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As ementas disciplinares do curso de Letras com Habilitação em Língua

Portuguesa e Literatura de Língua Portuguesa da Universidade do Estado da


Bahia (UNEB), campus 1, emergem dentro de uma perspectiva que possibilite a
formação de profissionais capazes de refletir sobre a sua função na sociedade,
com a percepção de que as relações linguísticas são também reflexo das
relações sociais, históricas, políticas e culturais..
Os princípios que norteiam as ementas disciplinares, relacionando-as com
as propostas das Diretrizes Curriculares, são a flexibilidade na organização do
curso de Letras e a consciência da diversidade, heterogeneidade do
conhecimento do aluno. O plano de curso da UNEB tem como objetivo
proporcionar conhecimento aos seus discentes na expectativa deles assumirem
uma postura autônoma e significativa de aprendizagem diante das mais diversas
situações e ambientes de ensino.
Considerando-se que as ementas disciplinares são um tipo de registro
que destaca os pontos mais importantes sobre determinado assunto, a ementa
é, nesse caso, como uma diretriz para abordagem de determinada área de
conhecimento. Quando se fala em “ementa do curso”, significa a apresentação
de um discurso que evidencia as principais propostas e provocações elaboradas
para este componente curricular.
Ao refletir sobre as ementas da UNEB, verifica-se, que de um modo, geral
todas adotam um mesmo sistema de aprendizagem para com seus conteúdos
programáticos. Como ponto de partida, instruções discursivas pautadas numa
aplicabilidade de leitura de textos literários, em sua grande maioria.
Há uma flexibilização organizacional nas ementas por parte dos seus
docentes que ao receberem, os seus planos de curso dispõe de uma autonomia
institucional para altera-los desde seus objetivos até as referências
bibliográficas, fator relevante, uma vez que acaba por preconizar um
alargamento para os estudos e reflexões em sala de aula, entende-se como uma
forma de responder às novas demandas sociais é como uma possibilidade de
eliminar a rigidez estrutural de cursos que só preconizam a reprodução de
discursos sem colocá-los em crise.
Tratar das ementas disciplinares da UNEB aqui é refletir de forma objetiva,
a respeito dos programas de cada disciplina e sobre seus conteúdos,
concepções, finalidades, objetivos, metodologias e referências.Com uma matriz
curricular fundada por eixos discursivos que se entrelaçam e se organizam ,com
seus componentes curriculares distribuídos por eixos discursivos, um deles é o
dos Conteúdos de Natureza Científico-Cultural–CNCC, que comtempla
discussões voltadas para a estética da recepção, estudos culturais, teoria
literaria,estudos historicistas nacionalização e identidade .Esse eixo compreende
33 disciplinas, entre elas algumas optativas.
A analise documental desses discursos mostrara se essas disciplinas
atendem ou não as demandas da contemporaneidade relacionadas a educação,
que são a de comtemplar a esse discente a possibilidade dele se tornar um
docente não apenas sob um prisma tradicionalista, repetidor de discursos. Uma
vez detentor do conhecimento, este deverá ser um facilitador no processo de
ensino e aprendizagem promovendo assim uma inclusão socia e política nos
ambientes educacionais.
O programa da disciplina Literatura Portuguesa no Século XX se apoiará,
na teoria da história: à arte de escrever história ou historiografia: a descrição dos
acontecimentos, para mobilizar discussões que comtemplem o estudo sobre
determinados autores como Cesário Verde, Fernando Pessoa entre outros e
suas épocas, na busca por compreender a representatividade desses textos
cânones e em que momento aconteceu uma ruptura discursiva dessa tradição,
reflexões que serão pauta dessas discussões, por entender que durante o
período modernista até a contemporaneidade estabeleceu-se uma relação entre
os discursos ou seja quando um texto já criado exerce influência na criação de
um novo texto
As referências bibliográficas desta disciplina serão como uma bússola a
direcionar os caminhos das discussões, baseadas em textos literários que têm
como característica uma construção textual que tem por finalidade demonstrar
uma intervenção na contestação da velha ordem literária portuguesa

