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Adolescentes suicidas e sua representação no

audiovisual: um diálogo entre a ficção seriada e a


saúde mental 1
João Paulo Hergesel 2

Resumo: Como as séries de ficção audiovisuais contemporâneas vêm representando a


questão do suicídio no universo adolescente e de que forma isso pode impactar o jovem
brasileiro? Essa foi a pergunta que motivou o início de uma pesquisa sobre o suicídio no
contexto juvenil e sua abordagem nas mídias, numa abordagem interdisciplinar entre
Comunicação Audiovisual e Saúde do Adolescente. Este artigo registra tal projeto de
pesquisa3, que propõe um resgate teórico sobre suicídio e suicídio juvenil, além de um
levantamento documental sobre as séries “13 Reasons Why” (Netflix, 2017) e “Tudo o
que é sólido pode derreter” (TV Cultura, 2009), o filme “Nerve: Um Jogo Sem Regras”
(direção de Henry Joost e Ariel Schulman, 2016) e fenômenos como o “Desafio da Baleia
Azul” e o “Jogo da Fada”.

Palavras-Chave: Audiovisual. Saúde do Adolescente. Narrativas Midiáticas. Ficção


Seriada. Suicídio.

1. Introdução
O suicídio envolvendo adolescentes, retratado artisticamente desde a Antiguidade
– com “A Eneida” (Virgílio, séc. I a.C.) e “Píramo & Tisbe” (Ovídio, 8 d.C.), por exemplo
– e passando por “Romeu & Julieta” (William Shakespeare, 1591/1595), tornou-se um
tema de destaque nas discussões contemporâneas, após a influência midiática a respeito
do assunto. Por um lado, a obra de ficção contribuiu para quebrar o tabu sobre o assunto
com o lançamento da série “13 Reasons Why” (Netflix, 2017); por outro, as preocupações
sociais se enfatizaram com a disseminação de jogos como o “Desafio da Baleia Azul” e
o “Jogo da Fada”, em que anônimos se utilizam da internet para motivar jovens a tirarem
a própria vida.

1
Trabalho apresentado ao Grupo de Trabalho Processos e Produtos Midiáticos do XI Encontro de
Pesquisadores em Comunicação e Cultura, realizado pelo PPG em Comunicação e Cultura da Universidade
de Sorocaba, na Universidade de Sorocaba – Uniso – Sorocaba, SP, nos dias 25 e 26 de setembro de 2017.
2
Doutorando em Comunicação pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM). Bolsista Prosup/Capes.
Membro dos grupos de pesquisa “Inovações e Rupturas na Ficção Televisiva Brasileira” (UAM/CNPq) e
“Narrativas Midiáticas” (Uniso/CNPq). E-mail: jp_hergesel@hotmail.com.
3
Projeto de pesquisa apresentado à Faculdade UnYLeYa como parte integrante do conjunto de tarefas
avaliativas da disciplina Metodologia da Pesquisa e da Produção Científica, do curso de pós-graduação em
Saúde do Adolescente. Tutora: Prof.ª Egle Pires Santos.
O fenômeno serviu para trazer à tona questões que ficaram abafadas em situações
anteriores, sobretudo em território brasileiro – cujo público já havia assistido a uma
abordagem suicida em uma série juvenil com “Tudo o que é sólido pode derreter” (TV
Cultura, 2009). Também se mostrou útil ao mostrar que distúrbios psiquiátricos cada vez
mais comuns em jovens, como depressão e ansiedade, merecem uma atenção maior, tanto
da família como dos profissionais da Saúde.
Portanto, como as séries de ficção audiovisuais contemporâneas vêm representando
a questão do suicídio no universo adolescente e de que forma isso pode impactar o jovem
brasileiro? Essa foi a pergunta que motivou o início de uma pesquisa sobre o suicídio no
contexto juvenil e sua abordagem nas mídias, numa abordagem interdisciplinar entre
Comunicação Audiovisual e Saúde do Adolescente. Tal projeto, desenvolvido sob
orientação da Prof.ª Egle Pires Santos, foi apresentado à Faculdade UnYLeYa como parte
integrante do conjunto de tarefas avaliativas da disciplina Metodologia da Pesquisa e da
Produção Científica, do curso de pós-graduação em Saúde do Adolescente.
O referido curso, enquadrado como lato sensu, tem como objetivos principais:
“capacitar profissionais graduados em enfermagem a atuar em Postos e Centros de Saúde,
Hospitais públicos e privados, clínicas de oncologia; capacitar profissionais para
atuação como consultores em Saúde do Adolescente [...]” (UNYLEYA, 2017, [e], grifo
nosso). No objetivo destacado, encaixa-se a possibilidade de profissionais da
Comunicação desenvolverem seu olhar sensível quanto às mídias que convergem com a
saúde juvenil, sobretudo em caráter mental. Além disso, o texto de apresentação do curso
esclarece-se:

A adolescência envolve o período de transição da infância para a vida adulta e


o ambiente como está sofrendo uma mudança global dos valores afetam
diretamente a juventude, porque ela é extremamente sensível a todos os fatores
que influenciam a sua transformação em indivíduos adultos. O pediatra
geralmente atende crianças apenas até os 12 anos de idade e os clínicos não se
sentem à vontade de tratar adultos tão jovens.
A necessidade da existência de serviços de saúde de qualidade tem sido
colocada como um desafio para o alcance de melhores condições de vida e
de saúde dos adolescentes, o que também significa compreender a
importância das dimensões econômica, social e cultural que permeiam a
vida desse grupo.
A partir de então surgiu a hebiatria, que é a especialidade voltada para a
prevenção, tratamento e reabilitação dos adolescentes. E no intuito de atender
essa demanda, este curso é tem suas disciplinas voltadas a prevenção e
assistência nesta especialidade (UNYLEYA, [s.a.], p. 1, grifo nosso).
Em respeito às ideias propostas pelo curso, têm-se, dentre os objetivos desta
proposta, encontram-se: investigar a produção bibliográfica existente a respeito de
suicídio no contexto juvenil; analisar a representação do suicídio adolescente na série “13
Reasons Why” (Netflix, 2017), considerando seu impacto na mídia brasileira
contemporânea; refletir acerca do filme “Nerve” (2016), em destaque nas plataformas
streaming durante o mês de maio de 2017; verificar as possíveis relações entre a obra de
ficção e a realidade, por meio dos chamados “Desafio da Baleia Azul” e “Jogo da Fada”,
registrados em fontes documentais; observar como o suicídio foi representado na série
brasileira “Tudo o que é sólido pode derreter” (TV Cultura, 2009), comparando com a
produção estrangeira; contribuir para os estudos na área de Saúde do Adolescente, assim
como para as análises de produtos audiovisuais.
Ao propor uma análise com viés científico, por meio de um estudo interdisciplinar
entre Comunicação Audiovisual e Saúde do Adolescente, almeja-se atualizar a
bibliografia a respeito do tema, contribuindo para a compreensão de uma temática que
não se restringe a produtos midiáticos ou a informações biológicas, mas oferece uma
colaboração combinada às Ciências Humanas. Em outras palavras, dedicar-se a avaliar as
relações entre ficção seriada e saúde mental é fundamental para compreender, pelos
diferentes estilos aplicados, os possíveis impactos na sociedade espectadora.

2. Revisão de Literatura
O suicídio pode ser traduzido como “a morte de si mesmo” (CASSORLA, 1984, p.
9). Oferecendo uma visão mais aprofundada, Durkheim (2000, p. 14) diz que se chama
suicídio “toda morte que resulta mediata ou imediatamente de um ato positivo ou
negativo, realizado pela própria vítima e que ela saiba que produziria esse resultado”.
Considera-se, portanto, que o suicídio é toda forma proposital de interrupção da própria
vida.
Cassorla (1984) diverge um pouco de Durkheim (2000) ao acreditar que o suicídio
pode também pode ocorrer de forma inconsciente. Nesse aspecto, é possível mencionar:
esportistas radicais, que se aventuram para cumprir suas atividades profissionais;
soldados voluntários, que se arriscam na guerra em prol do altruísmo; enfermos
negligentes, que evitam a ajuda médica necessária ou que, ainda, percebem a chegada da
doença e não se movimentam para impedi-la.
Para ilustrar que os suicidas, ao mesmo tempo em que querer morrer, querem viver,
entrando num estado paradoxal de conflito na mente, Cassorla (1984) propõe a seguinte
historieta:

Uma anedota nos mostra uma pessoa que jogou num rio querendo matar-se.
Enquanto se debate na água, recusa cordas e boias que as pessoas lhe jogam da
margem. Finalmente, um policial a ameaça com um revólver: “Ou você sai daí
ou te dou um tiro”. O suicida em potencial, que quer matar-se, não quer ser
morto, e sai da água (CASSORLA, 1984, p. 29).

