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a) A atendente da companhia aérea fez uma rúbrica na passagem para retificar o horário do voo.
b) À excessão dos quibes, os salgados servidos na cerimônia de inauguração estavam saborosos.
c) Atualmente, é mister acabar com privilégios concedidos a clãs inescrupulosos.
d) Pela fronteira, tem entrado no país muitos refugiados, e é imprecindível acolhê-los adequadamente.
e) Faltou ombridade aos dirigentes da empresa, pois eles omitiram dos sócios o récorde de vendas.
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Mundo arriscado
O próximo governo não encontrará um ambiente econômico internacional sereno. Dúvidas sobre a continuidade do crescimento do Produto Interno Bruto global, juros em
alta nos EUA, riscos de conflitos comerciais e de queda do fluxo de capitais para países emergentes são apenas alguns dos itens de um cardápio de problemas potenciais.
Tudo indica, assim, que o governo brasileiro terá de lidar de pronto com as fragilidades domésticas, em especial o rombo das contas públicas. Não tardará até que
investidores hoje aparentemente otimistas comecem a cobrar resultados concretos.
As projeções para o avanço do PIB mundial têm sido reduzidas nos últimos meses. O Fundo Monetário Internacional cortou sua previsão para 2018 e 2019 em 0,2 ponto
percentual – 3,7% em ambos os anos – e apontou um cenário de menor sincronia entre os principais motores regionais.
Se até o início deste ano EUA, Europa e China davam sinais de vigor, agora acumulam-se decepções nos dois últimos casos.
Mesmo com juros ainda perto de zero, a zona do euro não deverá crescer mais que 1,5% neste ano. Há crescente insegurança no âmbito político, neste momento
centrada na Itália e seu governo de direita populista, que propõe expansão do déficit de um setor público já endividado em excesso.
Não é animador que a Comissão Europeia tenha tomado a decisão inédita de rejeitar a proposta orçamentária da administração italiana. Embora o país ainda conserve o
selo de bom pagador, os juros cobrados no mercado para financiar sua dívida dispararam.
Quanto à China, sua economia mostra menos vigor, e as autoridades precisam tomar decisões difíceis entre conter as dívidas já exageradas e estimular o crescimento.
O risco de escalada nos conflitos comerciais também é concreto, dado que o governo americano ameaça impor uma terceira rodada de tarifas, desta vez sobre os US$
270 bilhões em vendas anuais chinesas que ainda não foram taxadas.
Nos EUA, a alta dos juros, num contexto de emprego elevado e inflação perto da meta, já leva parte do mercado a temer uma desaceleração abrupta do PIB em 2019.
A vantagem do Brasil, hoje, é que há ampla ociosidade nas empresas, baixa inflação e, portanto, espaço para uma retomada mais forte.
A exemplo de “sincronia” (sem acento, 3º parágrafo), “decepções” (grafado com “ç”, 4º parágrafo) e “excesso” (grafado com “ex”, 5º parágrafo), estão corretamente
escritos, em conformidade com a ortografia oficial, os termos:
Um estudo realizado por pesquisadores do Porto concluiu que a intervenção de enfermeiros especialistas em saúde mental, aliada ____ medicação, é significativamente
mais eficaz _____ reduzir os níveis de ansiedade quando comparada com o tratamento apenas com medicamentos.
A pesquisa, _____ que o jornal teve acesso, foi realizada por um grupo de pesquisadores do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e
da Escola Superior de Enfermagem do Porto e publicada no Journal of Advanced Nursing.
Os resultados indicam um “efeito positivo da intervenção psicoterapêutica da enfermagem”, realizada por um enfermeiro especialista em saúde mental, registrando-se
uma clara diminuição dos níveis de ansiedade e um aumento do autocontrole da ansiedade no final das cinco sessões (45 a 60 minutos/semana) realizadas em cinco
semanas consecutivas.
a) pretenção e autohemoterapia.
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17/06/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
b) intenção e autoobservação.
c) compreenção e autoterapia.
d) propenção e autofecundação.
e) isenção e autodefesa.
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Questão 4: CONSESP - Prof (Ouro Verde SP)/Pref Ouro Verde/Ensino Fundamental II/Língua Portuguesa/2018
Assunto: Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Aponte a alternativa que apresenta um erro ortográfico.
Pouco tempo atrás, a tecnologia era a indústria mais legal. Todos queriam trabalhar no Google, no Facebook e na Apple. Mas no último ano, essa atitude mudou.
Agora, alguns acreditam que a tecnologia seja semelhante à indústria do tabaco – corporações que ganham milhões de dólares ................... um vício destrutivo. Alguns
acreditam que seja como a NFL – milhares de pessoas adoram, mas todos sabem os estragos que causa às pessoas.
Obviamente que o pessoal da tecnologia – que geralmente procura melhorar o mundo – não quer seguir esse caminho. Será interessante observar se irá tomar as
atitudes necessárias para impedir que suas empresas se transformem em párias sociais.
A primeira é que ela está destruindo a juventude. As redes sociais prometem acabar com a solidão, mas na verdade promovem o aumento do ................... e uma
intensa sensação de ................. social. Mensagens de texto e outras tecnologias lhe dão mais poder sobre sua interação social, mas também levam a interações mais
frágeis e menos engajamento com o mundo real.
Como escreveu Jean Twenge em um livro e artigo, desde a popularização dos smartphones, os adolescentes estão muito menos ................. a sair com os amigos, a
namorar e a trabalhar.
Alunos do oitavo ano que passam 10 horas ou mais em redes sociais têm 56% mais tendência a dizer que são infelizes do que os que passam menos tempo. Esses alunos
que são usuários constantes de redes sociais têm um risco 27% maior de desenvolver depressão. Adolescentes que passam três horas ou mais em aparelhos eletrônicos
são 35% mais propensos a exibir um comportamento suicida, como criar um plano para fazer isso. Meninas são especialmente afetadas, com um aumento de 50% nos
sintomas de depressão.
A segunda crítica à indústria da depressão é a de que ela está viciando as pessoas de propósito para ganhar dinheiro. As empresas de tecnologia sabem o que causa
surtos de dopamina no cérebro e mostram seus produtos com "técnicas de sequestro" que nos atraem e criam "laços de ..................".
O Snapchat tem o Snapstreak, que recompensa amigos que trocam snaps todos os dias, encorajando assim o comportamento viciante. Feeds de notícias são estruturados
como "poços sem fundo", em que uma página leva a outra, e a outra e assim por diante, sem fim. A maioria das redes sociais cria recompensas dadas em intervalos
irregulares de tempo; você precisa checar seu aparelho compulsivamente porque nunca sabe quando haverá uma explosão de afirmação social gerada pelas curtidas do
Facebook.
A terceira crítica é que Apple, Amazon, Google e Facebook são quase monopólios que usam seu poder de mercado para invadir as vidas privadas de seus usuários e
impor condições desleais a criadores de conteúdo e concorrentes menores. O ataque político nessa frente está ganhando força.
Obviamente, a jogada inteligente seria a indústria da tecnologia sair na frente e limpar sua própria poluição. Há ativistas como Tristan Harris, do Time Well Spent (Tempo
Bem Gasto), o qual está tentando levar o mundo da tecnologia para a direção certa. Há também algumas boas respostas de engenharia. Eu uso um aplicativo chamado
Moment, que rastreia e controla meu uso do telefone.
Considerando a correta grafia das palavras, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 03, 10, 12 e 20.
O mundo está mudando rápido e os avanços tecnológicos irão transformar como nunca a vida de todos nós. Neste exato momento, em algum lugar do planeta, a
tecnologia que mudará o mundo está nas mãos de alguém. E certamente será usada em benefício próprio. Com esta tecnologia em mãos, qualquer um de nós poderá ser
envolvido, em apenas alguns minutos, por uma realidade virtual desejada. Essa mesma pessoa poderá ser levada a qualquer parte do mundo, ou mesmo a uma viagem
pelo sistema solar, sem sequer sair de casa. Qualquer pessoa poderá inventar mundos que não existem, e trazê-los na velocidade da luz para habitar o mesmo espaço e
tempo em que ela se encontra.
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Aliás, com esta tecnologia poderosa, não existe o hoje e o agora. Qualquer ser humano irá para frente ou para trás, poderá olhar um fato histórico, invadir planetas ou
vislumbrar o futuro centenas de anos à frente. E tudo isso em um simples movimentar de dedos, no melhor design touch screen
jamais inventado. É por isso que a
Amazon, inclusive, já planeja vendê-la até mesmo em lojas físicas em várias regiões, algo que seria impensável há poucos anos, e que jamais foi previsto por qualquer
futurista. Uma tecnologia intuitiva, sem fios, sem cabos, e que não exigirá nenhum tipo de energia para funcionar, nem mesmo para ser recarregada (talvez, dependendo
do tempo de uso sequencial, demande um pouco de energia humana).
Com uma interface expansível e sistema de fácil decodificação, esta tecnologia permitirá um aumento considerável da qualidade de vida de quem a utilizar, além
de agregar, instantaneamente, um acúmulo de conhecimento superior ao de todos os demais humanos que não a detiverem em suas mãos. Em tempos de inteligência
artificial, esta tecnologia cria inteligência humana, real e multiplicável. Sua magia reside no fato de que faz o cérebro de quem a usa crescer exponencialmente. E, apesar
de ser acessível a muitos, ela continuará nas mãos de poucos, porque são poucos aqueles que sabem do seu verdadeiro valor. Não é nova, mas pode ser muito inovadora
e revolucionária.
a) o alfabeto oficial brasileiro não sofreu nenhuma alteração com a entrada em vigor do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e continua hoje com 23
letras.
b) são 25 os caracteres que constituem o alfabeto atualmente. A principal mudança ocorrida foi a volta das letras K e Y, porque o acordo entende que é um
contrassenso haver nomes próprios e abreviaturas com letras que não estavam no alfabeto oficial (caso de Kátia e km).
c) o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa determina que o alfabeto deixará de ter 26 letras. Deste modo, as letras K, W e Y serão utilizadas apenas em
casos especiais, como em nomes próprios e em algumas abreviaturas.
d) antes do novo Acordo, havia 23 letras no alfabeto; agora, foram acrescidas as letras K, W e Y.
e) com a inclusão da nova norma de ortografia, as letras K, W e Y não poderão ser usadas em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e em
topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus derivados.
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Dentre as alternativas a seguir, assinale a que contém a palavra do texto apresentado que, por estar grafada incorretamente, deixa a frase sem sentido.
a) comitê.
b) instituído.
c) disposto.
d) fica.
e) comprimento.
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“A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara aprovou o Projeto de Lei nº 4318/16, da deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), que
_______________as _________________ de cobrar valores superiores do deficiente auditivo pelo processo de ________________ da Carteira Nacional de Habilitação
(CNH). O projeto insere um ______________ na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/15), que hoje já assegura ao candidato com deficiência
auditiva a possibilidade de requerer serviços de intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), para acompanhamento em aulas práticas e teóricas.”
Segundo os padrões da Norma Culta da Língua Portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
Tais eram as reflexões que eu vinha fazendo, por aquele Valongo fora, logo depois de ver e ajustar a casa. Interrompeu-mas um ajuntamento; era um preto que
vergalhava outro na praça. O outro não se atrevia a fugir; gemia somente estas únicas palavras: — “Não, perdão, meu senhor; meu senhor, perdão! ” Mas o primeiro não
fazia caso, e, a cada súplica, respondia com uma vergalhada nova.
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— Toma, diabo! dizia ele; toma mais perdão, bêbado!
— Meu senhor! gemia o outro.
— Cala a boca, besta! replicava o vergalho.
Parei, olhei... Justos céus! Quem havia de ser o do vergalho? Nada menos que o meu moleque Prudêncio, — o que meu pai libertara alguns anos antes. Cheguei-me; ele
deteve-se logo e pediu-me a bênção; perguntei-lhe se aquele preto era escravo dele.
— É, sim, nhonhô.
— Fez-te alguma cousa?
— É um vadio e um bêbado muito grande. Ainda hoje deixei ele na quitanda, enquanto eu ia lá embaixo na cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber.
— Está bom, perdoa-lhe, disse eu.
— Pois não, nhonhô. Nhonhô manda, não pede. Entra para casa, bêbado!
(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo, Ática, 1990. p. 83.)
Nas palavras “praça” e “bênção” emprega-se o cedilha para indicar o som do fonema /s/. Tal notação foi usada corretamente em todas as palavras do grupo:
Fim de ano, de mais um ciclo solar. Tempo de reflexão. Quanto orgulho e quanta insatisfação você está levando desse período vivido? Não responda baseado em suas
conquistas materiais, mas na sua evolução pessoal. Quão melhor você está terminando 2017? Quantas vezes você abriu sua mente e repensou suas crenças? Qual foi a
última vez que você desafiou seu cérebro a sair do trivial e aprender algo novo?
“O que diferencia o ser humano do ____________ e do golfinho, animais extremamente inteligentes, o que nos torna especiais [neste universo imenso] é nossa
capacidade de adquirir conhecimento. De fazer com que, amanhã, nossa mente seja diferente do que é hoje. De transformar o mundo. O ser humano se preocupa com o
futuro, porque tem o cérebro capaz disso”, afirma Pedro Calabrez, pesquisador do Laboratório de Neurociências Clínicas (LiNC) da Escola Paulista de Medicina da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e professor.
Embora mexa positivamente com a cabeça, desafiar o cérebro gasta energia, e isso vai contra nossa própria natureza. Afinal, a lei do mínimo esforço se aplica a todos os
seres vivos. “Energia é um recurso esca__o na natureza. No processo evolutivo, a natureza fez com que as espécies tendam a conservar energia”, diz Calabrez. Superar
essa preguiça, entretanto, traz benefícios inquestionáveis.
“Aprender todos os dias preserva o cérebro. Conhecer alguma coisa nova é como dar alimento para o cérebro”, afirma a neuropsicóloga Mariana Assed. Desafiar-nos a
fazer algo diferente do habitual aumenta as “circuitarias” sem uso ou que nem existiam ainda, como ela gosta de definir as conexões cerebrais. Ou seja, aumenta todo o
processamento que está acontecendo no cérebro. Isso prolonga as funções cognitivas ao longo da vida e, portanto, a autonomia, a independência e a capacidade de
tomada de decisão das pessoas, mesmo em idade mais avançada.
“Já está comprovado cientificamente que as pessoas com alta escolaridade e hábitos de leitura tiveram declínio muito mais sadio (e tardio) do que as que nunca foram
estimuladas. Estas costumam sofrer declínio mais preco_e”, afirma. E é bom pensar nisso o quanto antes. A expectativa média de vida no Brasil em 1900 era de 33,7
anos, e em 2014 alcançou 75,4 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em consequência, a população com 60 anos ou mais deve triplicar
até 2050 no país e chegar a 29,3% do total em relação a 2016 (quando representavam 10% da população nacional), informa o IBGE.
Fonte: Revista Planeta - N° Edição: 537. Texto: Renata Valério de Mesquita 21/03/2018 – Fragmento.
Analise as afirmações que seguem relativamente à grafia de determinados vocábulos do texto:
III. Preco_e escreve-se tal qual entor_e. complementando-se a lacuna pela letra ‘s’.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
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Lya Luft O ser humano é um animal que deu errado em várias coisas. A maioria das pessoas que conheço, se fizesse uma terapia, ainda que breve, haveria de viver
melhor. Os problemas podiam continuar ali, mas elas aprenderiam a lidar com eles.
Sem querer fazer uma interpretação barata ou subir além do chinelo: como qualquer pessoa que tenha lido Freud e companhia, não raro penso nas rasteiras que o
inconsciente nos passa e em quanto nos atrapalhamos por achar que merecemos pouco.
Pessoalmente, acho que merecemos muito: nascemos para ser bem mais felizes do que somos, mas nossa cultura, nossa sociedade, nossa família não nos contaram
essa história direito. Fomos onerados com contos de ogros sobre culpa, dívida, deveres e... mais culpa.
Um psicanalista me disse um dia:
– Minha profissão ajuda as pessoas a manter a cabeça à tona d’água. Milagres ninguém faz.
Nessa tona das águas da vida, por cima da qual nossa cabeça espia – se não naufragamos de vez –, somos assediados por pensamentos nem sempre muito
inteligentes ou positivos sobre nós mesmos.
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As armadilhas do inconsciente, que é onde nosso pé derrapa, talvez nos façam vislumbrar nessa fenda obscura um letreiro que diz: “Eu não mereço ser feliz. Quem
sou eu para estar bem, ter saúde, ter alguma segurança e alegria? Não mereço uma boa família, afetos razoavelmente seguros, felicidade em meio aos dissabores”. Nada
disso. Não nos ensinaram que “Deus faz sofrer a quem ama”?
Portanto, se algo começa a ir muito bem, possivelmente daremos um jeito de que desmorone – a não ser que tenhamos aprendido a nos valorizar.
Vivemos o efeito de muita raiva acumulada, muito mal-entendido nunca explicado, mágoas infantis, obrigações excessivas e imaginárias. Somos ofuscados pelo danoso
mito da mãe santa e da esposa imaculada e do homem poderoso, pela miragem dos filhos mais que perfeitos, do patrão infalível e do governo sempre confiável.
Sofremos sob o peso de quanto “devemos” a todas essas entidades inventadas, pois, afinal, por trás delas existe apenas gente, tão frágil quanto nós.
Esses fantasmas nos questionam, mãos na cintura, sobrancelhas iradas:
– Ué, você está quase se livrando das drogas, está quase conquistando a pessoa amada, está quase equilibrando sua relação com a família, está quase obtendo
sucesso, vive com alguma tranquilidade
financeira... será que você merece? Veja lá!
Ouvindo isso, assustados réus, num ato nada falho tiramos o tapete de nós mesmos e damos um jeito de nos boicotar – coisa que aliás fazemos demais nesta curta
vida. Escolhemos a droga em lugar da lucidez e da saúde; nos fechamos para os afetos em lugar de lhes abrir espaço; corremos atarantados em busca de mais dinheiro
do que precisaríamos; se vamos bem em uma atividade, ficamos inquietos e queremos trocar; se uma relação floresce, viramos críticos mordazes ou traímos o outro,
dando um jeito de podar carinho, confiança ou sensualidade.
Se a gente pudesse mudar um pouco essa perspectiva, e não encarar drogas, bebida em excesso, mentira, egoísmo e isolamento como “proibidos”, mas como uma
opção burra e destrutiva, quem sabe poderíamos escolher coisas que nos favorecessem. E não passar uma vida inteira afastando o que poderia nos dar alegria, prazer,
conforto ou serenidade.
No conflitado e obscuro território do inconsciente, que o velho sábio Freud nos ensinaria a arejar e iluminar, ainda nos consideramos maus meninos e meninas, crianças
malcomportadas que merecem castigo, privação, desperdício de vida. Bom, isso também somos nós: estranho animal que nasceu precisando urgente de conserto.
Alguém sabe o endereço de uma oficina boa, barata, perto de casa – ah, e que não lide com notas frias?
Disponível em: <http://arquivoetc.blogspot.com.br/2005/12/ veja-lya-luft-quanto-ns-merecemos.html>. Acesso em: 16 mar. 2018.
Na língua escrita, há situações em que algumas palavras e locuções oferecem maior dificuldade, pois podem ser grafadas junto ou separadamente. A frase em que a
expressão em negrito está corretamente grafada é:
“Há, portanto, uma arte de escrever – que é a redação. Não é uma prerrogativa dos literatos, senão uma atividade social indispensável, para a qual falta, não obstante,
muitas vezes, uma preparação preliminar.
A arte de falar, necessária à exposição oral, é mais fácil na medida em que se beneficia da prática da fala cotidiana, de cujos elementos parte em princípio.
O que há de comum, antes de tudo, entre a exposição oral e a escrita é a necessidade da boa composição, isto é, uma distribuição metódica e compreensível de ideias.
Impõe-se igualmente a visualização de um objetivo definido. Ninguém é capaz de escrever bem, se não sabe bem o que vai escrever.
Justamente por causa disso, as condições para a redação no exercício da vida profissional ou no intercâmbio amplo, dentro da sociedade, são muito diversas das da
redação escolar. A convicção do que vamos dizer, a importância que há em dizê-lo, o domínio de um assunto da nossa especialidade tiram à redação o caráter negativo
de mero exercício formal, como tem na escola.
Qualquer um de nós senhor de um assunto é, em princípio, capaz de escrever sobre ele. Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do que muita gente pensa.
Há apenas uma falta de preparação inicial, que o esforço e a prática vencem.
Por outro lado, a arte de escrever, na medida em que consubstancia a nossa capacidade de expressão do pensar e do sentir, tem de firmar raízes na nossa própria
personalidade e decorre, em grande parte, de um trabalho nosso para desenvolver a personalidade por este ângulo.
[…]
A arte de escrever precisa assentar numa atividade preliminar já radicada, que parte do ensino escolar e de um hábito de leitura inteligentemente conduzido; depende
muito, portanto, de nós mesmos, de uma disciplina mental adquirida pela autocrítica e pela observação cuidadosa do que outros, com bom resultado, escreveram.”
Assinale a alternativa em que as palavras também são grafadas com esse dígrafo:
a) A___iduidade, gro___eria.
b) Con___iso, con___eder.
c) Condi__ão, amiga___o.
d) Compla___ente, con___eito.
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Entre os pilares para o desenvolvimento sustentável – aquele capaz de garantir as necessidades da geração atual sem comprometer a futura – está a preservação e
manutenção do meio ambiente. Nos últimos tempos, tem sido uma das pautas mais discutidas por líderes políticos e empresariais de todo o mundo, principalmente por
conta dos impactos das mudanças climáticas.
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Mesmo o Brasil, um país rico em recursos naturais, já sente as consequências dos eventos extremos, como a seca que persiste no Nordeste e deixa muitas famílias sem
acesso à água, recurso essencial para a manutenção da vida. Por isso, pensar em formatos mais eficientes de uso é uma atitude urgente e que deve permear as
organizações, os governos e a própria sociedade.
Em 2015, o Brasil entrou para o grupo das 197 nações signatárias do Acordo de Paris, que determinou metas para manter o aquecimento global bem abaixo de 2°C até
2030.
Ana Carolina Avzaradel Szklo, Gerente Sênior de Projetos e Assessora Técnica do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), acredita
que esses eventos climáticos extremos têm contribuído para que as empresas incorporem a sustentabilidade em suas agendas. As atitudes para reverter esse quadro
preocupante devem ser trabalhadas em conjunto, porque o setor privado apresenta um papel tão importante quanto o governo para a efetivação das ações.
Neste contexto, é importante que a sustentabilidade faça parte da organização como um todo, principalmente, da mais alta ................ decisória. Investimentos em
inovação para tornar processos mais eficientes podem contribuir com uma série de oportunidades para as organizações.
Uma das tendências que estão sendo trabalhadas internacionalmente e sobre o que o CEBDS tem promovido debates com o setor privado é a precificação do carbono. A
medida defende a cobrança pela emissão do CO2, o que faz com que as empresas tenham um maior controle sobre os seus processos. Além disso, impulsiona uma
economia mais limpa e que consequentemente pode frear o aquecimento global.
Para consolidar uma economia com baixa emissão de carbono, é necessário pensar em toda a cadeia de produção da economia, desde a ............... da matéria-prima, o
transporte, a produção e até o descarte. Trabalhando com esses rejeitos, evita-se que os materiais acabem em aterros e lixões – locais em que a decomposição emite
gases responsáveis pelo efeito estufa, como o metano e o gás carbônico. Com a reciclagem, os resíduos viram matéria-prima novamente, o que evita a ................ e
colabora para o uso racional de recursos naturais.
Com a ideia de eliminar o lixo, a empresa precisa investir bastante para reciclar materiais não convencionais como esponjas de limpeza, cosméticos, tubos de pasta de
dente, lápis e canetas. Por não terem fluxos regulares de reciclagem, fazer o processo com esses rejeitos sai bem mais caro. “Esses materiais são considerados ‘não
recicláveis’, pois o custo para reciclá-los é superior ao valor obtido com a matéria-prima resultante do processo. Percebemos, portanto, que não existe efetivamente nada
que não possa ser reciclado. O que existem são resíduos que valem a pena do ponto de vista financeiro, e outros não, justamente por serem complexos”, explica
Pirrongelli da TerraCycle.
O programa de coleta da TerraCycle engaja consumidores e produtores em seu processo. Não são apenas os produtos de difícil reciclabilidade que preocupam
ambientalistas, governos e empresas ao redor do mundo. Mesmo materiais que já têm processos consolidados, como o plástico, acabam em lixões e aterros, onde
demoram anos para se decompor. Relatórios divulgados no início deste ano pela Ellen MacArthur Foundation mostram que cerca de oito bilhões de toneladas de plástico
são descartados nos mares por ano – quantidade equivalente a um caminhão de lixo por minuto. A organização calculou que, se esse ritmo continuar, haverá mais
plástico do que peixe nos oceanos em 2050.
Por isso, a maior procura por produtos biodegradáveis sinaliza a crescente preocupação do setor privado em relação ao meio ambiente. Nesse aspecto, a tecnologia é um
aspecto fundamental para a sustentabilidade.
Soluções como o plástico hidrossolúvel têm sido cada vez mais procuradas como um meio de evitar o problema do descarte irresponsável. O material é novidade no Brasil
e na América Latina e consiste em um plástico que se dissolve na água em apenas alguns segundos. Há também, nesse mesmo viés, bobinas, saquinhos hidrossolúveis
sob medida, entretelas, entre outros. Essa solução, de acordo com um empresário do setor, ....... diversas vantagens ao comprador, como: redução de custos em
transporte e armazenagem, devido à concentração de produto na embalagem hidrossolúvel; diminuição no uso e descarte do plástico convencional, que pode gerar
créditos de carbono e também ...... segurança na aplicação e no manuseio de substâncias químicas que podem ser nocivas para o ser humano. As empresas podem
contribuir para um desenvolvimento sustentável valorizando produtos que têm um apelo sustentável, criando uma cultura organizacional voltada para essas questões e
investindo em desenvolvimento de novas alternativas. É importante também que a organização, além de realizar esses processos, valorize que os mesmos sejam
adotados por toda cadeia produtiva, envolvendo desde seus fornecedores até seus clientes.
III. trás preenche corretamente as lacunas em "setor, ....... diversas" e "também ...... segurança".
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
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A vida de Dorinha Duval foi _____. O processo ainda não havia ido a Júri quando a tese da defesa foi mudada. Não seria mais violenta emoção, mas legítima defesa.
Ela não teria atirado no marido por ter sido _____ e chamada de velha, mas _____ o marido passou a agredi-la. De fato, o exame pericial de corpo de delito realizado em
Dorinha constatou a existência de _____ em seu corpo. A versão da legítima defesa era _____.
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Questão 16: FUMARC - Tec (CEMIG)/CEMIG/Contábil I/2018
Assunto: Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
As palavras estão grafadas corretamente, EXCETO em:
a) obsessão – privilégio
b) expectativa – hesitar
c) mendigo – pretensioso
d) impecilho – tijela
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Questão 17: FUMARC - PEB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Língua Portuguesa/2018
Assunto: Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Os textos I e II, motivadores, o(a) auxiliarão a responder à questão.
TEXTO I
Na busca por definir critérios para fixar uma escrita convencionalizada, observamos que as muitas línguas com notação alfabética enfrentaram, desde a Antiguidade, uma
disputa entre opções (cf. BLANCHE-BENVENISTE; CHERVEL, 1974). Por um lado, desde a Roma e a Grécia antigas, já existia tendência de buscar respeitar o princípio
fonográfico, segundo o qual a ortografia deveria estar o mais próxima possível da pronúncia das palavras. Apesar das boas intenções, isso envolvia um problema sem
solução perfeita: se diferentes falantes de uma mesma língua – pertencentes a regiões, grupos socioculturais e épocas diferentes – pronunciam de forma distinta as
mesmas palavras, a busca de uma correspondência “limpa” entre formas de falar e escrever teria sempre que partir de uma pronúncia idealizada, tomada como padrão.
Por outro lado, encontramos há muitos séculos a defesa de um princípio etimológico, segundo o qual as palavras provenientes de outra língua deveriam preservar as
grafias que tinham nas línguas de origem. Assim, no caso de línguas como português, francês e espanhol, as formas latinas e gregas seriam candidatas especiais à
manutenção de suas notações originais (e a uma desobediência do princípio fonográfico).
Finalmente, nessa disputa entre perspectivas diferentes, a história de evolução das normas ortográficas das línguas aqui mencionadas revela que não só tendeu-se a
fazer um “casamento” dos dois princípios (fonográfico e etimológico) já citados, como a incorporar formas escritas que surgiram por mera tradição de uso.
Tudo em ortografia precisa ser visto, consequentemente, como fruto de uma convenção arbitrada / negociada ao longo da História. Mesmo a separação das palavras no
texto, com espaços em branco, é uma invenção recente, bem como o emprego sistemático de sinais de pontuação. Até o século XVIII, quando predominava a leitura em
voz alta, muitos textos eram notados com as palavras “pegadas”. Como também tinham poucos sinais de pontuação, cabia ao leitor, ao “preparar” sua leitura, definir
como iria segmentar o texto. Numa língua como o português, vemos hoje que a norma ortográfica envolve não só a definição das letras autorizadas para escrever-se
cada palavra, como também a segmentação destas no texto e o emprego da acentuação.
Diferentemente da pontuação – que permite opções / variações conforme o estilo ou interesse de quem escreve –, no caso da ortografia as convenções estabelecidas são
avaliadas taxativamente: a grafia de uma palavra ou está certa ou errada, não se julgando sua qualidade em termos de “aproximação” do esperado (MORAIS, 1998;
SILVA, 2004).
(MORAIS, Arthur Gomes. A norma ortográfica do português: o que é? para que serve? como está organizada? In: SILVA, Alexsandro; MORAIS, Arthur G.; MELO, Kátia L. R. Ortografia na sala de aula.
Belo Horizonte: Autêntica, 2005. Disponível em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/25.pdf. Acesso em: 5 jan. 2018).
TEXTO II
Nosso objeto de estudo, a linguagem, mostra-se diferente aos olhos do observador, conforme ele a investigue. Por exemplo, como representação do pensamento, e este
como representação do mundo. Entretanto, sabemos que, no uso cotidiano da língua, não pensamos conscientemente em formas para traduzir conteúdos, nem em
conteúdos preexistentes que buscam formas. Forma e pensamento nascem juntos; nossos pensamentos e representações são feitos de palavras e se constroem, ou na
interação contextualizada com o outro ou no diálogo interno com outros discursos também feitos de palavras. A referência à decodificação, presente nos PCN+, não pode
nos induzir também ao engano de reduzir as línguas naturais — em particular, a língua portuguesa — a um sistema de sinais, por meio do qual um emissor comunica a
um recebedor determinada mensagem.
A partir dessa concepção, aprender e ensinar língua seria dominar o código, e a compreensão e a produção de textos se reduziriam ao processo de decodificação e
codificação: para cada sinal ou combinação de sinais corresponderia um sentido. Sabemos que os enunciados produzidos nas línguas naturais têm uma parte material - os
sons, no caso da língua oral, e as formas, no caso da escrita -, mas têm também uma parte subentendida, essencial para a produção de sentido na interação. Essa parte
subentendida, digamos, “invisível”, está no contexto de produção do enunciado, em sua enunciação e co-enunciação, nos conhecimentos de mundo e nos valores
partilhados pelos interlocutores.
(SEE MG. Currículo Básico Comum. Proposta Curricular. Língua Portuguesa - Ensinos Fundamental e Médio. 2005, p. 11-12)
a) As vogais I e U tônicas, quando precedidas ou não de ditongos, desde que em paroxítonas, mantiveram o acento agudo (como em “viúva”, “saúde”, “feiúra”,
“boiúna”, “baiúca”).
b) Ditongos abertos perderam o acento agudo na penúltima sílaba (como em heroico, geleia, estreia), porém manteve-se tal acento quando na última sílaba (como
em chapéu, herói) ou em sílaba única (véu, dói).
c) Eliminaram-se os acentos diferenciais em pares de itens como para (verbo) / para (preposição); pelo (verbo pelar) / pelo (substantivo), entre outros. No entanto,
pôr (verbo) e pôde (verbo) mantiveram a acentuação.
d) Foram eliminados os acentos diferenciais nos hiatos –OO e –EE, como em deem, leem, voos, enjoo, magoo, etc.
e) Manteve-se o uso do hífen quando a palavra seguinte começa com – H (pré-história, anti-higiênico, etc.) ou quando se inicia por vogal idêntica – como em “arqui-
inimigo”, “anti-inflamatório”; quando seguem a um prefixo terminado em vogal, as palavras iniciadas por –R ou –S, terão tal letra dobrada (dígrafo) – como em
antisséptico, suprarrenal, contrarregra.
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Questão 18: FUMARC - PEB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Língua Portuguesa/2018
Assunto: Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Atente para as informações a seguir e responda à questão.
O texto II foi produzido por uma aluna do 7º ano do ensino fundamental II, como resposta à proposição de sua professora, exibida no texto I, abaixo.
TEXTO I
O texto a seguir apresenta apenas a introdução de um enredo narrativo, conforme estamos estudando em sala. Será sua tarefa continuar a história, com coerência,
criando conflito, clímax e desfecho, de acordo com sua imaginação. Procure dar coerência à sua narrativa.
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Naquela amanhã, acordei feliz. Era domingo, dia de clube, picolé, vôlei. Enfim, apenas alegria. Estranhei muito que meus pais não estivessem ainda de pé. Nem meu
irmão. Fiquei apreensiva. Foi então que.....
TEXTO II
Foi então que pensei: nossa, esta tarde demais. Porque será que ninguém acordou ainda? Teve ter acontecido algo muito ruim aqui em casa. Aí pus meu biquine e
telefonei para a minha madrinha, e pidi pra ela me levá no clube com o carro dela, para jogar vole no domingo que era o dia de folga dela no hospital. Era gratuito tudo
lá.
