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• Alojamento Local Breve introdução - O porquê do surgimento

Muitos portugueses encontraram no alojamento local (arrendamento temporário de imóveis a turistas) uma forma de obterem
rendimentos extra. Diz-se que este fenómeno decorreu da economia colaborativa.
Com efeito, assistimos nos últimos anos, ao surgimento de novas alternativas de alojamento turístico, fortemente potenciadas
pelas plataformas online.
Destaca-se a locação turística de apartamentos nos centros das cidades (em que avulta a componente imobiliária em
detrimento dos serviços praticamente inexistentes), encarada inicialmente não como uma concorrência desleal à hotelaria
tradicional, mas como uma das manifestações da economia colaborativa que tem como um dos seus marcos o livro de Rachel
Botsman e Roo Rogers, What’s Mine is Yours : The rise of collaborative consumption, publicado em 2010.
• Conceito de economia colaborativa
Não é fácil definir, com precisão, o conceito de economia colaborativa / partilhada, mercê do elevado número de atividades
que se acobertam sob este manto e a figura ilustra precisamente essa heterogeneidade.
Porém, relacionadas com o turismo encontramos várias atividades desenvolvidas à coberto da dita economia colaborativa,
nomeadamente, a partilha de viaturas (car sharing), a estada gratuita com a população local (couch surfing) ou a confecção
de refeições para os vizinhos (meal sharing), a partilha de livros (book swapping), a troca de roupa (clothes swapping),
passando pela co-criação (co-creation), pelo trabalho de grupo (co-working) ou formação (crowd learning), o financiamento
de projectos (crowd funding), tudo isto é subsumível ao novo modelo económico.
• Nova modelo económico que se impôs à realidade
A atividade que inicialmente surgiu como uma ilegalidade - que foi tolerada devido à conjuntura económica - de um modo
muito rápido ganhou uma dimensão, que exigiu, por parte do legislador, que definisse um enquadramento normativo
• Enquadramento normativo
A figura do alojamento local foi criada pelo Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março, alterado pelos Decretos-Lei n.os
228/2009, de 14 de setembro, e 15/2014, de 23 de janeiro, para permitir a prestação de serviços de alojamento temporário em
estabelecimentos que não reunissem os requisitos legalmente exigidos para os empreendimentos turísticos.
• Livre acesso e exercício das atividades de serviços
Tal realidade viria a ser regulamentada através da Portaria n.º 517/2008, de 25 de junho, entretanto alterada pela Portaria n.º
138/2012, de 14 de maio, que, no seguimento da transposição da Diretiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 12 de dezembro de 2006, pelo Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, veio consagrar a possibilidade de
inscrição dos estabelecimentos de alojamento local através do Balcão Único Eletrónico, instrumento que permite a qualquer
prestador ou destinatário de serviços, de todos os Estados, o acesso por via eletrónica às autoridades administrativas
competentes.
• Assim, Com a aprovação do Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto, a figura do alojamento local foi elevada de
categoria residual para categoria autónoma, reconhecendo-se a sua relevância turística e inaugurando um tratamento jurídico
próprio.
• Empreendimentos turísticos e alojamento local
Desta forma, as figuras dos empreendimentos turísticos e do alojamento local passaram a ser duas figuras devidamente
autónomas e recortadas, vedando-se a possibilidade de colocação sob a figura e regime do alojamento local, de
empreendimentos que cumprissem os requisitos dos empreendimentos turísticos.
Com esta autonomização pretendeu-se assegurar que a produtos distintos se aplicassem regimes jurídicos distintos, tratando
de forma igual o que é materialmente igual.

Analisando o Alojamento Local


• O regime jurídico dos Estabelecimentos de Alojamento Local
• O regime jurídico dos Estabelecimentos de Alojamento Local consta, atualmente, do Decreto Lei n.º 128/2014, de
29 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 63/2015, de 23 de abril, pela Lei n.º 62/2018, de 22 de agosto, que o altera
e república, e pela Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro (orçamento de Estado).
• O Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto foi adaptado à Região Autónoma da Madeira pelo Decreto Legislativo
Regional n.º 13/2015/M, de 22 de dezembro.
• Decreto Legislativo Regional n.º 13/2015/M, de 22 de dezembro
Assim nos termos do Artigo 2.º do DLR n.º 13/2015/M, de 22 de dezembro
As competências atribuídas ao Turismo de Portugal I.P na Região Autónoma da Madeira à Direção Regional do Turismo.
E As competências atribuídas à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica na Região Autónoma da Madeira à
Inspeção Regional das Atividades Económicas (IRAE).
Temos que relembrar que:
• Observando o disposto no artigo 16.º do Decreto Legislativo Regional n.º 35/2016/M que
Aprova a orgânica da Autoridade Regional das Atividades Económicas
Artigo 16.º
Sucessão
1 - A ARAE sucede nas atribuições da Inspeção Regional das Atividades Económicas.
2 - Após a entrada em vigor do presente diploma:
a) Todas as referências, legais ou regulamentares, feitas à Inspeção Regional das Atividades Económicas, devem ter-se por
feitas à Autoridade Regional das Atividades Económicas;
b) A ARAE sucede à IRAE, nomeadamente em tudo o que na lei vigente disser respeito a esta Inspeção Regional, nos
contratos vigentes e em todos os procedimentos e processos, seja qual for a natureza, sem necessidade de observância de
quaisquer outras formalidades.
• Outras adaptações feitas são as que estão vertidas nos art.ºs 3.º,4.º e 5.º do Decreto Legislativo Regional n.º 13/2015/M,
de 22 de dezembro, nomeadamente
• Alojamentos Local
Artigo 3.º
Estabelecimentos de alojamento local
1 - Considera-se «alojamento local» a prestação de serviços de alojamento temporário a turistas mediante remuneração e
ainda quando se enquadrem nos demais requisitos previstos no decreto-lei que pelo presente se adapta.
2 - É proibida a exploração e a prestação de serviços de alojamento local, quando os locais em que os mesmos sejam prestados
ou disponibilizados reúnam os requisitos para serem considerados empreendimentos turísticos, incluindo os previstos no
Decreto Legislativo Regional n.º 12/2009/M, de 6 de maio.
“reúnam os requisitos para serem considerados empreendimentos turísticos, nos termos do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de
março, na sua redação atual.”
Artigo 4.º
Requisitos de segurança
1 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, os estabelecimentos de alojamento local devem cumprir as regras de
segurança contra riscos de incêndio, nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, adaptado à
RAM através do Decreto Legislativo Regional n.º 11/2010/M, de 25 de junho, e do regulamento técnico constante da Portaria
n.º 1532/2008, de 29 de dezembro, com sua adaptação à Região Autónoma da Madeira através da Portaria n.º 29/2013, de 22
de abril.
2 - O disposto no número anterior não se aplica aos estabelecimentos de alojamento local que tenham capacidade igual ou
inferior a 10 utentes, os quais devem possuir:
a) Extintor e manta de incêndio acessíveis aos utilizadores;
b) Equipamento de primeiros socorros acessível aos utilizadores;
c) Indicação do número nacional de emergência (112) em local visível aos utilizadores.
• Conceito
Consideram-se estabelecimentos de alojamento local aqueles que prestam serviços de alojamento temporário, nomeadamente
a turistas, mediante remuneração, e que reúnem os requisitos previstos no Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto, alterado
pelo Decreto-Lei n.º 63/2015, de 23 de abril, pela Lei n.º 62/2018, de 22 de agosto e pela Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro,
não sendo permitida a exploração como estabelecimentos de alojamento local dos estabelecimentos que reúnam os requisitos
para serem considerados empreendimentos turísticos.
