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"Todo o Homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe

assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a
que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social".
Declaração Universal dos Direitos do Homem.
A criação da CLT
A CLT foi criada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e sancionada pelo presidente
Getúlio Vargas, durante o período do Estado Novo. A Consolidação foi assinada pelo então presidente
no Estádio de São Januário (Club de Regatas Vasco da Gama), que estava lotado para comemorar o
feito. Dois anos antes, em 1941, Getúlio havia assinado a criação da Justiça do Trabalho, no mesmo
local e mesmo dia do ano.
A Consolidação unificou toda a legislação trabalhista então existente no Brasil e foi um março por
inserir, de forma definitiva, os direitos trabalhistas na legislação brasileira. Seu objetivo principal é
regulamentar as relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. Ela surgiu como uma
necessidade constitucional, após a criação da Justiça do Trabalho.
Em janeiro de 1942 o presidente Getúlio Vargas e o ministro do trabalho, Alexandre Marcondes Filho,
trocaram as primeiras ideias sobre a necessidade de fazer uma consolidação das leis do trabalho. A
intenção inicial foi criar a "Consolidação das Leis do Trabalho e da Previdência Social".
Foram convidados para fazer parte da empreitada os juristas José de Segadas Viana, Oscar Saraiva,
Luís Augusto Rego Monteiro, Dorval Lacerda Marcondes e Arnaldo Lopes Süssekind. Na primeira
reunião ficou definido que a comissão seria dividida em Trabalho e Previdência, e que seriam criadas
duas consolidações diferentes.
Entre as fontes materiais da CLT, podem ser citadas três. Em primeiro lugar, as conclusões do 1º
Congresso Brasileiro de Direito Social, realizado em maio de 1941, em São Paulo, para festejar o
cinquentenário da Encíclica Rerum Novarum, organizado pelo professor Cesarino Júnior e pelo
advogado e professor Rui de Azevedo Sodré. A segunda foram as convenções internacionais do
trabalho. A terceira, a própria Encíclica Rerum Novarum (em português, "Das Coisas Novas"), o
documento pontifício escrito pelo Papa Leão XIII a 15 de Maio de 1891, como uma carta aberta a
todos os bispos sobre as condições das classes trabalhadoras.
Os pareceres dos consultores jurídicos Oliveira Viana e Oscar Saraiva, aprovados pelo ministro do
Trabalho, também foram importantes. O código foi ainda fortemente inspirada na Carta del Lavoro, do
governo de Benito Mussolini, na Itália.
Em novembro de 1942, foi apresentado o anteprojeto da CLT, publicado posteriormente no Diário
Oficial, para receber sugestões. Após estudar o projeto, Getúlio Vargas deu-o aos co-autores,
nomeando-os para examinar as sugestões e redigir o projeto final, assinado em 1º de maio de 1943.
Dois fatores tornaram a CLT um código de vanguarda para a época em que foi instituída: a ebulição
dos movimentos sindicais dos operários na cidade de São Paulo, inspirados pelos imigrantes
anarquistas vindos da Itália, e o fato do Brasil ser, à época, um país predominantemente agrário. De
acordo com especialistas, o código foi visionário, ao antecipar a urbanização do país.