Foi muito legal, nós tomamos sorvete e, jogamos bola com outras meninas, ninguém queria jogar vole comigo. Ela disse:
Eu ri muito dela por que é super-engraçado quando alguém fica sujo sem querer.
Nesse momento nós pegamos as sacolas e fomos para o vestuario do clube para tomar banho.
O dia foi muito lindo. Eu adorei tudo lá. Quando voltamos vou contá tudo para meus pais. Eles gostaram muito.
Abaixo se apresentam problemas formais do texto que deveriam ser apontados pela professora, visando à sua reescrita, EXCETO:
a) biquine.
b) contá.
c) super-engraçado.
d) teve.
e) vestuario.
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a) Assim como “tabu”, não devem receber acento gráfico os vocábulos “bau” e “Camboriu”.
b) A letra X tem o mesmo valor fonológico, isto é, o mesmo som, em “expressão”, “texto” e “experiência”.
c) Assim como “enchente” e “encharcado”, escrevem-se com ch os vocábulos “enchame” e “enchoval”.
d) Conforme o Acordo Ortográfico, pela mesma razão por que a forma verbal “dói” é acentuada, também recebem acento gráfico os vocábulos “asteróide” e “bóia”.
e) Em “Fazer o quê?”, o acento gráfico se justifica, porque o referido monossílabo, em final de frase, é átono.
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a) Para afastar a má-fé, é preciso suscitar os aspectos que possam caracterizá-la, evitando que pretensões se digladiem e que omissões suscitem privilégios.
b) Deve-se atentar para que o exercício do poder discricionário evite o oprobrio, a caracterização de favorecimento ou de tendenciosidade do agente ao po-lo em
prática.
c) O defensor do direito não deve enxergar obstaculos à persecussão de suas metas saneadoras, agindo sempre objetivamente para afastar empecilhos.
d) O verdadeiro experto em qualquer área está sempre em ascenção, não hesitando em buscar subsídios que o apoiem na defesa de suas teses.
e) O direito à dissenção assiste a todos, e não há mau nenhum em defender as próprias convicções, por exêntricas que pareçam, sem condescender.
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O inglês é a língua da ciência. As razões para isso estão relacionadas às profundas transformações que ocorreram no pós-Guerra. A ciência e a tecnologia, que até então
evoluíam em esferas relativamente separadas de conhecimento, se integram num único sistema. [...] As tecnologias pressupõem um investimento contínuo de capital, a
formação de quadros especializados e a constituição de laboratórios de pesquisa. No início, isso se concentra nos Estados Unidos, pois quando termina a Segunda Guerra
Mundial, trata-se do único país industrializado onde a infraestrutura educacional e tecnológica permanece intacta. Com a expansão do ensino superior e o
desenvolvimento dos institutos de pesquisa, assiste-se a um florescimento científico sem precedentes, aliado a uma política tecnológica na qual as criações científicas
estão vinculadas às descobertas e ao aperfeiçoamento das técnicas. A história do computador é um bom exemplo do imbricamento das dimensões econômica, militar e
científica num mesmo projeto. Como processador de dados e informações, irá impulsionar todo um campo de atividades, desde as experiências de laboratório até a
administração das empresas (cujo raio de ação é, muitas vezes, transnacional). Ciência, tecnologia e administração – esferas diferenciadas de práticas e saberes –
aproximam-se assim como unidades que se alimentam e se reproduzem a partir da manipulação, do controle e do processamento da informação. Creio que não seria
exagero dizer que os elementos-chave do que entendemos por sociedade de informação foram inicialmente preparados em inglês (conceitos, modelos, fórmulas e
procedimentos).
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Não se deve imaginar que toda a produção científica, ou mesmo a sua maioria, se faça em inglês. Embora não existam dados disponíveis em escala mundial, pode-se
argumentar, e com boa parte de razão, que a literatura científica em língua não inglesa tenha aumentado. Basta ver a proliferação de revistas nos mais diferentes países
e a participação dos cientistas em reuniões e congressos especializados. No entanto, como sublinha Baldauf, sua representação na literatura recenseada nas principais
bases de dados declinou. [...] Grande parte do que é produzido é simplesmente ignorado pelo fato de não estar formalizado e formatado em informação imediatamente
disponível, ou seja, compreensível para um conjunto amplo de pessoas. [...] Entretanto, importa entender que um corpus literário, funcionando como padrão de
referência, é legitimado mundialmente somente quando disponível em inglês. Daí a estratégia de vários grupos de dividir suas atividades em “locais” e “universais”. As
primeiras são escritas em idioma nacional e têm como veículo as revistas existentes no país; as outras concentram os cientistas de “elite”, cuja ambição é conseguir uma
maior visibilidade na cena mundial; interessa-lhes publicar nas revistas internacionais já consagradas. [...]
Barthes (1984, p.15) diz que, para a ciência, “a linguagem é apenas um instrumento, aprisionado à matéria científica (operações, hipóteses, resultados) que se diz, a
antecede e existe fora dela, e que se tem o interesse de torná-la o mais transparente e neutra possível: há, de um lado, num primeiro plano, o conteúdo da mensagem
científica, que é tudo; de outro, num segundo plano, a forma verbal, que exprime esse conteúdo e que é nada […]. A ciência tem certamente necessidade da linguagem,
mas ela não está, como a literatura, na linguagem”. É preciso ter em mente que a qualidade de ser instrumental não deve ser vista como algo negativo. Trata-se de uma
opção deliberada em utilizar a linguagem como uma ferramenta, cujo resultado é altamente compensador – o discurso científico. Resulta disso o amplo consenso (embora
sem unanimidade) existente entre os cientistas em relação ao uso do inglês, qual seja, o fato de ele ser instrumental e eficiente. Mas qual seria a razão dessa
instrumentalidade?
Richard Harris e Paul Mattick, trabalhando com as propriedades da linguagem e sua relação com a informação, têm um argumento interessante. Consideram que cada
domínio científico utiliza a linguagem de maneira limitada, por isso é mais fácil traduzir textos científicos do que literários. Isso significa que a informação provida na
mensagem é dada não apenas pelo significado individual das palavras, mas também pela relação entre elas, sua combinação. Por exemplo, podemos enunciar as
sentenças “para mim, é preferível sair por último” e “eu prefiro sair por último”; há aí uma variação da forma, mas não da informação transmitida. [...]
As ciências sociais estão demasiadamente amarradas aos contextos, daí a dificuldade de universalização de seus discursos, porém, essa universalização nunca é inteira,
emancipada, pois as notações se encontram aprisionadas à “literalidade dos enunciados”. O pensamento sociológico é sempre uma tradução, algo intermediário entre o
ideal de universalidade (que é necessário) e o enraizamento dos fenômenos sociais. Ora, contexto e língua conjugam-se mutuamente. O discurso das ciências da
natureza se justifica porque consegue reduzir a linguagem, depurá-la de sua malha sociocultural, algo impensável quando se deseja compreender a sociedade. Nesse
caso, o inglês não pode funcionar como língua franca, não por uma questão de princípio, ou de orgulho nacional, mas devido à própria natureza do saber construído.
ORTIZ, Renato. As Ciências Sociais e o inglês. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 19, n. 54, fev/2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
69092004000100001&lng=en&nrm=iso&tlng=pt >. Acesso em: 2 jul. 2018. [Fragmento Adaptado]
Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas conforme as regras do Novo Acordo Ortográfico relativas à sistematização do emprego de hífen ou de
acentuação.
a) “Esse previlégio de sentir-se em casa em qualquer lugar pertence apenas aos reis.”
b) “A natureza brasileira apresenta aspetos bem diversos.”
c) “No alto do morro, um palacete com picina.”
d) “As seções espíritas eram realizadas todos os dias.”
e) “Na adolecência tudo é permitido.”
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a) flecha/frecha.
b) enfarte/enfarto.
c) aluguel/aluguer.
d) cociente/quociente.
e) próprio/própio.
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Nossa sociedade cultua o trabalho. Deixar de trabalhar pode representar um forte golpe no sentimento de utilidade e autoestima. Perde-se o referencial na sociedade,
pois, ao longo dos anos, a empresa passa a ser o nosso sobrenome. É a Carmem do banco X, o Itamar da empresa Y e assim segue. O mais surpreendente é o que
ocorre com o fator tempo. Poder decidir acerca do que fazer com o próprio tempo é o maior desejo das pessoas antes da aposentadoria e, contraditoriamente, passa a
ser o maior tormento depois.
Muitos aposentados ficam em casa contando os minutos para que os familiares retornem de suas ocupações e tenham alguém para conversar. Assim, chegam as dores,
as reclamações, a irritabilidade, a depressão e as doenças, muitas delas psicossomáticas, ou seja, atreladas a um estado emocional.
Independentemente da classe social, estudos mostram que se manter ativo é viável e fundamental para dar sentido à vida. Aos que preferiram encerrar sua atividade
profissional, por escolha ou por circunstâncias, existem inúmeras opções para preencher os dias, seja com atividades físicas, jardinagem, artesanato, música, pintura,
leitura, encontros específicos para terceira idade, trabalhos voluntários, grupos de estudos religiosos, auxílio aos netos, viagens e o retorno aos bancos escolares.
COMPAGNONI, Tatiane. Disponível em: <http://www.revistamodaa. com.br>. Acesso em: 18 maio 2018, com adaptações.
Em conformidade com o Novo Acordo Ortográfico, considerando o período “Muitos aposentados ficam em casa contando os minutos para que os familiares retornem de
suas ocupações e tenham alguém para conversar.”, assinale a alternativa correta.
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17/06/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
a) O vocábulo “para”, na primeira ocorrência, poderia ser substituído corretamente pela construção com a espectativa de.
b) Se julgasse conveniente, a autora poderia trocar corretamente o vocábulo “conversar” pela construção inter-agir.
c) No lugar do trecho “contando os minutos”, seria possível empregar corretamente a construção bastante anciosos.
d) O vocábulo “alguém” é acentuado pela mesma regra que acentua a forma verbal sublinhada no seguinte período: Espero que eles contêm centavo por centavo o
salário que receberam hoje.
e) A construção se mantêm poderia ser empregada corretamente no lugar do vocábulo “ficam”.
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A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) passou a orientar os consumidores para que reduzam o ______ de alimentos. Dicas e informações sobre os
atributos de qualidade na compra, o correto ______ e ______ dos produtos nos mercados e nas residências para evitar a perda de alimentos estão agora disponíveis em
uma página da internet, patrocinada pela instituição.
Além de orientar sobre cuidados, a página pretende estimular o aumento do consumo de vegetais, com diversas opções de preparos, salientando que as hortaliças não
devem servir apenas para saladas.
O alerta vermelho do trânsito está ligado há décadas, mas nunca houve tantas soluções no horizonte
Para discutir as soluções para o trânsito, a SUPER e a QUATRO RODAS reuniram especialistas e organizaram o Fórum Mobilidade, que aconteceu no
dia 20 de julho, em São Paulo.
[…]
“Temos que desenvolver centros econômicos em várias regiões das cidades” Sérgio Avelleda, secretário de transportes da cidade de São Paulo
2. O fim do carro individual
Há oito anos, o Brasil tinha 24,7 milhões de carros. Hoje são 35,6 milhões infartando as veias e artérias urbanas. Pior: cada um transporta só 1,4 pessoa por dia (3
indivíduos a cada 2 automóveis). Não dá mais. Mas isso tem conserto, e ele não envolve o fim dos carros, mas o fim dos carros individuais – de modo que cada veículo
sirva a uma centena de cidadãos por dia, em vez de 1,4. “O carro será cada vez mais um serviço, em vez de uma propriedade”, disse Matheus Moraes, diretor da 99.
“Trata-se do uso mais eficiente possível de uma capacidade já instalada, que são os próprios veículos.”
Assinale a alternativa em que se manteve a correção ortográfica em todos os vocábulos derivados a partir de palavras do texto de apoio.
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Em meio à crise brasileira, o ____________ tem ido bem. Em 2017, pode colher safra de grãos superior a 210 milhões de toneladas – voltando ao patamar recorde do
país. O setor vem de uma história de crescimento médio de 4,8% e 2,7% ao ano na produção de grãos e na produtividade, respectivamente, nos últimos 15 anos.
Garantiu a segurança alimentar da nossa população e _______ _________ exportáveis que hoje salvam a balança comercial do Brasil e dão mais tranquilidade ao
mundo, na provisão de comida para o planeta. Também avançou em qualidade e segurança dos alimentos, como mostrou relatório da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), sobre ________ de agrotóxicos, indicando que 99% dos alimentos analisados estavam mais seguros para consumo imediato, sem risco agudo para a
saúde dos consumidores.
Liderança é quem mostra rumos, quem puxa as vontades individuais para uma direção que se revele evolutiva para a sociedade. Uma causa justa e socialmente assertiva.
E o agro vem representando esse perfil de liderança para o país, de um modo silencioso e coletivo. Mas estrategicamente o que fez o agro na última década? – questiona
Coriolano Xavier, vice-presidente de Comunicação do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS).
Primeiro, fez uma profissão de fé: tocou uma agenda de modernização e atualização tecnológica contínua. Hoje, drones e automação fazem parte da paisagem do campo.
Assim, o agro brasileiro tornou-se competitivo aos melhores padrões internacionais. Conseguiu esse feito desenvolvendo tecnologia de feições tropicais, que confere ao
país vantagem comparativa única nessa faixa do planeta. Enfim, fez uma opção estratégica para mudar a história do setor.
Depois, gerou ambientes institucionais para que os produtores encontrassem soluções para desafios estruturais – como logística, crédito, capitalização e recursos
humanos. Há muito o que fazer nessas áreas, mas no que dependia dos produtores há avanços. O setor não esperou por “salvadores”; coletivamente arregaçou as
mangas e foi buscar conhecimento, aproveitando inclusive a fase de boom das commodities.
A principal lição que se pode tirar do bem sucedido agro é: sem ________ nos paradigmas e sem lidar com a realidade, não dá para sair de onde estamos. De um modo
geral, o futuro será tão grande quanto sonhar. Mas é bom lembrar que não basta olhar com entusiasmo para frente. É preciso fazer escolhas, fazer mudanças,
defrontando o legado do passado.
a) bêbedo/bêbado;
b) enfarte/enfarto;
c) mágoa/mágua;
d) catorze/quatorze;
e) cociente/quociente.
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Em um artigo publicado na revista Sustentabilidade, Walter Gonçalves de Souza diz algo claro, mas que ainda parece estar distante da nossa realidade nos dias de hoje:
“Para pensar em sustentabilidade, devemos primeiro pensar em uma educação ambiental voltada para a sustentabilidade”.
Uma frase simples e que encerra todo um conhecimento e uma constatação muito simples: Muitas pessoas ______ constantemente falar sobre sustentabilidade; mas na
verdade muito poucas sabem como levar uma vida mais sustentável ou o que isso significa. Desta forma, a criação de uma mentalidade sustentável nas pessoas e nas
empresas passa, a princípio, pela criação de uma rede que seja capaz de fornecer a educação ambiental necessária para o correto entendimento e a criação de uma
cultura de sustentabilidade que se espalhe por todas as camadas da sociedade.
Iniciar a formação de uma mentalidade sustentável e fornecer os conhecimentos necessários para isso deve se iniciar desde a mais tenra infância e assim que as crianças
consigam compreender os conceitos existentes por _____ deste tema importantíssimo. Isso permitirá que, num futuro próximo, essas crianças se transformem em
multiplicadores e, em um tempo mais distante, em adultos conscientes e competentes para buscar métodos e modelos de vida que garantam a sustentabilidade de suas
casas e a sustentabilidade de suas cidades, exercendo o seu poder de pressão e de decisão sobre as empresas e sobre toda a sociedade em que vivem.
Essa educação ambiental e os conceitos de sustentabilidade devidamente arraigados e cultivados nos corações e nas mentes das futuras gerações proporcionarão o poder
necessário às massas para que exerçam a capacidade de regular o mercado e garantir que os aproveitadores e espertalhões de plantão sejam severamente banidos,
garantindo uma sobrevida apenas para as empresas que sigam os preceitos da sustentabilidade na fabricação de seus produtos ou no fornecimento de seus serviços, ou
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seja, uma empresa sustentável. Assim, o poder do indivíduo transbordará para toda a sociedade e ganhará força, cada vez maior, pressionando as corporações a cuidar
melhor e proteger o meio ambiente em que se inserem.
Essa é, sem sombra de dúvidas, a característica mais essencial e mais positiva e que, evidentemente, mais garantirá a continuidade de uma boa condição de vida para as
gerações futuras que virão. Uma correta educação ambiental eliminará a ideia errônea e egoísta de que “estamos sós”. E provará, até para os mais céticos, que tudo está
interligado e que cada ação, negativa ou positiva, tem seus reflexos no meio ambiente que nos cerca. Quando o ser humano entender isso e todas as sociedades
voltarem-se para a importância que representa levar uma vida mais sustentável; o mundo deixará de correr o grave risco que hoje corre de uma aniquilação pelo
esgotamento de sua capacidade de manter nossas vidas no ______ atual de exigências e de consumo que imprimimos, e quem sabe conseguiremos ter um planeta
sustentável.
Desde que o homem está sobre a terra, nós estamos consumindo e destruindo o ambiente que nos cerca e nos ______ a vida. No entanto, nos dias atuais, já somos
capazes de criar um entendimento e perceber que esse comportamento acabará por exterminar nossa sociedade e nossa raça. Temos, portanto, o dever de prover às
gerações que se apresentam e às futuras os meios necessários para compreender os desafios e os problemas e contribuir de forma decisiva para a solução e para a busca
de novos horizontes quando o assunto é sustentabilidade ambiental.
(Fonte: http://www.ecologiaurbana.com.br/conscientizacao/educacao-ambiental-sustentabilidade,
acesso em 28/12/2016 – adaptação)
Assinale a alternativa que preenche, correta – segundo a norma culta – e respectivamente, as lacunas.
Quando paramos para analisar o atual cenário econômico e social estabelecido em nosso país podemos perceber que a crise, da qual tanto se fala, vai além da questão
financeira, da corrupção e do caos econômico que muitos estão vivenciando. Ela envolve, nitidamente, falta de liderança e de espírito corporativo. E não é a liderança
habitual praticada por gestores ou chefes, mas sim aquela que envolve quase todas as esferas e que é um estado de consciência, uma atitude. [...]
As ações individualistas, exageradas, polarizadas e fanáticas não nos levam à devida solução, muito menos nos permitem fazer parte de uma transformação positiva dos
múltiplos cenários, além de só colaborarem ainda mais com esse estado de ausência de liderança.
Da mesma forma que antigamente os sistemas de liderança nas empresas eram vistos como caminhos a serem percorridos de forma solitária e que o segredo para
alcançar o sucesso estava em uma postura mais individualista, muitas pessoas, empresas e profissionais ainda mantêm essa posição individual e retrógrada, dificultando
o crescimento de todos, inclusive delas mesmas.
Mas, muito ao contrário disso, o cenário atual requer pessoas, empresas e profissionais capazes de oferecer a oportunidade para todos brilharem e se realizarem dentro
dos ambientes em que estão inseridos. Ao assumirem essa postura, cada um faz muito mais do que simplesmente comandar algo: convidam todos que estão ao redor
para crescerem juntos. E como já dizia um provérbio africano, “se quer ir rápido, vá sozinho; se quer ir longe, vá em grupo”, ou seja, as soluções precisam ser
compartilhadas e baseadas no cooperativismo, pois cada vez mais necessitamos do apoio de outras pessoas, empresas, profissionais, mercados, entre outros. [...]
O verdadeiro líder tem a capacidade de ouvir o próximo e fazer algo novo. A diferença não está na capacidade de gerir, organizar e guiar um grupo, mas sim nos líderes
criadores de contexto, capazes de se colocar no lugar do outro, de ousar, criar, compartilhar novas soluções para os mesmos problemas de sempre. Esses líderes são
aptos a gerenciar as próprias competências sociemocionais e também às de todos que estão ao seu redor. E lá no século XVII já ensinava Baltazar Gracián
: “O caminho
da grandeza se percorre juntamente com outros!”.
Assinale a seguir um livre comentário do texto em análise cuja ortografia aplicada está totalmente de acordo com a norma padrão da língua.
a) A valorização do coletivo é uma ideia nescessária nos dias atuais, sua prática é capaz de fortalecer estruturas e relacionamentos sociais.
b) A história da humanidade confirma e reafirma que o ser humano não tem sucesso isoladamente, faz parte de um todo e esse todo usuflui de tal sucesso.
c) É necessário que o individualismo seja superado pela coletividade, a individualidade de cada um é importante, mas o individualismo deve ser excluído das atuais
relações sociais.
d) Cada ser é único em suas potencialidades, mas também nescessidades; conferir a uma única pessoa o papel de decidir sem que o grupo esteja integrado em tal
decisão é negar a busca de uma verdadeira solução.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/459728
(http://g1.globo.com. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
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17/06/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Questão 33: FEPESE - ATA II (JUCESC)/JUCESC/2017
Assunto: Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Leia o texto.
– Sim!
— Pois fique sabendo que ela o comeu!
Fabrice Lelatge. 365 piadas- Para crianças a partir dos 7 anos. Barueri, SP. Girassol, 2006- adaptado
Assinale a alternativa em que a grafia das palavras obedece à norma culta.
O mundo está uma bagunça, com bilhões de pessoas prisioneiras de inescapáveis ciclos de guerra, fome e pobreza, com o maior número já visto de crianças morrendo
em decorrência da fome, da doença e da violência.
Essa descrição parece ser a única coisa em torno da qual os americanos estariam de acordo; em relação a todos os demais tópicos, o que se vê é a .............. Várias
pesquisas de opinião, no entanto, descobriram que 9 de 10 americanos acreditam que a situação da pobreza global piorou ou se manteve a mesma nos 20 anos mais
recentes.
Com lideranças de todo o mundo se reunindo para a Assembleia-Geral das Nações Unidas, todas as evidências indicam que estamos num momento histórico de inflexão.
O número de pessoas vivendo na pobreza extrema (US$ 1,90 pessoa/dia) caiu pela metade em duas décadas, e o número de crianças pequenas morrendo teve queda
semelhante – são seis milhões de vidas salvas todo o ano pelas vacinas, incentivo ao aleitamento materno, remédios para pneumonia e tratamentos contra diarreia!
Os historiadores podem concluir que o processo mais importante desenrolado no mundo no início do século 21 foi uma impressionante redução no sofrimento humano.
Eis os dados.
Até recentemente, em 1981, 44% da população mundial vivia na extrema pobreza, de acordo com o Banco Mundial. Agora, pensa-se que essa mesma proporção seja
inferior a 10%, e a queda continua. “Essa é a melhor notícia do mundo atual”, disse Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial.
Durante toda a história da humanidade até os anos 60, a maioria dos adultos era analfabeta. Agora, 85% dos adultos de todo o mundo foram alfabetizados, e a
proporção está aumentando.
Embora a desigualdade tenha aumentado nos Estados Unidos, a tendência global é mais animadora: no panorama internacional, a desigualdade está em queda por causa
dos ganhos conquistados pelos pobres em países como China e Índia.
A ONU tem como objetivo erradicar a pobreza extrema até 2030, e os especialistas acreditam que seja possível algo bem perto disso. Em resumo, ainda no nosso turno,
temos uma chance considerável de virtualmente eliminar os males que afetaram a humanidade por milhares de gerações, do analfabetismo até a mais ................
pobreza.
Mas o público acredita no oposto: que a pobreza está aumentando. Uma pesquisa de opinião divulgada pela firma holandesa Motivaction revela que apenas 1% dos
americanos participantes tinha consciência de que a pobreza extrema global tinha sido reduzida pela metade num período de 20 anos. Eu me pergunto se nós do
universo do jornalismo e das agências humanitárias não erramos ao dedicar tanta atenção para o sofrimento humano a ponto de dar ao público a impressão equivocada
segundo a qual tudo está sempre piorando.
Já cobri histórias de massacres no Sudão do Sul, campos de concentração em Mianmar e casos generalizados de crianças com o desenvolvimento prejudicado pela má
nutrição na Índia, mas também é importante reconhecer o contexto de progresso global. Caso contrário, o público pode vir a enxergar a pobreza como algo sem solução
e desistir de continuar na luta – justamente no momento em que estamos obtendo as melhorias mais aceleradas de que se tem notícia.
Os cínicos apontam que, se mais vidas de crianças forem salvas, estas vão crescer e ter mais filhos, causando novos ciclos de pobreza e fome. Não é verdade! Quando os
pais têm a garantia de que os filhos sobreviverão, eles optam por ter um menor número deles. Conforme as meninas recebem educação e métodos contraceptivos se
tornam disponíveis, a taxa de natalidade cai – exatamente como ocorreu no Ocidente.
Assim, logo voltaremos às urgentes necessidades globais, da guerra à mudança climática e aos refugiados. Mas, primeiro, façamos uma pausa de um nanossegundo de
silêncio para reconhecer os maiores ganhos no bem-estar humano jamais vistos na história de nossa espécie – não para que isso nos inspire .............., mas para
incentivar nossos esforços no sentido de acelerar aquela que pode ser a mais importante tendência do mundo atual.
I. O vocábulo polari__ação deve ser grafado com s, visto tratar-se de um vocábulo cognato derivado de um verbo formado com o sufixo –isar.
II. A palavra ab__eta deve ser grafada com g, assim como a palavra abgeção, sendo, portanto, cognatas.
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a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
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A acupuntura é uma terapia da medicina tradicional chinesa que favorece a regularização dos processos fisiológicos do corpo, no sentido de promover ou recuperar o
estado natural de saúde e equilíbrio. Pode ser usada preventivamente (1) para evitar o desenvolvimento de doenças, como terapia curativa no caso de a doença estar
instalada ou como método paliativo (2) em casos de doenças crônicas de difícil tratamento. Tem também uma ação importante na medicina rejenerativa (3) e na
reabilitação. O tratamento de acupuntura consiste na introdução de agulhas filiformes no corpo dos animais. Em geral são deixadas cerca de 15 a 20 minutos. A
colocação das agulhas não é dolorosa para os animais e é possível observar durante os tratamentos diferentes reações fisiológicas (4), indicadoras de que o tratamento
está atingindo o efeito terapêutico (5) desejado.
a) (1)
b) (2)
c) (3)
d) (4)
e) (5)
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a) Pouso.
b) Coisa.
c) Luísa.
d) Náusea.
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Há alguma controvérsia entre o primeiro voo da história, entre Santos Dumont e os irmãos Orville e Wilbur Wright. No entanto, deve-se lembrar que grandes invenções
como o avião são converjências de vários outros experimentos e feitos anteriores, em uma época de intensa atividade científica. Assim como o cinema, o rádio, o
balão de ar quente e várias outras invenções da modernidade, não há um inventor único, apenas aquele que consegue convencer mais pessoas de que a invenção é
sua.
Independentemente disso, o 14-Bis fez seu inesquecível voo no dia 23 de outubro de 1906, pelas mãos de um brasileiro, marcando para sempre a data no mundo e em
nosso país. A data foi transformada em Dia do Aviador pela Lei n.º 218, de 4 de julho de 1936, pelo então Presidente do Brasill, Getúlio Vargas.
<http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=1960&sl
CD_ORIGEM=29>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).
a) controvérsia
b) converjências
c) intensa
d) convencer
e) inesquecível
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Assinale a alternativa em que todas as palavras estão INCORRETAS:
Ninguém pode negar o conflito como parte fundamental do fenômeno político. Só existe política porque existem diferenças, discordâncias, visões de mundo que se
distanciam, ideologias, lutas por direitos, por hegemonia. Isso quer dizer que no cerne do fenômeno político está a democracia como um desejo de participação que
implica as tenções próprias à diferença que busca um lugar no contexto social. [...]
Esse texto não tem por finalidade tratar da importância do conflito ou da crítica, mas analisar um fenômeno que surgiu, e se potencializou, na era das redes sociais: a
“militância de tribunal”. Essa prática é apresentada como manifestação de ativismo político, mas se reduz ao ato de proferir julgamentos, todos de natureza condenatória,
contra seus adiversários e, muitas vezes, em desfavor dos próprios parceiros de projeto político. São típicos julgamentos de excessão, nos quais a figura do acusador e do
julgador se confundem, não existe uma acusação bem delimitada, nem a oportunidade do acusado se defender. Nesses julgamentos, que muito revela do “militante de
tribunal”, os eventuais erros do “acusado”, por um lado, são potencializados, sem qualquer compromisso com a facticidade; por outro, perdem importância para a
hipótese previamente formulada pelo acusador-julgador, a partir de preconceitos, perversões, ressentimentos, inveja e, sobretudo, ódio.
Ódio direcionado ao inimigo, aquele com o qual o “acusador-julgador” não se identifica e, por essa razão, nega a possibilidade de dialogar e, o que tem se tornado cada
vez mais frequente, o ódio relacionado ao próximo, aquele que é, ou deveria ser, um aliado nas trincheiras políticas. Ódio que nasce daquilo que Freud chamou de
“narcisismo das pequenas diferenças”. Ódio ao semelhante, aquele que admiramos, do qual somos “parceiros”, ao qual, contudo, dedicamos nosso ódio sempre que ele
não faz exatamente aquilo que deveria – ou o que nós acreditamos que deveria – fazer.
Exemplos não faltam. Pense-se na militante feminista que gasta mais tempo a “condenar” outras mulheres, a julgar outros “feminismos”, do que no enfrentamento
concreto à dominação masculina. A Internet está cheia de exemplos de especialistas em julgamento e condenação. A caça por sucesso naquilo que imaginam ser o
“clubinho das feministas” (por muitas que se dizem feministas enquanto realizam o feminismo como uma mera moral) tem algo da antiga caça às bruxas que regozija até
hoje o machismo estrutural. Nunca se verá a “militante de tribunal feminista” em atitude isenta elogiando a postura correta, mas sempre espetacularizando a postura
“errada” daquela que deseja condenar. Muitas constroem seus nomes virtuais, seu capital político, aquilo que imaginam ser um verdadeiro protagonismo feminista, no
meio dessas pequenas guerras e linchamentos virtuais nas quais se consideram vencedoras pela gritaria. Há, infelizmente, feministas que se perdem, esvaziam o
feminismo e servem de espetáculo àqueles que adoram odiar o feminismo. [...] Apoio mesmo, concreto, às grandes lutas do feminismo, isso não, pois não é tão fácil nem
deve dar tanto prazer quanto a condenação no tribunal virtual montado em sua própria casa. [...]
(Marcia Tiburi e Rubens Casara. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/01/odio-ao-semelhante-sobre-a-militanciadetribunal/.Publicado dia: 10/01/2016. Adaptado.)
No texto, há três vocábulos que foram grafados, propositadamente, com alguma INCORREÇÃO. São eles:
O Acordo do Clima aprovado em Paris em dezembro de 2015 não resolve o problema do aquecimento global, apenas cria um ambiente político mais favorável à tomada
de decisão para que os objetivos assinalados formalmente por 196 países sejam alcançados.
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Como todo marco regulatório, o acordo estabelece apenas as condições para que algo aconteça, e, nesse caso, não há sequer prazos ou metas. As propostas
apresentadas voluntariamente pelos países passam a ser consideradas “metas” que serão reavaliadas a cada 5 anos, embora a soma dessas propostas não elimine hoje o
risco de enfrentarmos os piores cenários climáticos com a iminente elevação média de temperatura acima de 2 ºC.
Sendo assim, o que precisa ser feito para que o Acordo de Paris faça alguma diferença para a humanidade? A 21ª Conferência do Clima (COP-21) sinaliza um caminho.
Para segui-lo, é preciso realizar muito mais − e melhor − do que tem sido feito até agora. A quantidade de moléculas de CO2 na atmosfera já ultrapassou as 400 ppm
(partes por milhão), indicador que confirmaria − segundo o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) da ONU − a progressão rápida da temperatura acima
dos 2 °C.
A decisão mais urgente deveria ser a eliminação gradual dos U$ 700 bilhões anuais em subsídios para os combustíveis fósseis. Sem essa medida, como imaginar que a
nossa atual dependência de petróleo, carvão e gás (75% da energia do mundo é suja) se modifique no curto prazo?
Para piorar a situação, apesar dos investimentos crescentes que acontecem mundo afora em fontes limpas e renováveis de energia (solar, eólica, biomassa, etc.), nada
sugere, pelo andar da carruagem, que testemunhemos a inflexão da curva de emissões de gases estufa. Segundo a vice-presidente do IPCC, a climatologista brasileira
Thelma Krug, a queima de combustíveis fósseis segue em alta e não há indícios de que isso se modifique tão cedo.
Como promover tamanho freio de arrumação em um planeta tão acostumado a emitir gases estufa sem um novo projeto educacional? Desde cedo a garotada precisa
entender o gigantesco desafio civilizatório embutido no combate ao aquecimento global.
O Acordo do Clima é certamente um dos maiores e mais importantes da história da diplomacia mundial. Mas não nos iludamos. Tal como a Declaração Universal dos
Direitos Humanos (adotada pela ONU em 1948), o Acordo sinaliza rumo e perspectiva, aponta o que é o certo, e se apresenta como um compromisso coletivo. Tornar o
Acordo realidade exige atitude. Diária e obstinada.
(Adaptado de: TRIGUEIRO, André. http://g1.globo.com/natureza/blog/mundo-sustentavel/2.html)
Desde cedo a garotada precisa entender o gigantesco desafio civilizatório embutido no combate ao aquecimento global. (6º parágrafo)
O termo sublinhado pode ser substituído, com grafia correta e com o sentido preservado em linhas gerais, por
a) encorporado
b) incrustrado
c) embuído
d) instituido
e) inserto
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Milton ainda não abriu sua loja, mas o concorrente já abriu a dele; e já está anunciando, já está vendendo, já está liquidando a preços abaixo do custo. Milton ainda está
na cama, ao lado da amante, desta mulher ilegítima , que nem bonita é, nem simpática; o concorrente já está de pé, alerta, atrás do balcão. A esposa – fiel companheira
de tantos anos – está ao seu lado, alerta também. Mílton ainda não fez o desjejum (desjejum? Um cigarro, um copo de vinho, isto é desjejum?) – o concorrente já tomou
suco de laranja, já comeu ovo, torrada, queijo, já sorveu uma grande xícara de café com leite. Já está nutrido.
