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São Paulo
2006
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Mônica Aparecida Zappa Rezende
São Paulo
2006
AGRADECIMENTOS
RESUMO
I. INTRODUÇÃO................................................................................................ 07
III. METODOLOGIA........................................................................................... 30
V. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 41
ANEXOS
Anexo 1 – Termo de Consentimento....................................................... i
Anexo 2 - Entrevista................................................................................ iii
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I. INTRODUÇÃO
• Anemia (palidez);
• Dor lombar;
líquidos no corpo; quando os rins falham e não cumprem com estas funções vitais,
a pressão sangüínea pode elevar-se, podendo ocasionar o inchaço ou edemia. Os
rins secretam uma substância chamada renina, responsável pelo estímulo à
produção de um hormônio que eleva a pressão sangüínea. Quando os rins não
funcionam bem, a renina é produzida em excesso e isto também pode resultar em
hipertensão. Ao mesmo tempo, a hipertensão prolongada danifica os vasos
sangüíneos, causando a falha renal.
inflamação não é curada ou controlada, pode haver perda total das funções dos
rins.
vascular, unindo uma veia e uma artéria superficial do braço, de modo a permitir um
fluxo de sangue superior a 250 ml por minuto.
Este autor também diz que a hemodiálise tem seus riscos, como
qualquer tipo de tratamento, e apresenta complicações que devem ser evitadas,
como hipertensão arterial, anemia severa, descalcificação, desnutrição, hepatite,
aumento do peso por excesso de água ingerida e complicações das doenças que o
paciente é portador.
DO PACIENTE EM HEMODIÁLISE
Este autor diz que de qualquer forma, hoje, nem o paciente renal
crônico e nem os seus familiares aguardam passivamente a sua morte sem
tentarem o tratamento médico conservador (diabético) ou a diálise (peritoneal ou
hemodiálise) e mesmo, posteriormente, o tratamento cirúrgico (transplante).
g) dependência de medicamentos.
3- Período de adaptação.
existência, no contexto social, que pode prevenir ou servir e ser utilizado por este
paciente como defesa emocional das conseqüências negativas durante o declínio
da função física ao longo do processo do adoecer.
seja atribuído a ela o poder de mantê-lo vivo. Teme, então, que ela pare de
funcionar, retendo parte do seu sangue. Acredita estar arriscando sua vida ao tratar-
se. Esse medo acentua-se, ainda, de acordo com o estado dos outros pacientes
que dividem com ele o mesmo espaço físico, a sala, onde passam boa parte do
tempo. Juntos presenciam situações alarmantes. Por isso, quando acontece algum
incidente numa sessão, eles reativam o estado de alerta e voltam a temer que o pior
lhes aconteça.
*
A função sexual foi medida quanto à freqüência das relações sexuais à incidência de impotência no
homem e à freqüência do orgasmo durante o coito na mulher.
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frustração gera, nesse paciente, sentimentos diversos, como raiva, culpa, medo e
também faz com que ele utilize mecanismos de defesa para lidar com ela.
após melhorar do seu estado depressivo é que ele começa a adaptar-se ao local, às
pessoas e à rotina que lhe manterão a vida.
III. METODOLOGIA
Local da pesquisa:
Hospital Geral da Cidade de São Paulo– Equipe de Nefrologia, Transplante de
Órgãos e Hemodiálise.
Procedimento:
Foi feita pelo pesquisador uma entrevista que não seguiu um roteiro pré-
estabelecido, que portanto, podendo ser considerada aberta. A única pergunta
formulada indagava para que a paciente relatasse que, a partir de sua experiência
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O aparecimento da doença:
Hemodiálise: “significa uma paralização na minha vida”
Sentimentos Ambivalentes:
- Possibilidade de cuidar do filho: “É uma coisa ambígua, porque me permite cuidar
do meu filho”
- Não disponibilidade para brincar com o filho: “...e ao mesmo tempo paralizou a
minha vida”
Prejuízos:
- Tempo: “...não posso sair, não posso viajar, é um compromisso, porque a gente
não tem Natal, não tem feriado, não tem festa, passeio”.
Casamento:
- “Depois da hemodiálise piorou de vez até a separação.”
Ganhos:
- Sentimento de Gratidão: “Ao mesmo tempo agradeço a hemodiálise”.
- “A hemodiálise me mantém viva.”
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Falta de planejamento:
- “Eu acho que já estou tão acostumada que o tempo passou e eu não planejei a
vida”.
Sentimento de Desânimo:
- “...mas desanima, não muda nada...”
Aparência:
- Sentimento de incômodo: “Uma coisa que me incomoda muito também é a
aparência do braço”.
