preços Conferência

5 províncias registam menos inflação em Abril Vice-presidente da República

hoje na Academia BAI
As províncias de Benguela com 0,72 por cento, Bié com 0,90, Cunene Bornito de Sousa procede hoje à abertura e
com 0,95, Lunda Sul com 1,01 e Namibe com 1,03 foram as que tiveram participa, a partir das 08h00, da sessão de
menor variação no Índice de Preços no Consumidor em Abril último. debates denominada “Diálogo Estratégico”,
As com maior índice são Uíge com 1,20 por cento, Cuanza Sul e Moxico uma iniciativa do Instituto Pedro Pires (IPP),
com 1,17 cada, Cuanza Norte com 1,16 e Malanje com 1,15. Luanda regis- de Cabo Verde, que, nesta sua VI edição, conta
tou uma variação de 1,06% entre Março e Abril. [32] com a parceria da Academia BAI.

Câmbio Spot 16/mai

USD/AKZ 324,973
EUR/AKZ 364,392
nad/AKZ 22,984
EUR/USD 1,1176
GBP/USD 1,2792
Ano 11 N.º 558 Sexta-feira, 17 de Maio de 2019 Kz 100 USD/JPY 109,9300
Director Agostinho Chitata Director-Adjunto Mateus Cavumbo
USD/ZAR 4,0081
SITE: www.jornaldeeconomia.sapo.ao E-MAIL: redaccaoeconomia@gmail.com

Luanda
A porta de entrada
para relançar o turismo

LUANDA

Kz 364 1.000
Milhões Milhões
Valor orçamental para o É o valor em dólares que
desenvolvimento hoteleiro o Fórum Mundial do Turismo
e do turismo no OGE 2019. vai investir no país.

223.000 206.000
Trabalhadores Turistas
É o número de empregos Corresponde ao último registo
gerados no sector turístico. de turistas que entraram
no nosso país.

Entrevista AGT resultados de 2018

Turismo representa 3,5% do PIB Impostos Auditor

O director-geral do Instituto de curto e médio prazo, se pretende reforçam externo
cofres com faz
Fomento do Turismo (INFOTUR), tornar “verdadeiramente ope-
Simão Manuel Pedro, disse ao racionais” as infraestruturas

1,81 biliões críticas

JE que o sector do turismo em hoteleiras, estradas, transporte,
Angola representa 3,5 por cento seguros, saneamento, energia e

de kwanzas às contas
do produto interno bruto (PIB), água, pois só assim se poderá for-
sendo que se faz ainda pouco e talecer a indústria e aumentar a

no trimestre [13] do BNA [12]

tem-se um longo e difícil cami- sua contribuição na Balança de
nho a percorrer. Contudo, para Pagamentos.[10-11]
2
opinião
Economia & Finanças

Editorial
A gestão (des)contabilizada
Seca
É
edições novembro

endinheirada bastante preocupante o número

A seca ou estiagem é um fenómeno climático causado pela
falta de chuva numa determinada região por um período
de tempo muito grande. A água disponível não é suficiente
para satisfazer as necessidades das pessoas, dos animais
e muito menos das plantas.
A causa mais habitual é a falta de enxurradas. Existe, em
tempos de seca, uma desigualdade entre a disponibilidade
natural de água e a procura. Afecta gravemente a agricultura
(não existe água suficiente para o desenvolvimento dos
cultivos) e a criação de gado (os animais ficam desidratados)
e causa perdas milionárias à economia.
Por aqui surge a questão. Qual é o balanço relativamente
aos prejuízos financeiros com o drama da seca no Cunene,
Namibe e Huíla? Em 2016, segundo uma avaliação conjunta
do Governo e das Nações Unidas, nestas províncias foram
acima 700 milhões de dólares.
A verdade é que a situação da seca no Sul se manteve e quase
ou nada foi feito para que este mal deixasse de continuar a trazer
a desgraça e a miséria às regiões afectadas. Hoje, estamos em
2019 e, ao invés, de estarmos a falar de ganhos económicos que
poderiam derivar das zonas constantemente afectadas, estamos
a falar de calamidade, devastação e miséria.
de empresas que encerram as
suas actividades voluntária ou
involuntariamente, pois a crise
económica que assola o nosso
país obriga-nos a reflectirmos seriamente
na maneira como gerimos as nossas orga-
nizações, quer sejam lucrativas ou não,
pelo facto da prosperidade económica do
país estar dependente da prosperidade do
seu tecido empresarial.
Gerir uma empresa em Angola, no
actual contexto macroeconómico e
ambiente de negócio de incerteza, não é
uma tarefa fácil, pois não basta nascer
com espírito empreendedor ou possuir
traços naturais de liderança, é preciso
auto-superação do gestor, proactividade Sabino Maria da Conceição
e, acima de tudo, capacidade de diagnos- Economista
ticar os diversos problemas que enfer-
mam a organização e o ambiente em que
se encontra, isto porque o nível de exigên-
cia da gestão no cenário de crise é maior.
A luta permanente pela sobrevivência
e continuidade funcional das empresas,
torna os empresários em autênticos heróis
do silêncio, a equação para o sucesso e
manutenção de empresas no mercado
concorrêncial é composto por inúmeras
incógnitas complexas, o que leva afirmar

As reportagens da imprensa pintaram um quadro
completamente desolador e que exige urgência na sua
solução. Pois, os últimos anos de seca consecutiva no Sul
do país deixaram as famílias sem reservas alimentares,
com impacto mais acentuado nas populações vulneráveis,
quer no campo da saúde, por causa da má nutrição, e uma
população bovina que se vai dizimando por carência de
água e de pasto. As transumâncias nem sempre reflectem o
mitigar do problema.
O fenómeno da transumância, derivada dos efeitos
da estiagem, tem contribuído negativamente no aumento
da taxa de abandono escolar, além do agravamento da
violência de género. As soluções não se podem fazer esperar.
Os esforços emergenciais devem persistir, assim como a
implementação de outras soluções como doações de bens
alimentares e acções de capacitação.
É verdade que a solução não passa apenas na distribuição
de alimentos, através de campanhas de assistência
humanitária. Mas a tomada de medidas emergenciais valem a
pena pois a desgraça corrói e as fissuras na vida das pessoas
em situação de calamidade são cada vez mais enormes.
Traçar e executar medidas eficazes para minimizar os efeitos
da seca afigura-se um desafio oportuno. O repto foi lançado
com a visita do Presidente da República ao Namibe e Cunene.
Manifestou preocupação com o facto de os próximos cinco
meses continuarem a ser de estiagem, uma vez que marcam a
época seca (cacimbo) em Angola. Face à realidade, admitiu, a
resposta do Governo também seria mais efectiva, com carácter de
emergência, para uma solução definitiva.
E as soluções definitivas começam a ser desenhadas.
Um pacote financeiro fixado em duzentos milhões de
dólares foi já aprovado pelo Presidente da República para
solucionar problemas estruturantes ligados aos efeitos
destrutivos da seca na província do Cunene.
Oxalá que haja responsabilidade no uso dos fundos
alocados e que num futuro breve traduza na prática o
esforço financeiro público. Chega de testemunharmos
impávidos e serenos populações a morrerem devido à
seca e ter toda sua estrutura económica abalada.
}
}
que o ambiente não é favorável para ges-
tores improvisadores e inexperientes, são
muitas empresas a declarar falência com O acto de gestão
infinitas justificações, uma por falta de
recursos financeiros para alavancagem de uma empresa
da sua actividade produtiva, outras por
elevados custos de produção, concorrên- quer seja pública
cia desleal, dificuldade de escoamento
dos produtos, dificuldades de obtenção ou privada, tem
de divisas para importar os inputs, etc.
O acto de gestão de uma empresa como fim único, a
quer seja pública ou privada, tem como
fim único, a satisfação contínua dos satisfação contínua
seus clientes, proprietários, accionis-
tas, colaboradores, fornecedores e socie- dos seus clientes,
dade em geral, através da sua capacidade
de agregar valor nos produtos e servi- proprietários
ços produzidos.
O gestor deve ser visto como a bús- e accionistas
sola da empresa, ou seja, o especialista
dotado de capacidade de analisar e iden-
tificar as incongruências na sua estru-
tura operacional, assim como o indivíduo
com habilidade de transformar as difi-
culdades em oportunidades
No entanto, não obstante ao facto do
sucesso de uma empresa estar condicio-
nada a determinados factores endógenos
e exógenos, é da inteira responsabilidade
do gestor minimizar o efeito negativo das
variáveis endógenas por si controladas, evenpoint e na formação de riqueza.
colocando em prova a sua competência e Um gestor sem informações conta-
visão estratégica. A actual crise econó- bilísticas actualizadas e assertivas
mica é uma prova dos nove para os ver- da organização que dirige está sus-
dadeiros gestores angolanos. ceptível de tomar decisões erróneas e
Reiteradamente nos interrogamos desencontradas no tempo e no espaço.
sobre a saúde financeira de inúmeras O exercício reflexivo deste artigo assenta
empresas que durante muito tempo foram no facto de grande parte das empresas
consideradas lucrativas e economica- angolanas, quer públicas, quer privadas
mente viáveis, até muitas delas tiveram levarem a cabo as actividades de gestão
os relatórios de conta homologadas sem à margem de um dos instrumentos mais
reserva e, num ápice, caíram no precipí- poderosos na gestão “a contabilidade”.
cio, até ao ponto de apresentarem dificul- Gerir uma empresa com contas desor-
dades de honrar com as suas obrigações ganizadas e erradas equipara-se a um
correntes como o pagamento de salários. aventureiro a comandar o cockpit de

A contabilidade em Angola é subvalo- um Boing “triple seven”, pois o resul-

rizada como instrumento de gestão, ou
seja, é utilizada maioritariamente para
Por aqui surge a questão. Qual efeitos fiscais (pagamento de impostos),
ao invés do seu aproveitamento no pro-
é o balanço relativamente aos cesso de tomada de decisões, uma vez que
representa a fonte de informações que ali-
prejuízos financeiros com o drama menta o processo de gestão das empre-
sas, no que tange ao controlo da variação
da seca no Cunene, Namibe e Huíla? do património, a dinâmica do seu break
tado pode ser drástico.
Portanto, o sistema de informações
contabilísticos de uma empresa, como
factor de competitividade do mercado,
representa instrumento estratégico que
auxilia o gestor a identificar e corri-
gir as debilidades funcionais da orga-
nização e contribuir para a melhoria
do seu desempenho.
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
Emprego difícil
O
desemprego, regra
geral, torna mais difí-
cil a vida das famílias.
E, entre nós, se afi-
gura como a principal
razão do crescimento das activi-
dades económicas informais, que
para as famílias, vai actuando
como alternativa e tábua de sal-
vação, uma vez que elas precisam
de atender permanentemente às
suas necessidades de subsistência,
inesgotáveis e próprias da vida.
Além disso, a fraca capacidade
de empregabilidade da nossa eco-
nomia, caracterizada essencial-
mente pelo fraquíssimo poder de
compra, vai obrigando com que as
famílias refaçam e adiem recor-
rentemente os seus planos e ambi-
ções de vida. Logo, para os jovens
fundamentalmente, a conclusão
do curso universitário, a forma-
ção de uma família e o sonho da
}
casa própria são postos de lado.
Por conseguinte, entre nós,
não é novo falar-se da gritante
escassez de emprego, e nem o é,
a existência de programas e pla-
nos para a sua mitigação.
A verdade verdadeira é que
hoje por hoje, a coisa continua
assim como está! Para esta legis-
latura, nos foi prometido 500
mil empregos. Como nas outras,
já houve tantas promessas não
cumpridas, daí o cepticismo
de muitas famílias. Estas que,
agora, estão mais exigentes e
interessadas em estar a par do
que se passa com e no país.
A questão, não só pretende-se
com fragilidades do mercado em
absorver novos postos de traba-
lho, mas precisamente na pouca
capacidade deste em manter os
já existentes. Basta nos lembrar
que, nos anos em análise, nomea-
damente entre pouco depois do
eclodir da crise económica até
aos dias de hoje, vários subsec-
tores da actividade económica
registaram redução e dispensa de
mão-de-obra, no qual o subsector
petrolífero foi dos primeiros, os
outros imediatamente se segui-
ram, como são os casos, só para
citar, da construção civil, das
indústrias de bebida e cervejei-
ras e as de prestação de serviço.
Como de resto, era de se espe-
rar, os empregos indirectos não
foram poupados. Resultado: mui-
tos agregados familiares viram
reduzidos a um, o número de
membros empregados e tantos
Ficha técnica
Director: Agostinho Chitata
Director-adjunto: Mateus Cavumbo
Secretário de Redacção: Carlos Cardoso
Redacção: Isaque Lourenço (editor),
Adérito Veloso, Ismael Botelho, Pedro Peterson e
Armando Estrela (subeditores), António Eugénio, André ednovembro.dg@nexus.ao
Sibi, Manuel Barros, Regina Handa, Vânia Inácio, Yola do Publicidade: 244-937 550 262/244-949 770 006,
Carmo e Xavier António (repórteres)
opinião 3
Números
250
edições novembro
outros reduzidos a zero. Sim,
isso mesmo! milhões de barris
Tudo isso, me dá a concluir que Reservas que o novo poço de petróleo
os programas e planos até agora descoberto em águas profundas do Bloco 15/06
traçados, seja pelo antigo execu- possui, segundo anunciaram a Agência Nacional
tivo, seja pelo novo que visavam/ de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e a
visam a melhoria da empregabi- italiana ENI.
lidade pouco surtiram o efeito
desejado.
219
Aqui, para o novo governo, a
crítica deve ser suave, por duas
razões, primeiro: A legislatura
ainda não terminou; segundo:
Encontrou uma casa desorga-
nizada demais. Em contrapar- milhões de kwanzas
tida, a moralização da sociedade, Valor arrecadado pelo Caminho-de-Ferro de
elencada para este mandato, con- Moçâmedes (CFM), com o transporte de carga
jugada com as estratégias de com- diversa e passageiros, em mil e 35 comboios
Andrade Ambrósio bate a corrupção, ao nepotismo e comerciais efectuados, durante o I trimestre
Gestor e analista económico a impunidade, é sinal de que, este deste ano.
governo quer fazer diferente. E,
a partida, este guia-mestre elen-
880
cado, constitui-se num incentivo,
não só a melhoria do ambiente
de negócio, que é benéfica para a
empregabilidade, mas também, na
Não é novo gestão racional e producente do
erário público, impactando posi- milhões de dólares
falar-se da tivamente na vida das famílias. Receitas do exercício de 2017 pelo sector do
A meu ver, a razão de tanto turismo em Angola, eleito pelo Executivo como
gritante escassez desemprego reside em factos sisté- estratégico para a diversificação económica.
micos e estruturais: No alto custo
de emprego, de produção, nas ainda poucas con-
1.810
dições de atractividade das inicia-
e nem o é tivas empresariais (não obstante
haver algum sinal de melhoria), na
a existência ainda pouca confiança dos inves-
tidores em relação ao nosso mer-
de programas cado, nas insuficiências das vias mil milhões de kwanzas
de comunicação interprovincial e, Foi o incremento homólogo registado nas receitas
e planos mesmo entre as áreas de cultivo e tributárias de Janeiro a Abril do ano em curso, segundo
produção e aos centros de consumo anunciou a Administração Geral Tributária (AGT).
para a sua do “feito em Angola”, enfim. Desde
logo, tudo isso nos remete a pres-
164
mitigação tarmos continuamente, mais foco
nas estratégias, que visam ultra-
passar estas pedras de tropeço.
Dito por outras palavras, as
medidas administrativas de inter-
venção directa do Estado à econo- milhões de kwanzas
mia, mediante somas de dinheiro, Valor que será aplicado pelo Governo angolano nas
por mais boas intenções que tive- obras de contenção das quatro ravinas críticas que
rem, pouco funcionam. afectam Maquela do Zombo, a 293 quilómetros a
O historial confirma isso Norte da cidade do Uíge.
mesmo.Daí o meu cepticismo
quanto ao Plano de Acção para Pro-
moção da Empregabilidade (PAPE).
Por outra, dou nota positiva,
ao instrutivo nº 4/2019, que
obriga os bancos a concederem
créditos para a produção nacio-
nal de pelo menos 2 por cento do
valor total dos seus activos, regis-
tados até 31 de Dezembro último,
com taxas (custo de crédito) até Frase da semana
um máximo de 7,5por cento.
}
EDIÇÕES
NOVEMBRO E.P.
JORNAL DE ANGOLA I JORNAL DOS DESPORTOS
A riqueza de um país
Departamento de Paginação : Irineu Caldeira Presidente do Conselho
não são os seus recursos
(Chefe), Adilson Santos (Chefe-adjunto), Carlos Casimiro
(Chefe de secção), Alcreto Abílio, Bruno Vieira Dias,
Paulo Lopes e Alberto Quiluta
de Administração:
Victor Silva minerais mas o índice
Sede: Rua Rainha Ginga, 12-26 | Caixa Postal 1312 - Luanda
Administradores Executivos:
Caetano Pedro da Conceição Júnior, José Alberto
elevado de formação
Telefone 222 020 174 | Telefone geral 222 333 344 Domingos, Rui André Marques Upalavela, Luena
Fax 222 336 073 Kassonde Ross Guinapo
Mail: redaccaoeconomia@gmail.com Olivier Lambert
Administradores não Executivos: Representante do Banco Mundial em Angola e São
Filomeno Jorge Manaças Tomé e Príncipe
www.jornaldeeconomia.co.ao Mateus Franscisco João dos Santos Júnior
4
Actualidade
Modelo económico desajustado
AIA promoveu Fórum de Apoio à Reconversão da Economia com o foco na parceria com o sector público
Ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca, foi ao fórum da AIA e tranquilizou a opinião pública sobre os Programas do Governo em curso
Regina Handa
e Vânia Inácio
A
r e c on ve r s ão
da econom ia
tem de ter uma
estratégia e uma
filosofia e, even-
tualmente, par-
tir do princípio
de que os modelos de política eco-
nómica em execução não são os
mais convenientes, nem os mais
ajustados à transformação da rea-
lidade. A afirmação foi feita ontem
pelo ministro da Economia e Pla-
neamento, Pedro Luís da Fonseca,
na abertura do Fórum de Apoio à
Reconversão da Economia Ango-
lana, numa organização da Asso-
ciação Industrial de Angola (AIA).
O ministro afirmou que o tema
do fórum era ousado e gerador de
uma enorme expectativa, pelo
que os promotores da iniciativa
deveriam traçar quatro objecti-
vos merecedores de alguns peque-
nos comentários, entre os quais:
Propor ao Executivo acções con-
cretas para a melhoria do quadro
económico de Angola, uma vez que
a situação económica do país é de
crise, não tendo o Governo receio
em afirmar, pois é no reconheci-
mento dos problemas que se podem
encontrar as melhores soluções;
Apresentar medidas efectivas
para a diversificação da econo-
mia, a diversificação, especial-
mente das exportações não está
a acontecer nem no ritmo neces-
sário nem na dimensão desejada;
Ampliar a visão estratégica
para ultrapassar o quadro econó-
mico, é outra medida proposta, mas
como foi amplamente noticiado,
o Governo está, presentemente, a
realinhar e rever a Estratégia de
Desenvolvimento de Longo Prazo,
ajustando-a para o período 2025-
2050. Os aspectos a levar em aten-
ção, e que seguramente, vão alargar
a visão e os horizontes, são, além do
José Severino
Presidente da AIA
}
temos de retomar
ao que já fazíamos
há anos
e sempre resultou
em valor
acrescentado
à economia
contexto internacional e nacional,
a ELP Angola 2025, cujas opções
estratégicas de desenvolvimento
a longo prazo do país são incor-
poradas no PDN enquanto instru-
mento de planeamento de médio
prazo que implementa a agenda
2063 da União Africana (UA), e a
agenda 2030 das Nações Unidas
para o Desenvolvimento sustentá-
vel são instrumentos prospectivos,
que contém aspirações, objectivos
e metas a serem alcançados por
todos os países subscritores;
E, por último, propor a apre-
sentação de novas percepções para
o investimento público e privado
e o impulsionamento do sector
empresarial, bem como a gera-
ção de emprego. Assim, os inves-
timentos públicos vão passar a
ser encarados numa perspectiva
Berta Grilo
Advogada
}
a segurança
do património
deve ser encarada
como uma
condição essencial
para
os investidores
público - privada, pretendendo-se
significar, não apenas parcerias
público - privada, mas igualmente
a avaliação, por critérios de efi-
ciência e eficácia, das aplicações
de capital do Estado na constru-
ção de infra-estruturas físicas,
materiais e humanas.
Visão apurada
O anfitrião e presidente da Asso-
ciação Industrial de Angola
(AIA), José Severino, disse que
a economia tem de retomar mui-
tas boas práticas do passado,
que geravam bons resultados e
foram esquecidas, porque razão
também não sabe precisar. Lem-
brou que nas estradas podem
ser criadas portagens desde
que não haja buracos.
A advogada e especialista
fotos: dombele bernardo | edições novembro
}
Ladislau Dowbor
Professor
}
as experiências
brasileiras de
combate à pobreza
adaptam-se e bem
aos desafios
da economia
de angola
imobiliária Berta Grilo afirmou
que a segurança do património
deve ser encarada como uma
condição essencial para que os
investidores confiem nas leis e
no próprio mercado.
Para ela, a opção da banca
em financiar títulos públicos,
ao invés de projectos económi-
cos, deve-se ao menor risco do
que são apresentados. Desde
logo, os empresários devem ser
capazes de gerar negócios e con-
fiança entre si.
Já o professor brasileiro
Ladislau Dowbor, que no fórum
vendeu a reedição da sua obra
“A era do capital improdutivo”,
as experiências do seu país no
combate à pobreza podem ser
adaptadas aos desafios da eco-
nomia angolana.
Economia & Finanças
construir
refinarias
é uma tarefa
irreversível
Carlos Lopes
Economista
Angola deve refinar
localmente o petróleo se
pretender de facto diversificar
a economia nacional. De
acordo com o ex-presidente
da Comissão Económica das
Nações Unidas para África,
Carlos Lopes, quando Angola
começar a transformar
o petróleo em casa,
imediatamente a pressão
da volatilidade do preço
do petróleo no mercado
internacional reduzirá para
mais de 60 por cento.
Ele que dissertava à margem
do Fórum de Apoio à
Reconversão da Economia
Angolana, afirmou que há um
grande problema com países
que as suas economias são
altamente dependentes de
matérias-primas e Angola
faz parte deste grupo dos
35, o que significa que estão
expostos à volatilidade dos
mercados internacionais, e
nomeadamente o petróleo
regista oscilações muito
grandes.
“Portanto, não é virar as
costas a uma riqueza como
o petróleo, mas integrá-la na
transformação e fazer com
que Angola seja um país que
aposta na transformação da
sua matéria-prima em vez de
exportar o bruto. Obviamente
que isso significa que
deve investir para além da
refinação, na produção de
fertilizantes e entre outros,
exportar até só para os
países vizinhos”, afirmou.
Para Carlos Lopes, Angola
é um país que está num
momento de discussão sobre
como é que vai fazer a sua
reconversão económica,
“portanto precisa de ser
industrializado e há muitas
teorias que dizem que a
industrialização já chega muito
atrasado à África”, disse.

