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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

FEQUI31028 – Avaliação Técnico-Econômica de Processos


Industriais

Prof. Adilson J. de Assis


ajassis@ufu.br

Serviço Público Federal – Ministério da Educação


Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia Química
Curso de Graduação em Engenharia Química

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO
2 – CORREÇÃO POR FATORES DE ESCALA (OU FATOR DE CAPACIDADE)
3 – CORREÇÃO TEMPORAL (FATOR DE INFLAÇÃO)
4 – TIPOS DE PREÇOS
5 – ESTIMATIVA DO CUSTO DE EQUIPAMENTOS
6 – CUSTOS DE INTERNAÇÃO E TROPICALIZAÇÃO
7 - ESTIMATIVA DO CUSTO DE INSTALAÇÃO
8 – ESTIMATIVA DO CUSTO DE CAPITAL DE UMA PLANTA QUÍMICA –
CAPEX
9 – CUSTOS DE INSTALAÇÃO E OUTROS CUSTOS USANDO A
METODOLOGIA ICARUS
10 – FATORES DE CONSTRUÇÃO DE RICHARDSON
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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

BIBLIOGRAFIA

• _____, Compilação de correlações de custos de equipamentos: instalações industriais de gás


natural. RJ: EPE, 2018.
• PETERS, M. S., TIMMERHAUS, K. D. WEST, R. E. Plant design and economics for chemical
engineers, 5ª edição. International Edition: McGraw-Hill, 2004.
• SEIDER, W. D., LEWIN, D. R., SEADER, J. D., WIDAGDO, S., GANI, R., NG, K. M. Product and
process design principles: synthesis, analysis, and evaluation. 4ª edição, USA: Wiley, 2017.
• TOWLER, G., SINNOTT, R. Chemical engineering design: principles, practice and economics of
plant and process design. 2ª edição. USA: Butterworth-Heinemann/Elsevier, 2013.
• TURTON, R., BAILIE, R. C., WHITING, W. B., SHAEIWITZ, J. A., BHATTACHARYYA, D. Analysis,
synthesis and design of chemical processes, 4ª edição. USA: Prentice Hall, 2012.
• Artigos diversos disponíveis na rede mundial de computadores

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AVISO LEGAL

A maior parte do material que consta destes slides foi retirada da


bibliografia anterior, a cujos autores pertencem os respectivos direitos
autorais.

O presente material é de uso exclusivamente acadêmico, para fins de


aprendizado, no âmbito da disciplina Avaliação Técnico-Econômica de
Processos Industriais, e assim não pretende violar a lei dos direitos
autorais, já que não há comércio ou auferimento de lucros com o mesmo.

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1 - INTRODUÇÃO
Se os fornecedores de equipamentos informam
estimativas/orçamento/cotação, então, por quê a estimativa de
custos é uma habilidade necessária ao engenheiro? Algumas
razões:

• necessidade de investigar várias alternativas;


• necessidade de avaliar a(s) proposta(s) do fornecedor de
equipamento;
• necessidade de confidencialidade;
• possibilidade de automatizar a estimativa de custos de um projeto
inteiro e realizar inúmeras simulações (em computador) em espaço
de tempo reduzido;
• estudos de análise e otimização de processos com a finalidade de
aumentar lucros e reduzir custos;

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Para que possam ser realizados estudos de viabilidade, dois


elementos fundamentais dos quais deve-se dispor é:
1) o valor do investimento fixo ou CAPEX (CAPital
EXpenditures; quanto será gasto na implementação do
projeto) e
2) o valor dos custos operacionais ou OPEX (OPerating
EXpenditures; quanto será gasto na implantação,
manutenção e na operação do projeto) → próximo assunto

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1) o valor do investimento fixo ou CAPEX (CAPital


EXpenditures; quanto será gasto na implementação do
projeto):

Básico – Somente o equipamento

Acessórios

Instalação

Utilidades

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2) o valor dos custos operacionais ou OPEX (OPerating


EXpenditures; quanto será gasto na implantação, manutenção
e na operação do projeto)

Mão-de-obra

Energia consumida

Manutenção

Depreciação

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Segundo classificação proposta pela AACE (Associação


Americana de Engenharia de Custos), existem cinco classes
de estimativas de custo que necessitam de determinados
níveis de detalhamento do projeto, e possuem tipicamente
uma determinada faixa de incerteza:

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

CLASSE 5 – Estimativa da ordem de grandeza


Baseia-se na informação do custo do processo completo de
plantas já construídas no passado. O custo é ajustado de
acordo com um fator de escala adequado da capacidade e
corrigido com a inflação para refletir o custo de capital.
Diagrama requerido: Diagrama de Blocos

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

CLASSE 4 – Estimativa do estudo ou de


equipamento principal
Usa uma lista dos principais equipamentos do processo, tais
como, bombas, compressores e turbinas, colunas e vasos,
fornos e trocadores de calor. Os equipamentos são
dimensionados grosseiramente e o custo aproximado é
estimado. O custo de capital é estimado pela soma do custo
de todos os equipamentos estimados. Os custos são obtidos
de gráficos/correlações generalizados de custos.
Diagrama requerido: PFD (Process Flow Diagram)

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

PFD do processo HDA (hidrodealquilação


do tolueno para produção de benzeno) 13
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CLASSE 3 – Estimativa de projeto preliminar


ou estimativa de escopo
Requer um dimensionamento mais preciso dos equipamentos.
Inclui também um estudo de layout dos equipamentos e
tubulações, instrumentação e necessidades elétricas. O uso
de utilidades também é estimado. Necessita de uma equipe
média/grande.
Diagrama requerido: PFD, esboço/esquema dos vasos dos
equipamentos principais, planta baixa e diagramas de
elevação.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

CLASSE 2 – Estimativa definitiva


ou de controle de projeto

Requer a especificação preliminar de todos os equipamentos,


utilidades, instrumentação, parte elétrica e off-sites (ex.:
tratamento de efluentes, geração de frio e calor etc).
Diagrama utilizado: PFD final e P&IDs (Piping and
Instrumentation Diagram) preliminares, esquemas dos vasos,
planta baixa, diagramas de elevação e balanço de utilidades.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

PFD do processo HDA (hidrodealquilação


do tolueno para produção de benzeno)

Os PFDs é que são geralmente


simulados usando simuladores
de processos

P&ID da coluna de destilação de


benzeno 16
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

CLASSE 1 – Estimativa detalhada ou firmada/contratada


Requer engenharia completa do processo, off-sites e
utilidades. Deve-se obter a cotação dos equipamentos mais
caros diretamente dos fornecedores. Ao final desta etapa do
projeto há informações suficientes para iniciar a construção da
planta.
Diagrama requerido: PFD e P&IDs finais, esquemas de
equipamentos, planta baixa, diagramas de elevação, balanço
de utilidades e diagrama isométrico de tubulação e diagramas
complementares necessários para a construção da planta.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Como pode ser observado, dependendo do nível de
acurácia desejado, os dados necessários para a
estimativas são menos ou mais complexos e numerosos.

