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Júri
Dezembro de 2011
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Sumário
Sumário
Actualmente, verifica-se uma crescente preocupação face ao aumento significativo da degradação do
parque construído, pois os custos provenientes da reparação e manutenção dos mesmos têm sido
elevados. Visto os recursos financeiros serem limitados é necessário optimizar a utilização dos
recursos existentes efectuando uma gestão racional e previamente planificada dos mesmos.
Destacam-se claramente as metodologias de previsão de vida útil de componentes e materiais de
construção, que são essenciais para a criação de planos de manutenção e intervenção no período de
serviço do património edificado.
Neste contexto, a presente dissertação insere-se numa linha de investigação sobre a previsão da vida
útil de materiais e componentes de construção, sendo adoptada uma metodologia de investigação
baseada na inspecção de edifícios em serviço para efectuar a previsão da vida útil de pinturas. Esta
investigação é desenvolvida com recurso a dados de campo que permitiram a elaboração dos
factores de degradação assim como a sua influência na anomalia considerada, sendo esta a retenção
de sujidade. Seguidamente efectuou-se a quantificação da anomalia que, juntamente com os factores
de degradação adoptados, permitiu analisar a evolução da anomalia através de gráficos de
degradação e modelos determinísticos.
I
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Sumário Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
II
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Abstract
Title: Management models of the degradation of buildings – Influence of degradation factors in the
appearance of stains on the façades
Abstract
Currently, there is a growing concern around the significant increase in the degradation of the building
park, due to the rising costs of repair and maintenance. Since financial resources are limited it is
necessary to optimize the use of existing resources by making a rational and planned management of
these resources. It is important to highlight the methodologies of service life prediction of components
and construction materials, which are essential for the creation of maintenance plans and intervention
in the service period of the built heritage.
In this context, this dissertation is developed in a research line to predict the service life of materials
and construction components, being adopted a research methodology based on the inspection of
buildings in service to make the prediction of the service life of paintings. This research is developed
with the use of field data that allowed the development of degradation factors as well as their influence
on the anomaly considered, the retention of dirt collection. Then, the anomaly was quantified, together
with the degradation factors adopted, which allowed the analysis of the anomaly´s evolution through
graphics of degradation and deterministic models.
In the course of the investigation, 131 buildings were inspected in the Lisbon area, more specifically in
Madragoa. These inspections allowed the transition from theory to practice of the methodology
previously proposed, serving as a basis for carrying out the analysis of the evolution of the
degradation and the adoption of degradation factors in order to make an estimation of the service life.
Keywords: Service life, Dirt collection, Defect quantification, Degradation factors, Deterministic
models
III
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Abstract Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
IV
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Agradecimentos
Agradecimentos
Em primeiro lugar, quero agradecer profundamente ao Professor Pedro Paulo, meu orientador, pela
oportunidade de utilização da plataforma BuildingsLife, pela incasável disponibilidade, bem como a
transmissão de conhecimento, rigor científico e incentivos que permitiram a concretização deste
trabalho.
Ao Sr. Francisco Feio pela formação essencial para a utilização da plataforma BuildingsLife, assim
como o esclarecimento de dúvidas relacionadas com a sua utilização.
Ao Director dos cursos da Guarda Nacional Republicana Tenente–Coronel Conceição Bessa, pelo
constante acompanhamento e disponibilidade durante a duração do curso.
Aos meus colegas do Instituto Superior Técnico, pela partilha de conhecimento e pelo convívio.
A Filipa pelo apoio e paciência durante estes meses, destacando o encorajamento em todas as fases
deste trabalho.
De uma forma especial aos meus pais e irmãos, destacando o contributo do meu irmão Eric, pelo
apoio incondicional e incentivo dado durante o curso.
Aos meus amigos que directa ou indirectamente contribuíram para a realização da presente
dissertação.
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Agradecimentos Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
VI
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Índice
Índice geral
Sumário ............................................................................................................................................... I
Palavras-Chave ................................................................................................................................... I
Keywords........................................................................................................................................... III
Agradecimentos .................................................................................................................................... V
Índice geral……………………………………………………………………………………………………..VII
1. Introdução ...................................................................................................................................... 1
VII
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Índice Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
4.2.3. Informações relativas à data de aplicação das pinturas dos edifícios .......................... 38
VIII
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Índice
Bibliografia ........................................................................................................................................... 87
Anexos
IX
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Índice Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
X
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Índice
Índice de Figuras
Figura 2.1 - Relação entre a perda de desempenho das propriedades de um elemento e os mínimos
aceitáveis, com identificação daquela que condiciona o fim da vida útil ................................................ 9
Figura 2.2 - Influência das actividades de manutenção no cumprimento dos níveis mínimos aceitáveis
............................................................................................................................................................... 10
Figura 2.3 - Procedimento geral das metodologias de previsão da vida útil de materiais e
componentes de construção, com indicação do procedimento adoptado no presente trabalho .......... 11
Figura 2.4 - Acumulação de sujidade .................................................................................................... 13
Figura 2.5 - Manchas causadas pela contaminação por algas e fungos. ............................................. 13
Figura 2.6 - Variação dos agentes de degradação ambiental consoante as escalas geográficas ....... 14
Figura 2.7 - Andamento geral das curvas de Gompertz ....................................................................... 22
Figura 2.8 - Andamento geral de uma curva potencial ......................................................................... 22
Figura 2.9 - Andamento geral de uma curva de Weibull ....................................................................... 23
Figura 3.1 - Visualização de manchas de sujidade .............................................................................. 27
Figura 3.2 - Esquema de escurecimento da fachada por sujidade com o efeito da humidade
……...…………………………………………………………………………………………………………… 28
Figura 3.3 - Esquema de lavagem por água da chuva ……………….………………………………...…29
Figura 3.4 - Manchas de sujidade em escolhas arquitectónicas de maior risco ………………………. 33
Figura 3.5 - Pormenorização de diferentes tipos de peitoris ……………….………………………..……34
Figura 3.6 - Escorrimentos na zona dos peitoris …………………...………………………………………34
Figura 3.7 - Esquema de peitoril segundo o DTU 20.1 ……………………………………………………34
Figura 3.8 - Esquema de peitoril segundo a norma de EN 13914 - 1:2005…………………………….. 35
Figura 4.1 - Exemplo de uma pintura texturada…………………………………………………38
Figura 4.2 – Exemplo de uma textura lisa – plástica (edifício JC106) .................................................. 38
Figura 4.3 - Exemplo de uma textura lisa - óleo (edifício JC012) ......................................................... 39
Figura 4.4 – Edifício com varanda (JC103)…………………………………………………………….40
Figura 4.5 - Edifício sem varanda (JC081) ………………………………………………………………….40
Figura 4.6 - Esquema de classificação da orientação solar ................................................................. 40
Figura 4.7 - Colocação da máquina fotográfica ................................................................................... 41
Figura 4.8 - Fotografias do edifício JC106 ............................................................................................ 42
Figura 4.9 - Montagem e ortogonalização da fotografia do edifício JC106 .......................................... 43
Figura 4.10 - Procedimentos para obter uma variação de valores de cores ....................................... 44
Figura 4.11 – Informação dos dados no Photo Color ........................................................................... 47
Figura 4.12 - Esquema das diferentes áreas consideradas .................................................................. 48
Figura 4.13 - Áreas consideradas para a quantificação da sujidade ………………………………….....48
Figura 4.14 - Selecção da análise pretendida ....................................................................................... 49
Figura 4.15 - Demonstração da medição do erro no gráfico ................................................................ 51
Figura 4.16 - Resultado das curvas após minimização do EQmt e EQMs ........................................... 52
XI
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Índice Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
XII
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Índice
Índice de Quadros
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Índice Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Quadro 5.13- Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação "textura
da película: texturada" e "elementos salientes" .................................................................................... 71
Quadro 5.14 - Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação
"textura da película: lisa - plástica" e "elementos salientes" ................................................................. 72
Quadro 5.15 - Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação
"textura da película: lisa - óleo" e "elementos salientes" ...................................................................... 73
Quadro 5.16 - Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação
"textura da película: texturada" e "orientação solar" ............................................................................. 75
Quadro 5.17 - Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação
"textura da película: lisa - plástica" e "orientação solar" ....................................................................... 76
Quadro 5.18 - Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação
"textura da película: lisa - óleo" e "orientação solar" ............................................................................. 77
Quadro 5.19 – Resumo dos resultados obtidos com a aplicação isolada dos factores de degradação
............................................................................................................................................................... 79
Quadro 5.20 - Quadro resumo dos resultados obtidos coma as combinações de factores de
degradação considerados ..................................................................................................................... 80
XIV
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Índice
Abreviaturas
CIB – International Council for Research and Innovation in Building and Construction
CIE – Commission Internationale de l´Éclairage;
DCWA – Dirt Collection Wall Area;
DCWC – Dirt Collection Wall Color;
EQM – Erro Quadrático Médio;
FF – Façade Fading;
ISO – International Organization for Standardization
RCCTE – Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios;
RGB – Red, Green, Blue;
RGEU – Regulamento Geral das Edificações Urbanas;
RILEM – International Union of Laboratories and Experts in Construction Materials, System and
Structures.