Expandindo esse assunto, Durkheim (2000) determina três tipos de causa para o
suicídio: extrassociais, sociais e de condições individuais. O autor considera extrassociais
os distúrbios mentais, a hereditariedade, a imitação e as alterações climáticas. Como
fatores sociais, estão a doutrinação religiosa, a interferência familiar, a política, o
altruísmo e o controle. Nas condições individuais, podem-se listar os desgostos
familiares, a ausência de amor-próprio, as enfermidades terminais e a autocondenação.
De todas as formas, o que se nota é que existe uma tendência ao sofrimento e é a
possibilidade de livrar-se dela que leva o indivíduo a suicidar-se, quer dizer, “o suicida
não está necessariamente escolhendo a morte, mas sim uma outra maneira de viver”
(CASSORLA, 1984, p. 45). Ao restringir a temática do suicídio ao contexto juvenil, as
estatísticas indicam que:

Em Campinas, entrevistando jovens normais, em seus domicílios, encontrei


que 12% já haviam tentado suicídio e outros 12% já haviam pensado
seriamente em fazê-lo. Mais da metade desses jovens não foi socorrida em
hospitais, face à pouca gravidade médica. Esses dados confirmam que a ideia
suicida é comum nos adolescentes, e é possível que sirva também como uma
forma de compreender e elaborar as ideias sobre a morte, que o jovem agora
tem de enfrentar, pois até então ela era vaga. Nesse contexto, as ideias suicidas,
se forem superadas naturalmente, poderiam fazer parte da normalidade da
adolescência. Mas enquanto essas ideias persistirem, e mais ainda, se se chegar
ao ato suicida, é importante que se faça uma avaliação do estado emocional do
jovem (CASSORLA, 1984, p. 86).

González Seijo (1995) mostra que, na adolescência, predominam as tentativas de


suicídio originadas do impulso, sem planejamento prévio, sendo o desentendimento com
os pais o motivo mais frequente. Os adolescentes com tendências suicidas, segundo
González Seijo (1995), costumam demonstrar sinais – como mudanças de
comportamento – a familiares e amigos, têm uma ideia mais agradável da morte e
vivenciam situações estressantes constantemente.
É preciso lembrar que “tentativa de suicídio engloba todo o ato ou gesto não fatal
de automutilação ou autoenvenenamento” (OLIVEIRA, AMÂNCIO & SAMPAIO, p.
510). Essa categorização difere-se do parasuicídio ou comportamento parasuicida, que
vem a ser “um ato ou comportamento não fatal, eventualmente não habitual num dado
indivíduo e com o qual ele não tem clara intenção de morrer, mas no qual se arrisca a
danos em si mesmo (mais ou menos graves) caso não exista a intervenção de outrem”
(OLIVEIRA, AMÂNCIO & SAMPAIO, 2001, p. 510).
O fato é que a adolescência em si, enquanto fase de transformações físicas e
psicológicas, proporciona uma reunião de sentimentos e particularidades que podem
contribuir para uma conduta que aspira ao suicídio. De acordo com Oliveira (2009, p. 40),
“o egocentrismo exibido, a agressividade e impulsividade latentes, e alguma rigidez
cognitiva, aliados a uma exacerbação dos conflitos intra e interpessoais, podem conduzir
o jovem a considerar o suicídio uma alternativa viável”.
A descoberta da sexualidade é outro motivo que pode levar o jovem a tirar a própria
vida, uma vez que a masturbação – muitas vezes inevitável nessa faixa etária – é vista
socialmente como atividade impura, errônea, bem como falta certa maturidade para lidar
com as fantasias sexuais, que muitas vezes envolvem parentes próximos. Para Cassorla
(1984), muitos adolescentes podem passar tranquilamente por essa fase; no entanto,
existem os que podem se render ao suicídio parcial, por meio de automutilações –
inclusive na genitália – ou no suicídio propriamente dito.
Seguindo essa linha de raciocínio, os adolescentes homossexuais, bissexuais e
transgêneros preenchem um outro grupo de ideações e tentativas de suicídio. Teixeira-
Filho & Rondini (2012) avaliam que o índice de pensamentos suicidas, nesses casos, é
maior em jovens bissexuais e/ou não assumidos do que naqueles que são assumidamente
gays e/ou lésbicas perante a família e os amigos. Para os autores, “a heteronormatividade
e o machismo impregnam negativamente os valores sociais que julgam as práticas sexuais
e as relações entre os gêneros” (TEIXEIRA-FILHO & RONDINI, 2012, p. 662).
O casamento precoce também é um motivo que pode destinar ao suicídio. Gravidez
indesejada, imaturidade do casal, despreparo para a responsabilidade, bem como a
tentativa de encontrar no outro um apoio emocional são alguns exemplos que Cassorla
(1984) enumera. A abordagem feita por um amigo, familiar ou por indicação de um
profissional da saúde, por sua vez, representa um processo importante para o combate ao
suicídio.
Rothes (2006, p. 154) explica que “comunicar com quem cometeu gestos
autodestrutivos é reconhecido como uma parte essencial da prevenção de próximas
condutas suicidas”. É preciso ter em mente, no entanto, que as relações sociais
estabelecidas (médico/paciente, conselheiro/cliente, professor/aluno, pai/filho) possui
uma influência significativa para a realização das conversas, podendo facilitar ou
comprometer a intervenção.
Oliveira (2009, p. 42) sinaliza que, para os adolescentes, “o suicídio pode ser
explicado pelos desgostos amorosos, falta de apoio, isolamento e falta de amigos”. Esses
elementos podem ser visualizados na obra “13 Reasons Why” (Netflix, 2017), série norte-
americana inspirada no livro “Os 13 porquês” (Jay Asher, 2007) – que já foi tema de
pesquisas científicas, como visto em Pytash (2013) – e que ganhou forte repercussão em
território brasileiro.
Criada por Brian Yorkey e tendo na produção executiva nomes como Selena Gomez
e Diana Son, a série pode ter seu enredo sintetizado na seguinte sinopse:

Uma caixa de sapatos é enviada para Clay (Dylan Minnette) por Hannah
(Katheriine Langford), sua amiga e paixão platônica secreta de escola. O jovem
se surpreende ao ver o remetente, pois Hannah acabara de se suicidar. Dentro
da caixa, há várias fitas cassete, onde a jovem lista os 13 motivos que a levaram
a interromper sua vida - além de instruções para elas serem passadas entre os
demais envolvidos (ADOROCINEMA, 2017, [e]).

Embora o frisson tenha sido positivo (VIANNA, 2017), as opiniões foram


controversas: ao mesmo tempo em que a busca de jovens por ajuda aumentou em 455%
apenas no CVV/Centro de Valorização da Vida (ESTADÃO, 2017), profissionais da
saúde mental alertaram sobre o perigo que a série pode proporcionar (TÓFOLI, 2017;
MARTINS, 2017). Para alguns psicólogos e psiquiatras, a história pode ser uma
motivação para quem está fortemente abalado – resultando no Efeito Werther.
Efeito Werther, inspirado no livro “Os sofrimentos do jovem Werther” (Johann
Wolfgang von Goethe, 1774), é um termo cunhado pelo sociólogo David Philips, no
século XX para descrever os casos em que o suicídio ocorre por imitação ou contágio
(FRAZÃO, 2003). A série, no entanto, não registrou nenhuma morte por mimese; mesmo
assim, o suicídio de adolescentes se evidenciou devido ao “Desafio da Baleia Azul”, jogo
mortífero que ganhou proporções notáveis.

Trata-se de um jogo viral, onde alguém por trás da tela manipula e dá as ordens
para serem cumpridas pelo jogador. Só é possível jogar o jogo Baleia Azul se
receber o convite. Após cada missão cumprida, os jogadores precisam publicar
de forma subliminar nas redes sociais, cada missão executada com sucesso
(FLAGROU, 2017a, [e]).

Com origem incerta, mas supostamente russa, o jogo é constituído de 50 etapas, e


o jogador vai avançando de nível conforme for executando as atividades. Desde cortar-se
com navalha a assistir filmes psicodélicos, o desafio só se encerra quando o participante
tira a própria vida (FLAGROU, 2017b). Conforme Brandalise & Perez (2017), Mato
Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Paraíba e Paraná são alguns Estados que
registraram casos de suicídio juvenil ligados à “Baleia Azul”.
Outro viral que tem levado jovens a atentar contra a própria vida é o “Jogo da Fada”,
mais direcionado ao público infantil. Com a promessa de tornar a criança uma fada do
fogo, os curadores se utilizam de personagens de desenhos animados e fornecem a
seguinte instrução:

À meia-noite, quando todo mundo está dormindo, levante-se de sua cama (...)
vá para a cozinha em silêncio, para que ninguém perceba você ou a magia
desaparecerá. Ligue o fogão a gás, os quatro queimadores. Mas não acenda
isso. Você não quer se queimar, não é? Então vá dormir. O gás mágico virá até
você, você vai respirar enquanto dorme e de manhã, quando você acordar, diga:
“Obrigado Alfeya, eu me tornei uma fada”. E você se tornará uma verdadeira
fada de fogo (R7, 2017, [e]).