Os direitos trabalhistas no Brasil


As discussões sobre direitos de trabalhadores e as formas de solução de conflitos entre patrões e
empregados no Brasil, tiveram início com o fim da escravidão, em 1888.
O fim da exploração da mão de obra gratuita e as consequentes contratações de serviços assalariados
impulsionaram os debates que, na época, já eram assuntos em voga na Europa, que vivia os efeitos da
Revolução Industrial. Foi justamente o processo de mecanização dos sistemas de produção implantado
na Inglaterra no século XVIII que desencadeou os movimentos em defesa dos direitos dos trabalhadores.
Na medida em que a máquina substituía o homem, um exército de desempregados se formava.
As fábricas funcionavam em condições precárias, os trabalhadores eram confinados em ambientes
com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários eram muito baixos e a exploração de mão de
obra não dispensava crianças e mulheres, que eram submetidos a jornadas de até 18 horas por dia,
mas recebiam menos da metade do salário reservado aos homens adultos.
Foi em meio a este difícil cenário que eclodiram as greves e revoltas sociais. Começavam, então, as
lutas por direitos trabalhistas. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de
sindicatos), que desencadearam movimentos por melhores condições de trabalho. Tais manifestações
serviram de inspiração para a formação de movimentos organizados de operários brasileiros.
No Brasil, desde a abolição da escravatura, a fase embrionária da consolidação dos direitos
trabalhistas perdurou por quatro décadas. As primeiras normas de proteção ao trabalhador surgiram
a partir da última década do século XIX. Em 1891, o Decreto nº 1.313 regulamentou o trabalho de
menores. De 1903 é a lei de sindicalização rural e de 1907 a lei que regulou a sindicalização de todas
as profissões. A primeira tentativa de formação de um Código do Trabalho, de Maurício de Lacerda,
é de 1917. No ano seguinte foi criado o Departamento Nacional do Trabalho. E em 1923 surgia, no
âmbito do então Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, o Conselho Nacional do Trabalho.
Mas foi após a Revolução de 1930, com a subida ao poder de Getúlio Vargas, que a Justiça do
Trabalho e a proteção dos direitos dos trabalhadores realmente despontaram. Em 26 de novembro
daquele ano, por meio do Decreto nº 19.433, foi criado o Ministério do Trabalho. No governo Vargas
foram instituídas as Comissões Mistas de Conciliação para os conflitos coletivos e as Juntas de
Conciliação e Julgamento para os conflitos individuais.

