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TCC – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

PROTEÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO:


COORDENAÇÃO E APLICAÇÃO DOS ELEMENTOS DE
SEQUÊNCIA NEGATIVA NOS RELÉS
MICROPROCESSADOS

CAMILO NUNES DE OLIVEIRA NETO

Universidade Salvador – UNIFACS, coordenação de engenharia elétrica.

E-mail para contato: camilo.nunes@outlook.com

RESUMO – A proteção de sequência negativa atua mais rápida e com maior


sensibilidade para curtos entre fases do que as tradicionais proteções de
sobrecorrente 50/51, isto acontece porque os elementos de sequência negativa
não respondem à carga equilibrada, podendo ser ajustado abaixo da corrente
de carga. Este artigo apresenta as tradicionais proteções aplicadas na redes de
distribuição propondo a inclusão dos ajustes sequência negativa de forma que
a utilização de ambas nos alimentadores da distribuição promova a perfeita
coordenação.
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COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ABSTRACT - The Negative Sequence Protection actuates more faster and with much
more sensibility for short circuits phase to phase than the common overcurrent protection
(50/51). This happens because the negative sequence elements don’t respond to balanced
loads and consequently the adjusts can be done below the level of the load current. This
article presents the traditional protection functions applied in distribution systems
proposing the inclusion of negative sequence parameters to improve the protection
ratings.
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1 INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento cada vez maior dos relés de proteção microprocessados, muitas
funções disponibilizadas pelos fabricantes que dão a possibilidade à proteção do sistema
elétrico tornar-se mais robusta, não têm sido bem aproveitadas pelos usuários
(CALERON, 2001), deixando a detecção dos mais variados tipos de falta somente para
as tradicionais proteções de sobrecorrente instantânea e temporizada (50/51). Os
elementos de sequência negativa, por exemplo, bastante conhecidos pelos engenheiros,
tinham pouca facilidade de implantação nos projetos de proteção, pois os relés estáticos
e eletromecânicos requisitavam equipamentos a mais, tornando-se um tipo de proteção
cara e complicada de se ajustar. Porém nos relés microprocessados a parametrização dos
elementos de sequência negativa é relativamente simples e sem custo adicional.
(CALERON, 2001)

Segundo Eineweihi, Schweitzer III, Feltis (1997) o grande problema dos ajustes
tradicionais é que as unidades de fase da proteção dos sistemas elétricos de potência
devem acomodar a corrente de carga e a corrente de partida de cargas a frio, o chamado
Cold Load, ou seja, o ajuste da proteção de fase deve ser maior que a máxima corrente de
carga possível, pois caso contrário a proteção poderá operar incorretamente. No entanto,
ao seguir este critério os ajustes de fase limitam a sensibilidade da proteção ao valor de
corrente de carga, fazendo com que curtos-circuitos bifásicos e bifásicos a terra com
magnitudes abaixo da corrente de carga não sejam detectados, o que pode causar
interrupção de energia, acidentes envolvendo pessoas e danos aos equipamentos da
concessionária.

Para Eineweihi, Schweitzer III, Feltis (1997) os ajustes de sequência negativa podem
operar mais rápido e com maior sensibilidade que os elementos de sobrecorrente de fase,
pois é possível utilizar ajustes abaixo da corrente de carga. Segundo Stevenson (1986),
em um sistema trifásico equilibrado, a corrente de carga não gera corrente de sequência
negativa. Deste modo a sensibilidade da proteção para defeitos desequilibrados é elevada
tornando o sistema de proteção mais eficaz. Nesse trabalho será apresentado uma
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metodologia para realizar ajustes e coordenação utilizando os elementos de sequência


negativa em redes de distribuição apresentando as facilidades de se implementar em reles
digitais.

2 COMPONENTES SIMÉTRICAS

A utilização de componentes simétricas é bastante útil para realizar análises de


desbalanço do sistema elétrico de potência, pois segundo Roeper (1970), um sistema
trifásico assimétrico pode ser desmembrado em três sistemas de componentes simétricas
conhecidas como sequências positiva, negativa e zero.

