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DEUS - A ORIGEM EM GÊNESIS 1-11 E O ÊXODO 3:1-14

Deus e como Ele se revelou nas origens

Introdução

0 homem busca Deus. A busca do homem SOMENTE alcança o seu objetivo porque o próprio Deus
vem ao encontro do homem. Sem essa iniciativa divina, o encontro com Deus não seria possível, pois
este “habita em luz inacessível”.

A Revelação é mais do que comunicação de leis, de preceitos e de informações.

Deus, em sua bondade e condescendência, se aproxima para se revelar e se doar ao homem e para
lhe revelar o seu desígnio de salvação.

A revelação divina é autorrevelação e autodoação. Atenção aos termos autorrevelação e autodoação.

O que Deus revela não é algo alheio ao próprio Deus. O objeto da revelação não é primeiramente um
conjunto de ideias e de doutrinas, mas é o próprio Deus: Ele mesmo se revela. Assim o sujeito e o
objeto da revelação coincidem. Por isso usa-se o termo autorrevelação.

Revelação não é mera comunicação de proposições e mensagens. Se fosse só isso, bastaria para Deus
usar o e-mail ou o facebook. A revelação divina, porém, é a comunicação da própria vida de Deus. Ao
se revelar, Deus se comunica a si mesmo ao homem. O que Deus dá na sua revelação é a si mesmo.
Por isso diz-se que a revelação é autodoação.

Aprouve a Deus, na sua sabedoria e bondade, revelar-Se a Si mesmo e dar a conhecer o mistério da
sua vontade, segundo o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no
Espírito Santo e se tomam participantes da natureza divina».

Deus, que «habita numa luz inacessível» (1Tm 6,16), quer comunicar a sua própria vida divina aos
homens que livremente criou, para fazer deles, no seu Filho único, filhos adotivos. Revelando-Se a Si
mesmo, Deus quer tornar os homens capazes de Lhe responderem, de O conhecerem e de O amarem,
muito além de tudo o que seriam capazes por si próprios.

O desígnio divino da Revelação realiza-se, ao mesmo tempo, «por meio de ações e palavras,
intrinsecamente relacionadas entre si» e esclarecendo-se mutuamente. Comporta uma particular
«pedagogia divina»: Deus comunica-Se gradualmente ao homem e prepara-o, por etapas, para
receber a Revelação sobrenatural que faz de Si próprio e que vai culminar na Pessoa e missão do
Verbo encarnado, Jesus Cristo.

A natureza ( céus e terra) não revela totalmente quem é Deus. Os animas as árvores não
revelam plenamente a Deus.

• Salmos 8:03-04
Quando admiro os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali estabeleceste, Que
é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites?
• Salmos 19:1
Para o mestre de música. Um salmo de Davi. Os céus revelam a glória de Deus, o firmamento
proclama a obra de suas mãos.
• Salmos 136:7-9
Aquele que fez os grandes luminares; porque a sua benignidade dura para sempre;
O sol para governar de dia; porque a sua benignidade dura para sempre;
A lua e as estrelas para presidirem à noite; porque a sua benignidade dura para sempre;
• Salmos 111:2
Portentosas são as obras do SENHOR,
• Jó 22:12
Porventura, não está Deus nas alturas dos céus? Olha para as mais altas estrelas e vê como
estão distantes!
• Jó 36:24
Lembra-te sempre de exaltar as obras de Deus, às quais os homens dedicam cânticos de louvor.
• Romanos 1:20
Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza
divina, têm sido observados claramente, podendo ser compreendidos por intermédio de tudo o
que foi criado, de maneira que tais pessoas são indesculpáveis;
• Salmos 33:6
Os céus foram criados mediante a palavra do SENHOR, e todos os corpos celestes, pelo sopro de
sua boca.
• Gênesis 1:1
No princípio, Deus criou os céus e a terra.
• Êxodo 8:19
Contudo, os magos afirmaram ao Faraó: “Atentai! Estas são obras do dedo de Deus!”
Entretanto, o coração do Faraó permanecia empedernido e também a eles não deu ouvidos,
como Yahweh havia predito.
• Êxodo 31:18
E aconteceu que quando o SENHOR terminou de orientar Moisés, no alto do monte Sinai,
entregou-lhe as duas Tábuas do Testemunho e da Aliança, duas placas de pedra com seus
mandamentos escritos pelo dedo de Deus.
• Lucas 11:20
Todavia, se é pelo dedo de Deus que Eu expulso os demônios, então, com toda certeza, é
chegado o Reino de Deus sobre vós.
• Salmos 104:19
Foi Ele quem fez a lua para marcar as estações, e o sol conhece seu ocaso.
• Salmos 136:7-9
Fez grandes luminares: porque seu amor leal é para sempre,…
• Salmos 148:3
Louvai-o, sol e lua, louvai-o vós todas, estrelas brilhantes!
• Gênesis 1:16-18
Deus fez os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia e o menor para regular o
andamento da noite. E formou também as estrelas.…
• Deuteronômio 4:19
Tudo isso para que, ao levantardes vossos olhos em direção ao céu e observardes o sol, a lua, as
estrelas e todos os demais corpos celestes, não vos deixeis seduzir por esses astros para adorá-
los e a eles servir! Porquanto, são apenas coisas que Yahweh, vosso Deus, distribuiu entre todos
os povos que vivem debaixo do céu.
• Jó 25:3,5
Seria possível contar os exércitos de seus anjos? E a sua luz, sobre quem não haverá de se
levantar?…
(Os limites da revelação pela Natureza)
• Romanos 1:20-21
Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a
sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles
fiquem inescusáveis;
Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças,
antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.