Nas Constituições
O passo decisivo para a criação da justiça trabalhista no Brasil, que passou a aplicar a Consolidação
das Leis do Trabalho, veio com a Constituição de 1934 (artigo 122), mas sua regulamentação só
ocorreu em 1940 (Decreto 6.596). A Constituição Federal de 1934 incluiu a Justiça do Trabalho no
capítulo "Da Ordem Econômica e Social". A função a ela atribuída era de resolver os conflitos entre
empregadores e empregados. Inicialmente integrada ao Poder Executivo, foi transferida para o Poder
Judiciário, o que suscitou acirrados debates entre parlamentares da época, sobretudo no que diz
respeito ao seu poder normativo.
A carta constitucional de 1934 trouxe avanços sociais importantes para os trabalhadores: instituiu o
salário mínimo, a jornada de trabalho de oito horas, o repouso semanal, as férias anuais remuneradas
e a indenização por dispensa sem justa causa. Sindicatos e associações profissionais passaram a ser
reconhecidos, com o direito de funcionar autonomamente. Da mesma forma, a Constituição de
1937 também consagrou direitos dos trabalhadores.
A Assembleia Constituinte de 1946, convocada após o fim da ditadura de Getúlio Vargas, acrescentou
à legislação uma série de direitos antes ignorados: reconhecimento do direito de greve, repouso
remunerado em domingo e feriados e extensão do direito à indenização de antiguidades e à
estabilidade do trabalhador rural. Outra conquista importante da época foi a integração do seguro
contra acidentes do trabalho no sistema da Previdência Social.
A Constituição Federal de 1967 trouxe mais mudanças: aplicação da legislação trabalhista aos
empregados temporários; a valorização do trabalho como condição da dignidade humana; proibição da
greve nos serviços públicos e atividades essenciais e direito à participação nos lucros das empresas.
Limitou a idade mínima para o trabalho do menor, em 12 anos, com proibição de trabalho noturno; incluiu
em seu texto o direito ao seguro-desemprego (este, porém, só foi realmente criado em 1986) e a
aposentadoria para a mulher após 30 anos de trabalho, com salário integral. Fez previsão do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), da contribuição sindical e do voto sindical obrigatório.
Com o fim do regime militar e a promulgação da Constituição de 5 de outubro de 1988 pela Assembleia
Nacional Constituinte, dá-se início a uma nova era na vida dos trabalhadores brasileiros. A nova carta,
considerada a mais democrática de todas, reforça, em seu artigo 114, § 2º, a legitimidade do poder
normativo da Justiça do Trabalho.
Dentre os muitos avanços propostos pela Constituição Cidadã, como foi denominada, destaca-se a
proteção contra a despedida arbitrária, ou sem justa causa; piso salarial proporcional à extensão e à
complexidade do trabalho prestado; licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a
duração de 120 dias, licença-paternidade; irredutibilidade salarial e limitação da jornada de trabalho
para 8 horas diárias e 44 semanais. Destaque-se, também, a proibição de qualquer tipo de
discriminação quanto a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência.
A Constituição de 88, que hoje vigora, ao incorporar direitos trabalhistas essenciais, inéditos à época
no texto constitucional e já incorporados definitivamente ao cotidiano das relações formais de trabalho,
cumpriu com seu mister de assegurar aos brasileiros direitos sociais essenciais ao exercício da
cidadania. A palavra "trabalho", que na concepção antiga tinha o sentido de sofrimento e esforço,
ganhou, assim, uma roupagem social, relacionada ao conceito de dignidade da pessoa humana.
A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO - CLT
A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil.
Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. A CLT é o resultado de 13 anos de trabalho - desde o início do Estado Novo
até 1943 - de destacados juristas, que se empenharam em criar uma legislação trabalhista que atendesse à necessidade de proteção do trabalhador, dentro de um contexto de
"estado regulamentador".
A Consolidação das Leis do Trabalho, cuja sigla é CLT, regulamenta as relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua publicação já sofreu várias alterações,
visando adaptar o texto às nuances da modernidade. Apesar disso, ela continua sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores.
Seus principais assuntos são:
• Registro do Trabalhador/Carteira de Trabalho;
• Jornada de Trabalho;
• Período de Descanso;
• Férias;
• Medicina do Trabalho;
• Categorias Especiais de Trabalhadores;
• Proteção do Trabalho da Mulher;
• Contratos Individuais de Trabalho;
• Organização Sindical;
• Convenções Coletivas;
• Fiscalização;
• Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista.

1. Conceito
Direito do Trabalho pode ser definido como sendo um conjunto de normas, princípios e instituições que sejam adequadas a todas interações individuais e coletivas de trabalho
subordinado e situações semelhantes, com o objetivo único de atender e buscar melhorar as condições sociais dos trabalhadores.
2. Princípios do Direito do Trabalho
Existem vários princípios do Direito do Trabalho, entre os principais estão:
2.1. Da proteção ao trabalhador: a norma à ser aplicada deve ser a mais benéfica ao trabalhador, inclusive a condição mais favorável. Na dúvida, o trabalhador tem preferência (in
dubio pro operario).
2.2. Irrenunciabilidade de direitos: são irrenunciáveis os direitos trabalhistas, pois são representadas as mínimas condições que foram asseguradas pelo legislador ou
convencionadas (CCTs).
2.3. Continuidade da relação de emprego: é castigada a sucessão de contratos de uma mesma empresa, ou seja, a demissão e a readmissão em curto espaço de tempo. Conforme
menciona a CLT, no artigo 452: "Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a
expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos", sendo assim, caso aconteça algo nesse sentido, o trabalhador tem
suas garantias resguardadas como se tivesse sido contratado por prazo indeterminado.
2.4. Primazia da realidade: o que vale no Direito do Trabalho é a verdade real (assim como no Direito Penal) ao invés da verdade formal (como no Direito Civil). No Direito do
Trabalho, a intenção das partes diante do ordenamento jurídico e das regras de proteção que é considerada.
2.5. Inalterabilidade contratual: não se permite a alteração do contrato de trabalho que traga prejuízos ao trabalhador.
2.6. Intangibilidade e irredutibilidade salarial: os salários não são passíveis de redução, salvo se houver acordo ou convenção coletiva.