Milton ainda está nu, o concorrente já se apresenta elegantemente vestido. Milton mal abriu os olhos, o concorrente já abriu os jornais da manhã, já está a par das
cotações da bolsa e das tendências do mercado. Milton ainda não disse uma palavra, o concorrente já falou com clientes, com figurões da política, com o fiscal amigo,
com os fornecedores. Milton ainda está no subúrbio; o concorrente, vencendo todos os problemas de trânsito, já chegou ao centro da cidade, já está solidamente
instalado no seu prédio próprio. Milton ainda não sabe se o dia é chuvoso, ou de sol, o concorrente já está seguramente informado de que vão subir os preços dos artigos
de couro. Milton ainda não viu os filhos (sem falar da esposa, de quem está separado); o concorrente já criou as filhas, já as formou em Direito e Química, já as casou, já
tem netos.
O concorrente já está sentido uma dor no peito, já está caindo sobre o balcão, já está estertorando, os olhos arregalados – já está morrendo, enfim.
Moacyr Scliar
De acordo com a ortografia oficial, assinale a alternativa em que a frase está corretamente grafada.
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Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de economizar água, porque não
adianta optar por isso em troco da saúde. O ideal é economizar usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para cozinhar (levar à panela à mesa
em vez de usar um refratário) e usar água de reuso no vaso sanitário.
O verbo “ economizar”, derivado de “economia”, é grafado com a letra Z. Assinale a opção que indica o verbo que também deve ser grafado com Z.
a) fri___ar.
b) parali___ar.
c) pesqui___ar.
d) bati___ar.
e) repri___ar.
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a) verruga / berruga;
b) abóbada / abóboda;
c) garagem / garage;
d) selvícola / silvícola;
e) delapidar / dilapidar.
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Gerações conectadas
Os pais geralmente são culpados, direta ou indiretamente, quando os filhos, sejam crianças ou adolescentes, tornam-se viciados em eletrônicos. Vários especialistas
sugerem aos pais maneiras de evitar ou corrigir o problema antes que ocorram danos irreparáveis, depois de terem constatado que o excesso digital pode prejudicar o
crescimento social, emocional e intelectual dos jovens.
— Quase tudo pode ser revertido e, quanto mais cedo, melhor — afirma Catherine Steiner - Adair, psicóloga afiliada à Universidade de Harvard. A terapeuta familiar,
Susan Stiffelman, escreveu: "Os pais de hoje não estão preparados para lidar com o .............. intenso e a natureza altamente viciante do mundo online. Assim, temos de
aproveitar a oportunidade para lhes ensinar hábitos que os ajudem a usar o mundo digital, e não ser engolido por ele".
Catherine Steiner-Adair, autora de “A Desconexão Vital: Como Proteger a Infância e as Relações Familiares na Era Digital”, cita dois comportamentos comuns aos pais
que podem influenciar, e muito, na tendência do filho a abusar da tecnologia: o fato de eles próprios estarem perpetuamente atentos, respondendo a cada toque do
celular ou tablet
, recebendo e enviando mensagens em situações que beiram a grosseria e falta de modos e a incapacidade de estabelecerem e policiarem regras de uso
adequado para os filhos.
As crianças pequenas aprendem por meio de exemplos, geralmente copiando o comportamento dos adultos. Para Catherine, os pais deveriam pensar duas vezes antes de
usarem o telefone quando estiverem com os filhos — e sugere que chequem suas mensagens antes de as crianças levantarem ou quando estiverem na escola.
Uma garota, entre as mil que ela entrevistou enquanto preparava seu livro, disse:
"Eu tenho a impressão de ser um estorvo, de não ser interessante porque meu pai faz questão de ler todas as mensagens e atender todos os telefonemas, o tempo todo,
até no teleférico". Outra, de quatro anos, chamou o smartphone do pai de "telefone idiota".
Jenny S. Radesky, pediatra do Centro Médico de Boston que, com dois colegas analisou 55 grupos de pais e filhos em restaurantes de fast-food, notou que, em 40 deles,
os adultos sacaram o celular assim que se sentaram. Na verdade, geralmente prestavam mais atenção nele do que nas crianças.
A pesquisa também descobriu que, enquanto os pais estão absorvidos com os próprios aparelhos, a probabilidade de as crianças não se comportarem é maior,
aparentemente na tentativa de chamar a atenção. Jenny comenta: "É especialmente preocupante a falta de atenção dos pais nos filhos em momentos extremamente
importantes do dia, como no caminho da escola, por exemplo. A hora da saída do colégio é um momento ............., é quando os pequenos ____ a chance de fazer um
balanço do dia".
E nem os pais, nem os filhos deveriam ficar ligados no telefone quando a família sai para comer fora: "A arte de fazer a conexão entre um prato saboroso e uma conversa
leve e interessante está se perdendo, não só nos restaurantes, mas em casa também".
Para Susan Stiffelman, autora de “Ser Pai Presente”, as tentativas de mudança do comportamento digital podem encontrar resistência: "Reconheça que seu filho está
chateado sem fazer sermão nem justificar o ______ de não poder ter/fazer o que quer. Para se transformar num adulto equilibrado, a criança _____ de enfrentar
decepções. É perfeitamente normal ela ficar furiosa, entediada ou ............. por não poder trocar ideias com os amigos online o tempo todo".
Susan recomenda: "Os pais devem bolar atividades para fazer com que os filhos saibam que são dignos de atenção e dedicação. Fazer coisas juntos reforça os laços
familiares".
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 05, 24 e 29.
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Questão 48: NC-UFPR - Cont (CM Pinhais)/CM Pinhais/2015
Assunto: Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Nisto entrou na vila uma força mandada pelo vice-rei, e restabeleceu a ordem. O alienista exigiu desde logo a entrega do barbeiro Porfírio, e bem assim a de uns
cinquenta e tantos indivíduos, que declarou mentecaptos; e não só lhe deram esses, como afiançaram entregar-lhe mais dezenove sequazes do barbeiro, que
convalesciam das feridas apanhadas na primeira rebelião.
(ASSIS, Machado de. O Alienista In: _______. Obra completa. Vol. II. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1997. p. 278.
O trecho acima foi retirado da obra O Alienista, de Machado de Assis. A edição usada para a transcrição é de 1997. Com base nas novas regras de ortografia válidas no
Brasil, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) O hífen em “vice-rei” deverá ser suprimido em uma nova versão deste texto de Machado de Assis.
( ) O trema em “cinquenta” deverá ser suprimido em uma nova versão do texto de Machado de Assis.
a) V – V – F.
b) F – F – V.
c) V – F – F.
d) F – V – V.
e) F – V – F.
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O site Business Insider, com sede em Nova York, enviou um repórter ao País para conferir as notícias de que os artigos da Apple aqui são os mais caros do mundo. A
conclusão do repórter foi a de que os preços aqui são ‘inacreditáveis’.
“O iPhone 5S de 64 gigabytes brasileiro custa R$3.599,00, ou cerca de US$1.637, o que torna o iPhone vendido no Brasil o mais caro do mundo”, constata o site. O
mesmo produto custa US$849 nos EUA. “Ainda é caro, mas é a metade do preço no Brasil”, acrescenta.
O levantamento com os produtos Apple é apenas mais um numa lista em que já entraram outras estatísticas semelhantes que comprovam que os preços no Brasil são
mais altos em vários itens. O mais recente estudo foi o ‘índice Zara’, feito pelo Banco BTG Pactual com os preços da grife espanhola Zara.
O Brasil também costuma frequentar posições no topo do ranking do ‘índice Big Mac’, que compara os preços dos hambúrgueres do McDonald’s em dólares nos países
onde a rede está presente. E os preços dos videogames Play Stations também causaram polêmica nos últimos meses.
“Os preços absurdos do Brasil, que se estendem para além de produtos da Apple, podem ser atribuídos a gargalos de transporte, políticas protecionistas, uma história de
alta inflação, um sistema fiscal disfuncional e uma moeda sobrevalorizada”, escreve o repórter Michael Kelley.
Estadão on-line, 14/4/2014. Preços da Apple no Brasil são “inacreditáveis”, diz site dos EUA. Texto com adaptações.
A palavra “estendem”, utilizada no último parágrafo, apresenta um termo cognato em que o fonema /s/ é grafado de maneira distinta: “extensão”. A mesma variação
ortográfica no radical ocorre, de acordo com a Ortografia Oficial, em
a) “consenso” e “concensual”.
b) “aquiescer” e “aquiecência”.
c) “obsceno” e “obcenidade”.
d) “obsessão” e “obcecado”.
e) “fascismo” e “facista”.
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Na verdade, sem que o percebamos, os robôs começam a tomar conta de diferentes aspectos da nossa vida. Até que ponto devemos delegar a máquinas tarefas que
consideramos essencialmente humanas ou mesmo a tomada de decisões que envolvem vidas e valores fundamentais? Qual o risco representado pelos , os aviões drones
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que, comandados à distância, conseguem exterminar o inimigo com elevado grau de precisão? Que tipo de aplicação essa nova realidade tem sobre a sociedade e sobre
a visão que temos de humanidade?
Tais questões representam um dos maiores desafios que deveremos enfrentar neste século. Seria um despropósito deixar de aproveitar as conquistas da robótica para
aperfeiçoar atividades tão necessárias quanto a medicina, o policiamento ou mesmo a limpeza doméstica. Mas também seria ingênuo acreditar que máquinas ou robôs
podem um dia nos substituir em decisões complexas, que envolvem menos um cálculo racional e mais emoções ou crenças. Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais
difíceis, mais desafiadoras — e até ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones
. Perguntas cuja resposta nenhum robô poderá dar.
Ou a medicina cuida do bandido ou o bandido vai acabar matando o médico. Explica-se: a questão penitenciária e também a criminalidade fora dos muros das
instituições, uma a alimentar a outra e ambas a apavorar a sociedade, são acima de tudo questões da área da saúde mental – estabelecendo-se, aqui, que se está
falando do transtorno da personalidade antissocial e não de enfermidades que classicamente já são vistas como tais e não têm a ver com a delinquência. O quadro
__________ da violência nos dias de hoje, portanto, não é um problema a ser resolvido exclusivamente no campo da segurança pública, modelo exaustivamente
praticado e que vem se mostrando ineficaz. Quem acaba de sugerir que psiquiatras, biopsicólogos e neurologistas se voltem para tratar criminosos como única solução
possível, numa das mais polêmicas teses dos últimos tempos, são conceituados neurocientistas de todo o mundo. Enfiaram corajosamente a cabeça num vespeiro, e esse
vespeiro está na premissa que sustentam: não existe o livre-arbítrio.
Existem três novos livros revolucionários. O neurocientista David Eagleman assina “The Secret Lives of the Brain”, o ateísta Sam Harris lançou “Free Will” e o papa da
neurociência, Michael Gazzaniga, escancarou a polêmica com o seu livro “Who’s in Charge”. A essas obras soma-se a declaração de um dos principais professores da
Universidade de Chicago, Jerry Coyne: “Nenhuma escolha é livre e consciente. Não há o livre-arbítrio”. No início das pesquisas, buscavam eles estabelecer a
sincronia temporal entre as funções cerebrais e os atos humanos. Era inevitável, no entanto, que desembarcassem na criminologia, uma vez que a ponderação do livre-
arbítrio pontua praticamente todas as decisões judiciais. Estabeleceu-se então um consenso, agora __________, mas que vinha tomando corpo desde 2008 com as
pesquisas do psicólogo Benjamin Libet: sempre há atividade elétrica cerebral, autônoma, que precede e fixa um ato que imaginamos consciente e …….. supomos, mas
apenas supomos, ser donos. Segundo estudos, são exatamente sete segundos de atividade no hemisfério direito do cérebro o tempo a separar o que o cérebro manda
fazer e os atos que julgamos ter escolhido praticar. Talvez por isso seja frequente ouvir-se nas instituições prisionais: “Quando vi, já matei”. Ou seja: o criminoso não tem
tempo de _______ entre o certo e o errado. O livre-arbítrio, assim, não é um padrão para todos nem “está solto no ar”, mas somente pode se dar de acordo com a
possibilidade da capacidade ……. cada pessoa tem para agir no recorte bioquímico de seu próprio funcionamento neuronal.
Tudo isso não significa que criminosos devam ser simplesmente libertados só porque não seriam donos de livre-arbítrio (ninguém talvez seja, segundo essa tese). A
proposta inovadora é que sejam tratados para não ficarem realimentando a cadeia da violência. “A mera punição deve dar lugar à cultura do tratamento”, diz Eagleman.
É revolucionário demais, mas talvez valha a pena dar uma chance à neurociência, já que outros modelos de coibir a violência estão esgarçados. Vale lembrar que
Sigmund Freud (que era médico) viu-se atingido no ego e no bolso quando dizia, no início de sua carreira, que mulheres que se mantinham estáticas eram enfermas,
embora a medicina da época não detectasse nenhuma disfunção orgânica – ele se referia à histeria, que não deveria ser tratada, mas que apontava como sintoma de
doença da “alma”. Freud perdeu sucessivos empregos porque polemizava com seus colegas tradicionais. Hoje ele dispensa apresentações. Detalhe importante: Freud
morreu pesquisando, com o minguado arsenal tecnológico ……… dispunha, a soberania dos comandos cerebrais que se dão independentemente da nossa vontade. Já ele,
formulador do inconsciente, questionava o livre-arbítrio.
A relação entre democracia e capitalismo foi sempre uma relação tensa, se não mesmo de contradição. O capitalismo só se sente seguro se governado por quem tem
capital ou se identifica com as suas "necessidades", enquanto a democracia é o governo das maiorias que nem têm capital nem razões para se identificar com as
"necessidades" do capitalismo, bem pelo contrário. O conflito é distributivo: a ________ para a acumulação e concentração da riqueza por parte dos capitalistas e a
________ da redistribuição da riqueza por parte dos trabalhadores e suas famílias. A burguesia teve sempre pavor de que as maiorias pobres tomassem o poder e usou o
poder político que as revoluções do século XIX lhe concederam para impedir que tal ocorresse. Concebeu a democracia liberal de modo a garantir isso mesmo, através de
medidas que mudaram no tempo, mas mantiveram o objetivo: restrições ao sufrágio, primazia absoluta do direito de propriedade individual, sistema político e eleitoral
com múltiplas válvulas de segurança, repressão violenta de atividade política fora das instituições, corrupção dos políticos, legalização dos lóbis.
No imediato pós-guerra, muito poucos países tinham democracia, vastas regiões do mundo estavam sujeitas ao colonialismo europeu que servira para consolidar o
capitalismo euro-norte-americano, a Europa encontrava-se devastada por mais uma guerra provocada pela supremacia alemã, e, no Leste, consolidava-se o regime
comunista que se via como alternativa ao capitalismo e à democracia liberal. Foi neste contexto que surgiu o chamado capitalismo democrático, um sistema assente na
ideia de que, para ser compatível com a democracia, o capitalismo deveria ser fortemente regulado, o que implicava a nacionalização de setores importantes da
economia, a tributação progressiva, a imposição da negociação coletiva e até, como aconteceu na então Alemanha Ocidental, a participação dos trabalhadores na gestão
das empresas. No plano científico, Keynes representava, então, a tradição econômica, e Hayek, a _________ . No plano político, os direitos econômicos e sociais foram o
instrumento privilegiado para estabilizar as expectativas dos cidadãos e defendê-las das flutuações constantes e imprevisíveis dos "sinais dos mercados". Esta mudança
alterava os termos do conflito distributivo, mas não o eliminava. ........, tinha todas as condições para acirrá-lo logo que abrandasse o crescimento econômico, o que se
registrou nas três décadas seguintes. E assim sucedeu.
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Desde 1970, os Estados centrais têm vindo a gerir o conflito entre as exigências dos cidadãos e as exigências do capital, recorrendo a um conjunto de soluções que
gradualmente foram dando mais poder ao capital. Primeiro, foi a inflação, depois, a luta contra a inflação acompanhada do aumento do desemprego e do ataque ao
poder dos sindicatos, a seguir, o endividamento do Estado em resultado da luta do capital contra a tributação, da estagnação econômica e do aumento das despesas
sociais decorrentes do aumento do desemprego e, finalmente, o endividamento das famílias, seduzidas pelas facilidades de crédito concedidas por um setor financeiro
livre de regulações estatais, para iludir o colapso das expectativas a respeito do consumo, educação e habitação.
Até que a engenharia das soluções fictícias chegou ao fim, com a crise de 2008, e se tornou claro quem tinha ganho o conflito distributivo: o capital. Prova disso: o
disparar das desigualdades sociais e o assalto final às expectativas de vida digna da maioria (os cidadãos) para garantir as expectativas de rentabilidade da minoria (o
capital financeiro). A democracia perdeu a batalha, mas só não perderá a guerra se as maiorias perderem o medo e forçarem o capital a voltar a ter medo, como sucedeu
há 60 anos.
Adaptado de: SANTOS, B. S. Democracia ou capitalismo?. Disponível em: < http://visao.sapo.pt/boaventura-sousa-santos=s23499#ixzz3BLyLZ6xe>. Acesso em: 28 de junho de 2014.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas tracejadas das linhas 4 e 16, nesta ordem.
Nesse contexto, a formação profissional de base interdisciplinar surge como demanda de expressiva necessidade econômica e política. Desde os anos noventa, a
demanda por profissionais com capacidade de integrar conhecimentos dispersos pela hiperespecialização desenvolveu-se em torno da busca da interdisciplinaridade, em
diferentes campos do conhecimento.
Essa demanda se justifica pelas transformações ocorridas no mundo do trabalho e, especificamente, pela insuficiência epistemológica que as ciências modernas
expressam diante da complexidade do mundo físico, social, político e cultural do homem. Assim, a Sociologia como ciência que estuda objetos do mundo social em suas
dinâmicas, permanências e mutabilidades, voltar-se-á para a análise das relações entre mundo do trabalho, formação e práticas profissionais específicas. Tanto a
Sociologia do Trabalho quanto a Sociologia das Profissões surgem nesse cenário como importantes campos teóricos para a compreensão aprofundada do tema.
Acredito que os estudos sobre o trabalho devem abranger uma variedade de objetos de pesquisa, dando, por isso mesmo, uma amplidão sistemática no que se refere aos
complexos modos de relação entre trabalho, formação para o trabalho, profissões e formação profissional.
Questão 55: Instituto AOCP - Tec NS (EMPAER MT)/EMPAER MT/Técnico em Administração Sistêmica/Bacharel em Comunicação
Social/2014
Assunto: Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Assinale a alternativa correta quanto à grafia das palavras.
a) Admição.
b) Progressão.
c) Demição.
d) Argumentassão.
e) Denominassão.
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a) Seção.
b) Excessão.
c) Analisar.
d) Herói.
e) Acessível.
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17/06/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
A questão a seguir se refere ao texto abaixo.
O jornal Washington Post fez uma experiência no metrô da cidade. Um dos melhores violinistas do planeta, Joshua Bell, estava em turnê na capital, e a experiência era a
seguinte: ele tocaria incógnito seu violino numa estação de metrô. Um boné no chão recolheria as moedas.
As poucas pessoas que deram algum troco sequer pararam para ouvir. Quando Joshua guardou seu violino (que valia três milhões e meio de dólares) não houve
aplausos.
Eis minha experiência no metrô de Londres, anos atrás. Estava de férias e já subia a escada para atingir a rua quando me dei conta do tema que vinha de um sax (na
época, Kenny G povoou de saxofones as estações de metrô mundo afora). A canção(a) que chegara a mim não era Kenny G. Era algo suave, que reverberava na
memória. Memória antiga e afetiva. O que tocava era Manhã de carnaval , de Antônio Maria, meu conterrâneo. Um autor recifense enchia os ares do metrô de Londres.
Desci as escadas correndo. O saxofonista era alto e ruivo, dificilmente seria brasileiro.= Fiquei ainda mais comovido.
Ouvi a música até o fim. Depois, agradecendo a honra, coloquei dez libras em seu chapéu(b). Ele não acreditou, e achou que eu havia me confundido ao dar uma nota de
valor tão graúdo. Gesticulei que não, e segui adiante orgulhoso do talento de minha aldeia.
A ilusão durou décadas, e manteve-se intacta até anteontem. Eu passava entre os computadores do escritório quando ouvi o que vinha do monitor de um colega: a
introdução de Manhã de carnaval(c). Voltei sorrindo e já ia contar o antigo episódio do metrô quando entrou a voz(d). Sim, era a voz: Frank Sinatra, cantando em
(e)
inglês . Então era isso. O ruivo magrela não conhecia Antônio Maria coisa nenhuma, e tampouco sabia da existência de Recife ou mesmo do Brasil. Conhecia era a
versão americana. Ele tocou Frank Sinatra e eu paguei por Antônio Maria. Na mesma hora tive pena das minhas dez libras.
Enquanto a experiência do Washington Post rendeu um prêmio Pulitzer em 2008, a minha rendeu uma bestagem. O título americano da canção, aliás, é uma carapuça.
Chama-se A day in the life of a fool
(Um dia na vida de um tolo).
Assinale a alternativa que contenha um substantivo que, para ser passado para o plural, exige somente o acréscimo da letra s ao final da palavra.
a) canção
b) chapéu
c) carnaval
d) voz
e) inglês
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a) Feiúra.
b) Pôr (verbo).
c) Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo).
d) Polo.
e) Enjoo.
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O mais recente censo (1) agropecuário, de 2006, mostrou o impacto da assistência técnica e da extensão rural na renda alferida (2) pelos produtores. "Enquanto os
grandes e médios produtores que não recebem assistência técnica obtêm (3) um valor básico de produção de R$ 232 por hectare, os que contam com esse serviço
conseguem R$ 996 na mesma área", conforme a mensagem enviada pelo (4) governo ao Congresso para justificar a criação da Anater.
Como mostram esses números, a assistência técnica e a extensão rural podem (5) mais do que quadruplicar a renda nas médias e grandes propriedades. Nas
propriedades familiares, o impacto é semelhante: o valor da produção passa de R$ 639 para R$ 2.309 por hectare.
Segunda maior etnia (1) indígena da região central do Brasil, com mais de 27 mil indivíduos, os terenas reinvindicam (2) há anos a posse de várias propriedades rurais
exploradas por criadores de gado, a maioria com titulação em cartório e sujeita a (3) cobrança de impostos. A disputa se (4) arrasta, tendo a Justiça alternado decisões
contraditórias, ora concedendo a posse aos fazendeiros, ora atendendo recursos da parte dos índios. O fato é que, à (5) falta de referências sólidas que permitam decisão
cabal, surge um vácuo que tem sido, infelizmente, típico da questão indígena no país.
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c) 3
d) 4
e) 5
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Os cientistas familiarizados com a obra do historiador inglês marxista Eric Hobsbawm, falecido no ano passado, bem que poderiam tomar emprestado o título de seu livro
dedicado às transformações político-econômicas do século XX e empregá-lo para descrever o cenário climático previsto para o Brasil das próximas décadas. Se o assunto
são as mudanças climáticas, a era dos extremos (nome do livro de Hobsbawm) apenas se iniciou e, segundo os pesquisadores, veio para ficar por um bom tempo. Em
razão do aumento progressivo da concentração de gases de efeito estufa e de alterações na ocupação do uso do solo, o clima no Brasil do final do século XXI será
provavelmente bem diferente do atual, a exemplo do que deverá ocorrer em outras partes do planeta.
As projeções constantes do primeiro relatório de avaliação do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), apresentado no início de setembro, indicam que a
temperatura média em todas as grandes regiões do país, sem exceção, será de 3º a 6ºC mais elevada em 2100 do que no final do século XX, a depender do padrão
futuro de emissões de gases de efeito estufa. As chuvas devem apresentar um quadro mais complexo. Em biomas como a Amazônia e a caatinga, a quantidade estimada
de chuvas poderá ser 40% menor. Há indícios de que poderá chover significativamente mais nas porções de mata atlântica do Sul e do Sudeste e menos na do Nordeste,
no cerrado, na caatinga e no pantanal. Os efeitos da citada diminuição se farão sentir na vazão total das grandes bacias hidrográficas. A do rio São Francisco e a do rio
Parnaíba, por exemplo, poderão ter seu caudal reduzido significativamente.
José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais − INPE, que trabalha com projeções futuras a partir de modelos regionais do clima, diz: “A sensação é de que
as estações estão meio ‘loucas’, com manifestações mais frequentes de extremos climáticos”. A expressão significa que os brasileiros vão conviver mais tanto com
períodos de seca prolongada, como com períodos de chuva forte, às vezes um após o outro.
Um dos setores mais vulneráveis a essas transformações, se de fato ocorrerem, é a agropecuária. Culturas como soja, café e feijão veriam sua produtividade regredir. No
pior cenário, poderia haver perdas de até R$ 7 bilhões ao ano.
Tais predições não são infalíveis, mas, à medida que o conhecimento avança, as incertezas se reduzem − e não há sinais de que o consenso científico se afaste da
convicção de que o aquecimento em curso é provocado pelo homem.
Por outro lado, encontra-se quase estagnada a negociação internacional para redução das emissões de gases de efeito estufa. O Brasil diminuiu bastante as suas, com a
queda drástica do desmatamento, mas o efeito disso sobre o clima mundial é ínfimo.
Parece ocioso, nesse contexto, perpetuar a discussão sobre o quinhão de responsabilidade humana na mudança do clima. Se ela é real, cabe dar prioridade para a
adaptação da economia aos efeitos sobre os quais houver grau razoável de segurança.
(Adaptado de: PIVETTA, Marcos. Pesquisa FAPESP, Agosto de 2013; e de "Choque térmico". Editorial da Folha de S. Paulo, 13/09/2013, p. 2 A)
A palavra do texto que vem associada a duas outras igualmente grafadas em conformidade com a modalidade escrita formal é:
“Obrigado e desculpa não poder atendê-lo. Como havia dito estas unidades são tercelizadas. Assim não estou com as chaves, senão... Qualquer dúvida não exite em
entrar em contato ou enviar um email.”
Chamam a atenção no trecho dois problemas redacionais graves, explicados nas duas afirmações seguintes:
I – A forma “tercelizadas” mostra que o redator, além de desfazer o ditongo da palavra primitiva, não reconheceu a diferença entre a pronúncia de R e L.
II – A forma “exite” em lugar de “hesite” revela que o redator, embora saiba a realidade fonética da palavra, não revelou domínio sobre sua reprodução gráfica.
a) ambas estão corretas nas considerações fonéticas, mas falham nas críticas ortográficas.
b) apenas a primeira está correta, pois a segunda aponta um desvio que não foi praticado.
c) apenas a segunda está correta, pois a primeira aponta um desvio que não foi praticado.
d) ambas estão corretas tanto nas considerações fonéticas como nas críticas ortográficas.
e) ambas estão incorretas, pois os desvios praticados não são de ordem fono-ortográfica.
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“Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações.
(…)
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade uniformidade. Fundamentalmente esses
A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
atributos decorrem da Constituição que dispõe, no artigo 37: “
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (…)”. Sendo a publicidade e a
impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.
(…)
Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido
dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A
publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.
(…)
Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou fazer das características específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se
proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês.
Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de
construção de frases.
A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com impessoalidade e máxima clareza –
impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc.
Manual de redação da Presidência da República . Gilmar Ferreira Mendes e Nestor José Forster Júnior. – ed. rev. e atual. – Brasília : Presidência da República, 2002.
a) 3 e 4.
b) 4 e 5.
c) 1, 2 e 4.
d) 1, 4 e 5.
e) 2, 4 e 5.
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Questão 66: FUNCAB - Temp NS (ANS)/ANS/Atividade Técnica de Complexidade Intelectual/Administração, Ciências Contábeis/2013
Assunto: Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.
Temos, sem dúvida, sérios problemas de discriminação e exclusão na sociedade brasileira, que se refletem também nas universidades. Mas frequentemente parece que
eles são abordados de forma desfocada.
A composição racial da sociedade brasileira tem forte presença de negros, pardos e minorias. Diz-se que esse perfil não se repete na universidade. Mas porque razão a
composição geral da sociedade deve se repetir em seus contextos e recortes específicos? Ela se repete em times de futebol ou na seleção brasileira?
Se acreditarmos que o perfil étnico ou econômico do conjunto da população seja, ou deva ser, uma “invariante social”, repetindo-se em qualquer recorte ou subgrupo, a
consequência óbvia disso é a generalização da prática de cotas.
Além de cotas no vestibular, em breve teremos propostas de cotas de formatura, para compensar injustiças e discriminações ocorridas ao longo do curso. Em seguida,
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cotas para times de futebol, cotas para funcionários das empresas, cotas para sócios de clubes, cotas para academias de ginástica, cotas para fieis de cada religião e
culto e por aí vai.
A grande injustiça é ver a quantidade de pessoas, especialmente os jovens inteligentes e esforçados, sendo impedidas de se desenvolver. Não é dada a elas a
oportunidade de aprender a crescer, por causa de uma educação pública básica e média medíocres. Esse é o problema real.
O contrário do racismo e da discriminação social não é uma “discriminação positiva”, mas sim a ausência dessas classificações. Qualquer solução que envolva critérios de
raça ou pobreza não contribui para eliminar a discriminação. Pelo contrário, reafirma, reforça e pereniza esses conceitos básicos dos mecanismos de exclusão.
Nesse cenário de sequestro de oportunidades, há um grupo de jovens mais velhos que já foi prejudicado pelas péssimas escolas públicas. E há outro grupo, bem maior,
das crianças que ainda enfrentarão o problema. Para as pessoas já prejudicadas, as cotas são um mecanismo compensatório, que pode reduzir, mas não eliminar, o
prejuízo.
Se houver uma proposta cujo cerne seja a melhoria efetiva do atual ensino público de primeiro e segundo grau, com parâmetros objetivos e seguindo modelos que
comprovadamente já deram excelentes resultados em várias partes do mundo, e que parte dessa proposta seja um sistema de cotas, emergencial e provisório (com
prazo limitado), visando apenas aquela população que já foi prejudicada, essa proposta merece não apenas a nossa aprovação, mas também o nosso aplauso.
Já uma proposta que contemple apenas a questão das cotas de forma isolada ou é ingênua ou é demagógica.Anestesia as consciências, acomoda as queixas, reduz as
pressões – é a solução mais fácil e barata para os governantes. Mas mantém a condenação de milhões de crianças a precisar de cotas no futuro, sempre em ciclos sem
fim, sequestrando suas oportunidades e seus sonhos.
[…]
a) Inobstante às peculiaridades da carreira militar, aos militares – servidores públicos lato sensu– aplicam-se, outrossim, mesma sistemática de recolhimento de
contribuições previdenciárias pelos inativos e pensionistas esculpida pela Emenda Constitucional nº. 41/2003.
b) A Carta Magna vedou a concessão de habeas corpus em relação a punições disciplinares militares, nos termos do art. 142, parágrafo 2º, procurando, dessa
forma, resguardar os poderes hierárquico e disciplinar nas corporações militares.
c) Segundo o autor, o discurso do Estado de Direito liberal patrimonial desconsidera a própria existência de outras tradições de Estado de Direito: por exemplo, a
pré-colonial, aquelas moldadas pela revolta contra o Velho Império, ou as contribuições não miméticas do Poder Judiciário pretencioso de algumas “sociedades em
desenvolvimento”.
d) Se à Justiça Comum fosse concedida a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida do civil, que razão justificaria a preservação da
competência da Justiça Militar para o julgamento de outros crimes militares graves igualmente praticados contra civis, como, por exemplo, o latrocínio? Tais reflexões
permitem perceber que a pretendida repartição da competência viola a harmonia do sistema normativo e coloca em cheque a sua racionalidade.
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Quem não adora fazer uma comprinha para quebrar a rotina e se sentir mais feliz? Consumir é um ato de prazer. Porém muitos pagam um alto preço pelo consumo por
impulso. Não raro, guarda-roupas estocam roupas e sapatos sem uso, estantes acumulam livros não lidos e filmes não assistidos e alimentos com data de validade
vencida. Férias, eletrônicos, automóveis e outros itens de padrão superior ao que cabe no bolso das famílias as fazem acumular dívidas. São exemplos de dinheiro
desperdiçado que diminuem o poder de compra.
É possível driblar essa impulsividade se você estiver consciente sobre os dois principais motivos que nos levam a perder o controle: o represamento de vontade e a falta
de objetivos claros.
O represamento de vontade ocorre quando alguém não prioriza, em seu orçamento, dinheiro para itens importantes em sua qualidade de vida e realização
pessoal, como estar na moda ou sair com amigos. Sem estabelecer prioridade, destina-se uma verba maior para itens menos recompensadores, como a moradia, o
carro e a escola das crianças. Adota-se um estilo de vida que limita a aquisição do que traria prazer.
A vontade vai ficando represada, incentivando nosso cérebro a defender-se da escassez. Depois de certo tempo, qualquer oportunidade de consumo se torna uma
escolha impulsiva. É nosso cérebro pedindo para tirar o atraso e também para adiantar o consumo, como forma de se prevenir contra a falta. A solução? Ir mais vezes
às compras, destinar recursos ao consumo regular do que é importante e diminuir a verba para outros itens.
Ter objetivos é outra forma de conter a impulsividade. Por não tirar um tempo para organizar suas vidas e fazer planos, muitos se frustram e não entendem
exatamente por quê. Para quem não consegue obter realização cotidiana por outros meios, o prazer das compras é uma válvula de escape.
Quanto menos felizes com a vida, mais carentes e propensos a ceder aos estímulos de marketing ficaremos. Quando uma mulher sai de uma loja com cinco
pares de sapatos, pode ser que a necessidade não sejam os sapatos, mas o prazer de se ver bela, bem atendida e cuidando de si. Não precisava de sapatos, mas sim da
compra. Se tivesse algum grande motivo para dizer não a um instante de prazer, provavelmente agiria menos por impulso. Quem está poupando para as férias dos
sonhos terá o mesmo apetite diante de uma vitrine? Provavelmente, não.