(Cfr. art.º 2.º Decreto Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto)
• Delimitação do conceito de estabelecimento de alojamento local
Assim, para a delimitação do conceito de estabelecimento de alojamento local importa, desde logo, recortá-lo da figura dos
empreendimentos turísticos, já que só poderão ser explorados como alojamento local os estabelecimentos que, pelas suas
características, não possam ser enquadrados em nenhuma das tipologias de empreendimentos turísticos, como sejam os
estabelecimentos hoteleiros, apartamentos turísticos, aldeamentos turísticos ou empreendimentos de turismo de habitação ou
de turismo no espaço rural.
• Modalidades de AL
a) Moradia: estabelecimento de alojamento local cuja unidade de alojamento é constituída por um edifício autónomo, de
caráter unifamiliar (Cfr. n.º 2.º do art.º 3.º do DL n.º 128/2014, de 29 de agosto)
b) Apartamento: estabelecimento de alojamento local cuja unidade de alojamento é constituída por uma fração autónoma de
edifício ou parte de prédio urbano suscetível de utilização independente. (Cfr. n.º 3.º do art.º 3.º do DL n.º 128/2014, de 29
de Agosto)
c) Estabelecimentos de hospedagem: estabelecimento de alojamento local cujas unidades de alojamento são constituídas por
quartos, integrados numa fração autónoma, em prédio urbano ou parte de prédio urbano suscetível de utilização independente
(Cfr. n.º 4.º do art.º 3.º do DL n.º 128/2014, de 29 de Agosto).
d) Quartos: exploração de alojamento local feita na residência do titular - correspondente ao seu domicílio fiscal - quando a
unidade de alojamento sejam quartos em número não superior a três. (Cfr. n.º 7.º do art.º 3.º do DL n.º 128/2014, de 29 de
Agosto)

Requisitos
Limites à capacidade dos estabelecimentos de alojamento local
A capacidade máxima dos estabelecimentos de alojamento local é de 9 quartos e 30 utentes, com exceção dos «hostels», que
não têm limite de capacidade, e dos «quartos» que apenas podem ser três.
A capacidade dos alojamentos locais, em termos de utentes, encontra-se ainda limitada em função das características/ dos
fogos, não podendo exceder o número que resulta da multiplicação do número de quartos por dois.
No caso dos «apartamentos» e «moradias» é acrescida da possibilidade de acolher mais dois utentes na sala, nos termos dos
indicadores do INE. Em todas as modalidades de alojamentos, e havendo condições de habitabilidade, podem ser instaladas
até duas camas suplementares para crianças até aos 12 anos (Cfr. art.º 11.º n.ºs 1.º 2.º e 3.ºdo DL 128/2014)
• Limites de capacidade relativamente a «apartamentos» no mesmo edifício
Cada proprietário, ou titular de exploração de alojamento local só pode explorar, por edifício, até nove estabelecimentos de
alojamento local na modalidade de apartamento se aquele número não exceder 75% do número de frações existentes no
edifício. Para o cálculo de exploração referido no número anterior, consideram-se os estabelecimentos de alojamento local
na modalidade de apartamento registados em nome do cônjuge, descendentes e ascendentes do proprietário ou do titular de
exploração e bem assim os registados em nome de pessoas coletivas distintas em que haja sócios comuns. Cfr.º art.º 11.º n.º
4.º e 6.º do DL 128/2014)
• Quando um AL reúne os requisitos para ser considerado Empreendimento Turístico
• Quando o Turismo de Portugal I.P. verifique que o estabelecimento de alojamento local reúne requisitos para ser
considerado empreendimento turístico fixa um prazo, não inferior a 30 dias, prorrogável, para que seja iniciado o processo
de autorização de utilização para fins turísticos legalmente exigido. Findo este prazo sem que a entidade responsável tenha
dado início ao processo de autorização, o Turismo de Portugal I.P informa a ASAE para efeitos de interdição de exploração.
• O Turismo de Portugal I.P. pode também vistoriar os estabelecimentos de alojamento local, a pedido da ASAE, tendo
por fim verificar a atualização da listagem de estabelecimentos de alojamento local para efeitos de inscrição nas plataformas
eletrónicas de reservas.
• Livro de Reclamações
Todos os estabelecimentos de alojamento local devem dispor de livro de reclamações nos termos e condições estabelecidos
no Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro, alterado pelos Decreto-Lei n.º 371/2007, de 6 de novembro, Decreto-Lei n.º
118/2009, de 19 de maio, Decreto-Lei n.º 317/2009, de 30 de outubro, Decreto-Lei n.º 242/2012, de 7 de novembro e Decreto-
Lei n.º 74/2017, de 21 de junho. De acordo com este regime, o titular da exploração do estabelecimento está obrigado a
possuir e disponibilizar o livro de reclamações nos formatos físico e eletrónico.
• É obrigatória a existência de um livro de informações
Em todos os estabelecimentos de alojamento local é obrigatória a existência de um livro de informações a disponibilizar aos
hóspedes em português, inglês e, pelo menos, mais duas línguas estrangeiras, sobre o funcionamento do estabelecimento e
regras de utilização internas, incluindo, nomeadamente, regras sobre:
1) Recolha e seleção de resíduos urbanos
2) Funcionamento dos eletrodomésticos
3) Ruído e cuidados a ter para evitar perturbações que causem incómodo e afetem a tranquilidade e o descanso da vizinhança
4) Contacto telefónico do responsável pela exploração do estabelecimento.
No caso de o estabelecimento estar inserido em edifício de utilização coletiva, deve ainda ser dada informação sobre o
regulamento com as práticas e regras do condomínio relevantes para a utilização do alojamento e das partes comuns (cfr. art.º
12.º n.º 6 e ss.)
• Seguro Obrigatório
O titular da exploração dos estabelecimentos de alojamento local é solidariamente responsável com os hóspedes pelos danos
provocados por estes no edifício em que se encontra instalada a unidade e deve celebrar e manter válido um seguro de
responsabilidade civil extracontratual que garanta os danos patrimoniais e não patrimoniais causados a hóspedes e a terceiros
decorrentes da atividade de prestação de serviços de alojamento.
O capital mínimo do contrato de seguro é de 75.000 Euros por sinistro. As demais condições do seguro (nomeadamente
âmbito temporal de cobertura, possibilidade de exercício de direito de regresso, exclusões de responsabilidade admissíveis e
estabelecimento de franquias não oponíveis ao terceiro lesado) irão ser determinadas por portaria dos membros do Governo
responsável pelas áreas das finanças e habitação. No caso de estabelecimento de alojamento local integrado em edifício em
regime de propriedade horizontal, o titular da exploração fica ainda obrigado à celebração de um contrato de seguro que
garanta os danos patrimoniais diretamente causados por incêndio na ou com origem na unidade de alojamento. A falta de
seguros válidos é fundamento do cancelamento do registo de estabelecimento de alojamento local por parte da câmara
municipal competente.
• Acesso ao AL
O acesso e permanência no estabelecimento de alojamento local é reservado a hóspedes e respetivos convidados.
A entidade exploradora pode recusar o acesso ao estabelecimento a quem perturbe o seu normal funcionamento e/ ou
desrespeite a ordem pública, incumprindo regras de urbanidade, funcionamento ou ruído.