3. Natureza Jurídica
O entendimento predominante da doutrina é de que o Direito do Trabalho possui natureza jurídica de Direito Privado, onde as partes são livres para celebrarem o que desejarem,
desde que respeitem as normas mínimas de proteção ao trabalhador.
No entanto, alguns doutrinadores entendem que o Direito do Trabalho tem natureza jurídica de Direito público, pois algumas normas do Direito do Trabalho são de ordem pública.

4. Divisão
O Direito do Trabalho pode ser dividido em:
4.1. Direito individual do trabalho: é a área do Direito do Trabalho que tem como finalidade a compreensão e a análise dos contratos individuais de trabalho.
4.2. Direito coletivo do trabalho: é a área do Direito do Trabalho que trata das negociações coletivas, ou seja, das negociações que visam regular um grupo de trabalhadores, como
as convenções e os acordos coletivos, com o intuito de buscar soluções para eventuais conflitos e melhorias para os trabalhadores como um todo.
5. Fontes
As fontes do Direito do Trabalho dividem-se em:
5.1. Materiais
As fontes materiais podem ser definidas como o "esforço" dos trabalhadores em busca de melhores condições de trabalho, como, por exemplo, a greve.
5.2. Formais
As fontes formais são as normas (Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, as leis, decretos, os ACTs (Acordos Coletivos de Trabalho), as CCTs (Convenções coletivas
de Trabalho), os regulamentos de empresas, a doutrina, as súmulas de jurisprudência, as sentenças normativas e arbitragem em dissídios coletivos, e os costumes).