literatura constitui-se como “lugar” onde são expostas, denunciadas e


analisadas as sociedades e os homens que as implementam e legitimam. É,
inegavelmente, espaço de registro do mundo em sociedade. Não deve, portanto,
ser esquecida, ser alijada do processo de formação do homem. Através dela,
tornamo-nos conhecedores da sociedade, do homem, da vida.
expõe que o sujeito pós-moderno deve ser conceituado como alguém que
não possui “uma identidade fixa, essencial ou permanente”, uma vez que ela é
“definida historicamente, não biologicamente”. Esta concepção de identidade
resgata que sua constituição deve-se aos sistemas culturais com os quais
mantém interação. A identidade do sujeito pós-moderno é “celebração móvel

A disciplina Literatura Portuguesa terá no seu programa, teoria


historiográfica aqui mobilizara os discursos a descrever uma literatura
portuguesa que teve seu papel fundamental para o desenvolvimento cultural da
sociedade portuguesa através de textos cânones e hegemônicos como os
lusíadas de luís de camões um o longo poema épico, um grande elogio ao povo
português e seus feitos marítimos, um projeto discursivo que influenciou outros
discursos a darem continuidade a uma ordem do discurso contudo ao olharmos
para as referências encontramos uma perspectiva discursiva que não se alinhara
a esses discursos cânones rompendo com essa forma de pensar Portugal
questionando e criticando valores
Ao analisar a ementa de Literatura Brasileira Do Século XX percebeu-se
que a mesma tem como objetivo através da historiografia e os estudos culturais
que tem por objetivo definir o estudo da cultura própria da sociedade
contemporânea como um campo de análise conceitualmente relevante,
pertinente e teoricamente fundamentado.
Contudo se a proposta e discutir o movimento literário modernista e pós
modernista brasileiro discursos que tiveram um papel fundamental para literatura
brasileira na perspectiva de uma liberdade de criação literária, inovação e ruptura
drástica em relação ao cânone literário europeu onde encontram-se nomes
desse período de grande efervescência cultural da história da literatura
brasileira, não encontramos vozes como Clarice Lispector, Guimarães Rosa nas
referências bibliográficas se caracterizando assim um eixo que não tensiona sua
amplitude a sua proposta etc.
Averiguou-se ao estudar a disciplina Literatura No Brasil Colonial que esta
tem por objetivo mobilizar discussões que deem conta de um percurso entre o
Sec. XVI E XVII, reflexões acerca da formação do imaginarinario nacional.
Pautada nos estudos culturais a disciplina apresenta um Brasil
representado pelo olhar eurocêntrico e colonizador, discursos que povoaram as
literaturas europeias difundindo um brasil belo mais de povo selvagem,
influencias herdadas por diversos escritores brasileiros e contestada por outros
ainda que de forma precária por conta de só haver como referência literária
europeia um trabalho angustiante para para os romancistas brasileiros como
jose de lanecar que tiveram como papel o de se distanciar de uma literatura
portuguesa para fundar uma linfuafhgem btrasileira
como eixo discursivo a disciplina irá trazer no seu corpus referências
bibliográficas básicas, complementar e por último referencias suplementares que
terão um papel creio de amplificar os discursos sugeridos pelas referencias
básicas e complementar, cita-se aqui o livro: Senhora Dona Bahia a Poesia
Satírica de Gregório de Matos de Cleise Mendes bibliografia suplementar.
Apurou-se durante o estudo da ementa Literatura Baiana uma mobilização
que visa discutir a poesia e prosa contemporânea a partir de autores cânones
como Jorge Amado, compreendendo os aspectos desses discursos durante um
percurso que tinha por finalidade representar uma identidade cultural, relacionar
a Bahia com o Brasil através de uma literatura representativa forjando um
imaginário de construção identitário baiano.
Ao discutir temas recorrentes na literatura baiana como o retrato de
costumes e festejos populares entre outros essa disciplina acaba se
enquadrando no eixo de estudos culturais que tem por características fazer
frente às tradições elitistas que persistem exaltando uma distinção hierárquica
entre alta cultura e cultura de massa, entre cultura burguesa e cultura operária,
entre cultura erudita e cultura popular. Contudo o estudo de autores significativos
para uma disciplina como essa se faz precário uma vez que não foi apenas Jorge
amado ou Adonias filho que se utilizaram de uma linguagem literária para
representar a identidade cultural baiana. Mesmo sendo cânones literários
deveria se comtemplar na disciplina outros autores como
Examinando a ementa Literatura Brasileira e Identidade Cultural identifica-
se que a disciplina comtempla o estudo da construção identitária do sujeito em