Em contraponto a esses fenômenos trágicos, um grupo de psicólogos brasileiros


criou a “Baleia Rosa”, um game que almeja despertar os sentimentos de amor e amizade
entre os adolescentes. Com regras semelhantes às da “Baleia Azul”, a “Baleia Rosa”
propõe desafios benéficos, como “perdoar um amigo, enviar uma mensagem de
positividade ou olhar-se no espelho e agradece” (RAMAL, 2017, [e]).
Paralelo a esses jogos da vida real, a Netflix – maior empresa de filmes e séries por
streaming – adicionou em seu catálogo a obra “Nerve”, traduzida no Brasil como “Nerve:
Um Jogo Sem Regras”. Dirigido por Henry Joost e Ariel Schulman, o thriller tem o
seguinte enredo:
[Emma] Roberts faz o papel de Vee, uma jovem sem muita vida social que
resolve entrar no Nerve, um jogo virtual de “Verdade ou Desafio” que é
acompanhado por vários usuários online. No começo, tudo é diversão e
pequenos desafios – e a jovem até se torna famosa pelos feitos – mas logo ela
se torna vítima de um roubo de identidade pelos organizadores dos jogos. Ao
lado de Dave Franco como Ian, ela deverá fazer de tudo para conseguir ter sua
vida de volta (MARAFON, 2017, [e]).

Referências ao suicídio no audiovisual dedicado ao público juvenil não são


exclusivos do momento atual, nem restritos a países internacionais. Em 2009, a TV
Cultura lançou, em âmbito nacional, a série teen “Tudo o que é sólido pode derreter”, que
consiste em resgatar clássicos da literatura em língua portuguesa e fazê-los dialogar com
o cotidiano de uma adolescente brasileira:

Thereza é de uma jovem comum, pertencente à classe média paulistana, que


estuda em um colégio público, anda de ônibus, pratica esportes, gosta de passar
algum tempo na internet trocando mensagens com amigos e, como ela própria
faz questão de frisar, “lê”. Ler é o seu passatempo favorito e, de maneira muito
instigante, um importante diferencial: é justamente o fato de Thereza ser uma
assídua leitora que permite à narrativa dialogar com os grandes clássicos da
literatura, trazendo o jovem leitor para muito mais perto dessas obras,
convidando-o a, na companhia da protagonista leitora e de seus amigos,
desvendar-lhes os enredos, as aventuras, os mistérios, os ensinamentos, todo o
seu inestimável substrato humano, enfim (VÍCOLA; BARCELLOS, 2015, p.
252).

Em um dos episódios, cuja obra de referência é o poema “Ismália”, de Alphonsus


de Guimaraens, fica evidente a relação de afetividade entre Thereza e seu tio, Augusto,
conhecido por Tuta, que foi o maior responsável por torná-la aficionada pelo universo
dos livros. Nesse episódio, descobrimos, conforme resgata Gomide (2012), que “Augusto
cometeu suicídio por não suportar a ‘dor do mundo’, por ter sido ator quando vivo e assim
amante das artes”.
“Sobreposto ao drama de uma paciente potencialmente suicida da sua mãe,
psicóloga, e ao recordado desejo do próprio Tuta de interpretar a personagem Ofélia, de
‘Hamlet’, Thereza consegue elaborar melhor seus sentimentos acerca do suicídio do tio”,
explicam Vícola & Barcellos (2015, p. 253). No livro derivado da série e batizado também
como “Tudo o que é sólido pode derreter”, escrito por Rafael Gomes, o trecho que registra
o sofrimento de Thereza devido ao suicídio do tio diz:

Hoje entendo por que o meu tio queria fazer a Ofélia. Ela é como a Ismália: as
duas se iludem e se afogam na confusão da cabeça delas, confundindo o real
com o imaginário. Eu sofri muito com essa decisão dele de ir embora da vida
e acho que vou ter saudade para sempre. Mas todos os dias vivo com as coisas
maravilhosas que ele me deixou. E eu não estou falando de nenhuma herança,
não. Nada que estivesse em caixas, a não ser por essa linda carta de adeus
chamada Ismália (GOMES, 2010, p. 302).