Somente a Palavra de Deus revela o essencial de Deus para o ser humano.

• Mt.11:27
• I Co.2:10-11
• Jó 26:14
• Is.45:15
• I Tim.6:16
• Rm.11:33-36

O Deus de Israel (único) sendo revelado em meio a um ambiente politeísta vetero testamentário

1 – Os mitos simplesmente não concebem a unicidade do conceito de Deus. Seu ponto de partida é a
necessária existência de múltiplos deuses.

Cada um criando um elemento cósmico* diferente: Anu cria os as estrelas e constelações, Enki e
Ninmah criam o homem, Marduk cria a terra com o sangue de Tiamat e Mummu é aquele que dá forma
às coisa criadas. A singularidade bíblica se evidência no texto de abertura: “No princípio criou Deus os
céus e a Terra” (Gn 1:1). Um único é protagonista causador todos os elementos criados. Onde o texto
bíblico vai reforçar a verdade de que existe um único Deus?

• Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.Deuteronômio 6:4


• Deuteronômio 4:39
• Isaías 43:10
• Isaías 45:18

2 – A opção por um único Deus, que antecede em existência ao universo e causa sua existência por meio
de um ato criador é outro elemento estranho, antagônico à cultura mesopotâmica.

Para os sumérios (e também para os assírios, egípcios e gregos) os deuses não criam o universo; são
filhos dele. No Enuma Elish, por exemplo, forças cósmicas primordiais (Tiamat – a água abismal e Apsu –
a água refrescante) se unem e geram um grupo de seres místicos que, por sua vez, fazem nascer em
relações incestuosas os primeiros deuses Antu, Anu (patronos do céu) e Ki (deusa mãe da terra). Eles
são irmão e novamente se relacionam incestuosamente formando novos deuses como Enki (Ea),
Ninhursag, Enlil e outros. Depois disso, num interminável intercurso sexual surgem mais e mais
divindades que, ao contrário de Yahweh (sem começo e sem fim), não apenas nascem, mas podem
morrer, mesmo se dizendo imortais. Aparentemente é a comida celeste recusada por Adapa que lhes
garante a vida eterna.

• Seria porventura o homem mais justo do que Deus? Seria porventura o homem mais puro do
que o seu Criador?Jó 4:17
• Porque não sei usar de lisonjas; em breve me levaria o meu Criador.Jó 32:22
• De longe trarei o meu conhecimento; e ao meu Criador atribuirei a justiça.Jó 36:3
• Gênesis 1:1-31

3 – A criação nos mitos mesopotâmicos ocorre por gestação, projeção seminal ou batalha, provocando
separação entre partes. Até a morte de um deus pode ser necessária para o surgimento de uma nova
vida.

Esse foi, como vimos no caso de Geshtu-e, eleito depois da batalha dos anunakis para ser imolado e,
com o seu sangue, Enki e Ninmah poderem criar os primeiros seres humanos. No versão do Gênesis,
Deus concede a Adão o seu próprio fôlego de vida e não o sangue de uma criatura sacrificada. A ideia
parece ser afirmar que definitivamente, não temos nenhum DNA de rebeldes celestiais!

