe c h a d o e n 1 5 8 4 , ta m b ié n p a ra
474 Historia de ¡a música occidental, 1
la ú d , d e 1 2 g r u p o s fo r m a d o s p o r p a s s a m e z z o a n t ic o -r o m a n e s c a -s a lt a r e llo , e n
c a d a u n a d e la s to n a lid a d e s m e n o r e s , y o tr o s 1 2 g r u p o s fo r m a d o s p o r p a ssa
m e z z o m o d e r n o , r o m a n e s c a y s a lta r e llo e n c a d a u n a d e la s m a y o r e s . E l la ú d
d e n tr o d e la o c ta v a .
L o s in té r p r e te s d e in s tr u m e n to s d e te c la d o e ra n r e a c io s a a b a n d o n a r la s
c o n s o n a n c ia s im p e r fe c ta s m á s d u lc e s y la s c o n s o n a n c ia s p e r fe c ta s m á s a u té n
tic a s q u e se p o d ía n o b te n e r c o n la s d iv is io n e s d e sig u a le s d e la o c ta v a . L o s
c o m p o s ito r e s d e m ú s ic a p a ra te c la d o d e p r in c ip io s d e l s ig lo X V e x p lo ta r o n la s
y o re s e ra n in c ó m o d a m e n te g r a n d e s y la s te rce ra s m e n o r e s e x c e s iv a m e n te p e
q u e ñ a s . C u a n d o la s s im u lta n e id a d e s e n la s q u e se c o m b in a b a n q u in ta s y te r
c e r a s, o te rce ra s y se x ta s, se h ic ie r o n c o r r ie n te s a fin a le s d e l s ig lo X V , lo s
in té r p r e te s d e m ú s ic a d e te c la d o e m p e z a r o n a p o n e r e n p e lig r o la a fin a c ió n
d e la s q u in ta s y c u a r ta s p a ra o b te n e r m e jo r e s te rc e ra s y se x ta s. E l m é to d o
la s p u r a s y la s q u in ta s lig e r a m e n te m á s p e q u e ñ a s q u e la s ju s t a s . S in e m b a r g o ,
el te m p e r a m e n to m e s o tó n ic o d io p ie a la lla m a d a « q u in ta d e l lo b o » , m u y á s
to d a s la s to n a lid a d e s p o s ib le s o la m o d u la c ió n a tra v é s d e to d o e l c ic lo d e
to d o s lo s s e m ito n o s s o n ig u a le s y to d o s lo s in te r v a lo s n o s ie m p r e s o n lo s v e r
d a d e r o s , a u n q u e sí a c e p ta b le s , fu e la s o lu c ió n p r o p u e s ta e n u n a fe c h a ta n
te m p r a n a c o m o la d e l s ig lo X V I, la c u a l fin a lm e n te a c e p ta r o n ca si to d o s lo s
in té r p r e te s y c o m p o s ito r e s d e m ú s ic a d e te c la d o , a sí c o m o lo s c o n s tr u c to r e s
d e ó r g a n o d e la é p o c a b a rr o c a .
E l títu lo q u e J . S . B a c h le d io a su p r im e r c o n ju n to d e p r e lu d io s y fu g a s
c ió n . P o r o tra p a r te , se h a s e ñ a la d o q u e « b ie n te m p e r a d o » p u e d e s ig n ific a r
b u e n te m p e r a m e n t o o ca si ig u a l, a sí c o m o te m p e r a m e n to ig u a l a u té n t ic o .
Q u e d a c la r o q u e e l c o n ju n to d e p r e lu d io s y fu g a s d e F is c h e r n o im p lic a b a el
te m p e r a m e n to ig u a l, y a q u e e n él o m itió c ie r ta s to n a lid a d e s .
Composiciones de corales
%
S i b ie n la s to c c a ta s, p r e lu d io s y fu g a s n o te n ía n n a d a q u e v e r c o n la m ú s ic a
v o c a l, la s c o m p o s ic io n e s p a ra ó r g a n o in s p ir a d a s e n c o r a le s e sta b a n v in c u la
La música instrum ental del Barroco tara ¡o 475
d a s, ta n to p o r su fu n c ió n c o m o p o r su te m a c o n el r e p e r to r io d e h im n o s lu
te r a n o s. L o s c o m p o s ito r e s p a ra e ste in s tr u m e n to e n el s ig lo X V II u s a r o n la s
m e lo d ía s d e lo s c o r a le s d e c u a tr o m a n e r a s d ife r e n te s : c o m o p r e s e n ta c io n e s
in d iv id u a le s d e la m e lo d ía d e l c o r a l, r e a lz a d a ta n to a r m ó n ic a c o m o c o n tr a -
p u n tís tic a m e n te ; c o m o te m a s p a ra v a r ia c io n e s ; c o m o s u je to s p a r a fa n ta s ía s ; y
c o m o m e lo d ía s p a ra o r n a m e n ta r la s y a ñ a d ir le s a c o m p a ñ a m ie n to s .
L o s c o r a le s p a ra ó r g a n o m á s s e n c illo s e r a n , e n e s e n c ia , a r m o n iz a c io n e s
se e n in te r p r e ta c io n e s e n la s q u e e n e l ó r g a n o se a lte r n a b a n e str o fa s c o n lo s
fie le s , q u e c a n ta b a n al u n ís o n o y sin a c o m p a ñ a m ie n to . L a s p ie z a s d e m a y o r
e la b o r a c ió n c o n tr a p u n tís tic a r e c o r d a b a n a lo s m o te te s , y a q u e c a d a fr a s e m e
ló d ic a d e l c o r a l se v e ía s o m e tid a a im ita c ió n .
s e r v ía d e te m a p a ra u n g r u p o d e v a r ia c io n e s . S u r g ió a p r in c ip io s d e l s ig lo
X V II c o n la s o b r a s d e S w e e lin c k y S c h e id t. S w e e lin c k te n d ía a e n u n c ia r el c o
ral c o m o c a n tu s fir m u s e n n o ta s p r o lo n g a d a s , m ie n tr a s q u e e n la s o tr a s p a r
te s in tr o d u c ía fig u r a c io n e s d ife r e n te s , e n o p o s ic ió n a c a d a p r e s e n ta c ió n d e l
c a d a e x p o s ic ió n d e l c o r a l in v e n ta b a u n s u je to n u e v o y m u y in d iv id u a liz a
d o , q u e d e s a r r o lla b a p r im e r o p o r im ita c ió n , y d e s p u é s m e d ia n te c o n tr a p u n
to lib r e .
U n tr a ta m ie n to e n el q u e la m e lo d ía d e l co r a l se v e ía fr a g m e n ta d a y lo s
lo s d e d o s , e c o s , c o n tr a p u n to s im ita tiv o s y o r n a m e n to s , h a r e c ib id o e l n o m
S c h e id t g r a d u a lm e n te c e d ió el p a so a la s c o m p o s ic io n e s lib r e s y lo c u a c e s d e
R e in k e n , B u x te h u d e y o tr o s c o m p o s ito r e s d e l n o r te d e A le m a n ia .
El preludio coral
c u a lq u ie r c o m p o s ic ió n o r g a n ís tic a b a sa d a e n u n a m e lo d ía d e c o r a l, se u tiliz a
rá a q u í e n u n s e n tid o u n ta n to m á s r e s tr in g id o , p a ra in d ic a r p ie z a s r e la tiv a
m e n te b re v e s, e n la s q u e la m e lo d ía e n te ra se p r e se n ta u n a v e z d e fo r m a fá c il
m e n te r e c o n o c ib le . E sta fo r m a d e p r e lu d io c o r a l n o a p a r e c ió h a sta d e s p u é s
d e m e d ia d o e l s ig lo X V II. C o m o su n o m b r e in d ic a , e sta c la s e d e p ie z a s p r o b a
b le m e n te se h a y a n o r ig in a d o c o m o m ú s ic a litú r g ic a fu n c io n a l: el o r g a n is ta
476 H istoria de la música occidental, 1
to c a b a to d a la m e lo d ía , c o n a c o m p a ñ a m ie n to y o r n a m e n ta c ió n a d lib itu m ,
c o m o p r e lu d io al c a n to d e l c o r a l p o r p a r te d e la a s a m b le a o d e l c o r o . M á s
a d e la n te , c u a n d o se e s c r ib ie r o n p ie z a s e n e ste m is m o e s tilo g e n e r a l, se la s d e
o r ig in a l. E ste tip o d e p ie z a s es ig u a l a u n a s o la v a r ia c ió n s o b r e u n c o r a l. N a
tu r a lm e n te , h u b o m u c h a s v a r ie d a d e s d e tr a ta m ie n to :
1 ) C a d a fr a se d e la m e lo d ía , a su v e z , p o d ía s e r v ir c o m o te m a p a r a u n
b re v e d e s a r r o llo fu g a d o ; a s í, la p ie z a ín te g r a a s u m ía la fo r m a d e u n a c a d e n a
p e r o es d e e s tilo m á s c o n c is o y ló g ic o .