Sexta-feira, 17 de maio de 2019
O interior de Angola tem imensos motivos de atracção turística que vale a pena visitar mas é verdade que muitos destes espaços precisam de investimentos que tenham resultados económicos
aNGOLA ABRE-SE AO MUNDO
Turismo sol gastronomia
Agostinho Chitata
C
omcertezaquenesta
alt u ra alg uém
poderá esta r a
questionar-se: esta
é a melhor altura
para se investir
no turismo? Cla-
ramente e pelos comentários que
se vai acompanhando é de que o
país deve lançar mãos de outras
prioridades fulcrais e que mais
se adequam ao contexto actual.
Diriam alguns, “não confun-
dir agulha com palheiro” e per-
ceber que “a crítica social existe
sempre porque há sempre quem
apenas vê o negativo e não o posi-
tivo”. O quê que o Fórum Mundial
tem de positivo e o que vai tra-
zer ao nosso país? Este é o ques-
tionamento que nos apraz fazer.
Entende-se que o rumo a tomar
tem a ver com a dinamização do
turismo e gerar receitas fiscais.
É verdade que Angola tem
potencial em termos de recursos
Ovos de ouro
Estão agendados temas como o
“Turismo em África”, “Turismo
digital”, “O papel dos gover-
nos nas viagens de turismo”
e, entre outros, “Porquê inves-
tir em Angola?”. O fórum prevê
juntar cerca de 1.500 homens
de negócio.
As reflexões vão ajudar a
desenhar o futuro turístico
nacional e a sua ligação com o
mundo. O importante é saber
traçar as metas e tomar deci-
sões assertivas. Chegou a hora
de reforçar as razões que per-
mitam o “desacorrentar” da
dependência do petróleo e ten-
tar transformar o turismo (quem
sabe!) na nossa “galinha de ovos
de ouro”.
Fundado em 2015, o “Worl-
naturais para alavancar a econo-
mia por via do turismo e vários
factores terão influenciado para
que o sector se atalhasse num qua-
dro de intermitência e obviamente
não o posicionasse num patamar
que nos orgulhasse.
Com a realização do Presiden-
tial Golf Day e do Fórum Nacio-
nal do Turismo, razões existem
para considerarmos que chegou
a nossa vez de dizer ao mundo
que estamos aqui abertos aos
investimentos e puder facilitar
quem defina o turismo para fazer
negócio.Temos terra, água, paisa-
gem e muitas maravilhas para se
ganhar dinheiro.
É preciso fazer crescer o inte-
resse. Os primeiros sinais de sus-
tentação começam a surgir. Por
exemplo, o presidente do Fórum
Mundial do Turismo, Bulut Bagci,
assumiu em Luanda que vai inves-
tir nos próximos anos 1.000 milhões
de dólares para apoiar o desenvolvi-
mento do sector em Angola.
O anúncio, como fazem saber
notícias postas a circular, foi feito
TourismForum” reúne profissio-
nais que dirigem a indústria do
turismo com as cúpulas inter-
nacionais e que a cada ano cons-
trói pontes entre os vários países
do mundo. No âmbito das reu-
niões globais e regionais realiza-
das uma vez por ano, até agora,
foram feitas três reuniões glo-
bais em Istambul; e reuniões
regionais em Antalya, Rússia
e África.
Sob auspícios do Presidente
angolano, que será também um
dos palestrantes do evento, o
fórum será segundo no conti-
nente pois a primeira edição
aconteceu no Ghana em 2017.
Consta que dentre os pales-
trantes desta edição estarão o
ex-presidente da França, Fran-
çois Hollande.
à imprensa no final do “Breakfast
Meeting”, alusivo ao “Presidential
Golf Day – Angola 2019”, evento que
antecede à realização do Fórum
Mundial de Turismo, que Luanda
acolherá de 23 a 25 de Maio.
“Ao longo dos próximos anos,
o Fórum Mundial do Turismo vai
investir 1.000 milhões de dólares
no sector do Turismo em Angola,
cujo destino será definido durante
os trabalhos do Fórum, conforme
Bulut Bagci.
Disse que nas reuniões que
já manteve com as autoridades
angolanas ficou decidido que o
investimento vai obedecer ao
Plano de Desenvolvimento do
Turismo Nacional, integrado, por
sua vez, no Plano de Desenvolvi-
mento Nacional (PDN) 2018/22.
O presidente do Fórum Mun-
dial de Turismo esteve em Luanda
em Fevereiro e foi recebido, na
ocasião, pelo Chefe de Estado
tendo considerado que Angola
tem grandes potencialidades no
sector do Turismo e indicado que
a realização do fórum na capital
Comentários nas redes
Como acima escrevemos a
realização do evento tam-
bém está a merecer comentá-
rios. Há quem ache oportuno
e como há os que pensam dife-
rente. A questão da mobili-
dade rodoviária foi recordada
como não muito confortável.
Alguém lembrou que a estrada
da rotunda do Camama em
direcção à Viana (Luanda)
ser uma “autêntica vergonha”.
Para alguns, nas vias
principais não há ilumina-
ção pública à noite quando
os postes lá estão. Com este
quadro, questionaram se é
correcto realizar eventos
desta dimensão. “Assim não
se pode falar de conferência
destaque
vai trazer oportunidades de inves-
timento para os sectores da cons-
trução, transportes e na criação
de empregos.
Com a ministra Ângela Bra-
gança, Bulut Bagci assinou um
protocolo de cooperação destinado
a atrair investimento e impulsio-
nar o turismo nacional.
Na ocasião, Ângela Bragança
disse se tratar de um acordo de
parceria com a organização que
detém a marca, onde estão defi-
nidas as responsabilidades do
Fórum Mundial de Turismo e do
Ministério que tutela no quadro
da organização do fórum.
Segundo a ministra, o evento,
em que se estima a presença de
1.500 delegados, “envolve uma
máquina organizativa e logís-
tica forte”, pelo que os respon-
sáveis do sector em Angola estão
a desenvolver o trabalho neces-
sário para mostrar o potencial
turístico do país.
A partir de hoje e até amanhã,
antes da realização do fórum,
Luanda realiza o “Presidential
internacional?!!!
Para outros, Angola pre-
cisa de infraestruturas de
qualidade. Não são estes
fóruns que vão desenvolver
o turismo. Temos recursos e
belezas naturais, mas falta
infraestruturas. Precisamos
do básico: vias de comunica-
ção, energia eléctrica está-
vel, água potável, transporte
público em condições, hotéis
e guias turísticos, é o mínimo
que se requer e infelizmente
não temos, lê-se.
Num outro registo,lia-
-se:“Estamos muito atrasados
e é preciso assumir isso. Neste
tipo de conferências, gasta-
-se dinheiro mas não trazem
5
foto: agostinho chitata
Golf Day”, uma iniciativa mobi-
lizadora que prestará um tributo
aos esforços para atrair investi-
mentos multissectoriais para a
economia e promover oportuni-
dades de negócios, com particular
realce a dinamização do turismo.
A ministra considerou que o
“Presidential Golf Day – Angola
2019” e o fórum apresentam-
-se como uma “excelente opor-
tunidade” para fechar negócios
e conhecer melhor o potencial
turístico de Angola.
Para Ângela Bragança, o sec-
tor está já a gerar sinergias com
outras áreas da esfera econó-
mica, dada a transversalidade
que apresenta, pois, com a prática
do golfe, podem-se unir várias
valências, “como turismo, des-
porto, saúde, ambiente saudá-
vel, parceria e negócio, amizade
e desenvolvimento”.
Confirmou que o evento terá
um carácter anual e daí abrir-
-se “uma oportunidade para o
turismo do golfe como um nicho
do mercado bastante promissor”.
desenvolvimento e há o fac-
tor segurança por resolver...”
Jorge M. pensa diferente:
“Como é possível ainda have-
rem comentários tão fracos,
depreciativos, ignorantes e
rancorosos, quando o tema
é de extrema importância
para Angola e de proveito
para todos nós, os envolvidos
directa e indirectamente”.
Lembrou os “países afri-
canos, sub-desenvolvidos,
que recebem uma quota
parte de receita do PIB do seu
turismo”. Assume que ainda
trazem convívio, conheci-
mento, evolução. E aconse-
lha os cépticos a mudarem
a forma de pensar.
6 Destaque
Tacadas do “Presidential Golf Day”
inauguram uma nova etapa
A primeira tacada será dada pelo Presidente da República, João Lourenço, que pretende transformar o
segmento turístico numa fonte de receitas para a economia angolana por via do investimento privado
Xavier António
O
Complexo Tu r ís-
tico dos Mangais,
em Cabo Ledo, em
Lua nda , acol he
hoje(17) e amanhã
(18) o “Presidential Golf Day”
(PGD), onde participam 80 joga-
dores de uma comitiva de 300
delegados de países da Comu-
nidade de Desenvolvimento da
África Austral (SADC), mas o
Japão, Reino Unido e Turquia,
cuja primeira tacada será dada
pelo Presidente da República,
João Lourenço.
A iniciativa do Ministério da
Hotelaria e Turismo antecede o
“Fórum Mundial do Turismo, que
vai juntar-se aos esforços do Exe-
cutivo para atracção de investi-
mentos multissectoriais para a
economia nacional e promover
oportunidades de negócio, com
destaque para dinamização da
indústria do turismo nacional.
De acordo com informações
que o JE teve acesso, a compe-
tição tem ainda como meta a
promoção de negócios entre as
empresas nacionais e estrangei-
ras, assim como apresenta-se
como uma excelente oportuni-
dade para fechar negócios e dar
a conhecer melhor o potencial
turístico de Angola.
}
“Fórum Mundial do Turismo” traz para Angola mil milhões de dólares em investimento
O Fórum Mundial do Turismo
que acontece em Angola
de 23 a 25 deste mês vai
investir no país ao longo
dos próximos anos, mil
milhões de dólares norte-
americanos, para contribuir
para o desenvolvimento do
sector no país, de acordo com
o presidente do Fórum Bulut
Bagci, que esteve em Luanda
em Março deste ano.
Segundo adiantou o
investimento vai obedecer ao
Plano de Desenvolvimento
do Turismo Nacional, como
parte integrante do Plano de
Desenvolvimento Nacional
(PDN) 2918/22. Na sua
visão, Angola tem grandes
potencialidades no sector
do Turismo e indicado que a
realização do fórum na capital
vai trazer oportunidades
de investimento ainda para
os sectores da construção,
transportes e na criação de
empregos.
O local escolhido para a competição é o Complexo Turístico dos Mangais, em Cabo Ledo, e vai juntar 80 jogadores
}
abre-se uma
oportunidade
para o turismo
do golfe
Igualmente foi assinado um
protocolo de cooperação entre
o Fórum Mundial do Turismo
e o Ministério da Hotelaria
e Turismo destinado a atrair
investimento e impulsionar o
turismo nacional.
O organismo de tutela
considera tratar-se de um
acordo de parceria com a
organização que detém a
marca, onde estão definidas
as responsabilidades do
Fórum Mundial do Turismo
e do ministério no quadro
da organização do fórum
agendado para os próximos
dias.
Debates
O evento além de reunir em
Luanda os líderes da indústria
do Turismo a nível do mundo,
vai abordar temas como
“Turismo em África”, “Turismo
digital ou informatizado”, “O
papel do governo nas viagens
de negócio”, “Porquê investir
Mercado promissor
Para a ministra do Turismo, Ângela
Bragança, o sector está já a gerar
sinergias com outras áreas da
esfera económica, dado a trans-
versalidade que apresenta, pois,
com a prática do golfe, podem-se
unir várias forças, “como turismo,
desporto, saúde, ambiente saudá-
18
personalidades
Nacionais e estrangeiras,
ligadas a vários assuntos da
actualidade são aguardadas
em Angola?, O segredo ou a
história do sucesso dos destinos
turísticos, entre outros assuntos.
O Fórum Mundial do Turismo
é uma organização global que
realiza eventos turísticos em
diferentes partes do mundo a
fim de impulsionar ainda mais
o turismo global. Além disso,
presta especial atenção à relação
entre as tendências do turismo
local e global, bem como
estratégias para um crescimento
do turismo mais sustentável.
O fórum incentiva a alocação
de recursos para uma visão
compartilhada do segmento
turístico. XA
Imagem de arquivo dr
vel, parceria e negócio, amizade e
desenvolvimento”.
A governante falou à imprensa
recentemente, em Luanda, onde
garantiu que o PGD terá um carác-
ter anual, e com isso “abre-se uma
oportunidade para o turismo do
golfe como um nicho de um mercado
bastante promissor”. “O golfista
Quedas de Kalandula na província de Malanje é das sete maravilhas do país
Economia & Finanças
tem como característica o desejo
de viajar e, neste ponto, Angola
apresenta vantagens pela diversi-
dade de clima, paisagens, topogra-
fia e belezas naturais”, destacou.
Conforme publicou o JE na edi-
ção de 22 de Março, a África do Sul
já organiza o “Presidential Golf
Day” há mais de 14 anos. A expe-
riência e ganhos que este país da
região tem recebido com a organiza-
ção deste evento, também serve de
mola impulsionadora para Angola.
Segundo o coordenador do
evento, Danilo Nhantumbo, o pre-
sidente sul-africano participa acti-
vamente, desde a organização como
nos jogos, fazendo os “famosos 18
buracos, como golfista e no final
do evento anuncia a entidade ou
sector que merece o privilégio do
conjunto de recursos mobilizados
pelos empresários”.
“Na semana da organização do
PGD, a África do Sul mobiliza mais
de 100 milhões de rands (2,1 mil
milhões de kwanzas), como con-
tribuições e doações para o evento
que é filantrópico, que depois o
Presidente da República decide o
destino a dar”, informou depois de
sublinhar que a África do Sul é um
país que se destaca na prática da
modalidade do Golfe. A África do
Sul é o único país do continente
que acolhe o torneio mundial na
modalidade do Golfe que Angola
acolhe pela primeira vez o evento.
Vigas da Purificação | EDIÇÕES NOVEMBRO
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
Crise macroeconómica é apontada como a principal razão para a quebra na procura de quartos em hotéis no país
Baixa taxa de ocupação
compromete hotelaria
O grande desafio do Ministério de tutela é proporcionar um
ambiente que ajude a superar os défices que ainda existem
Ismael Botelho
A
formação de qua-
dros e a baixa
taxa de ocupa-
ção, que passou
de 84 por cento
em 2014 para
35 em 2017 e 25
em 2018, são os maiores proble-
mas que enfrenta o sector hote-
leiro nacional, que espera atingir
deste ano um percentual de 45
por cento de quartos ocupados.
Além destes constrangimentos,
a actividade hoteleira e turís-
tica do país enfrenta o problema
do fraco desenvolvimento de
infra-estruturas locais, o redu-
zido nível de serviços de apoio
e a fraca promoção da imagem
das potencialidades locais,
situação que tende a ser alte-
rada pelo ministério de tutela
nos próximos anos.
As razões para a quebra da
taxa de ocupação é apontada à
situação macroeconómica actual
do país, que se agudizou signifi-
cativamente nos últimos quatro
anos, em que o maior produto de
exportação, o petróleo, sofreu
uma forte queda no preço a nível
internacional, obrigando a uma
retracção da economia nacional
e como consequência se instalou
uma crise de dívisas.
Com a crise económica vigente,
223
mil empregos
Este representa o número de
empregos criados em 2017-
2018.
o sector da Hotelaria e Turismo
foi das actividades nacionais que
sofreu, o que levou o Ministério
do Turismo a constatar, recente-
mente, que o número de turistas
estrangeiros que visitaram o país,
no ano passado, caiu de forma
“substancial”. O mesmo vem bai-
xando desde 2014, resultando na
queda de 25 por cento da taxa de
ocupação dos hotéis, com Luanda
a albergar mais de metade da
oferta de quartos no país.
Por outro lado, o ministério
considera necessário o equilíbrio
do preço entre as unidades hote-
leiras, porque existem unidades
de 1, 2 ou 3 estrelas que têm preços
muito aproximados as de 4 estre-
las, que variam dos 24 aos 135 mil
kwanzas a diária.
De 2009-2014, Angola registou um
forte crescimento do sector, tendo
atingido receitas que ultrapassa-
vam os 45 mil milhões de kwan-
zas, criando cerca de 223 mil postos
de trabalho até 2017, situação que
ficou alterada pelo actual cenário
macroeconómico. Recuperar esta
cifra é agora o principal objectivo
do ministério.
Bolo do sector
No que toca ao peso do sector na
economia, este ano, o Orçamento
Geral do Estado (OGE), reserva
mais de 364 milhões de kwanzas
para o desenvolvimento hoteleiro e
turístico nacional para contrapor
25 %
taxa de ocupação
É quanto baixou a taxa de
ocupação das unidades
hoteleiras nacionais em 2018.
dr
os números dos três últimos anos,
cujas receitas do turismo rende-
ram ao Estado 10 mil milhões de
kwanzas em 2017, menos seis mil
milhões face a 2016, e sete mil
milhões em 2018.
As receitas de 2017, porém, repre-
sentaram um decréscimo de dois
mil milhões de kwanzas em rela-
ção a 2016, quando o sector gerou
12 mil milhões de kwanzas, facto
que o ministério atribuiu à “pre-
cária situação económica” que o
país atravessa.
Fomento da actividade
O sector do Turismo em Angola
continua a representar cerca de
3,5 por cento do produto interno
bruto (PIB), com o turismo de ser-
viço, com fluxo de mão-de-obra
externa de 37 e o de negócio 21 por
cento, a reflectirem um contexto
de oportunidade que o mercado
apresenta, por serem os de maior
revelo para o sector.
No que toca à rede hoteleira nacio-
nal, de acordo com dados do minis-
tério, Luanda destaca-se na oferta
de alojamentos com 84 por cento
da receita, seguida da Huíla e Ben-
guela com 36 por cento.
Por outro lado, o sector espera
gerar mais de 950 mil postos de tra-
balho até finais de 2020 ou princí-
pios de 2021, gerando uma receita
esperada de 4,6 mil milhões de dóla-
res, com a entrada ao país de cerca
de 4,5 milhões de turistas.
364
milhões de kwanzas
Trata-se do valor orçamental
para o desenvolvimento
hoteleiro e do turismo no OGE.
Mãos abertas para
carimbar os passaportes
A isenção de vistos para turistas de 61 países
constitui um dos maiores ganhos para Angola
O sector do turismo marcou impor-
tantes passos em 2018, com desta-
que para a facilitação de vistos,
onde o Executivo angolano isen-
tou, desde o princípio daquele ano,
a concessão de vistos para cidadãos
de 61 países que pretendam viajar
para Angola.
Além deste passo, foram igual-
mente dados saltos nas actividades
de reforço à fiscalização, licencia-
mento de novos operadores e no
ajustamento das unidades hote-
leiras aos padrões internacionais.
Por exemplo, segundo a minis-
tra da Hotelaria e Turismo, Ângela
Bragança, a remoção das anoma-
lias no sector vão fazer do turismo
no país uma fonte de arrecadação
de receitas e geradora de postos de
trabalho, como uma das apostas do
Executivo angolano, nos últimos
tempos, tendentes ao desenvolvi-
mento económico, com a partici-
pação do sector privado.
A realidade passada constactada,
contrariava o disposto no Decreto
Presidencial 36/16 de 15 de Feve-
reiro, sobre o Regime Jurídico da
Instalação, Exploração e Funcio-
namento dos Empreendimentos
Turísticos, designadamente a nível
da segurança das instalações, equi-
pamentos, funcionamento, quali-
dade e higiene dos serviços.
Apesar dos sinais positivos veri-
ficados no ano passado, a redução
do movimento do turismo interno,
resultado da má conservação das
estradas que ligam as províncias
e do elevado preço dos bilhetes de
viagem, está a influenciar negati-
vamente na taxa de ocupação de
hotéis e resortes do país, motivo que
constitui preocupação do Estado.
Monopólio de Luanda
Actualmente, noventa por cento
das agências de viagem estão cen-
Ministério do Turismo espera que o número de entradas aumente em 2020
4,5
milhões de turistas
É o número que é esperado no
país durante o período 2019-
2020.
destaque 7
}
Enquanto não
se resolverem
os problemas
actuais a taxa vai
continuar baixa
tradas em Luanda, das mais de 150
agências controladas ao nível do
país, demonstrando assim uma
verdadeira concentração desta
actividade em Luanda.
Recentemente, o secretário-
-geral da Associação dos Hotéis
e Risortes de Angola (AHRA),
Ramiro Barreira, afirmou ao Jor-
nal de Angola, que enquanto não
forem resolvidos os problemas que o
sector vive, a taxa de ocupação dos
hotéis vai continuar baixa e neste
sentido, a isenção de vistos foi uma
medida acertada para criar maior
abertura ao turismo. “A recupera-
ção das estradas constitui um dos
principais elementos para se mini-
mizar o actual quadro”, apontou.
Dados relevantes
Por exemplo, de 2014 para 2016, os
preços das diárias nos hotéis de três
estrelas recuou 21,4 por cento para
os 220 dólares (um recuo nominal
de 60 dólares), uma tendência que
se verificou no segmento de cinco
estrelas, em que as diárias baixa-
ram 24 por cento, descendo dos 500
para os 380 dólares. Os hotéis de
quatro estrelas foram os mais afec-
tados pela crise no sector, com os
preços médios em queda, nos últi-
mos dois anos para 37,5 por cento
para os 300 dólares, menos 130
dólares face ao ano 2014. IB
dr
4,6
Mil milhões de usd
Este é o montante esperado
nos próximos anos com a
actividade turística nacional.
8 destaque
Revitalização turística passa
pela aposta nas infra-estruturas
Os operadores do sector solicitam o apoio permanente do Estado para a criação de condições
de modo a fomentar a actividade turística e reduzir os custos com a logística diária e outros serviços
André Sibi
O
s principais operadores
do sector hoteleiro no
país estão preocupados
com a redução da taxa
de ocupação hoteleira,
que ronda os 37 por cento, contra
os 40-45 por cento recomendados
em termos de gestão, disse o direc-
tor geral do Hotel Skina Joaquim
Duque. Joaquim Duque que falava
em exclusivo ao JE disse, que os
actuais indicadores estão a obri-
gar os gestores a exercitarem uma
gestão mais apertada para man-
ter a qualidade dos serviços, cus-
tos de manutenção, salários dos
funcionários e impostos.
Ainda assim, em relação ao
mesmo período do ano passado,
a situação melhorou significati-
vamente, pois, em 2018, os indica-
dores rondavam os 11 por cento.
Preços
Em relação ao mesmo período
do ano passado, o gestor asse-
gurou, que os preços dos aloja-
mentos nos hoteis, registaram
uma redução na ordem dos 50
por cento. “Actualmente a diá-
ria para um quarto normal
roda entre 62 e 115 mil kwan-
zas respectivamente, incluindo
o pequeno almoço”, disse.
Já o preço da hospedagem para
as tarifas comerciais, entende-se
serviços para empresas e institui-
ções, quer públicas e privadas são
mais atractivas. Segundo o ges-
tor variam de acordo o número
de reservas feitas. Quanto ao
preço das refeições oscilam
entre cinco e seis mil kwanzas.
Em relação a procura pelos
serviços hoteleiros, entre nacio-
nais e estrangeiros, o gestor expli-
cou, que tende a um equilibrio na
ordem dos 50 por cento cada. No
entanto explicou, que os hotéis
que oferecem serviços de pis-
cina por exemplo, os indicado-
res são mais elevados, sobretudo
durante os finais de sema.
Os quadros do sector técnico
lideram a procura pelos serviços
hoteleiros, em relação os adminis-
trativos. A procura pelos hoteis
é mais acéntuada ao longo da
semana, que nos finais de semana.
Desafios
Entre os desafios para tornar o
sector mais atrativo, o gestor indi-
cou a melhoria das infra-estru-
turas, segurança e iluminação
pública. Para Joaquim Duque, o
turista deve sentir-se avontade
em passeiar numa zona turis-
tica. A higienização das praias,
assim como a eliminação de
lixeiras a céu aberto no centro
da cidade, constam igualmente
entre os desafios . Por outro, ape-
João Mfuma
Empresário
}
Precisamos
crédito bonificado
de modo a
potenciar os
destinos turísticos
gerando emprego,
satisfação e bem-
estar aos turistas
lou a melhoria no atendimento
aos turistas nos postos fronteri-
ços, restaurantes, hotéis e simi-
lares. Aproximação dos serviços
médicos às unidades turísticas,
assim como o preço dos produtos
para garantir a dieta alimentar
dos clientes são indicadores a
melhorar, disse.
A criação de pacotes turís-
ticos constitui igualmente um
desafio que o gestor gostaria de
ver em marcha.
Turismo doméstico
Por sua vez Ângela Marth voltada
a promoção de destinos turísti-
cos, reconheceu os avanços, que
o país registou nos últimos anos,
em relação a isenção de vistos
para alguns países, assim como a
introdução do visto online. Ainda
assim, alertou, que existem paí-
ses africanos, que estão a registar
enormes dificulades para obter o
visto de turismo.
Por outro, ângela Marth,
lembrou, que o turismo domés-
tico ainda enfrenta muitas difi-
culdades em termos de vias de
comunicação, sobretudo as vias
secundárias e terciárias que dão
acesso às zonas turísticas. O
acesso a energia eléctrica, água
potável, saneamento básico, ser-
viços médicos e segurança cons-
tam igualmente entre os sectores
que a empresário gostaria de ver
Ângela Marth
Agência de Viagem
Temos de
melhorar as vias
secundárias e
terciárias que
dão acesso aos
principais destinos
turísticos do país
a crescer para alavancar o sector.
O sistema de transportes ter-
restres, maritimos e aéreos preci-
sam avançarar para dinamizar o
sector. A revisão das tarifas domés-
ticas que chegam a custar mais
caro que alguns voos regionais,
estão igualmente entre os desafios.
Investimentos
O investimento em hotéis e
restaurantes flutuantes estão
entre as alternativas para ala-
vancar o sector. Para ângela
Marth, o turismo nas margens
do rio Zaire por exemplo, carece
deste tipo de investimento.
Aposta em cruzeiros nacionais
consta igualmente entre os desafios
do país, para movimentar turistas
de uma província do litoral para
outra. No seu entender são inicia-
tivas como estas, que podem ala-
vancar o turismo no país.
Para João Mfumu gestor das
Cachoeiras do Bingo (Cuanza
Sul), há 370 quilometros de
Luanda, é hora do país explorar
o seu potencial turístico, gerando
emprego satisfação e bem estar aos
turistas nacionais e estrangeiros.
Segundo o empresário, as
“Cachoeiras do Bingo” por exem-
plo, oferecem serviços de hospe-
dagem, restauração, equitação
(passeio de cavalos), passeios
aquáticos, caminhadas, pesca
desportiva e canoagem. No entano
Economia & Finanças
fotos andré sibi
Joaquim Duque Luciano Neves
Hoteleiro Turista
}
}
Em relação ao A internet
mesmo período está entre as
do ano passado, plataformas
os preços dos mais recorridas
alojamentos nos pelos turistas
hotéis, registaram para assegurar a
uma redução na comunicação com
ordem dos 50 por as instituições,
cento amigos e familiares
os desafios passam pela mão-de-
37
-obra qualificada, infraestrutura,
acesso ao crédito e fiscalização
regular. No seu entender, ali
onde o Estado não pode asfal-
tar, que se faça pelo menos a Por cento
terraplanagem para facilitar Representa a actual taxa
a mobilidade, vaticinou. de ocupação das unidades
Por outro, apelou melhoria na hoteleiras um pouco pelo país.
comunicação entre os adminis-
tradores municipais e empresá-
rios na cedência de espaços para
investimentos. Retirar licenças,
50
àqueles que ocupam sem explo-
rar os terrenos ocupados.
Já o engenheiro informático
Luciano Neves, entende que os pre-
ços altos que se registam no sec- Por cento
tor actualmete estão associados Nacionais e igual cifra de
aos elevados custos dos serviços estrangeiros frequenta os
de apoio ao sector, como é o caso hotéis do país.
da internet, com custos acima de
500 mil kwanzas mês, para asse-
gurar o sinal às operadoras.
A internet está entre as pla-
5.000
taformas mais recorridas pelos
turistas para assegurar a comuni-
cação com as instituições, amigos
e familiares, a custos mais baixos.
Para Alexandre Gross de nacio- kwanzas
nalidade alemã, que visita Angola É o custo médio de uma
pela primeira vez, disse, que a refeição em unidades
maior dificuldade que enfren- hoteleiras de quatro e cinco
tou vir Angola foi a quantidade estrelas em Angola
de informações deturpadas, que
recebeu sobre o país. Razão pela,
qual aconselhou um investimento
na melhoria da imagem do país.
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
luandenses estão expectantes para acolher o Fórum mundial do Turismo
Alberto Quiluta
A