• Boletins de Alojamento – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
As entidades exploradoras dos estabelecimentos de alojamento local têm obrigação de comunicar ao Serviço de Estrangeiros
e Fronteiras (SEF) (por meio de boletim de alojamento), no prazo de três dias úteis após a entrada e no prazo de três úteis
dias após a saída, a permanência de cidadãos estrangeiros no alojamento. Esta comunicação pode ser efetuada:
Em suporte eletrónico, através da internet, tendo, para o efeito, de ser efetuado um registo junto como utilizadores do Sistema
de Informação de Boletins de Alojamento (SIBA).
Por Boletim de Alojamento em suporte de papel (de acordo com o modelo aprovado), o qual deve ser é entregue: - No SEF
(Delegação ou Direção regional ou posto de atendimento do SEF ou Lojas do Cidadão onde há serviços do SEF) ou, nas
localidades onde este não exista, - À Guarda Nacional Republicana (GNR) ou à Polícia de Segurança Pública” (PSP) que
depois reencaminham a informação ao SEF.
• AL em condomínios
• Quando os estabelecimentos de alojamento local se localizem em edifícios em regime de propriedade horizontal existem
algumas regras específicas a cumprir:
• O condomínio pode fixar o pagamento de uma contribuição adicional correspondente às despesas decorrentes da
utilização acrescida das partes comuns, com um limite máximo de 30% do valor da quota anual respetiva, a deliberar nos
termos do artigo 1424.º do Código Civil, [ou seja, através de disposição do regulamento de condomínio, aprovada sem
oposição por maioria representativa de dois terços do valor total do prédio].
• As despesas com as obras nas partes comuns que sejam necessárias à adaptação do imóvel à atividade de exploração de
alojamento local correm por conta do titular da exploração.
• No livro de informações, obrigatoriamente disponibilizado aos hóspedes, em português, inglês e, pelo menos, em mais
duas línguas estrangeiras, deve haver informação sobre o regulamento com as práticas e regras do condomínio relevantes
para a utilização do alojamento e das partes comuns. (cfr. art.º20.º A do DL 128/2014 de 29 de Agosto)
• O Condomínio
O responsável do estabelecimento deve disponibilizar ao condomínio o seu contacto telefónico.
Quando exista uma prática reiterada e comprovada de atos que perturbem a normal utilização do prédio ou que causem
incómodo e afetem o descanso dos condóminos, a assembleia de condomínio pode, através de deliberação fundamentada de
mais de metade da permilagem do edifício, opor-se ao exercício da atividade de alojamento local na fração, dando
conhecimento ao presidente da câmara municipal que pode determinar a cessação de atividade do alojamento, através do
cancelamento do registo, por um determinado período, que pode ir até 1 ano (Cfr. art.º 9.º n.º 2.º do DL 128/2014 de 29 de
agosto).
Nos prédios em que coexista habitação, a instalação e exploração de «hostels» carece de autorização dos condóminos, sendo
necessário juntar a cópia da ata da assembleia de condóminos à comunicação prévia com prazo, para efeitos de registo do
alojamento.
Além do seguro de responsabilidade civil extracontratual, o titular da exploração fica ainda obrigado à celebração de um
contrato de seguro que garanta os danos patrimoniais diretamente causados por incêndio na ou com origem na unidade de
alojamento.
• Interdição temporária
A ASAE (na RAM a ARAE) e a câmara municipal territorialmente competente podem determinar a interdição temporária da
exploração dos estabelecimentos de alojamento local, na sua totalidade ou em parte, quando o estabelecimento reúna
requisitos para ser considerado empreendimento turístico e não tenha dado início ao processo de autorização de utilização
para fins turísticos no prazo fixado pelo Turismo de Portugal, I.P. (DRT) ou quando a falta de cumprimento das disposições
legais aplicáveis puser em causa a segurança dos utilizadores ou a saúde pública, sem prejuízo da competência atribuída por
lei a outras entidades.
• Utilidade Turística
• O que é utilidade turística?
A utilidade turística é uma classificação atribuída pelo Governo a imóveis destinados ao turismo que cumpram determinados
requisitos, podendo dar lugar à isenção ou redução de taxas ou isenção de impostos.
• Utilidade Turística
“Golden Gate” com utilidade turística até 2025”
“Um despacho da secretária regional o Turismo e Cultura, Paula Cabaço confirma a utilidade turística atribuída a título prévio
ao estabelecimento de restauração denominado “Café Golden Gate”.

“Governo atribui estatuto de Utilidade Turística por sete anos ao Hotel Quinta do Furão”
• Exemplo de atribuição
“Considerando que o instituto da utilidade turística, consagrado no Decreto-Lei n.º 423/83, de 5 de dezembro, com as
alterações previstas no Decreto-Lei n.º 38/94, de 8 de fevereiro constitui um instrumento eficaz no desenvolvimento e no
incremento da qualidade de um dos setores económicos mais importantes na economia da Região Autónoma da Madeira – o
turismo; Considerando que de acordo com o artigo 16.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 423/83, de 5 de dezembro as empresas
proprietárias e ou exploradoras dos empreendimentos, aos quais tenha sido atribuída a utilidade turística, gozarão
relativamente à propriedade e exploração dos mesmos, de certos benefícios fiscais e isenções de taxas devidamente elencados
no referido preceito. Nestes termos, é decidido o seguinte: I - Ao abrigo do artigo 62.º da Lei das Finanças das Regiões
Autónomas, aprovada pela lei orgânica n.º 2/2013, de 2 de setembro, conjugados com a alínea c) do artigo 4.º do Decreto-
Lei n.º 439/88, de 30 de novembro e com o n.º 1, alínea b) e n.º 2 do artigo 5.º; do n.º 3 do artigo 7.º; do artigo 13.º e do artigo
16.º do Decreto-Lei n.º 423/83, de 5 de dezembro, e dos artigos 1.º; 2.º do Decreto-Lei n.º 38/94, de 8 de fevereiro”
é atribuída a Utilidade Turística a título definitivo, pelo prazo de sete anos, ao empreendimento turístico classificado como
Hotel, com a categoria de quatro estrelas, denominado “Hotel Quinta do Furão”, sito à Achada do Gramacho, freguesia e
concelho de Santana, propriedade de “Quinta do Furão – Sociedade Animação Turística e Agrícola de Santana, Lda.”, NIF
511041942, com sede no mesmo local. Utilidade turística
O reconhecimento da utilidade turística de um empreendimento pode facultar:
- A isenção ou redução das taxas de contribuição predial, de contribuição industrial e do imposto complementar;
- Isenção ou redução das taxas devidas, por licenças.
- Diminuição para metade dos prazos estabelecidos para as reintegrações e amortizações.
Cfr. art.º 16.º do DL 432/83 de 5 de Dezembro
• A utilidade turística pode ser atribuída aos seguintes empreendimentos:
(Cfr. Art. 3.º do DL 38/94 de 8 de Fevereiro- alteração ao DL 432/83 de 5 de Dezembro)
“a) Estabelecimentos hoteleiros, à excepção das pensões que não sejam albergarias;
b) Estabelecimentos similares dos hoteleiros classificados como restaurantes;
c) Conjuntos turísticos;
d) Equipamentos de animação, culturais e desportivos, que não constituam ou integrem conjuntos
turísticos;
e) Instalações termais;
f) Casas afectas a turismo de habitação.