2 ) E n u n tip o p a r tic u la r d e p r e lu d io c o r a l, p r in c ip a lm e n te v in c u la d o
c o n e l n o m b r e d e P a c h e lb e l, to d a s la s fr a se s a p a r e c e n p o r tu r n o , h a b itu a l
m e n te e n la v o z s u p e r io r , e n n o ta s p r o lo n g a d a s c o n o r n a m e n ta c ió n r e la tiv a
m e n te e x ig u a . C a d a u n a d e e sta s a p a r ic io n e s se v e p r e c e d id a p o r u n b re v e d e
v e r s ió n e n n o ta s m á s b r e v e s ). N o r m a lm e n te , h a y u n a s e c c ió n in tr o d u c to r ia
e n la q u e la p r im e r a fr a se r e c ib e u n tr a ta m ie n to fu g a d o b a s ta n te e x te n s o .
a c o m p a ñ a m ie n to , a u n q u e a ú n t o m a e n p r é s ta m o m u c h o s d e su s m o tiv o s d e
la m e lo d ía d e c o r a l, e stá tr a ta d o c o n m u c h a m a y o r lib e r ta d y v a r ie d a d d e fr a
se e n fr a se ; lo s m a e s tr o s d e e sta fo r m a s u b je tiv a y , a m e n u d o , e le v a d a m e n te
p o é tic a d e l p r e lu d io c o r a l, fu e r o n B u x te h u d e y G e o r g B ó h m .
4 ) P o r ú ltim o , h a y p r e lu d io s c o r a le s e n lo s q u e la m e lo d ía , h a b itu a l
m e n te d e s p o ja d a d e o r n a m e n to s , e stá a c o m p a ñ a d a , e n u n a o m á s d e la s v o
e n c u e n tr a fr e c u e n te m e n te e n J . S . B a c h .
te ra g r a n d e z a m ís tic a d e la s to c c a ta s y fu g a s s e p te n tr io n a le s . L a m a y o r p a r te
in c id e n ta le s . E n lín e a s g e n e r a le s , la m ú s ic a p a r a ó r g a n o d e lo s p a íse s m e r i
d io n a le s , b ie n p a r a se r u tiliz a d a e n la ig le s ia o c o n o tr o p r o p ó s ito , tu v o u n
m o d o m á s g r á c il y u n c o n te n id o m e n o s s u s ta n c io s o q u e la d e lo s s e p te n tr io
n a le s . P o r e je m p lo , e l n o ta b le o r g a n is ta e s p a ñ o l J u a n B a u tis ta J o sé C a b a n ille s
lo s r ic e r c a r i d e F r e s c o b a ld i, a u n q u e c o n u n a a m p lia v a r ie d a d d e fo r m a s y e s
tilo s : d e s d e e l se v e ro r ic e r c a r e a p ie z a s d iv id id a s e n s e c c io n e s , c o n la te x tu ra
L a e s c u e la o r g a n ís tic a b a r r o c a g e n u in a m e n t e fr a n c e s a p r o d u jo a lg u n a s
c o m p o s ic io n e s a tr a c tiv a s s o b r e a ir e s p o p u la r e s y p ie z a s q u e se a s e m e ja b a n a
la s o b e r tu r a s y e x p r e s iv o s r e c ita tiv o s d e la ó p e r a g a la , a sí c o m o o b ra s m á s
c io n e s d e u n g r a n ó r g a n o . E s ta m ú s ic a p o s e e lo s o r n a m e n to s típ ic a m e n te
« m is a s » (v e r s íc u lo s e in te r lu d io s p a r a to c a r d u r a n te la m is a ) d e F r a n ^ o is C o u -
478 H istoria de la música occidental, í
p e r in , la s c u a le s c o m p r e n d e n e s p e c ím e n e s d e to d o s lo s d ife r e n te s tip o s a n te s
m e n c io n a d o s . L a n o b le m ú s ic a o r g a n ís tic a d e C o u p e r in es u n a d e la s g lo r ia s
d e la é p o c a b a rr o c a e n F r a n c ia , c o m o lo es la d e B u x te h u d e e n A le m a n ia .
D u r a n te el p e r ío d o b a r r o c o y so b r e to d o e n A le m a n ia , n o sie m p re es p o s ib le
d a d a ; a v e ce s in c lu s o r e in a la in c e r tid u m b r e a ce rca d e si el in s tr u m e n to d e se a
s ic ió n d e s c r ito s e n la s e c c ió n p r e c e d e n te se c o m p u s ie r o n p a ra e sto s d o s in s tr u
Tem a y v ariacion es
L a e x p o s ic ió n d e u n te m a (a ir e , d a n z a , co ra l o s im ila r ) s e g u id o d e u n a se rie
d e v a r ia c io n e s , se r e m o n ta a la h is to r ia p r im itiv a d e la m ú s ic a in s tr u m e n ta l.
M u c h o s c o m p o s ito r e s p o s te r io r e s a 1 6 5 0 p r e fir ie r o n e s c r ib ir u n a m e lo d ía
o r ig in a l, s e m e ja n te a u n a c a n c ió n (a m e n u d o d e n o m in a d a a r ia ), c o m o te m a ,
a n te s q u e to m a r e n p r é s ta m o u n a m e lo d ía c o n o c id a , c o m o c o m ú n m e n te lo
h a b ía n h e c h o lo s c o m p o s ito r e s a n te r io r e s .
L a su ite
G r a n p r o p o r c ió n d e la m ú s ic a p a ra te c la d o d e la é p o c a b a rr o c a e stá e sc r ita e n
d e lo s c la v e c in is ta s fr a n c e s e s y la v a r ie d a d a le m a n a a g r u p a d a a lr e d e d o r d e
b ié n se la d e n o m in a b a ) a s u m ió e n A le m a n ia u n o r d e n d e fin itiv o d e c u a tr o
d a n z a s: a lle m a n d e , c o u r a n te , sa ra b a n d e y g ig u e . A é sta s p o d ía a g r e g á r se le s u n
m o v im ie n to d e in tr o d u c c ió n o a lg u n a s d a n z a s o p c io n a le s , s itu a d a s d e s p u é s
d e la g ig u e , b ie n a n te s o d e sp u é s d e la sa ra b a n d e . L a c o n n o ta c ió n in te r n a c io
c o u r a n te , fr a n c e sa ; la sa ra b a n d e , e s p a ñ o la (im p o r ta d a d e M é x ic o ); y la g ig u e ,
te s m e tr o s .
C la u d e J a c q u e t d e L a G u e r r e ( 1 6 6 5 - 1 7 2 9 ) y F r a n ^ o is C o u p e r in ( 1 6 6 8 -
479
C lavicordio de doble m a n u a l construido p o r M ich el R ich ard, París, 168 8 . (N e w H aven , Yale U n iver-
sity, colección de instrum entos musicales A lb e r t Steiner. Fotografía de Thom as A . B ro w n .)
1 7 3 3 ) . J a c q u e t d e L a G u e r r e se g a n ó u n a e n v id ia b le r e p u ta c ió n c o m o c a n
ta n te , c la v e c in is ta y c o m o c o m p o s ito r a d e c a n ta ta s, m ú s ic a r e lig io s a y o b ra s
p a ra c la v e y c o n ju n to d e c á m a r a . E l M ercu re g a la n t a c la m ó su m u s ic a lid a d
c o m o « la m a r a v illa d e n u e s tr o s ig lo » . C o u p e r in , q u e e s c r ib ió p a ra to d o s e sto s
m e d io s , a sí c o m o p a r a e l ó r g a n o , p u b lic ó 2 7 g r u p o s d e p ie z a s p a r a c la v e , q u e
m e n te r á p id o ; c o m ie n z a c o n u n a b re v e a n a c r u sa y p r e se n ta u n te r so m o v i
m ie n to c o n tin u o d e c o r c h e a s y s e m ic o r c h e a s e n e l c u a l p a r tic ip a n to d a s la s
v o c e s (v é a s e L am e n tatio n , d e F ro b e rg e r , e n N A W M 6 7 ) .
L a c o u r a n te típ ic a p r e se n ta u n r itm o m o d e r a d o c o m p u e s t o b in a r io o te r
r á p id a e n tie m p o d e 3 /4 , c o n u n a te x tu ra m á s h o m o fó n ic a .