Antes de culpar seu parceiro ou seus filhos pela propensão a comprar supérfluos, que tal conversarem sobre sonhos? Façam planos, corram atrás deles. Curtam mais a
vida, para que o prazer das compras fique pequeno diante do resto.
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17/06/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Estão grafadas corretamente as palavras destacadas das frases em
Hoje, no Brasil, a ideia dominante de saúde que circula no sistema social como um todo associa a saúde a bens/serviços de consumo, entendidos como expressões
concretas da tecnologia médico-sanitária. Segundo essa idéia, tais bens/serviços de consumo “contêm saúde”, como um valor enraizado no conhecimento científico. Esses
bens e serviços, assim caracterizados, se consumidos, produziriam nos indivíduos estados de bem-estar, através da transferência da saúde que está nos produtos para o
corpo das pessoas.
Assim, a saúde se “descoletiviza” ou se “individualiza” pelo consumo de um conjunto de bens ditos de “saúde”. (...) A evolução tecnológica e o consumismo em saúde
geram, por sua vez, a idéia correspondente de que não é preciso que uma sociedade seja saudável para que cada um de nós o seja.
Quando se fala em saúde como bem de consumo coletivo e se agrega a isso a perspectiva política de democratização da saúde, está se pensando na generalização do
acesso aos bens e serviços ditos de “saúde”, de forma que se possa argumentar – erradamente – que a saúde se coletiviza para o conjunto da sociedade à medida que
todos podem ter acesso individual à “sua saúde”. (...) O que se chama erroneamente de saúde coletiva, envolvendo o acesso generalizado ao consumo dos chamados
bens e serviços de saúde, deve ser chamado pelo seu verdadeiro nome: assistência médica. Como então suprimir a doença?
Se a saúde vira responsabilidade individual do consumidor de “saúde” e a chamada “saúde como dever do Estado” acaba se confundindo com a democratização do
acesso individual aos bens e serviços médicos, onde e com quem fica a responsabilidade pela verdadeira saúde coletiva, entendida como propiciar condições sociais,
culturais, e econômicas para gerar modos de vida não-doentes? Há várias respostas possíveis para esta questão:
1) “Fica em lugar nenhum e com ninguém.” Os que defendem essa posição (...) poderiam esgrimir os seguintes argumentos: a) o homem é o que é; b) as doenças
sempre existiram e sempre existirão, são fatalidades como a fome e o frio; c) não há como criar sistemas sociais e culturais não geradores de doença; d) o único jeito é
se proteger das doenças pelo consumo de “objetos saudáveis” (remédios, iogurtes, cirurgias, alimentos “diet”, planos de saúde etc.).
2) “Fica no céu da utopia com os poetas, revolucionários e sanitaristas sonhadores, que querem mudar o mundo.”
3) “Fica na terra, com uma entidade abstrata (...). No caso da Saúde, é o Ministério da Saúde (a voz anônima que adverte, nos maços de cigarro, que fumar é prejudicial
à saúde) ou a Secretaria da Saúde.”
4) “Fica na terra, em cada um de nós, na medida em que admitamos: a) que as doenças não são uma fatalidade: a maioria das que atingem o grosso da população
podem ser eliminadas se nós estivermos coletivamente dispostos para tanto; b) que, ao só defendermos a saúde de cada um com remédios, iogurtes, camisinhas,
estamos salvando nossa pele como indivíduos, mas ‘cevando’ a doença; c) que o Estado não fará o trabalho por nós porque ele não é uma entidade abstrata, fora de nós,
mas a expressão concreta da nossa consciência ou falta de consciência; d) que, mesmo se todos nós pudermos consumir ‘objetos saudáveis’, a doença continuará a
existir e a nos ameaçar como espécie animal;e) que, enfim, a eliminação das doenças não é um problema tecnológico, mas de vontade coletiva.”
LEFÈVRE, F. Você decide. In: Superinteressante. Edição 62. Nov. 1992. Disponível em: <http://super.abril.com.br/saude/desconsumizar saude-voce-decide-440511.shtml>. Acesso em 17 set. 2013.
Considerando-se que o texto 1 foi escrito em 1992, assinale a alternativa que adapta corretamente a grafia da palavra ao Decreto Nº. 6.583, de 29 de setembro de 2008
(Novo Acordo Ortográfico).
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17/06/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
a) ceu.
b) ideia.
c) ninguem.
d) bem estar.
e) médico sanitária.
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a) A obra faraônica será uma excressência naquela paisagem bucólica, mas ninguém teve hêsito em convencer os responsáveis da necessidade de revisão do projeto.
b) À mínima contrariedade, exarcebava-se de tal maneira que seus excessos verbais eram já conhecidos de todos.
c) A expontaneidade com que se referiu ao local como "impesteado" fez que todo o auditório explodisse em risos.
d) Quanto à infraestrutura, será necessário reconstrui-la em prazo curto, mas sem que haja qualquer tipo de displiscência.
e) O docente não viu como retaliação a rasura no cartaz que afixara, mas sua intenção era advertir quanto ao desleixo com a coisa pública.
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Em alguns países mais afetados pela crise global, como os Estados Unidos, a indústria buscou aumentar sua competitividade por meio da forçada redução dos custos de
produção, o que (1) implicou demissões em massa. Mesmo com menos trabalhadores, a indústria manteve ou ampliou a produção, alcançando ganhos notáveis de
produtividade. Mesmo que aceitasse (2) arcar com um custo social tão alto, difi cilmente o Brasil alcançaria (3) resultados econômicos tão rápidos. O aumento da
produtividade do trabalhador brasileiro é limitado, entre outros fatores, pela defazagem (4) nos investimentos em educação. Com escassez (5) de trabalhadores qualifi
cados, exigidos cada vez mais pelo mercado de trabalho, os salários de determinadas funções tendem a subir bem mais do que a produtividade média do setor, o que
afeta o preço dos bens finais.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
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Poucos dias depois de estender (1) a cobrança de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras − IOF para os empréstimos externos de cinco anos (antes eram taxados
apenas os de três anos), como parte da guerrilha que mantém (2) para conter a valorização do real frente ao (3) dólar, o ministro da Fazenda não apenas reconheceu
que sacrifica sua fé no câmbio flutuante, como admitiu haver efeitos colaterais da medida que terão de ser mitigados (4).
De fato, o aumento do custo desse tipo de empréstimo ajuda o governo a rejeitar o capital oportunista, que aqui vem apenas para tirar vantagem de nossas taxas de
juros elevadas, mas ingeta (5) problema na veia dos exportadores que precisam financiar suas operações no exterior. Ele fez questão de reforçar sua disposição de
continuar atirando com todas as armas contra o excesso de liquidez mundial, provocado pelo tsunami
cambial promovido pelos bancos centrais europeu e norte-
americano.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
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a) Não interessa recaptular a indesejável dissensão, mas sim aliviar as tensões agudizadas pelo desnecessário enxerto de questões polêmicas.
b) Sempre quis ser assessora de moda em lojas, mas eram tantos os empecilhos, que acabou por vencer a ojeriza de coser sob encomenda e, com isso, tornou-se
grande costureira.
c) Endoidescia o marido com seus gastos extravagantes, pois acreditava que o tão desejado charme era questão de plumas e brilhos esplendorosos, de preferência,
vindos do exterior.
d) Quando disse que não exitaria em abandonar o emprego de sopetão e ir relaxar numa praia distante, lhe disseram que seria sandice, mas não conseguiram vencer
o fascínio da aventura.
e) Representava na peça um cafageste que tratava a todos com escárneo, mas sua atuação era sempre tão fascinante que diariamente angariava a simpatia de toda
a platéia.
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Questão 75: FCC - AFF (TCE-SP)/TCE-SP/"Sem Área"/2012
Assunto: Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
A frase que respeita a ortografia é:
a) Antes de cochilar, era-lhe natural fazer um exame de consciência e reiterar a si próprio seu empenho em vencer a itemperança.
b) O desleixo com que passou a manuzear os objetos da coleção fez o respeitado colecionador optar pela despensa do já antigo colaborador.
c) O debate recrudesceu, mas os mais bem-intencionados foram hábeis em dirimir as provocações, às vezes pungentes, das lideranças que se confrontavam.
d) Estava bastante ciente de que era à sua gulodice que podia creditar a desinteria que o abatera às vésperas do exótico casamento.
e) O poder descricionário dos ditadores, responsável por tantas atrocidades em tantas partes do mundo, é analisado na obra com um rigor admirável.
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a) Diante da paralização das atividades dos agentes dos correios, pede-se a compreenção de todos, pois ouve exceções na distribuição dos processos.
b) O revesamento dos funcionarios entre o Natal e o Ano Novo será feito mediante sorteio, para que não ocorra descriminação.
c) Durante o período de recessão, os chefes serão encumbidos de controlar a imissão de faxes e copias xerox.
d) A concessão de férias obedece a critérios legais, o mesmo ocorrendo com os casos de rescisão contratual.
e) É certo que os cuidados com o educando devem dobrar durante a adolecencia, para que o jovem haja sempre de acordo com a lei.
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Dentro e fora de campo, a vida do juiz de futebol Juarez Gomes da Silva é uma eterna bola dividida. De ante mão, ele já carrega a fama de vilão de espetáculo: ao
surgir no gramado ao lado dos bandeirinhas, a recepção vêm sob a forma de vaias, xingamentos e bombardeio de objetos.
No texto apresentado, há
Se treino é responsável por boa parte do sucesso das pessoas que chegaram ao ponto mais alto do pódio (outros fatores virão), é preciso entender o que as levou a se
esforçar tanto. Quem passa 10 mil horas da vida se dedicando a qualquer coisa que seja tem pelo menos uma característica muito re......altada: o autocontrole. O
autocontrole permite que a pessoa não se lembre que seria muito mais legal dormir ou estar no bar do que trabalhando. O teste do marshmallow, feito na Universidade
Stanford na década de 1960, é o melhor exemplo que se tem sobre a ocorrência de autocontrole. Psicólogos ofereciam a crianças um grande marshmallow e davam a
elas a opção de comê-lo imediatamente ou esperar um tempinho enquanto os psicólogos saíssem da sala. Se as crianças esperassem, ganhariam de recompensa um
segundo marshmallow. Apenas um terço das crianças aguentava esperar, o resto comia o doce afoitamente. (Há um vídeo na internet desse teste feito nos dias de hoje.
As imagens das crianças tentando resistir à tentação são de partir o coração.) Depois, os pesquisadores acompanharam o desempenho dessas crianças nas décadas
seguintes. Aquelas que haviam esperado pelo segundo doce tinham tirado notas mais altas no vestibular e tinham mais amigos. Depois de anos estudando esse grupo de
voluntários, concluiu-se que a capacidade de manter o autocontrole previa com muito mais pre.....isão a ocorrência de sucesso e ajustamento - era mais eficiente do que
QI ou condição social, por exemplo. Por isso, tente sempre atra.......ar as gratificações - passe vontade e não faça sempre o que der na telha: o segredo para o sucesso
pode estar aí.
A questão agora é entender por que algumas pessoas abrem mão do prazer imediato em troca do trabalho duro, e por que outras preferem sempre sair mais cedo do
escritório. O processo mental, na verdade, é muito simples: para ter autocontrole, é preciso não ficar pensando na tentação e focar naquilo que é realmente importante
no momento - por exemplo, terminar o serviço. É possível que esses traços tenham uma origem genética, mas é mais provável que a diferença esteja em outro ponto
importante para entender o sucesso: motivação. Quem está motivado para ganhar uma medalha olímpica ou fazer um bom trabalho também abre mão da soneca da
tarde com mais facilidade.
Motivação e ambição são um negócio meio misterioso, na verdade. Não funciona para todos da mesma maneira. "A maioria das pessoas sonha com um emprego estável,
um salário aceitável, um chefe legal. Nem todo mundo tem ambição e quer crescer o tempo todo", diz Marcelo Ribeiro, professor do departamento de psicologia social e
do trabalho da USP. Evolucionariamente, isso também faz todo o sentido. Durante séculos de seleção natural, alguns poucos ambiciosos foram escolhidos para conquistar
os melhores pares, os maiores pedaços de comida e os cargos de liderança. Infelizmente, toda essa fartura não pode ir para todos - e a maioria teve de aprender a se
satisfazer com o pouco que sobrou.
Dinheiro também não é a solução para todos os problemas. Nem sempre ele funciona como um bom motivador. (Não deixe seu chefe ler isso, se você estiver querendo
um aumento.) Num estudo da Universidade Clark, nos EUA, que testava a capacidade de voluntários de resolver problemas de lógica, o dinheiro só atrapalhou. Aqueles
que eram recompen.....ados financeiramente para chegar à solução levavam muito mais tempo para resolver o problema. Os outros, sem a pressão do dinheiro, se deram
melhor. Em muitos casos, acreditar que você está fazendo algo relevante é mais eficiente para motivação do que um salário mais rechonchudo. Não é à toa, então, que
empresas que esperam resultados inovadores têm horários e cobranças flexíveis - para esses funcionários, fazer a diferença e a ilusão de independência valem mais do
que ganhar bem. "O desejo de atribuir significado ao nosso trabalho é uma parte inata e inflexível da nossa composição. É pelo fato de sermos animais concentrados no
significado que podemos pensar em nos render a uma carreira ajudando a levar água potável à Malaui rural", escreve o filósofo pop francês Alain de Botton, em seu livro
Os Prazeres e Desprazeres do Trabalho.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas pontilhadas (em vermelho), levando em conta a correta ortografia dos vocábulos em língua portuguesa.
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a) ss – s – s – s
b) ss – c – s – s
c) ss – c – z – ss
d) ç–c–z–s
e) c – s – z – ss
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É cada vez maior a percepção, por parte das organizações, de que oferecer o plano de saúde não é o suficiente para garantir profissionais saudáveis e ativos no trabalho.
“Um funcionário, por exemplo, falta para ir ao médico. Para realizar os exames solicitados, ele falta de novo. E para levar os resultados ao consultório, se ausenta mais
uma vez. Se ele não tomar os remédios receitados, porque não tem dinheiro para comprá-los, poderá ser internado por conta da doença. Ou seja, não adiantou nada a
empresa conceder a esse colaborador o plano de saúde”, diz o diretor executivo da Vidalink, Luís González.
A opinião do executivo justifica o interesse do mundo corporativo no benefício farmácia ou nos programas de PBM (do inglês PharmacyBenefit Management
). Uma
pesquisa feita pela Vidalink em 2010, com 120 empresas que, juntas, têm um faturamento equivalente a 8% do PIB brasileiro, concluiu que 68% delas ofereciam
desconto em folha para a compra de medicamentos, enquanto 29% ofereciam subsídio – 19% das que ofereciam essa modalidade subsidiavam mais de 70% do custo
dos remédios, enquanto o nível médio de subsídio era de 53% sobre o valor do medicamento.
Na prática, nem sempre a empresa tem recursos financeiros para um programa de benefício que subsidie a aquisição dos remédios ou que englobe todos os seus
colaboradores. Ela, contudo, pode buscar alternativas compatíveis com o seu orçamento. “Uma solução criativa é fazer um convênio com farmácias para conseguir
descontos nos custos dos medicamentos”, afirma a gerente de placement
e pesquisas de benefícios da Aon Hewitt, Renata Freire, lembrando que essa prática foi a opção
de 48% das empresas que participaram de uma pesquisa recente feita pela consultoria. “Porém, vale ressaltar que essa ação não garante que o medicamento esteja
sendo comprado por pacientes crônicos, o que afeta diretamente a gestão de saúde integrada.”
Outro caminho adotado por algumas companhias é fazer uma seleção dos profissionais que receberão o subsídio ou criar determinadas regras para a concessão do
benefício. “Se a organização não tem condições financeiras de prover o benefício farmácia a todos os seus colaboradores, ela pode, por exemplo, subsidiar os
funcionários com menor renda, decidir dar subsídios apenas à compra de medicamentos genéricos, ou àqueles que possuem determinadas patologias ou doenças
crônicas que mais prejudicam a produtividade no trabalho”, diz González. De acordo com ele, em geral, diabetes, hipertensão, colesterol e doenças pulmonares estão na
lista dos principais males que afetam os profissionais e causam prejuízo às companhias. Outra doença cuja incidência vem aumentando ao longo dos últimos anos é a
depressão.
a) É cada vez maior e mais nítida a percepção, por parte das organizações, de que oferecer o plano de saúde ideal não é o suficiente para garantir profissionais
saudáveis e ativos no trabalho.
b) Se ele não tomar os remédios anteriormente receitados, porque não tem dinheiro suficiente para comprá-los, poderá ser constantemente internado por conta da
doença.
c) Na prática, nem sempre a referida empresa tem recursos financeiros ascessíveis para um programa de benefício que subsidie a aquisição dos remédios ou que
englobe todos os seus colaboradores.
d) Outro caminho muito adotado por algumas companhias é fazer uma seleção prévia dos profissionais que receberão o almejado subsídio ou criar determinadas
regras para a concessão do benefício.
e) Se a atual organização não tem condições financeiras de prover adequadamente o benefício farmácia a todos os seus atuais colaboradores, ela pode, por exemplo,
subsidiar os funcionários com menor renda.
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O diretor da empresa assegura que haverá mais ___________ e segurança no tratamento dado aos funcionários e também ao processo de ___________. É necessário
________, ainda, que há muitos pontos a serem discutidos, como a tão falada questão da ____________.
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Quanto à ortografia e de acordo com o contexto, assinale a alternativa correta.
É cada vez maior a percepção, por parte das organizações, de que oferecer o plano de saúde não é o suficiente para garantir profissionais saudáveis e ativos no trabalho.
“Um funcionário, por exemplo, falta para ir ao médico. Para realizar os exames solicitados, ele falta de novo. E para levar os resultados ao consultório, se ausenta mais
uma vez. Se ele não tomar os remédios receitados, porque não tem dinheiro para comprá-los, poderá ser internado por conta da doença. Ou seja, não adiantou nada a
empresa conceder a esse colaborador o plano de saúde”, diz o diretor executivo da Vidalink, Luís González.
A opinião do executivo justifica o interesse do mundo corporativo no benefício farmácia ou nos programas de PBM (do inglês PharmacyBenefit Management
). Uma
pesquisa feita pela Vidalink em 2010, com 120 empresas que, juntas, têm um faturamento equivalente a 8% do PIB brasileiro, concluiu que 68% delas ofereciam
desconto em folha para a compra de medicamentos, enquanto 29% ofereciam subsídio – 19% das que ofereciam essa modalidade subsidiavam mais de 70% do custo
dos remédios, enquanto o nível médio de subsídio era de 53% sobre o valor do medicamento.
Na prática, nem sempre a empresa tem recursos financeiros para um programa de benefício que subsidie a aquisição dos remédios ou que englobe todos os seus
colaboradores. Ela, contudo, pode buscar alternativas compatíveis com o seu orçamento. “Uma solução criativa é fazer um convênio com farmácias para conseguir
descontos nos custos dos medicamentos”, afirma a gerente de placement e pesquisas de benefícios da Aon Hewitt, Renata Freire, lembrando que essa prática foi a opção
de 48% das empresas que participaram de uma pesquisa recente feita pela consultoria. “Porém, vale ressaltar que essa ação não garante que o medicamento esteja
sendo comprado por pacientes crônicos, o que afeta diretamente a gestão de saúde integrada.”
Outro caminho adotado por algumas companhias é fazer uma seleção dos profissionais que receberão o subsídio ou criar determinadas regras para a concessão do
benefício. “Se a organização não tem condições financeiras de prover o benefício farmácia a todos os seus colaboradores, ela pode, por exemplo, subsidiar os
funcionários com menor renda, decidir dar subsídios apenas à compra de medicamentos genéricos, ou àqueles que possuem determinadas patologias ou doenças
crônicas que mais prejudicam a produtividade no trabalho”, diz González. De acordo com ele, em geral, diabetes, hipertensão, colesterol e doenças pulmonares estão na
lista dos principais males que afetam os profissionais e causam prejuízo às companhias. Outra doença cuja incidência vem aumentando ao longo dos últimos anos é a
depressão.
a) É cada vez maior e mais nítida a percepção, por parte das organizações, de que oferecer o plano de saúde ideal não é o suficiente para garantir profissionais
saudáveis e ativos no trabalho.
b) Se ele não tomar os remédios anteriormente receitados, porque não tem dinheiro suficiente para comprá-los, poderá ser constantemente internado por conta da
doença.
c) Na prática, nem sempre a referida empresa tem recursos financeiros ascessíveis para um programa de benefício que subsidie a aquisição dos remédios ou que
englobe todos os seus colaboradores.
d) Outro caminho muito adotado por algumas companhias é fazer uma seleção prévia dos profissionais que receberão o almejado subsídio ou criar determinadas
regras para a concessão do benefício.
e) Se a atual organização não tem condições financeiras de prover adequadamente o benefício farmácia a todos os seus atuais colaboradores, ela pode, por exemplo,
subsidiar os funcionários com menor renda.
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O diretor da empresa assegura que haverá mais ___________ e segurança no tratamento dado aos funcionários e também ao processo de ___________. É necessário
________, ainda, que há muito pontos a serem discutidos, como a tão falada questão da ____________.
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Assunto: Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.
Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando
alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic.
Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no
tablete de barro etc. Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena __________.
Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes
de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas.
As espécies que não desenvolveram a escrita valem-se da memória intuitiva. O salmão sabe, não sabendo, o caminho certo para o lugar onde nasceu e onde deve
depositar seus ovos. Dizem que o elefante guarda na memória tudo que lhe acontece na vida, principalmente as desfeitas, mas vá pedir que ele bote seu __________ no
papel.
Já o homem pode ser definido como o animal que precisa consultar as suas notas. Nas sociedades não letradas as lembranças sobrevivem na recitação __________ e no
mito tribal, que é a memória ritualizada. As outras dependem do memorando.
E mesmo com todas as formas de anotação inventadas pelo homem desde as primeiras cavernas, inclusive o notebook eletrônico, a angústia persiste. Estou escrevendo
isto porque acordei com uma boa ideia para uma crônica e botei a ideia num papel.
Normalmente não faço isto porque sempre me esqueço de ter um bloco de notas à mão para não esquecer a eventual ideia e porque sei, intuitivamente, que se tivesse o
bloco de notas à mão a ideia viria no chuveiro. Mas desta vez a ideia coincidiu com a proximidade de um pedaço de papel e um lápis e anotei-a assim que acordei. Não
exatamente a ideia, mas uma frase que me faria lembrar da ideia. Estou com ela aqui. “Conhece-te a ti mesmo, mas não fique íntimo”.
E não consigo me lembrar de qual era a ideia que a frase me faria lembrar. Algo sobre os perigos da autoanálise muito aprofundada? Sobre o pensamento socrático? Ou
o quê? Não consigo me lembrar. Um consolo, numa situação destas, é pensar que se a ideia não é lembrada é porque não era tão boa assim. Mas geralmente se pensa o
contrário: as melhores ideias são as que a gente esqueceu. O que é terrível.
Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando. Para não esquecer. Extra Classe - SINPRO-RS, Ano 17, N.º 159 nov. 2011. Disponível em:
<http://www.sinprors.org.br/extraclasse/nov11/verissimo.asp.>
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, considerando as ideias veiculadas pelo texto.
A atividade normativa dos usos de uma língua e a atividade valorativa das formas linguísticas são, em uma certa dimensão, __________ das comunidades de falantes,
independentemente de seu letramento, relação entre seus membros ou forma de organização econômico-social, articulando-se ao esforço coletivo para garantir a
eficiência comunicativa e a identidade dos membros, assim como a sentimentos estéticos, usos especializados (por exemplo, textos religiosos, mitos, poesia etc.). É
através dela que os sujeitos determinam os usos adequados de sua língua para cada situação, escolhem e valoram formas linguísticas, avaliam comportamentos, como
bem se pode perceber no estudo da fala de pequenas comunidades linguísticas.
Este aspecto tem sido pouco considerado nos estudos linguísticos, talvez porque a atividade normativa nas sociedades letradas tenha sido incorporada pela tradição
escrita e pela escola (via norma gramatical ou gramática normativa) e se __________ a todas as circunstâncias de uso da língua, de tal modo que passou a ser vista
como uma espécie de __________ externa. Basta, no entanto, observar o diálogo entre crianças de dois ou três anos para perceber o quanto ajustam suas falas em
função de comentários que uma faz sobre a fala da outra.
Este ajuste se faz em todos os níveis linguísticos, podendo ocorrer tanto conscientemente, quando um falante intervém no discurso de outro para apresentar-lhe um
determinado padrão, seja de pronúncia, seja de uso de uma expressão determinada, como inconscientemente, quando o próprio falante tenta ajustar sua fala à de seus
parceiros. Trata-se evidentemente de um processo de construção de identidade e de valor linguístico. Em um nível mais apurado, este processo constrói formas de
registro específicas, como as das literaturas e das liturgias, e uma consciência linguística coletiva.
Adaptado de: BRITTO, Luiz Percival Leme. A sombra do caos:ensino gramatical x tradição gramatical. Campinas: Mercado deLetras, 2002. p. 49-50.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, considerando as ideias veiculadas pelo texto.
Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu
considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se
descabelava diariamente com suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha
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defesa (“Culpa da revisão! Culpa da revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem
entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente.
Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da
Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não
necessariamente certo. Por exemplo: dizer “escrever claro” não é certo, mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir,
mover… Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática.) A Gramática é o esqueleto da língua. [...] É o esqueleto que nos traz de
pé, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.
Claro que eu não disse isso tudo para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela.
Sempre fui péssimo em Português. Mas – isso eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha
total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu
conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro.
Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. [...]
Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel.
VERISSIMO, Luis Fernando. O gigolô das palavras. In: LUFT, Celso Pedro. Língua e liberdade: por uma nova concepção de língua materna e seu ensino. Porto Alegre: L&PM, 1985. p. 36. Adaptado.
Texto II
Aula de português
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, equipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Aula de português. In: Reunião: 10 livros de poesia. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1974. p. 81.
De acordo com a ortografia da língua portuguesa, sabida e ensinada pelo professor do Texto II, a seguinte frase respeita “a linguagem / na superfície estrelada de
letras”:
Eu me inteiro diariamente do que acontece nas principais rodovias do país, pois coleto material para pesquisa em andamento. Tenho observado que em véspera ou dia
pós-feriado os acidentes aumentam, na medida em que as pessoas, fora de sua rotina, têm sua atenção dispersada.
Lamento a má interpretação que se deu a alguns dados que publiquei recentemente sobre esse assunto, mas a atribuo a fala equivocada de um policial rodoviário.
Encontrando-o de novo – conheço o trecho sob sua vigilância –, farei questão de esclarecer meu ponto de vista. Se ainda vir necessidade de maiores explicações,
republicarei a matéria, acrescida, porém, de informações técnicas.
a) Ainda que a forma verbal inteiro esteja corretamente grafada, ela deve ser pronunciada como se não houvesse o ditongo, como se fosse escrita assim: “intéro”.
b) A palavra pesquisa está corretamente grafada, mas o verbo, formado com o sufixo “-izar”, deve ser registrado “pesquizar”.
c) A expressão em véspera ou dia pós-feriado apresenta equívoco de construção, que estaria sanado, por exemplo, assim: “em véspera de feriado ou em dia pós-
feriado”.
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d) A expressão na medida em que está empregada de modo indevido, pois o contexto exige o emprego de “à medida que”.
e) O vocábulo dispersada está incorretamente grafado.
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O ensino público brasileiro está de recuperação. Dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) indicam que 70% dos alunos das séries avaliadas (quinto e
nono anos do ensino fundamental e terceiro do ensino médio) não atingiram níveis de aprendizado considerados adequados em língua portuguesa e matemática. O
número mais alarmante está no terceiro ano do ensino médio: apenas 9,8% dos alunos dominam conhecimentos que deveriam saber em matemática.
"Esses dados nos fazem concluir que o grande problema da educação brasileira está no aprendizado. O aluno está na escola, mas não aprende", diz Priscila Cruz, diretora
executiva do Movimento Todos Pela Educação. "Nos Estados Unidos, 88% dos alunos possuem um aprendizado adequado. Ou seja, ainda temos um déficit educacional
muito grande".
Se a questão central da educação é a aprendizagem, é inevitável perguntar: por que o aluno brasileiro aprende tão pouco? A resposta constitui um mosaico cheio de
processos que precisam estar encaixados de maneira eficiente. A peça central, porém, está no docente: um professor qualificado gera qualidade de aprendizagem, que
por sua vez gera qualidade na educação. "O professor é o grande ator de uma política educacional de sucesso e o avanço dos índices depende em grande parte do
investimento na carreira docente", afirma Célio da Cunha, professor da Universidade de Brasília (UnB) e consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco).
Arthur Fonseca Filho, ex-presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, concorda: "As pessoas mais bem preparadas hoje não procuram a carreira do
magistério. Precisamos valorizar a função docente para inverter essa lógica e melhorar a educação". Além de atrair os melhores, é preciso oferecer formação inicial e
continuada de qualidade que prepare o mestre para a realidade escolar. "A formação do professor é uma questão estruturante. Sem ela, nenhuma melhora é possível",
sentencia Guiomar Namo de Mello, especialista em educação.
Selecionar os melhores profissionais e investir na formação deles provou-se ser uma prática tão eficaz que está no topo das principais lições a serem aprendidas a partir
de exemplos bem-sucedidos de modelos educacionais do mundo. O relatório Como os Sistemas de Escolas de Melhor Desempenho do Mundo Chegaram ao Topo ,
elaborado em 2008 pela consultoria americana McKinsey, mostra que na Coreia do Sul os futuros professores do ensino fundamental são recrutados entre a elite dos
alunos do ensino médio. Por aqui, boa parte do professorado vem dos piores alunos. A maioria encontra ainda no ensino superior uma formação deficitária.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/por-que-o-aluno-brasileiro-aprende-tao-pouco
Assim como na palavra destacada do trecho "A resposta constitui um mosaico cheio de processos que precisam estar encaixados de maneira eficiente", as palavras estão
grafadas corretamente em
As indústrias culturais, e mais especificamente a do cinema, criaram uma nova figura, “mágica”, absolutamente moderna: a estrela. Depressa ela desempenhou um papel
importante no sucesso de massa que o cinema alcançou. E isso continua. Mas o sistema, por muito tempo restrito apenas à tela grande, estendeu-se progressivamente,
com o desenvolvimento das indústrias culturais, a outros domínios, ligados primeiro aos setores do espetáculo, da televisão, do show business. Mas alguns sinais já
demonstravam que o sistema estava prestes a se espalhar e a invadir todos os domínios: imagens como as de Gandhi ou Che Guevara, indo de fotos a pôsteres, no
mundo inteiro, anunciavam a planetarização de um sistema que o capitalismo de hiperconsumo hoje vê triunfar.
O que caracteriza o star-system em uma era hiper-moderna é, de fato, sua expansão para todos os domínios. Em todo o domínio da cultura, na política, na religião, na
ciência, na arte, na imprensa, na literatura, na filosofia, até na cozinha, tem-se uma economia do estrelato, um mercado do nome e do renome. A própria literatura
consagra escritores no mercado internacional, os quais negociam seus direitos por intermédio de agentes, segundo o sistema que prevalece nas indústrias do espetáculo.
Todas as áreas da cultura valem-se de paradas de sucesso (hit-parades), dos mais vendidos (best-sellers), de prêmios e listas dos mais populares, assim como de
recordes de venda, de frequência e de audiência destes últimos.
A extensão do star-system não se dá sem uma forma de banalização ou mesmo de degradação − da figura pura da estrela, trazendo consigo uma imagem de eternidade,
chega-se à vedete do momento, à figura fugidia da celebridade do dia; do ícone único e insubstituível, passase a uma comunidade internacional de pessoas conhecidas,
“celebrizadas”, das quais revistas especializadas divulgam as fotos, contam os segredos, perseguem a intimidade. Da glória, própria dos homens ilustres da Antiguidade e
que era como o horizonte resplandecente da grande cultura clássica, passou-se às estrelas − forma ainda heroicizada pela sublimação de que eram portadoras − ,
depois, com a rapidez de duas ou três décadas de hipermodernidade, às pessoas célebres, às personalidades conhecidas, às “pessoas”. Deslocamento progressivo que
não é mais que o sinal de um novo triunfo da formamoda, conseguindo tornar efêmeras e consumíveis as próprias estrelas da notoriedade.
(Adap. de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy. Uma cultura de celebridades: a universalização do estrelato. In A cultura – mundo: resposta a uma sociedade desorientada. Trad: Maria Lúcia Machado.
São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p.81 a 83)
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Político, advogado, diplomata, literato e militante abolicionista, Joaquim Nabuco tinha lá sua veia de cientista social. Logo após a assinatura da Lei Áurea, pondo fim à
escravidão, ele vaticinou que o estigma do regime ainda perduraria por dois séculos na sociedade brasileira. Filho de senhor de engenho e monarquista, Nabuco conhecia
como poucos a visão de mundo das elites da nossa terra. E a História lhe daria inteira razão. A herança cultural da escravidão, oficialmente abolida em 13 de maio de
1888, permanece ainda hoje assustadoramente viva no Brasil.
O debate sobre a existência, ou não, de racismo entre nós, embora válido, apenas tangencia o problema relacionado à cultura de resistência à inclusão e ao progresso
das pessoas oriundas das classes situadas na base da pirâmide social. Pois esta discriminação logo superaria a simples questão da cor da pele para se fixar na população
pobre de um modo geral. Negra, mestiça, ou mesmo branca. O rancor dos antigos donos de escravos com a vitória abolicionista seria transmitido a seus descendentes na
forma de arraigado desprezo contra todos que viessem a exercer o mesmo trabalho daqueles, fossem eles negros ou não. Esse desdém pela ralé seria responsável pela
cunhagem de inúmeras expressões pejorativas para designar “a gente mal nascida”, tais como zé-povinho, patuleia, gentinha, gentalha, choldra, escumalha, negrada,
criouléu e tantas outras. E também pelo mito da indolência do brasileiro.