As componentes de sequência positiva são compostas de três fasores iguais em


comprimento, defasados entre si em 120° tendo a mesma sequência que os fasores
originais, representando assim a condição do sistema trifásico equilibrado. Na
componente de sequência negativa os fasores são iguais aos componentes de sequência
positiva, porém com sequência invertida aos dos primeiros fasores, medindo assim um
desbalanço no sistema. A componente de sequência zero é representada por fasores iguais
em módulo, porém com ângulos entre si com defasagem zero, associado assim ao
envolvimento do terra no sistema desbalanceado. Na Figura 1 são apresentados os três
grupos de fasores de componentes simétricas das correntes de fase Ia, Ib, Ic, sendo que a
soma das componentes resultará nos fasores originais desequilibrados, como pode ser
visto nas equações 2.1, 2.2, 2.3.

Ia = Ia0 + Ia1 + Ia2 (2.1)

Ib = Ib0 + Ib1 + Ib2 (2.2)

Ic = Ic0 + Ic1 + Ic2 (2.3)


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Figura 1 - Componentes Simétricas.


Fonte: (SEL,2013)

Para reduzir o número de variáveis nas equações 2.1, 2.2, 2.3 deve-se utilizar segundo
Stevenson (1986), o operador “a”, sendo a = 1∟120º. Esta variável é utilizada para
representar os fasores de componentes simétricas em termos das componentes da fase “a”
que por convenção se encontram na referência quando o sistema está em perfeito
equilíbrio. Desta forma:

Ib1 = a Ia1 (2.4)

Ib2 = aIa2 (2.5)

Ic1 = aIa1 (2.6)

Ic2 = a Ia2 (2.7)

Ia0 = Ib0 = Ic0 (2.8)

Fazendo a relação entre as equações 2.1, 2.2, 2.3 com as equações 2.4, 2.5, 2.6, 2.7, 2.8 e
colocando na forma matricial têm-se a matriz 2.9.

1 1 1 0
= 1 1 (2.9)
1 2
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Para encontrar as componentes simétricas em função das correntes de fase é preciso


inverter a matriz “a” e assim obtêm-se a matriz 2.10.

0 1 1 1
1= 1 (2.10)
2 1

3 CURTO-CIRCUITO NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Segundo Stevenson (1986), uma falta em um circuito elétrico é alguma perda de energia
com interferência no fluxo normal de corrente e estas faltas podem ser classificadas como
faltas simétricas e faltas assimétricas.

3.1 FALTAS SIMÉTRICAS

Faltas simétricas nada mais são que faltas trifásicas equilibradas, o que facilita a sua
análise, pois os sinais de tensão e corrente são equilibrados, não existindo os diagramas
de componentes de sequência negativa e zero, restando apenas a análise de sequência
positiva. Na Figura 2 é ilustrada uma representação monofásica de um gerador, um
transformador e uma linha em vazio, em que a chave CT representa um curto trifásico
aplicado ao circuito.

Figura 2- Representação monofásica de um circuito, onde a chave CT representa o curto trifásico.


Fonte: O autor.
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Sendo:
Eg – Tensão subtransiente do gerador
jXd – Reatância síncrona subtransiente do gerador
ZT – Impedância de curto circuito do transformador
ZL – Impedância da linha
IF – Corrente da falta
CT – Chave

Analisando a Figura 2 pode-se facilmente encontrar a corrente de falta através de um


equivalente de Thévenin que reduzirá o sistema a uma fonte e uma impedância
equivalentes do ponto do curto-circuito, simplificando os cálculos. Segundo (GLOVER,
SARMA, OVERBYE, 2008), para determinar a corrente de falta IF não é necessário
determinar as forças eletromotrizes da máquina, mas somente a tensão no momento
anterior a falta Vf, que é conhecida. Assim utilizando as equações 3.1 e 3.2 encontra-se a
corrente de falta IF.

Zth = jXd + ZL + ZT (3.1)

IF = !"#$"#%
(3.2)

3.2 FALTAS ASSIMÉTRICAS

Faltas assimétricas são os tipos mais comuns de defeitos no sistema de potência, que
podem se constituir de curtos-circuitos, condutores abertos e faltas assimétricas com
impedâncias, apresentando-se como curtos-circuitos fase-terra, fase-fase e fase-fase-terra
(STEVENSON,1986).