indústria da paz
reúne em Luanda,
na próxima semana,
a massa crítica mun-
dial, num fórum que
promete fazer de Angola, e Luanda
em particular, uma alternativa
credível para o turismo africano
e internacional.
O investimento que se pre-
tende atrair para a economia,
uma vez que o país tem à disposi-
ção zonas turísticas em número
e opções de sobra, deverá resultar
de uma estratégia em que as pes-
soas serão sempre o activo mais
importante a capitalizar.
Mas estará a cidade prepa-
rada? O que as pessoas sabem
e como elas estão a preparar-se
para este evento mundial, que
acontece de 23 a 25 deste mês?
A estudante e finalista do
curso de Relações Internacio-
nais na Universidade Lusíada de
Angola, Alânis Neto, é de opinião
que o turismo pode agir em duas
perspectivas. A mais directa é
a pública para atrair mais pes-
soas, culturas, hábitos e costu-
mes e a maneira como vivemos
em certas regiões de Angola.
Já na perspectiva privada para
atrair investimentos, empresas
internacionais fazem investi-
mentos no desporto, na juven-
tude, na gastronomia e procuram
maneira dos investidores terem
maiores aberturas.
“Este fórum do turismo
poderá mudar a imagem do país
no estrangeiro e dará um con-
junto de benefícios na criação
de empregos. Numa outra pers-
pectiva de câmbio, é necessário
que a moeda nacional seja valo-
rizada para poder ter o equilí-
brio com a estrangeira e poder
relançar o desenvolvimento eco-
nómico”, disse.
Já Alcines Franco, outro estu-
dante e finalista do curso de Rela-
ções Internacionais, entende
que o Executivo deve fazer gran-
des investimentos nas vias ter-
restres para poder dar maior
abertura aos investidores estran-
geiros e criar também oportuni-
dades ao financiamento privado,
pois é ele quem tem a paciência
de alavancar o turismo.
Face às inúmeras belezas natu-
rais que têm as províncias do inte-
rior e a incapacidade do Governo
em gerar por si só fluxos capazes
de relançar o sector, entende ser
importante despertar o privado
para investir neste sector.
“As minhas perspectivas com
o fórum do turismo em Angola é
grande, pois o turismo é dos sec-
tores capazes de arrecadar muitas
receitas para os estados africa-
nos e no mundo fora”, defende.
Por sua vez, a sua colega Anal-
tina Ferreira é de opinião que o
Governo estude as boas políticas a
fim de baixar os preços das unida-
des hoteleiras no país, porque fica
muito caro a um cidadão nacional,
já para não falar estrangeiro.
Por exemplo, réplica, em Por-
tugal e outros países há Guest
House (casa de alojamento) para
voz do cidadão 9
fotos: Vânia Inácio
Alânis Neto Alcines Franco
Estudante Estudante
o turismo pode agir em duas Face às inúmeras belezas
perspectivas. A mais directa naturais que têm as
é a pública para atrair mais províncias e a incapacidade
pessoas, culturas, hábitos e do Governo em gerar por
costumes e a maneira como si só fluxos para relançar
vivemos em certas regiões de o sector, é importante
Angola despertar os privados
Analtina Ferreira Áurio Fernandes da Silva
Estudante Estudante
está-se a tentar a temos que apostar mais no
diversificação do turismo sector do turismo, pois há
até porque há inúmeras províncias com atracções
zonas onde pode-se fazer que não existem em outras
o turismo, todavia, deve-se partes do globo e precisará
mesmo começar a partir dos o Governo fazer algo mais
locais onde estão situados para tirar as vantagens
os pontos turísticos destes pontos
Coragem Domingos Alcides Pitra
Contabilista Economista
O turismo é um sector que o Executivo tem que apostar,
alavanca a economia de seriamente, no turismo
qualquer Estado. Também porque é um sector que dá
devemos, cá, continuar muita receita às economias
a resolver a política nacionais e cita como
migratória dos vistos, exemplo o fazer retratos
pois esta trava também a dos sítios mais exuberantes e
disposição do turista de ir a publicitá-los.
um determinado país.
acolher os estrangeiros e aqui não formado em economia de ges- publicidade
temos estas unidades micro que tão, salientou que viaja muito
poderiam facilitar os visitantes. de carro e sente-se encan-
“Com isto muitos dos mes- tado com as paisagens turís-
mos preferem estar em casa de ticas do país, onde existem
amigos e familiares, porque só praias bonitas e não só.
temos os grandes hotéis que são Para ele, com a realização do
muito caros”, afirma. fórum mundial de turismo em
Com relação a expansão do Angola há, seguramente, mais-
turismo em si, está-se a tentar -valia para os angolanos.
a diversificação do turismo até Entende que o Executivo
porque há inúmeras zonas onde tem que apostar, seriamente,
pode-se fazer o turismo, toda- no turismo porque é um sec-
via, deve-se mesmo começar tor que dá muita receita às eco-
a partir dos locais onde estão nomias nacionais, e cita como
situados os pontos turísticos. exemplo o fazer retratos dos
Analtina defende também sítios mais exuberantes e publi-
que se deve criar uma escola citá-los. Para tal, deve ou deve
de guias turísticos para faci- criar equipas profissionais para
litar as nossas trocas e não divulgar o turismo nacional.
nos limitarmos a fazer só o “Perdemos muito neste sector,
turismo da expo ou feiras, pois uma vez que se diz que de grão
daí ter-se-a uma forma de levar em grão a galinha enche o papo,
mais o turismo para fora e com não deveríamos só virar as preo-
isso alavancar a economia. cupações às coisas que dão muito
O também estudante de rela- dinheiro de imediato”, conta.
ções internacionais, Áurio Fer- O contabilista Coragem
nandes da Silva, diz que com a Domingos entende que o Governo
dificuldade do preço do petróleo deve apostar primeiro nas infra-
internacional, em Angola está-se a -estruturas e criar mais pontos
encontrar mais dificuldades para o atractivos, que é o que o país
desenvolvimento do turismo. tem de bom. Para ele, com mas
“Neste contexto, com este infra-estruturas dar-se-á mais
fórum, temos que apostar mais oportunidades aos grandes
no sector do turismo, pois há investidores estrangeiros.
províncias com zonas que não “O turismo é um sector que
existem em outras partes do alavanca a economia de qual-
globo e precisará o Governo quer Estado. Também devemos,
fazer algo mais para tirar as cá, continuar a resolver a política
vantagens destes pontos”, disse. migratória dos vistos, pois esta
(900.000g)
Por seu lado, Alcides Pitra, trava também os turismo”, diz.
10
Entrevista
SIMÃO MANUEL PEDRO DIRECTOR GERAL DO iNstituto de FOmento do TURismo (INFOTUR)
“As verbas são insuficientes
para alavancar o turismo”
O sector da hotelaria e turismo nacional representa 3,5 por cento do produto interno bruto (PIB)
e este ano conta apenas com uma verba no OGE de 364 milhões de kwanzas para o desenvolvimento turístico no OGE
Ismael Botelho
A
grande missãodo
Executivo ango-
lano com a hote-
laria e turismo
nacional é fazer
do turismo no
país uma fonte
de arrecadação de receitas e
geradora de postos de trabalho,
tendentes ao desenvolvimento
económico, com a participação,
óbvia, do sector privado.
O Jornal de Economia & Finanças,
procurou ouvir o director Geral do
Instituto de Fomento do Turismo
(Infotur), Simão Manuel Pedro,
sobre o estado actual do sector
turístico nacional.
Qual é a avaliação que faz do sec-
tor hoteleiro e turístico neste pre-
ciso momento no país?
De forma generalizada o fenó-
meno turístico tem conhecido
uma grande evolução. A África
subsahariana (que inclui Angola)
apresentou, por exemplo, indica-
dores de crescimento positivos.
Por exemplo, em 2015 tivemos
uma taxa de 1,6 por cento. O fluxo
de chegada de turistas às fron-
teiras no biênio 2016-2017 atin-
giu a cifra de 658 mil.
Por outro lado, relativamente
ao ano de 2017, o número de che-
gada de turistas às fronteiras
nacionais situou-se em 260.961,
representado cerda de 34,35 por
cento. Neste ano a Europa com
51,5 foi o maior mercado emis-
sor de turistas.
Como está a relação do Infotur
com os agentes e guias turísticos-
nacionais?
O Infotur na qualidade de insti-
tuto responsável pela execução
das políticas de fomento e pro-
moção turística, mantém uma
relação institucional com os
agentes-operadores e as asso-
ciações do sector como a Asso-
ciação de Guias e Intérpretes de
Turismo de Turismo de Angola
(AGUITA). Esta relação insti-
tucional permite que se esta-
beleça uma janela de diálogo
permanente, que passa pela
resolução de alguns constran-
gimentos que ainda se debatem
estes nossos parceiros, princi-
palmente o acesso ao crédito
bancário, de formas a poderem
dar um contributo melhor ela-
borado e profissionalizado ao
turismo angolano.
A crise é
conjuntural e
o infotur, via
ministério, não
está isento desta
realidade, mas na
verdade, existe uma
grande vontade
política por parte
do executivo
que elegeu este
sector como uma
das prioridades
para alavancar a
economia nacional
Quais são as maiores dificuldades
que enfrentam neste momento?
A crise é conjuntural e o Infotur
via Ministério do Turismo não
está isento desta realidade que
afecta todos sem excepção. No
entanto, existe uma grande von-
tade política por parte do Execu-
tivo que elegeu o sector como uma
das prioridades para alavancar a
economia nacional, mais precisa-
mos de fazer muito mais.
De que mais se queixam os agen-
tes turísticos no geral e os turistas
em particular?
De forma geral, os agentes turís-
ticos reclamam, como disse ante-
riormente, de falta de apoios
financeiros, além do precário
estado das nossas infraestru-
turas básicas como as estradas,
saneamento básico, acessos,
água, energia, e outros cons-
trangimentos, que constituem
o suporte essencial de qualquer
actividade turística.
Que metas esperam alcançar este
ano com a actividade turística?
O sector do turismo em Angola
representa 3,5 por cento do pro-
duto interno bruto (PIB), sendo
que fazemos ainda pouco e temos
um longo e difícil caminho a per-
correr. Contudo, para curto e
médio prazo pretendemos tornar
“verdadeiramente operacionais”
as infraestruturas hoteleiras,
estradas, transporte, seguros,
saneamento, energia e água, pois
só assim, poderemos fortalecer a
indústria e aumentar a sua con-
tribuição na balança de pagamen-
tos e no desenvolvimento do país.
O que está a ser feito neste momento
para a captação de investimentos
privado e que passos já foram dados
para atrair mais turistas?
Temos neste momento aprovada
a nova Lei de investimento Pri-
vado, que cria bons incentivos,
diminui a burocracia e dá garan-
tias à recuperação e repatria-
mento dos lucros, sobretudo para
os investidores estrangeiros.
Quanto a atracção de mais turistas,
um dos passos importantes dados
neste sentido foi precisamente o
processo de facilitação de vistos,
que inclusive já pode ser feito via
online, para além de outras acções
que constam no Plano de Desenvol-
vimento Nacional (PDN-2018-2022),
onde o turismo foi eleito como sendo
um sector prioritário para alavan-
car a economia nacional.
não nos
encontramos
sequer na lista
dos 10 melhores
destinos a nível
do continente,
cuja liderança
continua com
a ÁFRICA DO SUL
Quantos empregados tem hoje o
sector turístico em geral?
Segundo os últimos dados esta-
tísticos da Direcção de Estatís-
tica e Planeamento do Ministério
do Turismo, em 2017 o sector já
empregava mais de 223 mil tra-
balhadores, representando uma
variável positiva de 0,95 por
cento ou seja 2.118 novos empre-
gos comparativamente a 2016.
Economia & Finanças
A baixa taxa de ocupação conti-
nua a ser o maior problema do sec-
tor hoteleiro. Como contornar esta
situação?
Esta situação advém com cer-
teza da crise económica que o
país vive, para além do facto
de que o nosso turismo ainda
é fortemente liderado por uma
clientela de negócios, uma boa
parte afecta ao sector petrolí-
fero. De forma que uma grande
aposta deverá ser feita a nível
da oferta turística com campa-
nhas promocionais dirigidas
a outro tipo de clientes, como
o turismo de massa ou indivi-
dual, por exemplo, sem descu-
rarmos o melhoramento das
infraestruturas básicas, que
dão suporte à actividade turís-
tica no seu cômputo geral.
Um dos maiores problemas do sec-
tor também é sem dúvidas a falta
de quadros. Como é que está a ser
equacionado este problema?
Angola já formou mais de dois
mil estudantes no ensino supe-
rior, médio e técnico-profissional
nas 81 escolas registadas no país.
Entretanto, continuamos a fazer
uma grande aposta na exigência e
competências dos quadros que pos-
sam contribuir para o desenvolvi-
mento do sector. Este investimento
vai permitir assegurar o desenvol-
vimento da cadeia turística nacio-
nal e posterior promoção da oferta
e atractivos de forma sustentável.
Neste momento dizem Angola é o
quinto melhor destino turístico de
África. Confirma essa informação?
O que representa isso para nós
enquanto potência continental?
De facto temos condições objec-
tivas para que isso fosse de facto
real. Mas ainda, não é o caso. Não
nos encontramos sequer na lista
dos 10 melhores destinos a nível
de África, pois, temos forte con-
corrência de países como a África
do Sul, que lidera a play list, segui-
dos da Namíbia , Marrocos, Bots-
wana e Seychelles, só para citar
estes países.
Entretanto, Angola possui um
rico património natural passivo
de aproveitamento turístico e
poderá se assim quisermos, com
uma boa política de planificação
ser um dos destinos mais promis-
sores a nível de África.
O montante de 364 milhões de kwan-
zas no OGE reservado para o desen-
volvimento hoteleiro e turístico é
suficiente para o sector?
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
Julgo ser insuficiente na medida
que ainda não chega para cobrir
todos o problemas conjunturais
com que se debate o turismo ango-
lano. Daí a necessidade impe-
riosa de o sector ter um fundo do
turismo para fazer face a situa-
ções pontuais de carácter técnico.
Este fundo já foi aprovado pelo
governo, entra em vigor ainda
este ano, vamos ver como será.
Qual é a cota do sector turístico no
OGE ou no produto interno bruto
(PIB)? Uma vez que se fala em 30
por cento.
O sector do Turismo em Angola
representa apenas 3,5 por cento
do PIB, naturalmente ainda é
uma fasquia bastante baixa
tendo em conta o potencial
turístico de Angola, que bem
aproveitado e explorado poderá
contribuir significativamente
para o aumento da balança de
pagamentos, principalmente na
rubrica dos serviços, onde está
inserido o sector do turismo.
Que políticas o Plano de Desenvol-
vimento Nacional (PDN) reserva o
sector para os próximos anos?
Consta da planificação das
políticas do Plano de Desen-
volvimento Nacional algumas
acções pontuais, tais como:
Precisamos
de remover
os entraves
que impedem
os avanços
do turismo
melhoria na comunicação com
os polos de desenvolvimento
turísticos;
maior sinergia com os Minitérios
do Ambiente, Cultura, Energia e
Águas, no que se refere a partici-
pação do instituto nos estudos e
projectos para definição de áreas
de interesse para o turismo; elabo-
ração de projectos de construção
e reabilitação de infra-estrutu-
ras hoteleiras e turísticas esta-
tais e mistas; identificar zonas
de desenvolvimento prioritá-
rio com o intuito de recuperar e
desenvolver todas infra-estrutu-
ras da rede hoteleira e turística.
Como é que anda a questão do car-
tão do turista?
O projecto cartão do turista
lançado pelo Infotur em 2016,
e tem como objectivo incen-
tivar as pessoas a fazerem
turismo pelo país. Quem ganha
com isso são os hotéis, restau-
rantes, empresas de rentcar,
as agências de viagem, que
podem ver o número de clien-
tes aumentar.
Os primeiros contactos junto
da banca foram mantidos com
o Banco BAI, mais por questões
técnicas, o processo continua
à espera da sua real activação.
Estamos a buscar outros par-
ceiros a nível dos bancos para
operacionalização efectiva do
processo, pois, o mesmo se
enquadra dentro dos esforços
de mobilidade para o desenvol-
ver o turismo interno.
Nota-se uma fraca promoção insti-
tucional das potencialidades hote-
leiras e turísticas do país, a que se
deve o facto?
Não diria fraca, até porque o
Governo definiu o turismo como
uma das prioridades para diversi-
ficação da economia real do país,
cujos pilares do Plano Director do
Turismo são: a captação de recei-
tas, o desenvolvimento e fomento
e promoção do turismo interno, e
a formação profissional.
Pólos devem ter autonomia financeira
Os Pólos de Desenvolvimento
Turístico e outros locais com ele-
vado valor turístico continuam sem
muita expressão porquê?
Tudo passa por um maior
incremento da autonomia
financeira destes polos, e
na elaboração de master pla-
nos turísticos, mais realís-
ticos que tenham em conta
a especificidade de cada, de
forma a serem apresentados
aos potenciais investidores
numa espécie de cartilha de
investimento.
Nunca mais se ouviu falar da Bitur
que serviria para divulgação do
turismo interno. Já foi realizada?
Achamos conveniente, e tam-
bém por questões financeiras
protelar a realização da Bitur
apenas para 2020. Atendendo
também ao facto que Angola
acolhe de 23 a 26 de Maio do
corrente ano o “Fórum Interna-
cional do Turismo”, que acaba
por ser um evento para o relan-
çamento da Bitur, para o pró-
ximo ano.
Quantos turistas o país recebeu
em 2018 e qual a previsão de
entrada para este ano?
Segundo os dados estatísticos
mais recentes da Direcção de
Sete Maravilhas de Angola
são mais divulgadas lá fora
Hoje ninguém mais fala das Sete
Maravilhas de Angola, que apro-
veitamento está a ser feito des-
tes locais?
Este projecto inseriu-se no pro-
grama Institucional do Execu-
tivo denominado “Amo Angola”,
como forma de promoção do
património natural angolano
e de reforçar o conhecimento
que a população tem do seu pró-
prio país.
Continua a ser divulgado e pro-
movido além-fronteiras, sempre
que o Infotur se faz represen-
tar nas feiras Internacionais de
Turismo. Quanto ao aproveita-
mento dos locais, está em curso
um trabalho a jusante e a mon-
tante no que concerne a melho-
ria dos acessos destas zonas.
O sistema de água, energia eléctrica,
transportes, estradas e segurança
ainda não ajuda muito o sector.
Como olha para estes aspectos pon-
tuais que são sem dúvidas questões
entrevista 11
Estatística e Planeamento do
ministério do Turismo, em 2017
entraram em Angola 260.961
turistas, ou seja menos 34,35 por
cento, uma vez que em 2016 este
número foi de 397.485 regista-
dos. Para o ano de 2018 e tendo
em conta a crise que se instalou
no sector houve com certeza um
retrocedimento mais ainda não
podemos espelhar em números
pois não existem ainda dados
oficiais que apontem com exac-
tidão esta baixa.
Fale-nos um pouco da realização
deste Fórum Mundial do Turismo
que decorre entre 23 e 26. O que
espera sobre os seus resultados?
Esperamos receber entre 1.200
a 1.500 participantes e acredita-
mos que o evento possa promo-
ver o investimento e impulsionar
o sector do turismo angolano.
Angola tem grandes potencia-
lidades turísticas e este fórum
pode trazer oportunidades de
investimento nos sectores de
construção, transportes e a cria-
ção de empregos, pois o turismo
é um sector transversal e é por
excelência a indústria da paz e
proporciona igualmente lazer e
traz consigo oportunidades de
investimento e negócios a curto,
médio e longo prazo.
81
escolas de formação
É o número de escolas de formação
de quadros em hotelaria e Turismo
controladas pelo ministério, entre
técnicos superiores, médios e de
base em todo país.
de constrangimentos ao turismo?
Estes constrangimentos fazem
parte da actual conjuntura geral
do país e constituem de facto
factores de estrangulamento
para o sector do Turismo e não
só. Urge sim a necessidade impe-
riosa de mudarmos este quadro
através de um pacto de coope-
ração objectiva com os outros
sectores da economia nacional,
de outra forma, corremos sérios
riscos de ver todos os planos que
estão a ser elaborados agora, a
não alcançar os seus objectivos.
12
Finanças
Auditor externo apresenta
reservas às contas do BNA
O Relatório & Contas do Banco Nacional de Angola de 2018
apresentou um activo com saldo de 7,06 biliões de kwanzas,
traduzindo um acréscimo em torno de 2,37 biliões (50 por
cento), comparativamente ao de 31 de Dezembro de 2017.
7,06
biliões
Saldo do activo contabilizado no
Relatório & Contas do BNA do ano
2018 que subiu 5 por cento.
Isaque Lourenço
A
s contas de 2018,
queoBancoNacio-
nal de Angola
(BNA) pós à dispo-
sição da crítica no
início deste mês,
através da sua
página de internet, mostram fortes
reservas por parte do auditor externo
contratado para sua validação.
O auditor KPMG explica que da
leitura minuciosa do documento
foi identificada uma imparidade
no montante de 12.903 milhões de
kwanzas (39,4 milhões de dóla-
res ao câmbio do dia 13 de Maio
deste ano), um valor que se encon-
tra líquido das recuperações efec-
tuadas durante 2018.
Tais incertezas na recuperação
plena dos valores aplicados fize-
ram com o que a KPMG manifeste
reservas na opinião. Há ainda os
18.478 milhões de kwanzas (56,5
milhões de dólares) da rubrica
“Outros valores passivos - cre-
dores diversos - fornecedores”
que são de um impacto não pos-
sível de medir na rubrica “Valo-
res a receber de instituições não
financeiras”.
Uma outra posição de “braço-
-de-ferro” manifestada pelo auditor
está relacionada com o facto de a
Lei do BNA, no seu artigo 23º, não
permitir que os empréstimos con-
cedidos a instituições financei-
ras não tenham prazo superior a
três meses. Todavia, e em face às
12,5
por cento
Montante da taxa de juros
em que foram classificadas a
carteira de activos para venda.
sucessivas dificuldades de liqui-
dez das instituições de crédito, as
operações de redesconto e outros
financiamentos com determina-
das instituições de crédito têm
sido sucessivamente renovados.
O relatório & Contas do BNA,
em 31 de Dezembro de 2018, apre-
sentou um activo com saldo em
cerca de 7,06 biliões de kwan-
zas, traduzindo um acréscimo em
torno de 2,37 biliões (50 por cento)
comparativamente a 31 de Dezem-
bro de 2017. Do lado do passivo,
houve um acréscimo em cerca de
1,84 biliões (42) para 6,19 biliões.
No exercício de 2018, apurou-
-se um resultado positivo no valor
de 18,59 mil milhões de kwanzas,
correspondente a uma variação
de 131 por cento face ao exercí-
cio anterior. Relativamente aos
capitais próprios, que ascende
a 885,38 mil milhões, verifica-
-se um aumento no montante de
527,57 mil milhões de kwanzas
(+147) face ao exercício anterior.
O documento de balanço diz
ainda que o orçamento do exercício
económico de 2018 apresentou um
superávite de 104,48 milhões de
kwanzas, o que reflectiu um grau
de execução de 456 por cento acima
do estimado (22,90 mil milhões).
Cedências de liquidez
Há a referência no documento de
que o Ministério das Finanças pro-
cedeu à liquidação dos financia-
mentos concedidos no montante
de 646,13 mil milhões de kwanzas,
através de Obrigações do Tesouro
6.575
milhões
Foi quanto o BNA cedeu para
liquidez do mercado até Março
deste ano na moeda nacional.
Nacional com um valor nominal do
mesmo montante com taxas de juro
de 12 e 12,5 por cento2 e que foram
classificadas na carteira de acti-
vos financeiros disponíveis para
venda. Lê-se também na informa-
ção que a perda inicial decorrente
da aplicação do justo valor inicial
ascendeu a 259,20 mil milhões de
kwanzas pela aplicação das taxas
de juro do mercado.
Em 31 de Dezembro de 2018 e
2017, a rubrica “Cedência de liqui-
dez” corresponde a uma operação
de cedência de liquidez em moeda
estrangeira a uma instituição
financeira bancária nacional,
com vista à abertura de cartas de
crédito para operações de impor-
tação de bens alimentares. Já em
31 de Dezembro de 2018, o BNA
procedeu ao registo adicional de
uma reversão de perda por impari-
dade no valor de 5.000 milhões de
kwanzas, tendo por base os rece-
bimentos efectivos que ocorreram
até 15 de Março de 2019, decorren-
tes de um acordo de reestrutura-
ção por dificuldades financeiras.
Face às incertezas existentes
sobre a capacidade desta insti-
tuição proceder à liquidação do
remanescente da linha de finan-
ciamento, o valor da imparidade
registada com referência a 31 de
Dezembro de 2018, estimada em
6.575 milhões de kwanzas, cor-
responde ao valor da Cedência
de Liquidez não liquidado até
15 de Março de 2019. Nos exercí-
cios de 2018 e 2017, esta rubrica
ascende a 2,90 mil milhões e 3,17
35
por cento
É a parte do Banco Nacional
de Angola no capital accionista
da Emis que se reduziu em 17.
mil milhões de kwanzas, respec-
tivamente, sendo composta pela
especialização dos custos relati-
vos à emissão de notas e moedas.
No exercício de 2018, esta
rubrica totaliza ganhos líquidos
de 12 milhões de kwanzas, repre-
sentando as mais-valias obtidas
com a alienação de investimentos
em associadas, designadamente,
pela transferência de 17 por cento
de acções do BNA na Emis, para
os restantes bancos comerciais.
“Em 31 de Dezembro de 2018 e
2017, o BNA detém uma participa-
ção de 18 e 35 por cento, respectiva-
mente, do capital Social da EMIS
– Empresa Interbancária de Ser-
viços S.A., registada ao custo de
aquisição, cujo objectivo social é a
gestão da rede Multicaixa e a con-
solidação do sistema de pagamen-
tos de retalho de Angola”, lê-se.
Conforme estabelecido no
mandato, que autoriza esta parti-
cipação social, o BNA tem vindo
a reduzir a sua participação, daí
ter passado de uma participação
maioritária de 35 para os actuais
18 por cento. Adicionalmente,
por forma a reduzir a partici-
pação, em Novembro de 2018,
foi assinado o “Acordo Parasso-
cial” entre o BNA, Emis e os ban-
cos comerciais que detêm acções
na Emis, que prevê a transferên-
cia dos 35 por cento de acções
do BNA na Emis em duas fases,
designadamente, 17 por cento
em 31 de Dezembro de 2018 e os
restantes 18 em 31 de Dezembro
de 2020. Em 31 de Dezembro de
Economia & Finanças
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | edições novembro
38
mil milhões
Valor em kwanzas do potencial
de mais-valia que representam
as reservas de ouro.
2018, o BNA transferiu 17 por
cento do capital social do BNA
na Emis, sendo as valias regis-
tadas na rubrica “Resultados
de investimento em associadas
e outras entidades”.
Reservas
O banco detém 592,90 onças de
ouro (Oz) a um preço médio de
usd 1,68 mil, sendo o seu valor
de mercado nestas datas de 1,28
mil e 1,30 mil, respectivamente.
Em 31 de Dezembro de 2018 e
2017, a rubrica “Diferenças de rea-
valiação de justo valor” em capi-
tal próprio referente à posição do
ouro, registou uma menos-valia
potencial que ascende a 75,81 mil
milhões e 38,67 mil milhões de
kwanzas, respectivamente.
O banco não reconheceu perdas
por imparidade do ouro no exercício
de 2018, dado que face às análises
de imparidade realizadas durante
o exercício de 2018 a perda poten-
cial de 24 por cento está abaixo do
limite definido pela política conta-
bilística de perda potencial de 30
por cento, isto é, o valor de mercado
encontra-se acima de limite defi-
nido pela política contabilística.
O BNA, em consonância com
a Associação Angolana de Ban-
cos (ABANC), é da opinião que
não se encontram cumpridos os
requisitos previstos na IAS 29
– Relato financeiro em econo-
mias hiperinflacionárias, para
que a economia angolana seja
considerada hiperinflacioná-
ria no exercício de 2018.
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
Finanças 13

