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Local da Formação:
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INTRODUÇÃO
As situações de emergência ocorrem com certa frequência, não só nos locais de trabalho, onde o risco
potencial é elevado, mas também nos domicílios, pois é onde nós levamos a cabo inúmeras atividades,
visto isto as emergências médicas podem acontecer em qualquer hora e em qualquer lugar e exigem
sempre uma atuação rápida e eficaz. No entanto, quando acontecem as pessoas têm as reações mais
diversas. Algumas não se manifestam porque não sabem o que fazer, enquanto que outras, sabendo o que
fazer ficam estáticas, paralisadas pelo medo/pânico, incapazes de tomar qualquer atitude. Outras há, que
reagem corajosamente e enfrentam a situação, muitas vezes desconhecendo a melhor forma de o fazer, o
que poderá provocar um agravamento das lesões.
Este manual destina-se a todos aqueles que, por uma questão de cidadania, de humanidade, ou mesmo de
necessidade, se dispõem a ajudar o próximo. Pretende transmitir de maneira simples e objetiva, com uma
linguagem bastante clara e com ilustrações (fotografia e desenhos).
Este manual apresenta as situações que acontecem com maior frequência, as avaliações que devem ser
feitas e os 1º socorros a efetuar, enquanto aguardam pela chegada de meios de socorro especializados
(112). Os procedimentos referidos neste manual podem salvar vidas.
Ao lê-lo, terá a oportunidade de ampliar os seus conhecimentos, entender o porquê de um ou de outro
procedimento, eliminar dúvidas de como agir numa situação de emergência e, principalmente, tomar
consciência da importância de se prestar socorro a quem necessita.
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A chamada será atendida por um operador da
COMO PEDIR AJUDA PELO Central de Emergência, que após a obtenção
de alguns dados irá passar o telefonema para a
TELEFONE?
secção mais direcionada para o tipo de
emergência apresentado. As Emergências
112 Médicas serão direcionadas para o CODU
(Centros de Orientação de Doentes Urgentes).
Perante uma situação de emergência (socorro)
em que seja necessária ajuda especializada Os CODU’s (Centros de Orientação de
(112), essa ajuda deve ser sempre pedida Doentes Urgentes)
através de telefonema para o nº 112 (Número
Europeu de Socorro). São centrais rádio e telefónicas coordenadas
As chamadas para o nº 112 são gratuitas e por um médico e que, dentro da área de saúde,
todos os serviços prestados pelo 112 (INEM) fazem a gestão dos pedidos de ajuda e dos
também são gratuitos, nas autoestradas há meios de socorro disponíveis em cada
avisadores S.O.S., onde não é preciso marcar momento na sua zona de atuação.
qualquer número basta pressionar o botão que
lá se encontra, estes serviços estão acessíveis
de qualquer ponto do país e durante 24
horas/dia.
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cooperação e de uma forma concertada com determinem a atuação dos diferentes
outras entidades e centrais. intervenientes em cada fase.
A crescente cooperação entre os parceiros do Cabe ao INEM (Instituto Nacional de
SIEM (Sistema Integrado de Emergência Emergência Médica) o papel de “organismo
Médica) irá certamente proporcionar a coordenador das atividades de Emergência
concretização de soluções integradas de forma Médica a executar pelas diversas entidades
a promover a articulação eficaz e o intervenientes no sistema e cuja atuação se
alargamento dos conceitos acordados, a todo desenvolverá segundo um esquema de
o território nacional. organização regional”.
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melhor forma de ser transportado para as Frota INEM
unidades de saúde adequadas.
Profissionais do INEM:
Existem inúmeras Classes profissionais em
colaboração com o INEM, aqui apenas estão
representados aqueles que assistem
diretamente as vítimas, no entanto, o trabalho
destes depende de toda uma equipa.
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SUPORTE BÁSICO DE VIDA Sequência dos Procedimentos:
Segurança
|
Não Responde
|
Gritar por ajuda
|
Permeabilizar a Via Aérea
| Abanar suavemente os ombros e perguntar
A Respiração é normal “está bem? Sente-se bem?
|
Ligar 112 3 a) – Se a vítima Responde:
Deixa-se a vítima na posição em que foi
| encontrada, tenta-se perceber o que se terá
Compressões Torácicas – 30 passado e reavalia a vítima e pede ajuda se
| necessário.
Ventilações – 2
|
Compressões – 30 / Ventilações - 2 3 b) - Se a vítima Não Responde:
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deixa cair a língua para trás o que pode
obstruir a entrada de ar para os pulmões, por
isso, é necessário abrir a passagem do ar.
Deve colocar uma mão na testa da vítima e
fazer a extensão da cabeça, mantendo o
indicador e o polegar livres para fechar o
nariz se for necessário insuflar ar para os
pulmões);
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5 a) - Se a vítima Respira normalmente:
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Colocar a palma da outra mão por cima da Repetir as compressões à razão de 100
primeira; compressões por minuto, as mãos não devem
perder o contacto com o tórax tendo, no
Entrelaçar os dedos das duas mãos, entanto que aliviar completamente a pressão
assegurando que a pressão se faz sobre o no tórax entre cada compressão.
esterno e não sobre as costelas;
Não fazer pressão sobre a parte superior do 6 a) – Combinar compressões torácicas com
abdómen nem sobre a ponta inferior do ventilações:
esterno; Depois de 30 compressões. Permeabilizar a via
aérea com extensão do pescoço e elevação do
queixo.
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- Soprar para a boca da vítima, de maneira - Reconfirmar que a extensão do pescoço e
uniforme durante 2 segundos e observar se há elevação do queixo são corretas;
elevação do tórax como na respiração normal; - O reanimador poderá executar duas
- Manter a extensão da cabeça e a elevação do tentativas de ventilação, retomando de seguida
queixo, retirar os lábios e verificar se o tórax as compressões;
regressa à posição inicial com a saída do ar; - Se há mais do que um reanimador, estes
- Repetir o mesmo procedimento para fazer a devem-se revezar a cada 1-2 min, para
2ª ventilação; prevenir a fadiga, assegurando que o tempo
- Recolocar rapidamente as mãos na posição decorrido na troca de reanimadores é mínimo.
correta no esterno e efetuar 30 compressões;
- Manter as compressões e ventilações à razão 6d) – Compressões Torácicas apenas:
de 30:2. Quando não se consegue ou se decide não
realizar ventilação boca-a-boca devem-se
Se há dificuldade em ventilar a vítima efetuar apenas compressões torácicas externas.
(colocar o ar dentro do tórax da vítima), Mantendo um ritmo de 100/min.
confirmar se há algum corpo estranho a
obstruir a passagem do ar, confirmar se a 7 – Manter o SBV até:
hiperextensão de pescoço e a elevação do - Chegar ajuda diferenciada;
queixo são adequadas. - O reanimador ficar exausto;
- A vítima recuperar respiração normal.
Só se deve parar, para reavaliar se a vítima
começar a respirar normalmente, caso
contrário não se interrompe a reanimação. Em resumo:
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Técnica para colocar uma vítima em
POSIÇÃO LATERAL DE PLS:
SEGURANÇA Ajoelhe-se ao lado da vítima
• Remova objetos estranhos ao corpo da
Nas situações em que a vítima se encontra
vítima, os quais ao posicioná-la possam
não reativa e com respiração eficaz, ou se eventualmente causar lesões (ex.: óculos,
tiverem sido restaurados os sinais de vida canetas);
após manobras de reanimação, a manutenção
da permeabilidade da via aérea deverá ser • Assegure-se que as pernas da vítima
obrigatoriamente garantida. estão estendidas;
A Posição Lateral de Segurança (PLS)
garante a manutenção da permeabilidade da
via aérea numa vítima inconsciente que
respira normalmente:
• Diminuindo o risco de aspiração de
vómito;
• Prevenindo que a queda da língua
obstrua a VA;
• Permitindo a drenagem de fluidos pela
boca;
• Permitindo a visualização do tórax;
Não estão demonstrados riscos associados à
sua utilização.
• Coloque o braço mais perto (do seu
lado) em ângulo reto com o corpo, com o
cotovelo dobrado e a palma da mão virada para
cima;
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posição deve ser desfeita e refeita para o lado
oposto.
Rolar a vítima
• Enquanto uma mão apoia a cabeça a outra
puxa a perna do lado oposto rolando a vítima
para o seu lado;
• Estabilize a perna de forma a que a anca e Para desfazer a PLS o reanimador deve-se
o joelho formem ângulos retos; colocar por trás da vítima, alinhar as duas
• Incline a cabeça para trás assegurando a pernas da vítima e com uma mão na anca e
permeabilidade da VA; outra a proteger a cabeça rolar lentamente a
• Ajuste a mão debaixo do queixo, para vítima apoiando as costas da vítima nas suas
manter a extensão da cabeça; pernas, que vão sendo arredadas à medida que
• Reavalie regularmente a respiração (na a vítima vai ficando de costas.
dúvida desfazer a PLS, permeabilizar a VA e
efetuar VOS até 10 segundos).
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- Retirar dentaduras ou outros corpos
TÉCNICAS DE DESOBSTRUÇÃO DAS estranhos que possam estar soltos na boca;
VIAS AÉREAS - O socorrista coloca-se ao lado e ligeiramente
por detrás da vítima;
A grande maioria das situações de obstrução - Apoiando o tórax da vítima com uma das
da via aérea, ocorrem durante a ingestão de mãos, inclina-a para a frente para que se sair
alimentos e são muitas vezes presenciadas, um corpo estranho da via aérea possa ser mais
por isso, muitas vezes há oportunidade de facilmente expelido;
intervenção com a vítima ainda consciente. - Com a base da outra mão, aplique até 5
O reconhecimento da obstrução da via aérea é palmadas interescapulares;
determinante para o sucesso da intervenção. É
importante não o confundir com desmaio,
ataque cardíaco, convulsão, ou outra causa de
dificuldade respiratória de instalação súbita,
de cianose ou de perda de consciência.