• E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine
sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre
todo o réptil que se move sobre a terra.
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Gênesis 1:26,27
• E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o
homem foi feito alma vivente. Gênesis 2:7
• Este é o livro das gerações de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus
o fez.
Homem e mulher os criou; e os abençoou e chamou o seu nome Adão, no dia em que foram
criados. Gênesis 5:1,2

4 – Ainda sobre a criação por separação entre partes, no épico “Gilgamesh, Enkidu e o mundo dos
mortos” é preciso que a terra se desprenda definitivamente do céu para que seja iniciada a criação. Diz
o texto: “Nos dias primevos, nos mais primevos dos dias, nos antigos dias quando tudo que é vital foi
gerado… quando o céu foi removido da Terra, quando o nome do homem foi fixado, quando [o deus] An
ficou encarregado do céu e Enlil ficou encarregado da Terra.[71] Na versão bíblica, ainda que haja
referência à separação entre as águas, entre a luz e as trevas etc, Deus não precisou batalhar com
ninguém para trazer o mundo e o universo à existência. Tudo foi criado por sua Palavra, uma categoria
de criação jamais encontrada em qualquer ponto da literatura analisada nesta pesquisa.

• Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca.
Salmos 33:6
• Pela fé compreendemos que o Universo foi criado por intermédio da Palavra de Deus e que
aquilo que pode ser visto foi produzido a partir daquilo que não se vê. Os primeiros heróis da fé.
Hebreus 11:03

5 – O Gênesis desmitifica também a ideia personalizada do céu, dos astros, da terra e das águas
abismais como sendo forças cósmicas anteriores a alguns deuses e reprodutores de seres celestiais. O
sol, a lua, as estrelas são descritos apenas como “luzeiros” inanimados para governar (i.e. direcionar
diante do observador astronômico) o dia, a noite, as estações etc. Eles não têm qualquer influência na
criação ou no destino do ser humano (Gn 1:14-16).

• Assim diz o Senhor, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para luz
da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o Senhor dos Exércitos é o seu nome.
Jeremias 31:35
• Guardai, pois, com diligência as vossas almas, pois nenhuma figura vistes no dia em que o
Senhor, em Horebe, falou convosco do meio do fogo;(...) Que não levantes os teus olhos aos
céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus; e sejas impelido a que te
inclines perante eles, e sirvas àqueles que o Senhor teu Deus repartiu a todos os povos debaixo
de todos os céus. Deuteronômio 4:15,19

6 – Na literatura sumeriana a natureza tem vida em si mesma e poderes mágicos semelhantes aos
deuses. No texto de encantamentos intitulado “O verme e a dor de dente” é dito que a terra criou os
rios, os rios criaram os canais, os canais criaram os pântanos e os pântanos criaram os vermes. Por isso
os mesopotâmicos favoreciam tanto a prática de encantamentos inspirados no animismo e cultos de
fertilidade. A Bíblia jamais admite qualquer ideia que se associe a isso. Deus é apresentado como o
criador de tudo o que existe, os pássaros, as árvores, os rios, etc. Tudo se submete ao seu poder e nada
tem vida em si mesmo.

• Guardai, pois, com diligência as vossas almas, pois nenhuma figura vistes no dia em que o
Senhor, em Horebe, falou convosco do meio do fogo;
Para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de qualquer
figura, semelhança de homem ou mulher;
Figura de algum animal que haja na terra; figura de alguma ave alada que voa pelos céus;
Figura de algum animal que se arrasta sobre a terra; figura de algum peixe que esteja nas águas
debaixo da terra; Deuteronômio 4:15-18
• E lançar-vos-ei de diante de minha face, como lancei a todos os vossos irmãos, a toda a geração
de Efraim.
Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me supliques,
porque eu não te ouvirei.
Porventura não vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém?
Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para
fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à
ira. Jeremias 7:15-18

7 – Quanto ao propósito divino para a raça humana, no Gênesis, tudo no que se refere ao planeta terra
parece ser criado em prol do homem que seria, por isso formado no último* dia. Na versão bíblica, o
criador se assemelha a um pai que com muito carinho monta um quarto e um enxoval para o filho que
está para nascer. Só que, nesse caso, o filho nasce adulto e entende o que acabou de receber de
presente. Não é difícil imaginar nas entrelinhas do relato a pergunta de Deus para Adão e Eva:
“Gostaram da surpresa que preparei para a chegada de vocês?”

