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ESCOLA POLITÉCNICA
Fabricação de um Protótipo de
Aerogerador de Savonius por
Impressão 3D
Aprovado por:
Agradeço a todos que de alguma forma fizeram parte da minha jornada univer-
sitária. Aos meus amigos, pelo companheirismo e ajuda. À minha família, pelo
suporte, incentivo e exemplo. Aos meus professores, pela inspiração e pelo conheci-
mento transmitido e à minha orientadora, pela paciência e constante incentivo.
i
RESUMO
Fabricação de um Protótipo de Aerogerador de Savonius por Impressão 3D
Clara Catabriga Rocha
Agosto/2017
ii
ABSTRACT
Fabricação de um Protótipo de Aerogerador de Savonius por Impressão 3D
Clara Catabriga Rocha
Agosto/2017
iii
Lista de Figuras
iv
Figura 4.8: Aparato experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
v
Sumário
Agradecimentos i
Resumo ii
Abstract iii
Lista de Figuras iv
1 Introdução 1
2 Manufatura Aditiva 3
2.2.3 Estereolitografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3 Rotor de Savonius 10
vi
3.1 Aplicação do Rotor Savonius . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5 Fabricação do Protótipo 29
6 Conclusão 34
Referências 36
vii
Capítulo 1
Introdução
Manufatura Aditiva
- Geração do Modelo 3D
O modelo tridimensional da peça pode ser gerado de variadas formas. O mais
comum é que seja feito através de um Software de CAD (Computer Aided Design)
2.1. ETAPAS DO PROCESSO DE MANUFATURA ADITIVA 4
como SolidWorks ou AutoCad. Também é possível obter esse modelo através do uso
de scanner 3D ou equipamentos médicos geradores de imagens tridimensionais.
O software irá corrigir também quaisquer erros que tornem o arquivo ilegível para
o equipamento e, por fim, será feita a transmissão da informação de um computador
para o equipamento de manufatura aditiva.
-Pós Processamento
O pós processo é a etapa na qual a peça produzida pelo método de manufatura adi-
tiva se transformará no produto final. As etapas do pós processo variam de acordo
com o método de manufatura aditiva. O pós processo pode incluir a remoção do pó
não sinterizado ou não aglutinado, no caso dos métodos de SLS e 3DP, respectiva-
mente. Pode incluir um processo de cura, no caso do método de estereolitografia,
pode incluir remoção dos suportes, no caso do método FDM, entre outros processos.
2.2.3 Estereolitografia
inicial a plataforma da impressora sobe. Depois disso a peça está pronta. Junto
com a peça, se necessário, é impresso um suporte para que a peça resista inteira
ao processo de impressão, esse suporte é facilmente removido com um alicate. Para
remover o excesso de resina a peça impressa deve ser lavada em álcool isopropílico
e depois deixada ao sol para secagem [3]. Peças produzidas por estereolitografia
possuem um bom acabamento.
Nesse método pode ser necessário o uso de suportes, os suportes podem ser do
mesmo material da peça ou de material distinto, nesse caso se usaria um segundo
cabeçote apenas para os suportes. A figura 2.3 mostra um esquema do método
FDM.
A precisão das peças se torna limitada devido a erros matemáticos, erros relaci-
onados ao processo e erros relacionados ao material. Os erros matemáticos podem
surgir por conta de aproximações de superfícies de peças e diferença entre a espes-
sura da camada virtual e a espessura da camada real, por exemplo. A divisão em
fatias pode causar o efeito de degraus onde a superfície deveria ser suave. Os erros de
processo podem afetar a forma de cada camada e a conexão entre elas, este tipo de
erro está relacionado diretamente com os diferentes métodos de manufatura aditiva.
Rotor de Savonius
H/D = 1
força de arrasto (Fa ) e a potência (Ps ) gerada por ele é determinada pela lei de Betz:
Ca
Fa = (3.1)
0.5ρv 2 Ā
1
Ps = .ρ.A.v 3 .Cp (3.2)
2
ωD
T SR = (3.3)
2v
3.2. DIMENSIONAMENTO DO ROTOR 14
Figura 3.4: (a) Coeficiente de arrasto associado à força Fx (b) Coeficiente de arrasto
associado à força Fy , adaptado de [9]
E = Pt (3.4)
Capítulo 4
de perfil triangular para acomodar os roletes, figuras 4.6 e 4.7. A usinagem das
placas foi feita do Laboratório de Tecnologia Metalúrgica (LTM) da UFRJ e para
os roletes foram usados pregos de ferro com diâmetro de 3mm.