As faltas assimétricas provocam fluxo de corrente desequilibrado, fazendo com que o


método de componentes simétricas seja muito útil para realizar a sua análise, pois com
essa ferramenta é possível determinar as correntes e tensões em todas as partes do sistema
após a ocorrência do defeito. (GLOVER, SARMA, OVERBYE, 2008).
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3.3 FALTAS FASE-TERRA

As faltas fase-terra são o tipo de defeito onde apenas uma das fases tem contato com a
terra. Segundo Dornelles (2007), ocorrem em cerca de 70% dos casos de defeito na rede
e é umas das perturbações mais severas ao sistema (SATO,2003).

Na Figura 3 pode-se observar uma falta monofásica em um sistema genérico onde Zf


representa a impedância de falta e Z0, Z1, Z2 as impedâncias do sistema vistas pelo ponto
de defeito. As condições de falta podem ser vistas na equação 3.7.

Figura 3 - Falta monofásica em um sistema genérico.


Fonte: (DORNELLES,2007)

Ib = 0, Ic = 0, Va = 0 (3.7)

Pode-se representar a falta monofásica observada na Figura 3 utilizando-se o método de


componentes simétricas interligando os equivalentes de Thévenin das sequências em
série, facilitando a sua análise, como pode ser visto na figura 4.

Figura 4- Diagrama de sequência para uma falta monofásica (fase A para terra).
Fonte: Fonte: (DORNELLES,2007)
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Fazendo uma análise de circuito na Figura 4 é possível obter as equações 3.8, 3.9, 3.10,
3.11, 3.12.
-.
= Ia0 = Ia1 = Ia2 (3.8)

-.
Va0 = −Z0 (3.9)

-.
Va1 = E1 − Z1 (3.10)

-.
Va2 = −Z2 (3.11)

1
Ia = # "# "#2" #3
(3.12)

Através da análise do diagrama de sequência apresentado na Figura 4 e as equações


apresentadas, observa-se que as correntes de sequência positiva, negativa e zero são iguais
para esse tipo de falta. Desta forma, as correntes de sequência positiva, negativa e zero
equivalem, cada uma, a 1/3 da corrente de falta.

3.4 FALTAS FASE-FASE

Menos comum que a falta fase-terra, porém considerada também uma perturbação severa
ao sistema de potência, os curtos bifásicos se caracterizam por ser a intercepção de dois
cabos no sistema, representando segundo Dornelles (2007), 15% dos curtos na rede.

Figura 5- Falta bifásica ocorrendo em um sistema genérico.


Fonte: Fonte: (DORNELLES,2007)

As condições de falta para o curto bifásico da Figura 5 são apresentadas nas equações
3.23.
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Ia = 0, Vb = 0, Vc = 0 (3.23)

Como no curto-circuito fase-terra, a falta da Figura 5 será representada por um circuito


monofásico utilizando a teoria das componentes simétricas e fazendo as ligações dos
equivalentes de Thévenin. Com isso, observa-se que devido ao fato de este defeito não
envolver terra, o circuito de sequência zero deixa de existir passando a ter somente a
ligação entre os elementos de sequência positiva e negativa.

Figura 6- Diagrama de sequência para uma falta bifásica.


Fonte: Fonte: (DORNELLES,2007)

Fazendo a análise de circuito da Figura 6 encontram-se as equações das componentes


simétricas que resultaram nas correntes de curto-circuito das fases envolvidas no defeito,
fases B e C como pode ser visto nas equações 3.14, 3.15, 3.16, 3.17, 3.18.

Ia0 = 0 (3.14)
1.
Ia1 = (3.15)
#. "#.

Ia2 = −Ia1 (3.16)

Ib = Ia0 + a Ia1 + aIa1 (3.17)

Ic = Ia0 + aIa1 + a Ia1 (3.18)


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3.5 FALTA FASE – FASE - TERRA

A falta fase-fase terra é o tipo de defeito que possui menor frequência no sistema elétrico,
cerca de 10%, conforme Dornelles (2007), e diferente do curto bifásico, devido a presença
da terra, o diagrama de sequência zero volta a aparecer na análise de rede de sequência.
Na Figura 7 é mostrada uma representação de um curto fase-fase terra em um sistema
genérico.

