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NELSON POERSCHKE
BOA VISTA – RR
JUNHO, 2016
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NELSON POERSCHKE
BOA VISTA – RR
JUNHO, 2016
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 04
2 FATORES QUE INFLUENCIAM A PERMEABILIDADE ................................................. 05
3 MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DA PERMEABILIDADE DO SOLO................... 06
3.1 DIRETAMENTE – ENSAIOS DE LABORATÓRIO.............................................................. 06
3.1.1 Permeâmetro de Carga Constante .......................................................................................... 06
3.1.2 Permeâmetro de Carga Variável ........................................................................................... 07
3.2 DIRETAMENTE – ENSAIOS DE CAMPO ............................................................................ 07
3.2.1 Ensaio de Bombeamento ........................................................................................................ 07
3.2.2 Ensaios de permeabilidade em furos de sondagem à percussão ou ensaios de infiltração .... 08
3.2.2.1 Execução e escolha dos ensaios .......................................................................................... 09
3.2.3 Ensaio de perda d’água sob pressão ....................................................................................... .10
3.2.3.1 Execução do ensaio ............................................................................................................. 10
3.3 INDIRETAMENTE – ENSAIOS DE LABORATÓRIO ......................................................... 11
3.3.1 Através da Curva Granulométrica .......................................................................................... 11
3.3.2 Através do Ensaio de Adensamento ....................................................................................... 11
4 CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 12
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 13
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1. INTRODUÇÃO
O solo é formado por partículas sólidas e espaços vazios que proporcionam-lhe uma estrutura
porosa. Os vazios contidos numa massa de solo estão interligados, formando canalículos por onde um
fluido, em grande maioria dos casos a água, pode se movimentar.
Entende-se por permeabilidade a capacidade de um determinado solo, sob condições
normais, em permitir a passagem - para a engenharia civil em quase totalidade dos estudos -, de água
através de seus vazios. A permeabilidade dos solos varia com o índice de vazios contidos neste.
O estudo da permeabilidade dos solos é de fundamental importância para a engenharia civil
na medida em que viabiliza os cálculos das vazões nos solos - estimativa de quantidade de infiltração
numa escavação -, a análise dos recalques - diminuição do índice de vazios -, e também o estudo de
estabilidade - a tensão efetiva depende da poropressão - e esta por sua vez depende das tensões
provocadas pela água.
Portanto, os mais graves problemas de construção estão relacionados com a presença da
água. O conhecimento da permeabilidade e de sua variação é necessário para a resolução desses
problemas.
O coeficiente de permeabilidade pode ser determinado através de ensaios de laboratório em
amostras indeformadas ou de ensaios de campo, sendo esses últimos o objeto principal deste estudo.
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Índice de vazios - a permeabilidade dos solos está relacionada com o índice de vazios, logo,
com a porosidade. Quanto mais poroso for um solo (maior a dimensão dos poros), maior será o índice
de vazios, consequentemente, mais permeável (exceção para argilas moles onde isto não se verifica).
Estrutura - é o arranjo das partículas. Nas argilas existem as estruturas isoladas e em grupo,
onde atuam forças de natureza capilar e molecular, que dependem da forma das partículas. Nas areias o
arranjo estrutural é mais simplificado, constituindo-se por canalículos, interconectados onde a água flui
mais facilmente.
Fluído - o tipo de fluído que se encontra nos poros. Para a engenharia civil, nos solos em
geral, o fluído mais importante é a água, seguido do ar.
Temperatura - quanto maior a temperatura, menor a viscosidade da água, isto significa que
a água mais facilmente escoará pelos poros do solo, portanto, maior a permeabilidade.
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Esse ensaio consta de dois reservatórios onde os níveis de água são mantidos constantes,
como mostra a Figura 01. Mantida a carga h, durante um certo tempo, a água percolada é colhida e o seu
volume é medido. Conhecidas a vazão e as dimensões do corpo de prova (comprimento L e a área da
seção transversal A), calcula-se o valor da permeab 1 ilidade k por maio da seguinte equação:
𝑞𝐿
𝑘=
𝐴ℎ𝑡
Onde:
q - é a quantidade de água medida na proveta (cm3);
L - é o comprimento da amostra medido no sentido do fluxo (cm);
A - área da seção transversal da amostra (cm2);
h - diferença do nível entre o reservatório superior e o inferior (cm);
t - é o tempo medido entre o início e o fim do ensaio (s);
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O poço para bombeamento deve penetrar em toda a profundidade da camada ensaiada e com
diâmetro suficiente para permitir a inserção de uma bomba com tipo e capacidade necessária ao
bombeamento.
Nas proximidades e situados radialmente são instalados poços de observação do nível d’
água ou piezômetros. Recomenda-se a instalação de 4 (quatro) poços de observação e um mínimo de
dois e levados até profundidades abaixo do nível mais baixo que a água deve atingir durante o ensaio.
Ao se manter constante o nível d’água no poço efetua-se as medidas das alturas de água em
cada um dos piezômetros instalados. A permeabilidade é medida pela fórmula abaixo:
𝑥
𝑙𝑛 𝑥2
1
𝑘=𝑄
𝜋(𝑦22 − 𝑦12
Onde:
Q =- vazão;
𝑥1 𝑒 𝑥2 : distâncias entre o poço filtrante e os poços testemunhas; e
𝑦1 𝑒 𝑦2 : distâncias entre a curva de rebaixamento e a camada impermeável.
cargas são diferenciais de pressão, induzidas por colunas d’água, resultante de injeção d’águas no furo;
as descargas são diferenciais de pressão provocadas pela retirada d’água do furo.