Impostos geram 1,81 biliões de kwanzas

na contabilidade do primeiro trimestre
A Administração Geral Tributária (AGT) anunciou esta semana a arrecadação de um montante
que já corresponde a um sexto da previsão que consta do Orçamento Geral de Estado deste ano

A
edições novembro

Administração Geral
Tributária (AGT) arre-
cadou 1,81 biliões de
kwanzas (equivalen-
tes a 5,5 mil milhões
de dólares), durante o I trimes-
tre deste ano, tendo registado
um aumento na ordem dos 34 por
cento em relação ao período homó-
logo de 2018 em que a receita se
cifrou em 300 mil milhões.
As receitas não-petrolíferas,
obtidas até Abril deste ano, foram
obtidas por via do Imposto Indus-
trial, de Rendimento de Trabalho
(IRT), de Consumo, de Aplicação
de Capitais (IAC), de Selo, Predial
Urbano (IPU) e outros.
Segundo a Angop, os núme-
ros foram avançados esta terça-
-feira, em Luanda, pelo presidente
do Conselho de Administração
da AGT, Sílvio Burity, na aber-
tura do seminário “Ordem dos
contabilistas e peritos contabi-
listas de Angola”, que se reali-
zou terça-feira sob o lema “IVA
- A sua entrada em vigor”.
Sem avançar mais detalhes,
referiu que, actualmente, a AGT
controla 48 repartições fiscais,
79 fronteiras terrestres e cerca
de 36 delegações aduaneiras
em todo o país.
O Orçamento Geral do Estado
Compilação rigorosa dos dados das sete regiões tributárias do país mostram o rigor imposto na actividade fiscal
(OGE) 2019 indica que a receita
tributária ascendeu de 2.803,2
mil milhões de kwanzas, em
2018, para 4.220,4 mil milhões,
em 2019, uma diferença de mais
1.417,2 mil milhões. Entretanto,
não menciona se tais projec-
ções já incorporam o potencial
do IVA, que vai vigorar a partir
de 01 de Julho.
A receita total arrecadada em
2018 superou em 27 por cento a
meta estabelecida no OGE, ascen-
dendo a 4.790 mil milhões de
kwanzas, e em 96 por cento a
obtida no ano de 2017.
Em Angola está em curso a
reforma do sistema tributário,
um processo que engloba alte-
rações na legislação fiscal, rea-
bilitação de infra-estruturas e,
ainda, a implementação de novos
impostos, no caso particular, o IVA
- Imposto sobre Valor Acrescen-
tado, que vai incidir sobre o con-
sumo de bens e serviços e sobre
às importações.
A AGT tem como principal
propósito arrecadar, apoiar os
contribuintes a cumprir com as
suas obrigações fiscais, promo-
ver o alargamento da base tri-
butária e, sobretudo, potenciar
a receita não petrolífera, consti-
tuindo uma das principais orien-
tações do Executivo angolano.
300
mil milhões
Foi a receita fiscal no período
de Janeiro a Março de 2018,
que foi em grande medida
superada neste ano.
48
repartições
Estão controladas pela AGT em
todo o país, sendo através das
quais colectam-se as receitas.
1.417
mil milhões
Diferença entre a receita de 2018 e
a de 2019, que superou em 27 por
cento as expectativas.

publicidade
BNI distinguido pela qualidade dos activos
Há também no ar fortes indicações de fusão com outro operador no quadro da
melhoria do desempenho funcional de um dos bancos locais mais sofisticados
kindala manuel | edições novembro DR

O Banco BNI acaba de obter a

Certificação Internacional de
Qualidade ISO 9001, nas áreas
da Prestação de Serviços Ban-
cários de Apoio ao Cliente, para
o Contact Center e para a Pro-
vedoria do Cliente, que lhe foi
atribuída pela empresa Bureau
Veritas, uma das maiores empre-
sas internacionais no domínio
das certificações.
A obtenção desta certificação
resultou de um projecto que teve
início em Julho de 2018, tendo
durante o período em que decorre- Banco de Negócios Internacional e o Finibanco podem ser um só em breve
ram os trabalhos, sido avaliados
pela referida empresa de certifi- visando posicionar o Banco para entronca num objetivo nacional
cação internacional, os proces- os novos desafios que se colocam cada vez mais assumido pelas auto-
sos do Banco BNI. à economia angolana. ridades nacionais, que olham para
A certificação ora atribuída, a existência de bancos angolanos
por um lado coloca o Banco BNI Fusão fortes e sólidos, capazes de garan-
no patamar do conjunto das ins- As notícias mais recentes dão tirem o património dos seus clien-
tituições, quer em África quer a conta de negociações avançadas tes como um desígnio nacional”,
nível Internacional, cujo objec- para uma eventual fusão entre o refere o curto comunicado do BNI.
tivo é o foco permanente na quali- BNI e o Finibanco. Segundo a nota, o BNI, que
dade dos seus serviços e por outro Num comunicado enviado à adianta ter comunicado o início
lado reforça o grau de exigência agência Lusa, o Banco de Negócios das negociações à entidade regu-
daí resultante, procurando de Internacional (BNI) sustenta tra- ladora angolana, refere que é obje-
uma forma contínua e cada vez tar-se de um processo que vai ao tivo das duas partes “atraírem
mais qualitativa satisfazer todo o encontro dos interesses de Angola. para a operação parceiros estra-
conjunto dos seus Stakeholders, “Trata-se de um processo que tégicos internacionais”.
14 preços Economia & Finanças

hora Supermercados
das compras Produtos
Alimenta Kero Maxi Candando Shoprite
Angola

Cacimbo pode aquecer as compras Açúcar -1 kg

Água mineral -5 lt
310,00

269,00
255,00

265,00
290,00

319,00
324,00

259,00
329,95

399,00

Arroz -1 kg 298,00 195,00 259,00 279,00 599,95

Supermercados estão a lançar campanhas de promoção Azeite -500 ml 1.094,00 895,00 500,00 1.439,00 329,95
com baixa de preços em vários produtos e outros itens Batata rena -10 kg 2.490,00 2.300,00 2.690,00 3.290,00 3.999,95

Carne bovina-bife-1 kg 2.990,00 1.495,00 2.390,00 2.419,00 1.099,95

pagos os salários no fim do mês Aliás, a entrada da época do Cebola -10 kg 5.900,00 3.140,00 3.490,00 3.190,00 4.999,95
Isaque Lourenço

O
passado, à entrada dos meados Cacimbo, segundo diz, também
do mês, como habitual, a afluên- é ocasião própria para fazer Chouriço -900 gr 1.820,00 1.845,00 1.557,00 2.399,00 1.999,95
s preços ainda cias nos caixas dos supermer- sair das montras aqueles pro-
parecem, nesse cados é mais reduzida. dutos que eram de maior saída Corvina - 1 kg 2.150,00 2.180,00 N/A 2.699,00 N/A
momento, um O que farão os supermer- na estação quente. Farinha de trigo - 1 kg
195,00 180,00 220,00 279,00 279,95
pouco f r ios. cados, o responsável de publi- Nos bens alimentares, há
Na ronda desta cidade de uma das cadeias de cada vez maior presença de Farinha de mandioca kg 690,00 324,00 N/A 549,00 699,95
semana, visi- supermercados, explicou que produtos a granel e com preços
tamos vários estrategicamente nessas fases mais acessíveis nas prateleiras Feijão - 1 kg 550,00 510,00 649,00 659,00 699,95
supermercados e a constata- do mês ou ano, o que se adopta dos supermercados. Também é
ção é de um ambiente de menos como medida mais rápida são notória, nestes operadores da Frango - 1 kg 799,00 574,00 899,00 939,00 799,95
procura pelos clientes. as promoções dos produtos distribuição angolana, uma
Fuba de bombó - 1 kg 280,00 285,00 N/A 329,00 699,95
Há quem defenda ser o ora com paga um leva dois, ou aposta séria na venda de pro-
momento do mês, porquanto mesmo com baixas de preço. dutos nacionais. Fuba de milho - 1 kg 290,00 285,00 N/A 329,00 699,95

edições novembro Leite UHT - 1 lt 299,00 289,00 299,00 299,00 399,95

Leite em pó 1.800 gr 3.100,00 3.100,00 2.990,00 3.299,00 3.999,95

Massa alimentar - 50 gr 119,00 99,00 119,00 109,00 229,95

Margarina - 250 gr 255,00 175,00 305,00 274,00 299,95

Óleo alimentar -1lt 470,00 419,00 398,00 539,00 469,95

Ovos - 24 unidades 1.350,00 1.276,00 1.272,00 1.299,00 349,95

Pão - pequeno 19,00 10,00 20,00 20,00 19,00

Salsicha - 350 gr 289,00 210,00 299,00 214,00 299,95

Nessa fase do mês os Vinagre - 0,5 lt 150,00 99,00 149,00 119,00 199,95
supermercados estão com o
registo de menos enchentes Total de 24 itens 26.176,00 20.405,00 N/A* 25.554,00 N/A*

variação dos produtos nos supermercados

699,95

469,95
599,95

399,95
799,95
329,90

279,95

899
939
649
298

299
289
299
299
659

799

398
259

550

539
220
290

279
255

324

279

574
195

470
195
180

419
510
310

Alimenta Angola
Kero
maxi
candando
shoprite

Açucar Arroz Trigo Feijão Frango Leite em liquido Óleo alimentar

Fonte: Preços cedidos e de recolha à data de quarta e quinta-feira, 15 e 16 de Maio
Valores em kwanzas | N/A* - Total não apresentado por falta de um ou mais produtos no stock

dr

Indústria da costura de trajes locais em crescente

Um dos principais desafios da eco-
nomia angolana é criar emprego
e, desta variável, económica gera-
rem-se fluxos financeiros com os
quais elevam-se o poder de compra.
Há entre os economistas da
praça local uma opinião quase
que generalizada, nos últimos
tempos, que a costura de tra-
jes locais em panos pode ser, se
fomentada com apoios financei-
Os costureiros fazem roupas de pano sob medida no interior do supermercado ros, um caminho para empregar
pessoas em pequenas firmas. tam roupas em pano sob medida.
Aliás, na opinião destes, os E porque falamos do operador
africanos consomem bem estes Candando, é também quem neste
produtos e em outras realidades, momento lançou para o cliente a
dentro do continente, continuam opção compra sob encomenda.
a servir de porta de emprego de Nesse processo, o cliente, se vai
jovens em iniciação de vida. comprar num valor mínimo de 50
Entendendo bem estes desfios, mil kwanzas, pode fazer a enco-
o hipermercado Candando já há menda e transferir 50 por cento
algum tempo tem estado a levar ao do valor da compra. A outra parte,
cabo a promoção de pequenos cos- deve ser paga no momento do levan-
tureiros, que no seu interior execu- tamento já em presença.
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
publicidade 15