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Índice Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
XVI
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 1. Introdução
1. Introdução
Teoricamente uma acção de manutenção num edifício deveria consistir em reabilitar todos os seus
componentes o que não é economicamente viável, obrigando assim a adoptar uma estratégia de
intervenção que respeite as limitações económicas impostas. Como tal, os edifícios devem ser
geridos com base no controlo de custos, determinação de períodos sem manutenção e nos limites de
degradação proposto pelo dono de obra.
1
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
1. Introdução Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
No presente trabalho, o elemento analisado será a fachada do edifício, pois desempenha um papel
importante no comportamento global do edifício, e na valorização do espaço envolvente [Colen e
Brito, 2003]. As fachadas analisadas são de edifícios antigos e revestidas por pinturas. Este
elemento, por estar em constante exposição às acções climatéricas e à poluição existente, sofre um
processo de degradação, que origina diversas anomalias sendo a estudada as manchas originadas
por retenção de sujidade. As manchas, numa fase inicial, afectam o aspecto estético da fachada e,
posteriormente, juntamente com a acção da água, contribuem para a degradação física do
revestimento [Colen et al., 2005]. Assim, revela-se de extrema importância o estudo das manchas de
retenção de sujidade, com vista a minimizar o aparecimento destas e, consequentemente, os custos
de manutenção.
A presente dissertação tem como objectivo principal avaliar a influência de factores de degradação no
aparecimento de manchas nas fachadas através de modelos de degradação pretendendo-se avaliar a
sua capacidade em fornecer ferramentas que permitam a realização de estimativas de vida útil de
pinturas de fachadas face à retenção de sujidade, em função de diferentes factores de degradação.
A arquitectura BuildingsLife é baseada na ISO 15686 “Buildings and construted assets – Service Life
Planning” podendo ser acedida pela internet, após a obtenção de um login e respectiva senha. De
acordo com Paulo [2009], a plataforma BuildingsLife tem as seguintes funcionalidades:
• ajudar os donos de obra na gestão dos seus edifícios, indicando planos de manutenção
optimizados tendo em vista a redução de custos;
• oferecer, aos projectistas, as melhores soluções construtivas e materiais atendendo as
necessidades do dono de obra;
• estabelecer uma base de dados de anomalias, informações sobre edifícios tal como a
caracterização dos arruamentos, materiais aplicados entre outros;
• classificar os estados de degradação de diferentes elementos construtivos;
2
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 1. Introdução
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
1. Introdução Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 2. Metodologias para a previsão da vida útil
2.1. Introdução
A previsão da vida útil de materiais e componentes de edifícios demonstra ser um assunto que tem
revelado uma grande importância na investigação ligada à indústria da construção. O conhecimento
acerca da vida útil de materiais e componentes de edifícios é fulcral nas várias fases da construção,
desde a fase de projecto passando pela fase de execução e, finalmente, a fase de manutenção.
Como por exemplo, a necessidade de planear a manutenção e custos é fortemente dependente da
avaliação da durabilidade e vida útil dos componentes e produtos.
Este tema abrange matérias de vários ramos, física, química de materiais, tecnologias da construção
assim como uma série de outras áreas da ciência e tecnologia. Dando como exemplo, segundo
Sjöström [1999], a meteorologia e ciências do ambiente que desempenham um papel decisivo na
caracterização do ambiente de degradação.
Sendo assim, a previsão da vida útil de materiais e componentes de construção ganha grande
importância, havendo a necessidade da existência de uma base de dados que caracteriza os
materiais e componentes relativamente a durabilidade permitindo uma optimização no processo de
aquisição dos materiais. Com a obtenção dos dados, pode-se proceder ao planeamento de
manutenções a efectuar ao longo da vida útil do material.
1
CIB – International Council for Research and Innovation in Building and Construction;
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
2. Metodologias para previsão da vida útil Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
2
Da investigação da organização RILEM , resulta uma recomendação, publicada em 1989,
“Systematic methodology for service life prediction of building materials and components” para a
previsão da vida útil dos materiais e componentes de edifícios. Esta recomendação serviu de base
3
para o desenvolvimento de normas para a previsão da vida útil ISO .
No Reino Unido, foi publicada em 1992, a norma 7543 “ British guide to durability of building element,
products and components” que enuncia diversos métodos para a previsão da vida útil de materiais e
componentes de construção. Segundo a referida norma, a previsão da vida útil pode ser realizada
através:
• da experiência obtida, com construções iguais ou semelhantes, submetidas a condições
climatéricas similares;
• da avaliação do nível de degradação dos elementos expostos em curta duração, estimando
um valor limite para a durabilidade;
• de ensaios de envelhecimento acelerado.
O Architectural Institute of Japan [AIJ, 1993] propôs uma metodologia de previsão de vida útil das
construções que possibilitou um grande desenvolvimento nesta área que posteriormente viria a ser
traduzido em 1993 dando origem ao “Principal Guide of Service Life Prediction Buildings“,
destacando-se pela inovação da utilização do método factorial.
A série de normas ISO 15686 é actualmente considerada uma referência nas metodologias de
previsão de vida útil.
2
RILEM - International Union of Laboratories and Experts in Construction Materials, System and Structures;
3
ISO – International Organization for Standardization;
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 2. Metodologias para a previsão da vida útil
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
2. Metodologias para previsão da vida útil Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
4
Numa perspectiva nacional e segundo o portal do Governo, o RGEU em vigor desde 1951, foi
actualizado face as questões de previsão da vida útil englobando as noções de vida útil, manutenção
e durabilidade dos edifícios [Portal do Governo].
Outros documentos normativos têm sido desenvolvidos no âmbito da previsão da vida útil em
diversos países:
• Nova Zelândia – New Zealand Building Code (1992);
• Austrália - Guideline on durability in buildings (2003);
• Canada – Standard S478: Guideline on durability in buildings(1995).
Desta forma, existem organizações que têm desenvolvido estudos e investigações relativos a
previsão da vida útil assim como a durabilidade das construções.
Segundo Branco [2006], os componentes dos edifícios, assim são os revestimentos, desfrutam
geralmente de uma vida útil inferior à vida útil global devendo-se planificar obras de manutenção
durante a fase de serviço. De acordo com Flores [2002], o cumprimento de um plano de manutenção
prolonga o período útil das construções.
Dada a imprevisibilidade do comportamento dos edifícios assim como os seus componentes ao longo
do tempo, grande parte das investigações acerca da durabilidade das construções convergem na
adopção de um método analítico, no qual o problema, segundo Gaspar [2002], é subdividido e
analisado de acordo com três categorias diferenciadas, nomeadamente deterioração física,
desempenho económico e obsolescência funcional.
Relativamente à degradação física, esta é originada principalmente pela acção dos agentes de
degradação e efeito da acção do tempo ou seja envelhecimento natural. Segundo Gaspar [2002], a
vida útil física corresponde ao período de tempo durante o qual o edifício ou parte dele se mantém
num nível requerido de adequação às exigências que lhes são colocadas ou que permite acolher e
responder a novos usos, sem sofrer desgaste físico irreversível para além de uma manutenção
corrente ou de investimentos equivalentes ao custo de reposição do elemento.
4
RGEU – Regulamento Geral das Edificações Urbanas;
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 2. Metodologias para a previsão da vida útil
Figura 2.1 - Relação entre a perda de desempenho das propriedades de um elemento e os mínimos aceitáveis, com
identificação daquela que condiciona o fim da vida útil [adaptado de Moser, 1999]
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
2. Metodologias para previsão da vida útil Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Na figura, verifica-se que a degradação estética é o critério que mais cedo atinge o nível mínimo
admissível, assumindo-se assim como um condicionante da vida útil.
Segundo Takata et al. [2004], a manutenção é vista como uma ferramenta para resolver problemas
(Figura 2.2), definindo também duas situações que contribuem fortemente para o ciclo de vida da
construção sendo estas:
• alteração das condições de edifício devido a deterioração, condicionando a vida útil física;
• alteração das exigências e expectativas da sociedade, condicionando a vida útil funcional.
Figura 2.2 - Influência das actividades de manutenção no cumprimento dos níveis mínimos aceitáveis [adaptado de Takata et
al., 2004]
De acordo com Flores [2002], as operações de manutenção afectam o comportamento dos elementos
ao longo do tempo, melhorando o desempenho, e valores de vida útil. A sistematização de
estratégias de manutenção possibilita a gestão racional das intervenções, agindo atempadamente no
sentido de evitar a propagação de anomalias existentes, optimizando os recursos e minimizando os
custos envolvidos [Flores e Brito, 2003].
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 2. Metodologias para a previsão da vida útil
Figura 2.3 - Procedimento geral das metodologias de previsão da vida útil de materiais e componentes de construção, com
indicação do procedimento adoptado no presente trabalho [Paulo, 2009]
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
2. Metodologias para previsão da vida útil Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Seguidamente à definição do problema, efectua-se a recolha de dados cujo objectivo visa a obtenção
de informação acerca dos mecanismos de degradação e as anomalias do material, assim como a
identificação dos factores de degradação que influenciam na evolução desses mecanismos.
Posteriormente à recolha de dados, pode proceder-se à criação de modelos de degradação e obter
estimativas da vida útil do material ou componente.