L a sa ra b a n d e es u n m o v im ie n to le n t o e n r itm o d e 3 /2 ó 6 /4 , a m e n u d o
c o n el e s q u e m a r ítm ic o J j . * ¡ | j 0 ó j j j | j . J ^ j, c o n é n fa s is so b r e el s e g u n d o
I
480 H istoria de la música occidental, I
+*■
T-j i M -d h
|*•
t J Í ^
......... im | m 9
r J r pr v - -'
A -B — -J
i> i
i - -
M r- rF fip
J- 3 , T T
4 J
t *
— J •*[— Á_________ J _
j r r f J w -------------------
.j»......... : =
- M -
Fuente de los ejem plos 1 1 .2 , 1 1 .3 , 1 1.4 : Pieces d e clavecin, ed. C a ro l H e n ry Bates (París: H eugel,
H E 3 2 6 2 9 ), pp. 32 y 3 4-3 5 .
a lle m a n d e y la c o u r a n te . A v e c e s, a la sa ra b a n d e le s ig u e u n a double, es d e c ir ,
u n a v a r ia c ió n o r n a m e n ta l d e la d a n z a o r ig in a l.
e n 3 /8 , 3 /4 , o in c lu s o 4 /4 ) , c o n a m p lio s s a lto s m e ló d ic o s y u n m o v im ie n to
g a d o o ca si fu g a d o (e je m p lo 1 1 .4 ) ; la s e g u n d a s e c c ió n p u e d e c o n ta r c o n el
m is m o te m a q u e la p r im e r a , p e r o in v e r tid o .
L o s ordres d e F r a n ^ o is C o u p e r in c o m p r e n d e n , c a d a u n o d e e llo s , u n a a m
p lia a g r u p a c ió n d e , p o r lo m e n o s , v e in te o m á s p ie z a s e n m in ia tu r a . L a m a
y o r p a r te d e é sta s r e p re se n ta n r itm o s d e d a n z a , c o m o c o u r a n te , sa ra b a n d e ,
c o m o su c o n c is ió n y su h u m o r , s o n típ ic a s d e la m ú s ic a fr a n c e sa d e l tie m p o
u n c o n s ta n te m o v im ie n to d e s e m ic o r c h e a s . T ie n e la típ ic a fo r m a b in a r ia d e
la d a n z a : la p r im e r a m ita d m o d u la h a c ia la d o m in a n te . L a M o n flam b e rt es
r a c te r ís tic o d e lo s m o v im ie n t o s d e C o u p e r in y , m á s a d e la n te , d e lo s d e
** 3 T i v r p i
\i • i
*
) ftJ- «N J J
482 H istoria de la música occidental, 1
p r o g r e sa n h a c ia la d o m in a n te , tie n e n su p a r a le lo e n la c o n c lu s ió n d e la se
v o z m e d ia s in c o p a d a , q u e p a r e c e r e fle ja r e r r á tic a m e n te la s o m b r a d e la v o z
s u p e r io r , fo r m a n d o c a d e n a s d e r e ta r d o s, a lg u n o s d e lo s c u a le s se r e s u e lv e n d e
fo r m a a s c e n d e n te .
U n m a je s tu o s o m o v im ie n to te r n a r io p o p u la r iz a d o p o r la m ú s ic a e s c é n ic a
d e L u lly es e l d e la c h a c o n n e (v é a s e la p . 3 8 6 ) . C o m o b a se h a y u n a lín e a d e
r a n te 1 9 9 c o m p a s e s , e l fr a s e o r e g u la r d e 4 + 4 c o m p a s e s , a u n q u e c o n n u m e
ro sa s v a r ia c io n e s y a lte r a c io n e s d e l e s q u e m a , c o m o p o d e m o s a p r e c ia r e n el
e je m p lo 1 1 .5 . L o s o r n a m e n to s o agrém en ts c a r a c te r ís tic o s , q u e c o lm a n ta n to
la m ú s ic a p a r a te c la d o c o m o p a r a c o n ju n to d e C o u p e r in , a p a r e c e n in d ic a d o s
e n la s p a r titu r a s m e d ia n te c ie r to s sig n o s q u e el e je c u ta n te d e b ía in te r p r e ta r .
A lg u n o s d e e so s s ig n o s y u n a s c u a n ta s s o lu c io n e s p o s ib le s p u e d e n c o te ja r s e
e n e l e je m p lo 1 1 .5 .
C o u p e r in d io in s tr u c c io n e s p r e c isa s y d e ta lla d a s d e la d ig it a c ió n y e je c u
c ió n al c la v e , e n u n o d e lo s tr a ta d o s m ú s ic o -p r á c t ic o s m á s im p o r ta n te s d e l
1 7 1 6 .
L a so n ata p a r a tecla
L a s o n a ta , q u e e n el p e r ío d o b a r r o c o era p r im o r d ia lm e n te u n tip o d e c o m p o
sic ió n p a ra c o n ju n to in s tr u m e n ta l, fu e a d a p ta d a al c la v e p o r v e z p r im e r a p o r
e sta s p ie z a s , m á s b ie n e x p e r im e n ta le s , s o n su s s e is s o n a ta s p u b lic a d a s e n
1 7 0 0 , q u e r e p re se n ta n m u s ic a lm e n te h is to r ia s d e l A n tig u o T e s ta m e n to , c o n
títu lo s c o m o « L a lo c u r a d e S a ú l c u r a d a p o r la m ú s ic a » , « E l c o m b a te e n tre
ca s s o n p ie z a s a tr a c tiv a s y b ie n c o n s tr u id a s , a sí c o m o e n tr e te n id a s v e r s io n e s
m u s ic a le s d e e sta s h is to r ia s .
La música instrum ental fiel Barroco tardío 483
i?
c. (m . 1 1 0 ) p | | p l
p re ta r c o m o s ig u e :
f-W
pincé-
r& f
tremblement port de voix port de voix
rvi
aspiration
simple pincé-simple tremblement
p e r o s in a lc a n z a r t o d a la d u r a c ió n d e u n d o b le p u n tillo .
La música instrum ental fie/ Barroco tardío 485
M ú sic a p a r a c o n ju n to
d e lo s c la v e c in is ta s fr a n c e se s y d e lo s o r g a n is ta s d e l n o r te d e A le m a n ia ; sin
e m b a r g o , e n el r e in o d e la m ú s ic a in s tr u m e n ta l d e c á m a r a , c o m o e n la ó p e r a
m a e s tr o s e n E u r o p a . E l fin a l d e s ig lo X V II y lo s c o m ie n z o s d e l X V III fu e la
é p o c a d e lo s g r a n d e s c o n s tr u c to r e s d e v io lin e s d e C r e m o n a — N ic c o ló A m a ti
( 1 5 9 6 - 1 6 8 4 ) , A n t o n i o S tr a d iv a r i ( 1 6 4 4 - 1 7 3 7 ) y G iu s e p p e B a r t o lo m e o
G u a r n e n ( 1 6 9 8 - 1 7 4 4 ) — fu e , a s im is m o , la e ta p a d e la g r a n m ú s ic a p a r a
c u e r d a s e n I ta lia .
L a p a la b r a sonata a p a re ce e n fo r m a b a sta n te r e g u la r e n la s p o r ta d a s d e la s e d i
e ste té r m in o (c o m o su p a la b r a p a r a le la , sinfonía) in d ic a b a p r in c ip a lm e n te p r e
lu d io s o in te r lu d io s in s tr u m e n ta le s d e o b ra s p r e d o m in a n te m e n te v o c a le s ; d e s
p u é s d e 1 6 3 0 se u sa r o n c o n fr e c u e n c ia c a d a v e z m a y o r p a r a d e s ig n a r c o m p o s i
c io n e s in s tr u m e n ta le s a u tó n o m a s . L a s p r im e r a s e ta p a s d e l s u r g im ie n to d e la
so n a ta a p a r tir d e la c a n z o n a h a n q u e d a d o e sb o z a d a s e n el c a p ítu lo 9 .
L a típ ic a s o n a ta in s tr u m e n ta l es u n a c o m p o s ic ió n p a r a u n p e q u e ñ o g r u p o
d e in s tr u m e n to s — h a b itu a lm e n te d e d o s a c u a tr o — c o n b a jo c o n t in u o y
q u e c o n s ta d e v a r ia s se c c io n e s o m o v im ie n to s d e te m p o s y te x tu ra s c o n tr a s
ta n te s. P o r c ie r to , d e n tr o d e e ste e s q u e m a g e n e ra l p u e d e e x is tir c ie r ta d iv e r s i
d a d . D o s tip o s o c la s e s p r in c ip a le s d e so n a ta s c o m ie n z a n a d is tin g u ir s e c o n
p r e s e n ta b a u n a a m a lg a m a d e m o v im ie n to s a b stra c to s y o tr o s q u e e ra n e s e n
c ia lm e n te m o v im ie n to s d e d a n z a , y la sonata da camera (s o n a ta d e c á m a r a ),
s u ite d e d a n z a s e s tiliz a d a s , a u n q u e a v e c e s e l m o v im ie n to in ic ia l n o e ra u n a
d a n z a . D e s p u é s d e 1 6 7 0 , la in s tr u m e n ta c ió n m á s c o m ú n ta n to p a r a la s s o n a
ta s d e ig le s ia c o m o d e c á m a r a es la d e d o s in s tr u m e n to s a g u d o s (c a s i s ie m p r e
v io lin e s ) y u n o b a jo ; e l e je c u ta n te d e l c o n tin u o se o c u p a d e c o m p le ta r la s a r
to s im ila r , m ie n tr a s q u e el c la v e c in is ta y o r g a n is ta p r o p o r c io n a b a n la s a r m o
m e ló d ic a s a g u d a s s o b r e u n b a jo — es fu n d a m e n ta l p a ra m u c h o s o tr o s tip o s
d e m ú s ic a a s o lo , ta n to v o c a l c o m o in s tr u m e n ta l.