(700.012)
16
Mercados
Exploração ilegal de ouro
ameaça as reservas da Huíla
O foco do Executivo é criar condições para que os minerais estratégicos sejam protegidos
e possam empregar mais mão-de-obra e constituir fonte de riqueza real para os cidadãos.
Municípios de Jamba e do Chipindo estão a braços com um permanente tráfico do mineiro de ouro
Arão Martins,
no Lubango
A
protecção das
r e s er v a s de
ouro nos muni-
cípios de Chi-
pindo e Jamba
mineira, que
faz parte dos
minerais estratégicos do país,
foi defendida pela comissão da
“Operação Transparência”, que
reuniu há dias na cidade do
Lubango, província da Huíla,
com os órgãos do Conselho de
Segurança Nacional.
Segundo o porta-voz daquele
órgão, o comissário António Ber-
nardo, o foco actual do Execu-
tivo é criar condições para que
estes minerais estratégicos este-
jam devidamente assegurados e
possam efectivamente integrar
mais mão-de-obra e constituir
fonte de riqueza real para o país.
De acordo com o responsável,
Taxa de juros dos Bilhetes de Tesouro nos 16,8%
A emissão de Bilhetes do
Tesouro a 1 ano efectuada,
recentemente, pelo Governo,
através da Bolsa de Dívida e
Valores de Angola (BODIVA),
fixou a taxa de juros em 16,8
por cento a 1 ano, a mais baixa
desde Fevereiro de 2016.
De acordo com dados a que
o JE teve acesso, a taxa a 12
meses manteve-se perto dos 24
por cento durante todo o ano de
2017 e em parte de 2018, tendo
diminuído a partir de Maio de
2018, para níveis próximos dos
18-19 por cento.
Este ano, têm-se registado
diminuições consecutivas das
taxas em cada emissão de BT, a 3
por falta de asseguramento de
muitas zonas de ouro, a popu-
lação tenta invadir estas áreas
e as consequências são enor-
mes, muitas das causas, resul-
tam em mortes.
Revelou que 30 pessoas morre-
ram até princípio do corrente mês
(Maio), em consequência do des-
lizamento de terra na prática de
exploração artesanal de ouro, nos
municípios da Jamba e Chipindo,
ambos na província da Huíla.
Transparência chega no ouro
O comissário António Bernardo,
que prestou as informações em
conferência de imprensa, no final
da reunião da comissão da Ope-
ração Transparência com o Con-
selho de Segurança Nacional e
órgãos com relação directa no
combate à imigração ilegal e a
exploração ilícita de minerais
precioso na província, disse que
as mortes foram registadas na
localidade de Mupopo, comuna
de Cassinga-Tchamutete, muni-
meses, 6 meses e 12 meses. Porém,
parte dessa descida poderia ser
atribuída ao facto de o Tesouro
estar agora a adoptar uma estra-
tégia de reabertura de linhas com
a mesma maturidade; nesse sen-
tido, a emissão deste BT a 12 meses
em nova linha, com maturidade
em Maio de 2020, veio consolidar
a tendência de descida de taxas.
Do lado das Obrigações do
Tesouro, esta tendência ainda não
se verificou, mas é expectável que
tal aconteça ao longo do ano.
As referidas emissões ocorre-
ram numa altura em que a con-
sultora Fitch considerou que as
reformas lançadas pelo Governo
angolano vão colocar o país
JA IMAGENS
cípio da Jamba e nas localidades
de Tchikuele-Kapembe e Cas-
sanda, município de Chipindo.
Disse que esta actividade
tinha alguma incidência “forte”
no município de Chipindo e da
Jamba, mas é na última região
onde estavam instalados mais
de mil traficantes de ouro, vulgo
“garimpeiros”, e tal actividade já
deixou de existir em função das
operações levadas a cabo pelos
órgãos de defesa e segurança.
Indicou que existe ainda acti-
vidade semelhante no Chipindo,
mas que regista também dimi-
nuição fruto da actividade das
forças da ordem.
“A actividade de combate às
más práticas não se circunscreve
tão-somente ao esforço policial,
mas também deve contar com a
integração de todos os órgãos que
concorrem para a normalidade
da situação social, produtiva e
no fundo de desenvolvimento
do país, para que todos os cida-
dãos possam estar integrados”.
em bom plano a médio e longo
prazo, alertando, no entanto,
para alguns riscos de instabili-
dade social a curto prazo.
Numa nota sobre Angola a
médio e longo prazo, enviada aos
clientes e a que a agência Lusa
teve acesso, estes analistas do
mesmo grupo que tem também
a agência de rating Fitch dizem
que esta “potencial perturbação
social” pode aumentar a incer-
teza dos investidores sobre a
direcção política.
Tudo i sso deu - se nu m
momento em que, nos merca-
dos internacionais, o Brent nego-
ciou durante a semana passada
à volta dos 70,5 dólares.
Operações minimizam perdas
Com a finalidade de reduzir os efei-
tos nocivos à economia, a polícia
está a desenvolver várias operações.
Resultado das operações feitas,
foram nos municípios de Jamba e
Chipindo onde apreenderam-se
meios que os garimpeiros ilegais
de ouro utilizavam para a reali-
zação dessa actividade. Sobre as
causas, informou, a operação de
resposta é de que os órgãos de polí-
cia já estão a dar para minimizar
esta questão.
“Nós aqui temos apenas conhe-
cimento de uma actividade mas-
siva de tráfico ilícito de minerais
supostamente ouro. O que nos preo-
cupa é saber de onde esses indiví-
duos vão depositar este mineral
que vão aí buscar”, disse.
Referiu que existe foco de se
criar condições para que futura-
mente estes minerais estratégicos
do país estejam devidamente asse-
gurados e possam efectivamente
integrar mais mão-de-obra e cons-
tituir riqueza para o país.
“A eliminação deste foco não
depende só da polícia, mas sim de
elementos de outros sectores, que
possam de alguma forma desenvol-
ver actos para integração das pes-
soas no processo normal produtivo
e para que eles também concorrem
para o desenvolvimento nacional”.
A província da Huíla, salien-
tou, tem 14 municípios, 52 comu-
nas, uma população estimada em
cerca de 2.831.422 habitantes e a
Comissão da Operação Transparên-
cia recebeu das autoridades locais
informações de alguma actividade
ligada a extracção de alguns mine-
rais estratégicos, nomeadamente e
com maior incidência de ouro nos
Emissões de Títulos da Dívida Soberana do Estado permanecem apetecíveis
Economia & Finanças
municípios da Jamba e Chipindo.
No encontro, fez-se também
uma incursão para outro tipo de
minerais como o granito negro,
granito rosa e cinza e outros em
que a província da Huíla é rica.
Na reunião, presidida pelo
tenente general Américo Valente,
coordenador da Operação Trans-
parência”, analisou-se de forma
exaustiva a forma como a poste-
rior todos os órgãos integrados no
sistema irão tratar desta questão.
“Não é já desconhecido por nin-
guém que, em função da grande
actividade ilegal de exploração de
ouro tivemos há muito bem pouco
tempo alguns incidentes no muni-
cípio de Chipindo e isso, natural-
mente, preocupa”.
Situação preocupa
Acrescentou que a situação preo-
cupa o comando da Operação Trans-
parência, a governação da província
da Huíla, o país todo e tentaremos
por esta via, com o Ministério que
trata dos Petróleos e Minerais e
do Ambiente resolver alguns pro-
blemas que foram levantados na
reunião.
“Analisámos também com
alguma profundidade as localida-
des onde esta actividade pode ser
desenvolvida e que já têm empre-
sas licenciadas e deixamos algu-
mas orientações ao comandante do
Posto Comando Auxiliar da Opera-
ção Transparente, para que junto
das autoridades constituídas do
Governo se pudesse resolver essa
questão, notificando as empresas
licenciadas para que, se ocupem
da segurança do espaço a si licen-
ciado”, defendeu.
JA IMAGENS
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
Italiana ENI perfura novo poço no Bloco 15/6 e aumenta as riquezas provadas do offshore angolano
Reservas são mais-valia
de usd 17,5 mil milhões
Poço de petróleo descoberto com potencial de 250 milhões
de barris vendidos cobririam metade de um orçamento anual
Isaque Lourenço
O
Estado seria benefi-
ciado com uma receita
de 6.475 milhões de
dólares, equivalentes
a 37 por cento do total
de 17,5 mil milhões que poderiam
resultar da venda a um preço
médio do Brent de 70 dólares do
potencial de 250 milhões de bar-
Nova aliança no domínio dos petróleos
Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis e a Sonangol celebraram esta semana dois contratos
sendo um de suporte à transição da função de concessionária e outro de agenciamento de petróleo bruto
A Agência Nacional de Petróleo
Gás e Biocombustíveis (ANPG) e
a Sonangol assinaram, recente-
mente, dois contratos de coopera-
ção, um de suporte à transição da
função concessionária e outro de
agenciamento de petróleo bruto,
que visam o correcto e produtivo
funcionamento destas duas enti-
dades estatais. Estes dois contratos
trazem vantagens significativas
para o país e para o desempenho
de ambas as entidades,sendo que a
relação fica agora mais fortalecida.
O acto de assinatura foi orien-
tado pelos presidentes do Conse-
lhio de Administração da ANPG,
Paulino Jerónimo, e o da Sonan-
gol, Gaspar Martins. Estiveram
também administradores execu-
tivos e não executivos de ambos
os organismos públicos.
O contrato de suporte à transi-
ção tem como objectivo contribuir
para o arranque efectivo da ANPG
e para o bom funcionamento das
áreas de suporte (tecnologias de
ris, descobertos recentemente
pela italiana ENI, no Bloco 15/6.
Num cenário mais conserva-
dor, tal como o faz o Executivo
nas projecções habituais do OGE,
a venda de todo o potencial a um
preço médio de usd 50 resultaria
em uma arrecadação de 12,5 mil
milhões de dólares, dos quais 4.625
milhões de dólares (37 por cento)
se reverteriam aos cofres públicos.
Em ambos os cenários, as
informação, recursos humanos,
administração e finanças). No
fundo, visa evitar a disrupção nas
funções e nos trabalhos a desenvol-
ver pela concessionária nacional.
O contrato de agenciamento
estabelece que a Sonangol comer-
cializa o petróleo da concessionária
nacional, sendo que a ANPG reco-
nhece à Sonangol competências e
a mandata para o efeito.
O presidente e os administrado-
res recém-empossados da Sonan-
gol receberam os seus homólogos
da Agência Nacional de Petróleo
Gás e Biocombustíveis (ANPG),
num encontro que durou cerca de
duas horas, e que visou revisitar o
processo de transferência da fun-
ção concessionária da Sonangol
para a ANPG. Este encontro aca-
bou também por culminar na assi-
natura destes dois contratos, os
quais são essenciais para a regu-
lação da actividade e para a defi-
nição das responsabilidades em
ambas as entidades. Esta assi-
DR
mais-valias económicas superam
os 3,7 mil milhões de dólares com
que o FMI garantiu financiar os
programas do Governo até 2021,
no quadro do Programa de Finan-
ciamento Ampliado (Extended
Fund Facility - EFF).
No s eu c omu n ic a do à
imprensa, a Agência Nacional
de Petróleo, Gás e Biocombustí-
veis (ANPG) e a italiana ENI fize-
ram saber que o poço que levou à
Gaspar Martins, da Sonangol, e Paulino Jerónimo, da ANPG, nas assinaturas
natura fortalece e estreita a rela-
çãode trabalho e de parceria entre
ambas as partes.
O presidente da ANPG, Paulino
Jerónimo, enfatizou a importân-
cia do trabalho em equipa entre
as duas entidades para a prosse-
cução dos desígnios do Governo de
Angola no âmbito do sector petro-
lífero. “Só trabalhando de forma
harmoniosa, focados no objec-
tivo comum de fazer de Angola um
mercados 17
descoberta foi perfurado no pros-
pecto de exploração Ndungu, nas Cotações
águas profundas de Angola.
O referido poço Ndungu-1 NFW
está localizado a aproximada-
mente 130 quilómetros da costa,
cerca de 10 quilómetros a noroeste Taxas de câmbio
do FPSO de N’goma - pólo oeste 9 e
a cerca de 2 km do campo de produ-
ção de Mpungi (PSO é o navio para
a exploração, armazenamento de
petróleo e/ou gás natural e escoa-
324,973 USD/AKZ
mento da produção).
Perfurado pelo navio-sonda
Poseidon, o poço encontra-se Commodities
numa profundidade de água de
1.076 metros e atingiu uma pro-
fundeza total de 4.050 metros.
Os dados adquiridos no poço
Ndungu-1 indicam uma capaci-
73,20 brent
dade de produção, para o fluxo
do poço, de mais de 10 mil bar-
ris de petróleo por dia.
Taxas de Juro
Bloco 15/6 Moeda 16 Mai 2019
O bloco 15/6, em 2018, expor-
tou 49.694.170 (quarenta e nove Euribor 1 mês EUR -0,366
milhões, seiscentos e noventa e Euribor 6 meses EUR -0,235
quatro mil e cento e setenta bar-
ris), ao preço médio de 71 dólares. Euribor 12 meses EUR -0,125
A receita gerada foi de usd 3.528 Libor 1 mês USD 2,43238
milhões de dólares, equivalen-
tes a 127.666.684.023 (cento e Libor 6 meses USD 0,90525
vinte e sete mil, seiscentos e ses- Libor 12 meses USD 2,63250
senta e seis milhões, seiscentos e
oitenta e quatro mil e vinte e três
kwanzas). Já em 2017, de expor-
tação de 40.967.171 (quarenta
milhões, novecentos e sessenta Taxas de Câmbio Spot
e sete mil e cento e setenta e um)
barris de petróleo ao preço médio
Cotação
USD/AKZ 324,973
16 Mai 2019
de 52 dólares, a receita estimada
ficou em 2.130 milhões de dóla- EUR/AKZ 364,392
res (47.741.832.839 de kwanzas).
Em Junho do ano passado nad/AKZ 22,984
a ENI já anunciara uma des- EUR/USD 1,1176
coberta com potencial de 300
milhões de barris, feita no Sector GBP/USD 1,2792
Kalimba do Bloco 15/06, numa USD/JPY 109,9300
perfuração feita a cerca de 150
quilómetros da costa norte de USD/ZAR 4,0081
Angola. A perfuração realizada USD/BRL 6,8837
pela ENI atingiu uma profun-
didade total de 1.901 metros, USD/CNY 14,2115
dos quais 458 metros em água.
mercados accionistas
Índice 16 Mai 2019
Dow Jones 25,929.92
S & P 500 2,887.23
NASDAQ 7,934.14
cedidas
FTSE 100 7,343.08
BOVESPA 95,310.00
PSI 20 5,122.57
NIKKEI 225 21,062.98
DAX 12,290.03
Hang seng 28,275.07
Commodities
16 Mai 2019
Brent 73.20
país, um mercado e um player real- crude oil 63.30
mente importante a nível mundial
no âmbito petrolífero, é que cada gás natural 2.63
uma das partes estará a desem- ouro spot 1,285.16
penhar bem a sua missão, a sua
função. É seguramente por aqui trigo 11.79
que queremos e vamos caminhar, açúcar 90.60
contribuindo em conjunto e cada
vez mais para o desenvolvimento café 66.60
do nosso país e para elevar a ima- algodão 463.00
gem de Angola em todos os merca-
dos importantes”, disse.
18
Empresas
Programas económicos
fortalecem empresariado
Ministro da Economia e Planeamento Pedro Luís da Fonseca disse que a conclusão do Plano
de Desenvolvimento Nacional vai trazer uma mais-valia para o mercado de bens e serviços
Empresários nacionais estão optimistas nos resultados dos planos
Balança Comercial regista
saldo de 6,2 mil milhões de kz
Pedro Peterson
A Balança Comercial de Angola,
registou no exercício de 2018 um
saldo positivo de 6. 234 milhões
de kwanzas, segundo o Instituto
Nacional de Estatística (INE).
Os resultados definitivos do
Comércio Externo (Importação
e Exportação) apurados para o
ano de 2018, indicam uma taxa
de variação anual de 76,87 por
cento para as exportações e 58,69
para as importações.
Relações comerciais com o resto do mundo têm registado melhorias
EDIÇÕES NOVEMBRO
Dados do INE avançam que,
os principais parceiros de Angola
nas exportações em 2018, foram
a China com 60,28 por cento,
Índia 9,27, Estados Unidos da
América 3,35, Espanha 3,04 e
África do Sul com2,82.
Os principais parceiros nas
importações, foram a China
com14,56 por cento, Portugal
com13,67, Singapura com 9,64,
Bélgica com 6,54 e Togo com 5,95.
A África do Sul lidera o
grupo dos principais parceiros
africanos com 76,60 por cento,
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | edições novembro
O
Plano de Desenvol-
vimento Nacional
( PDN 2018-2022)
preconiza o forta-
lecimento do tecido
empresarial privado nacional,
informou segunda-feira, em
Luanda, o ministro da Eco-
nomia e Planeamento, Pedro
Luís da Fonseca.
O facto foi assumido pelo
governante quando falava
na cerimónia de abertura do
seminário sobre articulação
institucional entre a Agên-
cia de Investimento Privado
e Promoção das Exportações
(AIPEX), o Instituto Nacional
de Apoio às Micro, Pequenas
e Médias Empresas (INAPEM)
e os Gabinetes Provinciais de
Desenvolvimento Económico
Integrado (GPDEI).
De acordo com o minis-
tro, o seminário visa poten-
ciar o empresariado nacional
e estrangeiro, contribuindo
seguido das Ilhas Seycheles com
7,62, República Democrática do
Congo com 5,58, Ghana com 1,83
e São Tomé e Príncipe com 1,73.
Para as importações destacam-
-se o Togo com 50,43 por cento,
África do Sul com 31,98, Mauri-
tânia com 4,21, Marrocos com
2,40 e Namíbia com 2,24.
O grupo de produtos que teve a
maior participação no valor total
das exportações foi, o de com-
bustíveis com 95,67 por cento,
enquanto no valor total das impor-
tações os grupos de produtos que
mais se destacaram foram as
máquinas e equipamentos e apa-
relhos com 19,48, combustíveis
com 15,09, agrícolas com 14,96,
veículos e outros meios de trans-
porte com 13,92 e químicos com
7,70. Segundo a classificação por
grandes categorias económicas
de bens (CGCE), as categorias
que tiveram maior participação
no total das exportações foram
combustíveis com 95,3 por cento,
bens de consumo com 1,1 e bens
intermédios com 0,3, enquanto
no valor total das importações
as categorias que mais se des-
tacaram foram os bens de con-
sumo com 35,5 por cento, bens
intermédios com 24,5 e bens de
capital com 24,9.
}
o pnd vai
proporcionar
maior
descentralização
territorial
na melhoria do negócio, com-
petitividade e concorrência,
substituição das importações
e diversificação das exporta-
ções, sustentabilidade ambien-
tal, entre outros.
Na sua óptica, a estrutura
económica pouco diversificada
Mercado ganha mais uma opção
Sagres Bohemia entra
na concorrência angolana
A Sociedade de Distribuição de
Bebidas de Angola (SODIBA),
acaba de adicionar ao portfólio
Sagres, a famosa Sagres Bohe-
mia, reforçando assim a sua posi-
ção no mercado angolano, depois
do lançamento da Sagres Preta e
do formato fino no final de 2018.
A Sagres Bohemia que já está
a ser produzida em Angola, é
caracterizada por um nível de
amargor menor.
O lançamento do produto
aconteceu em dois eventos na
capital. O primeiro evento assi-
nalou oficialmente o lançamento
realizado na passada sexta-feira.
A Sagres Bohemia foi apresen-
tada sábado na Marginal de Luanda.
Para Glauco Ferreira, Admi-
Economia & Finanças
no país, levou o Executivo a
implementar um conjunto
de políticas que garantam a
melhoria do bem-estar e da
qualidade de vida das famí-
lias angolanas.
O PDN orienta ainda o
Governo na desconcentra-
ção e descentralização terri-
torial, assim como na criação
de condições que dinamizem
a competitividade territorial.
Ele tem a incumbência de
orientar o Executivo no estí-
mulo da cidadania e da par-
ticipação das populações na
vida democrática do país, a
valorização da capacidade
empreendedora e da inova-
ção, bem como a criação de
emprego.
Durante o seminário, os
participantes falaram igual-
mente sobre o papel dos GPDEL
na implementação do PRO-
DESI, a articulação entre INA-
PEM e os GPDEI, entre outros.
dr
nistrador com o Pelouro de
Marketing na SODIBA, este é
um lançamento muito impor-
tante para a marca que tem vindo
a conquistar os angolanos com
cervejas de grande qualidade,
e que tem conquistado terreno
com o seu fino de excelência, por
muitos descrito como o melhor
produzido em Angola.
A SODIBA foi constituída
em Outubro de 2013, com o
objectivo produzir e distribuir
bebidas no país, e sobretudo,
crescer de uma forma susten-
tável e socialmente respon-
sável. A instituição iniciou a
actividade com a construção
da sua primeira fábrica, no
Bom Jesus, em 2014.
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
Programa Asycuda World já
funciona nas plataformas do Luau
Instância aduaneira da 7ª região tributária está a proporcionar maior fluidez
no processo de desalfandegamento de mercadorias nos postos fronteiriços
Pedro Peterson
D
esalfandegamento de
mercadorias já entrou
em funcionamento na
delegação aduaneira
do Luau, na província
do Moxico, segundo uma nota a
que o JE teve acesso.
A cerimónia de lançamento foi
presidida, pelo chefe de departa-
mento administrativo, Amândio
Cawoyongo em representação do
director da 7ª região, Inácio Morão.
Na sua intervenção, Amândio
Cawoyongo disse que este é um
novo desafio que se impõe aos téc-
nicos aduaneiros, por isso urge a
necessidade de se adaptar a sua
actuação às mudanças constantes
da dinâmica do comércio inter-
nacional transfronteiriço, faci-
litando o comércio lícito, sem no
entanto descurar a segurança da
cadeia logística internacional.
Amândio Cawoyongo disse
que, a implementação das fun-
cionalidades do Asycuda Word no
Luau vai gerar inúmeras vanta-
gens, como a simplificação dos pro-
cessos de desembaraço aduaneiro
e reduzir a circulação de papéis.
Disse que as cargas sujeitas
ao tratamento aduaneiro serão
manifestas e submetidas a des-
pacho unicamente no sistema
Asycuda World e facilitando o
comércio e trânsito internacio-
nal (Angola e RDC) através do
corredor do Lobito.
O Asycuda Word permite a
gestão de todo o processo de desal-
fandegamento de forma célere
e integrada, admitindo que os
demais intervenientes na cadeia
do comércio internacional insiram
os dados das mercadorias sujeitas
Inspector focado na qualidade e segurança alimentar
O novo inspector-geral do
comércio, Fernando Francisco
Catumbila disse que, a sua ges-
tão vai focar-se na protecção
da qualidade e segurança ali-
mentar, pois segundo diz, “o
ser humano é aquilo que come”.
“Vamos começar com algu-
mas palestras internas, no
sentido de capacitar mais os
inspectores e logo depois vai
seguir-se a campanha de segu-
rança alimentar que será de
carácter nacional, para uma
melhor prática comercial da
parte dos operadores econó-
micos”, fez saber.
Fernando Catumbila teceu
estas considerações, na cerimó-
nia de tomada de posse como
novo inspector-geral do comér-
cio, na última sexta-feira orien-
tada pelo ministro do Comércio,
Agentes económicos da província do Moxico estão mais aliviados com a entrada em funcionamento do novo serviço
}
o instrumento
vai facilitar a
integração do
pAíS NA ECONOMIA
INTERNACIONAL
Joffre Van-Dúnem Júnior.
No mesmo acto tomaram
igualmente posse, Francisco
Aleixo Cambong ue e A ntó-
nio José Inácio, para os car-
gos de i nspectores-gera is
adjuntos do comércio e Edna
Muf uca F ragoso Capalo
para as funções de directora
do Gabi nete de Est udos e
Planeamento Estatístico.
De acordo com o ministro
do Comércio, Angola vive novos
tempos onde devem todos fazer
esforço para alcançar resulta-
dos e garantir a transparência
da gestão pública.
“As mudanças levam tempo
e requerem muito e contínuo
esforço, o que às vezes levam-
-nos a cometer erros, por isso
devemos estar focados”, refe-
riu o responsável do comércio.
a tratamento aduaneiro directa-
mente do sistema em causa.
Concluída a experiência
piloto no Lobito e implementado
o mesmo sistema nas estâncias
aduaneiras da primeira, terceira
e sexta região tributária, teste-
munhou-se mais um passo na
implementação do sistema no
Luau, sendo que a expansão para
as demais estâncias e da sétima
região tributária, está prevista
para o dia 15 do mês de Junho.
Ainda no âmbito do Pro-
grama Regional de Educação
Bens de consumo poderão chegar ao consumidor com maior segurança
EDIÇÕES NOVEMBRO
Fiscal (PREF), a 5ªRegião Tri-
butária, realizou em Moçâme-
des, Namibe, no passado mês
de Abril, na Escola Welwitschia
Mirabilis, uma palestra subordi-
nada ao tema “Sistema Fiscal de
Angola e os tipos de Impostos”.
A palestra foi apresentada
pelos técnico da repartição fiscal
do Namibe e contou com o apoio
do técnico dos Serviços Fiscais.
Participaram na acção forma-
tiva 117 pessoas, entre directores,
professores, alunos, despachantes
e funcionários do grupo técnico.
Empresas 19
JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO
Nova a forma de actuar
Encargos
aduaneiros
pagos
por meios
electrónicos
O sistema começou a
funcionar no país
desde a passada
segunda-feira nas
instâncias aduaneiras
Os agentes económicos
já podem efec tuar os
pagamentos das suas
operações de merc adorias
através das plataformas
elec trónicas (multicaixa e
internet banking).
Segundo uma nota de
imprensa dos ser viços
aduaneiros chegada ao
JE , o sistema começou a
funcionar desde segunda-
feira (13), estando
reunidas as condições para
os pagamentos aduaneiros
a serem efec tuados
a par tir dos canais
elec trónicos.
Esta funcionalidade
segundo os ser viços
aduaneiros está disponível
para os despachantes,
impor tadores e todos
aqueles que pretendam
pagar os encargos
aduaneiros referentes à
tramitaç ão de declarações,
independentemente da
rubric a ou do regime
aduaneiro a que se
referem (impor tações,
expor tações, trânsito e
armazenagem).
O referido pagamento,
acrescenta a nota, deverá
ocorrer após a submissão
e registo da declaração
aduaneira e emissão
da nota de liquidação
correspondente.
Numa fase posterior os
pagamentos elec trónicos
estender-se -ão aos
agentes de navegação.
20 Empresas Economia & Finanças

Consumidores satisfeitos
com os serviços prestados
Estudo promovido pela Superbrands assegura também que as marcas de bebidas alcoólicas
e não alcoólicas estão entre as referências mais solicitadas no mercado nacional nos últimos seis anos
JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO

93
por cento
consumidores que afirmam
estar mais inclinados a
comprar os produtos da
Superbrands

dade, cinco importantes atribu-

tos que permitem identificar a
relevância das marcas que con-
sideram únicas, aquelas em que
mais confiam, com as quais
mais se identificam, que mais
os satisfaz e que consideram
mais conhecidas.
Uma análise da variação inter-
-vagas permitiu identificar quatro
padrões na evolução dos sectores
de consumo durante o período de
estudo: os sectores “resilientes”,
que se mantiveram constantes no
período em estudo; os “emergen-
As preferências dos consumidores foram avaliadas com base na proximidade, confiança, atributos considerados importantes na identificacão das marcas tes”, que ganharam relevância
no período em análise; os “alter-

O
s sectores de pres-
tação de serviços,
refrigerantes, teleco-
municações, cervejas
e electrónica de con-
sumo foram os apontados como
de maior relevância no mercado
angolano.
Estas são as principais con-
clusões da análise “Insights e
Tendências das Marcas de Exce-
lência em Angola” apresentada
terça-feira em Luanda.
Trata-se de uma análise deta-
lhada aos dados recolhidos no
estudo do consumidor promovido
pela Superbrands Angola, entre
os anos de 2012 e 2018, desenvol-
vida pela Assertys, empresa de
Pesquisa e Consultoria presente
no mercado angolano.
O estudo aponta ainda as
marcas Blue, Coca-Cola, Cuca,
Sonangol e Unitel, como as de
maior relevância global nas diver-
sas dimensões em análise. Nos
últimos anos, em particular no
período de 2016 a 2018, constata-
-se maior penetração das marcas
globais no mercado angolano.
Finalmente, a utilização da dis-
tinção Superbrands pelas marcas
obtém uma elevada receptividade,
nomeadamente junto do segmento
jovem da população (<34 anos).
Na última vaga da análise
(final 2018), assumiram maior
relevância marcas dos sectores
de Refrigerantes, IT e Electró-
nica de Consumo e Automóveis.
Numa análise por faixa etá-
ria, verifica-se que os jovens estão
mais ligados às marcas nos sec-
tores de Fashion e Desporto e o
segmento mais velho aos secto-
res de Cervejas e Águas.
Os dados em análise apontam
também para um aumento cres-
cente do reconhecimento e rele-
vância da distinção no mercado
angolano e do seu impacto nas
marcas que a utilizam, com mais
de 60 por cento dos consumidores
do último ano do estudo, a afir-
marem reconhecer a distinção.
Os consumidores reconhe-
cem um impacto positivo sobre
a possibilidade de compra e reco-
mendação das marcas que osten-
tam o selo superbrands, com uma
média de 83,1 por cento dos con-
sumidores a afirmarem estar
mais ou muito mais inclinados
a comprar e/ou experimentar
os produtos de marcas e 86,1 a
recomendarem-nas a amigos e
familiares.
Este impacto assume particu-
lar relevância nas camadas mais
jovens da população (<34 anos),
que são o segmento mais recep-
tivo à distinção.
As preferências dos consu-
midores foram avaliadas com
base na proximidade, confiança,
afinidade, satisfação e notorie-
nados”, sectores mais voláteis; e
finalmente “em erosão”, os sec-
tores cujas marcas perderam
relevância durante estes anos
em análise.
Sobre o impacto desta aná-
lise, o partner senior da Super-
brands Angola , Pedro Diogo
Vaz, salienta que “é evidente
que as Marcas de Excelência
oferecem vantagens físicas e/
ou emocionais, relevantes, e con-
sequentemente, são conhecidas,
desejadas e procuradas. Por isso
é tão importante destacar estas
boas práticas no mercado, e ao
mesmo tempo tornar visível o
reconhecimento que o mercado
faz do seu trabalho. Este é um
dos objectivos deste trabalho.”

feugait la acip ent exero odit EDIÇÕES NOVEMBRO

Caminho-de-Ferro de ismodipisi
wissequ Moçâmedes tio elis nim
zzriliquat lut adiat. Wisim illum
com receitas de mais 200
zzrit nullut milhões
dolore modiam ipit de Kwanzas
luptat. Igniam, consequisit ea
Duzentos e 19 milhões, 678 e 805duis
feum kwanzas resultaram
dolorem do tie
nulla ad segunda fase do processo de
mil e 545 kwanzas é o valor transporte
conum de mercadorias,
zzrilissim quatem dolor- formação de quadros de caís
arrecadado pelo Caminho-de- sobretudo
ting eugiam 49 dolor
mil e 335
sis nonulla e revisores nos municípios da
Ferro de Moçâmedes (CFM), com feummy toneladasnon de gasóleo e de fac-
volore dolore Matala, Quipungo e Menongue.
o transporte de carga diversa granito.
cum eu feumsandit prat. Duis- O CFM faz as rotas passageiros
e passageiros, em mil e 35 Segundo
mol o informe,
estionsenisl o Caminho-
in velit ip eu feu Lubango/Menongue, mistos
comboios comerciais efectuados, facidunt
de-Ferroprat.
de Moçâmedes
Ut ad dolore conse Lubango/Moçâmedes, Lubango/
durante o primeiro trimestre arrecadou igualmente
consequat, sequipit num 932doleni-
mil Menongue e Lubango/
deste ano. e 475
sisi kwanzas
tisit augiam,com quatserviços
ex enitde
am Tchamutete, enquanto as
Segundo uma nota da direcção oficina.velis
quatue A empresa temtet
nis dolore como
accum composições de carga trazem
comercial do CFM a que a Angop zzrit expectativas,
praessi. a implementação gasóleo do porto pesqueiro
teve acesso terça-feira, refere que de Non
um sistema
heniamdenullamcor
informaçãoalit de Sacomar ao Lubango,
comparativamente ao período digital tie
wissed nasmin
estações,
veraessepara
del exero assim como granito da
anterior houve um aumento de apoio
diat ao cliente,
volor aliquisanulla
instalação
facidu comuna da Arimba/Namibe,
28.277.712 kwanzas. de sistemas para gestão e Namibe/Jamba e gás butano
Do valor arrecadado, 109 controlo do caís de mercadorias, Sacomar/Menongue. O CFM
milhões, 673 mil e 740 kwanzas a implementação do sistema estende-se por uma linha de
foram com a compra de 333 de bilheteira nas estações do 905 quilómetros do Namibe a
mil e 195 bilhetes, ao passo Dongo, Jamba, Cuvango, Cuchi, Menongue, com 56 estações,
que 110 milhões, quatro mil assim como a realização da passando pelo Lubango. Transporte de mercadorias arrecadou mais receitas para a empresa
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
Publicidade 21