Mas como nem só de epítetos depreciativos e mitos vive o preconceito, o ranço ideológico da escravidão deitaria raízes bem mais profundas na mentalidade das elites
brasileiras, sob a forma de um olhar dicotômico sobre a própria condição humana, reclassificada de acordo com a condição social do aspirante à cidadania. Esta
deformação está na origem da hostilidade de boa parte de nossa burguesia aos reclamos de ascensão social das classes mais desfavorecidas. É comum a objeção: estão
ganhando pouco? Ah, mas pra cervejinha do final de semana, eles têm dinheiro; como se o uísque com os amigos fosse sagrado, mas o lazer do pobre algo imoral. O
projeto dos Cieps de Darcy Ribeiro, destinado a oferecer educação de qualidade às crianças de famílias de baixa renda, foi impiedosamente sabotado pela reação
conservadora, entre outros pretextos, sob a alegação de que as construções “eram caras demais”. “E favelado lá precisa de quadra poliesportiva e piscina?”, questionava-
se.
Não é exatamente por sovinice que, de um modo geral, as elites se opõem às recentes e inéditas políticas públicas de redistribuição de renda. Afinal, cumprindo-se os
desígnios da macroeconomia, mesmo obrigados a pagar mais impostos para financiar programas sociais e a oferecer salários melhores a seus empregados, os ricos
ficaram ainda mais ricos quando tantos pobres deixaram de ser tão pobres. O problema está no inconformismo dos herdeiros ideológicos do sistema escravocrata, não
necessariamente ricos, com o progressivo desaparecimento das marcas da servidão humana no cenário social brasileiro. Como dizia uma conhecida socialite há alguns
anos, para espanto de suas amigas francesas: “Adoro o Brasil, pois lá meus empregados contentam-se em comer banana com farinha...”
Nesta trepidante cultura nossa, da agitação e do barulho, gostar de sossego é uma excentricidade.
Sob a pressão do ter de parecer, ter de participar, ter de adquirir, ter de qualquer coisa, assumimos uma infinidade de obrigações. Muitas desnecessárias, outras
impossíveis, algumas que não combinam conosco nem nos interessam.
Não há perdão nem anistia para os que ficam de fora da ciranda: os que não se submetem mas questionam, os que pagam o preço de sua relativa autonomia, os que
não se deixam escravizar, pelo menos sem alguma resistência.
O normal é ser atualizado, produtivo e bem-informado. É indispensável circular, estar enturmado. Quem não corre com a manada praticamente nem existe, se não se
cuidar botam numa jaula: um animal estranho.
Acuados pelo relógio, pelos compromissos, pela opinião alheia, disparamos sem rumo – ou em trilhas determinadas – feito hamsters que se alimentam de sua própria
agitação.
Ficar sossegado é perigoso: pode parecer doença. Recolher-se em casa, ou dentro de si mesmo, ameaça quem leva um susto cada vez que examina sua alma.
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Estar sozinho é considerado humilhante, sinal de que não se arrumou ninguém – como se amizade ou amor se “arrumasse” em loja. [...]
Além do desgosto pela solidão, temos horror à quietude. Logo pensamos em depressão: quem sabe terapia e antidepressivo? Criança que não brinca ou salta nem
participa de atividades frenéticas está com algum problema.
O silêncio nos assusta por retumbar no vazio dentro de nós. Quando nada se move nem faz barulho, notamos as frestas pelas quais nos espiam coisas incômodas e mal
resolvidas, ou se enxerga outro ângulo de nós mesmos. Nos damos conta de que não somos apenas figurinhas atarantadas correndo entre casa, trabalho e bar, praia ou
campo.
Existe em nós, geralmente nem percebido e nada valorizado, algo além desse que paga contas, transa, ganha dinheiro, e come, envelhece, e um dia (mas isso é só para
os outros!) vai morrer. Quem é esse que afinal sou eu? Quais seus desejos e medos, seus projetos e sonhos?
No susto que essa ideia provoca, queremos ruído, ruídos. Chegamos em casa e ligamos a televisão antes de largar a bolsa ou pasta. Não é para assistir a um programa: é
pela distração.
Silêncio faz pensar, remexe águas paradas, trazendo à tona sabe Deus que desconcerto nosso. Com medo de ver quem – ou o que – somos, adia-se o defrontamento
com nossa alma sem máscaras.
Mas, se a gente aprende a gostar um pouco de sossego, descobre – em si e no outro – regiões nem imaginadas, questões fascinantes e não necessariamente ruins.
Nunca esqueci a experiência de quando alguém botou a mão no meu ombro de criança e disse:
E ela chegou: intensa e lenta, tornando tudo singularmente novo. A quietude pode ser como essa chuva: nela a gente se refaz para voltar mais inteiro ao convívio, às
tantas fases, às tarefas, aos amores.
Então, por favor, me deem isso: um pouco de silêncio bom para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes, e tudo o que fala muito além das palavras de todos
os textos e da música de todos os sentimentos.
LUFT, Lya. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2004. p. 41. Adaptado.
A frase em que todas as palavras estão escritas de forma correta, conforme a ortografia da Língua Portuguesa, é:
O Gigante Gaúcho
Até bem pouco tempo atrás, quem visitasse o Museu Júlio de Castilhos, no centro de Porto Alegre, daria de cara com um par de botas tamanho 56 ao lado de objetos que
pertenceram a renomados personagens da história gaúcha, como Júlio de Castilhos (1860-1903), Bento Gonçalves (1788-1847) e Getúlio Vargas (1882-1954). E não é
porque algum desses políticos locais tivesse pés descomunais. As botas eram de um sujeito humilde chamado Francisco Ângelo Guerreiro (1892-1925?), que ficou famoso
nas arenas de circo e nos livros de medicina no início do século XX por causa de seus 2,17 metros de altura, que lhe valeram o apelido de “Gigante”.
A exposição de objetos de Guerreiro no museu mais antigo do Rio Grande do Sul tem sido motivo de controvérsia há anos. Em uma “sala de curiosidades” – similar às
“câmaras de maravilhas”, de onde surgiram os primeiros museus de História Natural – ficavam o par de botas, ao lado de outras de “tamanho normal”, e poucas fotos de
sua vida. A sala fazia a alegria dos visitantes, principalmente das crianças, mas provocava desconforto entre os técnicos do museu, que a consideravam uma “distorção”
dentro do acervo. Em 1993, esse espaço foi desativado e seu material levado para a reserva técnica, mas a reação do público foi tão negativa que as botas tiveram de
voltar no ano seguinte como parte de uma exposição temporária sobre a vida do Gigante. Elas acabaram retornando às galerias do museu até que, no início de 2007,
foram retiradas novamente para serem recuperadas.
A enorme atenção que Guerreiro despertou durante sua vida tem muito a ver com o tratamento que era dado no início do século XX a quem tinha alguma deficiência.
Embora hoje possa parecer algo marginal e indecente, essas pessoas eram expostas ao público, numa atividade lucrativa, popular e organizada. Guerreiro foi atração de
várias exibições, em teatros e circos pelo país. Segundo depoimento de um irmão, quando o Gigante morreu, ele fazia parte do elenco do Circo Sarrazani, onde se
apresentava em uma jaula ao preço de um mil réis. As fotos que estão no museu o mostram na época em que se exibia no Teatro Politeama. Ali ele aparece de braços
abertos, tendo abaixo de si homens altos, médios, baixos e anões. Moreno, de tipo indígena, Guerreiro tinha braços, pés, mãos e rosto que cresciam
desproporcionalmente em relação ao resto do corpo. Ele sofria de uma síndrome chamada acromegalia, que o fazia produzir o hormônio do crescimento em .......... .
Depois de sua morte no Rio de Janeiro, as botas do Gigante viraram atração do Museu Júlio de Castilhos – provavelmente, a mais popular de toda a casa. Sempre havia
quem perguntasse “se as botas ainda estavam lá”, referindo-se à sala de curiosidades, lugar de maior concentração de pessoas nas visitas guiadas ao museu. Além das
peças de Guerreiro, também ficavam reunidos naquele espaço, de forma desordenada, objetos exóticos, como membros de indígenas mumificados, adornos andinos e
animais defeituosos natimortos conservados em formol.
As visitas de estudantes, iniciadas na década de 1940, e o “trem da cultura”, projeto que nos anos 1970 levava parte do acervo ao interior do Estado, ajudaram a tornar
ainda mais populares os objetos de Guerreiro, principalmente as botas, mostradas a .......... gerações.
O interesse pelo Gigante no museu faz pensar que, se o tempo em que o público se divertia vendo pessoas com deficiência sendo expostas já passou, o diferente ainda
exerce um grande ...........
(Adaptado de NEDEL, Letícia Borges. Revista de História da Biblioteca Nacional. n. 57, junho de 2010)
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas do texto (linhas 19, 25 e 27).
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e) escesso –- sucessivas –- fascínio
Astrônomos acham que a grande descoberta dos próximos 100 anos será a da vida fora da Terra. O Universo está cheio de ETs, avaliam, e já não parece tão difícil
encontrar um deles por aí.
O cerco para captar sinais enviados do espaço por possíveis ETs inteligentes aumentou. Durante muito tempo essa missão foi encarada apenas pela Sociedade Planetária,
na Califórnia, Estados Unidos, com o seu Programa de Busca de Inteligência Extraterrestre, conhecido pela sigla em inglês, Seti. Este ano, várias outras instituições se
integraram à tarefa. Entre elas estão a Universidade Harvard e da Califórnia, nos Estados Unidos, o Observatório Medicina, na Itália, e a Universidade de Nova Gales do
Sul, na Austrália. Com o reforço, será possível investigar, nos próximos vinte anos, cerca de 5 000 estrelas. É dez vezes mais do que o Seti pôde fazer, sozinho, em uma
década e meia de existência. [...]
Alta, cabelos claros, bonita, 55 anos, a astrônoma Jill Tarter dedicou sua carreira ao trabalho de procurar criaturas desenvolvidas em outros mundos. [...]
Mas, se existe alguém capaz disso, esse alguém é ela. A astrônoma dirige o principal projeto do Seti, batizado de Fênix, instalado no Observatório de Arecibo, em Porto
Rico (mas, de fato, operado pela Universidade Cornell, americana). O objetivo do Fênix é usar a grande antena de Arecibo para captar emissões de rádio vindas de 1 000
estrelas e em seguida analisá-las para achar algum traço incomum. [...]
Os avanços tecnológicos que impulsionam a pesquisa de sinais de ETs no Cosmo prometem transformar 2012 num ano de grandes emoções. Nessa data, a Nasa planeja
lançar ao espaço o Terrestrial Planet Finder, conhecido pela sigla em inglês TPF, que quer dizer descobridor de planetas terrestres. Mais ou menos na mesma época, a
Agência Espacial Européia pretende decolar um irmão do TPF, chamado Darwin.
Esses serão os primeiros telescópios em condições de observar planetas do tamanho da Terra que giram em volta de estrelas a mais de 500 trilhões de quilômetros
daqui. Atualmente, a essa distância, só é possível detectar mundos gigantes como Júpiter, dentro do qual caberiam 1 300 planetinhas como o nosso.
Satélite-monstro de 100 metros de comprimento, o TPF ficará estacionado a mais de 1 bilhão de quilômetros do Sol para evitar que a luz da estrela ofusque as lentes do
aparelho. Daí, ele deverá encontrar mais de 1 000 planetas parecidos com a Terra – acredita-se que a semelhança aumente a chance de eles serem habitados. A meta é
examinar a atmosfera das centenas de cópias da Terra que deverão ser captadas. O ar pode revelar sinais de que na superfície dos planetas existam criaturas. O indício
mais esperado é o oxigênio. Como esse elemento é naturalmente raro nos corpos celestes, se ele estiver presente é porque foi produzido por organismos.
Da impunidade
O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense regras de conduta, princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e deveres
comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer atividade humana, a inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual prevalece a mais
dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte, também conhecida, não por acaso, como "a lei da selva". É nessa condição que vivem os animais, relacionando-se
sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo sapiens afirmou-se como tal exatamente quando estabeleceu critérios de controle dos impulsos primitivos.
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Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base e estabilidade às relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas
reconhecidas simplesmente como humanas: podem apresentar-se como manifestações da vontade divina, como valores supremos, por vezes apresentados como eternos.
Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana por meio de princípios
fundamentais. No caso da lei mosaica, um desses princípios é o da interdição: "Não matarás", "Não cobiçarás a mulher do próximo" etc. Ou seja: está suposto nesses
mandamentos que o ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, daquilo que representa o limite de nossa vontade e
de nossas ações.
Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de todo tipo multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como sustentação delas a idéia de
que os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por finalidade o bem comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se as sanções para quem
os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor é a garantia da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade, uma vez manifesta, quebra
inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e deveres comuns, e passa a constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar proveito
pessoal de uma regra exatamente por tê-la infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando não seguidos de punição exemplar, tornam-se estímulos
para uma prática delituosa generalizada. Um dos maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir a proliferação desses casos. Se o ideal da civilização é permitir
que todos os indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios éticos acordados, a quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade.
(Inácio Leal Pontes)
a) Não constitui uma primasia dos animais a satisfação dos impulsos instintivos: também o homem regozija-se em atender a muitos deles.
b) As situações de impunidade infligem sérios danos à organização das sociedades que tenham a pretenção da exemplaridade.
c) É difícil atingir uma relação de complementaridade entre a premênsia dos instintos naturais e a força da razão.
d) Se é impossível chegarmos à abstensão completa da satisfação dos instintos, devemos, ao menos, procurar constringir seu poder sobre nós.
e) A dissuasão dos contraventores se faz pela exemplaridade das sanções, de modo que a cada delito corresponda uma justa punição.
Assinale a opção que contém erro de grafia ou inadequação vocabular. (Artigo extraído, com modificações, do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do
Ceará).
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
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Bem antes que tentassem me convencer de que a data de nascimento da modernidade era um espirro cartesiano (...), quando era rapaz, se ensinava que a
modernidade começou em outubro de 1492. Nos livros da escola, o primeiro capítulo dos tempos modernos eram e são as grandes explorações. Entre elas, a viagem de
Colombo ocupa um lugar muito especial. Descidas Saara adentro ou intermináveis caravanas por montes e desertos até a China de nada valiam comparadas com a
aventura do genovês. Precisa ler "Mediterrâneo" de Fernand Braudel para conceber o alcance simbólico do pulo além de Gibraltar, não costeando, mas reto para frente.
Precisa, em outras palavras, evocar o mar Mediterrâneo − este pátio comum navegável e navegado por milênios, espécie de útero vital compartilhado − para entender
por que a viagem de Colombo acabou e continua sendo uma metáfora do fim do mundo fechado, do abandono da casa materna e paterna.
a) Todos reconheceram que Vossa Senhoria, a despeito da exigüidade do vosso tempo, sempre recebeu os estudiosos do assunto e lhes deu grande apôio.
b) Sob a rubrica de "As grandes explorações", o autor leu muito do que lhe sucitou interesse pelo tema e desejo de pôr em discussão algumas questões.
c) Certas pessoas consideram ultrage a hesitação em associar o início da modernidade à Descartes, mas a questão não pára por aí: há pontos mais complexos em
discussão.
d) As reflexões do iminente estudioso, insertas em texto bastante acessível ao leigo, nada têm daquele teor iracível e tendencioso que se nota em algumas obras
polêmicas.
e) Disse adivinhar o que alguns detratores diriam acerca de questões polêmicas como a de rever o significado assente de fatos históricos: "é mera questão de
querer auferir prestígio".
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a) Na apresentação da biografia de Machado de Assis (1839-1908), o jornalista Daniel Piza observa que o autor foi, ao mesmo tempo, uma expressão de sua época e
uma exceção a ela.
b) Em seus contos e romances, ele deixou um retrato acurado do Rio de Janeiro do século XIX, mas sua crítica ácida à sociedade brasileira nem sempre foi percebida
pelos seus contemporâneos.
c) Piza busca demonstrar que Machado era muito diferente do protagonista de seu último romance, Memorial de Aires
.
d) O escritor não tinha “tédio a controvérsias”, pois, na verdade, participou dos grandes debates públicos de sua época.
e) A ascenção social do mulato no Brasil escravista e a epilepsia estão entre os aspectos de sua vida examinados no livro.
Nas questão assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão do texto que contraria a prescrição gramatical.
No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de tempo. Não mais o conceito linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e, também, as
pinturas de Fra Angelico ou o Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade( 2). Suprimem-se(3) as barreiras entre tempo e espaço.
O tempo adquire caráter espacial, e o espaço, caráter temporal. No filme, o olhar da câmara e do espectador(4) passa, com toda a liberdade, do presente para o
passado e, desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5).
a) 1
b) 2
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c) 3
d) 4
e) 5
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Nas questão assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão do texto que contraria a prescrição gramatical.
Aos poucos, o horizonte histórico apaga-se(1), como as luzes de um palco após o espetáculo. A utopia sai de cena, o que(2) permite a Fukuyama
vatiscinar(3): "A história acabou". Ao contrário do que(4) adverte Coélet, no Eclesiastes, não há mais tempo para construir e tempo para destruir; tempo para amar e
tempo para odiar; tempo para fazer a guerra e tempo para estabelecer a paz. O tempo é agora. E nele se sobrepõem(5) construção e destruição, amor e ódio, guerra e
paz.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
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Os índios brasileiros ainda lutam pelo reconhecimento pleno de seus direitos, contra nossos preconceitos, porque muita gente acha que eles devem corresponder aos
nossos modelos, como, por exemplo, ser ecologicamente corretos. Em outras palavras, para serem aceitos em suas diferenças, seriam menos livres. Mas, se a liberdade é
o valor supremo do ser humano, os índios também poderiam fugir dos clichês, incluindo os ecológicos.
Será que os índios são ecologicamente corretos por natureza? O mito do bom selvagem, que ainda povoa nosso imaginário, reforçado na mídia por imagens de
ianomâmis seminus na selva, corresponde à realidade? Ou não? E se os índios da Amazônia fugirem de nossos mitos etnocêntricos e virarem criadores de gado,
madeireiros ou garimpeiros? Eles ainda seriam índios? Definitivamente, sim.
Não se pode negar que as terras indígenas na Amazônia são áreas ambientalmente bem preservadas. O futuro dessas terras é crucial para a conservação da Amazônia.
Mas quais as garantias de que isso perdurará?
Em primeiro lugar, há várias pressões sobre as terras indígenas. E as barreiras físicas, jurídicas e políticas à exploração imediata e predatória dessas áreas estão se
tornando frágeis. Há pressões externas, para a exploração de madeira, minérios ou potencial hidrelétrico, mas também internas: pressões demográficas e econômicas de
alguns grupos indígenas, que querem explorar livremente suas terras. Sim, porque os índios não são inerentemente conservacionistas. Como nós, eles reagem aos
mesmos estímulos econômicos de curto prazo que degradam o ambiente. Além do que, a vida de muitas comunidades indígenas já é bem diferente do que imagina o
senso comum: muitos índios têm profissões remuneradas, usam roupa, viajam de avião e participam de atividades econômicas nem sempre ecologicamente corretas.
Suas diferenças em relação aos não-índios se manifestam menos em traços materiais ou folclóricos e mais na reprodução e resgate dos processos socioculturais −
línguas, crenças e demais conhecimentos tradicionais indígenas − e políticos − como o movimento indígena. Mas esse índio, que não se encaixa em nossos clichês,
continua sentindo-se índio. E tem direito a sê-lo.
(Adaptado de Vincenzo Lauriola. Idéias que desafiam o senso comum.
Superinteressante, setembro 2003, p.106)
Encontram-se palavras escritas de modo INCORRETO na frase:
a) Algumas tribos indígenas almejam a expansão de seu território, com a demarcação oficial da área que habitam.
b) A visão de um paraíso natural onde índios vivam em harmonia parece estar em desacordo com a atual realidade extrativista.
c) Os colonizadores demonstraram enorme incomprenção dos costumes indígenas, regeitando-os, devido a sua formação religiosa.
d) Uma hipótese consiste em reconhecer certos direitos dos índios, como a utilização sustentável da floresta, que gera recursos para as tribos.
e) Existem as chamadas unidades de conservação, cujo objetivo se volta para a manutenção da floresta e especialmente para animais em risco de extinção.
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O que é a CVM?
A CVM - Comissão de Valores Mobiliários - é uma entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e
patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e
autonomia financeira e orçamentária. (Redação dada pela Lei no. 10.411, de 26 de fevereiro de 2002)
A CVM surgiu com vistas ao desenvolvimento de uma economia fundamentada na livre iniciativa, tendo por princípio básico defender os interesses do investidor,
especialmente o acionista minoritário, e o mercado de valores mobiliários em geral, entendido como aquele em que são negociados títulos emitidos pelas empresas para
captar, junto ao público, recursos destinados ao financiamento de suas atividades.
Ao eleger como objetivo básico defender os investidores, especialmente os acionistas minoritários, a CVM oferece ao mercado as condições de segurança e
desenvolvimento capazes de consolidá-lo como instrumento dinâmico e eficaz na formação de poupanças, de capitalização das empresas e de dispersão de renda e da
propriedade, através da participação do público de uma forma crescente e democrática, assegurando o acesso do público às informações sobre valores mobiliários
negociados e sobre quem os tenha emitido.
(Texto institucional)
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a) É fundamental que, numa autarquia, haja a prezervação de todos os meios que ensejem o desempenho de sua real autonomia - sem o quê ela se arrisca a
encobrir os interesses mais excusos.
b) Os emprendimentos financeiros são, por natureza, complexos, exigindo alta capacitação de todos os que devem propisciar aos investidores o máximo de
objetividade nas informações.
c) A mobilização de recursos constitui um processo que exige descortino, intuição e agilidade de quem agencie determinados investimentos - razão por que um
técnico titubeante naufraga nas intempéries do mercado.
d) Ao se sentirem descriminados, os investidores que dispõem de poupanças consideradas ezíguas, acabam por depositar suas economias em contas de remuneração
irrizória, já que não mereceram a atenção dos especialistas.
e) O recrudecimento do pessimismo quanto ao mercado de ações ocorre em situações que os bons profissionais sabem analizar; por isso, embora se recomende
agilidade nas iniciativas, é imperdoável o assodamento nas resoluções.
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1. O professor dá uma lição com o mesmo entusiasmo com que o tabelião tira uma pública forma, ou o seu escrevente ajuramentado copia um formal de partilha.
2. Não é que falte a muitos de nossos professores o talento, como não falta a muitos dos nossos estudantes.
3. Falta-nos a emulação, a consciência de estarmos a colaborar numa grande obra nacional ou humana, o entusiasmo do sacrifício às nobres causas.
4. Por isto é apático, o nosso ensino; por isto manqueja ele e está d'alto a baixo desorganizado.
5. Não são os programas que nos faltam.
6. Temo-los de sobra.
7. Falha-nos a paixão, o devotamento, a alma.
8. A primeira reforma a fazer é em nós mesmos.
a) A sensação de que o século XX ainda não acabou dificilmente pôde perdurar até a ocorrência de um cataclisma como foi a guerra de 14, mesmo porque há um
sentimento catastrófico na vida desta virada de tempo. O excesso de tecnologia corre no rumo da desesperação.
b) O homem, cada vez mais angustiado, tenta encontrar refrigério nas miragens do lazer, fazendo do turismo um campo formidável de negócios. A tragédia
ecológica aponta para a escassez de água como primeiro item na lista das penúrias a que poderá submeter-se o cidadão do futuro.
c) A prevalescência do alusivo na dinâmica dos tempos atuais refere a força da realidade virtual, a que todos se entregam na certeza de sua primazia.
d) O fato do patrimônio gerar empregos e receitas por meio do turismo não abule o paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenômeno cultural tanto
quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças destituídas de familiaridade.
e) As cidades perdem em qualidade estética porque não há, na descaracterização avassaladora dos espaços urbanos, fontes capazes de saciar prazeres que há
muito deixaram de sê-lo, na acaxapante rotina que uniformiza os cenários e robotiza o cidadão.
A iminência(1) de uma crise bancária é capaz de afetar e contaminar todo o(2) sistema econômico, fazendo com que(3) os titulares de ativos financeiros fujam do
sistema financeiro e se refugiam(4), para preservar o valor do seu patrimônio, em ativos móveis ou imóveis e, em casos extremos, em estoques crescentes de moeda
estrangeira. Para evitar esse tipo de distorção(5), é fundamental a manutenção da credibilidade no sistema financeiro.
(www.bcb.gov.br)
a) 4
b) 2
c) 3
d) 1
e) 5
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a) A preocupação maior volta-se para os filmes violentos, para os eróticos ou pornográficos e mesmo para os programas que terminam como massa de manobra
para aumento de audiência. O artigo 220 proibe toda e qualquer censura de naturesa política, ideólogica e artística.
b) Ora, a portaria ministerial estabelece que "fica terminantemente vendada a exibição em horário diverso do permitido" dos programas pelas emissoras de televisão.
Cabe, pois, aos sensores estabelecer faixas de horário de exibição.
c) Vejo aí uma inconstitucionalidade, que não resistirá à crítica do judiciário. É forma restritiva de direitos. Enfraquece os fins almejados pela boa intenção que os
inspirou.
d) O limite admitido pela Constituição se restrinje à natureza indicativa de normas legais ou administrativas. Poderão sempre dizer à sociedade que, nos horários
compreendidos por elas, os menores de idade indicados não devem assistir aos programas.
e) Se a emissora descomprir a faixa, nenhuma punição lhe poderá ser imputada. Os principais destinatários da decisão do Poder Executivo não são as emissoras, mas
a sociedade em geral. Eventual punição só é adimissível em juízo, mediante requerimento do ofendido.
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17/06/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Em Direito Tributário, a expressão sanções políticas corresponde a restrições ou proibições impostas ao contribuinte, como forma indireta de obrigá-lo ao pagamento do
tributo, tais como a interdição do estabelecimento, a apreensão de mercadorias, o regime especial de fiscalização, entre outras. Qualquer que seja a restrição que
implique cerceamento da liberdade de exercer atividade lícita é inconstitucional, porque contraria o disposto nos artigos 5o, inciso XIII, e 170, parágrafo único, do
estatuto maior do país.
O Supremo Tribunal Federal sumulou sua jurisprudência no sentido de serem inconstitucionais as sanções políticas. A Súmula 70 diz que é inadimissível a interdição de
estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo. Diz a Súmula 323 que é inaceitável a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento
de tributo, e a 547, estabelece que não é lícito à autoridade proibir que o contribuinte em débito adquira estampílias, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas
atividades profissionais.
Não obstante inconstitucionais, as sanções políticas, que no Brasil remontam aos tempos da ditadura de Vargas, vêm-se tornando, a cada dia, mais numerosas e
arbitrárias, consubstanciando as mais diversas formas de restrições a direitos do contribuinte, como forma oblíqua de obrigá-lo ao pagamento de tributos ou, às vezes,
como forma de retaliação contra o contribuinte que vai a juízo pedir proteção contra cobranças ilegais.
a) um erro
b) dois erros
c) nenhum erro
d) três erros
e) quatro erros
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/55927
a) Na solenidade de inauguração da escola, o diretor revelou alviçareira notícia: a liberação de recursos para a construção de uma quadra poliesportiva.
b) Agradeceu também aos professores e estudantes que sempre perfilharam ao lado da direção na busca de um ensino de melhor qualidade.
c) Renovou seu idealismo de puguinar para a escola alçar-se à categoria de escola-padrão do município.
d) Enfatizou serem as escolas, ocupem-se elas do grau de ensino que for, o lugar em que se vai construindo o cidadão consciente e crítico.
e) Reinterou sua convicção no atingimento das metas a que se propôs como fundador e primeiro diretor da escola.
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a) 1342
b) 1423
c) 2314
d) 3241
e) 4312
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17/06/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Questão 118: IBFC - PEB I (Vinhedo)/Pref Vinhedo/2019
Assunto: Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que, porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Segundo Cereja & Cochar (2009, p.73), Ortografia “[...] é o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa que ensina a grafia correta das palavras.” Isto
posto, leia atentamente as alternativas abaixo e assinale a incorreta:
O uso de tecnologia por crianças exige o acompanhamento cuidadoso dos pais, mas pode trazer bons resultados no aprendizado
Cada vez mais, a tecnologia é usada no processo de aprendizagem infantil, com ferramentas interativas que facilitam a aquisição de conhecimento, o compartilhamento
de pontos de vista e a discussão de diferentes ideias, auxiliando no desenvolvimento de um pensamento crítico e colaborativo. O Brasil vem em queda no ranking mundial
de aprendizado de inglês. De acordo com o Índice de Proficiência em Inglês da Education First, em apenas 5 anos o país caiu 10 posições no ranking. Em 2011 ocupava o
31º lugar entre 80 países. Atualmente, a performance dos brasileiros com o inglês desceu até o posto 41.
Em relação ao ensino do inglês na infância, um estudo da plataforma global Lingokids, para crianças de 2 a 8 anos, mostra que os pequenos retêm o dobro de
vocabulário com o uso de aplicativos, em comparação com os métodos de aprendizado mais comuns. "A diversão é um fator chave para a rápida aquisição de
vocabulário. Aprender brincando é uma forma muito eficaz de ensino, porque motiva as crianças e aumenta consideravelmente o tempo de atenção à atividade. Vídeos e
jogos permitem interações com as palavras de forma divertida”, diz Cristobal Viedma, CEO e fundador de Lingokids.
Há alguns anos, os pais tentavam decidir o tempo que seria permitido para seus filhos assistirem a televisão e jogarem videogame. Recentemente, essa preocupação
passou a se estender para a utilização de tablets, celulares e computador. Desde tenra idade, as crianças estão imersas em um mundo tecnológico que influencia seus
comportamentos. Por isso, há vários estudos que recomendam os limites de utilização de tecnologia, bem como a maneira como os pequenos devem interagir com ela.
Para a diretora de tecnologias de aprendizagem da New America Foundation Lisa Guernsey, autora do livro Toque, clique e Leia com Michael Levine, crianças a partir de
18 meses já podem se beneficiar do uso de dispositivos tecnológicos. É importante que os pais participem ativamente dessas interações, supervisionando a qualidade do
conteúdo que seus filhos consomem e o tempo de uso, bem como estabelecendo horários para brincadeiras, estudo, refeições e descanso.
A jornalista Anya Kamenetz, autora do livro A arte do tempo de tela, compartilha da mesma ideia e assinala que “há um exagero quando se fala dos malefícios das telas”
e que o importante é o acompanhamento ativo dos pais. “As crianças precisam da nossa ajuda para aprender a respeito das mídias e para interpretar o que veem. E ao
ouvir seus filhos, você também pode compreender seus interesses. A paternidade digital positiva exige dedicação”, salienta a especialista.
Com conteúdo da Divisão de Ensino da Língua Inglesa (ELT) da Oxford University Press, o aplicativo da Lingokids contém diferentes tipos de atividades, como vídeos e
músicas com personagens animados, jogos e exercícios de alfabetização para atender a diferentes estilos de aprendizagem. Como 50% da capacidade de aprender é
desenvolvida nos primeiros anos de vida, os sites e aplicativos pedagógicos são uma das formas mais interessantes de apresentar as crianças à tecnologia. A
responsabilidade sobre o uso dos mesmos, como de tudo o que acontece com as crianças, fica do lado dos papais.
A recomendação do CNJ determina que, a cada livro lido, é possível reduzir quatro dias da pena. Para isso, o leitor deve escrever um resumo da obra que deve ser
aprovado por um parecerista. Esses documentos seguem para o juiz responsável, que julga o pedido de remição.
Medir os benefícios dessa proposta tem feito florescer debates acalorados entre os que veem na leitura ganhos efetivos para a reintegração do indivíduo à sociedade e os
que a avaliam como um privilégio concedido a pessoas que, de algum modo, causaram danos à população. Sem entrar no mérito dessa discussão, é fato que, dentro ou
fora da prisão, as benesses da leitura são muitas e difíceis de mensurar.
Uma pesquisa feita em 2017 pela editora Companhia das Letras, que em parceria com a Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap) subsidia um projeto de clubes
de leitura e remição de pena, indicou que os ganhos são mais concretos do que se pode imaginar.
Durante um ano, 177 detentos se reuniram mensalmente para discutir uma obra selecionada pela curadoria do projeto.
Quando perguntados sobre as eventuais mudanças percebidas em si próprios, a resposta mais frequente foi que os envolvidos conseguiram perceber uma “ampliação de
conhecimentos”. Em segundo, que se sentiam mais motivados “para traçar planos para o futuro”. Na sequência, aparecem motivações como “capacidade de reflexão” e
de “expressar sentimentos”, possibilidade de “dizer o que pensa”, “maior criatividade” e, por último, “maior criticidade”.
Por qualquer prisma que se procure observar, esses ganhos já seriam significativos, pois no ambiente prisional revelam uma extraordinária mudança na chave da
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autoestima.
(Vanessa Ferrari, Rafaela Deiab e Pedro Schwarcz. Folha de S. Paulo, 25.06.18. Adaptado)
O pronome relativo onde foi empregado corretamente na alternativa:
a) No ambiente prisional, onde se vive privado da liberdade, os dados revelam maior autoestima entre os participantes do projeto.
b) A cada livro lido, onde é necessário fazer um resumo e submetê-lo a um parecerista, reduzem-se quatro dias da pena.
c) A recomendação do CNJ, onde determina que a cada livro lido é possível reduzir a pena, desencadeou debates.
d) Desde 2013, onde o Conselho Nacional de Justiça autorizou a remição de pena pela leitura, vários detentos se inseriram no projeto.
e) As benesses da leitura, onde muitas vezes não é fácil mensurar, são evidentes tanto fora como dentro da prisão.