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA REFORMA TRABALHISTA


A Lei 13.467/2017, publicada em 14/07/2017, alterou mais de uma centena de pontos da CLT e trouxe várias mudanças que afetam o dia a dia entre empregado e empregador,
outras que abrangem as relações sindicais, além de outras que envolvem questões judiciais decorrentes de reclamatórias trabalhistas.
A referida lei entrou em vigor após decorridos 120 dias de sua publicação, ou seja, a partir de 11.11.2017. Até esta data, os contratos de trabalho já existentes, permaneceram
valendo pelas regras antigas.
Caso seja do interesse do empregador, ou do empregado, que o contrato de trabalho antigo seja regido pelas alterações impostas pela reforma trabalhista, será necessário repactuar
um novo contrato de trabalho (aditivo contratual), após a entrada em vigor da nova lei.
Os aditivos contratuais feitos durante a vigência da Medida Provisória (MP) 808/2017 também são considerados válidos e faz lei entre as partes até que nova alteração seja pactuada
entre empregador e empregado.
Destacamos abaixo um quadro comparativo das principais regras antigas e as novas regras decorrentes das mudanças estabelecidas pela nova lei, que entrou em vigor a partir de
novembro/2017:
TEMA TRABALHISTA SITUAÇÃO ANTERIOR (REGRAS ANTIGAS) MUDANÇAS COM A LEI 13.467/2017 (NOVAS REGRAS)
- Período de 1 ano para compensação;
- As horas de banco não sofrem acréscimo;
Poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período
Banco de Horas - Podem haver períodos e situações diferentes de
máximo de 6 meses;
compensação em convenção coletiva;
- Base legal: Lei 9.601/1998;
- É obrigatório o desconto equivalente a 1 dia do
salário do empregado no mês de março de cada A contribuição sindical passa a ser opcional, ou seja, só haverá o desconto de 1 dia de salário se o
Contribuição Sindical
ano; próprio empregado autorizar;
- Base legal: art. 580 e 582 da CLT;
A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros,
se tratar de:
1. Pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;
2. Banco de horas;
3. intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de 30 minutos para jornadas superiores a 6 horas;
4. adesão ao PSE;
5. plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como
identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; 6. regulamento empresarial;
7. representante dos trabalhadores no local de trabalho;
8. teletrabalho, regime de sobreaviso e trabalho intermitente;
Serão consideradas ilícitas nas convenções e acordos coletivos a supressão ou a redução dos seguintes
Acordos coletivos são válidos, desde que não direitos:
contrários à lei e se trouxer vantagens ao 1. normas de identificação profissional, inclusive as anotações na CTPS;
Convenções e Acordo empregado; 2. seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
Coletivos 3. valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do FGTS;
Base legal: art. 7º, XXVI da CF; art. 611 a 625 da 4. salário-mínimo;
CLT; 5. valor nominal do 13º salário;
6. remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
7. - Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
8. salário-família;
9. repouso semanal remunerado;
10. remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal; 11. número de
dias de férias devidas ao empregado;
12. gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um 1/3 a mais do que o salário normal;
13. licença-maternidade com a duração mínima de 120 dias;
14. licença-paternidade nos termos fixados em lei;
15. proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
16. aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo, no mínimo, de 30 dias, nos termos da lei;
17. normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras
do Ministério do Trabalho;
18.adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas; 19. aposentadoria;
20. seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador;
21. ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 5 anos
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho;
22. proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com
deficiência;
23. proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho a
menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos; 24. medidas de proteção legal
de crianças e adolescentes;
25. igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador
avulso;
26. liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer,
sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto salarial estabelecidos em
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho;
27. direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre
os interesses que devam por meio dele defender;
28. definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais sobre o atendimento
das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve;
29. tributos e outros créditos de terceiros;
30. as disposições previstas nos arts. 373-A, 390, 392, 392A, 394, 394-A, 395, 396 e 400 da CLT;
O valor é atribuído de acordo com o - Casos leves – Teto de até 3 vezes o valor do último salário;
convencimento do juíz; - Casos graves – Teto de até 50 vezes o valor do último salário;
Danos Morais
- Este teto vale também caso o empregador seja o ofendido;
Base legal: art. 186 e 927 do Código Civil; - Havendo reincidência das partes, o valor poderá ser dobrado;
O empregado tem direito ao pagamento da multa
de 40% do saldo do FGTS e ao saque de 100% do
FGTS depositado; ▪ A demissão poderá ocorrer de comum acordo;
Demissão sem justa Se pedir demissão, não tem direito a sacar o FGTS; ▪ O pagamento da multa de 40% será pela metade, ou seja, 20% do saldo do FGTS;
Causa (acordo entre as A empresa deve conceder um aviso prévio de, no ▪ O empregado só poderá sacar 80% do FGTS depositado;
partes) mínimo, 30 dias; ▪ A empresa deve conceder um aviso prévio de, no mínimo, 15 dias;
O empregado recebe o seguro desemprego; ▪ O empregado não recebe o seguro desemprego;
Base legal: §1º art. 18 da Lei 8.036/90; art. 487 da
CLT; art. 7º, XXI da CF; Inciso I da Lei 7.998/90;
Multa de ½ salário mínimo por empregado; ▪ ME e EPP – Multa de R$ 800,00 por empregado não registrado;
Falta de Registro do
Base legal: art. 41, § único e art. 47, § único da ▪ Demais empresas – Multa de R$ 3 mil por empregado não registrado e de R$ 6 mil em caso de
Empregado
CLT; reincidência;
▪ Multa de R$600,00 por empregado, quando não forem informados os dados necessários para o seu
registro;
As férias podem ser divididas em no máximo, 2
períodos; 1/3 do período de férias pode ser
▪ As férias podem ser divididas em até 3 períodos, não podendo ser inferior a 5 dias corridos e um
Férias vendido.
deles deve ser de, no mínimo, 14 dias corridos;
Base legal: § 1º do art. 134 da CLT e art. 143 da
CLT.
A empregada deverá ser afastada, sem prejuízo da remuneração a que percebia:
a) Das atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação;
A empregada gestante não pode trabalhar em b) Das atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentar atestado de
condições insalubres; saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a gestação;
Gravidez /
Insalubridade c) Das atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar atestado de saúde,
emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a lactação;
Base legal: art. 394-A da CLT;
- Se não for possível que a empregada gestante (considerando as condições acima mencionadas) exerça
suas atividades em local salubre na empresa, será considerada gravidez de risco e terá direito ao salário
maternidade durante todo o período de afastamento;
- Há previsão contratual do home office (trabalho em casa);
- Todas as atividades a serem desenvolvidas pelo empregado deverão constar no contrato, bem como
os custos com equipamentos, controle de produtividade e demais pontos inerentes ao contrato;
- O trabalho é realizado fora da empresa, com a utilização de tecnologias de informação e de
Home Office (Trabalho
Não há previsão legal; comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo;
em Casa)
- O home office pode ser convertido em trabalho presencial (na empresa) por determinação do
empregador, garantido prazo de transição mínimo de 15 dias, formalizado por aditivo contratual;