Engasgamento
Se a obstrução da via aérea for parcial, a
vítima pode eliminar o obstáculo tossindo. Se
a obstrução for total, é necessária a
intervenção rápida e expedita, para salvar a
vítima da morte por asfixia. Se as pancadas interescapulares não surtirem
efeito, deve fazer a Manobra de Heimlich
Se a vítima está consciente e respira apesar (compressão abdominal).
dos sinais evidentes de obstrução:
- Estimular, apenas, a vítima a tossir. Manobra de Heimlich
Região interescapular
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CHOQUE
O Choque constitui uma emergência médica,
tendo que ser identificado o mais
precocemente possível, pois caso contrário
poderá levar á morte.
O Choque caracteriza-se pela falta de
circulação e oxigenação dos tecidos do corpo,
provocada pela diminuição do volume de
sangue ou pela deficiência do sistema
cardiovascular. O estado de choque põe em
risco a vida do indivíduo.
Aperte esse punho com a outra mão, O sangue é responsável pelo transporte de
mantendo-se numa localização a meio oxigénio e nutrientes para as diversas partes
caminho entre o apêndice xifoide e o umbigo; do organismo, inclusive para o cérebro e o
coração. O oxigénio e nutrientes são
essenciais para cada parte do corpo, logo, se
houver diminuição na quantidade de sangue
transportado, haverá também diminuição no
fornecimento de oxigénio e nutrientes, que, se
irreversível, torna inevitável a morte celular.
Causas:
As principais causas do choque são:
-Redução da quantidade de sangue circulante
(hemorragias, queimaduras graves, …);
- Choque elétrico;
Dê um puxão súbito, exercendo a força de - Problemas cardíacos;
baixo para cima e da frente para trás. Com - Dor intensa de qualquer origem;
esta manobra o corpo estranho pode ser - Infeção grave;
mobilizado e expelido pela boca; - Reação Alérgica (picadas de insetos,
Em caso de insucesso, alterne 5 palmadas medicamentos, ingestão de marisco ou
interescapulares com 5 compressões inalação de vapores da cozedura destes, …)
abdominais. - Intoxicação por produtos químicos.
O estado de choque manifesta-se de diferentes
No adulto e criança com mais de 1 ano, formas. A vítima pode apresentar diversos
conscientes, com obstrução completa da via sinais e sintomas ou apenas alguns deles,
aérea, a probabilidade de desobstrução dependendo da intensidade de cada caso. O
aumenta quando se associam palmadas quadro clínico, portanto, é praticamente o
interescapulares e compressões abdominais e mesmo, logo o que interessa é saber abordar
torácicas. de forma geral e a especificidade fica para o
hospital.
Se a vítima fica inconsciente:
- Colocá-la cuidadosamente no chão; Sinais e Sintomas:
- Ligar 112 de imediato; • Pulso rápido e fraco, por vezes difícil de
- Iniciar SBV (sequência recomendada para o palpar;
adulto). • Hipotensão (tensão arterial muito baixa);
• Diminuição das tensões arteriais
• Pele fria e húmida;
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• Suor abundante; • Vire a cabeça da vítima para o lado, para
• Palidez abundante; que em caso de vómito se evite a aspiração
• Lábios e extremidades descorados; do mesmo para os pulmões, (só realiza esta
• Sede; manobra, caso não suspeite de lesão na
• Extremidades frias; coluna vertebral);
• Náuseas e vómitos; • Abra as roupas da vítima (gravata,
• Tremores e calafrios; colarinho, cinto, soutien, etc…).
• Respiração superficial, curta, rápida e • Elimine da cavidade oral restos de alimento
irregular; ou secreções e retire a prótese dentária, se
• Aumento da frequência ventilatória; houver.
• Tonturas, sensação de desmaio; • Aqueça a vítima com cobertores, toalhas,
jornais, etc…
• Alteração do estado de consciência,
podendo aparecer a Ansiedade e agitação ou • Peça ajuda especializada (112).
mais frequentemente, sonolento e coma.
Atuação no Choque:
De uma forma geral, uma vítima encontrada
em choque beneficia de um conjunto de
medidas que visam melhorar a irrigação
tecidular de que é alvo, e evitar o
agravamento da situação de isquemia
tecidular (sofrimento celular por falta de
irrigação sanguínea).
Em certos casos, ao prestar os primeiros
socorros, pode-se eliminar a causa do estado
de choque.
• Se possível identifique e elimine/controle a
causa do choque;
• Tente identificar a causa do choque
(hemorragia, queimadura, choque elétrico,
etc..), de modo a dispensar à vítima o
tratamento adequado;
• Mantenha uma atitude calma e segura;
• Acalme a vítima, se ela estiver consciente.
• Pensar e agir sempre em função de
Avaliação Primária
- A Via aérea com controlo cervical
- B Ventilação
- C Circulação com controlo de hemorragias
- D Disfunção neurológica
- E Exposição com controlo da temperatura
• Verificar e se possível registar os sinais
vitais - ter especial atenção às características
da respiração, da pressão arterial e do pulso;
• Deite-a de barriga para cima, com as pernas
elevadas (se não houver suspeita de
traumatismos);
• Manter as vias aéreas permeáveis;
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inconsciente, colapso respiratório e cardíaco
HEMORRAGIAS poderá estar eminente.
SISTEMA CIRCULATÓRIO:
HEMORRAGIA
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boca, ânus, vagina), sendo mais fáceis de larga, ou um cinto amarrar a compressa de
identificar e atendidas como qualquer forma a fixar o penso e fazer a contenção da
hemorragia interna. hemorragia, ou mesmo a própria vítima
Como consequência da perda de sangue, a pode aplicar pressão sobre o ferimento.
vítima poderá entrar em estado de choque.
Assim, podem estar presentes os sinais e
sintomas que o caracterizam (ver capítulo
Choque)
A hemorragia abundante e não controlada
pode causar a morte em minutos.
Hemorragia Externa
As hemorragias que ocorrem por feridas
localizadas na superfície do corpo
(hemorragias externas) devem ser estancadas.
Não é recomendável mexer na ferida nem
aplicar qualquer medicação. As hemorragias
externas podem ser sustidas por compressão
direta ou por compressão indireta.
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Se estas medidas não forem suficientes, então
torna-se necessário fazer compressão da
artéria que irriga o local da lesão, fazendo
compressão na artéria acima do local da lesão,
a esta técnica chama-se compressão indireta.
Carotídea Subclávia
Compressão indireta:
Temporal Facial
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amputados. As hipóteses de êxito são tanto
AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA maiores quanto mais depressa a vítima e a
parte amputada forem levadas para o hospital.
Considera-se amputação traumática o Avise imediatamente os serviços de
seccionamento de uma parte do corpo em emergência (112) da ocorrência para que o
consequência de um traumatismo. Verifica-se hospital possa preparar uma equipa cirúrgica
com frequência ao nível dos membros, em especializada. Providenciar o maior cuidado
determinadas atividades em que se opera com para não danificar o coto, pois um coto
máquinas ou máquinas-ferramentas sem preservado e um membro amputado bem
mecanismos de paragem automática ou por protegido faz aumentar a probabilidade de
incumprimento de procedimentos de sucesso da reimplantação.
segurança.
Complicações:
- Hemorragia; GARROTE
- Choque;
- Infeção. O garrote consiste num método de
Atuação na Amputação: compressão indireta, que visa apertar os vasos
• Sustenha a hemorragia pelo método de sanguíneos cortados, por envolvimento e
compressão indireta; aperto do membro e, assim, obter o controlo
• Tratando-se de uma amputação num da hemorragia. Deve ser constituído por
membro superior (antebraço e mão), reforce materiais pouco traumatizantes (ligaduras;
a compressão indireta, feita na artéria panos).
umeral, com um garrote venoso colocado Para fazer um garrote, é necessário um pano
imediatamente acima do coto, já que os com, no mínimo, 10 cm de largura. Qualquer
membros superiores não têm, ao contrário material mais estreito pode rasgar a pele ou
do que sucede com os inferiores, válvulas causar outros danos à vítima.
que impeçam a “queda” do sangue; Por ser uma técnica muito perigosa só deverá
• Aplique penso e fixe com ligadura; ser considerada em casos extremos e em
• Coloque o segmento amputado num saco último recurso.
plástico limpo e, depois de devidamente
fechado, dentro de outro com gelo; ou com Como fazer um garrote:
outras coisas desde que geladas. (ter
especial atenção para que o segmento
amputado não tenha contacto com a água
resultante do derretimento do gelo).
Nota: Escrever de forma legível no invólucro
o nome da vítima e a hora a que se deu a
amputação, com quatro algarismos e zeros
traçados (1:28).
Hemorragias Internas
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tosse profunda (hemoptise) pode ser causado Atuação nas
por lesão ou doença pulmonar. Urina HEMORRAGIAS INTERNAS:
levemente fumada de sangue ou totalmente
vermelha (Hematúria) pode resultar de Não é possível, ao nível do primeiro socorro,
hemorragia de bexiga ou rim. O sangue pode parar uma hemorragia interna. Contudo,
também aparecer nas fezes em borra de café admitindo a possibilidade do aparecimento do
(melena) indicando hemorragia intestinal alta estado de choque, impõem-se medidas de
ou com sangue vermelho-vivo (Rectorragias) âmbito geral, como sejam:
indicando hemorragia do intestino baixo. • Verificar as funções vitais (respiração e
Sangue vaginal pode resultar de perda circulação);
menstrual, aborto ou lesões/doenças do útero • Manter a vítima deitada, com a cabeça
(Metrorragia). rodada para o lado, se não houver suspeita
Deve suspeitar sempre de hemorragia interna de lesão da coluna para assegurar a
após uma lesão violenta, se houver sintomas e irrigação do cérebro, exceto se semideitada
sinais de choque sem perda visível de sangue sentir maior alívio, como no caso da
ou em caso de aparecimento de uma equimose hemoptise;
cujo desenho “corresponda” às costuras e/ou
textura da roupa da vítima.