(700.046)
22
infra-estrutura
FINANCIAMENTO
Além da componente de exploração, os agricultores irão receber formação contínua que será dada por técnicos da ADPP
FAO apoia escolas
agrícolas no Bié
O valor gloabal do financiamento aprovado é de 126 milhões
de kwanzas que serão disponibilizados em diferentes etapas
Matias da Costa
Cuito
O
Fundo das Nações
Unidas pa ra A li-
mentação “FAO”
está apoiar finan-
ceiramente as esco-
las de campo ag rícolas na
província do Bié com um valor
}
global em kwanzas de 1 26
milhões e 72 mil, disponibi-
lizados faseadamente.
O coordenador do pro -
jecto das escolas de campo a
nível da FAO, Figueiredo Lou-
renço, disse que a intenção
primária é tornar auto-sufi-
ciente a produção agrícola na
região, tendo revelado que já
foram suportados pela ONG
despesas na ordem de sete
milhões, 45 mil e 200 kwanzas
para 79 associações
Figueiredo Lourenço avança
que o FAO trabalha agora para
o arranque da segunda fase do
projecto cujo valor de financia-
mento está fixado em mais de
28 milhões de kwanzas para
suportar o funcionamento nor-
mal de 321 escolas de campo
agrícola na província.
“O projecto de uma forma
geral, que tem a envolvência do
FAO desde 2018, prevê até ao
próximo ano disponibilizar o
valor global anunciado e finan-
}
a intenção
é tornar
auto-suficiente
a produção
agrícola
321
escolas de campo
Estabelecimentos que vão
beneficiar de um financiamento
de mais de 28 milhões de
kwanzas na segunda fase do
projecto.
ciar um total de 1.360 escolas
de campo em toda região do
Bié”, garantiu o coordenador.
De acordo o responsável o
valor financiado em 92. 700
kwanzas para cada escola de
campo não é reembolsável, é
apenas para os mesmos inves-
tir em aquisição de produtos
de acordo a suas prioridades.
Figueiredo Lourenço falou,
vigas da purificação | edições novembro
igualmente da componente da
formação que tem sido o grande
descalabro para muitos produ-
tores agrícolas, neste quesito,
salienta uma dualidade de crité-
rios financiamento e formação.
O representante do FAO
acrescenta que estão a for-
talecer os camponeses com
obtenção de conhecimento
para que se possam dar con-
tinuidade com as escolas de
campo “o grande problemas
muitas vezes, é que financia-
mos projectos que não têm
pernas para andar por falta
de formação”.
“Por isso vai continuar a ser
aposta do FAO prestar financia-
mentos e formação para que os
grupos de camponeses consi-
gam tornar auto-sustentáveis
as suas actividades”, realçou
o coordenador das escolas de
campo no Bié.
Ainda sobre o processo de
alfabetização nas escolas de
campo, o responsável disse
que o mesmo está sob tutela da
ADPP, que nas áreas agrícolas
vai proceder as medições, tipo
de terra, fertilizantes a serem
usados entre outras acções.
Figueiredo Lourenço anun-
ciou ainda, a abertura de uma
formação para formadores
de mestres com uma duração
de quatro meses no centro do
Ongo, município de Catabola.
produção
Biocom poupa milhões
Produção permitiu à empresa poupar
cerca de usd 170 milhões nos últimos quatro anos
A Companhia de Bioenergia de
Angola (Biocom) permitiu o país
poupar, de 2015 a 2018, cerca de
170 milhões de dólares norte-ame-
ricanos, com a produção nacio-
nal de açúcar e etanol, disse o
director de produção da empresa,
Ricardo Guerra.
O gestor disse que com a pro-
dução de açúcar e etanol na ordem
dos 55 e 50 por cento, respectiva-
mente, o país poupou tais valo-
res que seriam empregues na
importação, caso não fosse pro-
duzido no país.
Fez saber que, em 2020, prevê-
-se uma poupança de divisas na
ordem dos usd 80 milhões, com a
produção local de 110 mil tonela-
das de açúcar (mais 37 em relação
a 2018) e 19 mil metros cúbicos de
etanol neutro (mais dois mil), oito
A produção de açucar em 55 por cento possibilitou o aumento de poupança
À beira da falência
Peskwanza sem fôlego
Falta de meios técnicos pode levar a empresa
a paralisar as actividades dentro de pouco tempo
A Empresa Nacional de Pesca
Industrial (Peskwanza), locali-
zada na cidade do Porto
-Amboim, província do Cuanza
Sul, está à beira da falência, por
falta de meios financeiro, técnico
e de infra-estruturas.
Segundo o director-adjunto
da firma, Januário Raul João,
que falava à imprensa após uma
visita de constatação efectuada
sábado pela ministra das Pescas
e do Mar, Maria Antonieta Bap-
tista, actualmente a empresa
está sem embarcações, todas
deterioraram-se.
A Peskwanza contava com 14
barcos, dos quais sete de arrasto
com capacidade de 250 toneladas
cada, cinco de mariscos diver-
sos e o restante de cerco de 250
toneladas cada.
Disse que a empresa come-
çou a decair no ano 2000, e hoje
atravessa uma situação muito
crítica do ponto de vista econó-
mico e financeiro, sem contudo,
avançar o valor necessário para
colmatar os problemas.
Os encargos administrati-
Economia & Finanças
mil e 500 dos quais serão expor-
tados para a França e Suíça.
Falando no último fim-de-
-semana à margem de uma
visita do governador provin-
cial, Norberto dos Santos “Kwata
Kanawa”, ao empreendimento, o
responsável adiantou que, com
esta exportação a Biocom vai
encaixar 3,5 milhões de dólares
norte-americanos, o que vai con-
tribuir igualmente para o país
obter divisas, bem como reforçar
a tesouraria da empresa.
Acrescentou que para além
de açúcar e etanol, a companhia
perspectiva ainda durante a
safra/2019, a produção de 55
megawatts de energia eléc-
trica, que vai representar um
aumento de 34 megawatts em
relação ao ano transacto.
edições novembro
vos e financeiros são suportados
através do aluguer, a empresas
privadas, das suas licenças de
pesca, e que permite pagar salá-
rios aos 81 trabalhadores exis-
tentes, dos 400 que já teve.
A empresa necessita de túneis
de congelação com capacidade
de 15 toneladas, duas câmaras
de conservação com capacidade
de 150 toneladas, bombas de suc-
ção de água salgada, para a lava-
gem do peixe e fábrica de gelo
em escama entre outros.
dr
A empresa está sem embarcações
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
Governo investe 80 milhões
de euros no Pólo de Fútila
Depois de três anos sob a gestão da empresa Benfim o Governo Central aposta
na aceleração das obras das infra-estruturas para alavancar a economia da região
Este é o estado actual das infra-estruturas do pólo que brevemente vai beneficiar de obras de restauração
Joaquim Suami
em Cabinda
O
Governo Central, atra-
vés do Ministério da
indústria, vai inves-
tir durante este ano,
80 milhões de euros,
com fundos da linha de crédito
da China, para construir, em 12
meses, as infra-estruturas bási-
cas da primeira fase do pólo indus-
trial de Fútila.
Na primeira fase, com uma
extensão de 112 hectares, vão
ser construídas infra-estruturas
como estradas, rede de abaste-
cimento de água e energia, edi-
fícios administrativos, esgotos
para águas residuais e pluviais,
iluminação pública, comunica-
ção, estação de tratamento de
água potável, instalações para
Usd 450 milhões para empreitadas no leste
Quatrocentos e cinquenta
milhões de dólares norte-ame-
ricanos é o valor disponível
pelo Ministério da Construção
e Obras Públicas para finan-
ciar as obras de reabilitação
da Estrada Nacional 230, no
percurso Malanje/Lunda Sul.
A infor mação foi avan-
çada terça-feira pelo minis-
tro da Construção e Obras
públicas, Manuel Tavares de
Almeida, referindo que os pro-
jectos devem obedecer a cri-
térios de qualidade técnica
que atendem às necessidades
das populações para horizon-
serviços de bombeiros e infra-
-estruturas de apoio às empre-
sas industriais.
O secretário de Estado da
indústria, Ivan Magalhães do
Prado, que trabalhou em Cabinda
para avaliar “in-loco” o espaço
físico do parque industrial e
para apresentação às autorida-
des locais do novo director-geral
do Instituto do Desenvolvimento
Industrial de Angola (IDIA), e
da nova comissão instaladora
do pólo de Fútila, referiu que o
Executivo Central está a traba-
lhar arduamente na aceleração
do arranque das obras da pri-
meira fase do empreendimento.
Ivan Magalhães disse que
apesar do pólo estar muito tempo
parado, o Governo angolano está
empenhado em arrancar com as
obras das infra-estruturas, por
isso, segundo adiantou, o pro-
tes temporais, pelo que tais
acções devem reflectir-se nas
estradas, pontes, edificações e
outras infra-estruturas públi-
cas em execução ou a execu-
tar no país.
Na sua óptica, a vida útil de
uma infra-estrutura depende da
sua manutenção e conservação,
para além da qualidade do pro-
jecto e na sua execução.
O ministro afirmou que estão
igualmente em curso os projec-
tos de viabilidade para o desas-
soreamento dos rios Luena e
Muangueje, nas províncias do
Moxico e Lunda Sul.
José Suares
jecto está a ser negociado entre
o Ministério das Finanças e as
autoridades chinesas para que
seja executado no quadro da
linha de crédito da China.
De acordo com o secretário de
Estado da Indústria, o Governo
Central e local estão cientes que as
obras da etapa A do pólo vão arran-
car ainda este ano, porque segundo
ele, o objectivo do executivo é desen-
volver a economia da província de
Cabinda para deixar de depender
da exploração petrolífera.
Sublinhou que a comissão ins-
taladora tem a missão de fazer
a gestão do parque industrial e
direccionar as empresas que vão
ser instaladas no pólo, referindo
que, apesar do empreendimento
não ter ainda infra-estruturas
concluídas, as empresas podem
instalar-se e começarem com as
suas actividades.
}
estão em curso
projectos de
viabilidade para
desassoreamento
dos rios Luena
e muangueje
infra-estrutura
Energia eléctrica
Quanto à corrente eléctrica,
situação que tem inquietado
as empresas industrias a ins-
talarem-se no pólo de Fútila,
o secretá rio de Estado da
indústria avançou que o pro-
blema está a ser resolv ido
com o Ministério da energia
e águas para que as organi-
zações possam funcionar sem
sobressaltos.
“A cor rente eléct r ica é
um dos pontos debatidos no
encontro com o governador de
Cabinda, e há um mês traba-
lhamos com o Ministério da
energia e águas para tratar
desta situação. No local existe
uma subestação de energia e
o nosso objectivo é colocá-lo
para dentro do pólo e juntá-lo a
uma outra existente, para per-
mitir que as empresas benefi-
ciem da corrente eléctrica sem
dificuldades”, indicou.
Criado em 1996 pelo Governo
Central, o projecto do pólo de
desenvolvimento do Fútila
tem como objectivo desenvol-
ver economicamente a provín-
cia de Cabinda, aproveitando
as valências da actividade de
exploração petrolífera.
Localizado na comuna de
Malembo, numa área de 2.344
hectares, a infra-estrutura pos-
sui três fases.
A primeira está destinada à
construção de infra-estruturas
de apoio à actividade de explo-
ração petrolífera, enquanto as
fases subsequentes vão servir
para a construção de escolas,
hospitais, restaurantes, áreas
sociais e casas de baixa, média
e alta rendas.
O pólo de Fútila terá igual-
mente indústrias de asfalto,
estalei ros de const r ução
civil, fábricas de produtos de
aço, de consumo, químicos,
oxigénio, acetileno, metalo-
-mecânica e de tintas.
edições novembro
O desenvolvimento vai ao leste
23
xxxxxxxxx
Produção de pão terá menos custos
Padarias
melhores
servidas
Pré-misturas e misturas
de preparados em pó
já são produzidas no país
Padarias e pastelarias em
A ngola já adquirem, local-
mente, pré-misturas e mis-
turas de preparados em pó
para a produção de varieda-
des de pães, bolos e gelados,
que há menos de cinco anos
eram importados, informou
o gestor de projectos da Bia-
gio Industrial, Paulo Santos.
A empresa exporta, desde
2017 uma média de três con-
tentores, de 75 toneladas por
mês, da sua produção, para
vários países de África como
Cabo Verde, Gâmbia, Mali,
San Luís (Senegal). São Tomé
e Congo Brazzaville são as pró-
ximas apostas já em fase bem
avançada.
Em declarações à Angop,
Paulo Santos disse que, esse
ganho foi possível g raças
à aposta em indústrias de
fabrico de auxiliares tecno-
lógicos e produtos de padaria
e pastelaria.
“Grande parte destes produ-
tos eram importados, um facto
que influenciava no preço até
ao consumidor final, além das
poucas opções que se apre-
sentavam no mercado”, real-
çou a fonte.
A Biagio Indústria é uma
das empresas que apostou neste
segmento, investindo, inicial-
mente, mais de três milhões
de euros, para a instalação
de uma unidade fabril no par-
que industrial no município
de Cacuaco (Luanda), ocupando
mais de 30 mil metros qua-
drados.
No mercado desde 2014, a
Biagio Indústria, que produz
mais de 120 produtos diferen-
tes, distribuídos no mercado
profissional e doméstico, tem
uma produção que vai passar
de 2.500 para 9.500 tonela-
das/ano, antes do final do ano.
Em declarações à Angop,
o gestor de projectos da Bia-
gio, Paulo Santos disse que,
o incremento da produção será
feito com a entrada em funcio-
namento, ainda este ano, de
uma nova fábrica de chocolate.
24 INFRA-ESTRUTURA
investimentos
Chineses “assaltam”
agro-pecuária no Huambo
Empresários da Câmara de Comércio de Guang Dong da China manifestaram
interesse em cooperar com o governo da província para dinamizar a agricultura
Justino Victorino
no Huambo
A
agro-pecuária é,
além do comér-
cio, agricultura
e indústria, um
dos sectores em
que um grupo de
empresários chi-
neses, membros da Câmara Inter-
nacional do Comércio de Guang
Dong, manifestou interesse de
cooperar com o governo da pro-
víncia do Huambo com vista a
dinamizar a cadeia produtiva e
económica da região.
A intenção foi expressa por
William Wang durante um encon-
tro de que manteve com a gover-
nadora do Huambo, Joana Lina
Cândido, por considerar que “a
província possui solos aráveis e
recursos hídricos” pelo que, indi-
cou, “podem viabilizar a imple-
mentação de futuras parcerias
entre os empresários” angola-
nos e chineses.
O vice-presidente da Câmara
Internacional do Comércio de
Guang Dong avançou que, do encon-
tro mantido com a governadora e
empresários locais recebeu infor-
mações detalhadas, das potenciali-
dades da região do planalto central,
pelo que considerou as terras ará-
veis para qualquer investimento,
em grande escala, para desenvol-
ver actividade agropecuária.
A parceria entre os dois paí-
ses, explica William Wang, estará
substanciada em duas propos-
tas, sendo a primeira no ramo da
modernização da indústria, trans-
formação de produtos agro-pecuá-
rios e conservação, e a segunda
na agricultura, comércio, hote-
laria e turismo.
A China, disse o vice-presi-
dente, está disposta a disponibi-
lizar máquinas para viabilizar o
processo de transformação e con-
servação dos produtos do campo,
como a conservação do milho,
arroz, produção de leite, trans-
formação da carne, entre outros
derivados alimentícios, assim
como uma cooperação alargada às
áreas científica, recursos minerais
e transmissão do conhecimento.
A deslocação ao Huambo, real-
çou William Wang, serviu tam-
bém para estreitar as relações
de cooperação com as entidades
governamentais, de modo a faci-
litar o contacto com os empresá-
rios de diversas províncias da
China, sobretudo os de Guang
Dong, que lidera a produção local,
com 67 mil empresas associadas.
Em função das potencialida-
des constatadas, o vice-presidente
assegurou que, nos próximos tem-
pos, vai se trabalhar nos mecanis-
mos de reforço dessas intenções
para que os empresários chine-
ses possam materializar efecti-
vamente esta cooperação.
A Câmara do Comércio Interna-
cional da província de Guang Dong
conta com empresas que actuam
em diversos ramos. Por este facto,
o seu vice-presidente deslocou-se
ao Polo de Desenvolvimento Indus-
trial da Caála, onde estão imple-
mentadas 174 indústrias, entre
ligeiras, pesadas e médias, para
um diagnóstico. Passou ainda
Mbanza Kongo
Combustível ainda a conta-gotas
Os dois principais postos de abastecimento da província reabriram esta semana
Fernando Neto
Mbanza Congo
Contrariamente a aparente
melhoria que já se verifica no
abastecimento de combustível
em algumas regiões do país,
Mbanza Kongo continua a viver
as dificuldades de acesso aos
derivados do petróleo.
Numa ronda que o “JE” efec-
tuou nos principais postos de
abastecimento de combustível,
a situação continua a registar
uma azáfama de automobilis-
tas à procura de combustíveis.
Nas bombas da Pumangol os
cones que sinalizam a ausên-
cia do produto permanecem há
mais de vinte dias. Apenas na 5ª
feira última os cones foram reti-
pelas fábricas de concentrados e
frutas tropicais, para produção
de sumo, todas situadas na área
industrial da China, mas que,
nesta altura, estão paralisadas
devido a falta de financiamento.
Cooperação salutar
Baldílio Vaz considerou salutar a
iniciativa da Câmara do Comér-
cio Internacional da província
de Guang Dong em investir no
Huambo, reconhecendo que a
China está doptada de alta tec-
nologia e com uma vasta expe-
riência em diversos ramos da
edições novembro
Há azáfama devido à gasolina rara
rados para a venda exclusiva de
gasóleo. Os usuários da gasolina,
sobretudo os taxistas continuam
estagnados. A solução para os
taxistas é encomendar a gaso-
lina de municípios longínquos
edições novembro
Sector da agropecuária será
a grande prioridade dos investidores
indústria transformadora, agro-
-pecuária e agricultura.
A parceria com a China, na
óptica do chefe de Gabinete de
Comércio, Indústria e Recursos
Minerais da província do Huambo,
abre excelentes perspectivas no
relançamento das actividades
na região no âmbito do processo
de “diversificação da nossa eco-
nomia, com maior aposta no sec-
tor agrícola, de forma a garantir
a segurança alimentar e permi-
tir a criação de mais empregos,”
frisou, durante o encontro man-
tido com William Wang.
como o Nzeto, Soyo ou Luanda.
Uma fonte ligada à empresa
Pumangol que se escudou no
anonimato, disse que a referida
bomba de combustível recebeu a
semana passada, uma cisterna de
35 mil litros de gasóleo, quanti-
dade insignificante para satis-
fazer a actual demanda.
Para o normal funciona-
mento, a bomba de combustível da
Pumangol recebia diariamente,
sete cisternas de 60 mil litros
cada, quantidades que permitiam
desafogar a procura a nível da
cidade de Mbanza Kongo e não só.
As consequências da crise de
combustível não se fizeram espe-
rar. A direcção da referida empresa
ordenou o despedimento de deze-
nas de funcionários por falta de
lucros de produtividade.
Economia & Finanças
seca recebe
financiamento
O ministro das Finanças,
Archer Mangueira,garantiu
segunda-feira, na província do
Cunene, existir dinheiro sufi-
ciente para atender o plano de
emergência para mitigar os
efeitos da seca na região.
Durante a visita, Archer
Mangueira disse que, dos 3.9
mil milhões de kwanzas dis-
ponibilizados até ao momento
foram somente gastos 40 por
cento do total .
Assim sendo, realçou que
estão disponíveis 60 por cento
do valor global para acções de
emergências a fim de se acu-
dir a população afectada pela
seca. Por esta razão deslocou-
-se ao Cunene para agilizar
e dinamizar com o governo
provincial o uso dos recursos
existentes, em benefício dos
atingidos pela estiagem.
O ministro sublinhou que
os níveis de execução do plano
de emergência estão abaixo do
desejável, razão pela qual há
uma equipa do Ministério das
Finanças e técnicos locais a tra-
balharem no Cunene para que
as verbas autorizadas possam
ser utilizadas sem prejuízo do
que está definido por lei.
O governante reiterou um
maior engajamento de todos
os intervenientes no processo,
para que as acções programa-
das tenham de facto, o carácter
de emergência, a fim de miti-
gar o efeito da falta de àgua.
Por sua vez, o governador
do Cunene, Virgílio Tyova
disse que, as acções em curso
visam aumentar a capacidade
de resposta do processo de
capacitação, transportação,
distribuição e armazenamento
de água para as populações
nas zonas rurais, através de
camiões cisternas e coloca-
ção de reservatórios.
Nesta primeira fase, pre-
tende-se diminuir a distância
que as populações percorrem
para adquirir água, estimada
em 20/30 quilómetros
O secretário do governo do
Cunene, Domingos Wango, que
apresentou o quadro técnico
actual, disse que foram já adqui-
ridos dez camiões cisternas de
20 mil litros cada e 25 tanques
galvanizados de alta tempera-
tura, de 10 mil litros cada.
ja imagens
O momento exige solidariedade
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
projecto piloto
Caju entra na “dieta” do Bengo
O programa está orçado em 20 milhões de dólares e visa contribuir para a agricultura de subsistência
Pedro Bica, Libongos
O
município do Dande
província do Bengo,
acolhe o primeiro pro-
jecto piloto de plantação
do caju, implantado na
região dos Libongos, enquadrado
no âmbito do Programa de Desen-
volvimento da Cadeia de Valores
Agrícolas (PDCVA).
Lançado pelo secretário de
Estado para as Florestas, André
Moda realçou na ocasião que,
a escolha do Bengo é fruto dos
solos férteis nesta cultura, pois
tem algum histórico nesta prá-
tica agrícola.
Orçado em 20 milhões de dóla-
res norte-americanos, a iniciativa
visa contribuir para a evolução da
agricultura de subsistência para
uma produção de rendimento,
envolvendo agricultores familia-
res, em ligação com as unidades
de maior dimensão, através do for-
necimento de mudas melhoradas e
assistência técnica especializada.
Numa primeira fase estão
selecionados os municípios do
Ambriz e Dande, sendo que para
o Dande a fazenda possui um
total de 50 hectares, tendo como
mão de obra principal jovens da
localidade dos Libongos.
Fez saber que o programa teve o
seu início, em Cabinda com a imple-
mentação das culturas do Café,
Cacau e Palmares, sendo que para
o Caju a par do Bengo, Luanda está
igualmente contemplada.
O governante esclareceu
que, a escolha das províncias
IGAPE Mais actuante
Matadouro industrial de Camabatela consta da lista de privatizações
Programa visa rentabilizar as infra-estruturas por forma a servirem a economia e melhor atender o mercado de emprego
António Eugénio
O Instituto de Gestão de Acti-
vos e Participações do Estado
(IGAPE) vai realizar breve-
mente um concurso público
para a venda de empreendimen-
tos agro-industriais, localiza-
dos em diversos pontos do país,
no âmbito do programa de pri-
vatização de alguns projectos
Segundo um anúncio daquela
instituição, publicado na edição
do dia 8 de Maio do (Jornal de
Angola), refere que numa pri-
meira fase serão abrangidos 13
empreendimentos.
Dentre eles constam o mata-
douro industrial de Camabatela
(Cuanza Norte), matadouro modu-
lar de Malanje, Fábrica de Proces-
samento de tomate e de banana
de Caxito, entreposto frigorí-
fico também daquela localidade.
}
Numa primeira
fase estão
seleccionados
os municípios
do dande
e do ambriz
foi em função das condições
dos solos, onde cada agricul-
tor vai trabalhar num hectare
e meio para retirá-lo de uma
agricultura de subsistência e
colocá-lo numa de renda.
“É preciso incutir às nossas
populações, que é importante aos
poucos, começar-se a praticar agri-
cultura de renda, pois diminui a
agressão às florestas e leva a orga-
nizar uma empresa”, alertou.
Para a província do Bengo, a
exigência do Ministério é que,
em cada município 50 agricul-
tores familiares organizados
estejam engajados, para poste-
rior apoio do Executivo.
Lembrou que a cultura do
Caju não requer muito esforço
e muito menos a presença efe-
tiva diária dos agricultores, por
isso, vale a pena investir, porque
actualmente no mercado interna-
cional o quilo custa dez doláres.
Deu a conhecer que está acau-
telada a venda dos produtos a um
A fábrica de latas do Dombe
grande (Benguela), fábrica de
processamento de tomate do
Namibe e o entreposto frigo-
rífico também daquela região,
fazem parte da lista.
O IGAPE inseriu também
nesta primeira fase o com-
plexo de silos da Caála na pro-
víncia do Huambo, o complexo
de silos da Ganda em Benguela
e o complexo de silos da Matala
na Huíla.
Segundo uma fonte da ins-
tituição, o objectivo é rentabi-
lizar as infra-estruturas, para
auxiliarem na diversificação
da economia e garantir o desen-
volvimento do país.
“Há muitos empresários inte-
ressados em aderir ao processo.
O processo deve começar no
princípio do próximo mês para
encontrar os que vão ficar com
os empreendimentos”, disse.
INFRA-ESTRUTURA 25
edmundo eucílio
Viveiro de caju está no Dande e o programa prevê distribuíção aos municípios do Ambriz e dos Libongos
consórcio, para que os produto- cial do Bengo para o Sector Polí- “Os nossos técnicos das
res não tenham dificuldades no tico, Social e Económico, António EDAS vão poder acompanhar os
escoamento, e consequentemente Martins coordena o grupo de tra- grupo de camponeses, agricul-
na venda, para poder ter sequên- balho local, que integra as admi- tores familiares e as fazendas
cia na sua actividade produtiva. nistrações dos dois municípios e fazendo monitoria até poderem
Alinhado ao Plano Nacional os gabinetes provinciais da Agri- ter os seus projectos consolida-
de Desenvolvimento (PND) para cultura, do Desenvolvimento Eco- dos”, informou.
o período 2018/2022, o projecto, nómico e das Infra-estruturas. A nton io Ma r ti ns d isse
financiado pelo Banco Africano O Caju é um produto que se ainda que, com estas premis-
de Desenvolvimento (BAD), visa tem valorizado cada vez mais no sas que estão a ser formuladas,
contribuir para o aumento da mercado internacional, daí que e com o engajamento dos pró-
segurança alimentar, e nutri- pensamos em apoiar os campo- prios agricultores no terreno,
cional, criação de emprego e de neses, sobretudo aqueles que já são por si provas evidentes de
riqueza nas províncias. estão organizados com mudas que teremos bons resultados
O vice-governador provin- de graça, assistência técnica. a curto e médio prazo.
Facilitador
O economista Francisco Mora Cam-
buta, reagindo à privatização disse
que, o Executivo assume-se como
um facilitador deste processo de
transformação, designadamente
através de melhoria do ambiente
de negócios.
Promovendo desta forma,
um funcionamento mais efi-
ciente do Estado e do Sistema
Judicial, a simplificação e inte-
gração do enquadramento legal
relativo à criação, desenvolvi-
mento e encerramento de empre-
sas, a regulação da concorrência
e dos mercados e a cooperação
empresarial.
Assim como, o incentivo a
estratégias empresariais foca-
das em novos modelos de negó-
cios e na promoção da qualidade,
na inovação, na melhoria da com-
petitividade e da produtividade e
na internacionalização. Infra-estruturas agrícolas passarão, brevemente, para a gestão privada
26
África
Investir em África”
mobiliza fórum
em Brazzaville
O objectivo deste evento que acontece de 10 a 12 de
Setembro é promover a diversificação das economias
africanas e a criação de empregos bem como atrair
investimento privado externo essencial para melhorar
o crescimento e o desenvolvimento dos Estados do
Encontro de Setembro vai juntar o Banco Mundial (BM), a China como co-organizadora e vários países convidados
U
mevento,desig-
nado “Fórum