Sendo assim, podem ser feitas estimativas de custo
considerando apenas a quantidade de determinado
produto que será produzida (o que define o porte da planta
industrial), ou ainda levando em conta o dimensionamento
de cada equipamento em separado (com base nas
correntes materiais e energéticas da planta).

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Como pode ser observado, dependendo do nível de
acurácia desejado, os dados necessários para a
estimativas são menos ou mais complexos e numerosos.

Sendo assim, podem ser feitas estimativas de custo
considerando apenas a quantidade de determinado
produto que será produzida (o que define o porte da planta
industrial), ou ainda levando em conta o dimensionamento
de cada equipamento em separado (com base nas
correntes materiais e energéticas da planta).

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Sempre que um funcionário em uma empresa utiliza seu
tempo para realizar uma tarefa, esta está custando dinheiro
para a empresa na forma de homem/mulher-hora.

Portanto, a toda atividade está associado um custo. Em
geral, quanto mais precisos são os resultados
requeridos, maior o tempo para adquiri-los e, portanto,
maior o custo.

Assim, na estimativa de custos há a necessidade de
balancear a precisão necessitada com o custo da
estimativa.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Classificação das estimativas de custo segundo a AACE
(Associação Americana de Engenharia de Custos):

A escala de precisão associada a cada classe de estimativa e os


custos associados à realização da estimativa são classificados em
relação à classe de estimativa mais precisa (Classe 1).

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Para usar as informações desta Tabela é necessário conhecer a
precisão de uma estimativa da Classe 1.

Para a estimativa de custos de uma fábrica de produtos
químicos, uma estimativa de Classe 1 (estimativa detalhada)
é tipicamente precisa entre de -4% a +6%. Isso significa que, ao
fazer tal estimativa, o custo real da construção da fábrica
provavelmente seria na faixa de 6% maior e 4% menor do que o
preço estimado.

Da mesma forma, o esforço (custo) para se preparar uma
estimativa de Classe 5 para um processo químico é tipicamente
na faixa de 0,015% a 0,30% do custo total instalado da planta.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Exemplo:
O custo de capital estimado para uma planta química usando o método de
estimativa do estudo (Classe 4) foi calculado em US$ 2 milhões. Se a planta fosse
construída, em que escala você esperaria que a estimativa de capital real variasse?
Solução:
Para uma estimativa de Classe 4 a Tabela anterior revela que a faixa de precisão
esperada é entre 3 e 12 vezes a de uma estimativa de Classe 1. Conforme observado,
espera-se que uma estimativa de Classe 1 varie de + 6% a -4%. Podemos avaliar os
intervalos de custo de capital esperado mais estreitos e mais amplos da seguinte forma.
Intervalo mais baixo de custo esperado:
Maior valor do custo real da planta = (Us$2,0.106) [1 + (0,06).(3)] = Us$2,36.106
Menor valor do custo real da planta = (Us$2,0.106) [1 - (0,04).(3)] = Us$1,76.106
Intervalo mais alto de custo esperado:
Maior valor do custo real da planta = (Us$ 2,0.106) [1 + (0,06) (12)] = Us$3,44.106
Menor valor do custo real da planta = (Us$ 2,0.106) [1 - (0,04) (12)] = Us$1,04.106
O intervalo real esperado dependeria do nível de definição do projeto e do esforço. Se o
esforço e a definição estiverem no limite superior, então a escala de custo esperada
estaria entre Us$1,76 e Us$2,36 milhões. Se o esforço e a definição estiverem no nível
mais baixo, então a escala de custo esperada estaria entre Us$1,04 e Us$3,44 milhões.
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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

A estimativa de custos no âmbito de um projeto de


engenharia

Um projeto é um esforço temporário empreendido para
criar um produto, serviço ou resultado exclusivo (PMBOK).

É o somatório dos elementos conceituais, técnicos, executivos
e operacionais, os quais envolvem profissionais das áreas de
Engenharia e suas respectivas disciplinas.

O guia Project Management Body of Knowledge (PMBOK) é um
conjunto de práticas na gestão de projetos organizado pelo
instituto PMI e é considerado a base do conhecimento sobre
gestão de projetos por profissionais da área.

Uma das etapas mais importantes na realização de um projeto
é a etapa de planejamento e, no que diz respeito à Instalação
Industrial, cinco fases do projeto são essenciais para essa
etapa:
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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

1. Projeto Conceitual O Projeto Conceitual é a fase inicial


do processo de elaboração de um
2. Projeto Básico
projeto de uma obra ou instalação
3. Projeto FEED industrial. Nessa fase são feitas as
4. Projeto Executivo validações de um determinado estudo
e a confirmação de uma solução para
5. Projeto “As Built” atender à uma determinada
necessidade, nas mais diversas áreas
da engenharia. O projeto conceitual
inicia após a intenção de investir em
uma oportunidade identificada, e, é
através do Projeto Conceitual que será
definido o interesse e objetivo do
empreendimento.
Fonte:
http://technobras.com/blog/saiba-a-diferenca-entre-projetos-conceitual-basico-feed-executivo-e-as-built

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

1. Projeto Conceitual Projeto básico é a fase onde serão


definidas com precisão e concisão as
2. Projeto Básico
características básicas de um
3. Projeto FEED empreendimento e o desempenho
4. Projeto Executivo almejado na obra para que seja
possível estimar o custo e prazo de
5. Projeto “As Built” execução. É uma fase caracterizada
por estudos preliminares, anteprojeto,
estudos de viabilidade técnica e
econômica, além da avaliação do
impacto ambiental. Um projeto básico
pode abranger uma ou mais disciplinas
de engenharia, sendo apresentado
através dos documentos típicos da
instalação envolvida.
Fonte:
http://technobras.com/blog/saiba-a-diferenca-entre-projetos-conceitual-basico-feed-executivo-e-as-built

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

1. Projeto Conceitual Front-End Engineering Design (FEED,


ou Engenharia de Pré-Detalhamento) é
2. Projeto Básico a fase de projeto de engenharia, com foco
3. Projeto FEED em requisitos técnicos e verificação de
custos primários para uma proposta de
4. Projeto Executivo projeto. O projeto deve ser abordado de
5. Projeto “As Built” forma detalhada e com um processo
metódico. Uma atenção à análise de
problemas e às considerações, irá eliminar
possíveis resultados insatisfatórios na
Engenharia de Projetos, evitando
desperdício de tempo e aumento nos
custos de produção, inclusive
possibilitando fazer preliminarmente
cotação e/ou compras antecipadas de
equipamentos e materiais para
Fonte: instalações.
http://technobras.com/blog/saiba-a-diferenca-entre-projetos-conceitual-basico-feed-executivo-e-as-built