Por fim, acredita-se que falar sobre o suicídio é uma tarefa que não pode ser
silenciada. Diferentemente do que o senso comum considera, o suicídio não é uma
problemática que se restringe ao indivíduo que o comete; o ato envolve a sociedade em
questão – ainda mais em casos que ocorrem no universo adolescente. Oliveira, Amâncio
& Sampaio (2001, p. 520) se posicionam: “O jovem que, desesperado, pensa seriamente
em suicídio e chega a realizar alguma(s) tentativa(s), encontra-se oprimido no limiar da
dor e da tensão insustentáveis”.
Ao ganhar representação na ficção seriada, o suicídio juvenil não passa a pertencer
unicamente como obra artístico-cultural, mas preenche uma lacuna que transcende a
narrativa e passa a refletir a cultura do jovem contemporâneo. As causas sociais, o modo
como elas se produzem e os efeitos que elas provocam são, segundo Durkheim (2000),
elementos necessários para investigação quando se quer compreender o fenômeno de
forma aprofundada.

3. Metodologia
A pesquisa proposta neste projeto tem um objetivo inicial exploratório, propondo
um levantamento dos assuntos apresentados, recorrendo a fontes bibliográficas e
documentais, de natureza qualitativa. Sustentando o método indutivo, pretende-se
avançar com uma aplicação de análise estilística aos produtos midiáticos envolvidos, a
fim de entender sua relação com o público e desvendar aspectos acerca do suicídio
juvenil.
Segundo Querino et al (s.a., p. 52), o objetivo exploratório tende a “oferecer uma
visão panorâmica, uma primeira aproximação a um determinado fenômeno pouco
explorado”. No caso desta pesquisa, o fenômeno é o suicídio cometido por adolescentes,
e a utilização da pesquisa exploratória, já realizada para a delimitação do tema, auxiliou
na observação sobre o que já foi estudado e quais são as lacunas que ainda carecem de
preenchimento. Para realização dessa etapa, foram utilizadas as bases de dados do Google
Acadêmico4 e do EBSCO5, via Universidade Anhembi Morumbi.
O levantamento de dados, registrado sobretudo na fundamentação teórica deste
projeto, consiste em “um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados,
revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes
relacionados com o tema” (LAKATOS, MARCONI, 2003, p. 158). Esse procedimento
serviu, a princípio, para aprofundar o conhecimento acerca dos assuntos a serem
discutidos ao longo do trabalho.
Uma vez que abordagens sobre o suicídio juvenil estejam registradas tanto em
livros como demais trabalhos acadêmicos, mas ao mesmo tempo estudos sobre as séries
e fenômenos contemporâneos sejam carente de conteúdo científico devido à sua
atualidade, adota-se uma mescla de pesquisa bibliográfica e consulta a fontes
documentais (ou secundárias). A respeito dessa combinação:

A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia


já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas,
boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material
cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita
magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o
pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre
determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham
sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas
(LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 183).

Este trabalho, ao partir da análise de obras de ficção audiovisuais – retomando:


“13 Reasons Why”, “Nerve” e “Tudo o que é sólido pode derreter” – para compreender
como a mídia vem tratando o fenômeno do suicídio juvenil, identificando a pertinente
relação interdisciplinar entre Comunicação e Saúde, faz uma indução. O método indutivo,
explanando-se sua função, “parte do particular (situação concreta) para o geral (teoria),
ou seja, trata-se de um método empirista” (QUERINO et al, [s.a.], p. 55).
Para se atingir o os objetivos esperados, o método de análise aplicado aos produtos
midiáticos será o da análise estilística. Esse tipo de abordagem compreende, segundo
Hergesel (2016, p. 4), “a análise voltada às qualidades expressivas do produto”,
observando a composição de encenação, movimento de câmera, edição, som e artes

