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Empregabilidade e o papel

do RH nos novos tempos

O termo empregabilidade diz respeito à capacidade de um trabalhador


de se manter empregável, ou seja, tem relação com a capacidade do
trabalhador de preservar seu potencial de ser contratado e de sobreviver
às inconstâncias do mercado.

A empregabilidade requer que o trabalhador se mantenha atualizado,


tenha abertura para o novo, curiosidade, autonomia e que se destaque
em alguma habilidade ou conhecimento, além de possuir uma boa dose
de empreendedorismo para sair da sua zona de conforto e buscar algo
mais.
Contudo, devido à transformação digital, a globalização e o consequente
aumento da competitividade que geraram e continuarão gerando
mudanças significativas nas estruturas organizacionais, devemos
ressaltar que a empregabilidade não está relacionada somente com a
capacidade de se manter trabalhando em grandes corporações e sim, de
se manter trabalhando e receber uma remuneração compatível por isso,
mesmo que de forma autônoma ou gerenciando um negócio próprio,
pois, as grandes corporações têm reduzido significativamente seus
quadros e estão em busca de profissionais cada vez mais qualificados.

A perspectiva é que o avanço das tecnologias e os novos ambientes


organizacionais exigirão cada vez menos pessoas e estas precisarão
realizar atividades cada vez mais alinhadas aos objetivos da empresa e
que agreguem cada vez mais valor a organização. Assim, para manter
sua empregabilidade o profissional deve ter iniciativa, ser capaz
entender o negócio da organização como um todo e focar seu trabalho
naquelas atividades que tem seu valor reconhecido pela empresa.

Outro ponto relacionado à empregabilidade diz respeito à amplitude do


conhecimento exigido. Nesse novo contexto seriam os generalistas mais
importantes do que os técnicos? Ou o contrário? A resposta a essa
pergunta é: as empresas continuarão precisando dos dois perfis, mas
precisarão de pessoas cada vez mais adaptáveis, capazes de aprender e
“desaprender” continuamente, absorvendo conhecimentos e
incorporando habilidades, para adequar-se prontamente as mudanças.

A postura do profissional em relação ao trabalho também é um fator


importantíssimo da empregabilidade, já que as empresas precisarão de
pessoas cada vez mais capazes de fazerem as coisas acontecerem, que
consigam agir sem esperar a ordem de superior, tomando decisões de
forma autônoma e assertiva quando necessário.

As transformações no contexto social em que vivemos e a expansão


cada vez maior das tecnologias, afeta não só a empregabilidade do
trabalhador, mas traz mudanças também para os processos
organizacionais e a gestão de pessoas. Nesse novo contexto, a área de
Recursos Humanos precisa atuar de forma cada vez mais estratégica,
preparando-se melhor para captar e desenvolver esse novo colaborador
fruto da era digital.

Para isso, o RH precisa entender a fundo as características da


organização e atuar de forma a identificar bons profissionais no
mercado, facilitando os processos de aprendizagem continua e
garantindo o reconhecimento e permanência dos melhores talentos.

Além disso, para se tornar de fato estratégico, a área de Recursos


Humanos precisa parar de focar tanto nos aspectos operacionais de seus
processos básicos (recrutamento, contratação e treinamento) e buscar
alinhá-los ao objetivo principal da organização e aos objetivos de cada
setor da empresa, tornando-se assim um parceiro integrado às
estratégias da organização que é capaz de atender as demandas do
mercado e alinhar o negócio com o capital humano.

Outra característica da atuação mais estratégica do RH diz respeito à


agregação da diversidade na empresa, ou seja, a busca por contratar
pessoas com diferentes modos de pensar e que possuem competências
diversas. O que favorece a proposição de novas ideias e soluções para
os problemas, ampliando a visão de mundo da organização e
aprimorando o negócio.

Por fim, a atuação estratégica da área de recursos humanos passa por


entender esse novo modelo de sociedade em que vivemos e as novas
expectativas dos trabalhadores em relação à vida profissional e a
carreira, tornando-se capaz de atender as necessidades humanas de
forma personalizada, ao mesmo tempo em que as ajusta às demandas
do mercado e aos novos cenários. Isso faz com que o RH se torne um
parceiro vital para a empresa, alinhando os objetivos do negócio e das
pessoas, propondo, por exemplo, planos de cargos e salários mais
condizentes com os anseios dos trabalhadores, favorecendo a atração e
retenção de talentos, e a adoção de novas ferramentas e soluções mais
modernas de treinamento e desenvolvimento, que sirvam para ampliar o
conhecimento dos profissionais e torná-los cada vez mais aptos para
responder as demandas do mercado.

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