Na metodologia da previsão da vida útil, é importante definir quais os materiais e componentes que
vão ser alvo de estudo. No caso de estudar o grau de sujidade do paramento exterior de fachadas de
edifícios, é importante descrever se o revestimento é feito por reboco pintado, por materiais pétreos
ou outra solução adoptada, sendo o revestimento das fachadas dos edifícios no presente trabalho por
pinturas. São questões relativamente simples que conduzem a várias implicações práticas mediante a
escolha. Dando como exemplo as fachadas com o paramento exterior rebocado e pintado, sendo o
caso analisado na presente dissertação, definindo como âmbito do estudo a quantificação da
acumulação de sujidade das fachadas é necessário saber distinguir acumulação de sujidade e
contaminação por algas e fungos. Na Figura 2.4, está ilustrado a acumulação de sujidade, sendo que
na Figura 2.5 é possível identificar as zonas de contaminação por algas e fungos que não podem ser
contabilizadas como acumulação de sujidade.
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 2. Metodologias para a previsão da vida útil
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
2. Metodologias para previsão da vida útil Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
sistemas que permitem georreferenciar uma base de dados, permitindo assim a obtenção e
tratamento de dados para as coordenadas pretendidas. Essas ferramentas possibilitam o
conhecimento da intensidade dos diferentes agentes de degradação nos diferentes pontos de uma
região geográfica específica. Segundo Haagenrud et al. [1996], a apresentação de dados desde o
nível macro até ao nível local está directamente relacionada com o refinamento de dados, apresenta-
se na Figura 2.6, uma contextualização nas escalas macro, meso, local e micro como sugeridas por
Haagenrud [2004].
Macro – Mapa da Europa Meso – Zona de Lisboa Local – Arruamentos Micro – Edifício
Figura 2.6 - Variação dos agentes de degradação ambiental consoante as escalas geográficas [adaptado de Haagenrud, 2004]
Com isso, é possível determinar os mecanismos de degradação mais relevantes relacionados com o
meio onde estão inseridos, abordando assim o termo factor de degradação cuja classificação se
encontra no Quadro 2.2 no subcapítulo 2.6.4. A importância desta contextualização é de facto
relevante, percebendo a sua importância com o exemplo das pinturas das fachadas. Entende-se
assim, que a evolução da degradação difere consoante a localização do edifício, sendo diferente
numa avenida de Lisboa com tráfego diário intenso ou numa rua de uma aldeia no Alentejo, ou para a
mesma localização geográfica a orientação solar a que a fachada está sujeita.
A determinação dos factores de degradação que influenciam na previsão da vida útil de materiais ou
componentes é relevante podendo ser auxiliada com o Quadro 2.2.
Devem ainda ser identificados os mecanismos pelos quais estes factores de degradação podem
causar alterações nas propriedades do material ou componente e os possíveis efeitos da degradação
nas características de desempenho escolhidas para o material ou componente. Para cada uma das
características de desempenho seleccionadas, deve optar-se por um método de ensaio que permita
identificar, estimar, quantificar, e monitorizar de modo a determinar relações entre a degradação do
material e o efeito desses factores.
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 2. Metodologias para a previsão da vida útil
Quadro 2.2 - Factores de degradação que afectam a vida útil dos materiais e componentes de construção [adaptado da norma
ISO 6241: 1984]
Natureza Classe
Gravíticos
Forças e deformações impostas
Agentes mecânicos ou restringidas
Energia cinética
Vibrações e ruídos
Radiação
Electricidade
Agentes electromagnéticos
Magnetismo
Água e solventes
Agentes oxidantes
Agentes redutores
Ácidos
Agentes químicos
Bases
Sais
Quimicamente neutros
Vegetais e microbiais
Agentes biológicos Animais
Segundo Garrido [2010], as metodologias para recolha de dados podem ser de:
• curto prazo;
• longo prazo.
Estas denominações de curto e longo não se relacionam directamente com o tempo dedicado à fase
de obtenção de dados mas sim com a observação do tipo de degradação consoante a metodologia
adoptada: degradações que ocorrem num curto espaço de tempo ou degradações que ocorrem num
espaço de tempo longo.
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
2. Metodologias para previsão da vida útil Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Estas metodologias, de um modo geral, permitem analisar a degradação esperada equivalente à que
se esperaria durante o período normal de serviço, mas num período de tempo bastante inferior ao
deste.
As metodologias de curto prazo englobam dois tipos de ensaios: ensaios laboratoriais e ensaios
acelerados de campo.
Os ensaios acelerados laboratoriais simulam a acção dos factores de degradação que seria
expectável encontrar em serviço, possibilitando o isolamento de factores de degradação necessário
para avaliar a influência desses factores sobre os materiais ou componentes, determinando assim os
mecanismos de degradação provocados por cada factor.
Estes ensaios têm a vantagem de permitir testar os materiais sob condições de exposição real, com
um grau de aceleração inferior, o que à partida permitirá reduzir os riscos associados à utilidade dos
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 2. Metodologias para a previsão da vida útil
resultados referidos para os ensaios acelerados. Porém, apesar de aqui serem apresentados como
ensaios de curto prazo, os períodos de ensaio poderão ser demasiado longos quando se pretende
obter rapidamente informações sobre o desempenho diferido de um dado material ou componente.
Segundo Jernberg et al. [2004], a obtenção de resultados de degradação com metodologias a longo
prazo pode ser realizada através de quatro abordagens básicas: os ensaios de campo; a inspecção
de edifícios em serviço; a utilização de edifícios experimentais e a exposição de espécimes em
serviço
De acordo com Garrido [2010], os ensaios de campo podem ser utilizados como metodologia de curto
ou longo prazo dependendo da sua concepção. Os ensaios a longo prazo integram-se nesta
categoria quando os factores de degradação analisados e níveis dos mesmos, especialmente a sua
intensidade e frequência, seguem o mesmo padrão caso fosse analisado em condições de serviço,
resultando assim uma evolução da degradação comparável à que se efectuará em serviço.
De acordo com Jernberg et al. [2004], estão definidas a partir de organizações nacionais e
internacionais tais como a ASTM e a ISO métodos padronizados para a realização de ensaios de
campo. Os ensaios de campo são efectuados nos locais onde os materiais ou componentes serão
futuramente expostos em serviço, ou locais com condições idênticas. Segundo Sjöström et al. [1991],
a análise dos dados resultante destes ensaios, deverá ter em conta determinados aspectos:
• o local de exposição adoptado influencia directamente os resultados obtidos, sendo
dificultada a adaptação a localizações geográficas diferentes;
• as condições climatéricas não são cíclicas, ou seja, não se repetem de período para período,
sendo os resultados provenientes específicos do período efectivo do ensaio. Deste modo, a
adaptação para outros períodos de exposição deve ser executada com precaução.
A inspecção de edifícios em serviço tem como objectivo analisar o comportamento de edifícios reais,
cuja concepção não visava a utilização dos mesmos com metodologias de previsão de vida útil. Esta
metodologia é, segundo Gaspar [2009], a que se destaca no âmbito de operações frequentes de
gestão e manutenção de edifícios, pela simplicidade e facilidade de aplicação, o que é favorável face
aos recursos financeiros e materiais disponíveis em diversas empresas.
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
2. Metodologias para previsão da vida útil Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Sjöström et al. [1991] refere, neste tipo de metodologia, duas limitações, sendo estas a dificuldade na
obtenção de dados relativos aos edifícios e dificuldade em controlar e descrever as condições
ambientais.
Todas as metodologias citadas têm como objectivo a obtenção de dados da evolução da degradação
de um material ou componente durante as condições de serviço dependendo dos factores de
degradação adoptados. A questão principal prende se com o facto da dificuldade nalguns métodos de
simular correctamente os factores de degradação assim como a monitorização dos mesmos.
18
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 2. Metodologias para a previsão da vida útil
Existem várias abordagens e metodologias que podem ser adoptadas para a previsão da vida útil
tendo em comum o objectivo analisar e modelar o desempenho dos materiais e componentes,
obtendo assim uma previsão da vida útil dos mesmos.
Segundo Daniotti [2003], Moser [2004] e Lacasse e Sjöström [2004], as metodologias de previsão de
vida útil podem ser divididas em métodos determinísticos, em que se insere o método factorial,
método estocásticos e modelos de engenharia.
Seguidamente, apresenta-se as diferentes metodologias de previsão de vida útil.
Uma publicação para o planeamento de vida útil de materiais e componentes de edifícios foi
apresentada em 1993 pelo Architectural Institute of Japan [AIJ, 1993], onde é sugerido o método
factorial expresso através de uma fórmula cuja finalidade é obter uma estimativa da vida útil. Este
método baseia-se numa vida útil de referência, sendo esta a vida útil esperada de um material ou
componente, a qual é afectada por um conjunto de factores. Segundo Davies et al. [2005], o objectivo
é providenciar um método empírico para a previsão da vida útil.
Posteriormente, este método serviu de base para a norma ISO 15686-1 [2000], onde é feita uma
estimativa da vida útil para um material ou componente em condições específicas. É baseada num
valor de referência de vida útil, RSL, e numa série de factores correctivos específica para cada caso.
O método é determinado pela seguinte Equação 2.1:
= × × × × × × × (2.1)
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
2. Metodologias para previsão da vida útil Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
• G – Nível de manutenção.