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Ciência da mudança
Hélio Schwartsman
Um programa humorístico “mainstream” dos anos 70 ou 80, daqueles que a família se reunia em torno da TV para assistir junta, não iria ao ar hoje nos canais abertos
nem no turno da madrugada. É que boa parte das piadas que nos faziam rir no passado soam hoje insuportavelmente machistas, homofóbicas, racistas etc. Nossas
sensibilidades mudaram. __________? Como?
É a essas perguntas que o jurista convertido em estudioso do comportamento humano Cass Sunstein (Harvard) tenta responder em seu mais recente livro, “How Change
Happens” (como a mudança ocorre).
A revisão de normas sociais pode ser rápida ou devagar, pode dar-se para o bem ou para o mal. Se a escravidão, que foi vista como perfeitamente natural durante a
maior parte da história, tornou-se um tabu quase universal, o anti-intelectualismo, do qual as pessoas se envergonhavam uma década atrás, não só foi normalizado como
é um dos elementos que marcam a recessão democrática que o mundo atravessa.
Uma das muitas razões __________ esses processos são tão dinâmicos é que as pessoas não revelam suas reais preferências se estas não se coadunarem com a norma
social vigente, mas basta que a regra seja contestada por um certo número de indivíduos (“tipping point”) para que a todos se sintam livres para dizer o que de fato
pensam, levando eventualmente ao colapso do antigo consenso. Já se a norma social reflete as preferências, aí é difícil mudá-la, mesmo alterando a legislação. Um bom
exemplo é a persistência de práticas racistas.
Sunstein apoia-se em muita pesquisa científica e doses generosas de bom senso liberal. O conjunto da obra é um pouco descosido, já que o livro foi elaborado a partir de
artigos publicados anteriormente. Essa falta de unidade não impede o autor de propor discussões interessantes. Devemos usar a lei para fazer avançar agendas políticas?
Existem limites para o nível de transparência que devemos exigir dos governantes?
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto.
a) Porquê – porque.
b) Por quê – por que.
c) Por que – por quê.
d) Por quê – por quê.
e) Por que – por que.
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Questão 122: CONSESP - Prof (Ouro Verde SP)/Pref Ouro Verde/Ensino Fundamental II/Língua Portuguesa/2018
Assunto: Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que, porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Assinale a alternativa que apresenta um erro ortográfico.
Questão 123: CONSESP - Prof (Ouro Verde SP)/Pref Ouro Verde/Ensino Fundamental II/Língua Portuguesa/2018
Assunto: Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que, porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Assinale a alternativa que apresenta um erro ortográfico.
a) A história da energia mostra porquê até a invenção da máquina a vapor a prática de cortar árvores não prejudicava tanto as florestas.
b) A utilização dos combustíveis fósseis aumentou por quê a indústria automobilística vem colocando grande número de veículos circulando nas cidades.
c) As pessoas deveriam saber os riscos de um apagão para conhecerem melhor o por quê da necessidade de economizar energia.
d) Os tóxicos ambientais são substâncias prejudiciais por que causam danos aos seres vivos e ao meio ambiente.
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e) A energia está associada ao meio ambiente porque toda a sua produção é resultado da utilização das forças oferecidas pela natureza.
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a) O aquecimento global pode afetar a sobrevivência da população em muitas regiões por que água e comida já se mostram escassas.
b) O Dia Mundial do Meio Ambiente serve para nos lembrar o por quê de todos terem de contribuir para a preservação da natureza.
c) O principal tema discutido entre governos e organizações é a globalização, por que afeta a vida dos indivíduos.
d) Os especialistas defendem que o clima na Terra tem passado por ciclos de mudanças mas divergem sobre o porquê desse fato.
e) Os cientistas têm estudado o porque de as emissões de gases poluentes na atmosfera estarem relacionadas às mudanças climáticas
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A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não
sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o
mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que
nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.
Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração
que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo
reconhecesse a sua genialidade.
Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que
tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se
traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.
Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é
construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não
conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.
Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje.
Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos
sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem
reciprocidade.
Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma
ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi
aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam
assegurar seu lugar no país.
Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as
dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado
caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.
(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)
Assim como em “Por que boa parte dessa nova geração é assim?” (5º§) o uso do “por que” está de acordo com a norma padrão da língua em:
Questão 127: OBJETIVA CONCURSOS - Prof (Navegantes)/Pref Navegantes/Séries Iniciais do Ensino Fundamental/Ciências/2018
Assunto: Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que, porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Por que alguns especialistas defendem que é incorreto dizer que alguém é inteligente
Se você já falou que alguém é inteligente, talvez devesse parar e pensar o que realmente quis dizer com isso – não por associar esse adjetivo a uma pessoa específica,
mas pelo próprio conceito de inteligência em si. É um mito acreditar que a inteligência é algo único e universal, explicam especialistas no tema. Há muitas maneiras de
compreendê-la e defini-la, e estudiosos inclusive defendem que a frase “tal pessoa é inteligente” deve ser aposentada.
Mas, afinal, o que é inteligência? Os especialistas em Psicologia não estão todos de acordo com os significados que constam no dicionário, como “destreza mental” ou
“faculdade de compreender”. “Os conceitos criados são tentativas de explicar e organizar um grupo complexo de fenômenos. Mas nenhum responde a todas as perguntas
importantes ou tem um caráter universal”, destaca a Associação Americana de Psicologia.
“De fato, quando se pediu a uma dezena de teóricos que definissem inteligência, eles deram duas dezenas de definições diferentes”. A psicóloga Susana Urbina, que
participou desse estudo, diz que “havia um anseio para definir a inteligência como um conceito que todos entendessem. Talvez, no século passado, isso tenha sido
possível. Hoje, não é mais assim. Não é um conceito simples”, diz ela.
“Infelizmente, nós psicólogos fomos os culpados por termos criado testes de inteligência”, reconhece Urbina, professora da Universidade do Norte da Flórida, nos Estados
Unidos. Ela diz que estes testes não são determinantes: “Na verdade, são testes que estimam os diferentes tipos de habilidades que as pessoas têm”.
Além disso, Urbina defende que há conceitos diferentes sobre o que é sucesso. “Em nossa sociedade, valoriza-se muito a riqueza e a inteligência, no sentido de que a
acumulação de títulos universitários e postos de trabalho importantes significa que você é inteligente”, diz.
Ambos os especialistas concordam que a inteligência racional e lógica medida pelos testes não é importante na vida. “Ela ajuda em pouquíssimas coisas. Mas as
inteligências que o ajudam no mundo concreto, cotidiano, prático, para resolver problemas do dia a dia, são decisivas”, opina De Zubiría. Para Urbina, “a compaixão, a
compreensão, a ternura e a honestidade são valores que podemos colocar à frente da inteligência. Não quero dizer que a inteligência ou os testes não têm valor, mas
não devemos supervalorizálos”.
http://www.bbc.com/... - adaptado.
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Quanto ao emprego de “Por que” (separado e sem acento) no título do texto, pode-se afirmar que:
No texto, estão presentes as formas “por que” e “porque”, na indagação “– Sabe por que parece chato?” pode-se afirmar que a forma utilizada é formada por
a) uma conjunção.
b) preposição acrescida de pronome relativo.
c) preposição acrescida de monossílabo tônico.
d) preposição acrescida de pronome interrogativo.
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[Escrever bem]
Antigamente os professores do ensino médio ensinavam a escrever mandando fazer redações que puxavam para a grandiloquência, o preciosismo ou a banalidade:
descrever uma floresta, uma tempestade, o estouro da boiada; comentar os males causados pelo fumo, o jogo, a bebida; dizer o que pensa da pátria, da guerra, da
bandeira. Bem ou mal, íamos aprendendo, sobretudo porque os professores ainda tinham tempo para corrigir nossos exercícios. Mas o efeito podia ser duvidoso: seriam
textos interessantes?
Por isso, talvez seja melhor adotar o ponto de vista do escritor norte-americano O. Henry. Não lembro onde li que um rapaz lhe perguntou o que devia fazer para se
tornar escritor, esperando provavelmente de volta o conselho clássico do temporal, do mar bravio, da batalha. Mas O. Henry lhe disse apenas o seguinte: “Descreva uma
galinha atravessando um pátio; se conseguir, será escritor”.
(Adaptado de: CANDIDO, Antonio. O albatroz e o chinês. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2010, p. 205-206)
a) A razão porque o autor considera que hoje mau se corrigem as redações é o tempo de que os professores não mais dispõem.
b) Os alunos não costumavam reagir mal à proposição daqueles temas, talvez porque imaginassem que a redação havia de ser um texto solene.
c) Mau se sabia, às vezes, do que se estava escrevendo numa redação, por que os temas eram bastante desligados da realidade cotidiana.
d) Por quê será que o que era considerado mau escrito vinha assinalado em vermelho nas correções?
e) Não é de todo mal que alguém escreva valendo-se de preciosismos, ainda que o faça sem exatamente saber porquê.
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17/06/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Leia a tira para responder à questão.
(http://cultura.estadao.com.br. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão, os termos que preenchem as lacunas são, respectivamente,
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Assunto: Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que, porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Debaixo da ponte
Moravam debaixo da ponte. Oficialmente, não é lugar onde se more, porém eles moravam. Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de condomínio: a ponte
é de todos, na parte de cima; de ninguém, na parte de baixo. Não pagavam conta de luz e gás porque luz e gás não consumiam. Não reclamavam da falta d’água,
raramente observada por baixo de pontes. Problema de lixo não tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora não conviesse atirá-lo em parte alguma, se dele
vinham muitas vezes o vestuário, o alimento, objetos de casa. Viviam debaixo da ponte, podiam dar esse endereço a amigos, receber amigos, fazer os amigos
desfrutarem comodidades internas da ponte.
À tarde surgiu precisamente um amigo que morava nem ele mesmo sabia onde, mas certamente morava: nem só a ponte é lugar de moradia para quem não dispõe de
outro rancho. Há bancos confortáveis nos jardins, muito disputados; a calçada, um pouco menos propícia; a cavidade na pedra, o mato. Até o ar é uma casa, se
soubermos habitá-lo, principalmente o ar da rua. O que morava não se sabe onde vinha visitar os de debaixo da ponte e trazer-lhes uma grande posta de carne.
a) aonde se esteja
b) aonde se viva
c) aonde se vá
d) em que se vá
e) em que se venha
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“Foi mal, desculpa aí.” Mais ou menos assim, Mark Zuckerberg tentou explicar ao Congresso norte-americano o uso ilegal dos dados de 87 milhões de usuários do
Facebook pela empresa de marketing político Cambridge Analytica (CA). Não convenceu ninguém. Foi, até agora, o momento mais dramático de uma batalha que se
tornará mais intensa. A disputa latente entre política e tecnologia se tornou explícita. Da utopia digital do Vale do Silício, emergiu a realidade dos monopólios
corporativos, da manipulação política e do tribalismo antidemocrático. O resultado do choque com as instituições é incerto. “Nos próximos anos, ou a tecnologia destruirá
a democracia e a ordem social ou a política imprimirá sua autoridade sobre o mundo digital”, escreve o jornalista britânico Jamie Bartlett no recém-lançado The people vs.
Tech (O povo contra a tecnologia).
a) Peço que não leve a mal minha proposta de sociedade, pois não estou agindo com mal intuito.
b) Seu mal-caráter não o recomenda para essa função, se ele mau consegue se comportar com dignidade.
c) O mau resultado das urnas expressa claramente que muita gente votou mau, sabendo o que fazia.
d) Destacou-se no relatório o mal comportamento do acusado durante o depoimento mau conduzido pela autoridade.
e) A informação foi mal interpretada pelo jornalista, o que acabou por resultar em mau uso dos dados.
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O medo faz parte da condição humana. Poderíamos até conseguir eliminar uma por uma a maioria das ameaças que geram medo (era justamente para isto que servia,
segundo Freud, a civilização como uma organização das coisas humanas: para limitar ou para eliminar totalmente as ameaças devidas à casualidade da Natureza, à
fraqueza física e à inimizade do próximo): mas, pelo menos até agora, as nossas capacidades estão bem longe de apagar a “mãe de todos os medos”, o “medo dos
medos”, aquele medo ancestral que decorre da consciência da nossa mortalidade e da impossibilidade de fugir da morte.
Embora hoje vivamos imersos em uma “cultura do medo”, a nossa consciência de que a morte é inevitável é o principal motivo pelo qual existe a cultura, primeira fonte e
motor de cada e toda cultura. Pode-se até conceber a cultura como esforço constante, perenemente incompleto e, em princípio, interminável para tornar vivível uma vida
mortal. Ou pode-se dar mais um passo: é a nossa consciência de ser mortais e, portanto, o nosso perene medo de morrer que nos tornam humanos e que tornam
humano o nosso modo de ser-no-mundo.
A cultura é o sedimento da tentativa incessante de tornar possível viver com a consciência da mortalidade. E se, por puro acaso, nos tornássemos imortais, como às vezes
(estupidamente) sonhamos, a cultura pararia de repente [...].
Foi precisamente a consciência de ter que morrer, da inevitável brevidade do tempo, da possibilidade de que os projetos fiquem incompletos que impulsionou os homens
a agir e a imaginação humana a alçar voo. Foi essa consciência que tornou necessária a criação cultural e que transformou os seres humanos em criaturas culturais.
Desde o seu início e ao longo de toda a sua longa história, o motor da cultura foi a necessidade de preencher o abismo que separa o transitório do eterno, o finito do
infinito, a vida mortal da imortal; o impulso para construir uma ponte para passar de um lado para outro do precipício; o instinto de permitir que nós, mortais, tenhamos
incidência sobre a eternidade, deixando nela um sinal imortal da nossa passagem, embora fugaz.
Tudo isso, naturalmente, não significa que as fontes do medo, o lugar que ele ocupa na existência e o ponto focal das reações que ele evoca sejam imutáveis. Ao
contrário, todo tipo de sociedade e toda época histórica têm os seus próprios medos, específicos desse tempo e dessa sociedade. Se é incauto divertir-se com a
possibilidade de um mundo alternativo “sem medo”, em vez disso, descrever com precisão os traços distintivos do medo na nossa época e na nossa sociedade é condição
indispensável para a clareza dos fins e para o realismo das propostas. [...]
a) por que.
b) porque.
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c) cujo.
d) por qual.
e) porquê.
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Conhecimento que transforma: acompanhe, na linha do tempo a seguir, descobertas que ajudaram a desenvolver a sociedade. Controlar a realidade. É o que defendiam
os filósofos Francis Bacon e René Descartes, que viam o conhecimento como uma forma de emancipação humana. Conhecer nos permite entender o mundo e, a partir
dessa sabedoria, criar técnicas para dominar a natureza — ou pelo menos é o que a gente pensa que faz.
Observar e compreender a origem do fogo, por exemplo, permitiu que os ancestrais humanos desenvolvessem métodos para acender as primeiras fogueiras, uma
descoberta fundamental para a humanidade. Se esse conhecimento não tivesse sido passado de geração para geração, o mundo moderno não teria sido criado.
A ideia de conhecimento caracteriza a passagem do mundo arcaico para o moderno: usando a razão, o homem pôde entender por que as coisas são como são e, a partir
disso, buscar soluções para os grandes problemas do mundo, desde a cura de doenças até a descoberta da eletricidade.
I. “Aonde você mora?/ Aonde você foi morar?/ Aonde está você?” (Cidade Negra)
II. Quero morar aonde ninguém more para não ouvir mais barulhos.
III. A situação onde aconteceu o problema, demanda maior cuidado.
IV. Aonde você vai eu não sei, primeiro quero saber onde estou.
Um deles era o de determinar que o jogo só começasse após ele contar uma história de seu livro de autores latinos. Essa condição, muito antes de soar antipática, a
Roberto sempre serviu de estímulo à sua curiosidade por aprender coisas novas. Ele havia sido acolhido pela família de Ramon quando, junto aos irmãos e ____ mãe,
chegou fugido do Brasil, no final dos anos 1960. A viagem levara horas até a cidade argentina de San António, na província de Misiones, divisa com o estado do Paraná,
onde Roberto nascera e do qual partiram no meio da noite. “Conheci toda a América do Sul com aquele livro”, conta Roberto, que na época tinha menos de dez anos.
Tudo ia bem até o momento em que ele foi convidado pelo dono da bola para falar alguma coisa sobre Monteiro Lobato, autor brasileiro que escrevera a história que ele
escolhera para ler naquele dia. “Foi a primeira vergonha que eu passei. Eu não podia falar nada sobre Monteiro Lobato, nem sabia quem era”. Por outro lado, a partir
daquele episódio, Roberto passou a ler tudo o que lhe passasse pela frente.
Quando voltaram para o Brasil, depois de dois anos e oito meses, foram morar num lugarejo no interior do Paraná, em Pranchita. A vontade de ler o acompanhava, mas
os parcos recursos da família não permitiam que comprasse livros. Ele e um amigo, Romário, costumavam passar horas frente ____ vitrine de uma livraria no centrinho
da cidade, apreciando as capas de gibis e livros de literatura. Receosos de que os mandassem sair dali, ____ poderiam estar sujando o vidro que era cuidadosamente
esfregado por uma senhorinha, eles mantinham as mãos para trás. Até que certa manhã o dono da livraria, um italiano magro e alto, saiu e perguntou aos meninos o que
eles queriam. A primeira reação foi sair correndo. Três dias depois, eles voltaram, e o proprietário do estabelecimento refez a pergunta. Então os garotos comentaram a
respeito de um gibi que há seis meses estivera exposto na vitrine. Gentilmente foram convidados a entrar para ler o que quisessem – hábito que mantiveram ao longo de
quatro anos.
“Ele nunca nos pediu nada em troca”, rememora Roberto. Antes ____ abrissem o primeiro gibi, no entanto, receberam instruções minuciosas de como folhear sem deixar
dobras ou marcas nas páginas; tudo deveria ficar como novo, pronto para a venda.
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Hoje Roberto Sampaio tem pouco mais de 56 anos, é conselheiro tutelar em Taquara, no interior do Rio Grande do Sul, e pintor de parede por ofício, como gosta de
dizer. Aos 32 anos começou a ficar decepcionado consigo mesmo por ainda não ter conseguido cumprir o sonho que acalentava desde os 12 anos de idade: montar uma
biblioteca aberta ao público, quando tivesse um acervo de quatro mil livros. Depois de anos guardando em todas as peças da casa os títulos que conseguiu por meio de
doações, no dia 28 de setembro de 1988 ele pendurou
na fachada de sua casa: Biblioteca Amigos do Livro. Eram 10 horas da noite, e Roberto estava realizado.
Adaptado de: O homem que não conhecia Machado de Assis e outras histórias. Jornal da Universidade. Caderno JU. n. 49, ed. 203, jul. 2017.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas.
a) à – à – porque – que
b) à – a – porque – de que
c) à – à – por que – de que
d) a – a – por quê – que
e) a – a – porque – que
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a) “Sabe-se lá por quê, quando faço a barba no banho, se tento cantarolar um motivo breve e atual, me corto.”
b) “Marido e mulher amavam os hóspedes, porquê sem eles acabavam brigando.”
c) “Por que amou muito, Madalena teve seus pecados perdoados.”
d) “Eis os crimes porque os homens devem ser punidos por Deus.”
e) “Às vezes somos castigados sem saber porquê.”
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a) “Sobre a parede estava pintado um cão enorme, preso à corrente, e em baixo estava escrito: ‘Cuidado com o cão.’”
b) “Os homens nada sabem a cerca da verdade dos deuses.”
c) “Os bandeirantes subiram rio a cima a fim de capturar índios.”
d) “Todos chegaram de pressa, mas cuidadosamente.”
e) “A situação era perigosa, porisso vinham devagar.”
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Aos 82 anos, o maestro Isaac Karabtchevsky declarou que “um músico tem que trabalhar até o último instante”, que é “nessa vivência que ele começa ____ redescobrir
partituras que já regeu ou tocou ____ tantos anos, experimentando-as de maneira totalmente diferente, como se fosse a primeira vez”. Não estamos falando aqui de
trabalho, mas da vida, pois nunca é tarde para encará-la com o frescor desse velho homem. O passado não é recuperável, não há feitiço do tempo que nos ajude a voltar
atrás para desfazer perdas e reparar falhas. Viver é uma comédia de erros e ponto. Quanto maior a vida, os arrependimentos e as saudades têm maiores oportunidades
de comparecer. O que levamos conosco corre o risco de virar um baú de velharias que carregamos só para remoer. No entanto, possuir uma memória fértil, honrar a
própria história, não nos obriga ____ andar de costas. No divã, as memórias são sempre convocadas e falando delas acabam ganhando novos sentidos. Não se trata de
voltar atrás para consertar, pois as lembranças ressurgem quando estão a serviço do presente. Elas são revisadas porque somos feitos delas, porque nossa identidade foi
construída a partir do que vivemos. “Como se fosse a primeira vez” é apenas um modo lúdico de manter viva ____ curiosidade. A amnésia não torna ninguém mais jovem
nem renova oportunidades. A boa notícia é que somente para os músicos o tempo de uma vida pode ser fértil até o fim. Ele pode assemelhar-se ____ das viagens, no
qual um dia leva vários para acabar. Por que ocorre essa sensação de lactação temporal? Porque viajando estamos abertos ____ novo, deixando-nos surpreender a cada
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momento. Karabtchevsky nos lembra que isso pode ocorrer até com as velhas sinfonias. Mesmo que existam melodias repetidas, interprete-as como se fosse a primeira
vez.
a) a – há – a
b) à – há – à
c) a–a–a
d) a – há – à
e) à–a–a
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O alerta vermelho do trânsito está ligado há décadas, mas nunca houve tantas soluções no horizonte
Para discutir as soluções para o trânsito, a SUPER e a QUATRO RODAS reuniram especialistas e organizaram o Fórum Mobilidade, que aconteceu no
dia 20 de julho, em São Paulo.
[…]
“Temos que desenvolver centros econômicos em várias regiões das cidades” Sérgio Avelleda, secretário de transportes da cidade de São Paulo
2. O fim do carro individual
Há oito anos, o Brasil tinha 24,7 milhões de carros. Hoje são 35,6 milhões infartando as veias e artérias urbanas. Pior: cada um transporta só 1,4 pessoa por dia (3
indivíduos a cada 2 automóveis). Não dá mais. Mas isso tem conserto, e ele não envolve o fim dos carros, mas o fim dos carros individuais – de modo que cada veículo
sirva a uma centena de cidadãos por dia, em vez de 1,4. “O carro será cada vez mais um serviço, em vez de uma propriedade”, disse Matheus Moraes, diretor da 99.
“Trata-se do uso mais eficiente possível de uma capacidade já instalada, que são os próprios veículos.”
Considerando as normas gramaticais e as seguintes frases adaptadas do texto de apoio, assinale a alternativa que apresenta as palavras que preenchem corretamente as
lacunas, respectivamente.
I. _______ discutir as soluções para o trânsito, a SUPER e a QUATRO RODAS reuniram especialistas.
II. _______ oito anos que o número de carros no Brasil aumentou de 24,7 para 35,6 milhões.
III. “Não faz sentido atravessar a cidade para conectar-se a um computador”, […] Sérgio Avelleda, secretário de transportes de São Paulo, expressou o mesmo
ponto de vista ___________ assunto.
Avizinhou-se da janela baixa da cozinha, viu os meninos, entretidos no barreiro, sujos de lama, fabricando bois de barro, que secavam ao sol, sob o pé de turco, e não
encontrou motivo para repreendê-los. Pensou de novo na cama de varas e mentalmente xingou Fabiano. Dormiam naquilo, tinham-se acostumado, mas seria mais
agradável dormirem numa cama de lastro de couro, como outras pessoas.
Fazia mais de um ano que falava nisso ao marido. Fabiano a princípio concordara com ela, mastigara cálculos, tudo errado. Tanto para o couro, tanto para a armação.
Bem. Poderiam adquirir o móvel necessário economizando na roupa e no querosene. Sinha Vitória respondera que isso era impossível, porque eles vestiam mal, as
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crianças andavam nuas, e recolhiam-se todos ao anoitecer. Para bem dizer, não se acendiam candeeiros na casa. Tinham discutido, procurando cortar outras despesas.
[...]
Um mormaço levantava-se da terra queimada. Estremeceu lembrando-se da seca, o rosto moreno desbotou, os olhos pretos arregalaram-se. Diligenciou afastar a
recordação, temendo que ela virasse realidade. Rezou baixinho uma avemaria, já tranquila, a atenção desviada para um buraco que havia na cerca do chiqueiro das
cabras. Esfarelou a pele de fumo entre as palmas das mãos grossas, encheu o cachimbo de barro, foi consertar a cerca.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do trecho, adaptado do original, devem ser preenchidas, respectivamente, com:
O senhor argumenta que a inteligência artificial poderá introduzir novas formas de preconceito. Como isso se daria?
No passado, tínhamos de lidar com a discriminação coletiva contra categorias inteiras. Em breve, porém, teremos de lidar com a discriminação individual, não mais
coletiva. Será o preconceito com base em dados coletados sobre cada pessoa – informações que podem revelar que alguém é péssimo em matemática, ou um mau
vizinho, ou mais preguiçoso que a média. Bancos e outras corporações já estão usando algoritmos para analisar dados pessoais para só então tomar decisões que nos
afetam. Quando se solicita um empréstimo, é provável que seu analista seja uma inteligência artificial. O algoritmo analisa dados como seu histórico de pagamento, seu
grau de escolaridade e até a frequência de uso de seu plano de saúde para saber se você é confiável. Muitas vezes, o robô faz um trabalho melhor do que o funcionário
de carne e osso. O problema é que, quando o algoritmo discrimina alguém injustamente, é difícil detectar isso. Se o banco se recusa a lhe conceder um empréstimo e
você pergunta por quê, a resposta é “o algoritmo negou”. Aí você retruca: “Por que o algoritmo disse não?”. Ao que eles respondem: “Não sabemos”. Nenhum
funcionário entende o algoritmo porque ele é baseado no que se chama de aprendizado de máquina avançado. Quando as pessoas discriminam grupos inteiros, esses
coletivos se unem, se organizam e protestam. Mas e se o preconceito tem origem em um algoritmo que pode discriminar um único indivíduo apenas por ser quem é?
Se o banco se recusa a lhe conceder um empréstimo e você pergunta por quê, a resposta é “o algoritmo negou”. Aí você retruca: “Por que o algoritmo disse não?”. Ao
que eles respondem: “Não sabemos”. Nenhum funcionário entende o algoritmo porque ele é baseado no que se chama de aprendizado de máquina avançado.
Assinale a alternativa que reescreve trecho dessa passagem empregando corretamente essas expressões.
a) Se o banco se recusa a lhe conceder um empréstimo e você pergunta “Porque?”, a resposta é “o algoritmo negou”.
b) Aí você retruca: “O algoritmo disse não por que?”
c) Se o banco se recusa a lhe conceder um empréstimo e você pergunta por que o recusou, a resposta é “o algoritmo negou”.
d) Ao que eles respondem: “Não sabemos porque”.
e) Por quê o algoritmo é baseado no que se chama de aprendizado de máquina avançado, nenhum funcionário o entende.
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É um processo fundamental _______ vida, mas não é nada simples. Tanto que, durante _______ evolução, animais primitivos – como os vermes que viviam _______ 600
milhões de anos – foram desenvolvendo uma rede de neurônios no sistema digestivo.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas, na ordem em que aparecem no texto.
a) à – a – há.
b) a – a – a.
c) a – à – há.
d) à – à – à.
e) a – à – à.
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Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma sobre a grafia das palavras e marque a alternativa referente à sequência CORRETA.
( ) Se a frase que encabeça o anúncio fosse interrogativa, a grafia correta da primeira palavra seria POR QUÊ.
a) F, V, V.
b) V, F, V.
c) V, F, F.
d) F, V, F.
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Sem privacidade
Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e dispositivos outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se lembrar do tempo em que
era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é impossível transitar por qualquer espaço público sem recolher informações pessoais de todo mundo. Viajando de ônibus, por
exemplo, acompanham-se em conversas ao celular brigas de casal, reclamações trabalhistas, queixas de pais a filhos e vice-versa, declarações românticas, acordo de
negócios, informações técnicas, transmissão de dados e um sem-número de situações de que se é testemunha compulsória. Em clara e alta voz, lances da vida alheia se
expõem aos nossos ouvidos, desfazendo-se por completo a fronteira que outrora distinguia entre a intimidade e a mais aberta exposição. Nas redes sociais, emoções
destemperadas convivem com confissões perturbadoras, o humor de mau gosto disputa espaço com falácias políticas – tudo deixando ver que agora o sujeito só pode
existir na medida em que proclama para o mundo inteiro seu gosto, sua opinião, seu juízo, sua reação emotiva. É como se todos se obrigassem a deixar bem claro para o
resto da humanidade o sentido de sua existência, seu propósito no mundo. A discrição, a fala contida, o recolhimento íntimo parecem fazer parte de uma civilização
extinta, de quando fazia sentido proteger os limites da própria individualidade.
Em meio a tais processos da irrestrita divulgação da personalidade, as reticências, a reflexão silenciosa e o olhar contemplativo surgem como sintomas problemáticos de
alienação. Impõe-se um tipo de coletivismo no qual todos se obrigam a se falar, na esperança de que sejam ouvidos por todos. Nesse imenso ruído social, a reclamação
por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo. Pretender identificar-se como um sujeito singular passou a soar como uma provocação escandalosa, em
tempos de celebração do paradigma público da informação.
(Jeremias Tancredo Paz, inédito)
a) As confissões perturbadoras às quais aprendemos a conviver não respeitam nosso direito à um mínimo de privacidade.
b) Houve tempos onde era feio e indiscreto ouvir conversas alheias; hoje, propaga-se as falas em voz alta por toda parte.
c) Não faltava a aquelas antigas conversas um tom de intimidade, tão raro hoje entre os que ainda lhe são capazes.
d) O olhar contemplativo, no qual se dedicavam os viajantes de ônibus, já não flue pelas janelas.
e) O vício das conexões, cujas malhas nos envolvem a todos, não é de todo mau, segundo os otimistas.
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Na fala do personagem-pai na charge há um erro de acentuação no vocábulo “quê”; a frase em que ocorre o mesmo erro ortográfico é:
Nascemos cidadãos e não meros indivíduos. Ainda que um anarquista extremado pretendesse ignorar ___ existência do Estado, ele encontraria na esquina quem o
representa: o policial, o fiscal do imposto de renda, o burocrata que emite os documentos que somos obrigados a portar. A mera presença não é suficiente para
provarnos a existência. Sem comprovação documental, esta é suspeita até segunda ordem. São os nossos documentos que nos conferem legitimidade, legalidade e
cidadania; eles são ___ prova de que estamos registrados no Estado, devidamente fichados – ainda que se adote outro termo – na máquina estatal. Assim, ficamos
facilmente localizáveis e imputáveis.
O Estado é como a natureza – esta não existe como entidade visível, o que se vê são montanhas, plantas, mares, flores, ventos. Sem a natureza, nada disso subsiste. Da
mesma forma, no Estado subsistem as instituições e a cidadania e, sobretudo, a autoridade – que suporta, onde há democracia, toda crítica, exceto ___ crítica ao Estado,
à sua legitimidade. Pôr em questão o próprio Estado é sinônimo de sublevação, subversão e, hoje em dia, terrorismo. Porque o Estado é mais que o governo, é poder, e
todas as instâncias de poder – financeiro, jurídico, administrativo – se articulam ou coexistem nele, com suficiente força para cooptar um por um dos governos que nele
ingressam.
Outrora encarado como agente social, o Estado torna-se então o Grande Leviatã. Os políticos, ainda que, da boca para fora, proclamem que o Estado não pode omitir-se
de suas funções sociais, tratam de desmantelá-lo. Frente ao avanço tecnológico atual, como expressão da riqueza, o Estado não investe suficientemente na redução da
distância entre a minoria privilegiada e a maioria da população que, no Brasil, não dispõe de rede de esgoto, instalações sanitárias, assistência de saúde e educação
qualificada. Eric Weil assinala que a tarefa do Estado é defender a sociedade dos perigos que a ameaçam, sejam internos (como a fome, a pobreza etc.), sejam externos
(opressão ou agressão por parte de outros Estados).
Adaptado de: BETTO, Frei. A mosca azul. Rio de Janeiro: Rocco, 2006. p. 191-3.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas no texto, respectivamente.
a) a–à–a
b) à–a–à
c) a–a–à
d) à–à–à
e) a–a–a
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O Facebook é, de longe, a maior rede da história da humanidade. Nunca existiu, antes, um lugar onde 1,4 bilhão de pessoas se reunissem. Metade de todas as pessoas
com acesso à internet, no mundo, entra no Facebook pelo menos uma vez por mês. Em suma: é o meio de comunicação mais poderoso do nosso tempo, e tem mais
alcance do que qualquer coisa que já tenha existido. A maior parte das pessoas o adora, não consegue conceber a vida sem ele. Também pudera: o Facebook é ótimo.
Nos aproxima dos nossos amigos, ajuda a conhecer gente nova e acompanhar o que está acontecendo nos nossos grupos sociais. Mas essa história também tem um lado
ruim. Novos estudos estão mostrando que o uso frequente do Facebook nos torna mais impulsivos, mais narcisistas, mais desatentos e menos preocupados com os
sentimentos dos outros. E, de quebra, mais infelizes.
No ano passado, pesquisadores das universidades de Michigan e de Leuven (Bélgica.) recrutaram 82 usuários do Facebook. O estudo mostrou uma relação direta: quanto
mais tempo a pessoa passava na rede social, mais infeliz ficava. Os cientistas não sabem explicar o porquê, mas uma de suas hipóteses é a chamada inveja subliminar,
que surge sem que a gente perceba conscientemente. Já deve ter acontecido com você. Sabe quando você está no trabalho, e dois ou três amigos postam fotos de
viagem? Você tem a sensação de que todo mundo está de férias, ou que seus amigos viajam muito mais do que você. E fica se sentindo um fracassado. “Como as
pessoas tendem a mostrar só as coisas boas no Facebook, achamos que aquilo reflete a totalidade da vida delas”, diz o psiquiatra Daniel Spritzer, mestre pela UFRGS e
coordenador do Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas. “A pessoa não vê o quanto aquele amigo trabalhou para conseguir tirar as férias”, diz Spritzer.