2 - Os empreendimentos referidos nas alíneas d) e e) do número anterior poderão beneficiar da utilidade turística se forem
considerados de interesse para o turismo pela Direcção-Geral do Turismo.”
• Entidade competente na Região
À atribuição da utilidade turística é da competência da Direção Regional do Turismo e é concedida por despacho da
secretaria regional do turismo.
• A que empreendimentos a utilidade turística pode ser atribuída?
Cfr. art.º 5.º do DL
Tem que ser um empreendimento novo Ou,no caso dos empreendimentos já existentes
• Os empreendimentos já existentes podem beneficiar da utilidade turística
A título prévio ou a título definitivo desde que, sejam objeto de uma intervenção material que se traduza:
• No aumento da capacidade em, pelo menos, 50%
• No aumento da categoria
• Numa remodelação, beneficiação ou reequipamento total ou parcial que não seja mera manutenção.
• Como são avaliados os pedidos de atribuição da utilidade turística?
A utilidade turística de um empreendimento é apreciada tendo em conta os seguintes pressupostos (Cfr. art.º 4.º n.º 1 do DL
432/83 de 5 de Dezembro):
• A localização e o tipo do empreendimento;
• O tipo e o nível, verificado ou presumido, das instalações e serviços do empreendimento;
• O interesse do empreendimento no âmbito das infraestruturas turísticas da região;
• A sua contribuição para o desenvolvimento regional;
• A adequação do empreendimento à política de turismo definida pelos órgãos estaduais competentes, nomeadamente a
Estratégia Turismo 2027.
E
Por portaria do membro do Governo da tutela, poderão ainda ser definidos outros pressupostos a ter em conta na apreciação
de utilidade turística
Cfr. art.º 4.º n.º 2.º do DL 432/83 de 5 de Dezembro
• Empreendimentos de categoria superior
Os empreendimentos turísticos, considerados de categoria superior (nos termos do DL nº 38/94, de 8 de fevereiro), não são
sujeitos a uma apreciação de mérito nos termos do slide anterior, sendo-lhes atribuída a utilidade turística desde que:
• estejam numa das situações previstas (novo ou existente objeto de remodelação)
• cumpram os prazos aplicáveis, caso existam
• quem faz o pedido de UT tenha legitimidade para o efeito.
• Quais são os empreendimentos de categoria superior?
Cfr. art.º 2 n.ºs 2.º e 3.º Decreto-Lei n.º 38/94 de 8 de Fevereiro
Consideram-se de categoria superior os seguintes empreendimentos:
a) Hotéis de cinco e quatro estrelas;
b) Estalagens de cinco estrelas;
c) Hotéis-apartamentos de quatro estrelas;
d) Aldeamentos turísticos de luxo;
e) Casas afectas a exploração em regime de turismo de habitação, incluindo o turismo rural e agroturismo, desde que
consideradas de qualidade excepcional pelo membro do Governo da tutela, ouvida a Direcção-Geral do Turismo.
3 - A categoria dos empreendimentos é aferida no momento da aprovação do projecto, no caso de utilidade turística a título
prévio, ou no da atribuição da classificação provisória, no caso de utilidade turística a título definitivo.
• Modalidades de UT
• A utilidade turística pode ser:
• a título prévio: quando for atribuída antes da entrada em funcionamento dos empreendimentos novos e nos casos de
remodelação de empreendimentos existentes (Atenção que a UT prévia tem sempre um caráter precário e precisa de ser
confirmada.)
[Ponham p.f. na V. agenda a data em que têm de pedir a UT definitiva/confirmação da UT prévia ou solicitem a prorrogação
do prazo da UT prévia com a antecedência legalmente prevista (90 dias antes do termo da UT prévia)].
• a título definitivo: quando for atribuída a empreendimentos já em funcionamento ou quando resultar da confirmação da
utilização turística concedida a título prévio.
• Há prazos para requerer a atribuição da utilidade turística?
Prazos para requerer a utilidade turística (UT prévia)
O pedido de UT prévia é feito sem dependência de prazo, mas está balizado:
• No caso dos empreendimentos novos só pode ser formulado antes da entrada em funcionamento do empreendimento e após
a aprovação do projeto em sede de licenciamento ou após a comunicação prévia com prazo não rejeitada e inserida no sistema
informático da câmara municipal competente ou recorrendo ao mecanismo do despacho interpretativo sobre o anteprojeto
(projeto entregue na CM + Parecer favorável TP +caução).
• No caso dos empreendimentos existentes, caso tenha havido uma UT anterior, só pode ser formulado após o termo da
mesma, e se o projeto estiver sujeito a controlo prévio:
• após a aprovação do projeto ou
• após a comunicação prévia com prazo não rejeitada e inserida no sistema informático.
• Prazos para requerer a utilidade turística (UT definitiva)
• O pedido de confirmação da utilidade turística atribuída a título prévio deve respeitar os prazos fixados no despacho de
atribuição e ser apresentado dentro do prazo de seis meses, contado da:
• Abertura ao público do empreendimento
• Reabertura, caso tenha encerrado
• Do termo das obras
• A atribuição da utilidade turística definitiva só pode ser validamente requerida dentro do prazo de 6 (seis) meses contado
da data da abertura ao público do empreendimento (prazo imperativo). A data da entrada em funcionamento dos
empreendimentos é a data do alvará de autorização de utilização turística ou de outro título de abertura, legalmente válido.
• Prazos de validade da UT
• A utilidade turística vale pelo prazo e nos termos fixados no respetivo despacho de atribuição do membro do Governo com
tutela sobre o Turismo
• Quando atribuída a título prévio, o prazo máximo de validade da utilidade turística é de três anos (deverá ser fixado tendo
em conta o período considerado normal para a execução do empreendimento e a sua entrada em funcionamento) mas pode
ser prorrogado por mais três anos
• A utilidade turística atribuída a título definitivo está alinhada com a duração da isenção do IMI, definida no Estatuto dos
Benefícios Fiscais, sete anos a contar do título válido de abertura.
• Quem pode requerer a atribuição da utilidade turística?
A atribuição da utilidade turística poderá ser requerida:
• pela empresa proprietária do empreendimento [Entidade promotora da operação urbanística referente à instalação do
empreendimento ou à sua remodelação ou o titular da autorização de utilização, e que dispõe de um título que o legitima
para a utilização do imóvel onde está/será instalado o empreendimento (propriedade, contrato promessa de compra e venda,
comodato, leasing, arrendamento, etc.)]
• pela empresa exploradora [Entidade que explora o empreendimento e é responsável pelo seu integral funcionamento a nível
de serviço e pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis. Pode coincidir com o promotor do
empreendimento ou ser outra entidade devidamente habilitada com título jurídico para a exploração do empreendimento.]
• Como requerer a atribuição da utilidade turística?
A declaração de utilidade turística é atribuída por um despacho conjunto da Secretaria Regional do Turismo e Cultura e da
Secretaria Regional das Finanças e da Administração Pública mediante requerimento apresentado junto da Secretaria
Regional do Turismo e Cultura.