Segundo Jernberg et al. [2004], a vantagem do método factorial é que ele permite que tudo o que é
susceptível de contribuir para variações na vida de serviço é examinado ao mesmo tempo.
Estes modelos baseiam-se no estudo dos factores de degradação que afectam os elementos
analisados, na análise da influência dos mesmos nos materiais e componentes, resultando uma
estimativa para a vida útil do material ou componente analisado. Como exemplo de um modelo
determinístico, tem-se o método factorial anteriormente abordado, que permite obter estimativas para
a vida útil através da Equação 2.1.
Apesar da sua fácil aplicação e compreensão, estes métodos são alvos de críticas quanto a
subjectividade de factores, como por exemplo o valor de referência de vida útil, valor que é
dependente dos critérios de quem aplica o método.
Existe um outro tipo de modelo determinístico, que baseia-se na definição de curvas de degradação
cujo objectivo é a modelação do desempenho dos materiais e componentes ao longo do tempo. A
obtenção das curvas de degradação é realizada através do ajuste a gráficos de degradação que
representam a evolução da degradação num determinado período de tempo. Com isto pode-se
verificar no eixo das abcissas o tempo em que o material ou componente entrou em serviço e no eixo
das ordenadas uma escala de medida de degradação.
A escala de medida da degradação pode ser abordada de várias formas, dependendo do material ou
componente em estudo, podendo ser analisada uma única anomalia ou uma combinação de
anomalias. Na primeira abordagem, é utilizada uma medida de extensão da respectiva anomalia, já
na segunda abordagem, calcula-se um indicador de degradação que combine as extensões das
várias anomalias. Podem ser consultados exemplos de aplicação para a primeira abordagem em
Paulo [2009] e Garrido [2010], na segunda abordagem encontra-se em Gaspar e Brito [2008] e
Gaspar [2009].
Adicionalmente, pode ser realizada a distinção entre uma escala de medida de degradação e uma
escala dividida em níveis de degradação. Segundo Garrido et al. [2010], os gráficos de degradação
podem ser do tipo T-ED (tempo – Extensão da degradação) ou T-ND (Tempo – Nível de degradação).
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 2. Metodologias para a previsão da vida útil
• Curvas de Gompertz
A utilização deste tipo de curvas destacou-se em Paulo [2009] e Garrido [2010], no primeiro caso na
modelação do desempenho diferido de pinturas e rebocos de fachadas face as anomalias analisadas
e no segundo para a modelação da degradação da pintura, como sendo o melhor modelo para a
modelação dos fenómenos de degradação. Estas curvas podem ser expressas pela Equação 2.2,
podendo-se verificar uma evolução comum deste tipo de curvas na Figura 2.7.
= (2.2)
em que:
• DG – valor da extensão da degradação;
• t – tempo decorrido desde a entrada em serviço do material ou componente;
• a e b – valores de sinal negativo.
O modelo de Gompertz descreve um crescimento cuja taxa relativa decresce exponencialmente como
função de tempo. A evolução da curva é caracterizada por dois patamares, delimitados por
assímptotas horizontais nos limites do contra-domínio da curva. Numa primeira fase de iniciação do
processo de degradação, a anomalia progride muito lentamente assim como na fase de redução da
taxa de degradação onde a maior parte do material ou componente já se encontra afectada.
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
2. Metodologias para previsão da vida útil Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Figura 2.7 - Andamento geral das curvas de Gompertz [adaptado de Garrido, 2010]
• Curvas potenciais
Paulo [2009] e Garrido et al. [2010] utilizaram, junto com as curvas de Gompertz, as curvas
potenciais. Estas curvas podem ser expressas pela Equação 2.3, podendo observar-se a sua
evolução na Figura 2.8.
= (2.3)
em que:
DP – valor da extensão da degradação;
t – tempo decorrido desde a entrada em serviço do material ou componente;
a e b – parâmetros cujo valores são de sinal positivo.
Uma característica comum destas curvas com as curvas de Gompertz é possuírem um patamar inicial
que reflecte o período de iniciação da degradação, com o consequentemente aumento gradual da
taxa de degradação. Porém, as duas curvas diferem na zona final da curva, sendo que as curvas
potenciais não apresentam um patamar na zona final da curva, podendo notar-se uma evolução
contínua da degradação até o alcance do valor máximo de extensão da anomalia.
Figura 2.8 - Andamento geral de uma curva potencial [adaptado de Garrido, 2010]
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Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 2. Metodologias para a previsão da vida útil
• Curvas de Weibull
As curvas de Weibull foram também adoptadas por Paulo [2009] e Garrido [2010], podendo ser
expressa pela Equação 2.4 verificando a sua evolução na Figura 2.9.
=1− (2.4)
em que:
DW – valor da extensão da degradação;
Para o andamento visualizado, o parâmetro " apenas pode assumir valores ímpares, maiores ou
iguais a 3.
Figura 2.9 - Andamento geral de uma curva de Weibull [adaptado de Garrido, 2010]
Paulo [2009] refere que os modelos estocásticos, ao contrário dos modelos determinísticos,
abrangem um parâmetro probabilístico nas estimativas de vida útil, obtendo como estimativa uma
gama de valores de acordo com as probabilidades de ocorrência, não considerando apenas um valor.
De acordo com Cecconi [2002], nestes métodos, a degradação é tratada como sendo um processo
estocástico, sendo a probabilidade de deterioração definida para cada propriedade, analisada ao
longo do tempo. O mesmo autor defende que estes métodos são rentáveis apenas em projectos de
grande escala, face à dificuldade impostas na transposição para situações reais.
A aplicação destes métodos implica a obtenção de dados concretos ao longo de um largo período de
tempo. De acordo com Leira et al. [1999], estes métodos servem para uma melhor compreensão dos
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
2. Metodologias para previsão da vida útil Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
As cadeias de Markov são um exemplo de modelos estocásticos, sendo que estes modelos têm a
vantagem de fornecer mais informação associada às estimativas, possibilitando uma utilização e
interpretação mais completa destas. Segundo Duling et al. [2008], este método, sendo uma
abordagem estocástica, é aplicado na simulação da transição de um nível de degradação para outro
ao longo do tempo. No entanto, a utilização destes modelos exige uma grande quantidade de dados e
observações acrescendo o facto de este modelos serem bastante complexos.
Os métodos estocásticos, segundo Gaspar [2002], possuem algumas desvantagens na sua aplicação
sendo estas: i) a complexidade dos modelos matemáticos utilizados; ii) a necessidade de um grande
número de dados recolhidos ao longo do tempo; iii) a enorme dependência do trabalho de campo.
Segundo Moser e Edvarsen [2002], este método obtém um único valor para a vida útil média. Um
cliente não está interessado apenas no valor médio de vida útil, também necessita saber que
renovações substanciais ou substituições podem ocorrer, sendo que normalmente estas ocorrem
antes da vida útil média ser atingida.
2.9. Conclusões
Nas últimas décadas, tem-se assistido a uma crescente preocupação dos organismos internacionais
relativa à previsão da vida útil de materiais e componentes de construção. Este capítulo consistiu em
enunciar o estado de arte relativo às pesquisas efectuadas no tema da previsão da vida útil, assim
como as várias metodologias existentes. Foi apresentada a metodologia de previsão de vida útil
adoptada no presente trabalho, assim como o tipo de modelação adoptado, que consiste na utilização
das curvas de Gompertz.
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 3. Manchas em fachadas de edifícios antigos
3.1. Introdução
A exposição permanente às acções exteriores dos revestimentos de paredes, é propício para o
surgimento de anomalias. Sendo o caso em estudo a fachada ou envolvente vertical, que é um
elemento fundamental no comportamento global do edifício durante a sua vida útil, assim como na
valorização no espaço envolvente, é um elemento permanentemente exposto às acções climatéricas
e a poluição atmosférica. Segundo Colen e Brito [2003], uma deficiente concepção associada à
crescente degradação da fachada origina problemas de várias naturezas (funcional e segurança),
prejudicando os desempenhos estético, social, ambiental e económico dos edifícios.
De acordo com Veiga [2010], os revestimentos de paredes têm como função garantir o conforto, a
habitabilidade e salubridade dos edifícios influenciando significativamente o seu aspecto estético,
sendo necessário preservar os revestimentos mantendo sempre em boas condições.
As anomalias em estudo aparecem sob a forma de descolorações sendo normalmente visíveis nos
primeiros anos após a construção ou manutenção da fachada. Segundo Parnham [1997], apesar de
estas anomalias alterarem a estética do edifício, não são geralmente consideradas como defeitos. No
entanto, de acordo com Colen e Brito [2003], a evolução das anomalias durante a vida útil do edifício
juntamente à inexistente ou deficiente manutenção, poderá conduzir ao aumento da degradação
física dos vários componentes da fachada, diminuindo a sua resistência às acções do meio ambiente.
No Quadro 3.1. apresenta-se os diversos tipos de manchas segundo Colen et al. [2005].