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

1. Projeto Conceitual De acordo com o Manual de Obras


Públicas, o projeto executivo é “o
2. Projeto Básico conjunto de informações técnicas
3. Projeto FEED necessárias e suficientes para a
realização do empreendimento, contendo
4. Projeto Executivo de forma clara, precisa e completa todas
5. Projeto “As Built” as indicações e detalhes construtivos para
a perfeita instalação, montagem e
execução dos serviços e obras objeto do
contrato.” É importante notar que essa
etapa não é um novo projeto, mas sim o
detalhamento específico das etapas
constituintes do Projeto Básico e do
FEED; sendo que o detalhamento do
Projeto permitirá o refinamento das
soluções técnicas e maior visualização
para as fases de construção, pré-
Fonte: fabricação e montagem.
http://technobras.com/blog/saiba-a-diferenca-entre-projetos-conceitual-basico-feed-executivo-e-as-built
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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

1. Projeto Conceitual A fase de “As Built”, nada mais é que


uma consolidação entre o projeto
2. Projeto Básico
como um todo e a execução da obra,
3. Projeto FEED dando um maior entendimento da
4. Projeto Executivo construção existente. Refere-se à
atualização da documentação de
5. Projeto “As Built” engenharia tal qual foi construído no
campo, materiais descritivos, plantas e
desenhos, focando exatamente o que
foi executado na obra. O “As Built” é de
suma importância, pois é através dele
que se torna possível saber com alto
nível de detalhamento as instalações e
estruturas existentes em um
empreendimento.
Fonte:
http://technobras.com/blog/saiba-a-diferenca-entre-projetos-conceitual-basico-feed-executivo-e-as-built

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

2 – CORREÇÃO POR FATORES DE ESCALA (OU FATOR


DE CAPACIDADE)

Uma das metodologias utilizadas para estimar custos é a da
correção por fatores de escala.

Esta metodologia baseia-se no fato de que um equipamento
com capacidade X vezes maior que outro não custará
exatamente X vezes o valor deste.

Mais especificamente, o fator de escala situa-se entre zero e
um, o que significa que, ao multiplicar-se uma dimensão do
equipamento por certo valor, seu custo será multiplicado por
um valor menor.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Correção por fatores de escala (ou fator de capacidade)



Assim, de posse do custo de um equipamento de
tamanho/dimensão ou capacidade conhecida, o custo de
um equipamento igual, mas com outro
tamanho/dimensão ou capacidade, pode ser estimado
conforme a equação:
n
CUSTO A CAPACIDADE A
=
[
CUSTO B CAPACIDADE B ]
Utilizando a equação acima é possível estimar o custo de um
trocador de calor A (CUSTO A), de área de troca térmica X (FATOR
A), a partir do conhecimento do custo de outro trocador B (CUSTO
B), com área Y (FATOR B), com “n” conhecido. Cada equipamento
possui uma DIMENSÃO/CAPACIDADE característica, e esta deve
ser escolhida de modo a estar mais diretamente possível
correlacionado com o custo do equipamento.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Correção por fatores de escala (ou fator de capacidade)



O valor do fator de escala n, por sua vez, pode ser definido
como 0,6 como uma estimativa preliminar (regra dos seis
décimos). Porém, dependendo do tipo do equipamento, o
valor típico do fator de escala pode ser ligeiramente
diferente, como apresentado na Tabela 1.2.

Economia de escala: ao dobrar a dimensão do
equipamento, o preço não dobra → quanto maior o
equipamento, menor é o custo deste por unidade de
capacidade.

Também é importante observar qual a dimensão utilizada
para a correção dos custos.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Correção por fatores de escala (ou fator de capacidade)



O n (expoente) é calculado graficamente:
n
CUSTO A CAPACIDADE A
=
[
CUSTO B CAPACIDADE B ]
Custo de um Soprador Centrífugo x Capacidade
n n
C A= K A a na qual K =C B /B B

log(C A )=log (K )+n log ( A a )

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

EXEMPLO: Um trocador de calor de tubo em U de área 100


m2 foi adquirido recentemente por $10.000,00. (a) Estime o
custo para se comprar um trocador de calor idêntico, mas de
área 180 m2, que será usado no scale up da unidade de
produção. (b) Quanto se erraria na estimativa se se usasse a
regra dos seis décimos?
Solução:
(a) Pela Tabela 1.2 → n = 0,53 com fator sendo a área
C2 = C1(A2/A1)0,53 →C2 = 10000(180/100)0,53 = 10000 x 1,3655 =
$ 13.655,00
(b) Pela regra dos seis décimos
C2 = C1(A2/A1)0,6 →C2 = 10000(180/100)0,6 = $ 14.228,00
ou erro de + $573,00 (4,19% de superestimativa)
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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

3 – CORREÇÃO TEMPORAL (FATOR DE INFLAÇÃO)



O custo estimado de um equipamento em um dado ano pode
ser corrigido para anos seguintes usando-se um fator de
inflação

Por exemplo: o custo de um compressor centrífugo para gás
natural pode ser corrigido por um índice de preços da
indústria química em geral, por um índice de preços da
indústria de óleo e gás, por um índice de preços para
bombas e compressores, ou por um índice de preços
específico para compressores centrífugos.

Por que não se deve utilizar os índices convencionais de
inflação (IGPM, INCC, TR etc)?

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

CORREÇÃO TEMPORAL (FATOR DE INFLAÇÃO)



Entre os índices mais utilizados na literatura especializada,
podem ser citados os índices Marshal & Swift (M&S),
Chemical Engineering Plants Cost Index (CEPCI), e os
índices Nelson-Farrar (que podem ser gerais ou específicos
para cada tipo de equipamento).

De posse dos valores do índice selecionado no ano (ou mês)
do custo de referência, e no ano (ou mês) da data base do
projeto, a correção por índices pode ser feita mediante a
equação:

ÍNDICE ano B
CUSTO ano B =CUSTO ano A
( ÍNDICE ano A )
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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

CORREÇÃO TEMPORAL (FATOR DE INFLAÇÃO)


M&S e CEPCI

Os índices compostos M&S e CEPCI são dois dos mais
utilizados na correção de custos de equipamentos para
outras datas base.

Os mesmos são calculados com base em uma cesta de itens
de grande relevância em plantas químicas e petroquímicas.
Por exemplo, alguns dos itens relacionados são
apresentados a seguir na Tabela 2.5 para o índice CEPCI.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Os índices M&S e CEPCI compilados de 1969 até 2017 são


apresentados na Tabela 10.2 de: Compilação de correlações de
custos de equipamentos: instalações industriais de gás natural (2018).
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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

CORREÇÃO TEMPORAL (FATOR DE INFLAÇÃO)


Nelson-Farrar

Outro índice de custos amplamente utilizado na indústria
química, principalmente na área de petróleo e gás, é o índice
Nelson-Farrar.