Já nos mitos o jardim de Edinu ou Edin é criado para o deleite dos deuses. A ideia de criar a humanidade
surge acidentalmente, sem nenhum desejo prévio pela existência humana, mas apenas por causa de
uma situação inesperada: a batalha celestial fez com que os deuses superiores ficassem sem seus
empregados (os Igigi). Então foi necessário criar o ser humano, para servir aos deuses e cuidar do jardim
que nunca foi seu, mas deles. Até a comida produzida na terra (que na versão bíblica seria para
alimentar Adão, Eva e aos animais), na versão pagã serve para garantir o banquete dos deuses.

• E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha
formado.
E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida Gênesis
2:8,9ª
• E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.
E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,
Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que
dela comeres, certamente morrerás. Gênesis 2:15-17

O Deus de Israel no contexto da religião grega

E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto
supersticiosos;
Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO
DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio.
O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos
feitos por mãos de homens; Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de
alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;
E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra,
determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação;
Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe
de cada um de nós; Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos
poetas disseram: Pois somos também sua geração. Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de
cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e
imaginação dos homens. Atos 17:22-29

Os gregos elaboraram caracterizações de Deus a partir de comparações humanas. Segundo Vernant,


Todo panteão, como o dos gregos, supõe deuses múltiplos;

• Cada um tem suas funções próprias, Zeus (Primogênito, Pai ´´relação de poder e autoridade``,
Protetor das casas, Doador de riquezas, Protetor dos estrangeiros); Ceres ( deusa da
fertilidade da terra das colheitas e da civilização); Plutão (Soberano os infernos, senhor absoluto
dos mortos); Netuno ( deus dos oceanos, dos terremotos e dos maremotos); Mercúrio
(Mensageiro do Olimpo, deus dos viajantes e dos mercadores).
• Seus domínios reservados, Zeus (Alto céu, nomeio do ar e das nuvens); ( Ceres ( Lar e Campos ),
Plutão (Profundezas terrestres), Netuno ( Oceanos, águas correntes e os lagos), Mercúrio (
Velocidade, Protetor e Guia das caminhadas, Comércio, Situações de conflito).
• Seus modos particulares de ação, Zeus (PROTEÇÃO, DISCIPLINA, JUSTIÇA, ) Ceres ( FERTILIDADE)
,Plutão ( INVISIBILIDADE), Netuno (MAREMOTOS,TERREMOTOS,TEMPESTADES,EPILEPSIA),
Mercúrio ( ASTÚCIA,ESPERTEZA).
• Seus tipos de poder com relação específica aos seres humanos. Zeus (Pai que comanda e é
obedecido que vela por seus flhos, que provê sustento,que estimula os esforços honestos e pune
as impiedades); ( Ceres ( Ensina a cultivar a terra) , Plutão (Auxilia no cumprimento de
vinganças,maldições), Netuno ( Faz surgir secas, extinguir fontes e rios e trazer inundações),
Mercúrio (Propiciador de fortunas, Ágil)

Características do Panteão grego

• Formam uma sociedade


• Possuem uma hierarquia
• Suas competências e privilégios são bem estritas
• Possuem assim limites entre eles
• Mas se completam
Esses deuses que, em suas relações mútuas, compõem uma sociedade do além hierarquizada, na qual as
competências e os privilégios são alvo de uma repartição bastante estrita, limitam-se necessariamente
uns aos outros, ao mesmo tempo que se completam.

Esses deuses múltiplos estão no mundo e dele fazem parte. O Deus bíblico é transcendente e quando da
sua manifestação imanente é totalmente diferente da grega.

Os deuses gregos e a criação

Os deuses gregos não criaram . Os deuses nasceram do mundo. A geração daqueles aos quais os gregos
prestam um culto, os olimpianos, veio à luz ao mesmo tempo que o universo, diferenciando-se e
ordenando-se, assumia sua forma definitiva de cosmos organizado.

Esse processo de gênese operou-se a partir de Potências primordiais, como Vazio (Cháos) e Terra (Gala),
das quais saíram, ao mesmo tempo e pelo mesmo movimento, o mundo, tal como os humanos que
habitam uma parte dele podem contemplá-lo, e os deuses, que a ele presidem invisíveis em sua morada
celeste.

Há, portanto, algo de divino no mundo e algo de mundano nas divindades.

Assim, o culto não pode visar a um ser radicalmente extramundano, cuja forma de existência não tenha
relação com nada que seja de ordem natural, no universo físico, na vida humana, na existência social. Ao
contrário, o culto pode dirigir-se a certos astros como a Lua, à aurora, à luz do Sol, à noite, a uma fonte,
um rio, uma árvore, ao cume de uma montanha e igualmente a um sentimento, uma paixão (Aidós,
Éros), uma noção moral ou social (Díke, Eynomía).

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