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
3. Manchas em fachadas de edifícios antigos Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Quadro 3.1 – Caracterização dos diferentes tipos de manchas em paredes rebocadas [Colen et al., 2005]
1
M3 Sujidade uniforme / Acumulação na superfície de material estranho de diversa natureza
2
sujidade diferencial (poeiras, fuligem e outras partículas poluentes), com espessura
(cor escura – castanha, variável, pouco aderente e de fraca coesão, provenientes do próprio
cinzenta ou preta) revestimento, do meio ambiente ou do suporte de aplicação; de
aspecto uniforme1 (zonas protegidas da chuva) ou diferenciado2
(escorrências).
M10 Grafitti (cor diversa) Pinturas ou marcas na superfície da parede devidas a diversas tintas e
marcadores, sendo absorvidas em materiais porosos.
M11 Dejectos de aves (cor Depósitos à superfície (ácidos e sais solúveis) resultantes dos dejectos
diversa) de aves (pombos), originando nutrientes para o desenvolvimento de
microrganismo (M6) e organismos biológicos (M7)
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 3. Manchas em fachadas de edifícios antigos
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3. Manchas em fachadas de edifícios antigos Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Um agente atmosférico presente em todos os ambientes é o vento com mais ou menos intensidade,
contribuindo no processo de alteração do aspecto das fachadas de forma positiva e negativa, pois é o
vento que serve de meio de transporte para as partículas mas também serve como sistema de
limpeza directo dificultando a sujidade por depósito.
Outro agente dominante no processo de sujidade das fachadas é a água. Assim como o vento, a
água tem dois tipos de contribuições, servindo de transporte das partículas desde a superfície até ao
interior dos poros assim como a extracção dessas partículas efectuando um processo de limpeza da
fachada. A lavagem diferencial resulta dum processo que consiste no arraste das partículas para o
interior durante a absorção e até ao exterior durante a lavagem, resultando a alteração de aspecto
por sujidade.
Segundo Quintela [2006], as manchas de sujidade por depósito, são o processo inicial da modificação
do aspecto das fachadas e consiste no depósito das partículas contaminantes na superfície da
fachada ou no interior dos seus poros superficiais.
Nas situações onde a superfície da fachada se encontra húmida juntamente com materiais porosos,
facilitam a absorção superficial da partícula húmida assim como a absorção de partículas imersas na
água que penetram nos poros superficiais. Assim que as condições atmosféricas sejam as favoráveis,
a água contida nos poros evapora-se ficando as partículas de sujidade retidas no interior dos poros
tal como é possível observar na Figura 3.2. A acumulação destas partículas nos poros dá origem ao
aspecto sujo da fachada escurecendo a superfície, o que posteriormente dificultará a limpeza.
Segundo Quintela [2006] o sistema de depósito depende de três factores básicos: tamanho da
partícula, condições atmosféricas, textura e geometria da fachada.
Figura 3.2 - Esquema de escurecimento da fachada por sujidade com o efeito da humidade [Carrio, 2000]
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 3. Manchas em fachadas de edifícios antigos
Ao atingir a saturação dos poros superficiais do material, a água desliza pela superfície criando uma
lâmina de água que desliza a uma certa velocidade dependendo da espessura da lâmina de água.
Atingindo uma determinada velocidade, dependendo do poro superficial, a lâmina de água faz com
que a água contida nos poros seja expulsa, podendo arrastar até ao exterior as partículas
acumuladas de sujidade tal como se pode verificar na Figura 3.3.
Em função das condições atmosféricas, a água provoca efeitos distintos na fachada. Como visto
anteriormente um dos efeitos consiste na alteração de aspecto da fachada por depósito interno de
partículas de sujidade originada pela saturação do poros e seguidamente a passagem ao estado
seco. O efeito de lavagem é produzido quando a fase da lâmina de água atinge uma velocidade
suficiente.
Colen e Brito [2003] referem que os depósitos, dos poluentes existentes na atmosfera, nas
superfícies das fachadas são absorvidos pelos revestimentos através da circulação da água, sendo a
humidade um factor que favorece a formação de compostos que danificam os materiais de
revestimento.
Segundo Colen et al. [2005], a manifestação de manchas à superfície afecta os níveis visuais de
qualidade, pelo que quanto maior for a diversidade de colorações existentes no paramento mais
gravoso é o efeito das manchas. As manchas localizadas, de acordo com Quintela [2006], sendo elas
de escorrimentos escuros de sujidade ou mais claras de lavagem superficial, originam um maior
desconforto estético do que uma fachada com a sujidade uniforme e generalizada.
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
3. Manchas em fachadas de edifícios antigos Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Com o objectivo de diminuir a sujidade nas fachadas, são enunciadas, segundo Quintela [2006],
medidas a ter em consideração na fase de projecto, entre as quais:
• tentar diminuir o depósito das partículas e sua adesão;
• dissimular o mais possível a aparência do depósito dessas partículas;
• evitar escorrimento da lâmina de água preferenciais, com o objectivo de eliminar os
escorrimentos de lavagem diferencial ou de sujidade localizada.
Segundo Carrio [2000], para colocar em prática as medidas anteriormente enunciadas, é necessário
a intervenção nos factores que condicionam o aspecto estético da fachada sendo eles a textura
superficial, a cor e a geometria da fachada.
Quadro 3.2 - Classificação da textura das tintas em pinturas de edifícios antigos [Paulo, 2009]
30
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 3. Manchas em fachadas de edifícios antigos
Do Quadro 3.2. conclui-se que as texturas mais utilizadas são as lisa – plástica e texturada, e que as
pinturas com idade média mais elevada são as texturas lisa – óleo e lisa – silicatos sendo a mais
reduzida a de membrana.
É importante especificar a porosidade dos revestimentos, que constituí juntamente com a textura
superficial, um factor importante no aparecimento de manchas, pois quanto mais poroso for um
revestimento maior será a absorção, demorando mais tempo até atingir a saturação diminuindo assim
o efeito de lâmina da água. Pelo contrário, juntamente com a água da chuva, um revestimento com
um coeficiente de porosidade menor, demora menos tempo a atingir a saturação dos poros
resultando o aparecimento precoce da lâmina de água o que favorece o efeito da limpeza da
sujidade.
Um aspecto a ter em conta é a rugosidade das superfícies, segundo Colen e Brito [2003], que
provocam uma distribuição mais aleatória da água, evitando os caminhos diferenciais. Por outro lado,
de acordo com Quintela [2006], as rugosidades apresentam-se como obstáculos que abrandam a
velocidade do deslize da água, diminuindo assim o efeito de limpeza da fachada juntamente com o
facto de a rugosidade oferecer uma maior superfície facilitando a fixação da sujidade.
Conclui-se que o aparecimento de manchas causada por lavagem diferencial é mais propício em
superfícies lisas e com um coeficiente de porosidade baixo, e que a sujidade é mais uniforme nas
superfícies porosas e rugosas, ou seja diferentes tipos de textura originam diferentes
comportamentos.
3.3.2. A cor
A cor, segundo Quintela [2006], é um factor que tem grande influência no destaque da sujidade na
fachada de uma forma visual e por contraste. Quanto maior a diferença entre a cor e a intensidade
das partículas de sujidade e a fachada, maior será a alteração do aspecto.
A utilização de cores escuras dissimula o depósito das partículas de sujidade devido a semelhança
de tonalidades, visto que a tonalidade dos depósitos de partículas de sujidade é geralmente de cor
castanha a negro passando por toda a gama de cinzentos. Segundo Colen e Brito [2003a], as cores
claras em revestimentos são mais propícias a indicar a existência de manchas.
Uma situação ideal, segundo Carrio [2000], consistia na aplicação de cores e tons mais escuros nas
zonas protegidas, zonas de previsível depósito de partículas, podendo estas serem as zonas
inferiores do edifício e planos inferiores de elementos salientes. Assim, poderia ser controlada a
alteração de aspecto por acumulação de sujidade, destacando as zonas previsíveis de
escurecimento. É claro que esta medida, tem algumas dificuldades de implementação, devido a
compatibilidade com a arquitectura, nomeadamente o aspecto estético.
31
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
3. Manchas em fachadas de edifícios antigos Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
3.3.3. Geometria
As características geométricas e os detalhes construtivos das fachadas têm uma influência decisiva
no grau de severidade da exposição à acção da água da chuva e do vento e, consequentemente, no
processo de alteração de aspecto das fachadas por sujidade. Segundo Colen e Brito [2003], as
formas arquitectónicas e os dispositivos de drenagem têm como função garantir a protecção da
fachada da acção da água, evitando por um lado a criação de caminhos preferenciais de circulação
da água na superfície do revestimento e possibilitando o efeito de lavagem natural na extensão total
da fachada.
Segundo Quintela [2006], a geometria da fachada é um dos factores que mais facilmente pode ser
alterado na fase de projecto. Colen e Brito [2003a] referem que o objectivo na fase de projecto é
proceder a uma escolha adequada dos materiais de revestimento complementando com uma boa
pormenorização, minimizando assim o aparecimento de depósitos de sujidade. Estão demonstradas
na Figura 3.4, escolhas arquitectónicas de maior risco.