Sintomatologia:
Sinais e Sintomas:
• Presença, ou não, de sangue;
• Dor no local da hemorragia, ou irradiada (na
hemorragia interna);
• Edema (inchaço) e sensação de tensão; • Se as lesões o permitirem, levantar as
• Pulso progressivamente mais rápido e fraco, pernas da vítima para facilitar o afluxo
por vezes difícil de palpar; sanguíneo aos órgãos vitais;
• Hipotensão (tensão arterial muito baixa);
• Diminuição das tensões arteriais
• Pele fria e húmida;
• Suor abundante e frio;
• Palidez intensa;
• Lábios e extremidades descorados;
• Sede;
• Extremidades frias;
• Azulamento das extremidades (cianose); • Desapertar a roupa ao nível do pescoço e
• Náuseas e vómitos; tronco;
• Arrefecimento corporal; • Acalmar, tranquilizar (se consciente);
• Tremores e calafrios;
• Ventilação superficial, curta, rápida e
irregular;
• Aumento da frequência ventilatória;
• Zumbidos;
• Tonturas, sensação de desmaio;
• Alteração do estado de consciência,
podendo aparecer a Ansiedade, agitação e
prostração ou mais frequentemente, • Manter a vítima agasalhada para manter a
sonolento e inconsciência ou coma; temperatura e, se possível, com um cobertor
• Paragem cardio-respiratória. debaixo do corpo;
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• Não dar nada a beber (mesmo que a vítima De todas as hemorragias, a nasal (epistaxes) é
queira); a mais comum, tanto em crianças quanto em
• Verificar os sinais vitais de 10 em 10 adultos. Esse tipo de hemorragia é causado
minutos; pelo rompimento dos vasos sanguíneos do
• Transportar para o hospital de ambulância. nariz.
Atenção: providenciar o transporte para o São várias as causas que levam ao
hospital porque, normalmente, não é possível sangramento súbito pelo nariz (doença;
estancar uma hemorragia interna apenas com exposição ao sol; permanência em locais
os primeiros socorros! aquecidos; aumento da pressão sanguínea;
traumatismo local; traumatismo crânio-
encefálico; …)
Equimose
De forma geral, não representam gravidade de
maior, no entanto, exigem atendimento
Uma equimose consiste numa hemorragia
imediato para que não se tornem mais sérias
interna de vasos sanguíneos danificados que
pois a Epistaxes pode não só envolver uma
passa através dos tecidos e se evidencia na
perda considerável de sangue como também
pele sob a forma de uma mancha. Uma queda
fazer com que a vítima engula ou inale uma
sobre determinadas partes do corpo, como a
grande quantidade do mesmo, originando o
anca e as nádegas, pode originar uma
vómito ou afetando a ventilação.
hemorragia interna considerável.
Sinais e sintomas:
Sintomas e sinais:
• Fluxo moderado de sangue através do nariz;
• Dor e tumefação na área afetada;
• Em caso de fratura craniana e/ou TCE, o
• Mancha arroxeada no sítio da lesão;
sangue pode aparecer misturado com
• A equimose pode reproduzir as rugosidades
líquido cefalorraquidiano;
do vestuário. Este facto deve ser
considerado como um potencial sinal de
Objetivo:
perigo, pois pode indicar lesão de órgãos
Preservar a ventilação, impedindo a inalação
internos;
de sangue, e estancar a hemorragia.
Na intervenção de primeiros socorros tenha
Objetivo:
em conta:
Moderar o fluxo sanguíneo, por arrefecimento
• Não controle a hemorragia nasal que resulte
e compressão ligeira.
de provável traumatismo crânio-encefálico;
• Mantenha a vítima sentada, com a cabeça na
Atuação do socorrista:
posição normal;
• Elevar e apoiar a zona lesionada, na posição
que a vítima achar mais confortável;
• Aplicar uma compressa fria ou gelo com os
respetivos cuidados na zona lesionada para
reduzir a hemorragia e o edema;
• Se persistirem dúvidas acerca da gravidade
da lesão, procurar assistência médica;
Hemorragia Nasal
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• Aperte as narinas com os dois dedos, esqui aquático, de um mergulho ou da
durante, pelo menos, 10 minutos; proximidade duma explosão.
• Aplique, no nariz e parte frontal da cabeça, As fraturas cranianas e/ou traumatismos
panos embebidos em água fria ou gelo (com crânio-encefálicos são mais graves e deve
uma proteção); suspeitar-se da sua existência se sair do
ouvido sangue e/ou líquido claro e aquoso
(líquido cefalorraquidiano).
Sintomas e sinais:
Se for do tímpano:
• Possível dor dentro do ouvido;
• Surdez;
• Fluxo moderado de sangue, saindo do
ouvido;
Se for do crânio:
• História que indica possível fratura craniana
ou outro tipo de lesão na cabeça;
• Impedir a vítima de falar, engolir, tossir, • A vítima queixa-se de dor de cabeça;
fungar ou escarrar. Dizer à vítima para • Podem sair do ouvido pequenas quantidades
cuspir o sangue que tiver na boca; se o de sangue misturado com líquido
engolir pode sentir náuseas e vomitar; cefalorraquidiano, claro e aquoso;
• Não se assoe durar pelo menos 4 horas para • Possível perda de consciência;
não remover o coágulo;
• Não lave o nariz internamente;
• Não aplique algodão com água oxigenada; Objetivo:
• Se necessário, tamponar ambas as narinas, Providenciar o transporte para o hospital. Em
mesmo que só uma sangre, com compressas caso de suspeita de fratura craniana, prestar
ou um pano com cerca de 10 cm, em formas particular atenção aos níveis de consciência.
de harmónio, com a ajuda de uma pinça
• Se necessário, encaminhe a vítima para o Atuação do socorrista:
hospital;
• Apesar de muitas Epistaxes serem • Colocar a vítima consciente numa posição
facilmente controláveis por esta forma, semi-sentada, com a cabeça inclinada para o
nunca será inoportuno aconselhar a vítima a lado lesionado, de forma que o sangue ou o
recorrer ao médico. líquido cefalorraquidiano possam escoar-se;
• Cobrir o ouvido com um penso esterilizado
e sem medicamentos ou com uma
compressa de tecido limpo, de preferência
Hemorragia do ouvido – Otorragia esterilizado, que faça o mesmo efeito. Fixar,
sem pressionar;
Uma hemorragia vinda do interior do canal
• Não tamponar o ouvido nem tentar
auditivo difere das que resultam de feridas
estancar o fluxo que dele sai;
externas no ouvido. Geralmente, ocorre
quando há uma rutura do tímpano ou uma • Verificar sinais vitais de 10 em 10 minutos;
fratura craniana. A perfuração do tímpano
pode resultar da introdução de um objeto num
ouvido, de uma queda durante a prática de
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• Acidentes;
• Tumores;
• Lesões decorrentes do parto.
Atuação:
• Deite a vítima, apoie-lhe os ombros e
cabeça com duas almofadas e tranquilize-a.
Coloque uma pequena almofada ou peça de
• Elevar os membros inferiores, no sentido de roupa debaixo dos joelhos;
prevenir choque; • Vigie frequentemente a ventilação e
• Se a vítima ficar inconsciente, siga o ABC circulação;
da reanimação e/ou colocar em PLS; a • Não lhe dê de comer nem de beber;
cabeça deve estar deitada sobre o lado • Se a pulsação aumentar e a vítima parecer
lesionado para permitir que o líquido escoe. mais pálida, eleve-lhe as pernas, colocando-
Providenciar transporte para o hospital. as sobre várias almofadas;
• Encaminhe para o hospital rapidamente pois
esta situação põe em risco de vida a vítima.
Hemorragia do Esófago, Estômago,
Duodeno
Na hemorragia de esófago, estômago ou Aborto espontâneo
duodeno, a vítima geralmente sente náuseas, Um aborto espontâneo ocorre quando uma
mal-estar e vómito de sangue (hematémese) mulher perde o bebé antes de este ter
vermelho vivo ou escuro, como borra de café. viabilidade para sobreviver fora do útero
Podem ocorrer ainda dejeções de fezes materno. Esta situação pode verificar-se sem
escuras e cheiro fétido (melenas – sangue aviso e causar uma hemorragia grave com
misturado nas fezes). eventual choque.
Sintomatologia:
Atuação: • Hemorragia vaginal, frequentemente com
• Deitar a vítima; coágulos de sangue;
• Elevar as pernas; • Dores ou contrações fortes na parte inferior
do abdómen;
• Colocar em PLS, se necessário;
• Pele pálida, fria e húmida;
• Encaminhar para o hospital.
• Pulsação rápida e fraca;
• Fluxo vaginal aquoso abundante;
Hemorragia dos Pulmões
Quando há hemorragia dos pulmões Atuação:
(hemoptise), o sangue, vermelho vivo e de • Deite a vítima, apoie-lhe os ombros e
aspeto espumoso, sai pela boca e pelo nariz, e cabeça com duas almofadas e tranquilize-a.
ocorre também a tosse. Este quadro exige Coloque uma pequena almofada ou peça de
atendimento médico urgente. roupa debaixo dos joelhos;
• Vigie frequentemente a ventilação e
Hemorragia Vaginal circulação;
Este tipo de hemorragia (metrorragia) consiste • Não lhe dê de comer nem de beber;
na perda anormal de sangue pela vagina, fora • Se a pulsação aumentar e a vítima parecer
dos períodos menstruais. mais pálida, eleve-lhe as pernas, colocando-
Causas possíveis da hemorragia vaginal: as sobre várias almofadas;
• Aborto;
• Encaminhe para o hospital rapidamente pois
• Gravidez nas trompas (ectópica); esta situação põe em risco de vida a vítima.
• Violação sexual;
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FERIDAS Contusão
É quando há lesão sem abrir a pele. Trata-se,
de uma forte compressão dos tecidos moles
(pele, camada de gordura e músculos) contra
os ossos. Por vezes, pode ocorrer, rutura de
vasos sanguíneos, o que provoca um
hematoma (acumulação de sangue na zona).
O local da pancada fica arroxeado, inchado e
doloroso.
Atuação:
• Manter em repouso;
• Elevar se possível para diminuir o inchaço
(edema);
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• Descubra a ferida (corte a roupa se
necessário);
• Sustenha a hemorragia (compressão direta,
sempre que possível);
• Coloque penso (nunca algodão ou panos
com pelos);
• Faça transportar ao hospital
27
Ferimentos no Abdómen higiénico, algodão), que deixam resíduos
difíceis de remover.
Os ferimentos profundos no abdómen
costumam ser graves, já que algum órgão
pode ter sido atingido. Dependendo da
perfuração da parede abdominal, partes de
algum órgão (intestino, por exemplo) podem
vir para o exterior. Nesses casos, não tente e
forma alguma colocá-las no lugar.