486 Historia fíe la música accidental, i
M a p a d e Italia, m arcado con los centros de construcción, interpretación y com posición d e l violín, alre
dedor de 1650.
La música instrum ental d el Barroco tardío 487
M e n o s n u m e r o s a s q u e la s so n a ta s e n tr ío , a u n q u e g a n a r o n p o p u la r id a d
d e s p u é s d e 1 7 0 0 , s o n la s so n a ta s p a ra v io lín s o lo (o fla u ta o v io la d a g a m b a )
p a ra g r u p o s m a y o r e s , q u e p r e s e n ta n h a sta s e is u o c h o p a rte s in s tr u m e n ta le s
c o n c o n tin u o ; a d e m á s , se in c lu y e n v a ria s p a ra u n in s tr u m e n to d e c u e r d a o
v ie n to , sin a c o m p a ñ a m ie n to .
L a n o m e n c la tu r a , e s p e c ia lm e n te p a r a la s o b ra s d e l tip o d e la s o n a ta d e c á
m a r a , e ra a s o m b r o s a m e n te v a r ia d a : a v e c e s, e l títu lo g e n e ra l d e u n a a n to lo g ía
g lo X V II e m p le a r o n la p a la b r a so n ata o sin fo n ía p a ra d e s ig n a r al m o v im ie n to
d e in tr o d u c c ió n d e u n a s u ite d e p ie z a s d e d a n z a .
C o n r e sp e c to a su fo r m a e x te rio r r e c o r d e m o s q u e la e v o lu c ió n d e la c a n -
z o n a -s o n a t a e n e l s ig lo X V II c o n d u jo a u n a r e d u c c ió n p r o g re siv a d e l n ú m e r o
d e m o v im ie n to s y u n a u m e n t o p r o g r e s iv o d e la e x te n s ió n d e c a d a u n o d e é s
to s. E l o r d e n d e lo s m o v im ie n to s n o se v io s u je to a u n a n o r m a h a sta a lr e d e
to s se h a c o n s e r v a d o e n m u c h a s s o n a ta s d e G io v a n n i B a ttis ta V it a li ( ca.
1 6 4 4 -1 6 9 2 ) y p e r d u r a e n a lg u n a s o b ra s d e su h ijo T o 'm m a s o A n t o n io V ita li
{ca. 1 6 6 5 -1 7 4 7 ) . P o r o tr o la d o , la in d e p e n d e n c ia te m á tic a to ta l d e lo s d iv e r
so s m o v im ie n to s se c o n v ir tió c a d a v e z m á s e n n o r m a e s ta b le a fin e s d e l s ig lo
X V II, ta l c o m o q u e d a d e m o s tr a d a e n la s o n a ta L a R asp o n a, d e G io v a n n i L e -
g re n z i ( N A W M 7 6 ) . E n e sta s o n a ta h a y d o s m o v im ie n to s , c a d a u n o d e e llo s
n a y u n a c o m b in a c ió n d e te x tu ra s fu g a d a s y n o fu g a d a s .
L a e s c u e la m á s im p o r ta n te d e m ú s ic a d e c á m a r a fu e la ig le s ia d e S a n P e tr o -
n io , d e B o lo n ia , d e la c u a l M a u r iz io C a z z a ti {ca. 1 6 2 0 -1 6 7 7 ) fu e d ir e c to r
es r e p r e s e n ta tiv a d e l tip o d e m ú s ic a q u e se in te r p r e ta b a d u r a n te la s fu n c io n e s
Ed itad a en H A M , n ú m . 2 1 9 .
488 H istoria de la música occidental, 1
2 ) G r a v e , 4 /4 (J . = J ), c o n s tr u id o m e d ía n te u n a im ita c ió n c a n ó n ic a e str e c h a a
te x tu ra m á s flo ja q u e lo s m o v im ie n to s p r e c e d e n te s . P u e d e d is tin g u ir s e u n a
e v ita la e x h ib ic ió n té c n ic a d e l e je c u ta n te o el e m p le o d e e fe c to s y h a b ilid a d e s
m ú n d e to d a la e s c u e la d e B o lo n ia .
E je m p lo s p e r fe c to s d e la e ta p a se re n a y c lá s ic a d e l a rte m u s ic a l b a r r o c o lo s
fu e c é le b r e c o m o c o m p o s ito r y e je c u ta n te . E s tu d ió d u r a n te c u a tr o a ñ o s e n
B o lo n ia y a s im iló p r o fu n d a m e n te el e s p ír itu d e lo s m a e s tr o s b o lo ñ e s e s ; p a s o
s e r e n a m e n te e n R o m a la m a y o r p a r te d e su v id a p o s te r io r a 1 6 7 1 . F u e r o n su s
o b ra s:
d e v a r ia c io n e s ), 1 7 0 0
c o m p u e s to s a n te s d e 1 7 0 0 , a lg u n o s p r o b a b le m e n te e n 1 6 8 2 .
E n su s so n a ta s e n tr ío C o r e lli r e s u m ió lo s lo g r o s d e la m ú s ic a d e c á m a r a
n e s q u e p r o s ig u ie r o n d u r a n te lo s c in c u e n ta a ñ o s p o s te r io r e s . C o n s titu y ó u n a
al p a re ce r, ja m á s e s c r ib ió m ú s ic a v o c a l a lg u n a ; tr a s la d ó e l g e n io n a c io n a l d e l
c a n to al v io lín , el in s tr u m e n to q u e m á s se a ce rca a la e x p r e s ió n d e la v o z h u
ir m á s a llá d e la te rce ra p o s ic ió n , n i e m p le a r d e m a s ia d o la s n o ta s d e l e x tr e m o
g ra v e d e l in s tr u m e n to ; ta m b ié n se e v ita b a n la s e s c a la s r á p id a s y la s d o b le s
d e la m is m a m a n e r a y la s lín e a s m e ló d ic a s se e n tr e c r u z a n e in te r c a m b ia n m ú
La música instru m en ta l del Barroco tardío 489
c e s, s ir v e n p a ra d a r le a la m ú s ic a u n im p u ls o d e c is iv o .
C o r e lli se b a sa b a e n la p r o g r e s ió n p a r a a lc a n z a r u n a o r g a n iz a c ió n to n a l
c la r a . L a s e c u e n c ia , lle v a d a a c a b o d ia tó n ic a m e n te d e n tr o d e u n a to n a lid a d o
m o d u la d a e n fo r m a d e s c e n d e n te d e n tr o d e l c ic lo d e q u in ta s , es u n o d e lo s
a g e n te s m á s p o d e r o s o s p a ra e s ta b le c e r la to n a lid a d . L a s m o d u la c io n e s d e C o
r e lli d e n t r o d e u n m o v im ie n to — c o n la m a y o r fr e c u e n c ia h a c ia la d o m in a n te
y (e n la s to n a lid a d e s m e n o r e s ) h a c ia la r e la tiv a m a y o r — s o n s ie m p r e ló g ic a s
y c la r a s. E ste m ú s ic o e s ta b le c ió lo s p r in c ip io s d e la a r q u ite c tu r a to n a l q u e se
r ía n e la b o r a d o s y d e s a r r o lla d o s p o r H á n d e l, V iv a ld i, B a c h y o tr o s c o m p o s ito
res d e la g e n e r a c ió n s ig u ie n te . L a m ú s ic a d e C o r e lli es ca si c o m p le ta m e n te
n u id a s o a a lg u n a o c a s io n a l se x ta d e s c e n d id a (s e x ta n a p o lita n a ) e n u n a c a
d e n c ia .
M u c h a s d e la s so n a ta s d e ig le s ia e n tr ío d e C o r e lli c o n s ta n d e c u a tr o m o
v im ie n to s q u e g u a r d a n e l o r d e n le n t o -r á p id o -le n t o -r á p id o , a n á lo g o a l d e
c e p c io n e s y n o d e b e se r to m a d o c o m o u n p a tr ó n . E l p r im e r m o v im ie n t o ,
ca rá cte r s o le m n e y m a je s tu o s o . E l A lle g r o q u e le s ig u e e s, n o r m a lm e n te , u n a
fu g a ; es e l c e n tr o d e g r a v e d a d m u s ic a l d e la s o n a ta d e ig le s ia , y es e l m o v i
m ie n to q u e m á s o b v ia m e n te m a n tie n e ra sg o s d e la c a n z o n a , e n s u u s o d e l es
d e s p u é s d e la e x p o s ic ió n . (E n a lg u n a s so n a ta s , p o r e je m p lo d e P u r c e ll, a u n
m o v im ie n to c o m o é ste se lo d e n o m in a , e n r e a lid a d , « c a n z o n a » .) E l m o v i
m ie n to le n to in te r m e d io se a s e m e ja , c o n fr e c u e n c ia , a u n a r ia o d ú o o p e r ís ti
c o , e n r itm o te r n a r io . E l ú ltim o m o v im ie n to lo m á s p r o b a b le es q u e se a u n a
d a n z a d e s e n fa d a d a , e n fo r m a b in a r ia .
