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Inteligência emocional e

carreira: qual a relação?

Não só de um bom currículo acadêmico ou profissional se faz uma


carreira. Na atualidade, não basta ter estudado na melhor universidade
ou ter trabalhado em grandes empresas, o profissional do século XXI
precisa não só dominar as questões técnicas da sua área, mas
principalmente dominar suas emoções para avançar em sua carreira.
Atitudes impensadas, descontrole, preocupação excessiva, irritação no
ambiente de trabalho, prejudicam o raciocínio, a convivência com
colegas e a imagem do profissional, o que pode levar a dificuldades em
avançar na carreira.
A inteligência emocional, termo cunhado por Daniel Goleman, é a
capacidade do individuo em reconhecer e lidar com os próprios
sentimentos e com os sentimentos daqueles que o cercam. Algumas
vezes, encontramos pessoas que detém um ótimo conhecimento técnico,
porém não conseguem lidar com os colegas ou responder de forma
eficaz as demandas do ambiente de trabalho. Nesse sentindo,
desenvolver a inteligência emocional torna-se fator fundamental para o
sucesso na carreira, pois a atuação nos mais diversos tipos de
organização, sempre vai exigir das pessoas habilidades para lidar com as
incertezas, com as diferentes formas de agir dos colegas, com a pressão
pelo cumprimento de metas e objetivos e com as adversidades do dia a
dia do trabalho.

Podemos dizer que o profissional que tem uma boa inteligência


emocional é aquele que é capaz de lidar com as incertezas do ambiente
de trabalho, conseguindo gerenciar suas emoções, responder de forma
estratégica e manter o autocontrole diante dos desafios e das
adversidades. Já o profissional que tem alguma dificuldade em gerenciar
suas emoções, acaba vivenciando situações de desentendimento com
colegas, dificuldade de comunicação e mesmo tendo sua imagem
vinculada ao desequilíbrio ou a fraqueza diante das dificuldades, o que
acaba manchando sua reputação corporativa.

Desenvolver a inteligência emocional é um desafio para todos os


profissionais, contudo observamos que as novas gerações de
profissionais nascidos a partir de meados da década de 80, tem tido
ainda mais dificuldade em gerenciar suas emoções. Devido a sua
experiência de acesso pleno a informação, experiências individuais no
universo virtual, maior autonomia e integração permanente a outras
realidades, esses são profissionais, na maioria das vezes, mais
questionadores, com posturas mais individualistas e que tem mais
dificuldade em se submeter às relações hierárquicas tradicionais. O que
leva, muitas vezes, a dificuldades no ambiente de trabalho e a
necessidade de desenvolver empatia, resiliência e autocontrole para não
tomar decisões impulsivas.
O desenvolvimento na carreira depende das expectativas profissionais,
das decisões e recursos internos e externos que as pessoas têm e
resolvem utilizar para trilhar o caminho e alcançar os objetivos a que se
propusessem. Para ser bem sucedido em sua carreira, além de conhecer
as tendências do mercado e seus interesses, é de fundamental
importância que o profissional tenha claro quais são suas habilidades e
competências e como deve trabalhar para desenvolvê-las. Nesse
aspecto a inteligência emocional se apresenta como um fator importante
no desenvolvimento da carreira, já que será a partir dela que o
profissional será capaz de enfrentar os desafios e superar os obstáculos
para crescer dentro das organizações.

Assim, para que uma pessoa possa evoluir na carreira é necessário que
domine alguns aspectos da inteligência emocional como:

 Controle da impulsividade: responder aos acontecimentos de


forma rápida pode ser um sinal de atitude e proatividade, contudo
agir sem pensar e se deixar dominar pelas emoções pode ser
muito negativo. Quando estamos sobre pressão ou estamos
enfrentando alguma situação de dor ou frustração somos guiados
por nossas emoções. Nessas ocasiões tendemos a nos manifestar
de forma mais calorosa, pouco racional, o que pode levar a
reações impensadas. Analisar a situação e digerir as emoções é o
melhor caminho para lidar com as situações adversas no ambiente
de trabalho e responder de forma mais assertiva;
 Autoconhecimento: reconhecer suas emoções e saber identificar
o que o leva a reagir aos acontecimentos é fundamental para o
desenvolvimento pessoal e profissional. Investir no
autoconhecimento facilita não só o controle das emoções, mas
também o processo de planejamento e alcance de metas de
carreira;
 Internalizar o otimismo: desenvolver atitudes positivas diante
dos desafios e adversidades facilita a percepção de oportunidades
e reforça a determinação para se manter no caminho dos objetivos
traçados;
 Aprender a lidar com a diversidade: treinar a empatia e
aprender a conviver com os diversos tipos de pessoas e respeitar
as opiniões divergentes aprimora a inteligência emocional e facilita
a convivência no ambiente de trabalho; e,
 Aprender a lidar com a pressão: aprender a lidar com situações
de pressão e controlar a ansiedade minimiza os erros e aumenta
as chances de o profissional responder aos desafios de forma mais
assertiva.

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