Cubra a vítima para prevenir a hipotermia, em
caso de perda de consciência coloque a vítima
em PLS.
Providencie o transporte para o hospital.
28
QUEIMADURAS Quanto à idade das vítimas, são mais graves,
do ponto de vista da sua evolução favorável,
as queimaduras que atingem indivíduos cujas
As queimaduras são lesões que ocorrem na
idades se situam em pontos extremos (as
pele quando esta entra em contacto com
crianças e os idosos).
materiais a temperaturas extremas. Também
As doenças crónicas (diabetes, doenças
as reações químicas, a eletricidade e as
renais…) constituem fatores agravantes das
radiações podem provocar este tipo de lesão.
queimaduras quanto à recuperação das suas
Acontece, muitas vezes, nos postos de
lesões.
trabalho em que o trabalhador não dispõe, ou
não usa, o equipamento de proteção
Atuação em queimaduras pouco extensas de
adequado.
1º grau:
• Arrefeça com soro fisiológico, ou água
Classificação das queimaduras
corrente, pelo menos 10 a 15 minutos (ou até
Quanto à profundidade, as queimaduras
a dor desaparecer). Coloque sobre a
classificam-se em 3 graus, considerados a
queimadura compressas ou panos embebidos
partir da superfície da pele:
em água fria;
• 1º grau (por ex.: exposição aos raios
• Depois do arrefecimento, aplique um
solares): a pele apresenta-se vermelha, seca,
creme hidratante;
com dor e calor;
• Não aplique gorduras (manteiga, óleo,
• 2º grau (por ex.: contacto com líquidos
azeite, vaselina, …)
quentes): a pele apresenta-se vermelha, seca,
com dor, calor e bolhas (flictenas);
Atuação em queimaduras pouco extensas – 2º
• 3º grau (por ex.: contacto com líquidos
grau
a altas temperaturas, partículas em fusão,
• Arrefeça com soro fisiológico ou água
fogo, produtos químicos): é a queimadura
fria, durante 10 a 15 minutos;
mais profunda; apresenta o aspeto de ferida,
necrose ou carbonização. • Não perfure as bolhas (flictenas);
• Coloque penso;
Quanto à extensão, as queimaduras são tanto • Se necessário, encaminhe para o
mais graves quanto mais extensas, isto é, hospital.
quanto maior for a destruição da pele. Por
vezes, queimaduras mais superficiais são mais Atuação em queimaduras pouco extensas – 3º
perigosas do que outras mais profundas. grau
Exemplo: um indivíduo que apresente • Arrefeça com soro fisiológico, ou água
queimaduras do 2º grau em toda a extensão do fria;
tronco está em situação mais delicada do que • Coloque um penso húmido e, sobre
outro que faça uma queimadura do 3º grau este, um penso seco;
num dedo. Naturalmente que, quando a • Se necessário, encaminhe para o
extensão for idêntica, estará em estado mais hospital.
grave o que apresente queimadura mais
profunda. Atuação quando existem zonas das
Consideram-se muito graves as queimaduras queimaduras em contacto
que atingem 1/3 do corpo. • Todas as zonas queimadas (2º e 3º
Quanto à localização, são mais graves as grau) que possam tocar-se e colar devem ser
queimaduras de 2º ou 3ºgrau que se localizem sujeitas a um isolamento feito com
nas zonas articulares, as que ocorram na compressas ou panos limpos humedecidos por
cabeça, pescoço, tórax, dedos das mãos e dos ex.: dedos, virilhas, entre o braço e o tronco,
pés, órgãos genitais. pescoço, …).
29
Atuação em
Queimaduras Oculares DESMAIO
Um desmaio é uma perda temporária da
consciência devido a insuficiente oxigenação
do cérebro.
Sintomatologia:
• Sensação de tonturas;
• Zumbidos nos ouvidos;
• Náuseas;
• Sudorese (suores);
• Pulsação lenta;
• Pele pálida e húmida;
• Proceder à lavagem/arrefecimento,
fazendo incidir um fio de água corrente, ou Atuação:
soro fisiológico, do canto interno para o • Agarre a vítima de conseguir fazê-lo a
externo; tempo e deite-a no chão, protegendo-lhe a
• Não coloque penso oclusivo. cabeça.
• Eleve as pernas da vítima acima do
nível do tórax;
Atuação em:
30
apenas uns minutos, podendo a vítima
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL recuperar totalmente, situação a que
vulgarmente se chama de “princípio de
(AVC) trombose”.
• Hemorrágico: aquele que é produzido
O Acidente Vascular Cerebral ocorre em pelo rompimento de um vaso sanguíneo
consequência de perturbações circulatórias ao cerebral, do qual resultam duas situações
nível do encéfalo e designa-se pela em simultâneo, por um lado o sangue não
abreviatura AVC. passa porque o vaso sanguíneo não está
íntegro, por outro lado o sangue derramado
provoca uma reação inflamatória local com
consequente sofrimento das células
nervosas e edema (inchaço).
• Isquémico: aquele que é produzido
pela oclusão de um vaso sanguíneo cerebral
provocando um défice de oxigenação
cerebral a jusante da obstrução. Esta
obstrução pode ser provocada por um
trombo (obstáculo que se forma no local) ou
por um êmbolo (quando o obstáculo se
desloca na corrente sanguínea até encravar
num vaso de pequeno calibre).
Sintomatologia:
• Perda brusca de conhecimento;
• Dores de cabeça fortes (na hemorragia
cerebral);
• Disartria (dificuldade na articulação de
palavras);
Um AVC ocorre quando um vaso sanguíneo • Desvio da comissura labial (boca
no cérebro se rompe ou é bloqueado por um puxada para o lado);
coágulo sanguíneo. Uma parte do cérebro fica • Visão enevoada ou dupla, tonturas;
então privada de oxigénio, o que pode • Zumbidos nos ouvidos;
provocar paralisia de um lado do corpo ou • Palidez;
perda da fala. O AVC é uma situação de • Ansiedade;
início brusco ou progressivo e nunca se sabe
• Perda de equilíbrio;
quais as consequências futuras que daí podem
• Incapacidade de andar;
resultar pelo que a rápida deteção da situação
e socorro emergente é fundamental, pois as • Alteração das pupilas (a mais dilatada
células nervosas não se regeneram e é o do lado da lesão);
cérebro que controla os movimentos, a • Hemiparesia (fraqueza ou
memória, o equilíbrio interno do organismo, entorpecimento num dos lados do corpo);
as funções vitais, a fala entre outras funções • Paralisia e insensibilidade dos membros
orgânicas básicas. do lado contrário à lesão;
• Parestesias;
Tipos de AVC • Incontinência de esfíncteres;
• Acidente Isquémico transitório: resulta • Náuseas e vómitos;
de uma diminuição transitória de fluxo • Convulsões;
sanguíneo ao encéfalo, devido à formação de • PCR.
placas de ateroma (aterosclerose) e pode durar
31
Atuação no AVC ANGINA DE PEITO
• Vigie as funções vitais;
• Acalme a vítima;
• Não dê de comer nem de beber;
• Desaperte a roupa que possa dificultar a
ventilação e a circulação;
• Coloque a vítima em PLS;
• Mantenha a vítima quente;
• Transportar a vítima em decúbito dorsal Estenose
com a cabeça elevada a trinta graus; (aperto na artéria)
• Se existir risco de vómito, transportar a
vítima em decúbito lateral para o lado oposto
da Hemiparesia com a cabeceira elevada a
trinta graus;
• Encaminhe para o hospital.
É uma situação que se manifesta quando o
fluxo de sangue oxigenado ao músculo
cardíaco fica reduzido, em consequência de
esforço físico ou emocional.
DOR TORÁCICA
Esta situação ocorre quando o diâmetro da
artéria coronária (é artéria que irriga o
coração) diminui pela deposição de placas de
gordura, provocando uma redução do aporte
de oxigénio ás células do miocárdio a jusante
dessa obstrução.
Assim e sempre que aumentem as
necessidades de oxigénio por parte das células
cardíacas inicia-se um quadro de dor pois
A dor torácica é um dos sintomas que merece existe um impedimento á irrigação sanguínea.
maior atenção no domínio do socorrismo pois Normalmente este aumento da necessidade
muitas vezes traduz situações de levada surge associado a um esforço físico ou a uma
gravidade, sabendo que o tórax aloja órgãos emoção.
como o coração e os pulmões uma dor nesta
região nunca é de desvalorizar.
Sinais e Sintomas:
Como dor pré-cordial são caracterizadas duas
situações cardiovasculares que se prendem - Dor no peito, de localização retro esternal
com alterações significativas no aporte de (ou pré-cordial, descrita como uma sensação
sangue ao coração. Com efeito, uma menor de aperto, peso, opressão ou facada;
chegada de sangue e oxigénio àquele órgão - A dor mantém-se constante, ou seja, não
pode determinar uma dor característica, como altera de intensidade com a
acontece na angina de peito e no enfarte inspiração/expiração, ou com a posição
agudo do miocárdio. adotada pelo indivíduo;
- A dor pode irradiar para o ombro, braço e
mão esquerda, pescoço e mandíbula, dorso e
região abdominal;
- Poderá haver um “adormecimento” na
extremidade do membro superior afetado;
32
- A dor tem origem num esforço físico, uma haver irrigação sanguínea em determinada
emoção forte, contacto com o frio intenso, zona do músculo cardíaco, conduzindo à
após refeição abundante ou associado ao necrose (morte das células do músculo
consumo de tabaco. cardíaco).