L a s so n a ta s d e c á m a r a d e C o r e lli, ta n to p a ra tr ío c o m o p a r a s o lis ta , c o
c o n v e n c io n a le s d e la s u ite , e n el o r d e n n o r m a l; a u n q u e la g ig a fin a l p u e d e
d o s p r im e r o s m o v im ie n to s c o n s e r v a n ta n to el c a rá c te r a u ste ro d e la s o n a ta d e
ig le s ia c o m o su s fo r m a s e x te r io r e s . L a s so n a ta s d e c á m a r a n o s r e c u e r d a n la
o b e r tu r a fr a n c e s a , p u e s c o n s ta n d e u n a in tr o d u c c ió n le n ta c o n p e r s is te n te s
E sta c o m b in a c ió n d e u n a in tr o d u c c ió n le n ta y u n a lle g r o fu g a d o , p r e c e d ie n
d o a u n a s e rie d e d a n z a s e ra c o m ú n e n e ste g é n e r o . L o s m o v im ie n to s d e d a n
c lu y e e n la d o m in a n te o el r e la t iv o m a y o r y la s e g u n d a s e c c ió n (q u e se r e p ite
ta m b ié n ) e fe c tú a su re g re so a la tó n ic a .
490 Historia de la música occidental, i
C o m o su s c o n te m p o r á n e o s , C o r e lli m a n tie n e to d o s lo s m o v im ie n to s d e
u n a so n a ta e n tr ío e n la m is m a to n a lid a d , p e r o to d a s su s s o n a ta s a s o lo p o s
la to n a lid a d r e la tiv a m e n o r .
n a lid a d c o n tr a s ta n te . E n g e n e r a l, lo s m o v im ie n to s s o n te m á tic a m e n te in d e
p e n d ie n te s , a u n q u e se p r e s e n ta n r a r o s e je m p lo s d e s e m e ja n z a te m á tic a
(c o m o el c a so d e lo s d o s m o v im ie n to s le n to s d e la S o n a ta en trío, O p u s 3 ,
n ú m . 7 ) . N o h a y te m a s c o n tr a sta n te s o « s e c u n d a r io s » d e n tr o d e u n m is m o
m o v im ie n to . E l s u je to d e to d o el d is c u r s o m u s ic a l v e n id e r o se e x p o n e d e in
m e d ia to e n u n a fr a se c o m p le ta c o n u n a c a d e n c ia , a m e n u d o fr ig ia , d e fin id a ;
te m a , c o n tr a ta m ie n to s e c u e n c ia l, b re v e s m o d u la c io n e s q u e c o n c lu y e n e n to
n u o » d e u n m is m o te m a es s u m a m e n te c a r a c te r ís tic o d e l B a r r o c o ta r d ío . N o
c e n e n g e n d ra r se e s p o n tá n e a m e n te a p a r tir d e la id e a o r ig in a l. A v e c e s C o r e lli
c o m b in a e ste m é to d o c o n la r e p e tic ió n d e a lg ú n m a te r ia l a n te r io r , a u n q u e e n
su s so n a ta s ja m á s h a y a n a d a s e m e ja n te a la r e c a p itu la c ió n to ta l d e la s o n a ta
c lá s ic a . C o n s u m a fr e c u e n c ia e x p o n ía d o s v e c e s la ú ltim a fr a se d e u n m o v i
m ie n to , c o m o si q u is ie r a e v ita r u n a d e s p e d id a d e m a s ia d o a b r u p ta y fa v o r e c ía
la h e m io lia e n la s c a d e n c ia s e n r itm o te r n a r io .
L a S o n a ta en trío, O p u s 3 , n ú m e r o 2 , d e A r c a n g e lo C o r e lli ( N A W M 7 7 )
d o g ra v e , c u e n ta c o n u n b a jo e n m o v im ie n to in in te r r u m p id o , s o b r e e l cu a l
d o s , se c r u z a n y se se p a r a n . E l A lle g r o q u e s ig u e tie n e u n v iv o s u je to d e fu g a
q u e d e sp u é s d e la p r im e r a e x p o s ic ió n tie n d e a p e r d e r su s n o ta s in ic ia le s . E l
m o v im ie n to le n to in te r m e d io es u n a e s p e c ie d e sa ra b a n d a e n la q u e lo s d o s
p le m e n te A lle g r o , es u n a g ig a e n fo r m a b in a r ia ; es fu g a d o e n su c o n c e p c ió n ,
y e n la s e g u n d a m ita d se in v ie r te e l s u je to d e la p r im e r a .
v im ie n to s q u e lo s tip o s c o r r e s p o n d ie n te s d e la s so n a ta s d e ig le s ia y d e cá m a ra .
E n e l p r im e r a lle g r o la s o n o r id a d a tre s v o c e s d e la so n a ta e n tr ío se v e s im u la d a
c u e rd a s. E n g e n e r a l, la p a r te d e v io lín d e m a n d a v ir tu o s is m o p a ra e je c u t a r esca
la s r á p id a s , a r p e g io s , c a d e n c i a s y e x te n so s p a s a je s d e m o v im ie n to p e r p e tu o .
ra b a d e su s a lu m n o s . S u s e n se ñ a n z a s fu e r o n la b a se d e la m a y o r p a r te d e la s
La música instru m en ta l del Barroco tardío 491
p o s te r io r e s d e in s tr u m e n tis ta s , d e ig u a l m a n e r a q u e su m ú s ic a , s o b r e g e n e
r a c io n e s d e c o m p o s ito r e s . A lg u n o s d e su s c o n te m p o r á n e o s y m u c h o s d e su s
s e g u id o r e s lo s u p e r a r o n e n b rav u ra, p e r o n in g u n o e n la c o m p r e n s ió n d e la s
p o s ib ilid a d e s c an ta b ile s d e su in s tr u m e n to , n i e n e l b u e n g u s to c o n q u e e v i
te n id o m u s ic a l. S u c o m p o s ic ió n m á s d ifíc il (p o r lo m e n o s e n c u a n to c o n
c ie r n e a la té c n ic a d e l a r c o ), a sí c o m o la d e p o p u la r id a d m á s d u r a d e r a , es su
m a g is tr a l s e r ie d e 2 4 v a r ia c io n e s q u e d a té r m in o a su O p u s 5 . S u te m a es la
s ig lo X V I, c o n u n b a jo s im ila r a l d e la r o m a n e s c a (v é a s e e je m p lo 9 .2 ) y,
al ig u a l q u e é sta , te m a p r e d ile c to p a ra c o m p o n e r v a r ia c io n e s d u r a n te e l s i
g lo X V II.
S ie m p r e se e sp e r a b a d e lo s e je c u ta n te s d e la é p o c a q u e a ñ a d ie s e n n o ta s a la s
c a s. L a s lín e a s m e ló d ic a s s o lis ta s v o c a le s e in s tr u m e n ta le s d e p e n d ía n d e la
h a b ilid a d , el g u s to y la e x p e r ie n c ia d e l e je c u ta n te , q u e lo s c o m p le ta b a m e
d ia n te la o r n a m e n ta c ió n , d e fo r m a a d e c u a d a . E n a m b o s a s p e c to s , la p r á c ti
c a v a r ia b a d e p a ís e n p a ís y d e g e n e r a c ió n e n g e n e r a c ió n . P o r e llo , la r e s ta u
r a c ió n d e to d a s e sta s tr a d ic io n e s d e e je c u c ió n d e s a p a r e c id a s es u n a ta re a
c o m p le ja , d e lic a d a y c o n tr o v e r tid a p a r a lo s e s tu d io s o s , d ir e c to r e s e in té r
p r e te s m o d e r n o s .