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E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador. Durante 30 anos, pesquisadores da Universidade de Michigan aplicaram testes de personalidade a
14 mil universitários. O resultado: os jovens da geração atual, que cresceram usando a internet, têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás. A
explicação disso, segundo o estudo, é que na vida online fica fácil ignorar as pessoas quando não queremos ouvir seus problemas ou críticas – e, com o tempo, esse
comportamento indiferente acaba sendo adotado também na vida offline.
Num meio competitivo, onde precisamos mostrar como estamos felizes o tempo todo, há pouco incentivo para diminuir o ritmo e prestar atenção em alguém que precisa
de ajuda. Há muito espaço, por outro lado, para o egocentrismo. Em 2012, um estudo da Universidade de Illinois com 292 voluntários concluiu que, quanto mais amigos
no Facebook uma pessoa tem, e maior a frequência com que ela posta, mais narcisista tende a ser – e maior a chance de fazer comentários agressivos.
Esse último resultado é bem surpreendente, porque é contraintuitivo. Ora, uma pessoa que tem muitos amigos supostamente os conquistou adotando comportamentos
positivos, como modéstia e empatia. O estudo mostra que, no Facebook, tende a ser justamente o contrário.
Na Espanha, após seis meses de trabalho parlamentar intenso e com 66 especialistas discutindo com a subcomissão do Congresso criada com este objetivo, as forças
políticas chegaram finalmente a um pacto de Estado contra a violência de gênero. O acordo deve dar um novo impulso a uma luta que corria o risco de ficar __________
pela impotência ou conformismo. [...]
O conjunto de medidas inclui mudanças legais e de reorganização dos dispositivos, __________ de assegurar uma resposta rápida, eficaz e homogênea em todo o país.
Uma das medidas mais importantes é a mudança de critérios na definição de vítima. Até agora, para que as mulheres pudessem ter acesso aos serviços de ajuda e
proteção, era preciso que tivessem feito antes a denúncia. Este requisito __________ o pedido de assistência, pois muitas mulheres ameaçadas não se sentem
suficientemente fortes para enfrentar o abusador. A partir de agora, poderão ter acesso a proteção e ajuda através de uma acreditação como vítima que pode ser emitida
tanto por órgãos judiciais como policiais e sociais específicos. Outros acordos importantes são a proteção específica dos menores, a supressão do atenuante de confissão,
restrições na aplicação da guarda compartilhada e compromisso de estudar uma fórmula para evitar que a __________ da obrigação de declarar por parte da vítima
favoreça a impunidade do abusador.
Do ponto de vista organizativo, é preciso destacar a recuperação de competências dos municípios. Por estar a administração mais próxima, é mais capaz de detectar os
casos e, portanto, pode ser mais eficaz. A falta de coordenação entre instituições e a pouca especialização de alguns serviços é a causa da desigualdade nos resultados. O
pacto prevê medidas para garantir que, quando um caso é detectado, seja ativado de forma rápida um sistema de acompanhamento da vítima, para evitar sua
desproteção. A casuística demonstra que o momento de maior perigo é a fase posterior à ruptura ou à denúncia. A existência de unidades multidisciplinares treinadas
especificamente para esse tipo de problema certamente vai melhorar a resposta. [...]
Afinal, por que (1) é que o Brasil nunca deixa de ser pobre?
Spoiler: porque (2) o único caminho para enriquecer é diluir a concentração de poder político-econômico. E o que fazemos é justamente o contrário.
Mais de 40 milhões de brasileiros moram em residências sem acesso a água potável, mesmo estando no país com as maiores reservas de água doce do mundo. Em um
terço dos 1.444 municípios do semi árido nordestino, mais de 10% das crianças sofre de desnutrição – no país que mais produz proteína animal no planeta.
Mergulhando um pouco mais na história brasileira, não é difícil perceber que riquezas naturais e qualidade de vida para a população não são necessariamente coisas que
andam lado a lado. Nosso imenso potencial tem feito justamente o contrário, nos ajudando a empacar em uma nada agradável 80ª posição mundial quando o assunto é
a riqueza produzida por cada cidadão. Não faz sentido. Lendo a próxima página, no entanto, você vai entender os porquês(3).
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a) Na terceira ocorrência, a grafia se justifica por se tratar de um emprego da palavra como substantivo.
b) Na primeira ocorrência, por se tratar de uma pergunta indireta, a grafia aceita poderia ser por quê.
c) Na primeira ocorrência, caso a frase não estivesse deslocada, a grafia deveria ser junta.
d) Na segunda ocorrência, a grafia se justifica por preceder uma consequência.
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a) “A única coisa sem mistério é a felicidade porque ela se justifica por si só”. (Jorge Luís Borges)
b) “No fim tudo dá certo, se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim”. (Fernando Sabino)
c) “Não chore porque acabou, sorria porque aconteceu”. (Dr. Seuss)
d) “Você pode se queixar porque a rosa tem espinhos ou se alegrar porque os espinhos têm rosas”. (Tom Wilson)
e) “A razão porque muitas pessoas se perdem em pensamentos é que estão em território não-familiar”. (Alfred E. Newman)
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a) I, III e V, apenas.
b) II, IV e VI, apenas.
c) II, III, V e VI, apenas.
d) III, IV, V e VI, apenas.
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Brasil escola
Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da segregação urbana, fruto da concentração de renda no espaço das cidades e da falta de
planejamento público que vise à promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades. A especulação imobiliária favorece o encarecimento dos
locais mais próximos dos grandes centros, tornando-os inacessíveis à grande massa populacional. Além disso, à medida que as cidades crescem, áreas que antes eram
baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que contribui para que a grande maioria da população pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes.
Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de residência com os centros comerciais e os locais onde trabalham, uma vez que a esmagadora maioria dos
habitantes que sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a isso as precárias condições de transporte público e a péssima
infraestrutura dessas zonas segregadas, que às vezes não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam elevados índices de violência.
A especulação imobiliária também acentua um problema cada vez maior no espaço das grandes, médias e até pequenas cidades: a questão dos lotes vagos. Esse
problema acontece por dois principais motivos: 1) falta de poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas que não possui condições de construir neles e 2) a
espera pela valorização dos lotes para que esses se tornem mais caros para uma venda posterior. Esses lotes vagos geralmente apresentam problemas como o acúmulo
de lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças, como a dengue.
PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urbanos”; Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/brasil/problemas-ambientais-sociais-decorrentes-urbanização.htm.
Acesso em 14 de abril de 2016.
“Além disso, à medida que as cidades crescem, áreas que antes eram baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que contribui para que a grande maioria da
população pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes”.
Nesse segmento do texto, o vocábulo mais aparece duas vezes, com a mesma classe gramatical; a frase abaixo em que esse mesmo vocábulo apresenta classe diferente
é:
a) “Quem está embaixo não pode cair mais fundo” (Samuel Butler);
b) “A avareza é mais contrária à economia que a liberdade” (La Rochefoucauld);
c) “O avarento é o mais leal e fiel depositário dos bens dos seus herdeiros” (Marquês de Maricá);
d) “A coisa mais semelhante a reviver a própria vida é relembrá-la e tornar essa lembrança o mais durável possível” (Franklin);
e) “O pecado de mais culpa é o adultério” (Nouailles).
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Assunto: Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que, porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Texto – Problemas Sociais Urbanos
Brasil escola
Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da segregação urbana, fruto da concentração de renda no espaço das cidades e da falta de
planejamento público que vise à promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades. A especulação imobiliária favorece o encarecimento dos
locais mais próximos dos grandes centros, tornando-os inacessíveis à grande massa populacional. Além disso, à medida que as cidades crescem, áreas que antes eram
baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que contribui para que a grande maioria da população pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes.
Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de residência com os centros comerciais e os locais onde trabalham, uma vez que a esmagadora maioria dos
habitantes que sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a isso as precárias condições de transporte público e a péssima
infraestrutura dessas zonas segregadas, que às vezes não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam elevados índices de violência.
A especulação imobiliária também acentua um problema cada vez maior no espaço das grandes, médias e até pequenas cidades: a questão dos lotes vagos. Esse
problema acontece por dois principais motivos: 1) falta de poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas que não possui condições de construir neles e 2) a
espera pela valorização dos lotes para que esses se tornem mais caros para uma venda posterior. Esses lotes vagos geralmente apresentam problemas como o acúmulo
de lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças, como a dengue.
PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urbanos”; Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/brasil/problemas-ambientais-sociais-decorrentes-urbanização.htm.
Acesso em 14 de abril de 2016.
“Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de residência com os centros comerciais e os locais onde trabalham”; a frase abaixo em que o vocábulo
onde/aonde foi mal empregado é:
a) “Muitos suicidas se detiveram no limiar da morte ao pensar no café aonde vão todas as noites para sua partida de dominó” (Balzac);
b) “Onde há casamento sem amor, vai haver amor sem casamento” (Franklin);
c) “Circo é o lugar onde se permite a cavalos, pôneis e elefantes verem homens, mulheres e crianças bancarem idiotas” (Ambrose Bierce);
d) “As pessoas onde é difícil achar defeitos devem ser difíceis de achar” (Nouailles);
e) “Os Lusíadas
se tornaram para nós um pesadelo, porque ninguém sabia onde o diabo escondia o sujeito da oração naqueles versos retorcidos” (Fernando
Sabino).
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Questão 161: VUNESP - Dir Esc (Itápolis)/Pref Itápolis/2016
Assunto: Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que, porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Leia a tirinha.
Para substituir, sem alteração de sentido, a expressão destacada na frase acima podemos selecionar por:
a) Concorda com
b) Discorda da
c) Aceita a
d) Encontra a
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A regra gramatical que está implícita nos pares de frases anteriores se aplica em:
a) Depois de percorrer todo o Brasil, arrastando novos e antigos fãs, mostrando o porquê a banda está mais forte do que nunca, os músicos do RPM desembarcam
em Curitiba no próximo sábado.
b) A crescente diferença de longevidade significa que benefícios como a seguridade social são pagos de maneira ainda mais desproporcional aos mais ricos, por que
eles vivem mais para recebê-los.
c) Os responsáveis pela operação ainda não apresentaram às autoridades que investigam o caso as razões por que foram feitas as remessas ao exterior.
d) Por que a maioria se omite, as injustiças dificilmente são denunciadas.
e) Porque insistir em comprar imóveis, se o mercado imobiliário está em crise?
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Quando comecei a estudar na Universidade Federal de Pernambuco, quase trinta anos atrás, uma das primeiras disciplinas que cursei era ministrada por Luiz Antônio
Marcuschi. Foi uma dessas pouquíssimas experiências que representam um ponto de transformação em nossas vidas e que nos marcam definitivamente. A partir dali,
procurei me matricular em todos os cursos que Marcuschi oferecia, de modo que ele foi meu professor em todos os semestres da minha graduação em Letras e também
em meu mestrado em linguística. Eu dizia aos colegas que, se ele oferecesse aulas de corte e costura ou de culinária tailandesa, eu estaria sempre na primeira fila. Isso
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porque, em cada encontro, Marcuschi nos fazia percorrer as principais trilhas do pensamento filosófico ocidental, de Platão a Wittgenstein, com passagens por santo
Agostinho, Leibniz e Frege, e paradas obrigatórias nas grandes teorias da linguística.
Uma colega me confessou, certa vez, que saía daquelas aulas com dor de cabeça, enquanto outra desejava montar uma bilheteria e cobrar ingresso para o que lhe
pareciam verdadeiros espetáculos de erudição. Mas era, na verdade, uma prática de ensino que não se resumia à exibição pura e simples de conhecimento para subjugar
os estudantes, para produzir inveja ou temor, como se dá com melancólica frequência em nossos meios acadêmicos. Uma prática que outro ex-aluno dele definiu como
generosidade intelectual. Porque Marcuschi compartilhava suas fontes com absoluta prodigalidade, jamais escondia para seu uso exclusivo os segredos do acesso à
informação.
Em todas as conferências que dava, o gesto final era sempre o mesmo: entregava as páginas com o texto que tinha acabado de ler, para que as pessoas fizessem cópias
à vontade, sem nenhuma restrição, sem nada pedir em troca.
Eram textos em incessante construção, que ele poderia até eventualmente reapresentar em outra ocasião, já mais amadurecidos, mais enriquecidos com novas reflexões,
novos resultados, novas reformulações. Por isso, decerto, ele talvez tenha publicado menos do que gostaríamos, pois era movido por essa insatisfação compulsiva que
leva os grandes pensadores a exigirem sempre mais de si mesmos.
Ainda assim, foi o principal introdutor, nos meios científicos brasileiros, de uma série de teorias linguísticas que, se hoje têm ampla difusão entre nós, é precisamente
graças a ele: análise da conversação, linguística textual, pragmática linguística, relações fala/escrita, linguística cognitiva... Marcuschi era inflexível quanto à sua recusa de
qualquer teoria sobre a linguagem que desconsiderasse a atividade humana, a interação social, a inevitabilidade de incluir o falante e seus interlocutores na análise de
toda e qualquer manifestação verbal oral ou escrita. Algo que aprendi com ele e que repito a todo momento é que a linguagem é um trabalho efetuado pelas pessoas em
interação social. Não se trata, portanto, de mero uso, como se a língua fosse uma caixa de ferramentas: trata-se de ação. Para ele, o formalismo paroxístico da linguística
chomskiana, por exemplo, era nada menos do que um “escândalo científico”, conforme escreveu certa vez.
Sei que todas as pessoas que, como eu, fomos suas alunas e alunos e tivemos o privilégio incalculável de conviver com ele, dentro e fora de sala de aula, vamos
conservar a influência decisiva implantada em nós por um homem que viveu exclusivamente para o estudo e para a construção do conhecimento. Dono de uma
franqueza absoluta, sem meias palavras e sem concessões, enunciava suas opiniões e seus ensinamentos num incontornável sotaque gaúcho que, até hoje, ecoa em
nossos ouvidos como o traço distintivo desse intelectual como poucos que o Brasil tem produzido. Por isso, na dedicatória que lhe fiz num dos meus livros, escrevi que
Marcuschi é a pessoa “que me ensinou muito do que ainda vou aprender”.
Tudo começa com esquecer onde estão as chaves ou quem telefonou. Depois, o senso de orientação e as lembranças vão sendo afetados, e se termina na dependência
total de outra pessoa para realizar atividades comuns, como comer ou tomar banho. O mal de Alzheimer é uma alteração neurodegenerativa geralmente conhecida pelos
problemas associados à perda de memória em curto e longo prazo. As pessoas que padecem da doença não são capazes de recordar nenhuma de suas experiências ao
longo da vida e deixam de reconhecer os entes queridos, o que dificulta as relações com os familiares.
Um estudo recente demonstrou que a perda de memória e a capacidade de percepção visual dos rostos não se manifestam só na fase severa da doença, mas alguns
sintomas já são observados em sua etapa prematura. Isso explicaria por que essas pessoas deixam de reconhecer os filhos, cônjuges ou amigos. Nessa pesquisa da
Universidade de Montreal, Canadá, são comparados os resultados de 25 pessoas afetadas e os de 23 idosos sem nenhum tipo de problema neuronal. Os participantes
foram submetidos ao Teste de Reconhecimento Facial de Benton (BFRT, na sigla em inglês), provas adotadas por neurologistas e neuropsicólogos para determinar as
habilidades de reconhecimento facial. O procedimento é simples: é apresentada uma série de rostos e objetos comuns, neste caso, carros em diferentes posições, e a
pessoa deve indicar quais imagens são iguais.
Os resultados revelaram que as pessoas com Alzheimer processam de forma menos eficaz os rostos em posição normal do que os invertidos e os carros. “O
reconhecimento de rostos invertidos depende de técnicas de estratégia local (observar os olhos, o nariz e a boca de forma individual), enquanto que nós pensamos que
quando processamos caras em posição normal as múltiplas partes de um rosto são percebidas integradas, como representações holísticas das caras, e é nesse último
ponto onde se encontrou menos eficiência em pessoas com Alzheimer”, afirma o pesquisador principal do projeto, Sven Joubert.
(http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/28/ciencia/1461864175_680522.html)
Considere a seguinte frase retirada do texto: “Isso explicaria por que essas pessoas deixam de reconhecer os filhos”. Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada
está usada corretamente.
Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de economizar água, porque não
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adianta optar por isso em troco da saúde. O ideal é economizar usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para cozinhar (levar à panela à mesa
em vez de usar um refratário) e usar água de reuso no vaso sanitário.
Seria conveniente que não se confundisse a expressão sublinhada com “ao invés de”, como ocorre na seguinte frase
“chegaram a um lugar onde o caminho era estreito”; nesse segmento do texto ocorre o emprego correto do vocábulo sublinhado. A frase abaixo em que o emprego do
mesmo vocábulo também mostra correção é:
Acumulo uma casa abarrotada, um palácio falsamente reluzente e uma miséria envergonhada. Tenho, entre os dentes, um repertório caótico frente ao qual capitulo
entregue à desordem do meu instinto narrativo.
A seleção que faço da vida é arbitrária. Faltam-me critérios para saber o que vale guardar para os anos vindouros. Como selecionar o que seja, se a própria existência é
uma apologia ao banal?
Aguardo, pois, um tempo futuro que me facilite alcançar o cerne da matéria onde a paixão soçobra e ilumina-se ao mesmo tempo.
Sou um ser comprometido com o enigma da criação. A arte é a minha razão de ser. Sua substância é inicialmente desconfortável, mas meu ofício não conhece expurgo.
Desconfio que escrevo para alargar o sentido da vida. E que, ao criar à revelia certas metáforas, sirvo ao mistério que reina na minha terra, privo com a intimidade do
meu corpo. E cedo entendi que, entre uma história e outra, o ideal é esgotar o que inicialmente se encontra sob o meu domínio, até dar caça de novo ao singular.
Mal defino, contudo, este enigma a que sirvo, apesar do longo convívio com o fazer literário. Sempre que tentei esclarecer os postulados da arte narrativa, falhei em
apreender sua vasta relação com o mundo e os seres. Sei, no entanto, que a escritura é a residência secreta do escritor na terra. E que, confrontado com o mito da
criação, seu maior segredo, ele vive e morre em meio às palavras. Sob este mito aloja-se a sua estética, assim como a consciência da arte. Razão de o escritor tentar
conceituar a natureza da linguagem, decifrar a escritura que deriva da imaginação e da ilusão. Pretender saber por que ilusão e imaginação, ambas de realidade
evanescente, são sanguíneas e apaixonadas, ainda que pairem acima do concreto e do palpável. E apresentem, além do mais, marcas persuasivas, eloquentes, insidiosas,
e estejam em todas as partes, atendendo aos ditames coletivos, tornando a arte crédula.
Mas, graças à arte literária, que convive fundamentalmente com a esperança do inefável e do poético, aceitamos a ilusão do mundo, e dos sentimentos que nos habitam,
como premissas para a existência da própria obra de arte. Para, deste modo, acolhermos a existência anímica de Aquiles, de Karamasoff, de Don Quijote, estes seres
ilusórios que nos surgem revestidos de carne.
(PINON, Nélida. Aprendiz de Homero. Rio de Janeiro: Editora Record , 2008, p. 23-24, fragmento.)
" Pretender saber POR QUE ilusão e imaginação, ambas de realidade evanescente, são sanguíneas e apaixonadas"
Sabendo-se que, pelas normas ortográficas em vigor, o termo em destaque no fragmento transcrito acima tem quatro formas distintas de grafia, pode-se afirmar que
está em desacordo com as normas ortográficas a grafia do referido termo na frase:
Chicungunha
Como se a dengue fosse pouco, bate à porta o vírus chicungunha, transmitido pelo mesmo mosquito.
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No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou 337 casos no dia 11 de outubro, número que saltou para 824 em duas semanas, distribuídos principalmente entre Oiapoque,
no Amapá, Feira de Santana e Riachão do Jacuípe, na Bahia.
A disseminação rápida é atribuída à ausência de imunidade na população e à distribuição dos mosquitos-vetores capazes de transmitir o vírus: Aedes aegypti e Aedes
albopictus, os mesmos da dengue.
O nome chicungunha veio da língua Kimakonde, com o significado de “homem que anda arqueado”, referência às dores articulares da enfermidade.
Assinale a alternativa em que é correto completar a frase com a forma verbal há, assim como em – O aquecimento e a seca que assolaram o norte da África há 5 000
anos forçaram espécies ancestrais…
O site Cracked separou sete coisas que ninguém sabia sobre os celulares. São várias teorias sobre a nocividade dos aparelhos sobre o corpo humano. Quer saber quais
são elas? Então vamos à lista:
Antes dos telefones celulares, os casais eram muito mais fiéis. Atualmente, a grande maioria dos casos de adultério é combinada por telefones pessoais, pois dessa forma
não há tanto risco de outra pessoa atender às ligações. Isso sem falar em reuniões familiares, que são constantemente atrapalhadas (ou ignoradas) por filhos e filhas que
preferem as mensagens de texto às conversas com os pais.
No Brasil, falar ao celular enquanto se está no volante é uma infração de trânsito. Isso acontece porque o telefone realmente tira a atenção dos motoristas. Mas há
relatos de que a distração causada pelos celulares vai muito mais além: até mesmo quando estamos caminhando, ficamos mais suscetíveis a acidentes quando estamos
em ligações.
Um dos principais problemas dos celulares são os micróbios. Muitos utilizam os aparelhos no banheiro, o que pode infectá-los com bactérias dos mais variados tipos.
Sujeiras dos bolsos, chão e mesas também afetam os telefones. Em suma, os celulares são verdadeiras colônias de germes e outros pequenos vilões da saúde humana.
Um estudo alemão mostrou que grande parte das pessoas de até 30 anos está com os caminhos para a digitação de mensagens gravados no subconsciente. Isso significa
que, mesmo sem um teclado visível, os usuários conseguem saber onde estão as letras de seus celulares.
Parece o mesmo que acontece com os teclados de computadores, mas nos experimentos somente os números eram mostrados e, incrivelmente, as pessoas envolvidas
conseguiam decifrar os códigos mais rapidamente.
Em uma velocidade muito baixa, mas isso está acontecendo. Possivelmente os celulares estejam fazendo com que seus olhos sejam afetados (a radiação faz com que
eles sejam aquecidos). Além disso, a audição pode estar sendo afetada por volumes muito altos em fones de ouvido.
Estudos mostram um dado curioso. Mulheres que usam celular durante a gravidez e durante os primeiros anos de vida de seus bebês têm 50% a mais de chances de
terem filhos com sérios problemas comportamentais. A causa disso? A radiação por celulares estaria estimulando a liberação de melatonina (um hormônio que regula
várias funções corporais).
Segundo apontam cientistas, celulares emitem radiação eletromagnética. É ela que, supostamente, causa danos ao cérebro. Novas teorias apontam para o fato de que
essa mesma radiação poderia ser responsável por afetar também o sistema reprodutor dos homens. Como os celulares ficam muito tempo nos bolsos, isso poderia ser
uma causa da esterilidade.
Nessa frase do texto 1, a forma “porque” aparece corretamente grafada; a frase abaixo em que essa forma deveria ser substituída por “por que” é:
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Questão 177: FGV - Prof (SME Cuiabá)/Pref Cuiabá/Licenciatura em Artes e Educação Artística/2015
Assunto: Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que, porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Desmatamento no Brasil
O Brasil tem feito grandes progressos em matéria de meio ambiente. Reduziu a extração ilegal de madeira, tem uma política ambiental severa e um sistema de alto nível
para controlar esta política, mas ainda desmata uma área equivalente ao território de Israel a cada quatro anos.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( OCDE ) divulgou um relatório para analisar o desempenho das políticas de proteção ambiental no
Brasil, no qual apontou que, apesar de melhorias visíveis, o país ainda tem a maior perda de área florestal do mundo: 4.800 quilômetros quadrados, de acordo com dados
de 2014.
E uma das principais falhas de seu vasto programa ambiental é, para a OCDE, a longa brecha entre a legislação adotada e sua implementação de fato.
“O crescimento econômico e urbano, a expansão agrícola e de infraestrutura também aumentaram o consumo de energia, o uso de recursos naturais e as pressões
ambientais”, aponta o relatório apresentado nesta quarta-feira, em Brasília.
“Apesar da severa legislação ambiental, ainda há muitas lacunas na sua execução e cumprimento. No atual cenário de uma economia encolhendo, uma melhor integração
dos objetivos ambientais e das políticas econômicas e setoriais ajudaria o Brasil a avançar no sentido de um desenvolvimento mais verde e mais sustentável, se assim o
desejar”, acrescenta o texto.
No entanto, este país que abriga a maior biodiversidade do planeta está longe de ser a dramática situação de 2004, quando a floresta perdeu 27.000 quilômetros
quadrados de árvores. É também a nação dos BRICS com maior oferta de energia renovável e já reduziu suas emissões para níveis abaixo da meta estabelecida para
2020.
Mas os desafios permanecem, pouco antes do início da Conferência do Clima de Paris, que em dezembro reunirá 195 delegações a fim de manter o aumento constante da
temperatura global a um máximo de 2°C desde o início da Revolução Industrial.
O Brasil, que possui 12% da água doce do planeta, é um ator-chave para um acordo bem-sucedido em Paris. Mas em meio a uma recessão econômica grave que irradia
para todas as atividades, o país deve lutar para superar as barreiras estruturais, como a proliferação de organismos de controle do meio ambiente, a falta de capacitação
profissional e a expansão urbana e agrícola, disse a OCDE.
“Mas os desafios permanecem, pouco antes do início da Conferência do Clima de Paris, que em dezembro reunirá 195 delegações a fim de manter o aumento constante
da temperatura global.”
Nesse segmento do texto, o vocábulo “a fim” é grafado em duas palavras, o que tem um sentido diferente do vocábulo “afim”, grafado como uma só palavra.
Assinale a opção que indica a frase cujo termo sublinhado apresenta grafia correta.
O estrangeiro
Hoje, mamãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem. Recebi um telegrama do asilo: “Sua mãe faleceu. Enterro amanhã. Sentidos pêsames”. Isso não esclarece nada.
Talvez tenha sido ontem.
O asilo de velhos fica em Marengo, ____ oitenta quilômetros de Argel. Vou tomar o ônibus às duas horas e chego ainda à tarde. Assim, posso velar o corpo e estar de
volta amanhã à noite. Pedi dois dias de licença a meu patrão e, com uma desculpa destas, ele não podia recusar. Mas não estava com um ar muito satisfeito. Cheguei
mesmo a dizer-lhe: “A culpa não é minha”. Não respondeu. Pensei, então, que não devia ter dito isto. A verdade é que eu nada tinha por que me desculpar. Cabia a ele
dar-me pêsames. Com certeza, irá fazê-lo depois de amanhã, quando me vir de luto. Por ____ é um pouco como se mamãe não tivesse morrido. Depois do enterro, pelo
contrário, será um caso encerrado e tudo passará a revestir-se de um ar mais oficial.
Como de costume, almocei no restaurante do Céleste. Estavam todos com muita pena de mim e Céleste disse-me: “Mãe, só se tem uma”. Depois do almoço, quando saí,
acompanharam-me até a porta. Estava um pouco atordoado ____ foi preciso ir à casa de Emmanuel para lhe pedir emprestadas uma braçadeira e uma gravata preta. Ele
perdeu o tio ____ alguns meses.
Corri para não perder o ônibus. Esta pressa, esta corrida, os solavancos, o cheiro da gasolina, a luminosidade da estrada e do céu, tudo isso contribuiu, sem dúvida, para
que eu adormecesse. Dormi durante quase todo o trajeto. E quando acordei estava apoiado em um soldado, que sorriu e me perguntou se eu vinha de longe. Respondi
“sim” para não ter de falar mais.
O asilo fica a dois quilômetros da aldeia. Fiz o percurso a pé. Quis ver mamãe imediatamente. Mas o porteiro disse-me que eu precisava procurar o diretor. Como ele
estava ocupado, esperei um pouco. Durante todo este tempo o porteiro não parou de falar. Depois o diretor recebeu-me no seu gabinete. É um velhote, que tem a
Legião de Honra. Fitou-me com seus olhos claros. Depois apertou a minha mão e conservou-a durante tanto tempo na sua mão que não sabia mais como retirá-la.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas das linhas 03, 07, 11 e 12 do texto.
a) há – hora – porque – a
b) a – hora – por que – há
c) a – ora – porque – há
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d) à – hora – por que – a
e) à – ora – porque – há
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Grande parte dos debates políticos contemporâneos é sobre como promover a prosperidade, melhorar nosso padrão de vida, ou impulsionar o desenvolvimento
econômico. ......... nos importamos com essas coisas? A resposta mais óbvia é: ................. achamos que a prosperidade nos torna mais felizes do que seríamos sem ela
– como indivíduos ou como sociedade. A prosperidade é importante ............. contribui para o nosso bem-estar. Para explorar essa ideia, voltamo-nos para o utilitarismo,
a mais influente explicação do ............... e do “como” maximizar o bem-estar ou (como definem os utilitaristas) procurar a máxima felicidade para o maior número de
pessoas.
(SANDEL, Michael. Justiça: o que é fazer a coisa certa. 13. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014).
Com 1.445 verbetes listados sob "ironia" na MLA Bibliografy de uma única década, por que o mundo precisaria de um outro livro sobre ironia? E essa listagem conta
apenas uma parte da história − a parte literária: esse tópico tem sido abordado por especialistas em áreas tão diversas quanto linguística e ciências políticas, sociologia e
história, estética e religião, filosofia e retórica, psicologia e antropologia. A ironia tem sido sempre localizada e estudada em literatura, artes visuais, música, dança,
teatro, exposições de museu, conversas e argumentação filosófica, e essa lista pode crescer muito mais. Mesmo concordando que a maioria desses 1.445 verbetes são
de artigos sobre "ironia em..." algum texto ou obra de algum artista, a quantidade de energia gasta ao se tentar compreender como e por que as pessoas escolhem se
expressar dessa maneira bizarra continua a me espantar. Parece haver uma fascinação com a ironia − que eu obviamente também sinto − quer ela seja considerada um
tropo retórico, quer um modo de ver o mundo.
Obs.: tropo retórico = figura de linguagem
(HUTCHEON, Linda. A "cena" da ironia, em Teoria e política da ironia. Trad. Julio Jeha. UFMG: Belo Horizonte, 2000. p. 15)
Um mundo habitado por seres com habilidades sobre-humanas parece ficção científica, mas essa poderia ser a visão que nossos antepassados longínquos teriam de nós.
Vive-se mais e com melhor qualidade que eles; cruzam-se grandes distâncias em poucas horas e estabelece-se comunicação instantânea com pessoas do outro lado do
planeta, só para citar alguns exemplos que deixariam nossos tataravós boquiabertos. O que esperar então dos humanos do futuro?
Uma das tendências, segundo especialistas, é a integração da tecnologia a nossos corpos – uma espécie de hibridização. Seguindo o movimento que ocorreu ao longo do
século 20, de miniaturização dos artefatos tecnológicos, estes ficariam tão pequenos a ponto de serem incorporados a nosso organismo e conectados a nosso sistema
nervoso. Com o avanço dessa hibridização, haveria uma escala de radicalidade na adoção da tecnologia, com alguns indivíduos optando por todas as modificações
possíveis, e outros sendo mais contidos. Em um horizonte mais distante, nos questionaríamos sobre qual é o limite entre o natural e o artificial.
É provável que o leitor já tenha usado algum tipo de melhoramento das capacidades cognitivas, ou seja, das habilidades de adquirir, processar, armazenar e recuperar
informação. Se já tomou café para se manter acordado, usou o estimulante cafeína, presente na bebida, para melhorar seu estado de alerta. Isso não parece
particularmente controverso, assim como não é o emprego de técnicas mnemônicas para facilitar a memorização de uma determinada informação. Nos últimos anos,
porém, novas modalidades de melhoramento cognitivo surgiram, como o consumo de drogas que não se desenvolveram para esse objetivo.
Um dos principais problemas éticos associados a esse tipo de melhoramento é que ele ampliaria a desigualdade social, criando uma elite superinteligente, rica e
poderosa, além de polarizar a sociedade entre os mais e os menos aptos. Entretanto, segundo estudiosos, a tendência é que melhoramentos se tornem mais baratos com
o tempo, sendo acessíveis para todos. Se as pessoas puderem escolher quais melhoramentos adquirir, é pouco provável que se formem apenas dois grupos sociais
distintos, sendo mais factível que haja um contínuo de indivíduos modificados.
O melhoramento físico e cognitivo dos humanos por meio de novas tecnologias é a principal bandeira do transumanismo. Esse movimento defende que a forma atual do
ser humano não representa o fim do nosso desenvolvimento, mas sim uma fase relativamente precoce. Assim como usamos métodos racionais para melhorar as
condições sociais e o mundo externo, podemos utilizar essa mesma abordagem no nosso organismo, sem necessariamente nos limitarmos a meios tradicionais, como
educação e desenvolvimento cultural.
Já os opositores dos transumanistas, chamados de bioconservadores, alertam sobre os vários problemas que tecnologias de melhoramento criarão para a sociedade,
como a já citada polarização e o aumento da desigualdade social.