Tratamento:
Sintomatologia:
- Se conhecido deve ser retirado o fator que
desencadeou a crise, por isso a dor é de curta • Dor opressiva localizada no tórax, por
duração e não ultrapasse os dois a três debaixo do esterno, mas que pode irradiar
minutos. para o pescoço, ambos os braços (é mais
- Normalmente, eliminando o fator frequente irradiar para o esquerdo), maxilar
desencadeante a dor alivia rapidamente em inferior, estômago (epigastro);
cerca de 2-3 minutos; • Dor descrita como sensação de aperto,
- Os doentes que já sabem que têm angina de peso, opressão ou facada;
peito, trazem sempre consigo comprimidos de • Dor durante muito tempo, podendo
nitroglicerina. A nitroglicerina provoca uma durar horas;
dilatação rápida do diâmetro das coronárias • Medo, apreensão;
facilitando a passagem do sangue, sendo • Adormecimento da extremidade do
muitas vezes extremamente eficaz no alívio membro superior afetado;
da dor; • Angústia e Ansiedade a sensação de
- Estes comprimidos de nitroglicerina devem morte evidente origina uma grande ansiedade
ser colocados debaixo da língua, 1 de cada na vítima, em geral a expressão facial da
vez até aliviar os sintomas, o que muitas vítima reflete este facto;
vezes acontece logo de imediato após a • Agitação;
colocação do comprimido debaixo da língua;
• Palidez, pele fria e húmida (suores);
-Doentes que não sabem que sofrem de
• Hipotensão;
angina de peito devem ir ao hospital;
Os doentes que já sabem que sofrem de • Dificuldade ventilatória (falta de ar) e
angina de peito poderão ou não ter respiratória que pode mesmo chegar ao
necessidade de ir ao hospital. Edema Agudo do Pulmão, uma vez que o
coração não bombeia o sangue eficazmente
vai haver uma acumulação de líquidos nos
pulmões provocando um encharcamento dos
alvéolos pulmonares;
ENFARTE AGUDO DO • Pulsação rápida e fraca;
MIOCÁRDIO • Sensação de “enfartamento”, que leva
a pensar num problema digestivo;
• Náuseas e vómitos;
• Sensação de desmaio;
• Inconsciência;
Obstrução • Paragem cardio-respiratória
Zona sem Circulação Há que ter em conta que estes sintomas são
meros indicadores, logo a vítima pode só ter
alguns ou tê-los todos. Em caso de dúvida
Caracteriza-se por obstrução brusca e total deve-se agir como se de um enfarte se se
das artérias Coronárias (artérias que irrigam o trata.
músculo cardíaco) e não apenas na
diminuição do seu lúmen. Assim, deixa de
33
Atuação nestas situações: Locais onde se manifesta dor em situação de
Enfarte Agudo do Miocárdio:
• Não permita qualquer esforço ou
movimento;
• Vigie as funções vitais;
• Avaliar e caracterizar a dor;
• Acalme a vítima e mostre uma atitude
calma e segura;
• Coloque em posição confortável
(recostar a 45º);
• Desaperte a roupa ao nível do pescoço,
tórax e abdómen;
• Mantenha a temperatura (evite o
arrefecimento corporal da vítima);
• Não dê nada a beber;
• Se a vítima fizer medicação para o
coração (vasodilatador), de nome
nitroglicerina e nome comercial Nitrominte,
coloque-lhe 1-2 comprimidos debaixo da
língua, este medicamento dilata as artérias e, à
medida que o fluxo de sangue aumenta, a dor
diminui;
• Se inconsciente, coloque em PLS
• Inicie reanimação cardio-respiratória
se necessário.
• Encaminhar para o hospital, se estiver
em casa entregue à equipa de emergência o
último ECG (eletrocardiograma) da vítima.
34
Quadro resumo:
CRISE CONVULSIVA
Angina
Enfarte Agudo
De
do Miocárdio
Peito
Contínua na Contínua na
Dor
intensidade intensidade
M.S.E.
M.S.E., dorso,
Dorso
pescoço e
Pescoço Irradiação
mandíbula,
Mandíbula
abdómen
Abdómen
Ligeiro
Habitualmente
desconforto até à Intensidade
é muito intensa
opressão intensa
Normalmente A Crise Convulsiva é a contração involuntária
Pode chegar a
cerca de 2 ou 3 Duração
minutos
durar horas de vários grupos musculares do corpo. Isto
deve-se a um distúrbio na atividade elétrica
Esforço físico, Fatores Pode não ter
emoções, frio desencadeant fator em determinada região cerebral.
intenso, etc… es desencadeante As causas que podem desencadear uma crise
Nitroglicerina Pode não convulsiva são várias:
e/ou remover o Fatores aliviar, mesmo • Epilepsia (doença do sistema nervoso
fator Aliviantes com central);
desencadeante nitroglicerina
• TCE (Traumatismo crânio-encefálico);
• AVC (acidente vascular cerebral);
• Lesões cerebrais, como tumores;
• Hipertermia (febre);
• Alterações do nível de açúcar no
sangue
• Intoxicação (incluindo álcool e
drogas);
• Falta de Oxigénio no cérebro.
35
fatores, no entanto, caracteriza-se por • Perda de consciência à qual se segue
hiperatividade cerebral. uma queda brusca podendo a vítima chegar
Há 2 tipos fundamentais de crises Epiléticas: mesmo a ferir-se;
• Não convulsivas, também • Os lábios e a língua podem tornar-se
denominadas de Pequeno mal epilético: azulados (cianóticos) devido a dificuldade
situação que se traduz em alteração de ventilatória existente durante a crise
comportamento. O doente pode ter convulsiva;
“ausências”, alheamento, que o levam a • Os dentes cerram-se e chega, por
interromper o que está a dizer, a “desligar-se” vezes, a haver mordedura da língua, podendo
do meio envolvente. originar salivação abundante (espuma pela
• Convulsivas, também chamadas de boca) acompanhada de sangue;
Grande mal epilético, que pode evoluir em 4 • Ocorre frequentemente descontrolo de
fases: esfíncteres;
- Fase da aura: - alucinações de vários tipos • O tremor pode iniciar-se numa só
(visuais, auditivas, olfativas, gustativas); parte, podendo progressivamente estender-se
perceção de ataque iminente; a todo o corpo, entrando a vítima numa Crise
- Fase tónica: - perda de consciência; aumento Convulsiva Generalizada;
do tónus capilar; apneia (pausa ventilatória); • A Crise Convulsiva dura cerca de 2 a
-Fase clónica: - movimentos de contração 4 minutos. Após a Crise Convulsiva a vítima
muscular descoordenados com duração de 2 a fica inconsciente ou num sono profundo,
4 minutos; perda da consciência; ventilação situação que se denomina de estado pós-
ruidosa; salivação abundante; perda de crítico;
controlo dos esfíncteres (pode urinar-se ou • Ao recuperar a vítima pode estar
defecar); agitada, agressiva e confusa, ou então pode
-Fase pós-crítica (fase de recuperação): - não se lembrar do que aconteceu (Amnésia) e
relaxamento dos músculos; recuperação referir ou não cefaleias (dores de cabeça
progressiva da consciência. intensas)
Sinais e Sintomas: Atuação na Crise Convulsiva:
• Pensar num possível fator
A situação que mais frequentemente solicita a desencadeante e tentar eliminá-lo;
intervenção de socorro é a Crise Convulsiva • Não lhe trave os movimentos, pois
de Grande Mal, por ser mais exuberante na poderá causar-lhe fraturas e outro tipo de
sua sintomatologia. Muitas das vítimas lesões;
epiléticas têm a chamada Aura, ou pré-aviso
• Torne a área segura e crie espaço livre
antes do ataque que se caracteriza por:
à volta para evitar que a vítima se magoe;
• Dor de Cabeça;
• Anote a hora de início da crise, a
• Náuseas; duração da crise e que tipo de movimentos a
• Ranger dos dentes, entre outras. vítima fez;
• Afaste os objetos em que a vítima se
A Aura é uma característica individual no
possa magoar (cadeiras, mesas);
epilético, pelo que não se pode generalizar um
• Coloque uma almofada ou um
sintoma comum a estas situações.
cobertor nas esquinas onde a vítima se possa
magoar;
A crise convulsiva decorre normalmente de
• Proteja o doente colocando-lhe uma
acordo com a sequência que se segue:
peça de roupa por baixo da cabeça;
• Por vezes um grito violento;
• Desaperte a roupa no pescoço, tórax e
• Um rodar de olhos para cima;
abdómen;
36
• Logo que a crise convulsiva parar,
faça o V.O.S. e coloque a vítima em PLS; HIPERTERMIA
• Vigie as funções vitais, faça ventilação
artificial, se necessário;
A hipertermia/febre é uma subida anormal da
• Procure afastar os “curiosos”; temperatura corporal (acima dos 38,5ºC é
• Não force a introdução de objetos considerada hipertermia/febre).
(como tubo orofaríngeo - tubo de gueddel A hipertermia/febre pode ser desencadeada
que evita a queda da língua), na boca da por diversos fatores, sendo a causa mais
vítima, quando haja forte contração dos frequente a resposta inflamatória ou infeciosa
músculos da face; do nosso corpo, como por exemplo: infeções
• Mantenha-se junto do doente até à virais ou bacterianas, sarampo, varicela,
recuperação da consciência; meningite, amigdalite, otite, inflamação da
• Sempre que existe uma crise garganta, infeções locais como abcessos,
convulsiva a vítima deverá recorrer ao distúrbios gastrointestinais, etc…
hospital pois é uma situação potencialmente A hipertermia/febre deve ser combatida
de risco de vida. rápida e energicamente pois pode provocar
crises convulsivas.
Nota: não desloque a vítima a não ser que esta
esteja em perigo iminente; Atuação:
Não lhe ponha nada na boca, nem use a força • Colocar a vítima em local fresco e
para a conter; arejado;
- Obrigatório a ida ao hospital se esteve • Não cobrir com cobertores;
inconsciente mais de 10 minutos; se a crise • Hidratar a vítima dando-lhe bastante
convulsiva durar mais de 5 minutos; se tiver água fresca para compensar a perda de
crises repetidas; se é a 1ª crise convulsiva que líquidos;
tem.
• Dar banho de imersão em água morna;
• Colocar compressas de água tépida nas
virilhas, nas axilas e na testa;
• Evitar qualquer esforço ou atividade
física
• Se a temperatura passar os 38,5ºC,
recomenda-se que tome (paracetamol, nas
doses indicadas para a idade e peso, se
anteriormente recomendado por um médico (o
paracetamol existe em forma de xarope,
supositórios e comprimidos);
• Se a febre durar mais de 24 horas
procurar um médico.
HIPOTERMIA
A hipotermia é uma situação que pode ocorrer
quando o corpo humano é sujeito a
temperaturas ambientais baixas.
