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Conforme art. 6, § 3º, Lei 4.717/65, a pessoa jurídica de direito público, cujo ato
seja objeto de impugnação, poderá atuar ao lado do autor quando for útil ao
interesse público, isto é, poderá sair do polo passivo para o polo ativo. A
legitimação para essa migração está no interesse geral da sociedade, o chamado
“interesse público primário”, e não no interesse do administrador, chamado de
“interesse público secundário”. Embora o ente público tenha de necessariamente
figurar no polo passivo da demanda, verificando-se que a pretensão intentada é
legítima, e que a simples abstenção ou reconhecimento do pedido não surtiria os
efeitos desejados, possibilitou-se que a pessoa jurídica de direito público ou
privado, atue ao lado do autor da ação na busca da invalidação do ato lesivo e a
reparação dos danos causados à coletividade. Dessa forma, o ente público atuará
ao lado do autor buscando um bem geral, fazendo analise técnico-jurídica,
visando proteger o patrimônio público, a moralidade administrativa, meio
ambiente, patrimônio histórico e cultural.
Conforme art. 2º, Lei 7347/85, as ações civis públicas serão propostas no foro do
local onde ocorrer o dano. Ocorrendo esse dano em mais de um Estado, de
acordo com o art. 93, CDC, para os danos de âmbito nacional ou regional, a ação
será proposta na Capital de qualquer um desses Estados onde ocorreu o dano ou
no DF. No entanto, não havendo a especificação do local onde ocorreu esse dano,
pode-se entender esse como dano regional, sendo proposta a ação no DF. No
mais, julgados do STJ entendem que sendo questão de abrangência nacional, o
mais efetivo é propor a ação no foro do DF. Assim, ambas as ações serão
propostas no foro do DF.
Conforme art. 6º, Lei 4717/65, qualquer pessoa pode figurar no polo passivo da
ação popular, seja ela pessoa física ou PJ, mas que tenha concorrido para o vício
do direito transindividual, bem como o terceiro beneficiado pelo ato
(litisconsórcio necessário). Já de acordo com a Lei 8429/92, no caso da ação
coletiva de improbidade, os legitimados são o MP e o próprio ente que possa ter
sido afetado pelo ato de improbidade. Não verifica a possibilidade de associação
mover essa ação e nem o cidadão. Há a possibilidade, no entanto, do cidadão
provocar a autoridade administrativa para adotar providência e também
provocar o MP para instaurar inquérito civil.
7. De acordo com o art. 37, § 5º, CF, a reparação de dano ao erário não prescreve,
uma vez que trata-se de direitos fundamentais. No entanto, no que tange o ato do
agente por improbidade administrativa, é possível a prescrição.
8. Honorários periciais.
9. TAC
É um compromisso extra judicial (art. 5º, § 6º, Lei 7347/85), em que o autor da
lesão ajusta sua conduta à lei, evitando a judicialização do conflito. Sendo
faculdade dos órgãos públicos legitimados. Alguns entendem que seria uma
transação, no entanto trata-se de direitos indisponíveis, não sendo possível a
negociação das cláusulas; outros entendem se tratar de uma transação especial e
outros afirmam ter natureza própria. Nesse mecanismo, cabe a cumulação de
pedidos, sendo eles: obrigação de fazer, obrigação de não fazer e/ou indenização.
Não cabe TAC para improbidade administrativa. CADE pode firmar TAC com
agentes econômicos, através do denominado compromisso de cessação (art. 85,
Lei CADE).