4
Google Acadêmico. Disponível em: <https://scholar.google.com.br>. Acesso em: 13 maio 2017.
5
EBSCO. Disponível em: <http://portal.anhembi.br/biblioteca>. Acesso em: 13 maio 2017.
gráficas, com cautela para verificar as características pertinentes no que tange ao público-
alvo da obra.
Ainda sobre o método de análise, Rocha (2016, p. 24), ao discursar sobre sua
aplicação nos produtos televisivos, afirma: “A televisão apoia-se no estilo – cenário,
iluminação, videografia, edição e assim por diante – para definir o tom/atmosfera, para
atrair os telespectadores, para construir significados e narrativas”. Além disso, por mais
que estudos dedicados a entender o estilo no audiovisual sejam potencialmente
relevadores e levam ao aprimoramento das pesquisas em Comunicação, Pucci Jr. (2014,
p. 676) mostra que este é um “aspecto que, em geral, não é dos mais enfatizados na
pesquisa sobre televisão”.
Bordwell (2008) mostra que a afetividade do espectador é despertada por meio de
duas camadas que compõem o estilo no audiovisual. A primeira delas está relacionada à
função denotativa, isto é, “a descrição de cenários e personagens, a narração de suas
motivações, a apresentação dos diálogos e do movimento” (BORDWELL, 2008, p. 59).
A segunda diz respeito diretamente às qualidades expressivas, as quais “podem ser
transmitidas pela iluminação, pela cor, pela interpretação, pela trilha musical e por certos
movimentos de câmera” (BORDWELL, 2008, p. 59).
O trabalho final, que avançará nesse sentido, com base nas explanações realizadas,
abordará sequencialmente: a conceituação de suicídio e sua implicação no contexto
juvenil; a série “13 Reasons Why” e seu impacto sociocultural; o “Desafio da Baleia
Azul” e o “Jogo da Fada” como problemáticas sociais; o filme “Nerve” enquanto
representação da realidade contemporânea; e a série “Tudo que é sólido pode derreter” e
o estilo brasileiro de apresentar o suicídio.

3. Cronograma
O cronograma de um projeto de pesquisa consiste em datar as etapas para
desenvolvimento da pesquisa, mesmo que seja necessário realizar ajustes e flexionar
datas, conforme o trabalho vai avançando. Segundo Prodanov & Freitas (2013, p. 139),
“a pesquisa deve ser dividida em partes, e devemos fazer a previsão do tempo necessário
para passar de uma fase a outra”. Dessa forma, cria-se o seguinte quadro de datas,
demarcando o prazo para cada uma das fases.
Quadro 1: Cronograma de trabalho.

MAR/18
AGO/17

NOV/17
OUT/17

ABR/18
DEZ/17
MAI/17

FEV/18
JUN/17

JAN/18
JUL/17

SET/17
FASES DO ESTUDO

Escolha do tema de
X
pesquisa
Revisão de literatura
X
(bibliográfica)
Definição dos capítulos
X
(sumário preliminar)
Justificativa, objetivos,
problematização, X
metodologia
Fundamentação
teórica: redação dos X X X
capítulos
Coleta de dados
X X X
(descrição dos vídeos)
Tabulação, análise dos
dados e elaboração da X X
síntese
Elaboração da síntese e
conclusão da análise X X
dos resultados
Ajustes metodológicos,
X X
conceituais e analíticos
Redação final, revisão
linguística; formatação
X X X X
conforme normas
ABNT
Entrega do trabalho
X
final
Preparação para
X
apresentação
Fonte: Elaboração própria.

Referências
ADOROCINEMA. 13 Reasons Why. 2017. Disponível em:
<http://www.adorocinema.com/series/serie-19941/>. Acesso em: 9 maio 2017.

BORDWELL, David. Figuras traçadas na luz: a encenação no cinema. Trad. Maria


Luiza Machado Jatobá. Campinas: Papirus, 2008.

BRANDALISE, Camila; PEREZ, Fabíola. A tragédia do suicídio juvenil. Istoé, 20 abr.


2017. Disponível em: <http://istoe.com.br/tragedia-suicidio-juvenil/>. Acesso em: 9
maio 2017.

CASSORLA, Roosevelt M. S. O que é suicídio. São Paulo: Brasiliense, 1984. (Coleção


Primeiros Passos).
DURKHEIN, Émile. O suicídio: estudos de sociologia. Trad. Monica Stahel. São
Paulo: Martins Fontes, 2000.

ESTADÃO Conteúdo. Série da Netflix aumenta busca por ajuda contra suicídio em
445%, Exame.com, 11 abr. 2017. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/brasil/serie-da-netflix-faz-crescer-busca-pelo-cvv-em-445/>.
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