32
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 3. Manchas em fachadas de edifícios antigos
Figura 3.4 - Manchas de sujidade em escolhas arquitectónicas de maior risco [arquivo pessoal]
A intervenção ao nível de projecto visa uma escolha adequada dos materiais de revestimento e uma
boa pormenorização minimizando a acção da água da chuva, evitando o desenvolvimento de efeitos
indesejáveis, como a formação de caminhos preferenciais de escorrimento da água pelo paramento
vertical. De acordo com Colen e Brito [2003b], as zonas da fachada mais susceptíveis a estes
fenómenos são: cornijas, remate das platibandas e beirados, as fachadas planas com materiais de
diferente comportamento à água, saliências e peitoris das janelas.
Quintela [2006] apresenta vários esquemas de peitoris, cada um com um sistema de escoamento de
água e, consequentemente, a sua tendência para o aparecimento de manchas de sujidade. Na Figura
3.5, está exposto os tipos de peitoris que favorecem o aparecimento de escorrimentos localizados,
alterando o aspecto da fachada como se pode verificar na Figura 3.6.
33
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
3. Manchas em fachadas de edifícios antigos Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
De acordo com Quintela [2006], existem alguns documentos normativos que definem formas
geométricas mais adequadas para conduzir a água, prevenindo futuras anomalias indesejáveis.
Relativamente aos peitoris aborda-se a recomendação determinada no DTU 20.1 [CSTB, 1994] e na
norma europeia EN 13914-1:2005 [CEN, 2005], pelas Figuras 3.7 e 3.8
Figura 3.7 - Esquema de peitoril segundo o DTU 20.1 [adaptado de Quintela, 2006]
34
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 3. Manchas em fachadas de edifícios antigos
Figura 3.8 - Esquema de peitoril segundo a norma de EN 13914 - 1:2005 [adaptado de Quintela, 2006]
Outros elementos, de acordo com Colen e Brito [2003], são as pequenas projecções fixadas
directamente a superfície, como por exemplo letreiros e sinais, que interrompem a circulação da
água, originando caminhos preferenciais de escorrimentos e zonas de depósito de sujidade de difícil
acesso, em termos de lavagem. No entanto, neste presente trabalho, o factor de degradação
“elementos salientes” incidirá sobre a existência ou não de varandas.
Face à questão geográfica, a totalidade dos edifícios abordada no presente estudo localiza-se em
Lisboa mais especificamente na Madragoa. A existência de sombreamento nas fachadas não foi
considerada no presente estudo, devido a sua influência na quantificação da sujidade. Especifica-se
assim, para cada edifício, a orientação da fachada.
3.4. Conclusões
Numa fase inicial, o aparecimento de manchas à superfície é considerado como um problema de
estética. Porém, a sua permanência no revestimento juntamente com a existência de água pode
contribuir para o agravamento das anomalias resultando a degradação do material de revestimento
assim como a perda de propriedades deste.
35
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
3. Manchas em fachadas de edifícios antigos Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Assim, neste capítulo, foram abordadas as manchas, detalhando a influência de certos factores na
sua evolução assim como medidas de intervenção a nível de projecto para minimizar o seu
aparecimento.
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MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 4. Metodologia de investigação
4. Metodologia de investigação
4.1. Introdução
Neste capítulo é apresentada a metodologia utilizada no trabalho de campo, assim como as suas
várias etapas com a finalidade de obtenção de dados para o desenvolvimento de um modelo de
quantificação da sujidade das fachadas. O trabalho de campo é considerado uma fase determinante,
pois a previsão da vida útil é deduzida dos resultados obtidos.
O trabalho desenvolvido utilizou uma metodologia para a previsão da vida útil baseada na análise de
resultados decorrentes da exposição prolongada, em condições de serviço, dos componentes e
materiais do edifício.
Pretende-se quantificar as variáveis a utilizar no modelo de previsão de vida útil, através do registo
fotográfico das fachadas dos edifícios e das dimensões desta, identificação da textura da superfície
da fachada, determinação da orientação solar e recolha de informações relativas às últimas
manutenções efectuadas nos edifícios em estudo. Não foram considerados fenómenos pontuais e
acidentais para o estudo da evolução da anomalia.
Para obter um registo fotográfico, foi necessário adoptar uma técnica que se encontra pormenorizada
no subcapítulo 4.4.1. do mesmo documento. O material utilizado consiste apenas numa máquina
fotográfica do modelo Canon Power Shot sx20 is.
37
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
4. Metodologia de investigação Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
A obtenção de informações relativas à data de aplicação das pinturas foi realizada em duas fases.
Primeiramente efectuou-se o pedido no edifício central da Câmara Municipal de Lisboa, localizado no
campo grande, para consulta dos volumes de obra de cada edifício visto se tratar duma amostra de
131 edifícios. Seguidamente, realizou-se a consulta dos volumes de obra para retirar as informações
relativas à data de aplicação das pinturas dos edifícios, no arquivo municipal intermédio localizado no
bairro da Liberdade, Campolide, onde é possível visualizar os pedidos para usufruir de incentivos e
benefícios financeiros para a protecção e conservação dos imóveis ao abrigo dos programas RECRIA
(Regime Especial de Comparticipação de Imóveis Arrendados) e REHABITA (Regime de Apoio à
recuperação Habitacional em Áreas Urbanas Antigas), sendo este último exclusivamente aplicável
aos núcleos urbanos históricos declarados áreas críticas de recuperação, sendo o caso da zona em
estudo. As informações da data de aplicação também foram obtidas através da emissão de licenças
para ocupação de via pública (O.V.P), relacionadas com a montagem de estruturas provisórias
(andaimes), documentos de vistoria realizados depois das obras onde estão referidas as aprovações
relativamente à realização das obras bem como a aprovação da cor utilizada para revestimentos
exteriores. Por último, foi possível adquirir informações relativas à data de aplicação das pinturas,
através dos pedidos de realização de obras de conservação e beneficiação geral dos imóveis
executadas pelos proprietários.
Seguindo a classificação adoptada por Paulo [2009], verifica-se que as texturas das pinturas mais
utilizadas nos edifícios da cidade de Lisboa são a texturada, lisa - plástica e lisa - óleo, tendo sido
estas texturas identificadas nos 131 edifícios, não se verificando em nenhum a existência do tipo
membrana.
Figura 4.1 - Exemplo de uma pintura texturada Figura 4.2 - Exemplo de uma textura
(edifício - JC097) tinta lisa – plástica (edifício - JC106)
38
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 4. Metodologia de investigação
Segundo Quintela [2006], a cor influencia a durabilidade das fachadas. Desta forma, foram adoptadas
5
três categorias baseadas no quadro V.5 do RCCTE . A classificação adoptada pelo RCCTE e no
presente trabalho é em função dos coeficientes de absorção solar como se pode verificar no Quadro
4.1.
39
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
4. Metodologia de investigação Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Através da avaliação visual estabeleceu-se uma classificação de dois níveis, sendo estes: edifício
com varanda e edifício sem varanda, para efectuar a identificação dos elementos salientes. Não
foram identificados os peitoris apesar de estes também contribuírem para a acumulação de sujidade,
face a amostra reduzida de edifícios que não têm peitoris, o que consequentemente iria influenciar na
análise de resultados. De seguida é apresentado um exemplo para a classificação adoptada (Figuras
4.4 e 4.5).
Figura 4.4 – Edifício com varanda (JC103) Figura 4.5 - Edifício sem varanda (JC081)
Para determinar a orientação solar da fachada, utilizou-se um relógio da marca casio, o qual indicava
os graus e o ponto cardeal optando assim pela seguinte classificação:
• Norte – fachadas orientadas entre 315º e 45º;
• Sul – fachadas orientadas entre 135º e 225º;
• Este – fachadas orientadas entre 45º e 135º;
• Oeste – fachadas orientadas entre 225º e 315º.
De seguida é apresentado (Figura 4.6) um esquema com a classificação enunciada.
40
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 4. Metodologia de investigação
Para a obtenção de uma imagem com a totalidade da fachada, foi necessário retirar várias fotografias
adoptando-se um procedimento determinado. Primeiramente as fotos eram retiradas do mesmo ponto
e a partir da mesma distância sensivelmente ao meio da fachada girando a câmara para os lados
para cima e para baixo obtendo várias perspectivas (Figura 4.7), seguidamente garantia-se uma
sobreposição de 40 a 50%. O ideal seria utilizar um tripé, o qual não foi utilizado. De seguida, é
possível observar, na Figura 4.8, um exemplo do processo de montagem de imagem da fachada.
41
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
4. Metodologia de investigação Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Após a recolha das várias fotos, foi efectuada a montagem da imagem da fachada através dum
programa de tratamentos de registos fotográfico. O funcionamento do programa consiste em duas
fases: na primeira, é realizada a sobreposição e alinhamento das fotos obtendo-se um resultado final
que é uma imagem com a totalidade da fachada com uma resolução razoavelmente elevada para
efectuar a quantificação das anomalias dos imóveis.
42
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 4. Metodologia de investigação
A plataforma BuildingsLife foi criada para efectuar uma previsão da vida útil dos materiais e
componentes de construção com o objectivo de optimizar os custos associados dando assim
informações úteis para o dono-de-obra, o empreiteiro e projectista. As funcionalidades da plataforma
permitem a quantificação de anomalias, caracterização dos materiais e componentes de construção
assim como o ambiente em que se inserem, análise de dados e modelação da degradação
pretendida.