Chamamos de ensaios no plural pois se desmembra em dois ensaios diferenciados pela forma
de medição:
Ensaio de infiltração – (infiltração a nível constante) – mantém-se a carga constante e mede-
se a vasão necessária para essa manutenção de carga (o nível da água no furo deve manter-se constante);
e
Ensaio de rebaixamento – (infiltração a nível variável) – estabelece-se uma coluna d’água
inicial, interrompe-se a introdução de água e acompanha-se, no tempo, o rebaixamento desse nível.
A execução do ensaio de permeabilidade e penetração num mesmo furo deverá ser limitada
ao trecho abaixo do nível d’água ou onde o avanço da sondagem é feito pelo método de lavagem. Ensaios
de infiltração acima destes limites deverão ser feitos em um novo furo, deslocado de 3,0 m em relação
ao primeiro, exceto quando instruções específicas dos serviços contraindicarem.
A parede do furo no horizonte do solo a ser ensaiado deverá ser desobstruída por raspagem
com o escarificador ou trado espiral.
O revestimento deverá ser posicionado até um mínimo de 0,8 m acima do nível do terreno e
preenchido com água até sua boca.
Será feito ensaio de rebaixamento quando a carga hidráulica no trecho ensaiado for
superior a 0,2 𝑘𝑔/𝑐𝑚2 (2,0 m) e, por avaliação visual, o rebaixamento da água no tubo de revestimento
for inferior a 0,1 m/min.
O ensaio de rebaixamento será feito através da medida do nível de água dentro do
revestimento, a intervalos de tempo curtos no início e mais longos em seguida (por exemplo: 15s; 30 s;
1 min; 2 min; 2 min; 5 min). As medidas de descida do nível de água devem ser iniciadas após a
manutenção do tubo de revestimento cheio de água até a boca, durante 10 min, no mínimo.
O ensaio será concluído quando o rebaixamento atingir 20% da carga inicial aplicada ou 30
min de ensaio.
Será feito ensaio de infiltração quando a carga hidráulica no trecho ensaiado for superior
a 0,2 𝑘𝑔/𝑐𝑚2 (2,0 m) e, por avaliação visual, o rebaixamento da água no tubo de revestimento for
superior a 0,1 m/min, será feito o ensaio de infiltração.
O ensaio de infiltração consiste na medida da absorção d’água estabilizada, a cada minuto,
durante 10 minutos. A adição de água no furo deve ser contínua de modo a manter-se a carga constante.
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O ensaio de perda d’água sob pressão consiste na injeção d’água sob pressão num certo
trecho de um furo de sondagem rotativa, e na medida da quantidade d’água absorvida pelo maciço
rochoso durante um certo tempo, a uma dada pressão de injeção. O ensaio é realizado para vários estágios
de pressão.
Inicialmente deverá ser efetuada cuidadosa lavagem do furo até que a água de circulação se
apresente limpa e isenta de detritos.
Terminada a limpeza, deverá ser instalado o obturador do tipo conveniente, com a
extremidade inferior da porção vedante no limite superior do trecho a ser ensaiado. Não deverá ser
aplicada pressão no furo antes do início do ensaio.
A técnica do ensaio com obturador duplo não deverá ser empregada como alternativa do
ensaio com obturador simples. O seu emprego deverá ser restrito às situações em que forem necessários
ensaios complementares em trechos acima da posição do fundo do furo.
Ao ser aplicada a pressão mínima do primeiro estágio, deverá ser avaliada a eficiência de
vedação do obturador, por meio da medida do nível d’água no furo, que geralmente sobe quando o
obturador não está vedando.
Assegurada a vedação do trecho, será iniciada a aplicação dos estágios de pressão
normatizados pelas IN 09/94 - Instruções Normativas para Execução de Ensaios de Permeabilidade em
Campo, do Estado de Santa Catarina.
Em cada estágio, após a estabilização dos valores de pressão e vazão, deverão ser feitas 10
medidas de seus valores em intervalos de 1 minuto.
Entende-se que os valores de absorção de água e pressão estão estabilizados quando:
- não for observada uma variação progressiva nos valores medidos;
- a diferença entre as leituras e seu valor médio for inferior a 20%.
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Utilizando a equação de Hazen para o caso de areias e pedregulho, com pouca ou nenhuma
quantidade de finos.
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𝑘 = 𝐶𝑑10
Onde:
- k é a permeabilidade expressa em cm/s
- d10 é o diâmetro efetivo em cm
- 90 C 120, sendo C = 100, muito usado.
- Para uso dessa equação recomenda-se que Cu seja menor que 5.
4. CONCLUSÃO
O solo apresenta uma grande diversidade de forma, textura, grau de compacidade, umidade,
quantidade e tamanho dos poros, índice de vazios, entre muitas outras características físicas. Tudo
funciona como uma perfeita interface para os inúmeros processos químicos, físicos e biológicos. A
natureza das partículas, sua distribuição de tamanhos e seu arranjo nos solos determinam o volume total
do espaço poroso, bem como o tamanho dos poros, influenciando, desse modo, nas relações de água e
ar.
O conhecimento do valor da permeabilidade é muito importante para a execução das obras
de engenharia, principalmente na estimativa da vazão que percolará através do maciço e da fundação de
barragens de terra, em obras de drenagem, de rebaixamento de nível d’água, adensamentos etc.
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5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos Solos e Suas Aplicações, [3ªed. Rev. e Ampl.].
Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, Brasília, INL, 1973.
PINTO, Carlos de Souza. Curso básico de mecânica dos solos em 16 Aulas – São Paulo:
Oficina de Textos, 2000-02-15
http://pt.slideshare.net/raphaelcava/1-fluxo-unidimensional-05082013, acesso em 20 de
junho de 20165.