relação ao seu contexto cultural e como a literatura brasileira formada por
escritores que foram criando estilos com características próprias, muitas vezes
refletindo sentimentos dos acontecimentos da época construíram um imaginário
nacional a partir dos seus discursos.
O período oitocentista e algumas escolas literárias como a romântica e
moderna vão comtemplar reflexões acerca de temas como representações de
raça, gênero e classe, a antropofagia Oswaldiana que promoveu um resgate do
primitivismo, a imagem do canibal foi eleita como o ícone que representaria a
postura independente, crítica, irreverente e parricida do brasileiro diante do
estrangeiro. A ficção de machado de Assis e a prosa de Lima Barreto também
vão desencadear provocações e reflexões.
O eixo de estudos culturais aparece aqui por definir uma engrenagem
discursiva que vai esclarecer, avaliar e tensionar conceitos de identidade e
nação, um discurso europeu cientificista e projetos de construção discursiva
sobre a nacionalidade. Constata-se que as referências bibliográficas numa
quantidade de 13 dão conta para sugerir e mobilizar discursos que contemplem
uma reflexão crítica acerca desse período com textos de militância como a de
Lima Barreto A “arte pela arte” e a “Busca do verso perfeito”
Três ementas estarão sustentadas pelo eixo de: Teoria da Literatura que
é uma argumentação científica ou filosófica da interpretação literária, da crítica
literária, da História da Literatura e do conceito de Literatura no geral (literalidade,
poeticidade, o literário e a sua definição enquanto poesia. A primeira ementa que
será tratada aqui é a: Teoria Da Literatura e traz um discurso pautado em
compreender as relações entre literatura, história e ideologia, percebe-se que
esses elementos estão todos de certa forma intrinsicamente ligados entender,
analisar e discutir essas relações, suas difusões e convergências é colocar em
crise uma história literária procurando em seus ´próprios discursos pontos de
intertextualidades possíveis. Enfim, nota-se que ocorre na atualidade um esforço
de revisão dos modelos historiográficos, o que tem provocado, por sua vez, a
busca por novas abordagens teórico-metodológicas na leitura da própria história
A ementa Introdução Aos Estudos Literários tem por diretriz colocar em
crise as noções de literatura, com o ato ou efeito de rever discursos hegemônicos
e contradiscursos e como estes propõem uma reformulação da história literária
e da interpretação textual, procurando romper com o exclusivismo da teoria de
produção e representação da estética tradicional, pois considera a literatura
enquanto produção, recepção e comunicação, ou seja, uma relação dinâmica
entre autor obra e leitor.
Percebesse uma ementa onde o professor preconiza uma mobilidade
flexível pra com os conteúdos pra comtemplar uma reflexão crítica e reflexiva
com conteúdo pautados na literatura, estudos literários, e a própria teoria da
literatura fundasse um eixo que se organiza pelos estudos culturais mobilizando
discursos que façam compreender o espaço do texto literário e sua recepção
como se dá na perspectiva de uma mudança nas concepções básicas
A ementa da disciplina Literatura e Outas Mídias também está inserida no
eixo discursivo de teoria literária, e na grade curricular é uma disciplina optativa
que são aquelas que buscam complementar e enriquecer a formação do aluno
por meio delas, o estudante tem a oportunidade de aumentar o espaço de
flexibilidade e autonomia dentro da grade curricular de seu curso para diversificar
o seu aprendizado pessoal e profissional. Podendo assim, desenvolver
competências novas e que não fazem parte do currículo obrigatório de formação
oferecido pelo curso de graduação
O meu olhar aqui não e defender se o texto no espaço digital tem a
mesma importância comparado ao espaço impresso.ao contrario me objetivo a
dizer que as tecnologias em todo processo de ensino incluindo as literaturas
midiática formas áudios visuais de conhecimento são fundamentais. Assim como
os textos literários o são. Sendo que o uso dessas mídias uma forma de atrair o
discente para o mundo literário.
Ao analisar os objetivos identificasse um modelo que propõe uma fuga do
tradicional pautado apenas em textos literários.ao alinhar a literatura as mais
diversas formas midiáticas como o cinema comtemplasse ao discente uma nova
forma de conhecimento e aprendizado
O uso do cine aqui cria-se aqui um paralelo entre filme, aula e cotidiano
dos alunos uma vez que dentro das referências bibliográficas possibilitou-se a
participação desse aluno nas escolhas de conteúdos, é uma forma de aproximar
esse discente de sua realidade.
as literaturas midiáticas devem permear os processos de ensino e
aprendizagem como acontece com a literatura