De acordo com Paulo [2009], para algumas anomalias de fachada, os níveis de degradação são
quantificados por perda de cor ou por variações ao longo da vida útil. Segundo o mesmo autor, a
variação da cor é, provavelmente, o primeiro defeito que os utilizadores conseguem reconhecer e
muitos deles consideram isto como o limite da vida útil (fim da vida útil) para os seus edifícios. Assim,
o sistema de degradação de edifícios (BuildingsLife) permite detectar e quantificar tais defeitos,
analisando a cor de cada píxel na imagem de uma fachada. A Figura 4.10 representa o esquema de
procedimentos para se obter diferenças nos valores das cores desde a fase de obtenção de imagens
das fachadas até a inserção das mesmas, na plataforma BuildingsLife.
43
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
4. Metodologia de investigação Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Figura 4.10 - Procedimentos para obter uma variação de valores de cores [Paulo, 2009]
Paulo [2009] refere que a aplicação PhotoColor foi desenvolvida para caracterizar a cor e as suas
variações sobre uma fachada, sem erros de observação humana. Está cientificamente provado que o
ser humano não tem as capacidades suficientes para caracterizar uma cor utilizando, por exemplo,
combinações de padrões de cores.
Segundo o mesmo autor, este software é capaz de detectar cada código de cor (num espaço de cor),
para qualquer píxel de fotografia e de calcular diferenças nas cores.
Se a aplicação for utilizada no BuildingsLife, também é possível realizar a integração de todas as
funcionalidades, de modo a poder-se quantificar os defeitos com base na análise da cor da fachada.
De acordo com Paulo [2009] o olho humano tem algumas limitações face à distinção de diferenças
nas cores. De facto, o observador médio verá em primeiro lugar diferenças no matiz, em segundo as
diferenças na saturação, e por último as diferenças na luminosidade / escuridão.
44
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 4. Metodologia de investigação
Quando os seres humanos têm a percepção das cores de uma região, a sua percepção é
influenciada não só pela distribuição local dos comprimentos de onda dentro da região, mas também
pela cor de maior distância e efeitos de contraste de luminosidade, nos limites desta região [Shapley
and Hawken, 2002].
Compreender a percepção das cores através da luz proveniente de uma região de um cenário tem
sido complicado, pelo facto de que tais percepções são influenciadas, muitas vezes de forma
significativa, pelo contexto espectral do alvo. Assim, quando dois objectos, espectralmente idênticos,
são cercados por regiões que devolvem diferentes distribuições de potência espectral para o olho, a
sensação de cor para estes dois alvos não é a mesma. Este fenómeno é designado por contraste de
cor. Por outro lado, dois alvos que devolvem espectros diferentes para o olho podem, dependendo
dos seus contextos, parecer muito mais semelhantes do que quando eles são apresentados no
mesmo contexto neutro. Este fenómeno designa-se por constância de cor. O dilema para a ciência de
visão introduzido pelo contraste de cor e constância de cor, é que a cor dos alvos visuais é
claramente influenciada, de forma complexa, pelo seu ambiente [Lotto and Purves, 2002].
A luz que é reflectida por um objecto iluminado depende da superfície do objecto e da iluminação do
cenário. Este facto bem conhecido levanta um problema para o sistema visual das pessoas. Uma vez
que a iluminação pode variar drasticamente em poucos dias, as alterações de iluminação podem ter
um impacto considerável sobre a luz que é reflectida por um objecto, podendo também originar um
impacto nas absorções do receptor. O sistema visual humano precisa de contrabalançar este efeito
de iluminação, a fim de atribuir cores constantes aos objectos [Baüml, 1998].
O processamento da percepção humana de cores começa num nível muito cedo no sistema visual
(mesmo dentro da retina) através de mecanismos iniciais adversários de cores. Mecanismos
adversários referem-se ao efeito de cor oposta do vermelho-verde, azul-amarelo, e claro-escuro. A
informação visual é então enviada de volta através do nervo óptico até ao quiasma óptico: um ponto
onde os dois nervos ópticos se encontram e a informação do campo visual temporal atravessa para o
outro lado do cérebro.
Portanto, segundo Paulo [2009], a determinação de cor é subjectiva variando de observador para
observador. Para contradizer esta subjectividade na análise da cor, são frequentemente utilizados
padrões de cores, tais como NCS e RAL, como material de consulta para experiências de cor -
correspondência. Infelizmente, a sua utilização implica uma inspecção mais lenta e requer uma
formação mais especializada (mesmo problema) dos observadores.
Assim, de acordo com Paulo [2009], foi necessário desenvolver uma aplicação de software
(PhotoColor) para ser possível assegurar regras exclusivas, para diferentes observações humanas,
baseadas em imagens digitais. O espaço de cor utilizado foi o espaço de cor CIELab, devido à
45
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
4. Metodologia de investigação Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
distribuição uniforme das cores, e por estar muito próximo da percepção humana da cor. O espaço de
cor CIELab foi introduzido em 1976 pela Commission Internationale de L´Éclairage (Comissão
Internacional de Iluminação), em que o parâmetro L, representa a luminosidade compreendido numa
escala de 0 a 100 (0=preto e 100= branco), e duas gamas de cor a e b que vão respectivamente do
verde ao vermelho e do azul ao amarelo, com valores que vão de -120 a +120.
De modo a realizar uma análise de imagens digitais foi necessário conhecer o código de cor de cada
píxel na fotografia de uma fachada. Uma câmara digital captura imagens constituídas por píxeis com
diferentes valores RGB e a aplicação PhotoColor transforma-os em unidades de cores CIELab, para
se obterem os valores da média e do desvio padrão
46
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 4. Metodologia de investigação
Vistas
• divisão da amostra visual (imagem original e imagem corrigida);
• todas as imagens de edifícios são visíveis no rodapé para selecção.
As funções da aplicação Photo Color vão ser de seguida enunciadas, podendo ver estas mais
detalhadamente em Paulo [2009].
• definir áreas interiores e exteriores dentro da imagem;
• correcção da luminosidade;
• soma das percentagens de píxeis;
• calcular os códigos de cor dentro ou fora das áreas definidas;
• calcular a diferença de cor existente nas áreas definidas;
• definição de conjunto de cor (Convert Pixel RGB Approximation).
No presente trabalho foi utilizado a aplicação Photo Color para quantificar a sujidade nas fachadas
dos edifícios. A metodologia adoptada, para efectuar a quantificação da sujidade, consistiu na
definição de três áreas, sendo estas:
•
6
área total da fachada excluindo o destacamento de tinta e reboco (DCWA ):
DCWA= Área total – A1 – A2;
•
7
área parcial da fachada com manchas de sujidade (DCWC ):
DCWC= A3;
•
8
área total da fachada excluindo o destacamento de reboco (FF ):
FF= Área total – A2.
6
DCWA – Dirt Collection Wall Area (acumulação de sujidade numa determinada área);
7
DCWC – Dirt Collection Wall Color (cor da acumulação de sujidade);
8
FF – Façade Fading (descoloração da fachada);
47
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
4. Metodologia de investigação Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
As áreas foram directamente criadas no Photo Color, sobre uma imagem digital. A criação destas foi
efectuada através de polígonos. Refere-se ainda que nas áreas anteriormente enunciadas foram
retirados objectos que interferiam com a análise da sujidade, sendo estes cabos de electricidade,
janelas, portas, grafites, grelhas de ventilação, automóveis, sombras e qualquer outro objecto que
possa interferir na quantificação da sujidade. Realça-se a importância de retirar os efeitos de
sombreamento pois têm uma enorme influência nos resultados relativos à quantificação da sujidade,
apresentando-se um exemplo na Figura 4.13.
Antes da elaboração das áreas, foi necessário introduzir fotos de qualidade reduzida das fachadas
(800X800 pixéis) pois a utilização das fotos de grande qualidade tornam-se num processo muito
moroso tornando-se contra-producente.
48
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 4. Metodologia de investigação
A aplicação Photo Color permite, mediante a área determinada, seleccionar a análise para a
quantificação da sujidade (Figura 4.14) entre as quais:
• Dirt Collection Wall Area – Para uma análise de descoloração global e agregação de
sujidade;
• Dirt Collection Wall Color – Para medir a intensidade da acumulação de sujidade;
• Façade Fading – Para quantificar as diferenças de cor na pintura.
Para além das áreas, as diferentes análises diferiam do grau de detalhe ∆ RGB, devido a diferença
de tamanho das diferentes áreas analisadas que podiam englobar a fachada total ou uma área
específica da fachada, sendo que no caso da área analisada englobar a fachada total, o grau de
detalhe da análise teria que ser maior do que para uma análise à um área parcial da fachada.
Apresenta-se no Quadro 4.3 os diferentes tipos de análises associadas ao grau de detalhe, sendo
possível observar um exemplo nos Quadros 4.4 e 4.5.