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Além do melhoramento físico e cognitivo da humanidade, alguns transumanistas defendem a eliminação do sofrimento, tanto físico quanto emocional. Sua intenção é
eliminar males como depressão e síndrome do estresse pós-traumático, para promover a saúde mental e a felicidade. Apesar de ser um objetivo aparentemente nobre,
esse tipo de alteração, mais do que melhoramentos físicos, parece tocar na nossa essência, naquilo que consideramos o cerne da humanidade. Uma questão central
nessa discussão é o que é ser humano.
a) A internet, tal como a conhecemos, aberta, livre e democrática, é um fenômeno sem igual porquê é incontrolável.
b) As melhores universidades do mundo abrem as portas da excelência porque oferecem na rede cursos inteiros de graça.
c) Os professores que pesquisam os cursos a distância explicaram o por quê do sucesso atual da educação via internet.
d) Os cursos na internet começam a ter peso fora do mundo virtual por que várias instituições começaram a aceitar créditos conquistados on-line.
e) Porque a revolução da educação on-line de alto nível já se tornou, de fato, uma realidade em todo o mundo?
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A Copa do Mundo começa em 12 de junho. Está _______ apenas seis meses de distância. As obras em muitos dos estádios da Copa estão muito atrasadas. E os custos
de acomodação e viagem para os torcedores que irão ________ Copa já são previstos como astronômicos. A Copa do Mundo é um dos poucos eventos internacionais que
atrai pessoas em todo o planeta. E em junho o mundo todo estará observando o Brasil.
a) à … a
b) à … à
c) há … a
d) a … a
e) a … à
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As tecnologias de Big Data chegaram silenciosamente, mudando a estratégia de muitos negócios. Fatos dignos de ficção científica, como lojas de departamentos capazes
de identificar se suas consumidoras estão grávidas a partir do padrão de consumo e serviços de busca mapeando em tempo real o progresso de pandemias, já são notícia
velha.
Empresas e instituições de vários tipos e tamanhos hoje são capazes de coletar dados a partir de várias fontes, combinando- os em sistemas de armazenamento da
ordem de petabytes (mil terabytes), e analisá-los em busca de padrões. O resultado são previsões melhores, serviços mais personalizados e mensagens mais bem
dirigidas, estimulando decisões mais bem informadas e mais seguras.
Da mesma forma que os grandes volumes de dados mudam a gestão de corporações, uma nuvem de pequenas informações pessoais, conectadas, começa a provocar
uma mudança de costumes. São dados que registram o que uma pessoa sabe a respeito de si própria: o que fez, quem conhece, aonde foi, como dormiu, quanto pesa,
como passa o tempo.
Mensuração e análise são ótimas. Sem elas é quase impossível progredir. Mas é preciso cautela em seu uso. A obsessão por elas, da mesma forma que a procura
desesperada por seguidores nas mídias sociais, pode piorar uma situação, deixando seu usuário viciado nas estatísticas que deveriam libertá-lo.
QI, placares e centímetros de bíceps são métricas observáveis e fáceis de comparar. Mas isso não quer dizer que sejam as melhores ou mesmo as certas. Um funcionário
pontual nem sempre é o melhor funcionário, mais conexões não significam mais conhecimento.
Além do mais, o que é o certo? A preocupação excessiva com as métricas pessoais pode levar à padronização e à robotização de seus usuários, um efeito colateral
bastante desagradável. Em situações extremas pode até criar autômatos ou estimular comportamentos doentios, como anorexia ou bulimia.
De qualquer forma, a ignorância nunca é uma bênção. Os benefícios do autoconhecimento são incomparáveis. Mas para isso é preciso um pouco de trabalho. Não basta
apenas coletar os dados, deve-se também refletir sobre eles e planejar novas metas periodicamente, aprendendo a identificar padrões de comportamento nocivos e
recorrentes. Nesses termos, a quantificação pessoal só deve fazer bem.
Na verdade, sem que o percebamos, os robôs começam a tomar conta de diferentes aspectos da nossa vida. Até que ponto devemos delegar a máquinas tarefas que
consideramos essencialmente humanas ou mesmo a tomada de decisões que envolvem vidas e valores fundamentais? Qual o risco representado pelos , os aviões drones
que, comandados à distância, conseguem exterminar o inimigo com elevado grau de precisão? Que tipo de aplicação essa nova realidade tem sobre a sociedade e sobre
a visão que temos de humanidade?
Tais questões representam um dos maiores desafios que deveremos enfrentar neste século. Seria um despropósito deixar de aproveitar as conquistas da robótica para
aperfeiçoar atividades tão necessárias quanto a medicina, o policiamento ou mesmo a limpeza doméstica. Mas também seria ingênuo acreditar que máquinas ou robôs
podem um dia nos substituir em decisões complexas, que envolvem menos um cálculo racional e mais emoções ou crenças. Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais
difíceis, mais desafiadoras — e até ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones
. Perguntas cuja resposta nenhum robô poderá dar.
a) A civilização maia e as grandes dinastias chinesas entraram em declínio por que sofreram efeitos de eventos climáticos.
b) A humanidade precisa compreender a razão por que precisa evitar que os gases do efeito estufa aqueçam o planeta.
c) Algumas civilizações antigas foram destruídas por quê eventos climáticos afetaram a produtividade agrícola.
d) Os cientistas pesquisam as variações climáticas por que as consideram essenciais à previsão de desastres ambientais.
e) Os resultados das pesquisas evidenciam o por quê do aumento do aquecimento global nas últimas décadas.
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Definir uma política para a economia informal – ou mais especificamente para o comércio ambulante – significa situá-la em contextos de desigualdade, entendendo de
que maneira ela se relaciona com a economia formal e de que forma ela é funcional para a manutenção dos monopólios de poder político e econômico. Dependendo do
contexto, o poder público formula políticas considerando o caráter provisório do trabalho informal, justificando políticas de formalização com a crença de uma possível
“erradicação” da informalidade.
Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio ambulante nas grandes cidades é emblemática. Trata-se de um sinal que aponta que o comércio
ambulante é visto como política compensatória, reservada a alguns grupos com dificuldades de entrada no mercado de trabalho, como deficientes físicos, idosos e, em
alguns países, veteranos de guerra. Entretanto, a realidade do comércio ambulante em São Paulo mostra que essa atividade é uma alternativa consolidada para uma
parcela importante dos ocupados que não se
enquadram em nenhuma das três categorias acima. [...]
Há políticas que reconhecem a informalidade como exceção permanente do capitalismo e que acreditam que somente podem “gerenciá-la” ou “domesticá-la” se
determinada atividade não gerar conflitos e disputas entre setores da sociedade. Nessa concepção, “gerenciar” a informalidade significa tolerá-la, limitando-a
arbitrariamente a um número ínfimo de pessoas que podem trabalhar de forma legalizada, deixando um grande contingente de trabalhadores à mercê da falta de
planejamento e vulnerável à corrupção e à violência. Esse perfil de “gestão da exceção” delimita a inclusão de poucos e se omite no planejamento para muitos. No caso
de São Paulo, o número de licenças de trabalho vigentes, por exemplo, corresponde no ano de 2013 a apenas 2,5% do contingente total de trabalhadores ambulantes.
Em Nova York, apesar de toda a gestão militarizada e excludente, o percentual é de 20%.
Dentro desse raciocínio, “domesticar” a informalidade significa destinar ao comércio ambulante apenas alguns espaços na cidade, mas somente os que não confrontem a
lógica de reprodução do capital e, consequentemente, a imagem que se quer manter dos espaços em valorização imobiliária. Não só trabalhadores ambulantes, como
catadores de material reciclável, moradores de habitações precárias e população em situação de rua são obrigados a ocupar espaços distantes dos vetores de
reconfiguração urbana e dos megaeventos corporativos e midiáticos. A “demarcação” de terras onde eles podem estar, trabalhar ou circular passa a ser não uma política
afirmativa do direito à cidade, mas do deslocamento dessa população para longe das vistas do “progresso” e do “moderno”. [...]
Em resumo, a ausência de políticas de inclusão é em si uma política. Em algumas das grandes cidades brasileiras, as leis que regulam o comércio ambulante apenas
aparentemente servem para incluir, quando, na verdade, são instrumentos de exclusão dos trabalhadores das ruas.
ALCÂNTARA, A.; SAMPAIO, G.; ITIKAWA, L. Comércio ambulante: sob as franjas do sistema. Disponível em: <http://www.cartacapital. com.br/sociedade/sob-as-franjas-do-sistema-o-comercio-
ambulante-nas-grandes-cidades-325.html>. Acesso em: 26 dez. 2013. Adaptado.
De acordo com a norma-padrão, o pronome onde em “A demarcação de terras onde eles podem estar” poderá ser substituído pela palavra aonde, se o verbo estar for
substituído por
a) ficar
b) chegar
c) trabalhar
d) abrigar-se
e) estabelecer-se
Camelos e beija-flores
A revisora informou delicadamente que era norma do jornal que todas as ‘estórias’ deveriam ser grafadas como ‘histórias’. É assim que os gramáticos decidiram e
escreveram nos dicionários.
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Respondi também delicadamente: “Comigo não. Quando escrevo ‘estória’eu quero dizer ‘estória’. Quando escrevo ‘história’ eu quero dizer ‘história’. Estória e história são
tão diferentes quanto camelos e beija-flores...”
Escrevi um livro baseado na diferença entre ‘história’e ‘estória’.Orevisor, obediente ao dicionário, corrigiu minhas ‘estórias’ para ‘história’. Confiando no rigor do revisor,
não li o texto corrigido. Aí,umlivro que era para falar de camelos e beija-flores só falou de camelos. Foram-se os beija-flores, engolidos pelo camelo...
Escoro-me no Guimarães Rosa. Ele começa o Tutameia com esta afirmação: “A estória não quer ser história.Aestória,emrigor, deve ser contra a história”.
Qual é a diferença? É simples. Quando minha filha era pequena eu lhe inventava estórias. Ela, ao final, me perguntava: “Papai, isso aconteceu de verdade?” E eu ficava
sem lhe poder responder porque a resposta seria de difícil compreensão para ela. A resposta que lhe daria seria: “Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça
sempre...”
A história é o reino das coisas que aconteceram de verdade, no tempo, e que estão definitivamente enterradas no passado. Mortas para sempre. Ler a história é caminhar
por um cemitério. Ali os mortos nos contam suas lições. É importante ouvir os relatos dos mortos para aprender dos seus equívocos e não repeti-los no futuro.
Mas as estórias não aconteceram nunca. São invenções, mentiras. O mito de Narciso é uma invenção. O jovem que se apaixonou por sua própria imagem nunca existiu.
Aí, ao ler o mito que nunca existiu eu me vejo hoje debruçado sobre a fonte que me reflete nos olhos dos outros. Toda estória é um espelho. [...]
[...]
A história nos leva para o tempo do ‘nunca mais’, tempo da morte. As estórias nos levam para o tempo da ressurreição. Se elas sempre começam com o ‘era uma vez, há
muito tempo’ é só para nos arrancar da banalidade do presente e nos levar para o tempo mágico da alma.
Assim, por favor, revisora: quando eu escrever ‘estória’não corrija para ‘história’. Não quero confundir camelos e beija-flores...
O texto constitucional de 1824 estabeleceu os fundamentos da organização do Estado monárquico e da nação durante o Império, mas, ao mesmo tempo, foi alvo de
variadas interpretações. Resultado das intensas lutas políticas que envolveram o movimento de Independência dois anos antes, o documento provocou inúmeras reações
– na imprensa e entre os políticos – pelos princípios ali adotados e por ter sido outorgado por D. Pedro I, o que lhe valeu a denominação de Carta Constitucional, e não
Constituição.
A Carta foi redigida por um pequeno grupo de pessoas escolhidas a dedo por D. Pedro I: políticos de algumas das principais famílias de proprietários e negociantes, que
desde a época de D. João VI ocupavam lugares importantes na administração pública e que tinham atuado na Assembleia Constituinte. Na visão de membros de
agremiações republicanas formadas no Brasil a partir de 1870, a Carta de 1824 era expressão do absolutismo de D. Pedro, manifestação cabal de que a Independência
não trouxera mudanças substanciais nas relações de poder coloniais. Era um sinal do passado, da permanência da dinastia dos Bragança, das práticas despóticas
herdadas da colonização portuguesa.
Por outro lado, ________figuras públicas interpretavam a Carta como equivalente a Constituições monárquicas da época, ou até mesmo mais perfeita do que outras.
Segundo esta visão, o poder moderador não só era adequado aos princípios dos governos representativos, como também possibilitava um equilíbrio entre o Executivo e o
Parlamento, permitindo que o arbítrio da Coroa garantisse a centralização político-administrativa e a alternância de grupos no poder.
Foi o pensador Benjamin Constant um dos que mais discutiram a teoria de um “quarto poder” a ser exercido pelo rei, que se colocaria acima de arranjos político-
partidários, definindo-se como esfera “neutra”. Constant afirmava ainda que o Parlamento não podia concentrar em suas mãos a soberania e o poder decisórios, sob pena
de substituir-se o despotismo de um pelo de muitos. Ao mesmo tempo, criticava o absolutismo monárquico, defendendo conquistas da Revolução, como a garantia de
direitos, especialmente as liberdades individuais. Buscando um ________, defendia repartir a soberania do Estado entre quatro poderes: o Legislativo, composto por uma
câmara eleita e outra vitalícia; o Judiciário, composto por magistrados e juízes vitalícios; o Executivo, representado pelo governante, mas exercido por ministros
responsáveis perante a nação, e um quarto poder, que preservava a ________ e a capacidade do rei de governar.
A finalidade do quarto poder seria manter o funcionamento dos demais, impedindo choques de atribuições, bem como o comprometimento da atuação do governo e do
Estado em razão de conflitos de autoridade. Seria uma espécie de guardião dos interesses nacionais e dos cidadãos, agindo em todas as ocasiões em que ministros,
parlamentares e juízes ultrapassassem seus respectivos campos de ação. Colocando o governante na condição de representante perpétuo do povo, Constant julgava-o
capaz de atuar como poder “conservador”, pois deveria garantir o curso da administração e das políticas públicas, e como “moderador”, já que seria um freio a controlar
os limites dos outros poderes. Mas havia uma condição essencial: Constant alertava para a diferença e a separação que deveriam existir entre o poder “neutro” ou “real”
e o poder executivo ou ministerial. Ainda que os ministros fossem nomeados pelo rei, não deveria haver sobreposição ou ingerência de uma esfera de poder na outra.
Somente assim o rei poderia agir como força reguladora e preservadora do equilíbrio político sem ser agente de violência.
........, como o Imperador também era o chefe do Poder Executivo, ainda que este fosse exercido pelos ministros, o documento não explicitava com todas as letras um
dos pontos-chave da teoria de Constant, o da separação entre poder real e poder ministerial, e criava propositalmente ambiguidades sobre a esfera de atuação efetiva do
monarca.
Logo surgiram divergentes interpretações em torno da Carta. Elas podem ser entendidas como manifestações de projetos distintos do Império, de possibilidades
históricas abertas com a Independência, em curso na primeira metade do século XIX. Foram marcadas por conflitos nos quais ora o Estado se sobrepunha à nação, o que
foi feito com a outorga da Carta de 1824, ora a nação enfrentava o Estado, como no momento da Abdicação, quando dentro e fora do Parlamento a sociedade cobrou de
D. Pedro as liberdades prometidas com a Independência.
A partir de meados do século XIX, esse embate assumiu outros contornos, alimentado pela polêmica entre o princípio de que “o rei reina e não governa”, defendido por
liberais, como Teófilo Ottoni, e o pressuposto de que o rei não só reina, mas governa e administra, defendido por conservadores, como o Visconde de Uruguai. Esta
discussão manteve-se acesa até o final do Império e foi argumento poderoso usado pelos republicanos contra o regime monárquico.
Adaptado de: OLIVEIRA, C. H. de S. Confronto de poderes. Disponível em: < http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/confronto-de-poderes>. Acesso em: 08 de julho de 2014.
A questão diz respeito às lacunas tracejadas das linhas 11, 19 e 21 e à lacuna pontilhada da linha 31.
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Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas tracejadas das linhas 11, 19 e 21, nesta ordem.
Telemedicina, nanotecnologia, tecnologias 30 e tradução simultânea por reconhecimento de voz. Todos estes recursos, em maior ou menor escala, já foram absorvidos
pela sociedade. Suas primeiras aparições foram na lista "Five to tive" da IBM, que prevê cinco fenômenos que podem mudar nosso cotidiano a cada cinco anos. Ontem a
multinacional divulgou o que acontecerá até 2018. E sua aposta é que, com o desenvolvimento tecnológico. tudo - do ensino acadêmico à hora de ir para o trabalho -
pode ser personalizado.
A transformação mais radical pode ser na medicina , área em que algumas empresas pretendem fornecer aos médicos o mapeamento genético de cada paciente. A
tecnologia fará do teste do DNA, hoje ainda raro, o principal meio para a decisão da terapia adequada. Com isso, será possível optar por tratamentos personalizados para
males como doenças cardiovasculares.
Na escola, o professor terá reforço para lidar com o método como cada aluno consegue aprender. "A computação cognitiva ajudará a calcular como cada aluno aprende e
cria um sistema flexível, que se adapta continuamente ao estudante", revela a IBM.
Com base no tempo e no engarrafamento, o smartphone poderá recomendar a seu usuário que saia de casa alguns minutos mais cedo - e, também, que caminho deve
seguir.
O deslocamento fica mais fácil, mas o comércio da vizinhança também atrairá as pessoas. A lojinha da esquina, agora conectada a seu telefone, divulgará as promoções e
conhecerá suas preferências: "Será a fusão do que há de melhor na loja física - tocar e vestir um produto - com a riqueza de informações - as ofertas instantâneas e o
gosto do consumidor".
Na web, aliás, a invasão de contas de emails e a ação de hackers esbarrarão na "polícia pessoal online". Portais como o Google já avisam o usuário quando suas
mensagens são lidas fora de locais onde o dono da conta costuma acessar a internet - um outro país, por exemplo. Todos os passos são monitorados. Segundo a IBM,
com a "permissão" do usuário. Mas, depois da revelação da vigilância mundial da NSA, este avanço tecnológico pode deixar muita gente ressabiada.
Comparando-se as três construções acima , constata-se que as formas em destaque têm a mesma pronúncia, mas grafias distintas, isso porque são gramaticalmente
diferentes. Das sentenças abaixo, aquela cuja lacuna deve ser preenchida com a forma usada na terceira das construções acima é:
a) O mundo ainda está ___ enorme distância de uma tecnologia voltada para a paz.
b) A adaptação __ tecnologia avançada vem marcando o mundo.
c) Apesar das previsões da IBM, __ muitos anos não aparece nenhum avanço tecnológico.
d) Para ter acesso __ tecnologia da polícia pessoal online, o usuário precisa ser autorizado.
e) O usuário recorrerá __ loja de sua preferência.
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I Não interessa aqui saber por que meu amigo discordou da proposta,
III Sei que o chefe anda muito intrigado, mas não sei dizer porquê.
V O por quê de não estar conversando é por que quero estar concentrada.
a) I - ll - lll
b) I - II - IV
c) II - III - V
d) III - IV - V
e) IV - V
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Teresa Amabile, professora da Harvard Business School, investiga_____décadas temas como criatividade individual, produtividade e inovação. Seus estudos focam as
características dos profissionais talentosos e as condições ambientais necessárias para a criatividade se desenvolver.
Organizações com estruturas_____________, culturas organizacionais _____________, chefes centralizadores e ambientes nos quais os profissionais lutam entre si
minam o trabalho criativo. Até aqui, nenhuma novidade! A dificuldade é entender ________tantas empresas insistem em extrair criatividade e inovações de funcionários
sufocados por modelos organizacionais rígidos e por chefes obcecados pelo controle.
Tem saído nos jornais: chuvas deixam São Paulo no caos. É verdade que os moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela cidade com seus
carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no trabalho. Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos nas ruas; falta de energia. Então,
tudo culpa da chuva, certo? Errado.
Semáforos, por exemplo. Eles poderiam ter a fiação enterrada ou a fonte de energia e os sistemas de controle automático protegidos por caixas blindadas. Isso não é
nenhuma maravilha da tecnologia,algo revolucionário. Existe em qualquer cidade organizada. E tanto é acessível que já há projetos para a instalação desses
equipamentos em São Paulo. Se não avança, é culpa dos administradores – não da chuva.
Quanto aos alagamentos, ocorrem por falta de algum serviço ou obra, esta já prevista. Podem reparar. Sempre aparece alguma autoridade municipal ou estadual dizendo
que a enchente aqui será resolvida com um piscinão, ali com a canalização de um córrego, em outra rua com a simples limpeza dos bueiros, e assim vai. De novo, sabe-
se o que é preciso fazer, mas não se faz. Também não é culpa da chuva.
A falta de energia é outro estrago. Caem postes, desabam árvores, fiações são destruídas, transformadores pifam. Um amigo conta a situação na sua rua: os galhos de
uma árvore cresceram muito e encostaram no transformador; quando chove com vento, os galhos vão batendo no transformador, já molhado, até desligá-lo. Sempre
acontece isso.
Ora, por que não podam a árvore? Porque é preciso uma autorização formal da prefeitura, o que significa uma solicitação formal, um trâmite formal, a visita pessoal de
um fiscal. Não sai antes da próxima chuva.
Podem reparar: em toda queda de árvore, sempre aparece um morador para dizer que aquilo era esperado, que já havia sido solicitada a poda ou a retirada. De novo,
não tem nada a ver com a chuva.
Conselho dado por alguém que entende muito de ganhar dinheiro, Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo: “Ouça alguém que discorda você”. No
início de maio, Buffett convidou um sujeito chamado Doug Kass para participar de um dos painéis que a reunião anual de investidores de sua empresa, a Berkshire
Hathaway.
Como executivo de um fundo de hedge, ele havia apostado contra as ações da Berkshire. Buffett queria entender o . Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre
eventuais erros que ninguém havia enxergado.
Buffett conhece o valor desse tipo de pessoa. O chato é o sujeito que ainda acha que as perguntas simples são o melhor caminho para chegar às melhores respostas. Ele
não tem medo.
a) porque - há
b) por que - há
c) porque - a
d) por que - a
e) por quê - há
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a) porque - mau - o
b) porque - mal - lhe
c) por que - mal - o
d) por que - mau - lhe
e) por que - mal - lhe
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a) porque - mal
b) porque - mau
Você está na sala assistindo à TV. Ou está no restaurante, com seus amigos. Ou está voltando para casa depois de um dia de trabalho. Você ouve tiros, você ouve
bombas, você ouve gritos. Você olha e vê a polícia militar ocupando o seu bairro, a sua rua. É difícil enxergar, por causa das bombas de gás lacrimogêneo, o que
aumenta o seu medo. Logo, você está sem luz, ______ a polícia atirou nos transformadores. O garçom que o atendia cai morto com uma bala na cabeça. O adolescente
que você conhece desde pequeno cai morto. Um motorista está dirigindo a sua van e cai ferido por um tiro. Agora você está aterrorizado. Os gritos soam cada vez mais
perto e você ouve a porta da casa do seu vizinho ser arrombada por policiais, que quebram tudo, gritam com ele e com sua família. Em seguida você vê os policiais
saírem arrastando um saco preto. E sabe que é o seu vizinho dentro dele. ______? Você não pergunta o ______, do contrário será o próximo a ser esculachado, a ter
todos os seus bens, duramente conquistados com trabalho, destruídos. Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua, não pode entrar.
Nada.
Você não faz nada porque não aconteceu com você. Você não faz nada especialmente porque se sente a salvo, porque sabe que não apenas não aconteceu, como não
acontecerá com você. Não aconteceu e não acontecerá no seu bairro. Isso só acontece na favela, com os outros, aqueles que trabalham para você em serviços mal
remunerados.
Aconteceu na Nova Holanda, no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, na segunda-feira passada (24/6). Com a justificativa de que pessoas se aproveitavam da
manifestação que ocorria na Avenida Brasil – o nome sempre tão simbólico – para fazer arrastão, policiais ocuparam a favela. (...). Saldo final: 10 mortos, entre eles “três
moradores inocentes”.
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Os brasileiros foram às ruas, algo de profundo mudou nas últimas semanas, tão profundo que levaremos muito tempo para compreender. Mas algo de ainda mais
profundo não mudou. E, se esse algo ainda mais profundo não mudar, nenhuma outra mudança terá o peso de uma transformação, ______ nenhuma terá sido capaz de
superar o fosso de uma sociedade desigual. A desigualdade que se perpetua no concreto da vida cotidiana começa e persiste na cabeça de cada um.
(...)
Quando a polícia paulista reprimiu com violência os manifestantes de 13 de junho, provocando uma ampliação dos movimentos de protesto não só em São Paulo, mas em
todo o Brasil, houve um choque da classe média porque, dessa vez, muitos daqueles que foram atingidos por balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo eram
seus filhos, irmãos e amigos. Como era possível que isso acontecesse?
(...)
É preciso que a classe média se olhe no espelho, se existe mesmo o desejo real de mudança. É preciso que se olhe no espelho para encarar sua alma deformada. E
perceber que essa polícia reflete pelo menos uma de suas faces. Parece óbvio, do contrário essa polícia não seguiria existindo e agindo impunemente, mas às vezes o
óbvio é esquecido em nome da conveniência.
(Eliane Brum, Revista Época, 03/07/2013. Disponível em: <http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/eliane-brum/noticia/2013/07/tambem-somos-o-chumbo-das-balasb.html>, acesso em 20 ago. 13).
Quem não adora fazer uma comprinha para quebrar a rotina e se sentir mais feliz? Consumir é um ato de prazer. Porém muitos pagam um alto preço pelo consumo por
impulso. Não raro, guarda-roupas estocam roupas e sapatos sem uso, estantes acumulam livros não lidos e filmes não assistidos e alimentos com data de validade
vencida. Férias, eletrônicos, automóveis e outros itens de padrão superior ao que cabe no bolso das famílias as fazem acumular dívidas. São exemplos de dinheiro
desperdiçado que diminuem o poder de compra.
É possível driblar essa impulsividade se você estiver consciente sobre os dois principais motivos que nos levam a perder o controle: o represamento de vontade e a falta
de objetivos claros.
O represamento de vontade ocorre quando alguém não prioriza, em seu orçamento, dinheiro para itens importantes em sua qualidade de vida e realização
pessoal, como estar na moda ou sair com amigos. Sem estabelecer prioridade, destina-se uma verba maior para itens menos recompensadores, como a moradia, o
carro e a escola das crianças. Adota-se um estilo de vida que limita a aquisição do que traria prazer.
A vontade vai ficando represada, incentivando nosso cérebro a defender-se da escassez. Depois de certo tempo, qualquer oportunidade de consumo se torna uma
escolha impulsiva. É nosso cérebro pedindo para tirar o atraso e também para adiantar o consumo, como forma de se prevenir contra a falta. A solução? Ir mais vezes
às compras, destinar recursos ao consumo regular do que é importante e diminuir a verba para outros itens.
Ter objetivos é outra forma de conter a impulsividade. Por não tirar um tempo para organizar suas vidas e fazer planos, muitos se frustram e não entendem
exatamente por quê. Para quem não consegue obter realização cotidiana por outros meios, o prazer das compras é uma válvula de escape.
Quanto menos felizes com a vida, mais carentes e propensos a ceder aos estímulos de marketing ficaremos. Quando uma mulher sai de uma loja com cinco
pares de sapatos, pode ser que a necessidade não sejam os sapatos, mas o prazer de se ver bela, bem atendida e cuidando de si. Não precisava de sapatos, mas sim da
compra. Se tivesse algum grande motivo para dizer não a um instante de prazer, provavelmente agiria menos por impulso. Quem está poupando para as férias dos
sonhos terá o mesmo apetite diante de uma vitrine? Provavelmente, não.
Antes de culpar seu parceiro ou seus filhos pela propensão a comprar supérfluos, que tal conversarem sobre sonhos? Façam planos, corram atrás deles. Curtam mais a
vida, para que o prazer das compras fique pequeno diante do resto.
Valores ocidentais
Quando o discurso político alcança seu nível mais raso, os "valores ocidentais" aparecem. Normalmente, eles são utilizados para expor "aquilo pelo qual lutamos", aquilo
que pretensamente faria a diferença e a superioridade moral de nossa forma de vida − esta que encontraria sua melhor realização no interior das sociedades
democráticas liberais.
Nesse sentido, mesmo quando criticamos nossas sociedades ocidentais, não seríamos capazes de sair do horizonte normativo que define o conjunto de seus valores.
Pois se, por exemplo, criticamos a falta de liberdade e a injustiça social, seria sempre em nome de valores que ainda não se realizaram, mas a respeito dos quais nós,
ocidentais, saberíamos, de antemão, seu sentido.
Para aqueles que impostam a voz na hora de falar em nome dos valores ocidentais, não há conflitos a respeito do que liberdade, justiça e autonomia significam.
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Não passa pela cabeça deles que talvez estejamos diante de palavras que não têm conteúdo normativo específico, mas são algo como significantes vazios, disputados por
interpretações divergentes próprias a uma sociedade marcada por antagonismos fundamentais.
Por isso, se há algo que determina o que há de mais importante na tradição ocidental é exatamente a ideia de que não temos clareza a respeito do que nossos valores
significam. Pois o que nos leva a criticar aspectos fundamentais de nossa sociedade não é um déficit a propósito da realização de valores, mas um sentimento que Freud
bem definiu como mal-estar, ou seja, um sofrimento indefinido que nos lembra a fragilidade de toda normatividade social extremamente prescritiva.
Isso talvez nos explique por que os gregos, estes que teriam inventado a democracia ocidental com seus valores, na verdade, legaram-nos apenas um valor fundamental:
a suspeita de si.
Uma suspeita que se manifesta por meio da exigência de saber acolher o que nos é estranho, o que não porta mais nossa imagem, o que não tem mais a figura de nossa
humanidade.
Quem leu as tragédias de Sófocles sabe como sua questão fundamental é o que ocorre quando a polis não sabe mais acolher o que ainda não tem lugar no interior de
nossas formas de vida.
Por outro lado, quando Ulisses, o herói de Homero, perdia-se em sua errância sem fim, suas palavras para os habitantes de outras terras eram sempre a exigência de
abrigar o estrangeiro.
Por isso, o melhor que temos a fazer diante dos que sempre pregam os valores ocidentais é lembrá-los das palavras de Nietzche: "Muitas vezes, é necessário saber se
perder para poder encontrar-se".
(Vladimir Safatle. Folha de S.Paulo, opinião, terça-feira, 13 de dez. de 2011. p. 2)
Isso talvez nos explique por que os gregos, estes que teriam inventado a democracia ocidental com seus valores, na verdade, legaram-nos apenas um valor
fundamental: a suspeita de si.
O que se destaca na frase acima está grafado em conformidade com o padrão culto escrito, assim como o está o destacado em:
Paraty
É do esquecimento que vem o tempo lento de Paraty. A vida vagarosa − quase sempre caminhando pela água −, o saber antigo, os barcos feitos ainda hoje pelas mãos
de antepassados, os caminhos de pedra que repelem e desequilibram a pressa: tudo isso vem do esquecimento. Vem do dia em que Paraty foi deixada quieta no século
XIX, sem razão de existir.
Até ali, a cidade fervia de agitação. Estava na rota do café, e escoava o ouro no lombo do burro e nas costas do escravo. Um caminho de pedra cortava a floresta para
conectar Paraty à sua época e ao centro do mundo.
Mas, em 1855, a cidade inteira se aposentou. Com a estrada de ferro criada por D. Pedro II, Paraty foi lançada para fora das rotas econômicas. Ficou sossegada em seu
canto, ao sabor de sua gente e das marés. E pelos próximos 119 anos, Paraty iria formar lentamente, sem se dar conta, seu maior patrimônio.
Até que chegasse outro ciclo econômico, ávido por lugares onde todos os outros não houvessem tocado: o turismo. E assim, em 1974, o asfalto da BR-101 fez as pedras
e a cal de Paraty virarem ouro novamente. A cidade volta a conviver com o presente, com outro Brasil, com outros países. É então que a preservação de Paraty, seu
principal patrimônio e meio de vida, escapa à mão do destino. Não podemos contar com a sorte, como no passado. Agora, manter o que dá vida a Paraty é razão de
muito trabalho. Daqui para frente, preservar é suor.
Para isso existe a Associação Casa Azul, uma organização da sociedade civil de interesse público. Aqui, criamos projetos e atividades que mantenham o tecido urbano e
social de Paraty em harmonia. Nesta casa, o tempo pulsa com cuidado, sem apagar as pegadas.
(Texto institucional- Revista Piauí, n. 58, julho 2011)
Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:
a) Se o por quê da importância primitiva de Paraty estava na sua localização estratégica, a importância de que goza atualmente está na relevância histórica porque é
reconhecida.
b) Ninguém teria porque negar a Paraty esse duplo merecimento de ser poesia e história, por que o tempo a escolheu para ser preservada e a natureza, para ser
bela.
c) Os dissabores por que passa uma cidade turística devem ser prevenidos e evitados pela Casa Azul, porque ela nasceu para disciplinar o turismo.
d) Porque teria a cidade passado por tão longos anos de esquecimento? Criou-se uma estrada de ferro, eis porque.
e) Não há porquê imaginar que um esquecimento é sempre deplorável; veja-se como e por quê Paraty acabou se tornando um atraente centro turístico.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/120455
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Gabarito
1) C 2) C 3) E 4) A 5) B 6) E 7) D
8) E 9) A 10) C 11) A 12) C 13) A 14) B
15) A 16) D 17) A 18) A 19) D 20) B 21) A
22) C 23) B 24) E 25) E 26) A 27) E 28) A
29) C 30) B 31) C 32) B 33) E 34) C 35) C
36) C 37) B 38) C 39) D 40) C 41) B 42) E
43) A 44) C 45) D 46) C 47) A 48) E 49) D
50) E 51) D 52) C 53) E 54) D 55) B 56) B
57) B 58) A 59) B 60) B 61) D 62) A 63) D
64) C 65) E 66) A 67) B 68) C 69) C 70) B
71) E 72) D 73) E 74) B 75) C 76) D 77) A
78) B 79) C 80) A 81) B 82) A 83) B 84) C
85) A 86) C 87) B 88) D 89) A 90) C 91) B
92) A 93) A 94) D 95) E 96) E 97) A 98) C
99) B 100) D 101) E 102) C 103) D 104) D 105) E
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