Figura 7- Falta bifásica a terra ocorrendo em um sistema genérico.


Fonte: Fonte: (DORNELLES,2007)

As condições de falta para o sistema são mostradas na equação 3.19.

Ia = 0, Vb = 0, Vc = 0 (3.19)

No diagrama de sequência da falta bifásica a terra o diagrama de impedâncias é ligado


em paralelo como pode ser visto na Figura 8.

Figura 8- Diagrama de sequência para uma falta bifásica a terra.


Fonte: (DORNELLES,2007)

Da mesma maneira que nos casos de curto monofásico e bifásico, o diagrama de


sequência transformou o curto bifásico a terra em um simples circuito monofásico.
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Fazendo uma análise de circuito da Figura 8 obtêm-se as componentes simétricas das


correntes e as correntes de falta que estão nos condutores defeituosos fases B e C.
1.
Ia1 = :;<=:;> (3.20)
#. "9 ?
:;<=:;>

-. .#.2
Ia2 =
#. "#.2
(3.21)

@-. .#.
Ia0 = #.
"#.2
(3.22)

Ib = Ia0 + a Ia1 + aIa1 (3.23)

Ic = Ia0 + aIa1 + a Ia1 (3.24)

4 PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS

A proteção dos sistemas elétricos tem a finalidade de isolar os defeitos do resto do sistema
com rapidez, segurança e seletividade com o objetivo de se evitar perdas de energia,
acidentes envolvendo pessoas e danos aos equipamentos que compõem o sistema
(ALMEIDA,2000).

As concessionárias de energia tradicionalmente protegem os alimentadores da


distribuição através das consagradas proteções de sobrecorrente instantânea e
temporizada, mais as funções de religamento e falha disjuntor como pode ser visto na
figura 9, onde temos um típico unifilar de um projeto de proteção de um alimentador de
distribuição.
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LEGENDA
50- Instantâneo
50G- Instantâneo de Neutro
51-Temporizado
51G- Temporizado de neutro
79 – Religamento
62BF – Falha Disjuntor

Figura 9 – Projeto Unifilar de alimentadores típicos da distribuição


Fonte: (COELBA, 2013)

4.1 UNIDADE TEMPORIZADA DE SOBRECORRENTE DE FASE E NEUTRO


(51/51G)

A unidade temporizada tem por finalidade colocar um tempo antes da atuação do relé
para um defeito. Esse tempo é definido por uma curva característica que para Almeida
(2000), pode ser definida como curva de tempo definido ou curva de tempo inverso.

Na curva de tempo definido o relé irá atuar para qualquer defeito na rede ou sobrecarga
em um instante de tempo definido pelo usuário, como pode ser visto na Figura 10.

Figura 10 - Curva de tempo definido.


Fonte - O autor.
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Na curva de tempo inverso o tempo de atuação do relé será inversamente proporcional ao


valor da corrente, ou seja, o relé irá atuar em tempos decrescentes a valores de corrente
acima do ajustado (ALMEIDA,2000).

Existem diversas curvas características como, por exemplo, a IEC e a ANSI e existem
também curvas características do fabricante que só são encontradas em determinados
tipos de relés. Em relés mais modernos já é possível que o usuário crie a própria curva
característica para adaptar ao seu sistema. Na Figura 11 são apresentas as tradicionais
curvas IEC, normal inversa (NI), muito inversa (MI), e extremamente inversa (EI).

Figura 11- curvas características.


Fonte: (ALMEIDA,2000)

Para a determinação da corrente mínima de atuação alguns critérios devem ser


observados:

4.1.1 UNIDADE DE SOBRECORRENTE TEMPORIZADA DE FASE (51)

Segundo Albini (2010,p.32), “a corrente mínima de atuação da unidade de sobrecorrente


temporizada de fase deve ser maior que a máxima corrente de carga e menor que a
corrente de curto-circuito fase-fase do final do trecho considerado pela zona de proteção”,
conforme a equação 4.1.

-A.BC. D.E -AA∅∅


< Iaj ≤ G%H.FL (4.1)
F%.G%H
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Onde:

FS - Fator de segurança (no mínimo 1,5)


FT - Fator térmico do TC
RTC - Relação do TC em uso
Iaj - Corrente de ajuste
Icc∅∅ - Corrente de curto circuito bifásico.