Além do índice composto para refinarias (ou plantas
petroquímicas em geral), estes autores apresentam índices
específicos para cada tipo de equipamento e para despesas
operacionais, que são publicados mensalmente na revista Oil
& Gas Journal.

Os índices para CAPEX e OPEX, compilados de 1979 até
2017, assim como alguns outros anos, são apresentados nas
Tabelas 10.3 até 10.7, de Compilação de correlações de custos
de equipamentos: instalações industriais de gás natural (2018)
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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

CORREÇÃO TEMPORAL (FATOR DE INFLAÇÃO)



Os índices mais geralmente aceitos na indústria química e
relatados na última página de cada edição da Chemical
Engineering (Essentials for the CPI Professionals -
http://www.chemengonline.com) são o Marshall e Swift
Equipment Cost Index e o Chemical Engineering Plant Cost
Index.

Salvo indicação em contrário, o Índice de Custo da Fábrica
de Engenharia Química (CEPCI) será utilizado para
contabilizar a inflação.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

CORREÇÃO TEMPORAL (FATOR DE INFLAÇÃO)


Exemplo: O custo de compra de um trocador de calor de 500
m2 de área em 1992 foi de $25.000. Estime o custo do mesmo
equipamento em 2011 usando os índices CEPCI e M&S.
Solução:
Consultando a tabela do slide seguinte:
1996 2011
Índice M&S: 1039 1490
CEPCI: 382 582
Marshall and Swift: Custo = ($25,000)(1490/1039) = $39,852
Chemical Engineering: Custo = ($25,000)(582/382) = $38,089
Diferença: (($39,852 – 38,089)/(($39,852 + 38,089)/2)(100) =
–7.4%
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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

CORREÇÃO TEMPORAL (FATOR DE INFLAÇÃO)


OBS:

Em um projeto é importante que se usem todos os fatores de
inflação de um mesmo índice (ex., CEPCI) e para a mesma
categoria, conforme o caso.

Por exemplo, existe o CEPCI para a indústria química em
geral; o de equipamentos; mão de obra de construção etc.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

4 – TIPOS DE PREÇOS

Preço FOB ("free on board" = livre a bordo) – O exportador
deve entregar a mercadoria, desembaraçada, a bordo do
navio indicado pelo importador, no porto de embarque. Esta
modalidade é válida para o transporte marítimo ou hidroviário
interior. Todas as despesas, até o momento em que o
produto é colocado a bordo do veículo transportador, são da
responsabilidade do exportador. Ao importador cabem as
despesas e os riscos de perda ou dano do produto a partir
do momento que este transpuser a amurada do navio.
Seguro Facultativo.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

TIPOS DE PREÇOS:

Preço CIF ("cost, insurance and freight" = custo, seguro e
frete) – O exportador deve entregar a mercadoria a bordo do
navio, no porto de embarque, com frete e seguro pagos. A
responsabilidade do exportador cessa no momento em que o
produto cruza a amurada do navio no porto de destino.
Seguro Internacional Obrigatório.

Há vários outros tipos de preços: EXW, FCA etc (
https://pt.wikipedia.org/wiki/Incoterms)

Essas siglas são universais, estabelecidas pelo acordo
internacional Incoterms (Termos internacionais de comércio).

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

TIPOS DE PREÇOS:

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

TIPOS DE PREÇOS:

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

5 – ESTIMATIVA DO CUSTO DE EQUIPAMENTOS



A metodologia a seguir se enquadra dentro do Método 3:
Estimativa de projeto preliminar ou estimativa de
escopo descrita anteriormente

Para um equipamento isolado, espera-se que a incerteza
esteja entre +25% a -25%, pois os métodos disponíveis
na literatura fazem uma média entre inúmeros fabricantes
cujos preços podem diferir entre si

Este método requer o dimensionamento do equipamento,
pressão de operação e seleção do material de construção
(MOC)

Introduzido por Guthrie no final de 1969 e início de 1970

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Esta técnica de estimativa de custo relaciona todos os custos
ao custo de aquisição do equipamento avaliado para
algumas condições de base (P = 1 atm, MOC = aço
carbono)

Os desvios dessas condições básicas são tratados usando
fatores de multiplicação que dependem do seguinte:
1. O tipo de equipamento específico
2. A pressão específica do sistema
3. Os materiais específicos de construção

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

5.1 – ESTIMATIVA DE CUSTOS A PARTIR DE GRÁFICOS



Métodos usual no passado, hoje a tendência é substituí-lo
por correlações (para uso em planilhas eletrônicas ou em
“softwares”)

Tipicamente, o custo FOB do equipamento é apresentado
em função de um ou mais fatores relacionados ao tamanho
do equipamento

Gráficos mostram claramente o efeito do fator de tamanho
sobre o custo do equipamento e podem ser lidos
rapidamente

A precisão da estimativa é menor quando comparada com a
utilização de equações

Bibliografia → gráficos para vários equipamentos

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Seider et al., 2004

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


O custo FOB mostrado é para um trocador de aço carbono,
trabalhando em pressão de até 100 psig e com tubos de 20 ft
de comprimento, construído em 2000 (CEPCI = 394); para
condições diferentes dessas, correções devem ser feitas:
● CP = CBFPFMFL
P em psig, 100 a 2000 psig, lado tubo
● CB = é o valor lido no gráfico
● FP = é o fator de pressão
● FM = é o fator de material
● FL = é o fator de comprimento

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Exemplo: Estime o custo de um trocador de calor de cabeçote


flutuante, de 7290 ft2 de área de troca térmica, a ser
construído em liga de aço inox, tendo tubos de 20 ft, que
deverá suportar uma pressão tanto no casco, quanto nos
tubos, de até 700 psig, no final do ano de 2017.
● CP = CBFPFMFL
● C = $62600 em meados de 2000 (CEPCI = 394) → do
B
gráfico anterior
● F = 0,9803 + 0,018(700/100) + 0,0017(700/100) 2 = 1,19
P
● F = 2,70 + (7290/100)0,07 = 4,05
M
● F = 1,00
L
● Assim, C = (62600)(1,19)(4,05)(1,00) = $301700 (ano 2000)
P
● C (2017) = C (2000)(CEPCI2017)/(CEPCI2000) =
P P
CP (2017) = ($301700)(568,82)/(394) = USD $435.566,00
preço FOB, no Golfo do México, no final de 2017 61
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

62
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

5.2 – ESTIMATIVA DE CUSTOS A PARTIR DE


CORRELAÇÕES

Método mais preciso e permite a automatização da
estimativa em planilhas eletrônicas ou softwares