Não realização:
- ”... coisa que nestes cinco anos de diálise eu já podia ter feito”.
- “Eu deixei tudo para depois que eu fizesse hemodiálise”.
Preocupações e incertezas:
- “...não posso esperar sair da diálise, porque pode ser que isso não aconteça”.
V. CONSIDERAÇÕES FINAIS
MIRANDA, Eunice M. F.; KROLLMANN, Aparecida de O.; SILVA, Cibely A. da. Perfil
Psicológico do Paciente Renal Crônico. Jornal Brasileiro de Nefrologia. Vol. 15
– nº. 3 – Setembro, 1993.
MOORE, Dr. Gordon L. Aspectos Psiquiátricos da Moléstia Renal Crônica.
Minnesota: Mayo Clinic and Mayo Foundation Rochester, 1975.
PALOMBINI, Dora V.; MANFRO, Roberto C.; KOPSTEIN, Jaime. Aspectos
Emocionais dos Pacientes em Hemodiálise Crônica. Revista Associação
Médica Brasil – Vol. 31 – nº. 5 e 6 – Porto Alegre: Maio/Junho, 1985.
ROSA, Denise de Paula; NOGUEIRA, Walter Pinheiro. Reações Emocionais de
Pacientes Submetidos à Hemodiálise. Revista Brasileira de Medicina – Vol. 47
– nº. 8 – São Paulo: Agosto, 1990.
SIQUEIRA, André. O Filtro da Vida. Jornal da Paulista, ano 12, nº 129 – São Paulo:
março, 1999. Disponível em:
http://unifesp.br/comunicacao/jpta/ed129/pesqui3.htm - Acessado em:
11/12/2006.
THOMAS, Caroline V.; ALCHIERI, João C. Qualidade de Vida, Depressão e
Características de Personalidade em Pacientes Submetidos à Hemodiálise.
Avaliação Psicológica. – V. 4 – nº. 1 – Porto Alegre: Junho, 2005. Disponível
em: http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php?SCRIPT=sci_arttextRpid=S1677 –
Acessado em: 11/12/2006.
ZABOROWSKI, Denise R. H. O Papel do Psicólogo numa Unidade de Diálise. Jornal
Brasileiro de Nefrologia – Vol. 11 – nº. 1 – Março, 1989.
ANEXOS
i
Custo da Participação.
A sua participação não acarretará nenhum custo a você e também
não serão disponibilizados nenhum tipo de compensação financeira adicional.
ii
____________________________
____________________________ ________________________
Nome Assinatura do responsável
Data
____________________________
____________________________ ________________________
Nome Assinatura da Pesquisadora
Data
_____________________________
_____________________________ _________________________
Nome Assinatura da Testemunha
Data
iii
ANEXO II – ENTREVISTA
NOME:I. P. S. F.
SEXO: Feminino
NASCIMENTO: 17/10/1979
IDADE: 27 Anos
ESTADO CIVIL: Separada
QUADRO CLÍNICO:
Paciente tem 27 anos é separada há 1 ano e vive com seu filho de cinco anos. Está
aposentada e vive desta renda.
Aos 18 anos foi diagnosticada com Nefrite e aos 20 anos de idade, engravidou. Por
causa da Nefrite, na gravidez os rins começaram a falhar e o filho nasceu prematuro
aos 6 meses. Os rins ainda funcionaram por mais 1 ano antes de cessar
definitivamente e logo depois a paciente iniciou o processo de hemodiálise em 2002.
P. Prejudicou o que?
I. O tempo. Porque não posso sair, não posso viajar, é um compromisso porque a
gente não tem Natal, não tem feriado, não tem festa, passeio.
É como se a minha vida tivesse parado no momento em que eu comecei a
hemodiálise e ela tivesse estacionado. E até mesmo no meu casamento que já não
era bom. Depois da hemodiálise, piorou de vez até a separação. Ao mesmo tempo
eu ainda agradeço a hemodiálise, porque ainda posso cuidar do meu filho. A
hemodiálise me mantém viva, mas ao mesmo tempo, chego em casa tão acabada,
que não posso brincar com o meu filho, nem ajudar ele a fazer uma lição. Parece
castigo de Deus...
iv
P. O uso que você fez e faz do seu tempo. O tempo é esse...o momento
presente...
I. É isso...não posso esperar sair da diálise porque pode ser que isso não aconteça.
É uma idéia mudar alguma coisa, porque está estagnada. Será que eu não posso
fazer alguma coisa para mudar isso? Mesmo estando fazendo hemodiálise?
P. Bem, então eu agradeço muito por você ter me ajudado neste trabalho e a
gente se vê depois de amanhã, tenha um bom dia e até...