4.1.2 UNIDADE DE SOBRECORRENTE TEMPORIZADA DE NEUTRO (51G)

O ajuste da proteção de neutro para Albini (2010,p.33) “é ajustado em função da corrente


de desequilíbrio admissível e da corrente de curto-circuito fase-terra no final do trecho
considerado pela zona de proteção”.

(2, . 2, )-A.BC. D.E -AADP3


F%.G%H
< Iaj ≤ G%H.FL (4.2)

Onde:
(0,1 a 0,3) – Faixa admissível de corrente de desequilíbrio (10 a 30% da corrente

FT - Fator térmico do TC
máxima de carga)

RTC – Relação do TC em uso


Iaj – Corrente de ajuste
FS - Fator de segurança (no mínimo 1,5)

4.2 UNIDADE INSTANTANEA DE SOBRECORRENTE FASE E NEUTRO


(50/50G)

A unidade instantânea ao contrário da temporizada atua instantaneamente quando ocorre


um defeito acima do seu valor ajustado (ALBINI,2000), assim os ajustes não deverão ser
sensíveis para curtos localizados após o primeiro equipamento de proteção a jusante
(ALMEIDA,2000), pois caso contrário haveria descoordenação entre as proteções a
jusante e a montante. Para evitar isso as concessionárias geralmente ajustam a unidade
instantânea enxergando 80% do trecho até o primeiro equipamento de proteção a jusante,
ou multiplicando pelo fator 1,25 na corrente de curto da localização do primeiro
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equipamento de proteção a jusante (SEL,2010), isto tudo para garantir que não haja
descoordenações entre as proteções havendo perda de seletividade no sistema.

Na maioria dos relés numéricos existe a possibilidade de se temporizar o instantâneo


retardando o seu tempo de atuação a um tempo previamente definido (ALMEIDA,2010),
com o objetivo de que evite a saída de proteção toda vez que ocorra pequenos picos de
corrente acima do valor ajustado. Em algumas fabricantes de relés numéricos existe a
possibilidade de se ajustar dois níveis de instantâneo sendo que o segundo é ajustado a
um valor mais alto que o primeiro não permitindo nem temporizações e nem religamentos
no sistema, levando a abertura definitiva do disjuntor com o objetivo de que o defeito não
estresse e danifique os equipamentos.

Para a determinação da corrente mínima de atuação do instantâneo alguns critérios devem


ser seguidos:

4.2.1 UNIDADE INSTANTÂNEA DE FASE (50)

A unidade instantânea de fase segundo Albini (2010,p.33) “não deverá está sensível as
correntes de energização do circuito” porém poderão ser ajustadas para curtos-circuitos
bifásicos e trifásicos próximo ao primeiro equipamento a jusante (ALBINI,2010).
( .R).-A.BC. ST
Iaj = (4.3)
G%H

Onde:

UVW – Relação do TC em uso


XY Z[\ - Corrente de carga máxima
] - Corrente de ajuste

4.2.2 UNIDADE INSTANTÂNEA NEUTRO (50G)

Segundo Almeida (2000) a unidade instantânea de neutro não poderá estar sensível a
corrente de energização de carga ligadas entre fase e terra ou fase e neutro, porém poderá
ser ajustada para atuar para curtos fase-terra nas proximidades da proteção a jusante.
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( .R).-!^_^`.
Iaj = G%H
(4.4)

Onde:

UVW – Relação do TC em uso


abcbd. - Corrente de desequilíbrio correspondendo a 0,1 a0,3 da corrente de carga máxima
] - Corrente de ajuste

5 RELIGAMENTO AUTOMÁTICO (79)

A função de religamento automático tem o objetivo testar a rede de modo que não haja
interrupções desnecessárias ao sistema quando ocorre defeitos temporários nas linhas que
para Sá e outros (2009) representa no sistema 96% dos curtos circuitos que são
provocados por árvores, passarinhos, ventos fortes, umidade, etc.

O religador abre e fecha o disjuntor por determinados ciclos de tempo chamado de tempo
de religamento, porém se o curto persistir o religador completará seu ciclo de religamento
indo a abertura definitiva do disjuntor, sendo que dessa vez o religador só abrirá
manualmente através do operador em campo ou em salas de controle entrando em contato
com o relé através de comunicação remota.