Constatou-se que o discurso busca as especificidades e as relações dos


gêneros literários e outras mídias e vai mobilizar a reflexão aos discentes a
entender maneiras diferentes de se conceber o mundo ficcional,
Entendesse, portanto, que entre literatura, cinema e outras artes, o
discurso vai mobilizar esse leitor a refletir não só sobre as diferenças de
linguagens, mas também sobre as diversas abordagens dos processos de
representação, adaptação, que as mesmas propõem.
O programa da disciplina Literatura e Formação do leitor se apoia no eixo
da Estética da Recepção ou Teoria da Recepção que propõe uma reformulação
da historiografia literária e da interpretação textual, procurando romper com o
exclusivismo da teoria de produção e representação da estética tradicional, pois
considera a Literatura enquanto produção, recepção e comunicação, ou seja,
uma relação dinâmica entre autor, obra e leitor.
A disciplina terá o importante papel de promover ao discente a descoberta
do mundo literário por meio de algumas obras, mais que critérios usar nas
escolhas das obras?, acredito que se deva levar em consideração obras que
comtemplem ao discente uma reflexão clara e objetiva em se tratando do
primeiro contato que esse leitor terá com esse universo literário.
Formar um leitor requer um investimento significativo e dentro dessa ótica
garantir a esse leitor um contato os mais abrangentes e possíveis gêneros
literários através da metodologia que não pode ser na perspectiva de um
monologo onde o docente apenas reproduz o texto sem a participação do
discente. Por isso as diretrizes curriculares propõem o método recepcionai
aquele que tem como objetivo a ampliação do horizonte de expectativas do leitor
apoiado pela teoria da estética da recepção que preconiza essa relação leitor e
texto.
Constata-se que o eixo de Conteúdos de Natureza Cientifico-Cultural-
CNCC que analisamos têm sua estrutura pautada em uma abordagem discursiva
por eixos discursivos nos estudos culturais e historiográficos, na teoria da
literatura na estética da recepção. Eixos que vão se entrelaçar, organizando-se
e redistribuindo-se ao longo dos oito semestres todos com uma carga horaria de
60 horas formando uma cadeia de discussões e reflexões teóricas. Discussões
que preconizem e tensionem discursos universais amparadas por leituras que
possam de uma maneira fomentar debates que questionem discursos
hegemônicos, comtemplando o aluno a possibilidade de um senso crítico e
reflexivo

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