Diversas correlações existentes na literatura:
Correlações de Guthrie → pioneiro e referência até hoje
Correlações de Corripio
Correlações Capcost → Turton et al. (2009)
Correlações de Peter, Timmerhaus e West
(http://www.mhhe.com/engcs/chemical/peters/data/ )
Os custos possuem data base de 2002, com um valor de
CEPCI = 390,4, podendo ser corrigidos por este mesmo
índice, e fornecendo custos em US$.
Correlações ICARUS → empresa AspenTech (simuladores
ASPEN e HYSYS)
63
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Forma geral das correlações:
CUSTO = f(A, B, C,…) x fatores(material, pressão etc)

O custo é calculado em um dado ano de validade da
correlação e em seguida deve ser trazido para o
presente através da “correção temporal” ou “correção
pelo fator de inflação”

ATENÇÃO:
Ao usar uma dada correlação, prestar atenção se o custo
calculado é o custo FOB do equipamento ou o custo total do
equipamento incluindo os custos diretos e indiretos de
aquisição e instalação, válidos para a região do Golfo do
México nos EUA

As correlações do CAPCOST são um exemplo do segundo
caso
64
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Exemplo: Estime o custo de um trocador de calor de cabeçote


flutuante, de 7290 ft2 de área de troca térmica, a ser
construído em liga de aço inox, tendo tubos de 20 ft, que
deverá suportar uma pressão tanto no casco, quanto nos
tubos, de até 700 psig, no final do ano de 2017. Seider et al., 2004
● CP = CBFPFMFL Correlação válida para ano 2000, CEPCI = 394

● C = exp{11.667 − 0.8709[ln(A)] + 0.09005 [ln(A)] 2 } =


B
exp{11.667 − 0.8709[ln(7290)] + 0.09005 [ln(7290)]2 } = 62608,00
● FP = 0,9803 + 0,018(700/100) + 0,0017(700/100)2 = 1,19
● FM = 2,70 + (7290/100)0,07 = 4,05
● FL = 1,00
● Assim, CP = (62600)(1,19)(4,05)(1,00) = $301739 (ano 2000)
● CP (2017) = CP (2000)(CEPCI2017)/(CEPCI2000) =
CP (2017) = ($301739)(568,82)/(394) = USD $435.622,00
preço FOB, no Golfo do México, no final de 2017
65
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

6 – CUSTOS DE INTERNAÇÃO E TROPICALIZAÇÃO



A maioria das correlações e dos modelos existentes na
literatura para estimativa de custos refere-se ao custo FOB
no Golfo do México, ou a custos nos EUA em geral, em US$.

Por isso, quando o projeto for implementado em outro país –
por exemplo, no Brasil –, os custos devem ser adaptados à
realidade do mesmo.

Isto pode ser feito por meio de um fator multiplicativo, que no
caso do Brasil é chamado de fator-Brasil ou de fator de
tropicalização, ou ainda por meio da internação, que
consiste na aplicação de impostos e taxas referentes à
importação de cada equipamento.

No caso da internação, os custos que devem ser
acrescentados são os apresentados na Tabela 1.3.
66
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Já no caso do fator de tropicalização, este pode ser calculado com


base em custos de referência de que se tenha posse. Por exemplo, o
custo de compressores pode ser tropicalizado por um fator que é
igual à razão entre o custo por HP de compressores no Brasil e nos
EUA. Da mesma forma, o CAPEX de uma unidade petroquímica
pode ser tropicalizado usando a razão entre os custos (normalizados
pela capacidade) deste tipo de unidade no Brasil e nos EUA.
67
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

68
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

EXEMPLO: Para uma UPGN (Unidade de Processamento de Gás


Natural) o fator de tropicalização pode ser calculado de forma
simplificada como a razão entre o custo médio de UPGNs no Brasil e
o custo médio de UPGNs nos EUA, ambos normalizados quanto à
capacidade das plantas. Por meio de custos disponíveis na literatura
(por exemplo, base de dados BoxScore), são calculados valores de
CAPEX médio por unidade de vazão de UPGNs iguais a US$(2012)
83/(m3/d) para o Brasil (já com impostos) e US$(2012) 40/(m3/d)
para os EUA, o que permite estimar um fator de tropicalização Ftrop
de 2,08. Porém, dentro deste fator, que foi obtido para a cotação do
dólar de 2012, considerou-se que a parcela de serviços e materiais
adicionais não seria cotada em dólar. Assim, pode-se corrigir apenas
esta parcela para compensar a depreciação da taxa de câmbio de
2012 a 2017; o fator de tropicalização estimado para o ano de
2017 foi Ftrop = 1,70.

69
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

UPGN-UO-AM
Localização: Coari-AM

70
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

7 – ESTIMATIVA DO CUSTO DE INSTALAÇÃO



A estimativa de custos de instalação no Brasil é difícil

O procedimento usualmente empregado é estimá-los
para os EUA, país para o qual há extensos estudos de
estimativa, e em seguida aplicar o fator de
tropicalização, obtendo assim o custo instalado local

Há várias metodologias de estimativa do custo instalado; nos
próximos itens serão vistas as três principais:
(1) estimativa pelo método fator de Lang;
(2) estimativa pelo método do módulo nu (bare module);
(3) estimativa pelo método ICARUS

71
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Para instalar um equipamento, alguns custos devem ser


considerados:

Materiais de campo usados na instalação (tubulações,
concreto, estrutura de aço, instrumentação e controle
automático, parte elétrica, isolamento, pintura)

Mão de obra direta para instalação (custo de construções
e de montagem do equipamento)

Despesas indiretas de instalação (frete, seguro, taxas,
despesas gerais de construção, despesas de engenharia da
contratada)

72
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Tem-se no final o valor desembolsado dentro dos limites da
bateria de produção (ISBL; Inside Battery Limits).

Além disso, é essencial calcular-se outros custos, como
o do terreno e o de unidades auxiliares. Isto pode ser feito
de forma detalhada, descrevendo-se cada item adicional do
orçamento, ou de forma simplificada, como um fator que
deve ser multiplicado pelos custos calculados. Este é o valor
desembolsado fora dos limites da bateria de produção
(OSBL; Outside Battery Limits).

73
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

74
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

75
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Custos indiretos: projeto básico e projeto executivo,


licenciamento ambiental, compensações ambientais,
aquisição/terraplanagem/urbanização do terreno, adm. local
da obra, benefícios e despesas indiretas (BDI)

Sistemas auxiliares: ciclo de Propano, torres de resfriamento, esferas de GLP,


tanques em geral, colunas para lavagem cáustica etc
76
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Ao CAPEX tropicalizado são adicionados ainda como custos


indiretos (exemplo da instalação de uma nova UPGN):

As despesas relativas ao Projeto Básico e ao Projeto Executivo da
planta (5% do Custo Direto)

Custo dos estudos para o Licenciamento Ambiental (1,5 milhão de
dólares)

Custo das Compensações ambientais (0,5% do Custo Direto)

Custo de Aquisição, Terraplenagem e Urbanização do terreno (US$
100 /m2, área de 100.000 m2)

Custo da Administração Local da Obra (5% do Custo Direto)

Custos de Benefícios e Despesas Indiretas – BDI (25% do Custo
Direto).