Nos relés numéricos há a possibilidade de se realizar 4 ciclos de religamentos e a


implantação de dois ajustes, chamados de curva rápida e curva lenta, sendo que os ciclos
de religamento podem operar da seguinte forma:

• uma rápida e três lentas;

• duas rápidas e duas lentas;

• três rápidas e uma lenta;

• todas rápidas;

• todas lentas;
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Os ajustes rápidos servem para testar a linha que possui proteções de fusíveis a jusante
fazendo com que o religador teste a rede antes que o fusível queime, pois caso seja um
curto temporário não fará com que a concessionaria troque o fusível a cada curto
temporário que aconteça (ALBINI,2010). Porem caso o curto seja permanente o religador
no seu último ciclo de religamento irá atuar pela curva lenta fazendo com que o fusível
queime e isole a região com defeito.

Quando se tem um outro religador de rede a jusante, as operações rápidas podem ser
substituídas por operação pelo instantâneo, fazendo com que o religador teste a rede pelas
operações com o instantâneo e na última se o curto for permanente, a proteção irá atuar
pelo temporizado sendo que o instantâneo não pode invadir a zona de proteção do
religador a jusante, para não haver uma descoordenação.

6 PROTEÇÃO CONTRA FALHA DISJUNTOR (62BF)

Os ajustes de falha disjuntor tem o objetivo de caso aconteça um curto no sistema e a


proteção principal não atue, por algum problema no disjuntor que está emperrado por
algum defeito, o relé microprocessado envia o comando de abertura para a proteção de
retaguarda que irá imediatamente abrir o disjuntor isolando o defeito do resto do sistema
(SEL,2013).

7 UNIDADE TEMPORIZADA DE SOBRECORRENTE DE SEQUÊNCIA


NEGATIVA (51Q)

Para Eineweihi, Schweitzer III, Feltis (1997) o grande problema dos ajustes
convencionais de proteção para faltas bifásicas é o compromisso dos ajustes de fase com
a carga fazendo com que sua sensibilidade para faltas entre fases seja comprometida para
curtos abaixo da corrente máxima dos alimentadores. A utilização dos ajustes de
sequência negativa tem o objetivo de cobrir a lacuna deixada pela proteção de
sobrecorrente convencional, pois podem ser ajustados abaixo da corrente de carga
promovendo maior sensibilidade para curtos entre fases. Na tabela 1 foi feita uma
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comparação entre a corrente de sequência negativa resultante das três fases (3I2) e a
corrente de falta (Ip) para diferentes tipos de defeitos que ocorrem comumente nos
sistemas de distribuição.

Tabela I: Faltas em um sistema radial de distribuição


Fonte: (Eineweihi, A. F.; Schweitzer III, E. O.; Feltis, M. W. ,2003)

Analisando a Tabela 1, observa-se que a maior relação entre 3I2 e Ip acontece para um
curto bifásico, portanto uma proteção de sequência negativa, operando através da
grandeza 3I2 é 1,73 vezes mais sensível que a proteção convencional de fase, se ambas
tiverem o mesmo pick-up. Então pode-se concluir que para a aplicação dos ajustes de
sequência negativa, é necessário apenas realizar o estudo de coordenação com
dispositivos de sobrecorrente localizados a frente para faltas entre fases sendo obtida
automaticamente a coordenação com outros tipos de defeitos.

8 AJUSTES DE SEQUÊNCIA NEGATIVA

Para a determinação dos ajustes de sequência negativa alguns procedimentos segundo


Eineweihi, Schweitzer III, Feltis (1997) devem ser seguidos:

1- Iniciar com o elemento de sobrecorrente de sequência negativa do dispositivo


primário localizado à frente (downstream) que está mais distante (ex., relé de um
alimentador da distribuição em uma subestação).

2- Identificar o dispositivo de sobrecorrente de fase (ex. religador de linha, fusível)


localizado à frente do elemento de sobrecorrente de sequência-negativa que
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constitui a principal preocupação para a coordenação. Em geral, este é o caso do


dispositivo de sobrecorrente de fase que tem o maior tempo de eliminação da falta.

