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Precisamos falar sobre o

Burnout!

Quando pensamos no mundo corporativo atual, o estresse é um dos


primeiros tópicos que vêm à mente. Desde a etapa do processo seletivo,
tem-se alimentado a ideia de que para ser um bom colaborador é
necessário ser o primeiro da equipe a chegar e ter o costume de fazer
horas extras para conseguir realizar todas as atividades propostas, além
de estar sempre atento aos e-mails onde quer que esteja e a todo
momento. O Burnout aparece nesse cenário como resultado de tamanha
cobrança.
O termo vem do inglês burn (queimar) out (por inteiro) e diz do estado
físico, emocional e mental de exaustão intensa, produto do excessivo
acúmulo de estresse derivado de situações de trabalho que demandem
muita competitividade. O esgotamento físico e emocional são os
principais sintomas, mas a doença também pode aparecer através de
ausências no trabalho, agressividade, oscilações de humor, pessimismo,
baixa autoestima, isolamento e dificuldade de concentração,
acompanhados muitas vezes por enxaquecas, palpitações, pressão alta,
dores musculares e insônia.

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Burnout tem o seu preço

O impacto emocional é o mais evidente quando se pensa em Burnout,


mas a empresa também sofre com um colaborador que tem essa
doença, visto que ele deixará de entregar resultados com qualidade. Em
2016, a ISMA – BR (International Stress Management Association)
calculou que a exaustão provoca a falta que produtividade e,
consequentemente, gera prejuízo de 3,5% ao PIB (Produto Interno
Bruto).

O trabalhador afetado pela síndrome passa a comprometer diversos


aspectos da vida, desde a saúde física, emocional e cognitiva. A doença
causa impactos na saúde mental, uma vez que se associa ao
neuroticismo – tendência a experienciar emoções negativas como raiva,
ansiedade ou depressão. Além disso, o turnover da empresa também
fica comprometido, pois o isolamento dos colaboradores que sofrem com
a doença proporciona a reestruturação de quadro com maior frequência,
ocasionando gastos cada vez maiores para a empresa.

Como diagnosticar a doença?

A edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais –


DSM V, publicado em 2014, não reconhece o Burnout como doença, mas
é evidenciado na Classificação Internacional das Doenças – CID 10 –
como “Sensação de Estar Acabado” ou “Síndrome do Esgotamento
Profissional”. O diagnóstico é feito por profissionais da área da saúde,
que consideram os sintomas apresentados, história pessoal e
contextualização do momento atual. A busca pela ajuda médica é
fundamental.

O tratamento se apoia no acompanhamento médico e psicológico, aliado


a práticas como atividade física e higiene do sono. Além disso, é
igualmente importante a prática de uma alimentação saudável, assim
como exercícios de relaxamento constantes para aliviar o estresse e
controlar os sintomas. Antidepressivos e ansiolíticos também podem ser
usados no tratamento em alguns casos e recomenda-se a ênfase em
atividades de lazer.

A prevenção da doença é possível e fortemente reforçada através de


estratégias que buscam aliviar a pressão no trabalho e criar condições
laborais saudáveis. A definição de pequenos objetivos na vida
profissional e pessoal é uma das recomendações. Quando você cria um
plano de carreira ou até mesmo um plano de desenvolvimento
individual, os caminhos a serem percorridos ficam mais elucidados e é
possível, então, criar uma linha do tempo saudável para atingir todos os
objetivos propostos.

A prática de atividades de lazer e que fujam à rotina também é


importante porque nos fazem desconectar das preocupações por um
período. As atividades físicas são igualmente fundamentais por atuarem
como ferramenta para liberação da energia acumulada ao longo do dia.
A automedicação é estritamente contraindicada, uma vez que pode
desencadear outros sintomas, assim como o uso excessivo de drogas.

As empresas precisam ficar alertas à saúde mental de seus


colaboradores, pois eles são as peças chave para que o negócio continue
funcionando. É possível oferecer uma qualidade de vida aos seus
colaboradores e ao fazer isso, todos ganham. Um trabalhador feliz com
seu emprego produz cada vez mais e cresce junto com a empresa.

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