A permanência, quando inconsciente ou
imobilizado, por algumas horas a temperatura
ambiente inferior a 10ºC pode determinar uma
37
hipotermia (por ex.: indivíduos em estado de • Não ponha a vítima perto de fontes de
alcoolismo agudo que quando inconscientes, calor, como botijas ou lareiras, pois há o risco
ficam toda a noite expostos ao frio; na acrescido de se queimarem devido à
imersão em água a temperatura de 10ºC por diminuição da sensibilidade;
um período de 30 minutos). Muitas mortes • Não deixe a vítima beber álcool pois
que ocorrem nos naufrágios não resultam do isso agrava a hipotermia.
facto de não saber nadar, mas por hipotermia.
Há hipotermia quando a temperatura do Atuação conforme o ambiente:
corpo baixa de 35ºC. Os efeitos variam com
a velocidade de arrefecimento, e com o valor Hipotermia dentro de casa em vítima
que a temperatura atinge, a hipotermia de trazida do exterior:
30ºC, poderá ser difícil de reverter. Os bebés, • Substituir a roupa molhada por seca;
idosos, sem abrigo, pessoas muito magras, • Se a vítima for jovem, saudável e
debilitadas ou cansadas são mais suscetíveis puder entrar na banheira sozinha, pode ser
de fazerem uma hipotermia. reaquecida com um banho tépido (a água não
deve ser demasiado quente, aproximadamente
Sintomatologia: 40ºC);
• Tremuras; • Ponha a vítima na cama e tape-a bem;
• Pele fria, pálida e seca; • Dê-lhe bebidas quentes, sopa, ou
• Confusão; alimentos com alto teor energético como o
• Ventilação fraca e lenta; chocolate;
• Pulsação fraca e lenta em casos • Verifique e registe regularmente os
extremos, paragem cardio-respiratória; sinais vitais, nível de consciência, pulsação,
• Apatia, desorientação, irritabilidade e respiração e temperatura.
comportamento conflituoso.
38
Hipotermia em Bebés
ALCOOLISMO AGUDO
Os mecanismos reguladores da temperatura
no organismo de um bebé ainda não estão
totalmente desenvolvidos, por isso ele pode
desenvolver hipotermia num quarto frio. A
pele do bebé pode parecer saudável, mas estar
fria, e ele pode estar apático, muito sossegado
e recusar-se a comer.
• Reaqueça o bebé, hipotérmico
gradualmente, envolvendo-o em cobertores e
aquecendo o quarto;
• Chame o médico;
• Cubra a cabeça do bebé para impedir a
perda de calor.
Hipotermia ao ar livre
• Leve a vítima para um local abrigado e É a situação que acontece por ingestão de
se possível seco o mais depressa possível; bebidas alcoólicas acima da capacidade de
• Retire-lhe a roupa molhada e proteja-o tolerância do organismo. A ingestão de álcool
do vento; em excesso pode conduzir a várias
• Isole a vítima com agasalhos ou complicações que dependem da quantidade
cobertores e cubra-lhe a cabeça; ingerida e do próprio indivíduo. O álcool
• Proteja a vítima da chuva, do vento e induz a alterações do comportamento por
do contacto com o solo; depressão do Sistema Nervoso Central. Estas
• Ponha-a num saco-cama seco, cubra-a vítimas por vezes apresentam
com cobertores, jornais ou use um lençol de comportamentos bizarros, perturbação mental
aquecimento; e descoordenação motora.
• Peça ajuda (112);
• Se possível, para ajudar a reaquecer Complicações:
dê-lhe bebidas quentes e alimentos • Hipoglicemia (redução na quantidade
energéticos, como o chocolate. de açúcar no sangue);
• Hipotermia (quando a temperatura do
corpo baixa a valores inferiores a 35ºC).
Sintomatologia:
• Hálito característico a álcool;
• Perda de equilíbrio;
• Dificuldade na articulação das
palavras;
• Alteração do estado de consciência;
• Suores frios e abundantes;
• Arrefecimento;
• Ventilação acelerada e irregular;
• Congestão facial;
• Conflituosidade;
• Agitação ou prostração;
• Inconsciência;
• Coma.
39
Atuação no ALCOOLISMO AGUDO: - Hipoglicemia: diminuição acentuada da
• Manter atitude calma e segura, quantidade de açúcar no sangue motivada
mostrando tolerância, pois estas vítimas na pela falta da sua ingestão ou pelo excesso de
maioria das vezes têm tendência para a insulina.
agressividade;
• Manter a permeabilidade das Vias
Aéreas (o vómito é frequente); HIPERGLICEMIA
• Coloque-lhe açúcar debaixo da língua; A hiperglicemia é uma situação que se
• Elevação das pernas; caracteriza por excesso de açúcar no sangue
• Aqueça a vítima (evitar o (hiper=mais; glicemia=açúcar no sangue).
arrefecimento); Uma alimentação muito rica em hidratos de
• Vigie as funções vitais; carbono ou falta de insulina em doentes
• Ponha a vítima em Posição Lateral de diabéticos podem conduzir a esta situação.
Segurança (PLS); Considera-se hiperglicemia quando o valor de
• Encaminhe-a para o hospital. açúcar no sangue é superior a 200 mg/dl. A
sua instalação é normalmente lenta e
progressiva.
HIPER E HIPOGLICEMIA
Sintomatologia:
• Fadiga (fraqueza muscular)
DIABETES • Tonturas
• Náuseas e vómitos;
O açúcar é essencial às células para que elas • Hálito a fruta doce ou acetona;
produzam energia, para que o açúcar possa • Face rosada;
ser utilizado pelas células do organismo é • Pele avermelhada e seca;
indispensável a presença de insulina, que é • Manutenção da prega cutânea (sinal de
produzida pelo pâncreas. Quando a produção desidratação);
de insulina é afetada, o açúcar não consegue • Confusão mental e desorientação;
passar para as células de forma normal pelo • Sonolência;
que o seu nível no sangue sofre alterações. A • Ventilação rápida e irregular;
esta situação dá-se o nome de Diabetes. • Inconsciência, por vezes;
Assim a diabetes é uma doença em que o • Coma
pâncreas produz uma quantidade insuficiente
de insulina, que é a hormona responsável pela Atuação na HIPERGLICEMIA
utilização da glucose pelo organismo. Uma • Procure saber se a vítima é diabética e
quebra ou subida excessiva dos níveis de se está a fazer medicação antidiabética;
açúcar (glicose) no sangue pode dar origem • Vigie as funções vitais;
aos chamados comas diabéticos, sendo o • Encaminhe para o hospital.
coma por baixa de açúcar (hipoglicemia) mais
• Se o doente tiver uma máquina pode
grave por ser de instalação súbita e exigir
avaliar o valor de açúcar no sangue que é
medidas de tratamento imediato para salvar a
dado em mg/dl
vida do doente.
Em situações de emergência médica poderá
encontrar duas situações de descompensação
da Diabetes: HIPOGLICEMIA
- Hiperglicemia: aumento da quantidade de É uma situação que acontece por insuficiência
açúcar no sangue em relação à quantidade e de açúcar (glicose). Pode ser provocada por
insulina. esforços intensos, jejum prolongado ou
excesso de insulina em doentes diabéticos.
40
Considera-se hipoglicemia valores de açúcar muito frequente nos diabéticos, pode
no sangue inferiores a 50 mg/dl. A sua acontecer a qualquer um. A hipoglicemia tem
evolução é normalmente rápida e súbita. de ser rapidamente corrigida através da
ingestão de açúcar, pois o doente corre o risco
Causas mais comuns: de morrer.
• Jejum prolongado;
• Se os alimentos não foram digeridos (ex.:
vómitos/diarreia após as refeições);
• Se as doses de insulina ou antidiabéticos Quadro resumo:
orais forem demasiado elevadas
relativamente às necessidades do doente ou
HIPERGLICEMIA HIPOGLICEMIA
á quantidade e tipo de alimentos ingeridos;
• Situações em que é exigido um maior Excesso de Excesso de
consumo de açúcar (ex.: esforço físico, açúcar ou défice Causa insulina ou
emoções fortes, febre, etc… de insulina défice de açúcar
Lento e
Sintomatologia: Início Rápido e súbito
progressivo
• Ansiedade, irritabilidade e agitação; Fraqueza
• Palidez intensa; Agitação,
muscular,
irritabilidade,
• Fraqueza muscular; confusão, Comportamento
convulsões,
• Sensação de fome; sonolência e
confusão e coma
• Suores abundantes, frios e pegajosos; coma
• Pulso rápido e fraco; Cetónico,
Hálito Normal
• Ventilação superficial; adocicado
• Sensação de formigueiro no rosto e nas Seca e Pálida, húmida e
Pele
mãos; avermelhada suada
• Tremores; Sim Sede Não
• Desorientação e confusão mental; Não Fome Sim
• Inconsciência, por vezes acompanhada de Habituais Vómitos Raros
convulsões;
• Coma
Atuação na HIPOGLEMIA
• Coloque-lhe açúcar (dois pacotes dos do
café aprox: 2X18 gr) debaixo da língua;
• Não dê líquidos (por ex.: água com açúcar,
leite, bebidas alcoólicas, …)
• Vigie as funções vitais;
• Mantenha a temperatura (evite o
arrefecimento corporal);
• Coloque a vítima em Posição Lateral de
Segurança;
• Encaminhe para o hospital.
(nas vítimas conscientes e após terem feito
açúcar, muitas vezes não é necessário
encaminhar a vítima ao hospital)
41
• Pupilas dilatadas
LESÕES PROVOCADAS PELO • Crise convulsiva;
CALOR • Vertigens;
• Pulso cheio e irregular;
• Ventilação acelerada;
As lesões pelo calor surgem na sequência da
exposição prolongada do indivíduo a • Agitação;
temperatura ambiente elevadas. Estas lesões • Por vezes, inconsciência.
podem ser provocadas quer por calor húmido
(exposição do organismo a elevada Atuação na Insolação
temperatura ambiente, mas na presença de • Retire a vítima para local fresco e arejado;
humidade na atmosfera) quer por calor seco • Retire-lhe roupa;
(exposição do organismo a elevada • Arrefeça-lhe todo o corpo (envolvendo em
temperatura ambiente, mas na ausência de lençol húmido), em especial a cabeça;
humidade). • Colocar panos molhados nas axilas, virilhas
As lesões pelo calor, mais comuns são: e testa;
✓ Golpe de Calor • Recoste-a, mantendo a cabeça elevada;
✓ Insolação • Não dê líquidos, apenas humedeça os
lábios;
• Encaminhe para o hospital.