L a o r n a m e n ta c ió n m e ló d ic a tie n e u n a la r g a h is to r ia q u e se r e m o n ta a la
E d a d M e d ia . E s p r o b a b le q u e lo s a d o r n o s s ie m p r e se h a y a n o r ig in a d o a p a r
tir d e la im p r o v is a c ió n y, a u n q u e e n a lg u n a e ta p a p o s te r io r se h a y a n e s c r ito
d e fo r m a p a r c ia l o to ta l, o si n o in d ic a d o s m e d ia n te s ig n o s e s p e c ia le s (c o m o
e n el e je m p lo 1 1 .5 ) , sie m p r e c o n s e r v a r o n c ie r to tin te d e e s p o n ta n e id a d . P a ra
n o s o tr o s , la p a la b r a orn am en tació n p u e d e s u g e r ir u n p r o c e s o n o e s e n c ia l, s u -
p e r flu o . E ste n o e ra e l p u n to d e v is ta d e l B a r r o c o . L o s o r n a m e n to s n o e ra n
m e r a m e n te d e c o r a tiv o s , s in o u n m e d io p a r a tr a n s m itir e m o c io n e s . A d e m á s ,
a lg u n o s d e lo s o r n a m e n to s m á s c o m u n e s — s o b r e t o d o e l tr in o y la a p o y a tu
ra— a ñ a d ía n u n s a b o r d is o n a n te , d e l c u a l n o o fr e c e in d ic io a lg u n o la v e r s ió n
a n o ta d a d e la m ú s ic a .
E n g e n e r a l, h a b ía d o s m a n e r a s d e o r n a m e n ta r u n a lín e a m e ló d ic a d a d a :
1 ) m e d ia n te p e q u e ñ a s fó r m u la s m e ló d ic a s (c o m o tr in o s , g r u p p e to s , a p o y a tu
ra s, m o r d e n te s ) u n id a s a u n a o d o s d e la s n o ta s e s c r ita s. A v e c e s , a u n q u e n o
492 H istoria de la música occidental, I
A dagio d e la sonata O pus 5, n ú m ero 3 , d e Corelli, según la edición im presa p o r John Walsh, en L o n
dres hacia 1 7 1 1 y basada en un a edición d e 1 7 1 0 , de Estienne Roger, A m sterdam . La p a r te d e violín
aparece tan to en la fo r m a en qu e fu e origin alm en te da d a a conocer, com o en la versión orn a m en ta d a de
la qu e se dice qu e representa la m anera que ten ía C orelli d e interpretarla. (N e w H aven: Yale U niversity
M u sic Library.)
s ie m p r e , se la s in d ic a b a p o r m e d io d e s ig n o s e s p e c ia le s , y 2) o r n a m e n to s m á s
e x te n so s, c o m o e s c a la s r á p id a s , s a lto s , a r p e g io s y o tr o s p o r e l e s tilo , e n v ir tu d
e n te m p o le n to . L a o r n a m e n ta c ió n d e lo s m o v im ie n to s le n to s d e la s so n a ta s
a s o lo d e C o r e lli se h a c o n s e r v a d o e n la e d ic ió n d e 1 7 1 0 , d e E s tie n n e R o g e r,
d e A m s te r d a m (v é a se e l fa c s ím il d e u n a im p r e s ió n lo n d in e n s e p o s te r io r m á s
a r r ib a ), q u ie n a fir m a b a q u e e sto s a d o r n o s r e p re s e n ta b a n la fo r m a e n q u e el
La música instrum ental del Barroco tardío 493
c o m p o s ito r lo s to c a b a . A l m a r g e n d e si e sta o r n a m e n ta c ió n p e r te n e c e a C o -
r e lli o n o , la m is m a r e p r e se n ta in d u d a b le m e n te el c a r á c te r g e n e r a l d e lo s
a d o r n o s m e ló d ic o s ta l c o m o se p r a c tic a b a n e n e sta é p o c a .
O t r a e s p e c ie m á s d e o r n a m e n ta c ió n c o m ú n e n la ó p e r a , y q u e ta m b ié n se
e n c u e n tr a e n a lg u n a s d e la s p ie z a s in s tr u m e n ta le s d e C o r e lli y d e su s c o n t e m
p o r á n e o s , era la c a d e n z a , e la b o r a d a e x te n s ió n d e l a c o r d e d e c u a r t a -s e x t a e n
la s p r o lo n g a d a s c a d e n z a s q u e e n c o n tr a m o s e n lo s c o n c ie r to s d e la s é p o c a s
c lá s ic a y r o m á n tic a .
P o r e n d e , e n e l B a r r o c o lo s e je c u ta n te s te n ía n la lib e r ta d d e r e a liz a r a ñ a d i
b e r ta d d e e s c a m o te a r le fr a g m e n to s o d e a lte r a r lo s d e d iv e r s a s m a n e r a s . E n la s
a n to jo d e lo s c a n ta n te s . F r e s c o b a ld i p e r m itía q u e lo s o r g a n is ta s d e s m e m b r a
se n su s to c c a ta s o le s d ie s e n té r m in o e n c u a lq u ie r p u n to q u e d e s e a s e n . L o s
c o m p o s ito r e s d e v a r ia c io n e s , s u ite s y so n a ta s d a b a n p o r s o b r e e n te n d id o q u e
d e c o le c c io n e s d e m ú s ic a p a r a c o n ju n to in s tr u m e n ta l n o s ó lo se p e r m ite e l
u s o d e d ife r e n te s tip o s d e in s tr u m e n to s , s in o ta m b ié n se in d ic a u n n ú m e r o
c o n u n o o d o s v io lin e s a d ic io n a le s , «si a sí se d e se a b a » , y c o n c ie r to s p a ra c u e r
d a q u e se p o d ía n in te r p r e ta r c o m o so n a ta s e n tr ío .
to d a E u r o p a . S u in flu e n c ia so b r e el m ú s ic o in g lé s J e n k in s y a se h a s e ñ a la d o .
ta y e l m is m o e s tilo g e n e ra l q u e la s d e C o r e lli.
E n A le m a n ia e s c r ib ie r o n so n a ta s e n tr ío o p a ra c o m b in a c io n e s m a y o r e s
o tr o s . L a s so n a ta s d e F u x y G r a u p n e r c o n tie n e n a lg u n o s n o ta b le s e je m p lo s
d e in tr in c a d a e sc r itu r a fu g a d a .
494 H istoria de la música occidental , /
Las prim eras y más im portantes sonatas en trío francesas fueron las de
C ouperin. Algunas de estas obras probablem ente ya estaban com puestas en
1692, aunque no se publicaron sino m uchos años más tarde. U na antología
de 1726, intitulada Les Nations: Sonades et Suites de Simphonies en Trio, con
tiene cuatro ordres, cada uno de los cuales consta de u na sonata da chiesa (la
sonade) en varios m ovim ientos, seguida por u n a suite de danzas (la suite de
simphonies). Su estilo, aunque obviam ente se encuentra bajo la influencia de
Corelli y de los dem ás italianos, se distingue en todo m om en to por el m ism o
refinam iento m elódico y el m ism o gusto ornam ental exquisito que caracteri
zan a las piezas para clave de C ouperin.
C ouperin adm iraba las obras tanto de Lully com o de Corelli y en la con
troversia desatada por entonces en Francia acerca de los respectivos m éritos de
la música francesa e italiana, m antuvo una posición neutral, afirm ando — en
los títulos, prefacios y contenidos de sus antologías publicadas (véase el recua
dro, p. 496)— que la m úsica perfecta era la u n ió n de am bos estilos naciona
les. E n consonancia con este ideal se hallan otras dos suites para trío, deno
m inadas respectivam ente Parnaso o la Apoteosis de Corelli y La Apoteosis de
Lully. En esta últim a, Lully aparece representado ju n to a Corelli en el Parna
so, dispuestos a ocupar los puestos de violín prim ero y segundo en una ober
tura francesa y en la sonata en trío que la sigue. El resto de la música de
C ouperin com prende una serie de doce «conciertos» o conjuntos arm onio
sos; no son conciertos, sino suites para clave y diversas com binaciones de ins
trum entos, cada uno de los cuales consta de u n preludio y varios m ovim ien
tos de danza; a los cuatro prim eros se les conoce generalm ente com o los
Concerts royaux (fueron ejecutados ante Luis X IV en 1714 y 1715), m ientras
que los ocho últim os fueron publicados en 1724 bajo el título colectivo de
Les Goüts-réunis (los estilos [francés e italiano] reunidos).
por sus quince sonatas (sobre los m isterios del rosario) para violín, escritas al
rededor de 1675, que representan, en su m ayor parte, m editaciones sobre
episodios de la vida de C risto 2. E n estos ingeniosos ejemplos de m úsica pro
gram ática barroca se utiliza bastante la scordatura, afinaciones desusadas de
las cuerdas del violín que facilitan la ejecución de determ inados acordes o
notas.
T anto W alther com o Biber a m enudo interpolaron m ovim ientos o seccio
nes rapsódicos, análogos a los de u na toccata, en sus sonatas y am bos escri
bieron m uchos de sus m ovim ientos más extensos en la form a de tem a con
variaciones o de passacaglia. La passacaglia de Biber para violín solo, agrega
da a su antología de sonatas bíblicas, acaso sea la precursora más im portante
de la gran chacona en Re m enor de Bach. La m ayor parte de los com posito
res violinísticos posteriores a W alther y Biber cayeron bajo la influencia de
las escuelas italianas y desarrollaron u n estilo a partir de tales bases.