Estes fatores podem ser estimados com base em informações


disponíveis na literatura ou em experiência pregressa.

77
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

8 – ESTIMATIVA DO CUSTO DE CAPITAL DE UMA PLANTA


QUÍMICA – CAPEX
8.1 – Método 1: estimativa da ordem de grandeza
8.2 – Método 2: estimativa do estudo ou de
equipamento principal
8.3 – Método 3: Estimativa de projeto preliminar ou
estimativa de escopo

78
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

8 – ESTIMATIVA DO CUSTO DE CAPITAL DE UMA PLANTA


QUÍMICA – CAPEX
8.1 – Método 1: estimativa da ordem de grandeza
8.2 – Método 2: estimativa do estudo ou de equipamento
principal
8.3 – Método 3: Estimativa de projeto preliminar ou
estimativa de escopo

79
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Esse método de estimativa pode ser aplicado rapidamente e
é útil para determinar se vale a pena prosseguir em um novo
processo, especialmente quando há rotas concorrentes.

O método é particularmente útil para usinas petroquímicas
de baixa pressão, onde tem uma precisão de
aproximadamente ± 50%.

Para processos de pressão moderada a alta, o custo real
pode ser o dobro da estimativa.

Para produzir a estimativa, apenas duas coisas são
necessárias: uma taxa de produção em libras por ano e um
fluxograma mostrando os compressores de gás, reatores e
equipamentos de separação necessários. Trocadores de
calor e bombas de líquido não são considerados para fazer a
estimativa.
80
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Além disso, não é necessário calcular um balanço de massa
e energia ou projetar ou dimensionar o equipamento, mas é
importante que o processo tenha sido suficientemente
estudado para que o fluxograma seja completo com todas as
principais peças de movimentação de gás, reatores e
equipamentos de separação e seus materiais de
construção.

Outro fator importante na realização da estimativa é a
pressão de projeto de cada peça principal do equipamento,
se for maior que 100 psi.

O método está descrito na p. 445 do Seider et al. (2017) e
usa como base o índice de inflação de Marshall e Swift de
2006, de 1.365, uma taxa de produção base de 10.000.000
lb/ano para o produto principal, construção em aço carbono e
pressão de projeto inferior a 100 psi.
81
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

82
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

83
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

84
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

“Grass-roots plants”: plantas


construídas do zero e não
adições à unidades existentes.

TCI = Total Capital


Investment = Capital Total
Investido ou CAPEX 85
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

EXEMPLO 16.2 (p. 445 do Seider et al., 2017) – Estimativa


da ordem de grandeza. Faça uma estimativa de ordem de
grandeza do investimento total de capital a partir do início de
2007 com MS = 1400 para produzir benzeno de acordo com o
processo de hidrodealquilação de tolueno mostrado na Figura
6.14. Suponha uma conversão global de tolueno para benzeno
de 95% e 330 dias de operação por ano. Suponha também que o
gás de reposição (make up gas) entre na pressão desejada e
que um tratador por adsorção com argila seja adicionado ao
fluxograma após a estabilizadora. O tratador remove
contaminantes que impediriam o produto benzeno de atender às
especificações. Além disso, para que o reator lide com a alta
temperatura, ele deve ter um revestimento de tijolos no interior,
portanto, use um fator de material de FM = 1,5. Todos os
equipamentos principais são construídos em aço carbono. A
fábrica será construída ao ar livre com grandes adições às
instalações existentes. 86
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

87
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

MM(tolueno) = 92,14
MM(benzeno) = 78,11

(25262 lb/h)/(92,14 lbm/lbmol)


= 274,2 lbmol/h

88
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

89
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

8 – ESTIMATIVA DO CUSTO DE CAPITAL DE UMA PLANTA


QUÍMICA – CAPEX
8.1 – Método 1: estimativa da ordem de grandeza
8.2 – Método 2: estimativa do estudo ou de
equipamento principal (método do fator de Lang)
8.3 – Método 3: Estimativa de projeto preliminar ou
estimativa de escopo

Fluxo de informação nos métodos 2 e 3


90
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Em uma série de três artigos, de 1947 a 1948, Lang
desenvolveu um método para estimar o custo de capital de
uma fábrica química usando fatores gerais que multiplicam
as estimativas do custo dos principais equipamentos do
processo.

Este método requer um projeto de processo completo com
um balanço de massa e energia, bem como
dimensionamento de equipamentos.

Além disso, materiais de construção para os principais
equipamentos, incluindo os trocadores de calor e bombas,
devem ser conhecidos.

Consideravelmente, é necessário mais tempo para fazer
uma estimativa do que para a estimativa anterior de ordem
de grandeza. Mas a precisão é melhorada para ± 35%.
91
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Para aplicar o método, o custo FOB de compra de cada peça
do equipamento principal deve ser estimado.

Os custos FOB de aquisição de uma ampla gama de
equipamentos de processamento químico serão
apresentados no próximo item.

Pelo método de Lang, o CAPEX de uma planta, incluindo
todos os custos de materiais adicionais, de instalação, e
de unidades auxiliares, é estimado com base na
multiplicação do custo FOB dos equipamentos
principais da planta por um fator apropriado, que
depende do tipo de planta que está sendo analisada:

CAPEX =1,05×f Lang ×CUSTO FOB equipamentos

92
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

93
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Os fatores típicos são apresentados na Tabela 16.16, abaixo.
O CAPEX obtido desta forma pode ou não incluir o capital de
giro necessário ao projeto.

Valores recomendados atualmente pois


foram publicados em 2003
94
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

EXEMPLO 16.3 (p. 447 do Seider et al., 2017) – Estimativa


usando fator de Lang. Use o método do fator de Lang para estimar
o investimento total de capital no ano de 2006 (MS = 1365) para produzir
ciclohexano de acordo com o processo de hidrogenação de benzeno
mostrado na Figura 10.24. No entanto, a alimentação de "make up" de H2
não está disponível a 335 psia, mas a 75 psia. Portanto, um compressor
de gás de alimentação, K2, foi adicionado. Também dois permutadores de
calor foram adicionados. A corrente de efluente do reator S7 agora entra
no novo trocador H2, que resfria o efluente a 260 F produzindo vapor de
10 psig a partir da água de alimentação da caldeira. O efluente descarta
H2 como corrente S7A e entra no novo trocador H3, onde é trocado calor
com o benzeno de alimentação, aquecendo o benzeno a 235 F, sendo
resfriado a 201 F e saindo como corrente S7B, que agora entra no
trocador existente H1. O projeto do processo foi concluído, com os
tamanhos dos equipamentos na “Lista de Equipamentos” da Tabela 16.18.
Também estão incluídos na Tabela 16.18 as estimativas do custo FOB de
compra no ano de 1977 (índice MS de 514). Todo o equipamento é
fabricado em aço carbono.
95
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

96
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

97
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

98
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

8 – ESTIMATIVA DO CUSTO DE CAPITAL DE UMA PLANTA


QUÍMICA – CAPEX
8.1 – Método 1: estimativa da ordem de grandeza
8.2 – Método 2: estimativa do estudo ou de equipamento
principal
8.3 – Método 3: Estimativa de projeto preliminar ou
estimativa de escopo – estimativa do custo instalado
total nos EUA usando a metodologia “bare module”

99
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Este método é melhor executado depois de um projeto ótimo
de processo ter sido desenvolvido, completo com um
balanço de massa e energia, dimensionamento de
equipamentos e seleção de materiais de construção (PFD).