Insolação
42
• Tonturas e/ou vertigens; local, cianose (pele roxa ou azulada) e
• Cãibras; flictenas (bolhas);
• Astenia (falta de forças);
• Apatia (indiferença ao que a rodeia); Atuação:
• Ventilação acelerada e superficial; As lesões pelo frio não devem ser menos
• Hipotensão (tensões arteriais baixas); prezadas dado o perigo de destruição dos
tecidos e de lesões irreversíveis do tecido
• Sonolência;
nervoso.
• Por vezes, inconsciência.
Logo deve:
Atuação no Golpe de Calor:
• Mergulhar o membro em água tépida
• Retire a vítima para local arejado e
+/- 36ºC;
fresco;
• Não esfregar/friccionar as zonas
• Mantenha-a deitada e eleve-lhe os
afetadas isso pode contribuir para a destruição
membros inferiores (pernas);
dos tecidos;
• Dê-lhe água a beber, se consciente e
• Envolver a vítima num cobertor;
colaborante;
• Não colocar a vítima junto de ama
• Mantenha a temperatura;
fonte de calor (lareiras, etc. …);
• Se inconsciente, coloque-a em PLS;
• Ter em atenção que o
• Se necessário, encaminhe para o
descongelamento provoca dor intensa,
hospital.
sintoma que se irá agravar à medida que o
descongelamento se processa;
• Tratar a queimadura resultante da
lesão (ver capítulo das queimaduras)
LESÕES PROVOCADAS PELO • Avaliar e registar sinais vitais.
FRIO
As lesões provocadas pelo frio devido á
exposição prolongada do indivíduo a um
ambiente muito frio, poderão ser diversas,
visto que o frio causa vasoconstrição
(diminuição do diâmetro dos vasos
sanguíneos) pelo que a maioria das lesões
tecidulares se devem à deficiente circulação e
logo à má oxigenação dos mesmos.
Sinais e Sintomas:
• Edema (inchaço);
• Rubor (vermelhidão);
• Prurido (comichão);
• Nos casos mais graves em que já houve
congelamento dos tecidos, pode surgir dor
43
Relâmpagos: é uma descarga de eletricidade
CHOQUE ELÉTRICO / na atmosfera que forma um raio de luz e calor
que procura chegar ao solo. Um relâmpago
ELETROCUSSÃO pode incendiar as roupas, deitar a vítima ao
chão, e até causar morte instantânea. Afaste
toda a gente do local atingido pelo relâmpago
o mais depressa possível.
44
• Hemorragias internas, equimoses;
• Paragem cardio-respiratória.
Atuação:
Sinais e Sintomas:
• Prurido (comichão);
• Urticária (manchas vermelhas na
pele);
• Suores;
• Alterações do estado de consciência
(desorientação, zumbidos, vertigens,
convulsões e coma);
• Olhos vermelhos com ardor e
lacrimejo;
• Aumento das secreções nasais;
• Edema da Laringe, inchaço da glote e
outras estruturas da laringe o que provoca
uma diminuição do seu lúmen e logo uma
obstrução à passagem de ar que se manifesta
por:
• Dispneia e/ou Respiração ruidosa;
• Tosse; Rouquidão;
• Edema Agudo do Pulmão e/ou Dor
pré-cordial;
• Hipotensão;
• Pulso arrítmico;
• Náuseas, vómitos, dor abdominal e
diarreia.
Atuação:
• realizar pedido de ajuda (112);
• Afastar o indivíduo da causa
precipitante (remover o alergénio do contacto
com o indivíduo);
• Proporcionar à vítima uma posição
confortável de modo a facilitar a ventilação, a
melhor é sentada com as costas a 45º;
• Se tiver disponível fazer oxigénio a 10
litros
46
contacto e penetração de produtos tóxicos,
ENVENENAMENTO / como no caso de manipulação de produtos
tóxicos sem o devido respeito pelas mais
INTOXICAÇÃO elementares normas de proteção e higiene
(produtos utilizados na agricultura com o
Veneno é toda a substância que, penetrando fim de combater as pragas).
no organismo em doses relativamente
elevadas num curto espaço de tempo, Via Ocular
provoca, de modo passageiro ou durável, Exemplo
perturbações mais ou menos graves das várias A penetração do veneno pelas mucosas é mais
funções, ou mesmo a morte. As crianças estão rápida e perigosa do que pela pele.
mais propensas a intoxicações pois na sua Encontram-se situações frequentes de
ânsia de explorar tudo ao seu redor, ingerem envenenamento pela via ocular, como nos
ou contactam com produtos que são tóxicos. casos dos:
O tóxico pode penetrar no organismo das • Trabalhos agrícolas (sem proteção
mais variadas formas. adequada);
• Trabalhos realizados em laboratórios (sem a
Vias de Penetração dos venenos no organismo devida proteção);
• Utilização de agentes de limpeza (ácidos e
Via gastrintestinal bases), que, postos em contacto, reagem,
Exemplo: libertando gases tóxicos.
• Alimentos adulterados;
• Acão criminosa ou tentativa de suicídio; Via Circulatória
• Manipulação de produtos tóxicos com as Exemplo
mãos não protegidas que, posteriormente, • Substâncias introduzidas diretamente na
vão tocar em alimentos; circulação;
• Ingestão acidental de produtos líquidos • Injeção. Drogas.
contidos em recipientes não identificados;
• Ingestão de líquidos cáusticos (e outros) Perante uma situação de envenenamento, o
guardados, inadvertidamente, em garrafas socorrista deve tentar saber rapidamente:
de refrigerantes (frequente em crianças);
• Aplicação de pesticidas e outros produtos O quê? Qual o veneno?
usados na agricultura sem equipamentos de • Interrogando a vítima, se consciente;
proteção individual. • Observando a vítima e o local e recolhendo
embalagens de produtos tóxicos, aí caídas;
Via Inalatória • Recolhendo restos do veneno ou produto
Exemplo vomitado;
• Inalação de venenos no estado gasoso (má • Registando qualquer cheiro anormal no
ventilação dos locais de trabalho; falta de ambiente e o próprio hálito da vítima.
máscara apropriada; desrespeito pelos
procedimentos de segurança previstos para Como? Qual a via de administração?
os produtos); • Procure indagar, no local, como aconteceu;
• Inalação de partículas líquidas ou sólidas • Procure utensílios que tenham servido para
(má ventilação dos locais de trabalho; falta a introdução do veneno (seringas, copos).
de máscara apropriada).
Quanto? Qual a quantidade?
Via cutânea
• Considerando o frasco cheio, quanto é que
Exemplo
foi ingerido?
• A pele, pela sua extensão e constituição,
• Quantos comprimidos faltam na caixa?
está facilmente exposta a agressões e ao
47
Quando? Quanto tempo decorreu, desde a o Identificar o veneno pela embalagem,
introdução do veneno e o início dos sintomas, rótulo, cheiro e vómito (deverá ser levado
até à chegada do socorrista? ao médico);
• Inquirindo a vítima quando consciente e o Informar sobre a possível via de entrada
colaboradora; do produto tóxico;
• Interrogando familiares e amigos que o Determinar, aproximadamente, a
tenham presenciado ou ouvido algo que quantidade de veneno ingerida;
possa ajudar a concluir do sucedido. o Saber qual o tempo decorrido após a
ingestão;
Quem? • Se houver paragem cardio-respiratória
• Idade aproximada; é imprescindível iniciar manobras de Suporte
• Sexo; Básico de Vida;
• Peso; • Transportar para o hospital em
• Doenças (cardíaco, diabético, epilético, …). ambulância.
48
• Aplique nos membros, sempre que
FRATURAS possível, talas apropriadas devidamente
almofadadas;
• Controle a pulsação periférica, a
Fratura é a solução de continuidade do tecido
temperatura e cor dos membros fraturados
ósseo (osso partido).
(ausência de pulso e alteração na cor e
As fraturas podem ser:
temperatura tornam a situação prioritária).
• Fechadas: quando não há visualização do
osso fraturado;
• Abertas ou Expostas: quando há a
visualização do osso fraturado, através da
Crânio
ferida, ou mesmo a sua exteriorização.