U no de los discípulos de Corelli más influyentes fue Francesco G em inia-
ni (1687-1762), quien tuvo u n a larga carrera com o virtuoso y com positor en
Londres. Allí publicó, en 1751 , El arte de tocar el violín, m étodo que in d u d a
blem ente representa los principios de la técnica y la improvisación enseñados
por Corelli y los dem ás m aestros italianos. Las sonatas para solista y los con-
certi grossi de G em iniani se fundan en el estilo de Corelli, en el que se entre
mezclan rasgos progresistas que dejan entrever sus orígenes posteriores. Los
concerti grossi de H andel tam bién dependen del enfoque que Corelli le dio a
este medio. Algunas características del sello de Corelli persisten en las com
posiciones de otros dos fam osos violinistas de com ienzos del siglo XVIII,
Francesco M aria Veracini (1690 -ca. 1750) y Pietro Locatelli (1695-1764),
este últim o tam bién discípulo de Corelli. El más celebrado de todos los vir
tuosos italianos fue G iuseppe T artin i (16 9 2 -1 7 7 0 ), au n q u e sus sonatas y
conciertos para in stru m en to solista están casi siem pre escritos en el estilo
preclásico de m ediados del siglo XVIII.
El principal com positor francés de sonatas para violín fue Jean-M arie Le-
clair (1697-1764). Su m úsica parece com binar la pureza clásica de Corelli
con una gracia y dulzura m elódica típicam ente francesas y u n a perfecta clari
dad de textura y form a, con un a abundante ornam entación llena de buen
gusto.
----------------------------------------------------------------------------------------------
Durante mucho tiempo, los estibs italiano y francés han dividido a la repú
blica de la música en Francia. Por lo que a mí respecta, siempre he estimado
aquellas cosas que merecen ser estimadas, sin tener en cuenta ni su compositor ni
la nación de éste. Las primeras sonatas italianas que aparecieron en París hace
más de treinta años y que me animaron a empezar a componer en este género, soy
de b opinión que no dañaban ni a las obras de Monsieur de Lully ni a las de mis
antepasados, quienes siempre serán más dignos de admiración que de imitación.
Así, gracias al derecho que me confiere b neutralidad, zarpo bajo b feliz estrella
que me ha guiado hasta ahora.
Debido a que b música italiana tiene el derecho de prioridad sobre la nues
tra, al final del volumen hallaréis una gran sonata en trío titulada L’A pothéose
de Corelli. Una débil chispa de amor propio me persuadió a presentarla en par
titura. Si algún día mi musa se supera a sí misma, me atreveré a ocuparme de
algo parecido en el estilo del incomparable Lully, aunque sus obras por sí solas de
ben de bastar para inmortalizarlo.
En Italia, a partir de los días de G iovanni G abrieli y d u ran te toda la prim era
m itad del siglo XVII, hubo una constante producción de canzonas, suites de
danzas, sonatas y sinfonías para grupos de tres o más instrum entos m elódi
cos, además de bajo continuo. M uchas sonatas venecianas de este período
son sim ilares a las oberturas operísticas venecianas contem p o rán eas. Los
com positores boloñeses y otros italianos de fines del siglo XVII escribieron
asimismo m uchas obras para conjuntos mayores que, en su form a y estilo, se
asemejaban a la sonata en trío o al concierto.
La sonata para conjunto instrum ental y, más especialmente, la suite tuvie
ron u n a vida p articularm ente larga en A lem ania. Las obras más notables
(aunque no las más típicas) de esta form a después del Banchetto musicale, de
Schein, fueron once sonatas de cámara, para cinco instrum entos de cuerda
(«u otros in strum entos») y c o n tin u o de Jo h a n n R o senm üller ( ca. 1620-
La música instrum enta! de! Barroco tardío 497
Música orquestal
H acia fines del siglo XVII com enzó a efectuarse una distinción generalm ente
reconocida entre música de cámara — m úsica para co n ju n to con un in stru
m ento para cada parte— y música orquestal. E n gran p roporción de obras
para conjunto del siglo XVII no está claro si los com positores tenían alguna
preferencia en este aspecto; la elección podía depender de las circunstancias.
Por ejem plo, una sonata da chiesa en trío, aunque presum iblem ente hubiese
estado concebida para dos violines solistas, podía ejecutarla en la iglesia un
co njunto orquestal si las dim ensiones del auditorio lo perm itían o si la oca
sión era festiva. A la inversa, ni la denom inación de «sinfonía» o «concierto»
ni la presencia de tres, cuatro o más partes melódicas p o r encim a del bajo
precisaban necesariam ente de u n grupo orquestal de ejecutantes, antes que
o tro de cámara. M ás allá del em pleo del bajo co ntin u o y el p redom inio de
los in stru m e n to s de cuerda, no h abía u n a n o rm a c o m ú n q u e regulase la
com posición de un conjunto ni el núm ero de instrum entos que habría de to
car una parte.
Por supuesto, los teatros de ópera m antenían orquestas; en consecuencia,
la obertura operística, tanto en Italia com o en Francia, así com o las n u m ero
sas danzas que form aban parte indispensable de la ópera francesa, se escri-
Concierto al aire libre del Collegium musicum en la Universidad de Jena, en la década de 1740.
Bach dirigió un grupo similar en Leipzig. (Hamburgo, Museum fiir Kunst und Gewerbe.)
bían siem pre específicam ente para ejecutarse orquestalm ente. La orquesta
más famosa de Europa era la de la Ó pera de París, que bajo el severo régimen
de Lully llegó a una altura de perfección técnica hasta entonces desconocida
para u n grupo tan grande de ejecutantes instrum entales.
La suite orquestal
cha inform ación sobre el sistema francés de golpes de arco, la ejecución de los
agréments y otros te m as4. O tra antología im portante fue el Journal de Prin-
temps (1 6 9 5 )5, de J. K. F. Fischer. T am bién escribieron suites-ouvertures Fux,
Telem ann y una legión de otros com positores alemanes, entre ellos ]. S. Bach.
El concierto
D u ran te las últim as dos décadas del siglo XVII apareció u n nuevo tip o de
com posición orquestal, el concierto, el cual se convirtió en el tipo más im
portante de m úsica orquestal barroca. El concierto perm itía a los com posito
res com binar en u na sola obra varios rasgos predilectos: los contrastes del
m edio concertato; la textura de un bajo sólido y un tiple florido; u n a organi
zación musical basada en el sistem a tonal m ayor-m enor; y la construcción de
una obra extensa a partir de m ovim ientos separados y autónom os.
A lrededor de 1700 se escribieron tres tipos diferentes de conciertos. U no
de ellos, el concierto orquestal (tam bién denom inado concertó sinfonía, concer
tó ripieno o concertó a quattro), era una obra orquestal de varios m ovim ientos,
que subrayaba la parte del prim er violín y el bajo y en el que habitualm ente
se evitaba la textura contrapuntística más com pleja, característica de la sona
ta y la sinfonía. M ás num erosos e im portantes en esta época eran los otros
dos tipos, el concertó grosso y el concierto a solo; en am bos se contrastaban sis
tem áticam ente las sonoridades entre m uchos instrum entos y uno. El concer
tó grosso oponía un pequeño grupo de instrum entos solistas, el concertino, a
un conjunto grande, el concertó grosso. E n el concierto a solo u n único in stru
m ento se oponía a u n gran conjunto. El grupo grande era, casi siempre, u na
orquesta de cuerdas, y norm alm ente estaba dividida en prim eros y segundos
violines, viola, violoncello y violone, con bajo continuo. Los instrum entos
solistas solían ser tam bién de cuerda: en el concierto a solo, u n violín; en el
grosso, por regla general, dos violines y continuo, aunque podían añadirse o
sustituirse otros instrum entos solistas de cuerda o de viento. T anto en el co n
cierto a solo com o en el grosso, la designación usual para la orquesta com ple
ta era tutti (todos) o ripieno (relleno).
La práctica de contrastar instrum entos solistas con la orquesta en pleno
precedió a los prim eros conciertos instrum entales. La instrum entación sim i
lar a la del concierto anim ó canzonas y otras obras para co njunto in stru m en
tal. Lully insertó episodios para trío de instrum entos de viento solistas en al
gunas de las danzas de sus óperas. El intercam bio de frases cortas entre los
Torelli
El com positor que más contribuyó al desarrollo del concierto hacia fines de
siglo fue G iuseppe Torelli (1658-1709), la principal figura de los últim os
años de la escuela boloñesa. U na etapa significativa de esta evolución se m a
nifiesta en los conciertos para violín O pus 8, de Torelli (1709), antología de
seis concerti grossi y seis conciertos para solista. La m ayor parte de los mismos
está escrita en tres m ovim ientos (rápido-lento-rápido), disposición ésta que
llegó a ser clásica con los com positores que continuaro n el género. C ada uno
de los m ovim ientos de Allegro com ienza con un ritornello que desarrolla
uno o más motivos en la orquesta com pleta. Esto conduce a un episodio a
solo que presenta m aterial com pletam ente nuevo, después del cual el tu tti re
cuerda alguna parte del ritornello en una tonalidad diferente. Esta alternan
cia se puede repetir varias veces antes de que finalice el m ovim iento, y con
cluye con un tu tti final en la tónica, que es casi idéntico que el ritornello
inicial.