É necessário mais tempo para fazer uma estimativa
preliminar do que para a estimativa anterior, mas a precisão
é melhorada para talvez ± 20%.

Um simulador de processos é uma


ferramenta quase imprescindível
nessa etapa

100
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Para aplicar o método, o custo FOB de aquisição de cada
peça de equipamento principal deve ser estimado, como foi o
caso do método de Lang.

No entanto, em vez de usar um fator de Lang global para
contabilizar a instalação do equipamento e outros custos de
capital, os fatores individuais para cada tipo de equipamento
fornecidos na Tabela 16.11 são usados como desenvolvidos
primeiro por Hand (1958) e mais tarde por Guthrie (1969,
1974), que introduziu o conceito de módulo nu ou despido de
acessórios (bare module).

Assume-se aqui que todos os processos considerados
são tecnicamente viáveis e a atenção é focada na
estimação econômica dos custos de capital.

101
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Os fatores individuais de instalação para cada tipo de
equipamento fornecidos na Tabela 16.11 são usados como
desenvolvidos primeiro por Hand (1958) e mais tarde por
Guthrie (1969, 1974), que introduziu o conceito de módulo
nu ou despido de acessórios (bare module).
● O Fator (FBM) permite converter o custo FOB de um
equipamento básico (P = 1 atm, MOC = aço carbono) no
custo do módulo nú (bare module cost) ou custo
instalado

102
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

● O Fator (FBM) não deve ser aplicado ao custo FOB de um


equipamento fora das condições básicas, ou seja, com
FP e FM diferente de 1

Isso se deve ao fato de que os custos de instalação não
crescem na mesma proporção comparado com o aumento
dos custos de material não básico (aço carbono).

Custos como isolamento, praticamente não sofrem efeito do
MOC; outros custos, como frete, mão de obra etc são
impactados de modos distintos que o linear

103
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

O método Guthrie prossegue por etapas da seguinte


maneira:
Etapa 1: A partir do projeto do processo, prepare uma lista de
equipamentos, fornecendo o título, a etiqueta, o tamanho, o
material de construção, a temperatura do projeto e a pressão
de projeto do equipamento.
Etapa 2: Usando os dados na Etapa 1 com dados de custo
FOB de compra de equipamentos, adicione à lista de
equipamentos o custo, CbP e o índice de inflação
correspondente, Ib, dos dados de custo. No método Guthrie, o
o custo FOB de compra CbP é um custo-base correspondente a
uma pressão de projeto quase ambiente e aço carbono como
material de construção. Ou seja, os fator de material e de
pressão ainda não foram utilizados.
104
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Etapa 3: atualize os dados de custo para o índice de inflação


atual. Para cada peça de equipamento, determine o custo do
módulo vazio ou nu – usando fatores de módulo vazio, F BM, da
Tabela 16.11, tomando o cuidado de modificá-lo corretamente
quando o material de construção não é de aço carbono e/ou a
pressão não está próxima do ambiente – como dado pela
equação a seguir, antes de passar para a Etapa 4. Como
discutido anteriormente, o custo do módulo vazio (bare module
cost) FBM é responsável pela entrega, seguro, impostos e
materiais diretos e mão-de-obra para instalação.
CBM = CbP(I/Ib)[FBM + (FdFPFM-1)]
FBM = Fator “bare-module”
Fd = fator de projeto do equipamento (caso não haja, Fd = 1)
Fd = fator de pressão
FM = Fator de material 105
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Etapa 4: Obtenha o custo total do módulo vazio, CTBM,


somando os custos do módulo vazio de cada equipamento do
processo.
Etapa 5: usando a equação a seguir, estimar o investimento
permanente total (CTPI). Adicione a isso uma estimativa do
capital de giro (CWC) para obter o investimento de capital total
(CTCI).
ver
CTCI = CTPI + CWC próximo
slide
= 1.18(CTBM + Csite + Cbuildings + Coffsite facilities) + CWC

O fator 1,18 contabiliza contingências e taxas de contratação

A equação anterior não contabiliza custos de royalties e de
partida da planta (start up)

106
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

● CTCI = CTPI + CWC


= 1.18(CTBM + Csite + Cbuildings + Coffsite facilities) + CWC
● CTCI = Total Capital Investment (Capital investido total)
● CTPI = Total Permanent Investment (investimento
permanente total)
● CWC = Working Capital (capital de giro)
● CTBM = Total Bare Module (custo total do módulo de
equipamento)
● Csite = custo de preparação do terreno
● Cbuildings = custo de construções
● Coffsite facilities = custo das facilidades “off sites”
107
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

CTCI = Total Capital Investment (Capital investido total)

Usar essa tabela como um algoritmo para


se chegar no TPI.
Nessa metodologia o TPI é estimado
para os EUA e em seguida corrigido
usando um fator de localidade (ISF):

108
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

RAZÕES:
• Local fabrication and
construction infrastructure
• Local labor availability and
cost
• Costs of shipping or
transporting equipment to
site
• Import duties or other
local tariffs
• Currency exchange
rates, which affect the
relative cost of locally
purchased items such as
bulk materials, when
converted to a
conventional pricing
basis such as U.S.
dollars.

Fonte: Aspen Richardson’s


International Construction
Cost Factor Location Manual
(2003)
109
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Os valores na Tabela 7.7 fornecem custos em base local em
dólares americanos.

Os fatores de localização na Tabela 7.7 são baseados em
dados de 2003 e podem ser atualizados dividindo pela
relação dólar / moeda local em 2003 e multiplicando pela
relação dólar dos EUA / moeda local no ano de interesse.

110
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Nessa metodologia tropicaliza-se o custo instalado


total e em seguida somam-se os custos indiretos
cotados em preços locais

Custos indiretos (estimados em moeda local e depois


dolarizados): projeto básico e projeto executivo,
licenciamento ambiental, compensações ambientais,
aquisição/terraplanagem/urbanização do terreno, adm.
2
local da obra, benefícios e despesas indiretas (BDI)
111
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

112
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Custos dentro dos


limites da bateria de
produção (ISBL; Inside
Battery Limits).