Causa:
Condições associadas às fraturas: • queda
• Hemorragia interna, ou externa (na fratura • pancada ou golpe direto
exposta); • esmagamento
• Ferida (na fratura exposta); • ferida por arma perfurante
• Estado de choque;
• Lesões musculares e tendinosas; Sintomas:
• Infeção. • diminuição ou perda de consciência
• tonturas
Sintomatologia de fraturas • perturbações do equilíbrio ou do
• Dor; comportamento devido á formação de edema
• Inchaço (edema); interior
• Deformação; • sonolência
• Dificuldade ou impossibilidade em • vómitos em jato
movimento; • náuseas
• Mobilidade anormal (falsa articulação); • dor de cabeça (cefaleias), não dor da
• Encurtamento; pancada
• Crepitação. • assimetria no diâmetro pupilar
(anisocória)
Atuação nas FRACTURAS • manchas negras nos olhos –
• Descubra, cortando a roupa, se hematomas oculares
necessário; • hemorragias pelo nariz, ouvidos e
• Não massaje; boca, que por vezes, são acompanhadas de
líquido cefalorraquidiano. Estas hemorragias
• Não faça movimentos;
não devem ser sustidas, pois a acumulação de
• Retire anéis, pulseiras e relógio se há
sangue no interior provoca a compressão da
fraturas dos membros superiores;
massa encefálica e, portanto, causa maiores
• Controle hemorragias externas por danos
compressão indireta;
• insensibilidade física e plegias
• Cubra as feridas com compressas (paralisias) por destruição de células nervosas
esterilizadas;
• Proteja “corpos estranhos”; Atuação:
• Proteja os topos ósseos expostos; não • colocar em PLS, pois corre o risco de
tente reintroduzi-los; asfixia ao ficar inconsciente, visto os seus
• Imobilize as articulações abaixo e reflexos de segurança estarem suprimidos
acima da fratura; • se a cara está corada, levantar um
pouco os ombros e a cabeça
49
• se a cara está branca (pálida), colocar
a cabeça ao nível do corpo ou um pouco mais
abaixo
• colocar um objeto de cada lado da
cabeça do doente para evitar movimentos
bruscos durante o transporte – imobilidade
• proteger as regiões afetadas com
sogras
• prevenir o arrefecimento
• vigiar os sinais vitais: grau de
consciência, ventilação e pulsação
• evacuar rapidamente para o hospital, a
baixa velocidade e sem ruídos
Maxilares
A primeira coisa a assegurar, em qualquer
acidente da face, é que a via aérea
(respiratória) está adequadamente Cintura Escapular
desobstruída (clavícula, omoplata e ombro)
Uma fratura pode causar deformação no
maxilar, com perda total ou parcial de dentes, Causas:
hemorragias nas gengivas, edemas e • resultam de traumatismo direto (+
dificuldade em engolir. freq. queda com mão estendida para a frente)
Atuação: Atuação:
• não arrancar os dentes soltos, exceto • Imobilizar colocando o braço da
se estiverem a obstruir a ventilação vítima ao peito, passando depois, uma banda
• se dificultar a respiração deve-se puxar sobre o tórax para impedir a rotação;
a língua e o maxilar para fora e mantê-lo
nessa posição
• se ambos os maxilares estão fraturados
tem que se ir com os dedos e puxar os dois
para a frente mais a língua
• posição lateral de segurança
• fazer imobilização
• permanecer junto à vítima pois a
qualquer momento pode sangrar e ser
necessário remover a imobilização
50
Úmero e cotovelo Antebraço
Causa: O antebraço é constituído por dois grandes
- Traumatismo direto ou indireto ossos longos. Por vezes quando só um deles
está fraturado o outro atua como tala
Complicações:
- ocorrência de lesões vasculares e nervosas Causa:
(lesão do nervo radial – mão pendente) - Trauma direto e/ou indireto – quedas
Punho e mão
Causa:
Punho- traumatismo indireto por queda sobre
a mão
Mão e dedos – é quase sempre por
traumatismo direto
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Sinais e sintomas:
- dor
- incapacidade funcional
- deformação
- inchaço (edema)
Atuação:
- não reduzir, pois, é uma fratura articular
- manter a mão em concha, colocando uma
bola de papel ou um lenço enrolado
- imobilizar com talas
Pescoço
Fémur
Este tipo de fraturas é muito grave e, pode
resultar de múltiplas situações, tendo Causa:
consequências catastróficas Trauma direto – queda
Trauma indireto: bater com os pés no chão
Atuação: Espontânea: fragmentação por processo de
- não permitir que ninguém toque na vítima osteoporose
- ver se a vítima tem sensibilidade ao longo
do corpo É frequente no idoso a nível do colo do
- perguntar se dói as costas fémur
- pede-se para mexer os dedos dos pés
- coloca-se sempre um colar cervical ou algo Sinais e sintomas:
que o substitua - incapaz de se levantar
- deformidade
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- encurtamento do membro fraturado É frequente ser exposta
- rotação do pé para fora Pode ser mascarada se só fraturar um osso, o
outro serve de tala
Atuação: Imobilização segundo regras básicas já
- tração e alinhamento referidas
- imobilização com talas até à cintura
Tornozelo
Difícil distingui-las das entorses – em
ambas:
- edema
- dor
Joelho - incapacidade funcional
- se # a dor é maior à palpação das saliências
Causas: ósseas
- quedas, acidentes de viação, etc... - se entorse a dor é maior à palpação dos
tecidos moles adjacentes
Atuação: Podem complicar-se com luxação da
- Imobilização na posição que o membro é articulação com compromisso circulatório (pé
encontrado se não ceder a ligeira tração roxo) – permitido alinhar o pé com o restante
membro; se não se consegue, imobiliza-se e
transporta-se para o hospital
Pé
Queda de um objeto ou queda em altura
(# dos calcanhares + risco de # da coluna)
Edema é grande e de instalação rápida, retirar
Ossos da perna – Tíbia e perónio o sapato suavemente para não agravar as
lesões existentes.
Tíbia = “canela” Pé elevado durante o transporte e imobilizado
com talas, se necessário.
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• Incapacidade para estar de pé ou andar
• Possível deformidade na zona da
bacia/anca;
• Sinais e sintomas de choque
Atuação:
• Nunca rolar estas vítimas;
• Mexer o menos possível na vítima;
• Evitar o arrefecimento da vítima;
• Não dar nada de comer, nem de beber;
• Esta vítima deverá ser mobilizada em bloco
(de preferência em maca de vácuo) e
transportada ao hospital:
Bacia
A bacia, ou pelve, é constituída por um anel
de ossos situados na parte inferior do tronco,
limitado de cada lado e à frente pelos ossos
ilíacos a trás pelas últimas vértebras da coluna
(sacro e cóccix). Este anel de ossos, também
designado por cintura pélvica, é uma estrutura
que tem como função a proteção dos órgãos
internos que ali se encontram. A bacia é
também percorrida por muitos nervos e vasos
sanguíneos, pelo que uma lesão nesta zona
poderá provocar graves complicações.
Causas:
- traumatismo direto – por ex.: esmagamento
por compressão
- traumatismo indireto – por ex.: acidente de
viação em que se bate com os joelhos no
tablier do carro
Sintomatologia:
• Dor na região da bacia;
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ENTORSES • Se não contraindicado pela existência de
outras lesões, elevar a parte lesionada para
Uma entorse consiste na rutura ou distensão controlar o inchaço e a dor;
dos ligamentos e tecidos em redor de uma • Eleve o membro pousando-o numa
articulação. As articulações que mais vezes almofada (algo fofo), para reduzir o
sofrem entorses são o tornozelo ou o punho. inchaço;
Uma entorse pode estar associada a outras • Coloque gelo tendo o cuidado de proteger a
lesões, tornando-se neste caso difícil de pele, para evitar queimaduras pelo gelo.
distinguir de uma fratura. Em caso de dúvida,
trate sempre uma lesão deste tipo como se de
uma fratura se se trata.
Sintomatologia:
• Dor na articulação e região circundante;
• Perda de força e incapacidade de mover a
articulação;
• Inchaço (edema), com algumas equimoses
(pisaduras);
Atuação:
• Coloque a vítima em descanso, numa
posição o mais confortável possível,
evitando mexer ou tocar na parte lesionada;
• Eleve o membro pousando-o numa
almofada (algo fofo), para reduzir o
inchaço;
• Coloque gelo tendo o cuidado de proteger a
pele, para evitar queimaduras pelo gelo.
DISTENSÕES
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(lavagem) e caso o frasco não tenha um
CONSTITUIÇÃO DA MALA DE dispositivo de saída de soro terá que se ter
algo chamado perfurador (“spike”);
1ºSOCORROS - 5 Soro Fisiológico (cloreto de sódio a 0,9%)
– 10 ml (ampolas) para desinfeção de
pequenas lesões;
Nos locais de trabalho deve existir, - 3 Ampolas de 10 ml de Iodopovidona
obrigatoriamente, material de primeiro Dérmica (por ex.: Betadine);
socorro guardado em caixas ou armários
protegidos do calor e humidade, em local de - Hidrogel para queimados e/ou compressas
fácil acesso, devidamente sinalizado, e que impregnadas em hidrogel;
esteja sempre disponível quando necessário. - Hidrogel ou outro produto para queimaduras
de 1º grau (aliviam a dor e o desconforto,
A caixa, ou armário, de primeiros socorros dando sensação de frescura);
deve ser organizado de acordo com o número
de trabalhadores, atividade desenvolvida e - Pensos impermeáveis com e sem zona de
riscos inerentes. absorção de fluidos (curitas impermeáveis);
Visto isto, ter em conta todas as variáveis é
impossível, no entanto, a lista que material - Tiras substitutas de pontos;
que se segue é a aconselhável a ter para a - Cola biológica;
maioria das situações:
- Saco de gelo instantâneo;
- Spray de gelo;
- 5 Pares de luvas de látex não esterilizadas
- 1 Tesoura universal, ou com pontas - Saco do lixo;
arredondadas;
- 1 Manta isotérmica; Será de notar que os medicamentos e o
- Material de ventilação (pocket mask ou material de penso utilizados devem ser
outro dispositivo para que em situação de repostos de imediato. Só assim se poderá
paragem cardio-respiratória o socorrista não garantir uma boa operacionalidade e um
precise de fazer respiração boca-a-boca); primeiro socorro adequado.
Deve verificar-se regularmente o estado e
- 5 Compressas de 5x5cm individualizadas e validade do conteúdo da caixa de primeiros
esterilizadas; socorros, com vista à sua substituição para
- 2 Pacotes de compressas 5x5 ou 7.5x7.5 em que quando seja necessária esteja tudo apto a
que cada pacote tem 10 compressas; funcionar nas melhores condições.
- 2 Pacotes de compressas 10x10 ou 15x15
em que cada pacote tem 10 compressas;
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BIBLIOGRAFIA
▪ Instituto Nacional de Emergência Médica (1999) – Manual de Tripulante de Ambulância
de Socorro, Lisboa.
▪ Cardoso, António Óscar Rebelo (1987) – Como Prevenir alertar e socorrer em qualquer
tipo de acidente, 5.ª Edição, Lisboa, Editorial o livro.
▪ Bergeron, J. David (1994) – First Responder Update, Third edition, New Jersey, Brady
Prentice Hall.
▪ Hafen,Brent Q.; Karen, Keith J.; Mistovich, Joseph J. (1996) – Prehospital Emergency
Care, Fifth Edition, New Jersey, Brady Prentice Hall.
▪ Limmer, Daniel; Elling, Bob; O’Keefe, Michael F. (1994) – Essentials of Emergency care e
Refresher for the practicing EMT-B, Second edition, New Jersey, Brady Prentice Hall.
▪ NAEMT (2002) – PHTLS: Basic and Advanced Prehospital trauma Life Support.
▪ McSwain, Norman E.; Paturas, James L.(2003) – The Basic EMT 2nd Edition, Mosby.
▪ Handley, Anthony J.; Koster, Rudolph; Monsieurs, Koen; Perkins, Gavin D.; Davies, Sian;
Bossaert, Leo – Recomendações do Conselho Europeu de Ressuscitação sobre Ressuscitação 2010 -
Secção 2. Suporte básico de vida para adulto e a utilização de desfibriladores automáticos externos –
ELSEVIER
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