3- Considerar o elemento de sobrecorrente de sequência negativa como um elemento


de sobrecorrente de fase “equivalente”. Obter o valor de pickup, dial de tempo
(alavanca), tipo da curva ou ajustes das temporizações para que esse elemento
“equivalente” seja coordenado com o dispositivo de sobrecorrente de fase
localizado à frente da mesma forma que qualquer coordenação de fase seria
efetuada. As considerações referentes à carga podem não ser levadas em conta
quando da derivação dos ajustes do elemento de sobrecorrente de fase
“equivalente”.

4- Multiplicar o ajuste do valor de pickup do elemento de sobrecorrente de fase


“equivalente” por √3 para convertê-lo no ajuste do valor de pickup do elemento
de sobrecorrente de sequência-negativa em termos da corrente 3I2.

Pickup do elemento de sobrecorrente de sequência-negativa = √3 (Pickup do


elemento de sobrecorrente de fase “equivalente”).
Qualquer dial de tempo (alavanca), tipo da curva ou ajustes de temporização
calculados para o elemento de sobrecorrente de fase “equivalente” é também
usado para o elemento de sobrecorrente de sequência-negativa sem nenhum fator
de conversão aplicado.

5- Ajustar o elemento de sobrecorrente de sequência negativa localizado atrás


(upstream) mais próximo para coordenar com o primeiro elemento de
sobrecorrente de sequência-negativa primário localizado à frente (downstream), e
assim por diante. Novamente, a coordenação não é influenciada pelas
considerações das cargas.
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Para a determinação do ajuste do pickup de sequência negativa, a literatura não é muito


clara, apenas alega que deve ser abaixo da corrente de carga. Por isso vai se considerar
neste trabalho duas maneiras diferentes de se obter o pickup. A primeira é o valor de
pickup do ajuste equivalente do passo 3 apresentado anteriormente, deverá ser igual ao
valor de pickup do ajuste de fase dividido por dois, garantindo assim que o ajuste de
sequência negativa que será obtido seja 2 vezes mais rápido que os ajustes de fase para
um curto bifásico, como pode ser visto na equação 8.1.
rPAstu v^DuwBPx.!w !^ ._^
Pickup sequênca negativa equivalente = (8.1)

Outra maneira de se obter o pickup de sequência negativa, é encontrando a corrente de


curto bifásico mínimo no alimentador a ser protegido, retirando o elemento 3I2 para esse
curto, dividindo por uma fator de segurança de 1,5, para que se garanta sensibilidade para
o ponto mais distante para o qual deseja-se que a função de sequência negativa ofereça
proteção, seja como proteção principal ou de retaguarda.
- !w AtBvw yP ._PAw Dí3PDw
Pickup de sequência negativa = (8.2)
,{

9 APLICAÇÃO E COORDENAÇÃO DE ELEMENTOS DE SEQUÊNCIA


NEGATIVA NA SUBESTAÇÃO MUNDO NOVO

A subestação de Mundo Novo localizado no Norte da Bahia, foi a subestação


escolhida para ser aplicado os ajustes de sequência negativa, pois os ajustes de fase do
alimentador 21N5 devido ao comprometimento com a carga não são sensíveis a curtos
bifásicos ao longo linha tronco. Assim foi colocado nesse alimentador os ajustes e foi
feito uma simulação demonstrando a eficiência da proteção para este tipo de caso.

Na figura 12 temos o diagrama unifilar da subestação Mundo Novo que


atualmente é suprida pela subestação de Miguel Calmon e alimenta além da cidade
Mundo Novo, outros vilarejos vizinhos, na figura 13 temos um diagrama de tempo da
subestação modelada no programa de análise de proteção de sistemas de potência ASPEN
Oneliner, mostrando os tempos de atuação das proteções para um curto bifásico antes dos
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COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ajustes de sequência negativa serem implantados, mostrando a fragilidade dos ajustes de


fase da proteção à medida que o curto se afasta da subestação.