-
Decreto-Lei n.º 245/2015 – Procede à sexta alteração ao Decreto-Lei n.º 275/93, de 5 de agosto, que aprova o regime jurídico
da habitação periódica, concretizando a transposição para a ordem jurídica interna da Diretiva n.º 2008/122/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de janeiro de 2009
DL n.º 37/2011,de 20 de Junho – Altera o regime dos contratos de utilização periódica de bens, de aquisição de produtos de
férias de longa duração, de revenda e de troca (time sharing), transpondo a Directiva n.º 2008/122/CE, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 14 de Janeiro de 2009
Decreto-Lei n.º 22/2002 de 31 de Janeiro - Lei n.º 15/99 de 25 de Março - Autoriza o Governo a alterar o regime contra-
ordenacional aplicável às violações das normas legais sobre o direito de habitação periódica e direitos análogos,
designadamente direitos de habitação turística
DL n.º 180/99, de 22 de Maio - Altera o Decreto-Lei n.º 275/93, de 5 de Agosto, que aprova o regime jurídico da habitação
periódica, e transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 94/47/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de
Outubro de 1994, relativa à protecção do DL n.º 275/93, de 05 de Agosto - REGIME J DA HABITAÇÃO PERIÓDICA -
Time-Sharing» representa 20% do «cash flow» do Grupo Pestana
O «time-sharing», ou venda de unidades de habitação temporária, representa «cerca de 20% do ‘cash flow’» do Grupo
Pestana, afirmou o presidente do Pestana Pousadas, José Roquette.
O «time-sharing», ou venda de unidades de habitação temporária, representa «cerca de 20% do ‘cash flow’» do Grupo
Pestana, afirmou o presidente do Pestana Pousadas, José Roquette, sublinhando que esta é uma forma de crescer no mercado
nacional.
O «time-sharing» é um «sistema com um crescimento espectacular» referiu José Roquette, no Fórum de Desenvolvimento
do Turismo, promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas de Marketing de Portugal-
O Grupo Pestana já trabalha nesta área há mais de 10 anos, tendo começado a trabalhar no «time-sharing», «só com o mercado
inglês na Madeira», explicou Roquete, referindo que «a Alemanha e a Inglaterra são os principais mercados de vendas».
No entanto, o responsável referiu que os portugueses ainda têm algumas desconfianças neste tipo de venda e desta forma
«temos que encontrar uma forma inteligente e credível de vender «time-sharing» no mercado português e vamos encontrá-
la».
O Grupo Pestana pretende vender um produto que seja flexível no seu uso, quer em termos de hotel quer em termos de destino
turístico, onde o cliente que compra uma semana de férias pode gozá-la em qualquer uma das unidades da empresa, em
qualquer país.
«Em termos percentuais não estimamos crescer muito (no futuro), porque o grupo está a crescer muito nas outras áreas», mas
o «time-sharing», à semelhança das Pousadas de Portugal, servirá para alavancar o crescimento do Grupo Pestana em
Portugal, acrescentou o mesmo responsável, que se escusou contudo em contabilizar os resultados do grupo.
• O DIREITO REAL DE HABITAÇÃO PERIÓDICA
O direito real de habitação periódica foi introduzido no sistema jurídico português em 1981, através do decreto-lei nº 355/81
de 31 Dezembro, contudo, já foi objecto de sucessivas alterações, sendo que actualmente está fixado o seu regime no Decreto-
lei 275/93, de 05 de Agosto com as alterações introduzidas pelo Dl 180/99, de 22 Maio, com o DL nº 22/2002 de 31 Janeiro,
com o DL nº 76-A/2006 de 29 Março, com o DL n.º 116/2008, de 04 de Julho, com o DL n.º 37/2011, de 10 de Março e com
o DL n.º 245/2015, de 20 de Outubro
• Continuação
Este é um direito real que está ligado a outros direitos reais de gozo como o usufruto e o direito de propriedade horizontal.
A sua função está ligada a novos hábitos de vida no domínio do turismo e das férias, pois os empresários dessas áreas de
actividades têm iniciado a construção de empreendimentos dirigidos a esta nova clientela.
• Conceito (ou falta dele)
A lei não contém uma definição explícita do conceito de direito real de habitação periódica. Mas da conjugação de alguns
artigos pode-se afirmar o seguinte:
• O direito real de habitação periódica
O direito real de habitação periódica atribui ao seu titular a faculdade de usar uma certa habitação integrada num
empreendimento turístico durante um determinado período de tempo em cada ano.
Ou seja,
É o direito (que o adquire através de ato de compra ou sucessão), usufruir de determinada unidade de alojamento, localizada
num empreendimento turístico, durante um certo período de tempo em cada ano.
• São características dos DRHP
Na falta de indicação em contrario,
• Dá direito a ocupar um local de férias equipado todos os anos, durante uma ou mais semanas definidas. Esse direito é
comprado de uma só vez, sob a condição de partilha com outras pessoas, e fica registado no Registo Predial.
• O período anual a usufruir pelos seus titulares é determinado pelas partes.
• O preço depende de vários fatores, entre os quais o estado, a lotação e do tipo de alojamento e da época escolhida.
• O contrato tem a duração mínima de 1 ano e é proibida a cobrança de qualquer quantia (como sinal, por exemplo) antes
do prazo de reflexão de 14 dias seguidos.
• Os empreendimentos turísticos
Os empreendimentos turísticos assim constituídos podem ter uma de três tipologias:
- Hoteís-Apartamentos;
- Aldeamentos Turísticos;
- Apartamentos Turísticos;
Cfr. art.º 1.º do DL n.º 275/93, de 05 de Agosto
• O titular de um DRHP tem o direito de nos termos do n.º 1 do art.º 21 do DL 275/93 de 05 de Agosto:
“Habitar a unidade de alojamento pelo período a que respeita o seu direito;
b) Usar as instalações e equipamentos de uso comum do empreendimento e beneficiar dos serviços
prestados pelo titular do empreendimento;
c) Exigir, em caso de impossibilidade de utilização da unidade de alojamento objeto do contrato
devido a situações de força maior ou caso fortuito motivado por circunstâncias anormais e
imprevisíveis alheias àquele que as invoca, cujas consequências não poderiam ter sido evitadas
apesar de todas as diligências feitas, que o proprietário ou o cessionário lhe faculte alojamento
alternativo num empreendimento sujeito ao regime de direitos reais de habitação periódica, de
categoria idêntica ou superior, num local próximo do empreendimento objeto do contrato;
d) Ceder o exercício das faculdades referidas nas alíneas anteriores.”
• Obrigações
Terá porquanto,
nos termos do n.º 1 art.º 22.º do DL 275/93 de 05 de Agosto :
“pagar anualmente ao proprietário das unidades de alojamento sujeitas ao regime dos direitos reais de habitação periódica a
prestação pecuniária indicada no título de constituição.”
O valor da prestação periódica pode variar consoante a época do ano a que se reporta o direito real de habitação periódica,
mas deve ser proporcional à fruição do empreendimento pelo titular do direito. Cfr. n.º 3 do art.º 22.º do DL 275/93 de 05 de
Agosto.
• Constituição e transmissão dos Direitos Reais de Habitação Periódica
Os DRHP são constituídos através de escritura pública ou documento particular autenticado, sendo os mesmos, instruídos
com cópia da autorização para a sua constituição, a qual é emitida pelo Turismo de Portugal, I.P.. Qualquer modificação que
se venha a realizar neste titulo constitutivo, também terá que ser levada a cabo mediante a outorga de uma escritura publica
ou documento particular autenticado.