113
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

EXEMPLO 1: O custo básico FOB de aquisição de um vaso


de pressão vertical fabricado,
com 6 pés de diâmetro interno
e 100 pés de altura (tangente à
tangente) feito de aço carbono
para uma pressão de projeto
não superior a 50 psig é dado
como $ 102.000 em 1995
(CE índice = CEPCI = 381).
Calcule o custo do módulo vazio
para o ano de 2006 (índice CE = 500) se o vaso for revestido
de aço inoxidável 316 (316 clad stainless steel) para uma
pressão de projeto de 200 psig. Para essas condições, Guthrie
(1974) fornece FBM = 4,16, Fd = 1, FP = 1,55 e FM = 2,60.
https://www.inspection-for-indus
try.com/stainless-steel-cladding.
html 114
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

EXEMPLO 2: O custo total do módulo vazio para um processo


de produção de 40.000.000 lb/ano de álcoois butílicos pela
hidratação catalítica de butilenos é de US $ 12.900.000,
indexados ao ano de 2006. O processo será um acréscimo a
um complexo integrado existente e não serão necessários
edifícios de processo. As unidades “off sites” foram estimadas
em US $ 1.500.000 e o capital de giro foi estimado em US $
1.700.000. Todos as estimativas foram feitas para a região do
Golfo do México nos EUA. Estime o investimento total de
capital (= capital investido total) que seria gasto nesse
processo.
Pergunta: E se a estimativa fosse para o Brasil, em 2018, o
que teria que ser feito?

115
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

116
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

P = 200 atm
117
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

118
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

ESTIMATIVA DE CUSTO USANDO A PLANILHA CAPCOST


Planilha no formato EXCEL que acompanha TURTON, R.,
BAILIE, R. C., WHITING, W. B., SHAEIWITZ, J. A.,
BHATTACHARYYA, D. Analysis, synthesis and design of
chemical processes, 4ª edição. USA: Prentice Hall, 2012.

Uma boa lista de equipamentos, mas bem menor do que a
disponível no livro do Seider et al. (2017)

Disponível no Moodle

Fornece o custo do equipamento básico (pressão em
torno de 1 atm e em aço carbono) e o custo do
equipamento já instalado (EUA, Golfo do México)
● Fazendo FM = FP = 1 tem-se CBM0
119
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

EXEMPLO: Uma pequena expansão para uma instalação


química existente está sendo investigada e um PFD preliminar
do processo é mostrado na Figura abaixo:

120
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

A expansão envolve a instalação de uma nova coluna de


destilação com um reboiler, condensador, bombas e outros
equipamentos associados. A Tabela do próximo slide contém
uma lista dos equipamentos, tamanhos, materiais de
construção e pressões operacionais. Utilizando o método
CAPCOST calcule o custo total do módulo (C BM) para essa
expansão no final de 2011 (CEPCI = 582), supondo que seja
instalado no Brasil.

Etapa 1: A partir do projeto do processo, prepare uma lista de


equipamentos, fornecendo o título, a etiqueta, o tamanho, o
material de construção, a temperatura do projeto e a pressão
de projeto do equipamento.

121
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

122
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Etapa 2: Usando os dados na Etapa 1 e a planilha CAPCOST


calcule o custo de compra do equipamento básico (Cp0), o
custo instalado (CBM) e o custo instalado nas condições
básicas (CBM0); some os custos de todos os equipamentos e
em seguida corrija o valor estimado da unidade com o fator de
inflação.

123
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Ib = 397 (CEPCI no ano de validade do gráfico ou correlação usado para estimar o


custo FOB do equipamento básico
I = 582 (CEPCI em 2011)

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Etapa 3: O custo total da unidade (CTM) [equivalente ao CTBM


da metodologia do Guthrie dos slides anteriores], incluindo
custos de instalação, é estimado para duas situações:
(1) Unidade em adição à uma planta já existente – com
18% de contingências + taxas:
n n
C TM =∑ C TM , i=1 ,18 ∑ C Bm , i n = número total de
i=1 i=1
equipamentos

(2) Unidade construída a partir do zero, CGR, (“grass roots”) –


inclui custos para preparo do terreno, construções auxiliares,
“off-sites” e utilidades (aqui considerado 50% do custo do
módulo, mas pode variar de 20% a 100%). Esses termos em
geral não são afetados pelo material de construção e a
pressão de operação:
n
0
C GR =C TM +0 ,50 ∑ C Bm ,i
i=1
125
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Para o exemplo:
n n
C TM =∑ C TM , i=1 ,18 ∑ C Bm , i=1 ,18×$ 1.168 .400 ,00=$ 1.378 .700 ,00
i=1 i=1

n
0
C GR =C TM +0 ,50 ∑ C Bm ,i =$ 1.378 .700+0 ,5×597.800×(582/ 397)=
i=1
$ 1.816 .900 ,00

O custo “grass roots” é aqui colocado como mero exemplo


ilustrativo de cálculo pois não é apropriado para esse exemplo
em questão pois envolve a adição de uma unidade à uma
planta já existente.

126
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

Etapa 4: Aplicação do fator de localização ou fator de


tropicalização

Cotação média do real em 2003: 1 R$ = 0,333 $


Cotação média do real em 2011: 1 R$ = 0,571 $
(houve uma apreciação do Real no período, encarecendo o
custos locais dolarizados)

Brasil → FL = 1,14 (2003)


Assim, para 2011: 1,14x(0,571/0,333) = 1,96

Finalmente: C TM =$ 1.378 .700 ,00×1 ,96=$ 2.702 .250 ,00


127
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

9 – CUSTOS DE INSTALAÇÃO E OUTROS CUSTOS


USANDO A METODOLOGIA ICARUS
Nesta metodologia, são apresentados primeiramente fatores
para estimar os custos relacionados ao posicionamento dos
equipamentos dentro da planta química e sua montagem.
Estes fatores devem ser multiplicados pelo preço FOB
dos equipamentos calculados com fator de material igual
a 1, e são apresentados na Tabela 11.2 de Compilação de
correlações de custos de equipamentos: instalações industriais de
gás natural (2018)

128
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

129
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO


Em seguida, são apresentados fatores para o cálculo dos
custos com materiais adicionais necessários à instalação de
cada equipamento.

Estes percentuais devem ser aplicados sobre os custos de
equipamentos calculados com fator de material igual a 1.

Além disso, são apresentados fatores que devem ser
aplicados sobre o custo dos materiais adicionais para o
cálculo do custo dos serviços relacionados aos mesmos (ou
seja, à instalação propriamente dita).

Os fatores são apresentados na Tabela 11.3, a seguir.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS DE CAPITAL DE INVESTIMENTO

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