Figura 12: Diagrama Unifilar Mundo Novo


Fonte: (COELBA, 2013)

Figura 13: Diagrama de Tempo – Curto Bifásico


Fonte: (COELBA, 2013)
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Analisando a figura 13 podemos perceber que pontos do alimentador como o 4 e o ponto


5 não houve atuação de alguma proteção, indicando assim uma zona desprotegida do
alimentador para esse tipo de falta e para uma mesma falta no ponto 6, fica a
responsabilidade do religador de rede não falhar porque não haverá retaguarda caso
apresente algum defeito.

Para solucionar esse problema e reforçar a proteção do alimentador foi feita os


ajustes de sequência negativa de modo a cobrir essa lacuna deixada pela tradicional
proteção 50/51 seguindo os passos de ajuste apresentados neste trabalho. Na tabela II
temos os ajustes de fase e terra do religador 21N5

AJUSTES DO ALIMENTADOR 01N5


MODELO RELÉ SEL 351A
PROTEÇÃO FASE TERRA
RTC 1000/1 1000/1
PICKUP PRIMARIO 270 A 30 A
CURVA U1 U1
TIME DIAL 0,7 2,2
INST 600 A 540
RELIGAMENTOS 2 (5s,10s)
CORRENTE DE CURTO BIFASICO MINIMO 104A
Tabela II: Ajuste religador 21N5
Fonte: (COELBA,2013)
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Ajuste de sequência negativa

Pickup 1° método

Ipickup temporizado de fase 270


Ipickup = √3 × = × √3
2 2
Ipickup = 233,83 A

Pickup 2° método

3 2 = 3 × 104[ = 312[
-
Ipickup = = = 208A
,{ ,{

O pickup escolhido foi o menor entre os dois métodos no caso 208 A, pois garante mais
sensibilidade à proteção, a curva e o time dial permanece o mesmo do ajuste de fase. Na
figura 14 pode-se observar a coordenação feita entre os ajustes de fase do religador de
rede e o ajuste de sequência negativa proposto em um curto bifásico próximo ao religador
de rede, relembrando que ao realizar essa coordenação automaticamente é obtido
coordenação para outros tipos de falta.
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Figura 14: Coordenograma entre ajuste de sequência negativa do


alimentador 21N5 e ajustes de fase religador de rede
Fonte: (COELBA, 2013)

Na figura 15 temos o diagrama de tempo apresentando o mesmo sistema, porém


com os ajustes de sequência negativa implantados no relé de saída da subestação 21N5,
se compararmos com o diagrama de tempo anterior apresentado na figura 13 houve
aumento da sensibilidade da proteção, pois os pontos 4 e 5 que estavam desprotegidos
anteriormente para uma falta bifásica, agora estão sendo enxergados pela proteção do
alimentador e o religador de rede que não poderia falhar, pois estava sem retaguarda agora
está protegido pela proteção da subestação 21N5.
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Figura 15: Diagrama de Tempo – Curto Bifásico


Fonte: (COELBA, 2013)

Conclui-se que a proteção de sequência negativa foi de grande utilidade para a


subestação de Mundo Novo pois, para curtos entre fases as proteções convencionais 50/51
não atendiam os critérios de sensibilidade ao longo do alimentador, assim pode-se
perceber na prática que os ajustes de sequência negativa tem como objetivo complementar
os ajustes tradicionais, aumentado à sensibilidade da proteção para curtos entre fase.
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10 CONCLUSÃO

Ao final desse trabalho conclui-se que as proteções de sequência negativa podem ser
facilmente utilizadas nos relés digitais modernos, sem custo adicional aos equipamentos,
não justificando mais a sua não utilização.

A grande vantagem de se utilizar os elementos de sequência negativa na proteção é o fato


de esses ajustes operarem abaixo da corrente de carga, sendo mais sensíveis a curtos entre
fases do que as tradicionais proteções 50/51, preenchendo assim algumas lacunas
deixadas por essas proteções. Portanto, o objetivo dos ajustes de sequência negativa é
complementar as tradicionais proteções, aumentando a sua sensibilidade, sendo
necessária a sua utilização para uma perfeita coordenação. Outra grande vantagem,
apresentada nesse trabalho, é a simplicidade para se obter os ajustes de sequência negativa
sendo necessário apenas um estudo de coordenação para um curto bifásico com as
proteções localizados à frente sendo automaticamente obtida a coordenação para os
outros tipos de falta.
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REFERÊNCIAS

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