Cfr. alínea b) do art.º2.º do Código do Registo Predial onde é referido que estão sujeitos a registo “Os factos jurídicos que
determinem a constituição ou a modificação da propriedade horizontal e do direito de habitação periódica” e n.º 1.º do art.º
8 do DL 275/93 de 05 de Agosto
• O processo de destituição da Administração
Cfr. Art.º 37.º do Dl 275/93 de 05 de Agosto
O processo de destituição inicia-se em assembleia geral especialmente convocada para o efeito, devendo a deliberação ser
tomada por maioria de dois terços dos votos correspondentes aos direitos reais de habitação periódica transmitidos, e só
produzindo efeitos depois de decisão do tribunal arbitral, a constituir nos termos dos art.º 38 e ss., ou da nomeação judicial
prevista no artigo 40.º
Decorrido o prazo referido anteriormente, se a entidade em causa não tiver cumprido as obrigações impostas pelo tribunal
arbitral, este deliberará, de imediato, a destituição daquela e a consequente substituição por uma outra que administrará todo
o empreendimento.
• Informação pré contratual dos consumidores
O vendedor deve, nos termos do art.º 13.º do DL n.º 275/93 de 05 de Agosto, “entregar ao adquirente o documento
complementar, bem como o formulário de resolução do contrato previsto no artigo 11.º.
Este formulário deverá abarcar diversos aspetos nomeadamente:
Indicar a identificação do empreendedor;
- A descrição dos serviços colocados as dispor do titular do DRHP
- A existência de códigos de conduta
- Os mecanismos de resolução de litígios e a
- Indicação sobre modo e os prazos para o exercício do direito de resolução.

• Agências de Viagens
• Regime jurídico das Agências de Viagens
Decreto-Lei n.º 17/2018 de 8 de março - Estabelece o regime de acesso e de exercício da atividade das agências de viagens
e turismo, transpondo a Diretiva (UE) 2015/2302
Decreto Legislativo Regional n.º 18/2013/M de 17 de Junho - Adapta à Região Autónoma da Madeira o regime de acesso
e de exercício da atividade das agências de viagens e turismo, estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 61/2011, de 6 de maio e
alterado pelo Decreto-Lei n.º 199/2012, de 24 de agosto
• Regime jurídico das Agências de Viagens
Portaria n.º 224/2011 de 3 de Junho - Aprova o Regulamento do Fundo de Garantia de Viagens e Turismo
Portaria n.º 1087/2010 de 22 de Outubro - Regulamenta o Registo Nacional de Turismo e define o âmbito e as suas
condições de utilização
• Noção de Agências de viagens e turismo
São agências de viagens e turismo as pessoas singulares ou coletivas cujas atividade consiste no exercício das atividades
referidas no art.º 3.º do Decreto-Lei n.º 17/2018 de 8 de março;
• Art.º 3.º do Decreto-Lei n.º 17/2018 de 8 de março;
“1 - As agências de viagens e turismo desenvolvem, a título principal, as seguintes atividades próprias:
a) A organização e venda de viagens organizadas e a facilitação de serviços de viagem conexos, quando o facilitador receba
pagamentos do viajante, respeitantes aos serviços prestados por terceiros;
b) A representação de outras agências de viagens e turismo, nacionais ou estrangeiras, bem como a intermediação na venda
dos respetivos produtos;
c) A reserva de serviços em empreendimentos turísticos e em estabelecimentos de alojamento local;
d) A venda de bilhetes e reserva de lugares em qualquer meio de transporte;
e) A receção, transferência e assistência a turistas.”
• Nos termos do n.º 2
“As agências de viagens e turismo desenvolvem, a título acessório, as seguintes atividades:
a) A obtenção de certificados coletivos de identidade, vistos ou outros documentos necessários à realização de uma viagem;
b) A organização de congressos e de eventos semelhantes; (M&I – Meetings & Incentives)
c) A reserva e a venda de bilhetes para espetáculos e outras manifestações públicas;
d) A realização de operações cambiais para uso exclusivo dos clientes, de acordo com as normas reguladoras da atividade
cambial;
e) A intermediação na celebração de contratos de aluguer de veículos de passageiros sem condutor;
f) A comercialização de seguros de viagem e de bagagem em conjugação e no âmbito de outros serviços por si prestados,
sem prejuízo do previsto no diploma que regula as condições de acesso e de exercício da atividade de mediação de seguros
ou de resseguros;
g) A venda de guias turísticos e de publicações semelhantes;
h) O transporte turístico efetuado no âmbito de uma viagem turística, nos termos definidos no artigo 13.º;
i) A prestação de serviços ligados ao acolhimento turístico, nomeadamente a organização de visitas a museus, monumentos
históricos e outros locais de relevante interesse turístico.”
E o exercício de atividade de animação turística.
• São requisitos para o exercício da atividade:
- Ser uma cooperativa, estabelecimento individual de responsabilidade limitada ou sociedade comercial que tenha por objeto
o exercício daquela atividade e não é exigível um capital social mínimo, salvo para efeitos de acesso à profissão de
transportador público rodoviário, caso em que o capital social mínimo para as agências de viagem e turismo é de € 100.000,00.
- Comprovação da idoneidade comercial do titular do estabelecimento em nome individual de responsabilidade limitada, dos
diretores ou gerentes da cooperativa e dos administradores ou gerentes da sociedade requerente;
- Não ter proibição legal do exercício no comércio;
- Não ter inibição do exercício do comercio por ter sido declarada a sua falência ou insolvência enquanto não for levantada a
inibição e decretada a sua reabilitação;
• Requisito para o exercício da atividade
Cfr. art.º 6.º do DL 17/2018 de 8 de Março
1.ª Inscrição no Registo Nacional da Agências de viagens e turismo (RNAVT) por mera comunicação prévia, disponível na
internet nos Portais do Turismo de Portugal, da Empresa ou do cidadão;
2.ª No momento da inscrição no RNAVT, deve ser prestada uma contribuição para o FGVT de 2500€.
Nota: Sempre que o FGVT atinja um valor inferior a € 3 000 000, as agências de viagens e turismo são notificadas pelo
Turismo de Portugal, I. P., para prestarem contribuição adicional, nos termos do quadro único em anexo ao presente decreto
-lei, do qual faz parte integrante, e na proporção estabelecida, até que o FGVT atinja o seu valor mínimo de € 4 000 000 (Cfr.
n.º 2.º do art.º 38.º do DL 17/2018 de 8 de Março).
• As agências de viagens podem rescindir o contrato de viagem organizada?
Podem, se o número de pessoas inscritas na viagem for inferior ao número mínimo indicado no contrato ou se
verificarem circunstâncias inevitáveis e excecionais que impeçam a agência de executar o contrato.
Cfr. art.º 27.º n.º 1 alíneas a) e b) do DL 17/2018 de 8 de Março

Como atuar no caso de falta de conformidade na execução de serviços de viagem incluídos no contrato de viagem organizada?
O viajante deve comunicar o incumprimento à agência, por escrito ou outra forma adequada, sem demora injustificada. A
agência deve assegurar o suprimento da falta, salvo quando seja impossível ou isso comporte custos desproporcionados.
O viajante tem direito à restituição da diferença entre o preço das prestações previstas e das efetivamente fornecidas.
Cfr. n.º 1.º, 2.º e 3.º do art.º 28.º do DL 17/2018 de 8 de Março

As agências de viagens e turismo são obrigadas a possuir um seguro de responsabilidade civil?