- Cabe ao empregador instruir o empregado sobre a saúde e segurança do trabalho;


20% Superior à hora normal (§ 1º do art. 59 da CLT
- não aplicado);
Horas Extras 50% superior ao da hora normal (art. 7, XVI da CF – A remuneração será, pelo menos, 50% superior à da hora normal;
aplicado)
Base legal: art. 7, XVI da CF;
Jornada acima de 6 horas o período de descanso
(intervalo intrajornada) é de, no mínimo, uma - Jornada acima de 6 horas o período de descanso (intervalo intrajornada) é de, no mínimo, 30 minutos,
hora; desde que negociado entre empregado e empregador;
Intervalo Intrajornada Se não concedido o descanso, a empresa pode ser - Se não for concedido o descanso, a empresa pode ser condenada a pagar apenas o tempo suprimido
condenada a pagar a hora cheia como extra, e não (diferença entre o tempo concedido e o tempo efetivo de descanso), calculados com acréscimo de 50%
apenas o período suprimido para descanso; sobre o valor da hora normal.
Base legal: art. 71 da CLT; Súmula 437 do TST;
Intervalo para 2 descansos de meia hora cada um durante a Os 2 períodos de descanso previsto no art. 396 da CLT deverão ser definidos em acordo individual entre
amamentar o filho jornada de trabalho; a mulher e o empregador;
Base legal: art. 396 da CLT;
12 horas diárias ou 48 horas semanais;
Jornada de Trabalho
Previsão mediante convenção coletiva; A cada 12 horas trabalhadas deve haver 36 horas de descanso;
12 x 36
Pode ser pactuado mediante acordo individual ou coletivo;
Multas Não há uma definição de correção dos valores; Os valores das multas expressos em moeda serão reajustados anualmente pela Taxa Referencial (TR),
Administrativas Base legal: tabela de multas trabalhistas; divulgada pelo Banco Central do Brasil, ou pelo índice que vier a substituí-lo;
O pagamento de prêmio, gratificações, dentre
Prêmio, Ajuda de outros pagos pela empresa integram a
remuneração para todos os efeitos legais; Os prêmios serão considerados à parte do salário, não se incorporam ao Contrato de Trabalho e não
Custo e Diárias de
constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário;
Viagem
Base legal: art. 458 da CLT;
Somente é permitido mediante licença das
Prorrogações de
autoridades competentes em matéria de Exigência de licença-prévia para prorrogações de horários em atividades insalubres, não sendo exigida
jornada em locais
segurança e medicina do trabalho; para as jornadas de 12 X 36;
insalubres
Base legal: Portaria MTE 702/2015.;
Não há previsão;
Se o empregado é demitido, ele só poderá ser
Se for demitido o empregado não poderá ser recontratado durante 18 meses, nem mesmo como
Quarentena recontratado depois de 3 meses (90 dias), sob
terceirizado;
pena de o contrato ser unificado.
Base legal: Portaria MTB 384/1992,
Não há custo para o empregado que entra com a - Se o empregado assinar a rescisão, não poderá questioná-la judicialmente;
reclamatória; - A parte que perder terá que arcar com as custas da ação;
Reclamatória Não há pagamento de honorários de sucumbência - Comprovado a má-fé da parte, é prevista a punição de 1% a 10% sobre o valor da causa, além de pagar
Trabalhista se o empregado perder a reclamatória; indenização para a parte contrária;
Base legal: art. 791 da CLT; - Se comprovada a incapacidade de arcar com as custas, a obrigação fica suspensa por até dois anos a
Súmula 219 e 329 do TST contar da condenação;
Não é considerado empregado, desde que
atendidos os requisitos legais; A contratação do autônomo afasta a qualidade de empregado prevista na CLT, desde que cumpridas por
Trabalhador
este todas as formalidades legais, ainda que a contratação seja com ou sem exclusividade, de forma
Autônomo
contínua ou não;
Base legal: art. 11, V da Lei 8.213/91;
Jornada de até 25 horas semanais;
Não pode haver horas extras; - Jornada semanal de até 30 horas semanais, sem possibilidade de fazer horas extras;
Salário proporcional à jornada trabalhada; - Jornada semanal de 26 horas semanais, com possibilidade de fazer até 6 horas extras, com acréscimo
Trabalho em Tempo
Não pode converter 1/3 das férias em abono; de 50% sobre o valor da hora normal;
Parcial