Investir em
África”, rea-
liza-se de 10
a 12 de Setem-
bro próximo
em Brazzaville, soube a PANA
esta semana junto do Minis-
tério congolês das Finanças e
Orçamento.
O objectivo deste encon-
tro é promover a diversifica-
ção das economias africanas
e criar empregos, essenciais
para o futuro do continente,
de acordo com a fonte.Para o
efeito, o comité nacional de
organização do evento man-
teve em Brazzaville, uma ses-
são de trabalho com o Banco
Mundial (BM) e a China, co-
-organizadores do evento, com
vista a definir temas e sub-
temas, a logística, bem como
meios financeiros.
“O objectivo da nossa reu-
nião é entendermo-nos sobre
os temas a serem abordados
durante o fórum. Os cinco temas
a serem analisados durante o
fórum foram aceites, nomeada-
mente a parceria público-pri-
vada e o clima dos negócios”,
declarou a representante do BM
no Congo, Korotoumou Wattara.
Adiantou que este tema,
muito importante, tem ainda
como objectivo, atrair o inves-
timento privado de Á f rica
para acompanhar o Congo na
execução dos seus projectos
continente
estruturantes. “É importante
que se possa mostrar à África
toda, e a todos os participan-
tes que, o Congo representa
uma terra de investimentos e
de realização de grandes negó-
cios”, sublinhou a represen-
tante do BM.
No que diz respeito ao finan-
ciamento deste evento, os cus-
tos serão partilhados entre o
BM, o Congo e a China, cabendo
a este último maior responsa-
bilidade. Além das finanças, o
Banco Mundial dará igualmente
o seu apoio técnico para ajudar
o Congo a apresentar melhor
os seus grandes projectos. Um
apoio particular ao clima dos
negócios será dado, realçando
a determinação do país a fazer
da parceria público-privada
uma estratégia, disse.
Este encontro, acrescentou,
permitirá examinar meios para
suscitar parcerias e a coopera-
ção regional, a fim de apoiar os
objectivos de desenvolvimento
que a seu ver, são a diversifi-
cação económica e a criação de
empregos.
A primeira edição desta ini-
ciativa foi realizada em Julho
de 2015, em Addis-Abeba, na
Etiópia, sob o lema “Parcerias
para Acelerar Investimentos,
a Industrialização e Resulta-
dos em África”. As edições de
2016 e de 2018 ocorreram na
China ao passo que a de 2017
aconteceu em Dakar, no Sene-
gal, refere-se.
Mauritânia
aberta a ajuda
externa
Os programas e projectos finan-
ciados pela União Europeia (UE)
na Mauritânia representam
400 milhões de euros, segundo
um documento publicado esta
semana pela representação diplo-
mática europeia em Nouakchott.
Intitulado “Mauritânia/
União Europeia: Um Meio
Século de Cooperação”, o docu-
mento foi publicado por ocasião
da celebração do Dia da Europa,
quarta-feira, 9 de Maio corrente,
em Nouakchott. Esta coopera-
ção cobre os domínios do Estado
de Direito, de infra-estrutu-
ras, da saúde, da segurança ali-
mentar e do desenvolvimento
sustentável, com o objectivo
de melhorar as condições de
vida de todos os Mauritanos”.
AUEapoiaaexecuçãodaEstra-
tégiadeCrescimento Acelerado
e Prosperidade Partilhada
(SCAPP), referencial das polí-
ticas públicas até 2030, lê-se
no documento.
“A acção da UE visa contri-
buir para o crescimento a longo
prazo, encoraja a diversificação
da economia, o reforço do sector
privado e a criação de empregos,
com vista a reduzir as desigual-
dades e lutar contra a pobreza”,
diz o documento.
Parque automóvel aumenta
67,7 por cento em Cabo Verde
O parque automóvel em Cabo
Verde aumentou em cerca de
67,7 por cento em 13 anos,
com o número de viaturas
em circulação a passar de 34
mil e 838 veículos, em 2005,
para 72 mil e 455 em 2018,
apurou a PANA de fonte auto-
rizada, na cidade da Praia.
Segundo a directora-
-geral de Viação e Segu-
rança Rodoviária de Cabo
Verde, Dina Andrade, o cres-
cimento anual no período
em referência foi de 5,4
por cento, mas que, graças
a várias medidas legislati-
Número de carros é considerável
UE apoia Uganda
Governo ugandês recebeu de ajuda financeira externa 20 milhões de euros
A União Europeia (UE) desem-
bolsou 20 milhões de euros a
favor do Governo ugandês, a
título do apoio orçamental ao
exercício de 2018-2020, indica
um comunicado da Delegação
europeia no Uganda.
A verba faz parte duma soma
total de 66 milhões de euros
prometida pela UE ao Uganda
para este exercício financeiro,
de acordo com a nota, que subli-
nha que a última vez que a Dele-
gação da UE disponbilizou uma
ajuda ao Uganda, para o seu orça-
mento, foi em 2013. Desde 2013, a
UE disponibiliza a sua ajuda ao
Uganda por intermédio das suas
agências e de Organizações Não
Governamentais (ONG).
Esta decisão foi tomada na
sequência dum grande escân-
dalo de corrupção que implicava
a Primatura, relativamente
a fundos concedidos pela UE.
Os fundos concedidos pela UE
Economia & Finanças
vas implementadas, desde
2016, as viaturas em circu-
lação em todo o país encon-
tram-se em “bom estado” de
conservação.
Entre as referidas medi-
das leg islat ivas, Di na
Andrade destaca a isenção
de direitos na importação de
táxis, incentivos à importa-
ção de veículos de transporte
colectivo de passageiros e
veículos ligeiros destinados
ao transporte executivo, e
incentivos à importação de
veículos pesados de passa-
geiros para turistas.
dr
devem ajudar a lutar contra a
corrupção no Uganda.
Na declaração feita segunda-
-feira pela Delegação da União
Europeia em Kampala, Attilio
Pacifici (embaixador da UE no
Uganda), declarou que os fundos
em apreço foram desembolsados
“a título do acordo de financia-
mento para a reforma da justiça
e a prestação de contas...”.
Este programa visa melhorar
a governação dos fundos públicos
e a gestão do dinheiro dos contri-
buintes a fim de melhorar a pres-
tação dos serviços. Ele é executado
pelos sectores da justiça, da ordem
pública e da apresentação das con-
tas e deve reforçar as suas siner-
gias, declarou o diplomata.
Frisou ainda, que a decisão
de desembolso de fundos seguiu-
-se a um diálogo profundo entre o
Governo ugandês e a UE sobre os
progressos das reformas políticas
nos dois sectores envolvidos.
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
Instituto Nacional de Estatística (INE) e o Banco Central de Portugal mantêm expectativas positivas até o fim deste ano
Economia lusa creceu 1,8%
O
Instituto Nacional
de Estatística (INE)
revela que o PIB foi
impulsionado por
aumento do investi-
mento. Dados do Eurostat mos-
tram que o crescimento foi
superior à média europeia, mas há
13 países com resultados melho-
res, incluindo a Espanha.
A economia portuguesa cres-
ceu 0,5 por cento entre Janeiro e
Março, face ao trimestre ante-
rior, e 1,8 face ao mesmo período
do ano passado. Os dados foram
divulgados pelo Instituto Nacio-
nal de Estatísticas na estima-
tiva rápida do PIB.
“O contributo da procura
interna para a variação homó-
Trump, Putin e Jinping
vão sentar-se à mesma mesa
O Presidente dos Estados Unidos
da Amárica (EUA), Donald Trump,
disse esta semana que se vai reu-
nir com os seus homólogos da Rús-
sia, Vladimir Putin, e da China,
Xi Jinping, durante a cimeira do
G20 que vai decorrer em finais
de Junho no Japão.
O anúncio da reunião com Xi
coincide com a forte tensão entre
as duas maiores economias mun-
diais, após Trump ter ordenado
na última sexta-feira o aumento
das taxas alfandegárias de 10 a
25 por cento sobre cerca de 300
Donald Trump e Vladimir Putin e Xi Jinping juntos em finais de Junho no Japão
}
loga do PIB aumentou, reflectindo
uma aceleração significativa do
Investimento”, refere o INE. Já
o contributo da procura externa
líquida (diferença entre expor-
tações e importações) “foi mais
negativo do que o observado no
trimestre anterior”.
Na comparação com o mesmo
período de 2018, há uma melho-
ria ligeira face ao valor obtido
entre Setembro e Dezembro
(crescimento de 1,7 por cento
face ao período homólogo), mas
ainda não chega aos registos
do verão de 2018, em que o PIB
acelerou 2,1 por cento.
A estimativa rápida desta
quarta-feira ainda terá de ser
confirmada a 31 de Maio, altura
mil milhões de euros de produ-
tos importados da China.
Esta segunda-feira, Pequim
retaliou ao referir que aumentará
as suas taxas sobre as importações
de produtos dos EUA no valor de 60
mil milhões de dólares (cerca de 50
mil milhões de euros), a partir de
1 de Junho. “Vamos reunir-nos no
G20 no Japão e essa será prova-
velmente uma reunião muito fru-
tuosa”, afirmou Trump durante
um encontro na Casa Branca
com o primeiro-ministro hún-
garo, Viktor Orbán.
dr
DR
o contibuto
da procura
interna para
a variação
homóloga
do pib também
aumentou
significativamente
este trimestre
Greve em Bruxelas força
encerramento de espaço aéreo
Uma greve sem aviso dos con-
troladores aéreos no aeroporto
internacional de Bruxelas obri-
gou o encerramento do espaço
aéreo, ontem (16). Uma situa-
ção que decorre desde as pri-
meiras horas da manhã e que
se manteve até ao fim da tarde,
segundo adiantou no Twittter
o próprio aeroporto.
O Eurocontrol, que controla
o espaço aéreo europeu, foi avi-
sado só ao início da manhã,
apenas cerca de duas horas
antes da paralisação.
Esta greve surpresa está
já a ter consequências: a meio
da manhã tinham sido cance-
lados pelo menos 60 voos no
aeroporto de Bruxelas, sendo
que a paralisação também
está a afectar o aeroporto de
Charleroi, a Sul da capital. As
cadeias RTBF e V TM falam
em pelo menos uma dezena
de voos que não se realizaram
neste aeroporto.
“Esperamos uma greve com
impacto nos voos de passagei-
ros e de carga, operados no aero-
porto de Bruxelas”, indicou a
infra-estrutura de Charleroi na
sua página da internet. Adverte
desde já que é possível que haja
em que o instituto de estatísti-
cas dará mais pormenores sobre
os motores e os travões do cres-
cimento no primeiro trimestre.
O INE reviu ainda em uma
déci ma , o cresci mento do
PIB do primeiro trimestre de
2018, de 2,2 para 2,3 por cento,
mas sem alterar o resultado
do conjunto do ano.
Acima da média europeia
Os 19 países da zona Euro cres-
ceram em média 1,2 por cento
no primeiro trimestre, face ao
mesmo período do ano passado,
de acordo com os dados do Euros-
tat revelados esta quarta-feira.
No conjunto da União Europeia
(UE28) os valores são um pouco
melhores (1,5%), mas abaixo do
crescimento registado pela eco-
nomia portuguesa.
Alemanha (0,7%), França (1,1%)
e Itália (0,1%) têm subidas tími-
das, o Reino Unido tem o mesmo
crescimento de Portugal (1,8%) e
Espanha cresce bem mais (2,4%).
Os melhores resultados são obti-
dos pela Hungria (5,2%) e pela
Roménia (5,1%). Ainda não são
conhecidos os dados de oito paí-
ses, incluindo Grécia e Irlanda.
Na comparação face ao tri-
mestre imediatamente anterior,
a zona Euro cresceu 0,4 por cento
e a União Europeia 0,5, o mesmo
valor registado em Portugal.
O Banco de Portugal man-
teve as projecções para a eco-
nomia portuguesa: 2018-2020
que havia divulgado em Dezem-
bro de 2017 em alguns dos indi-
cadores fundamentais, desde o
PIB. De facto, tal como no final
de 2017, as previsões económi-
cas 2018, 2019 e 2020 feitas na
primavera de 2018 apontam
para um crescimento do PIB de
2,3, 1,9 e 1,7 por cento nos três
anos, respectivamente.
DR
Greve já provocou 60 cancelamentos
“atrasos, anulações e atrasos
das chegadas” ao longo de todo
o dia, apesar de esta greve ter
sido convocada para apenas a
parte da manhã.
O aeroporto pede aos pas-
sageiros cujos voos foram can-
celados, a contactarem com as
respectivas companhias, para
obterem mais informações e
aconselha a não se desloca-
rem ao aeroporto para evita-
rem aglomerações.
mundo 27
DR
CEO da SEAT Luca de Meo
SEAT em
crescimento
acelerado
O ano de 2018 terminava
com excelentes notícias
para a SEAT: Luca de Meo, o
presidente da marca, anunciava
orgulhosamente que as suas
vendas atingiam os valores
mais altos da sua história. Sim,
desde 1950, o ano em que
a empresa foi fundada, que
não se chegava a números
deste calibre: o sexto ano
consecutivo de crescimento de
vendas e o maior número de
unidades entregues a clientes.
Num mercado algo fragilizado, a
SEAT seguiu uma estratégia de
reforço e renovação da gama de
modelos, apoiada na aposta do
departamento de investigação
e investimento, para onde
canalizou 1.223 milhões de
euros. A apresentação de
resultados não deixava assim,
margem para dúvidas: em 2018
a marca atingiu 9.991 milhões
de euros, um crescimento
de 4,6 por cento face ao ano
anterior, resultando em lucros
– contabilizados depois de
impostos – na ordem dos 294
milhões de euros.
Portugal é também um
país querido para a marca,
já que a SEAT registou um
crescimento de 17 por cento
nas vendas em relação
ao ano passado (9.607
automóveis entregues).
Embora o mercado tenha
crescido “apenas” 2,8 por
cento, este valor corresponde
a uma penetração de
mercado de 4,2, o que
significa uma subida em
relação aos 3,7 cento do ano
2017. Desta forma, Portugal
apresenta-se como um dos
mercados que mais cresceu,
em termos internacionais,
contribuindo para o
crescimento global da SEAT.
A par de uma estratégia de
vendas global – que pensa
igualmente nas idiossincrasias
dos mercados locais –
a marca tem apostado
no reforço da sua gama,
(principalmente no segmento
dos SUV), para construir o seu
edifício de sucesso.
28
consultoria
Imposto sobre valor acrescentado (IVA)
Regime Geral ou Transitório
A
prox i ma-se
a entrada em
vigor do Imposto
sobre o Valor
Acrescentado
José Luís Magro (IVA). Os gran-
Consultor fiscal
des contribuin-
tes de acordo com o nº 2 do artigoº
3º da introdução do IVA são obri-
}
gatoriamente enquadrados no
regime geral e os restantes con-
Devem durante tribuintes desde que tenham um
volume anual de negócios ou de
o período operações de importação supe-
rior ou equivalente a Usd 250 mil,
transitório, que serão convertidos em kwan-
zas por aplicação da taxa média
efectuar a anual de venda do Banco Nacio-
nal de Angola (Nº 2 do artigo 4º
actualização do preâmbulo da Lei 7/19) pode-
rão optar pelo regime geral ou
do cadastro para os anos de 2019 e 2020 pelo
regime transitório.
previsto no
Assim, estes últimos contribuintes
Código do Imposto terão de analisar se preenchem
os requisitos do artigo 62º para a
Sobre o Valor adesão ao regime geral que são:
a) Possuir contabilidade orga-
Acrescentado, nizada e cadastro actualizado no
sistema do Registo Geral de Con-
através da tribuintes;
b) Não possuir dívida fiscal
submissão e aduaneira;
c) Possuir os meios adequa-
electrónica dos para a emissão de facturas
ou documentos equivalentes atra-
de dados, da vés de sistemas de processamento
de dados, nos termos do disposto
correspondente no respectivo Regime Jurídico;
d) Possuir os meios adequa-
declaração de dos para a submissão, por trans-
missão electrónica de dados,
início de actividade das declarações fiscais a que
se encontre sujeito, bem como
os elementos da sua facturação
e contabilidade, nos termos da
legislação aplicável.
Depois de verificados os
requisitos, e estando em condi-
ções de optar pelo regime geral,
terão de cumprir as obrigações
do artigo 32º que, além da obri-
gação de liquidação e pagamento
do imposto, são as seguintes:
a) Entregar a declaração de
início, de alteração ou de cessa-
ção da sua actividade, nos termos
dos artigos 43º, 45º e 46º;
b) Emitir uma factura ou
documento equivalente por cada
transmissão de bens ou presta-
ção de serviços, nos termos do
artigo 34º;
c) Entregar mensalmente a
declaração periódica e seus ane-
xos relativamente às operações
efectuadas no exercício da sua
actividade no decurso do mês
precedente, com a indicação do
imposto devido ou do crédito exis-
tente e dos elementos que servi-
ram de base para o seu cálculo,
nos termos do artigo 44º;
d) Dispor de contabilidade
adequada ao apuramento e fis-
calização do imposto, nomeada-
mente através do cumprimento
das obrigações previstas nos arti-
gos 38º a 42º;
e) Entregar os anexos de regu-
larizações, bem como os demais
anexos da declaração periódica,
cujos modelos são aprovados,
nos termos do Código Geral Tri-
butário, sempre que houver rec-
tificações a fazer nos termos dos
artigos 48º e 49º do presente
Código.
Aos contribuintes abrangidos
por este regime, ainda se aplica
o seguinte:
1 - Estão isentos de Imposto de
Selo, relativamente à verba 23.3
da tabela do Imposto de Selo (nº
1 do artigo 7º da introdução do
IVA) que refere “Recibo de qui-
tação pelo efectivo recebimento
de créditos resultantes do exer-
Como exemplo:
A nível de contabilização, pegando na proposta de contabilização tem-se:
3 - Para efeitos do disposto
no número anterior, o volume de
negócios corresponde ao mon-
tante efectivamente recebido
das vendas efectuadas e ou ser-
viços prestados, com excepção
das operações isentas ao abrigo
do Código do Imposto Sobre o
Valor Acrescentado.
4 – Terão de submeter uma
declaração simplificada, por
transmissão electrónica de dados,
até ao último dia do mês seguinte
àquele a que respeitam as opera-
ções dos três meses anteriores.
5 – Terão de aplicar as regras
de liquidação e pagamento do
regime geral de tributação quando
adquiram serviços a prestado-
cício da actividade comercial ou
industrial, em dinheiro ou em
espécie, com excepção dos resul-
tantes exclusivamente do arren-
damento habitacional feito por
pessoas singulares”.
2 - Nas transmissões de bens
em que tenham suportado o
Imposto de Consumo, não devem
incorporar ao preço de venda dos
bens o Imposto de Consumo, ape-
nas o IVA (nº 1 do artigo 9º da
introdução do IVA).
Não preenchendo os requisi-
tos do artigo 62º, os contribuintes
estão sujeitos a uma tributação
simplificada que se rege pelas
seguintes regras constantes no
artigo 5º do preâmbulo da Lei 7/19:
1 - Proceder ao pagamento do
imposto trimestralmente nos
meses de Abril, Julho, Outubro
res não residentes, estando estas
regras reguladas na incidência
subjectiva, na alínea d) do nº 1 do
artigo 4º conjugada com o nº 2 do
artigo 29º que refere: “o imposto
é devido por esse mesmo adqui-
rente, relativamente a presta-
ções de serviços localizadas no
território nacional, nos termos
do artigo 10º, quando o presta-
dor de serviços seja um sujeito
passivo não residente, e não dis-
ponha de um estabelecimento
estável em território nacional”.
6 - Os serviços referidos no
número anterior correspondem aos
efectivamente pagos e sujeitam-
-se à metade da taxa do Imposto
Sobre o Valor Acrescentado.
Economia & Finanças
e Janeiro do ano seguinte.
2 - O imposto a que se refere
o número anterior é apurado
mediante aplicação da metade
da taxa do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado sobre o volume de
negócios respeitante aos três
meses anteriores, com direito à
dedução, até ao limite de 4% do
imposto suportado nas suas aqui-
sições de bens e serviços que cons-
tem do mapa de fornecedores a que
se refere o nº 4 do artigo 4º e que
deve conter as operações efectua-
das no mês anterior, sempre que
adquiram bens e serviços a sujei-
tos passivos do regime geral do
imposto, bem como a prestadores
de serviços não residentes e deve
ser submetido até ao último dia
dos mês seguinte por transmis-
são electrónica de dados.
7 - Não é concedido reembolso
sempre que o montante da dedu-
ção a que se refere o nº 2 seja supe-
rior ao imposto apurado, caso em
que a dedução é efectuada nos
períodos de impostos seguintes
até ao fim do período transitó-
rio, considerando-se definitivo
o imposto suportado.
Aplica-se ainda a estes contri-
buintes a regra que consta no nº 3
do artigo 6º do preâmbulo da Lei
7/19 e que refere: “Devem durante
o período transitório, efectuar
a actualização do cadastro pre-
vista no Código do Imposto Sobre
o Valor Acrescentado, através da
submissão electrónica de dados,
da correspondente declaração de
início de actividade”.
Aos contribuintes abrangidos
por este regime, ainda se aplica
o seguinte:
Estão isentos de Imposto de
Selo, relativamente à verba 23.3
da tabela do Imposto de Selo (nº
1 do artigo 7º da introdução do
IVA) que refere “Recibo de qui-
tação pelo efectivo recebimento
de créditos resultantes do exer-
cício da actividade comercial ou
industrial, em dinheiro ou em
espécie, com excepção dos resul-
tantes exclusivamente do arren-
damento habitacional feito por
pessoas singulares”.
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
A má qualidade no atendimento pode provocar a ira do consumidor
O Consumidor nos Objectivos
de Desempenho das empresas
A importância relativa dos objec-
tivos de desempenho sobre qual-
quer operação produtiva sofre
influências diferentes e três
factores são especialmente
importantes na determinação
dos objectivos de desempenho.
São eles:
As necessidades específi-
cas dos grupos de consumido-
res da empresa.
As actividades dos concor-
rentes da empresa.
O estágio do ciclo de vida
do produto.
De todos os aspectos que
influenciam a prioridade que
uma organização dá aos seus
objectivos de desempenho, os
mais imediatos são os dos con-
sumidores da organização. A
produção procura satisfazer os
clientes, desenvolvendo cinco
objectivos de desempenho.
Se os consumidores valo-
rizam especialmente produ-
tos e serviços de baixo preço,
a produção dará ênfase ao seu
desempenho em custos. Se os
consumidores insistirem em
produtos ou serviços isentos
de erros, a produção concen-
Métodos frequentes de Custeamento do Produto
O método de custeamento define
os tipos de gastos que devem for-
mar o custo de cada produto ou
serviço, assim como os critérios
para a apropriação desses gas-
tos a cada unidade produzida.
O método mais conhecido e uti-
lizado é chamado “Custeio por
Absorção” ou “Custeio Pleno”,
mas as necessidades empre-
sariais favoreceram o sur-
gimento de muitos métodos,
descritos a seguir:
Custeio por Absorção ou
Custeio Pleno - É baseado na
classificação de custos em
directo e indirecto. Todos os
custos de produção são incluí-
dos no custo do produto para
a determinação dos stockes e
do resultado. Os gastos reali-
zados fora do processo produ-
dr
trará o seu desempenho na
qualidade. A ênfase dos con-
sumidores em entrega rápida
tornará o critério velocidade
importante para a produção,
ao passo que ênfase em confia-
bilidade de entrega tornará o
critério confiabilidade impor-
tante. Se os consumidores
esperam produtos e serviços
muito inovadores, a produção
deverá proporcionar alto grau
de flexibilidade para conseguir
inovar para os seus consumi-
dores antes dos concorrentes.
Analogamente, se uma ampla
gama de produtos e serviços
for exigida, a produção preci-
sará de ser suficientemente
flexível para prover a neces-
sária variedade sem custo
excessivo.
Os factores que definem as
exigências dos clientes são cha-
mados: factores competitivos
ou factores críticos de sucesso.
Os clientes têm claramente
uma influência importante
na prioridade dos objectivos
de desempenho de uma ope-
ração produtiva, mas não são
os únicos.CC
tivo são considerados despesas.
Custeio Directo ou variável -
Este método de custeio classifica
os custos em fixos e variáveis.
Todos os custos que se alteram
conforme a variação na quan-
tidade são incluídos no custo
do produto para determinação
dos stockes. Os custos fixos, ou
seja, aqueles que não se alteram
quando a produção é aumentada,
são lançados directamente na
demonstração de Resultados do
período como despesas.
Custeio Padrão - Determina
o custo estimado para os pro-
dutos e posteriormente, com-
para com o realizado. O custo
realizado deve corresponder ao
previsto, sendo as causas das
divergências analisadas, objec-
tivando melhorias contínuas.
Valor do psicodrama
nas organizações
O método tem se mostrado valioso na mobilização de recursos criativos,
minimização de conflitos e melhoria do clima e qualidade de vida
A técnica facilita o aprimoramento de habilidades interpessoais como comunicação, colaboração e autocontrolo
Carlos Cardoso
A
s empresas têm reco-
nhecido que a busca
da excelência é uma
questão de sobrevi-
vência. Por isso, bus-
cam investir na qualificação do
seu quadro de profissionais, por
reconhecerem-no imprescindí-
vel para o alcance do diferen-
cial competitivo.
Sabe-se hoje, que o traba-
lho em equipa, o controlo e a
inteligência emocional são os
grandes desafios do mundo
moderno. É importante que
os funcionários e gestores
saibam transitar com desen-
voltura pelos diversos papéis
que precisam desempenhar.
Quanto melhor o desempenho,
maiores serão as hipóteses da
empresa no mercado.
O p s ic o d r a m a v e m à s
organizações como forma de
agregar valores, pois a sua
actuação realiza-se no aqui e
}
O procedimento
mais conhecido
é o Custeio por
Absorção
Custeio Baseado em Activi-
dades - Foi desenvolvido com a
premissa de que são as activi-
dades da empresa que conso-
mem os recursos, sendo assim
os custos indirectos apropriados
às actividades e posteriormente
direccionados aos produtos.
Trata-se de uma importante evo-
lução metodológica na determi-
nação e análise dos elementos
agora, uma vez que visa a com-
preensão do comportamento
actual e a sua explicação.
Ele não interpreta situações,
mas procura criar condições para
que os fenómenos organizacionais
ocorram de forma espontânea por
meio de jogos empresariais e de
dinâmicas de grupo.
A dramatização ocorre nos
contextos: dramático, social e
grupal com o apoio dos seguin-
tes instrumentos: cenário,
protagonista, director, ego,
auxiliar e auditório.
Técnicas dramáticas são
aplicadas em diferentes áreas.
Nas organizações, elas podem
ser utilizadas em treinamento,
desenvolvimento e selecção de
profissionais, com o objectivo
de mobilizar recursos cria-
tivos, minimizar conflitos
grupais e melhorar o clima
e a qualidade de vida. É um
método eficiente para evi-
denciar defesas conscientes
e inconscientes das pessoas.
Por intermédio do psicodrama
Os métodos de custeio dos produtos integram a contabilidade de custos
que compõem os custos de um
produto ou serviçwwo.
Custeio RKW - É uma meto-
dologia alemã, cuja caracte-
rística principal é ratear aos
gestão 29
dr
é possível a pessoa conhecer
suas emoções, reconhecer os
sentimentos no momento em
que surgem e administrá-los.
O método psicodramático
utilizado no contexto orga-
nizacional possibilita vivên-
cia e reflexões que favorecem
o autoconhecimento, o desen-
volvimento de aspectos moti-
vacionais e a autoconfiança
do profissional. Além disso,
facilita o aprimoramento de
habilidades interpessoais,
tais como colaboração, comu-
nicação, autocontrolo e empa-
tia, além do reconhecimento
da importância do seu papel,
como membro da empresa, para
o cumprimento dos objectivos
organizacionais e da quali-
dade do ambiente de trabalho.
Vale lembrar que a aplicação
do psicodrama nas empresas,
requer um contexto, um tema e
um profissional preparado para
aplicar a técnica e trabalhar com
questões surgidas para que não
fiquem questões mal resolvidas.
dr
produtos todos os custos e des-
pesas. Assim, o custo final do
produto inclui os gastos para
produzir e vender, incluindo
administrar e financiar. CC
30
lazer
Economia & Finanças