Sim, o seguro de responsabilidade civil deve cobrir, entre outros riscos, o repatriamento dos viajantes e a assistência médica
e medicamentos necessários em caso de acidente ou doença ocorridos durante a viagem, incluindo aqueles que se revelem
necessários após a conclusão da viagem.
(Cfr. alínea a) e b) do n.º 2.º do art.º 41.º do DL 17/2018 de 8 de Março).
• Responsabilidades das agências de viagem
As agências são responsáveis perante os seus clientes pelo pontual cumprimento das obrigações resultantes da venda de
viagens turísticas;
Quando se tratar de viagens organizadas, as agencias são responsáveis perante os seus clientes, ainda que os serviços devam
ser executados por terceiros e sem prejuízo do direito de regresso;
No caso de viagens organizadas, as agencias organizadoras respondem solidariamente com as agencias vendedoras;…
Nos termos do art.º 36.º n.º 2.º do DL 17/2018 de 8 de Março
• A responsabilidade da agencia terá como limite o montante máximo exigível as entidades portadoras dos serviços, nos
termos da Convenção de Montreal, de 28 de maio de 1999, sobre transporte aéreo internacional, e da Convenção de Berna,
de 1961, sobre transporte ferroviário;
• No que concerne aos transportes marítimos, a responsabilidade das agências de viagens e turismo, relativamente aos seus
clientes, pela prestação de serviços de transporte, ou alojamento, quando for caso disso, por empresas de transportes
marítimos, no caso de danos resultantes de dolo ou negligência destas, tem como limites os montantes referidos nas diversas
alíneas do n.º 2.º do art.º 36.º do DL.
• Responsabilidades das agências de viagem
Quando exista, a responsabilidade das agências de viagens e turismo pela deterioração, destruição e subtração de bagagens
ou outros artigos, em estabelecimentos de alojamento turístico, enquanto o cliente aí se encontrar alojado, tem como limites
referidos na alíneas do n.º 3.º do art.º 36.º do DL 17/2018 de 8 de Março.
• Porém, refira-se que o contrato de viagem pode limitar a indemnização a pagar, desde que esse limite não seja aplicável
às lesões corporais, nem aos danos causados de forma deliberada ou por negligência e não represente menos do que o triplo
do preço total da viagem organizada.
• Da Fiscalização e Sanções (art.º 43.º do DL 17/2018)
Autoridade de Segurança Alimentar
• Fiscalizar o cumprimento do disposto no Diploma (exclusividades e limites das agencias);
• Ter conhecimento das reclamações apresentadas
• Instruir os processos por infracções
Direcção geral de transportes terrestres
• Licenças para abertura de agencias de viagens
• Transmissão de propriedades
• Revogação de licenças
• Artigo 49.º Competência para aplicação das sanções
1 - A decisão de aplicação das sanções previstas no presente decreto-lei compete ao inspetor-geral da ASAE.
2 - A aplicação das coimas é comunicada ao Turismo de Portugal, I. P., para efeitos de averbamento ao registo.
• Na Região Autónoma da Madeira
O regime previsto aplica-se à Região, sempre juízo das adaptações decorrentes da estrutura própria da administração regional
autónoma, a introduzir por diploma regional adequado
• Assim nos termos do Decreto Legislativo Regional n.º 18/2013/M de 17 de Junho
As competências atribuídas à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica são exercidas pela Direção Regional do
Turismo.
As competências cometidas ao Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres, I.P., são exercidas pela Direção Regional
dos Transportes Terrestres.
Todas as competências cometidas pelo regime ao Turismo de Portugal, I.P., e ao seu presidente são exercidas, na Região
Autónoma da Madeira, respetivamente, pela Direção Regional do Turismo e pelo Diretor Regional do Turismo.
As competências atribuídas pelo diploma ao membro do Governo responsável pela área do turismo são exercidas, na região
, pelo membro do Governo Regional responsável pela área do turismo.

Animação Turística
• Regime de licenciamento das empresas de animação turística e dos operadores marítimo-turísticos
Decreto-Lei n.º 108/2009 - D.R. n.º 94, Série I de 15 de maio
Estabelece as condições de acesso e de exercício da atividade das Empresas de Animação Turística, bem como dos
Operadores Marítimo–Turísticos. Alterado e republicado pelo Dec.-Lei n.º 186/2015, de 3 de setembro.
Decreto Legislativo Regional n.º 10/2017/M - Adapta à Região Autónoma da Madeira o regime de acesso e de exercício da
atividade das empresas de animação turística e dos operadores marítimo-turísticos, estabelecido pelo Decreto-Lei n.º
108/2009, de 15 de maio e alterado pelos Decretos-Leis n.os 95/2013, de 19 de julho e 186/2015, de 3 de setembro
Decreto-Lei n.º 21/2002 - D.R. n.º 26, Série I-A de 31 de janeiro
Aprova o Regulamento da Atividade Marítimo-Turística. Alterado e republicado pelo Dec.-Lei n.º 269/2003, de 28 de
outubro (revoga os Arts 3.º a 15.º, 29.º a 32.º e os Anexos I e II).
Decreto-Lei n.º 149/2014 - D.R. n.º 196/2014, Série I de 10 de outubro
Aprova o Regulamento das Embarcações Utilizadas na Atividade Marítimo-Turística
• Regime de licenciamento das empresas de animação turística
Portaria n.º 651/2009 de 12 de Junho - Define o Código de Conduta a adotar pelas empresas de animação turística e dos
operadores marítimo-turísticos que exerçam atividades reconhecidas como turismo de natureza e o logótipo que os identifica.
Decreto-Lei n.º 149/2014 de 10 de outubro - Regulamento das Embarcações Utilizadas na Atividade Marítimo – Turística.
• Animação o que é?
Animação é uma palavra que vem do latim, Anima, que significa Dar alma (animar a ala). Na génese da palavra Animação
estão os vocábulos Anima/ânimo. No latim Animus, sugere Dinâmica, Força Ativa e Vida. Na raiz de Animus encontra-se
Alma que retirada do seu contexto religioso sob o prisma filosófico significa Criar, Dar Vida.
• Enquadramento Legal
O regime de acesso e exercício da atividade das Empresas de Animação Turística, incluindo os operadores Marítimo-
Turísticos, encontra-se regulamentado pelo Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 95/2013,
de 19 de julho e pelo Decreto-Lei n.º 186/2015, de 3 de setembro.
• Empresas de Animação Turística
Nos termos do ñ.º 2 do DL n.º 108/2009, de 15 de maio são:
«Empresa de animação turística», a pessoa singular ou coletiva que desenvolva, com caráter comercial, alguma das atividades
de animação turística referidas no artigo seguinte, incluindo o operador marítimo -turístico;
Ou seja:
São empresas de Animação turística as que tenham por objeto a exploração de atividades lúdicas de natureza recreativa,
desportivas ou culturais, que se configurem como atividades de turismo de ar livre ou de turismo cultural e que tenham
interesse turístico para a região em que se desenvolvam
Cfr. n.º 1 do art.º 3.º do DL n.º 108/2009, de 15 de maio

As empresas proprietárias ou exploradoras de empreendimentos turísticos


As empresas proprietárias ou exploradoras de empreendimentos turísticos que exerçam atividades próprias das empresas de
animação turística como complementares à sua atividade principal estão sujeitas ao regime da mera comunicação prévia ou
da comunicação prévia com prazo através do RNAAT, nos termos previstos nos artigos 11.º e 13.º, com isenção do pagamento
das taxas a que se refere o artigo 16.º (Cfr. art.º 5.º n.º 3.º do DL 108/2009 de 15 de Maio.