entre a força (P), o braço de momento (a) e o diâmetro do corpo de prova (D):
16P a
σ= (4.1)
πD3
Desta forma, a equação usada para obter a tensão de um corpo de prova cilíndrico
em flexão de quatro pontos é:
4P Lo
σ= (4.3)
πD3
4.3. RESULTADOS DO ENSAIO DE FLEXÃO EM 4 PONTOS 21
∆σ
E = tan(θ) = (4.4)
∆ε
Através dos dados de deformação e força fornecidos pelo ensaio de flexão e pela
equação 4.3 foi possível obter os gráficos de tensão x deformação para os três corpos
de prova, mostrados na figura 4.9
4.3. RESULTADOS DO ENSAIO DE FLEXÃO EM 4 PONTOS 22
Para determinar a região onde a lei de Hooke é válida foi traçada uma reta
passando pelos pontos da região elástica das curvas obtidas experimentalmente,
representadas nas figuras 4.10, 4.11 e 4.12
Figura 4.10: Regressão linear da região elástica da curva Tensão x Deformação para
o CP1
Figura 4.11: Regressão linear da região elástica da curva Tensão x Deformação para
o CP2
nos 3 casos. Isso ocorreu por conta da precisão da máquina utilizada para medir
esses valores, a máquina é capaz de medir com uma determinada precisão e quando
a flutuação dos valores é menor que essa precisão os valores são truncados para o
mais próximo possível de ser medido.
Como os valores variaram abaixo do menor valor possível de ser medido, a má-
quina então assumiu o valor de 3.80406 MPa para a tensão de ruptura nos 3 ensaios.
O menor intervalo que a máquina consegue medir para a tensão é 0.13586 MPa,
pode-se assumir que o erro de medição é menor que esse valor, porém não é possível
medi-lo. Por isso será assumido esse valor para o erro experimental.
Figura 4.12: Regressão linear da região elástica da curva Tensão x Deformação para
o CP3
n
1X
Ē = Ei (4.5)
n i
v
u 3
u1 X
S=t (Ē − Ei )2 (4.6)
n i=1
S
d = √ .t (4.7)
n
t = 2, 353
0,4218
d= √ .2, 353
3
= 0, 5730
E = 9, 4 ± 0, 6M P a
Para garantir a integridade do rotor nas suas condições de operação foi feita uma
simulação em Ansys das forças agindo sobre ele usando método de elementos finitos.
A malha é composta por 2111 elementos triangulares.
A velocidade do vento (v) foi estabelecida sendo 6 m/s, de acordo com os dados
apresentados no Atlas do Potencial Eólico Brasileiro (2001), e a velocidade angular
(ω) foi estabelecida sendo 100 rad/s. Inserindo esses parâmetros na equação 3.3
tem-se:
100×0,06
T SR = 6
=1
4.4. SIMULAÇÃO DOS ESFORÇOS NA PEÇA 26
Nesses parâmetros pode-se obter da figura 3.4 o ângulo onde o módulo do coefi-
ciente da arrasto é máximo, e o valor desse coeficiente. Pode-se, então, observar as
situações em que os coeficientes atingem seu valor máximo:
Situação 1:
1,8 −1,3
Fx = 0.5×1,2×62 ×0,0111
= 7,5N, Fy = 0.5×1,2×62 ×0,0111
=-5.4N,
Situação 2:
1,0 −2,0
Fx = 0,5×1.2×62 ×0,0072
= 6,4N, Fy = 0,5×1,2×62 ×0,0072
= -12,9N
σ1 = 28kP a
σ2 = 41kP a
1mm. Foi então feita uma nova simulação com essa geometria modificada, e os re-
sultados apresentam um fator de segurança igual a 8, sendo o maior esforço sofrido
pela peça de magnitude igual a 463 kPa.
Fabricação do Protótipo
O modelo foi então exportado no formato STL, figura 5.3, para que a impressora
pudesse fazer a leitura do arquivo. Finalmente foi usado o programa da 3DSystems
e a impressora Projet460Plus, para construir as lâminas do protótipo.
Após a secagem da peça, foi feita a montagem dos elementos para construir o
rotor, figura 5.5. A união de todos os elementos foi feita por folga, nos casos onde
houve necessidade utilizou-se cola para garantir a união.
Podemos então concluir que o protótipo seria capaz de gerar uma potência Ps =
1.107W e considerando uma eficiência mecânica η = 0.5, a potência final gerada
seria Ps = 0.5533W .
5.1. ANÁLISE QUANTITATIVA DA CAPACIDADE DE GERAÇÃO
DE ENERGIA DO PROTÓTIPO 32
Conclusão
[7] ASTM. C1684-13 standard test method for flexuralstrength of advanced cera-
mics at ambient temperature-cylindrical rod strength.