La palabra ritornello se deriva de la m úsica vocal, en la que quería decir
estribillo. E n realidad, la form a se parece bastante a la de un rondeau, con la
im portante excepción de que en un concierto todos los ritornellos, m enos el
prim ero y el últim o, están en tonalidades diferentes. Esta estructura de ritor
nello es característica de los m ovim ientos prim ero y últim o de los conciertos
de Torelli, Vivaldi y algunos de sus contem poráneos. Por consiguiente, en el
concierto se com binan recurrencias de m úsica expuesta con la variedad y es
tabilidad de las relaciones entre las tonalidades. U n esquem a característico es
el que se ilustra en el Allegro final del O pus 8, núm ero 8 6. El m ovim iento
consiste en u n ritornello inicial, dos secciones a solo m odulantes separadas
p o r una exposición abreviada del ritornello en el to n o relativo mayor, y una
repetición del ritornello inicial para cerrar el m ovim iento:
----------------------------------------------------------------------------------------------
Amable lector: Es muy cierto que los hermosos conciertos de una clase nueva
que disfruté en Roma me han dado un gran ánimo y vuelto a despertar en mi al
gunas ideas que quizá no os disgusten. Por lo menos he tratado, si no he hecho
otra cosa, de servir a vuestra comodidad, ya que podréis concertar estas sonatas en
diversas formas con las condiciones siguientes:
1. Pueden tocarse con sólo tres instrumentos, es decir, dos violines y un vio-
loncello o viola bajo como fundamento...
2. Pueden tocarse con cuatro o cinco instrumentos...
3. Si, además, deseáis escucharlos como verdaderos conciertos [concerti pie-
ni] con alguna novedad o variedad de la sonoridad, podéis formar dos grupos de
la siguiente forma. Concebid un conjunto pequeño [concertino] de tres o dos
violines y un violoncello [violoncino] o viola da gamba, que tocará las tres partes
solistas, sin doblar, en su totalidad. De estas tres partes sacaréis los dos violines
[solistas] así como los violines que doblará el gran conjunto [concertó grosso];
cuando halléis la letra «T», que quiere decir «tutti». Dejaréis que éste descanse al
llegar a la letra «S», momento en que el pequeño conjunto tocará sin acompaña
miento. Las violas centrales se doblarán en proporción a las otras partes del gran
conjunto con las que tocarán, excepto cuando lleguéis a la letra «S», cuando bas
tará que esta parte se toque solamente y no se doble. Me tomé esta molestia para
lograr la variedad oportuna.
Armónico tributo (Salzburgo, 1682) DTOe, XI/2, vol. 22 (Viena, 1904) p. 118.
La música instrum ental del Barroco tardío 503
Bibliografía
Antologías musicales
Bobm. Klavier- und Orgelwerke, 2 vols., edición a cargo de Gesa Wolgast (Wiesbaden:
Breitkopf & Hártel, 1952?).
Música para clave, clavicordio y laúd (véase también capítulo 9: Música instrumental)
L. Couperin. Piéces de clavecín, ed. Paul Brunold, rev. Davitt Moroney (Monaco: Édi
tions de l’Oiseau-Lyre, 1985).
J. K. F. Fischer. Samtliche Werkeftir Klavier und Orgel, edición a cargo de E. von Werra
(Leipzig: Breitkopf & Hártel, 1901; reimpresión: Nueva York: Broude Brothers,
1965).
Hay suites de Pachelbel en DTB, vol. 2/i; Poglietti, en DTOe 27 (año 13/2). Se han
publicado composiciones para laúd de E. Reusner y S. L. Weiss en Das Erbe deuts-
cher Musik, Serie I, vol. 12; véase también DTOe, vols. 50 (año 25/2) y 84.
Biber. Algunas de las obras de Biber se han publicado en DTOe: las sonatas para violín de
1681 (vol. 2, año 5/2) y las sonatas «sobre los misterios del rosario» para violín
(vol. 25, año 12/2); la primera impresión era defectuosa debido a que se había in
terpretado equivocadamente la scordatura del compositor; más adelante se editaron
hojas por separado para corregir los errores, pero no todas las bibliotecas cuentan
con ellas.
Geminiani. Las doce sonatas del Opus 1, de Geminiani (1716), ed. R. L. Finney, se ha
llan en el vol. 1 de los Smith College Music Archives (Northampton, Mass., 1935).
Legrenzi. Sonatas, Op. 2, Op. 10, ed. Stephen Bonta (Cambridge, Mass.: Harvard Uni-
versity Press, 1984, 1992).
Leclair. Las sonatas para violín se hallan en EP, vol. 27 (año 31); Oiseau-Lyre ha publi
cado seis sonatas en 1952; hay sonatas para violín y bajo continuo en Recent Resear-
ches in the Music o f the Baroque Era, 4-5, 10-11, edición a cargo de R. E. Preston
(New Haven: A-R Editions, 1969-70).
J. J. Walter. Los Scherzi se han publicado en el vol. 17 de Das Erbe deuscher Musik,
serie I.
En Bibliografía della música strumentale italiana stampata in Italia fino al 1700, 2 vols.
(Florencia: Leo S. Olschki, 1952), se enumeran las antologías de música instru
mental italiana publicadas hasta el 1700.
Sobre la fuga y el contrapunto, véanse J. J. Fux: Gradas ad Parnassum, facsímiles en Mo-
numents ofMusic and Music Literature in Facsímile, ser.-2, núm. 24 (Nueva York,
1966); The Study o f Counterpoint frorn Johann Joseph Fttx’s «Gradus ad Parnassum»,
edición revisada y traducida por A. Mann y J. Edmunds (Nueva York: Norton,
1965); Imogene Horsley: Fugue: History andPractice (Nueva York: Free Press, 1966).
Estudios recomendados sobre la ornamentación barroca: Robert Donington: A Perfor-
mer’s Guide to Baroque Music (Nueva York: Scribner’s Sons, 1973) y Frederick Neu-
mann: Omamentation in Baroque and Post-Baroque Music, with Special Emphasis on
J. S. Bach (Princeton: Princeton University Press, 1978).
F. Blume et a i: Protestant Church Music (Nueva York: Norton, 1974). Un catálogo útil
en el que se enumeran preludios para órgano y sus compositores, fue compilado
por J. E. Edson: Organ Preludes: An Index to Compositions on Hymn Tunes, Chórales,
Plainsong Melodies, Gregorian Tunes and Carols (Metuchen, N.J.: Scarecrow Press,
1970).
F. Couperin. Wilfred Mellers: Frangois Couperin and the French Classical Tradition (Lon
dres: Denis Dobson, 1950; Nueva York: Dover, 1968); David Tunley: Couperin
(Londres: BBC, 1982); L’Art de toucher le clavecín, 1716, edición y trad. de A. Lin
de y M. Roberts (Leipzig: Breitkopf & Hártel, 1933).
Geminiani. Art o f Playing on the Violín (facsímil), ed. D. Boyden (Londres y Nueva
York: Oxford University Press, 1952).
Ernst H. Meyer: Early English Chamber music from the Middle Ages to Purcell, 2.a edi
ción, con D. Poulton (Londres: Lawrence & Wishart, 1982); Eleanor Selfridge-
Field: Venetian Instrumental Music from Gabrieli to Vivaldi (Oxford: Blackwell,
1975), en donde se tiene en cuenta la historia de los géneros instrumentales, ade
más de la interpretación musical en Venecia; William Klenz: Giovanni Maña Bo-
noncini: A Chapter in Baroque Instrumental Music (Durham, N. C.: Duke Univer
sity Press, 1962); David Boyden, The History ofViolin Playing from its Origins to
1761 (Londres: Oxford University Press, 1965).
Sobre la sonata en particular, véanse William S. Newman: The Sonata in the Baroque
Era, 3.a edición (Nueva York: Norton, 1983), que es el estudio más completo y me
jor del género; Peter Allsop, The Italian «Trio» Sonata from its Origins until Corelli
(Oxford: Clarendon Press, 1992); Henry Mishkin: «The Solo Violin Sonata of the
Bologna School», MQ 29 (1943) 92-112; Stephen Bonta: «The Uses of the Sonata
da Chiesa», en JAMS 22 (1969) 54-84, y en GLHWM, 5: 54-84. En el artículo de
Bonta se explica el empleo específico de la sonata da chiesa en el rito romano en los
siglos X V II y X V III.
Para un estudio detallado del concierto, véase Arthur Hutchings: The Baroque Concer
tó, 3.a edición (Londres: Faber and Faber, 1973).
Corelli. Marc Pincherle: Corelli: His Life, His Music, trad. de H. E. M. Russel (Nueva
York: Norton, 1968).