• As associações, clubes desportivos, misericórdias, mutualidades, instituições privadas de solidariedade social e
entidades análogas e animação turistica
As associações, clubes desportivos, misericórdias, mutualidades, instituições privadas de solidariedade social e entidades
análogas podem exercer atividades próprias de animação turística estando isentas de inscrição no RNAAT, desde que
cumpram cumulativamente os seguintes requisitos: a) A organização e venda das atividades não tenham fim lucrativo; b) As
atividades se dirijam única e exclusivamente aos seus membros ou associados e não ao público em geral; c) As atividades
tenham caráter esporádico e não sejam realizadas de forma contínua ou permanente, salvo se forem desenvolvidas por
entidades de cariz social, cultural ou desportivo; d) Obedeçam, na realização de transportes, ao disposto no artigo 26.º, com
as devidas adaptações; e) No caso de serem utilizadas embarcações e demais meios náuticos, estes cumpram os requisitos e
procedimentos técnicos, designadamente em termos de segurança, regulados por diploma próprio.
• Contudo,
As associações, clubes desportivos, misericórdias, mutualidades, instituições privadas de solidariedade social e entidades
análogas estão obrigadas a celebrar um seguro de responsabilidade civil e de acidentes pessoais que cubra os riscos
decorrentes das atividades a realizar e, quando se justifique, um seguro de assistência válido no estrangeiro, nos termos
previstos no capítulo vii e na portaria a que se refere o n.º 2 do artigo 27.º, aplicando-se-lhes igualmente a admissibilidade de
garantia financeira ou instrumento equivalente, nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de
julho, devidamente adaptados
• Declaração de adesão formal ao código de conduta
Sem prejuízo do cumprimento da demais legislação aplicável, as associações, clubes desportivos, misericórdias,
mutualidades, instituições privadas de solidariedade social e entidades análogas, que pretendam exercer as atividades
referidas na alínea a) do n.º 1 do artigo 4.º (ou seja de turismo de natureza) devem enviar ao ICNF, I. P., a declaração de
adesão formal ao código de conduta previsto no n.º 1 do artigo 20.º, aplicável com as devidas adaptações.
• Cfr. art.º 5.º do DL 186/2015 de 3 de Setembro
• Direito a entrada livre
As empresas de animação turística registadas no RNAAT, que no âmbito das suas atividades desenvolvam percursos
pedestres urbanos ou visitas guiadas a museus, palácios, monumentos e sítios históricos, incluindo arqueológicos, têm direito
a entrada livre nos recintos, palácios, museus, monumentos, sítios históricos e arqueológicos, do Estado e das autarquias
locais, quando em exercício de funções e durante as horas de abertura ao público.
A gratuitidade de entrada nos locais referidos anteriormente apenas é garantida mediante exibição de documento
comprovativo do registo e, tratando-se de pessoa diversa da constante no registo, declaração da empresa contendo a
identificação do profissional em exercício de funções de visita guiada complementada com documento de identificação civil.
Cfr. art.º 7 e 8.º do Art.º DL 186/2015 de 3 de Setembro
• Requisitos de acesso à atividade
Para desenvolver atividades de animação turística ou operador marítimo-turístico, com carácter comercial, é necessária:
1.º - Inscrição no Registo Nacional de Agentes de Animação Turística (RNAAT), realizada por mera comunicação prévia
(preencher formulário disponível no Balcão do Empreendedor e no sítio da Internet do Turismo de Portugal, I.P.);
2.º - Contratação dos seguros obrigatórios ou dos seguros, garantias financeiras ou instrumentos equivalentes, nos termos dos
artigos 27.º a 28.º-A do Decreto-lei n.º 108/2009, de 15 de maio.
Cfr. art.º 11.º n.º 1.º do DL n.º 108/2009, de 15 de maio

• 2.º - Seguro Obrigatório


As empresas de animação turística e os operadores marítimo -turísticos que exerçam atividade em território nacional estão
obrigados a celebrar e a manter válidos seguros que cubram os riscos para a saúde e segurança dos destinatários dos serviços
ou de terceiros decorrentes da sua atividade, nos seguintes termos:
a) Um seguro de acidentes pessoais para os destinatários dos serviços;
b) Um seguro de assistência para os destinatários dos serviços que viajem do território nacional para o estrangeiro no âmbito
ou por força do serviço prestado;
c) Um seguro de responsabilidade civil que cubra os danos patrimoniais e não patrimoniais causados por sinistros ocorridos
no decurso da prestação do serviço. Cfr. art.º 27.º n.º 1 Decreto-Lei n.º 186/2015 de 3 de setembro
• Nota
As empresas cuja atividade seja exclusivamente o desenvolvimento em ambiente urbano de percursos pedestres e visitas a
museus, palácios e monumentos, encontram-se isentas da obrigação da contratação dos seguros de acidentes pessoais e de
responsabilidade civil (alínea b) do n.º 1 do artigo 28º na redação do DL n.º 108/2009, de 15 de maio).
No caso dos operadores marítimo-turísticos, o seguro de responsabilidade civil será dispensado desde que o seguro por
embarcação, contratado ao abrigo do anexo III do regulamento das embarcações utilizadas na atividade marítimo-turística
(RAMT), cubra todas as atividades que exerçam e que o capital mínimo seja igual ou superior ao exigível no de
responsabilidade civil.
• Na Região
Nos termos do DLR n.º 10/2017/M
No exercício de competências na Região Autónoma da Madeira
As competências atribuídas à Direção-Geral do Património Cultural são nesta região autónoma reportadas e exercidas pelos
serviços da Direção Regional da Cultura (DRC).
As competências atribuídas ao Instituto da Conservação da Natureza e Florestas são nesta região autónoma reportadas e
exercidas pelo Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN).
As competências atribuídas ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I. P., são nesta região autónoma
reportadas e exercidas pela Direção Regional da Economia e Transportes (DRET).
As competências atribuídas à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica são nesta região autónoma exercidas pela
Direção Regional do Turismo (DRT).
• Cadastro Regional de Agentes de Animação Turística
A Direção Regional do Turismo deve organizar e manter atualizado um Cadastro Regional das Empresas de Animação
Turística (CREAT), parte do qual será disponibilizado e acessível ao público no sítio da internet deste departamento
governamental.
• Competência para a fiscalização
Compete na região autónoma à Direção Regional do Turismo (DRT) fiscalizar a observância do disposto nos decretos-leis a
respeito do exercício da atividade de animação turística.
Sempre que solicitado, as autoridades administrativas, bem como as autoridades policiais, cooperam com a DRT nas ações
de fiscalização.Cfr. art.º 5.º do DLR 10/2017/M
• Constituem contraordenações:
A não comunicação dos elementos a constar no Cadastro Regional das Empresas de Animação Turística, nos termos previstos
no n.º 2 do artigo 3.º do DLR 10/2017/M;
A não comunicação das alterações aos elementos constantes no Cadastro Regional das Empresas de Animação Turística, nos
termos previstos no n.º 4 do artigo 3.º do DLR 10/2017/M ;
O incumprimento da obrigatoriedade de ostentação, em bem ou equipamento, de distintivo de identificação, de forma visível,
a que se refere o artigo 4.º do DLR 10/2017/M

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