Exposição

Angola na Feira
Internacional de Arte
contemporânea em Lisboa
Artistas angolanos expõem talento e capacidade criativa no evento

N
u m g r upo selec-
cionado de 70 can-
didatos, a galeria
angolana THIS IS
NOT A WHITE CUBE
(TINAWC) marca presença na
Feira Internacional de Arte Con-
temporânea “ARCO LISBOA”,
que acontece de 16 a 19 de Maio
na Cordoaria Nacional em Lis-
boa. A presente edição apresenta
como novidade a secção ÁFRICA
EM FOCO, um espaço que a feira
assume como ponto de partida na
singular posição internacional de
Portugal na encruzilhada entre
África e a Europa. A secção tem
como curadora a angolana Paula
do Nascimento.
O representante angolano
marcará presença na secção
principal do evento, com um
espaço de 24m2, no qual apre-
senta quatro artistas africanos
Januário Jano e Cristiano Man-
govo ( Angola), Gonçalo Mabunda
( Moçambique) e Patrick Bon-
goy ( República Democrática
do Congo)- com obras de pin-
tura, fotografia, escultura e
instalação. Na sequência da sua
representação nesta edição da
ARCO Lisboa, a THIS IS NOT A
WHITE CUBE reforça a sua par-
ticipação na feira com um pro-
jecto expositivo mais extenso,
através do comissionamento de
um programa paralelo da ARCO
-“Spaces in Between”- uma mos-
tra colectiva internacional que
reúne 14 artistas, de oito paí-
ses africanos e da diáspora, em
linha com os temas de focagem
da ARCO Lisboa 2019, explorando
as áreas de pesquisa, criação e
coleccionismo africano. “Spaces
in Between” integra uma plu-
ralidade de media e estéticas,
de artistas de diversos países
africanos, na maioria, artis-
tas conceituados com percurso
internacional relevante.

Cinema

Filmes angolanos apresentados

Zaire projecta
Festi-Kongo
A cidade de Mbanza Kongo na
província do Zaire será palco no
mês de Julho do ano corrente,
da primeira edição do Festival
Internacional da Cultura e Artes
( Festi-Kongo). A informação foi
avançada à imprensa na quarta
feira ( 15) pelo governador provin-
cial Pedro Júlia. De acordo com
o governante, estão já em curso,
na cidade, acções para melhora-
mento do aspecto de pontos histó-
ricos que poderão receber visitas
de turistas nacionais e estran-
geiros. Mbanza Kongo ostenta
actualmente a categoria de Patri-
mónio Cultural da Humanidade,
em cuja lista da UNESCO foi ins-
crita a 08 de Julho de 2017.
A realização regular do Festi-
-Kongo é uma das exigências do
organismo das nações Unidas para
a Educação, Ciência e Cultura.
no festival que reúne lusófonos
Os filmes “ O mambo” e “ Início
do Fim” concorrem na 10ª edição
do Festival do Cinema Itinerante
de Língua Portuguesa ( FESTin),
que teve início na passada quarta
feira (15) em Lisboa, nas catego-
rias de curta-metragem e docu-
mentário respectivamente.
O Mambo, produzido na pro-
víncia da Huíla, é um filme de
acção, comédia e mistério, onde
os personagens dão vida a uma
insana odisseia de voltas e con-
travoltas, perseguições e reve-
lações, andando atrás de uma
mala especial e mágica cujo
conteúdo desperta a cobiça.
Realizado por Nuno Barreto,
o filme representa tudo aquilo
que desperta em cada humano
a perseguição e vontade des-
mesurada pela posse de algo.
O realizador fundou em 2014 a
produtora huilana “Filmes Sem
Futuro” (FsF), com o objectivo
de elaborar experiências cine-
matográficas com a comunidade
artística do Lubango, e em par-
ticular, com os grupos de Teatro
da cidade. O filme vai concorrer
na sua categoria com o filme por-
tuguês “ Casa Amarela”, reali-
zado por Ana Lopes,“Avesso”,
de Francisco Colombo, “A via-
gem de Ícaro” (Brasil/Kaco
Olímpio),entre outros.
Com realização de Francisco
Gonçalves, o documentário “ Iní-
cio do Fim “, aborda o momento
político em Angola depois das
eleições de 1992.
Francisco Júnior Gonçalves
é realizador e produtor indepen-
dente. Trabalha na TPA (Televi-
são Pública de Angola) há mais
de 20 anos, onde começou como
redactor repórter e é actualmente
director de programas. Na sua
Duas obras angolanas marcam presença na montra do cinema lusófono
categoria, o documentário terá
entre os concorrentes “ Lusófo-
nas”, realizado pela brasileira
Carolina Paiva “ Marias da Sé”
do português Filipe Martins.
Os filmes participantes da
Selecção Oficial do FESTin, que
decorre desde 15 e se estende até
23 deste mês, são de língua por-
tuguesa, sendo que abrangem as
categorias de longas-metragens,
documentários, curtas-metra-
gens e infanto-juvenil.
dr
xzzxzxz xzxzxzxzxzxzxzxzxzxzxzx
Benguela
Fashion Week
Cerca de 40 estilistas apresen-
taram as suas criações na mais
recente edição do “Benguela
Fashion Week 2019” realizada
no passado final de semana na
cidade das “acácias rubras”, numa
noite memorável com direito
a um passeio pelo mundo das
cores, com peças exclusivas, de
estampas fortes e cores simé-
tricas que levaram o público ao
delírio. O evento prestigiado com
a presença da Miss Angola 2019
Ana Avião, contou com a parti-
cipação de estilistas locais e da
província de Luanda. Victoria
Garcia, mentora do projecto,
procurou apresentar um evento
requintado, com a participação de
marcas como Hassi de Oliveira e
Okenda Clothes by Adriana Ama-
ral. A atracção musical esteve
a cargo de Paixão e Júnior Py.
Sexta-feira, 17 de maio de 2019
lazer 31

Indústria Automóvel
Caviar
Citroën celebra centenário
Do Mar Cáspio Para marcar a data da celebra-
vem a iguaria ção do seu 100º aniversário,
a fabricante francesa revelou
Devido aos elevados um “concept” de nome 19_19,
que é uma referência ao ano
preços do caviar, o da sua formação.
mercado regulou-se Apesar das óbvias linhas
e uma variedade de clássicas da marca, o Citroën
19_19 é indubitavelmente um
substitutos e imitações carro voltado para o futuro,
foram desenvolvidas. com o interior inspirado numa
sala de estar. A ideia foi tentar
conferir conforto e um espaço
tão amplo quanto possível, des-
pindo as portas e os painéis de
qualquer botão, maçaneta ou
ecrãs. O 19_19, movido a ener-
gia eléctrica e com uma autono-
mia superior a 800 Km, sendo
capaz de atingir os 100 Km/h
em 5 segundos, integra igual-
mente inteligência artificial
que procura ajudar o condu-
tor e passageiros naquilo que
precisem. sendo um “ concept”
criado para celebrar o centená-
rio da marca, não há nenhuma
garantia que o carro venha a ver
a “luz do dia”. Segundo o Digi-
tal Trends, o carro funciona
como forma de mostrar os pla-
nos da empresa para o futuro.
dr

O
}

caviar é um alimento
considerado uma
iguaria de luxo, con-
sistindo em ovas de
esturjão não-fertili-
zadas, sem qualquer tipo de adi-
tivo, corante ou preservante. O
processo de transformação das
ovas não-fertilizadas e frescas
em caviar de qualidade é com-
plexo e delicado, pois as ovas
precisam de ser retiradas de
uma fêmea ainda viva, ime-
diatamente peneiradas, lava-
das, escorridas e salgadas num
tempo máximo de 15 minutos.
Estas ovas, consoante a sua qua-
lidade ( sabor, tamanho, consis-
tência e cor), atingem preços
entre 6.000 e 12.000€ o quilo,
no mercado europeu ocidental,
e estão associadas a ambientes
gourmet e de alta cozinha.
Entretenimento
Disney
As fêmeas de
procura
muitas espécies
de esturjão expansão
reproduzem-se A Walt Disney afirmou que
vai assumir o controlo total
apenas a cada do serviço Hulu em acordo
com a Comcast, uma medida
três ou quatro que visa aumentar a fatia no
mercado global de streaming
anos de vídeo, actualmente domi-
nado por empresas como a
Netflix. O acordo que atribui Modelo “concept19_19” marca a celebração dos 100 anos da Citroën.
a designação “caviar de...” são valor patrimonial mínimo
aqueles com que a maioria das de usd 27,5 bilhões ao Hulu,
pessoas está familiarizada e
pensa, erradamente, tratar-
permite a qualquer empresa
accionar uma venda ou com-
Duas telas para o lazer
-se de caviar. pra da participação de 33 dr

O esturjão é o maior peixe de porcento da Comcast para a A HP apresentou recentemente

água salgada do mundo depois
do tubarão-baleia, sendo o Mar
Cáspio a região tradicional-
mente considerada como produ-
tora dos melhores caviares. Um
esturjão pode demorar entre
seis a 25 anos para atingir a
maturidade sexual e as fêmeas
de muitas espécies deste peixe
reproduzem-se apenas a cada
três ou quatro anos.
Devido aos elevados preços
do caviar, bem como o facto de
quase só poderem ser compra-
dos em lojas de especialidade,
toda uma série de substitutos,
sucedâneos e imitações foram
desenvolvidas para merca-
dos mais abrangentes, sendo
facilmente encontrados em
mercearias, supermercados
e hipermercados com preços
bastante módicos. Estes pro-
dutos, muitas vezes ostentando
Como comer caviar
O jeito mais clássico de comer
caviar na Rússia é em pequenos
sanduíches com pão branco e
manteiga. Outra maneira, prin-
cipalmente para o Ano Novo,
são ovos recheados com caviar.
Na tradição russa, o caviar
também é servido com panque-
cas ou como aperitivo para a
vodca, sendo outra opção acres-
centar caviar a uma salada ou
molho, ou usá-lo para decorar
um prato quente.
A maneira mais comum de
servir o caviar é com torradas,
ou au blinis (tipo de uma pan-
queca), sempre como aperitivo
ou entrada e jamais como um
jantar. Uma boa sugestão é ser-
vir com torradas cobertas com
manteiga e com limão corta-
dos bem finos para não preju-
dicar o sabor do Caviar.
Disney a partir de Janeiro de
2024. A saída da Comcast do
Hulu vai deixar a Disney sem
impedimentos para expan-
dir o escopo e o alcance do
serviço e assim combater
concorrentes como Netflix,
Amazon e Apple.
uma extraordinária novidade
para o universo gamer. Trata-se do
primeiro notebook dedicado aos
jogos, com duas telas do planeta.
Baptizada como HP OMEN X 2S,
a máquina possui visual arrojado
e recurso de ponta, com destaque
para um sistema de resfriamento
de metal líquido na sua CPU:
Além da tela principal de 15,6
polegadas, o HP OMEN x 2S traz
uma tela menor, de 6 polegadas,
localizada acima do teclado, o que
deve facilitar o consumo de con-
teúdo extra enquanto os jogos
acontecem no display princi-
pal. A ideia é permitir ao jogador
assistir a vídeos com instruções
e detonados sobre o título jogado
no momento ou ter acesso rápido a
serviços úteis ao longo da jogatina,
como Twitch, Spotify e Discord.

Flash

Apoio à Nayo Crazy
Puto Prata em Lyon
O músico aceitou o convite
da comunidade angolana da
cidade francesa para actuar
no dia 29 de Junho em apoio
à colega Nayo Crazy.
No Espaço Aplausos
Landrick presenteia fãs
O músico pretende
abrilhantar a noite de 08
de Junho com convidados
como: Noite e Dia,Anna
Joyce e Edmázia Mayembe.
Após 11 anos
Margareth em estúdio
A cantora está em processo
de gravação do próximo
disco intitulado “A Paixão
Tem Dessas” que deverá
comportar dez faixas.
Estrelas ao palco
Ary entre os jurados
A diva foi recentemente
convidada a integrar o
corpo de júris do concurso
juntamente com a também
cantora Ana Joyce.
Futebol
O Adeus de Casillas
Após sofrer AVC o guarda
redes deverá anunciar o
afastamento dos relvados
continuando entretanto
no Futebol Clube do Porto.
 Cartoon por CASIMIRO PEDRO em agenda

17 de Maio
ITEL FÓRUM reúne comunidade estudantil
O Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação
(MTTI) promove o ITEL FÓRUM, às 9h30, no auditório do ITEL,
sito no Bairro dos CTT KM 7, Parque do Saber, em Luanda.

22 de Maio
OGE revisto analisado em Plenária
A proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2019 revisto, com
despesas e receitas fixadas em 10,3 bilhões de kwanzas,vai à discussão
e votação, na generalidade, na 7.ª Reunião Plenária
Ordinária da Assembleia Nacional.

22 de Maio
Conferência sobre “Sustentabilidade das Reservas Internacionais”
O BNA realiza o evento, às 8h30, no Museu da Moeda com a presença
de especialistas nacionais e estrangeiros.

4 a 6 de Junho
Conferência “Angola Oil & Gas 2019”
O Centro de Convenções de Talatona vai acolher, de 4 a 6 de Junho,
a conferência “Angola Oil & Gas” 2019, que conta com o patrocínio
do Presidente da República, João Lourenço.

Mota Ambrósio | EDIÇÕES NOVEMBRO

breves
Inflação afrouxa caminhada
EDIÇÕES NOVEMBRO

Extorsão de dinheiro A taxa de variação do IPCN,

Governo denuncia chantagem
As autoridades angolanas qua-
lificaram nesta quinta-feira, em
Luanda, como “chantagem polí-
tica para extorsão de dinheiro”
todas as accões empreendidas
pela empresa americana África
Growth Corporation (AFGC),
que visam prejudicar os esfor-
ços do Executivo para recupe-
rar o seu bom nome e reputação
internacional. Em conferência de
imprensa, dirigida pelo ministro
da Justiça e dos Direitos Huma-
nos, Francisco Queiróz, e presen-
ciada pela sub-procuradora geral
da República, Eduarda Rodri-
gues, as autoridades angolanas
vincaram o seu posicionamento
em não ceder ao caso.
Reabilitação
450 milhões de dólares
Estrada nº 230 na calha Qua-
trocentos e cinquenta milhões
de dóla res nor te-america-
nos é o valor disponível pelo
Ministério da Construção e
Obras Públicas para finan-
cia r as obras de reabilita-
ção da Estrada Nacional 230,
no percurso Malanje/Lunda
Sul. A informação foi avan-
çada terça-feira pelo minis-
tro da Construção e Obras
Públicas, Manuel Tavares de
Almeida, referindo que os pro-
jectos devem obedecer a cri-
térios de qualidade técnica
que atendem às necessidades
das populações.
registo
Comércio aligeira regras
O Ministério do Comércio está a
exigir apenas a certidão de registo
comercial, para o licenciamento
de estabelecimentos comerciais
retalhistas e grossistas, para fins
de registo e cadastro, no quadro
da melhoria do ambiente de negó-
cios em Angola.
Antes deste novo regime, aos
empreendedores lhes era soli-
citado cópias de documentos
como cartão de contribuinte,
cópia do Bilhete de Identidade e
a certidão de registo comercial.
O INE diz que houve aumento dos preços na habitação, água e energia
O Índice de Preços no Consu-
midor Nacional (IPCN) regis-
tou uma baixa de 1,22, em Abril
de 2018, para 1,05 por cento a
igual período de 2019.
A variação homóloga situa
-se em 17,36 por cento, regis-
tando um decréscimo de 2,86
pontos percentuais com relação
à observada em igual período
do ano anterior.
Em relação ao IPCN, durante
os meses de Março e Abril de
2019, registou-se uma variação
de 1,05 por cento, de acordo com
o relatório do Instituto Nacio-
nal de Estatística (INE) a que a
Angop teve acesso hoje.
Os dados do INE apresentam
também uma análise sobre o
índice de preços nas províncias,
indicando que se verificou um
maior aumento no Uíge com 1,20
Tarifas aduaneiras passam a “pente fino”
Um fórum sobre tarifas adua-
neiras em Angola terá lugar hoje, em
Luanda, numa promoção da Admi-
nistração Geral Tributária (AGT).
O evento em que participam
especialistas e operadores econó-
micos tem como objectivo escla-
recer sobre a legislação tributária
por cento, Cuanza Sul e Moxico
com 1,17 cada, Cuanza Norte com
1,16 e Malanje com 1,15.
Benguela com 0,72 por cento,
Bié com 0,90, Cunene 0,95,
Lunda Sul 1,01 e Namibe com
1,03, foram as províncias que
registaram menor variação.
Em Luanda, o IPCN regis-
tou uma variação de 1.06 por
cento em relação às restan-
tes províncias, no período de
Março a Abril de 2019.
O relatório indica também
que houve um aumento de pre-
ços nos sectores da Habitação,
Água, Electricidade e Combus-
tíveis com 1,53 por cento, nas
áreas de Lazer, Recreação e Cul-
tura com 1,38, Saúde com 1,31
e Alimentação e Bebidas não
Alcoólicas com 1,14, no período
de Abril de 2018 a Abril de 2019.
que não se consubstancia simples-
mente na cobrança, mas também
nos benefícios, nas garantias e a
não sujeição tributária.
Os organizadores entendem que
a actividade é realizada, atendendo
que as matérias sobre tributação
aduaneira ainda são desconhe-
por classes de consumo, mostra
que das 12 classes, seis apresen-
tam taxas superiores à unidade.
Em relação aos produtos
importados, o INE refere que
foram os que mais contribuí-
ram para o aumento do nível
geral de preços como: Alimen-
tação e Bebidas não Alcoólicas,
com 0,52 pontos percentuais,
seguida a Habitação, Água, Elec-
tricidade e Combustíveis, com
0,14 (pp), Vestuário e Calçado”
e “Mobiliário, Equipamento
Doméstico e Manutenção com
0,08 pp cada, durante o mês
de Abril. As restantes classes
tiveram taxas inferiores a 0,08
pontos percentuais.
Os dados apresentam tam-
bém a incidência inflacioná-
ria, em Abril, de 24 produtos
seleccionados do cabaz, com
maior contribuição para a
taxa de variação do IPCN que,
no seu conjunto, representam
cerca de 07 por cento do total,
mas concentram cerca de 55,31
da taxa global de variação do
IPCN em Abril de 2019, con-
forme o relatório apresentado.
O Índice de Preços Gros-
sista (IPG) registou uma varia-
ção mensal de 1,39 por cento, no
período de Março a Abril deste
ano, mais 0,04 (pp) superior ao
registado no período anterior.
A variação homóloga do mês
de Abri l de 2018 e Abril deste
ano foi de 17,17 por cento, regis-
tando um aumento de 1,60 (pp),
de acordo com o relatório do Ins-
tituto Nacional de Estatística
(INE), a que a Angop teve acesso.
cidas por uma larga maioria da
sociedade, em parte porque não
são ministradas em instituições
académicas e dada a escassez de
publicações literárias, pelo que se
exige uma postura proactiva vol-
tada para a elevação dos níveis de
conhecimento.
Victor Ramalho é o PR da UCCLA
Discussão
na Ordem
Lisboa acolhe
encontro económico
A Ordem dos Economistas de
Portugal, a delegação Centro
e Alentejo e a UCCLA estão a
co-organizar o I Fórum de Eco-
nomistas das Cidades de Lín-
gua Portuguesa para o Dia
25 de Maio (Dia de África),
a ser aberto pelo primeiro-
-m i n ist ro de Cabo Verde,
também ele economista, e a
encerrar pelo Presidente da
República portuguesa.
O encontro, que se pretende
inovador e instrumento para o
aprofundamento das relações
do mundo dos países de língua
portuguesa, abordará “O papel
dos países de Língua Oficial
Portuguesa na economia glo-
bal - Novos desafios e oportu-
nidades”. Além disso, haverá
quatro subtemas, nomeada-
mente “A CPLP e os Objecti-
vos do Desenvolvimento 2030,
“Que política de cooperação
no quadro actual - Migrações
e relacionamento interno na
CPLP, assim como “A coopera-
ção monetária no seio da CPLP
e “O papel das ordens de eco-
nomistas no quadro da CPLP”.
ISSN 2409-6474
9 772409 647001