Base Legal: Art. 58-A, § 4º do art. 59 e art. 143, § Salário proporcional à jornada trabalhada;
3º da CLT;
▪ O empregado poderá ser contratado (por escrito) para trabalhar por períodos (de forma não
contínua), recebendo pelas horas, dias ou mês trabalhados, sendo-lhe assegurado o pagamento de
férias, 13º salário e previdência social ao final de cada período de prestação de serviços;
▪ O empregador deve avisar 3 dias antes a data de início e o valor da remuneração a ser paga (nunca
inferior ao salário mínimo ou inferior ao salário dos demais empregados da empresa que exercem a
mesma função em contrato intermitente ou não), e o empregado terá 1 dia útil para dar ou não o
aceite, sendo considerado recusado o silêncio do empregado;
Trabalho Intermitente Não há previsão; ▪ Caso o contrato não seja cumprido por uma das partes, quem descumpriu terá que pagar 50% do
valor da remuneração combinada para o período contratual;
▪ O período de inatividade não se considera como tempo de serviço à disposição do empregador;
▪ A contribuição previdenciária e o FGTS deverão ser recolhidos mensalmente pela empresa nos
termos da lei;
▪ Assim como para os demais empregados, a cada 12 meses trabalhados o empregado tem direito de
usufruir, nos 12 meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado
para prestar serviços pelo mesmo empregador;
Se o local é de difícil acesso o tempo gasto para
Transporte deslocamento é considerado como tempo de Em qualquer situação o tempo gasto não será considerado como tempo de serviço e não será
(residência-trabalho)
serviço e computado na jornada de trabalho; computado na jornada de trabalho;
(trabalho-residência)
Base legal: §2º do art. 58 da CLT;
O empregador poderá definir o padrão de vestimenta a ser utilizado pelo empregado;

Uniforme e É licita a inclusão de logomarcas da empresa e de terceiros (empresas parceiras) e/ou outros itens
Não há previsão legal;
Higienização relacionados à atividade da empresa no uniforme;
A higienização do uniforme é de responsabilidade do empregado, salvo se a empresa exigir que sejam
utilizados produtos específicos para a limpeza;

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