Com as fotos reduzidas (menor qualidade) inseridas, as áreas delimitadas, a escolha da análise
pretendida juntamente com o seu grau de detalhe (∆RGB), torna-se possível quantificar a sujidade
resultando de cada análise um valor ∆E e ∆Black que indica o quanto a área analisada se encontra
com sujidade. No presente trabalho apenas foi utilizada a Área total da fachada excluindo o
destacamento de tinta e reboco (DCWA). (Ver Figura 4.12)
49
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
4. Metodologia de investigação Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
50
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 4. Metodologia de investigação
Foi utilizado um gráfico geral de degradação do tipo T-ED (tempo – Extensão da degradação), que
serviu de base para a obtenção dos vários gráficos de degradação em função dos factores de
degradação adoptados. Aos gráficos resultantes foram ajustadas leis de degradação do tipo
Gompertz, Potencial e Weibull para efectuar a modelação do desempenho diferido das pinturas.
Tal como Garrido [2010], o ajuste das curvas de degradação foi efectuado com a utilização de um
processo de minimização do erro quadrático médio (EQM), que pode ser determinado através dos
erros de estimativa medidos no eixo das abcissas ou das ordenadas do gráfico de degradação, como
se pode verificar na Figura 4.15.
No anterior gráfico de degradação, está identificado um edifício i com as letras JCi, para demonstrar
a medição dos erros em cada eixo. Neste exemplo, o erro medido no eixo das abcissas é relativo à
diferença de idades identificado por () , sendo estas a idade real da pintura do edifício e a idade
obtida pelo modelo face à quantificação da sujidade existente, ficando referida como *+,+- - (Equação
4.1).
*+,+- - = +,./- %/ − + (4.1)
No eixo das ordenadas, o erro medido é respeitante à diferença entre a quantificação de sujidade real
na fachada e a quantificação de sujidade obtida pelo modelo identificado por ()0 , consoante a
idade da pintura do edifício i, sendo este erro identificado por 1+,234+- - (Equação 4.2).
51
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
4. Metodologia de investigação Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
A determinação dos erros anteriormente determinados, permite estabelecer valores de EQM, ficando
identificados como () e ()2 (Equação 4.3 e 4.4), sendo estes determinados considerando os
valores de *+,+- - e 1+,234+- - .
: 8
6 +,./- %/ − +7
() = 5 (4.3)
9
+
: 8
6 +,./- %/ − +7
()2 = 5 (4.4)
9
+
Um dos cuidados a ter quando o ajuste das curvas de degradação é efectuado por um processo de
minimização quadrática, é a determinação do erro que vai ser sofrer uma diminuição, podendo ser
proveniente das abcissas ou das ordenadas, o que consequentemente terá influência no andamento
das curvas de degradação obtidas.
Para exemplificar as diferenças entre as curvas de degradação através da minimização dos dois
valores de EQM referidos, apresenta-se o gráfico da Figura 4.16 obtido no presente trabalho, sendo
as curvas apresentadas no gráfico de Gompertz.
A obtenção da curva “EQM sujidade” do gráfico da Figura 4.16 foi realizada através da minimização
do valor de ()2 , enquanto a minimização do valor de () serviu para a determinação da curva
“EQM idade”. No Quadro 4.6, é possível verificar os valores de EQM para cada curva assim como os
valores minimizados.
0%
10%
Retenção da sujidade (%)
20%
30%
40%
50% Amostra Geral
60% EQM sujidade
70%
80% EQM idade
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
52
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 4. Metodologia de investigação
Tal como em Garrido [2010], verifica-se um andamento completamente distinto das curvas obtidas,
sendo possível verificar que a diminuição de um valor de EQM provoca um aumento no valor de outro
EQM.
Quadro 4.6 - Valores da minimização dos erros das curvas da Figura 4.16
;<=> ;<=?
Curva “EQM sujidade” @A, BA × CD @
1026,93
Curva “EQM idade” 117,80 × 10 L
M@@, NB
Nota: a multiplicação efectuada ao valor de ()2 tem como objectivo colocar este valor na mesma ordem de
grandeza de ()
0%
10%
Retenção da sujidade (%)
20%
30%
40% Amostra Geral
50%
60% EQM sujidade
70% EQM idade
80% EQMC
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
53
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
4. Metodologia de investigação Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
MATERIAL Pinturas de fachadas
ANOMALIA Manchas
cor
Textura da película
FACTORES DE DEGRADAÇÃO
Elemento - saliente
Orientação solar
Gráficos de degradação
ANÁLISE DE DADOS
Modelos determinísticos
RECOLHA DE DADOS
INSPECÇÕES Determinação da cor
Registo fotográfico
Determinação da textura
ANÁLISE DE DADOS
GRÁFICO DE DEGRADAÇÃO GERAL
54
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
5. Análise de resultados
Efectuou-se a distribuição dos edifícios inspeccionados em oito intervalos de idade da pintura das
fachadas obtendo-se o Quadro 5.1, verificando-se uma distribuição regular ao longo dessa divisão.
Quadro 5.1 - Distribuição da amostra de edifícios por intervalos de idade das pinturas
Nº de
Intervalo de idade de %
edifícios
pintura [anos]
[0;5] 19 14,5
[5;10] 23 17,6
[10;15] 18 13,7
[15;20] 12 9,2
[20;30] 12 9,2
[30;40] 13 9,9
[40;50] 24 18,3
>50 10 7,6
Refere-se, de acordo com Paulo [2009] e Garrido [2010], que esta abrangência e uniformidade são
importantes para a qualidade final dos resultados, na medida em que vão influenciar de forma
determinante a mancha de pontos que irá ser obtida nos gráficos de degradação. O espectro de
idades passíveis de serem verificadas em pinturas de fachadas deverá ser preenchido uniformemente
pela mancha de pontos.
Tal como a idade das pinturas, os edifícios inspeccionados foram distribuídos por seis intervalos de
retenção de sujidade como se pode verificar no Quadro 5.2. Esta quantificação também deverá ter
uma distribuição uniforme ao longo do espectro, desde 0% até um valor mais próximo de 100%.
55
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Quadro 5.2 - Distribuição dos edifícios por intervalos de retenção de sujidade nas fachadas
Intervalo da
Retenção de Nº de edifícios %
sujidade [%]
[0;15] 33 25,2
[15;30] 28 21,5
[30;45] 23 17,7
[45;60] 20 15,2
[60;70] 8 6,2
>70 19 14,2
0%
Retenção da sujidade (%)
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Numa primeira observação da Figura 5.1, é possível observar uma grande dispersão dos pontos do
gráfico de degradação geral. Esta situação, de acordo com Paulo [2009], é expectável e considera-se
como sendo indicador importante sobre a qualidade dos dados, pois existem diversos factores que
56
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
exercem uma influência significativa na durabilidade e desempenho dos materiais. Assim, segundo
Paulo [2009] e Garrido [2010], se a disposição dos pontos fosse linear sem apresentar grande
dispersão significaria que a degradação e o desempenho diferido não eram afectados por qualquer
factor, sendo iguais para qualquer material analisado, independentemente das suas características e
do seu contexto de aplicação.
A dispersão dos dados permite tirar algumas conclusões tais como, a influência dos factores de
degradação no desempenho diferido do material em estudo, pelo que a adopção de factores de
degradação tem como objectivo classificar os dados que partilham as mesmas características,
reduzindo assim a sua dispersão.
0%
10%
20%
Retenção da sujidade (%)
30%
40%
Amostra Geral
50%
Gompertz - Geral
60%
Potencial - Geral
70%
Weibull - Geral
80%
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
57
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Quadro 5.3 - Equações das curvas de degradação e valores obtidos no ajuste ao gráfico de degradação geral
Retira-se do quadro anterior que a curva de degradação com o valor de () mais baixo, resultando
do ajuste dos pontos do gráfico de degradação geral, é a curva de Gompertz. Referindo o que foi
abordado no subcapítulo 4.6., o valor de () resulta da combinação dos valores de ()a e () ,
sendo um indicador para os erros cometidos no ajuste global da curva aos pontos do gráfico, pelo
que a minimização do valor de () , permite um melhoramento do ajuste obtido pela curva de
degradação.
Seguidamente, a fase de análise de dados efectuada no presente trabalho, conclui-se que as curvas
de Gompertz foram as que obtiveram menor valor de () . A partir do presente ponto no corpo do
presente trabalho, assim como Paulo [2009] e Garrido [2010], apenas será apresentada a modelação
com recurso às curvas de Gompertz, tendo em vista atenuar a consulta do presente documento. A
modelação através dos três tipos de curvas anteriormente enunciadas pode ser consultada no Anexo
4.
58
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
0%
10%
Retenção de sujidade (%)
20%
30% Texturada
40% Lisa - plástica
50%
60% Lisa -óleo
70% G-T
80% G-LP
90%
100% G-LO
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.3 - Modelação com as curvas de Gompertz com o factor de degradação " textura da película”.
Quadro 5.4 - Equações das curvas e valores de EQM resultantes do ajuste ao gráfico de degradação com a adopção do factor
"textura da película”.
Analisando as curvas de degradação obtidas, nota-se um pior desempenho diferido das tintas
texturadas relativamente às outras tintas, sendo um resultado esperado pelo que visto anteriormente
(subcapítulo 3.3.1), as tintas texturadas possuem rugosidades que se apresentam como obstáculos
abrandando a velocidade do deslize da água, diminuindo assim o efeito de limpeza da fachada
juntamente com o facto de a rugosidade oferecer uma maior superfície facilitando a fixação da
sujidade [Colen e Brito, 2003] e [Quintela, 2006]. Por outro lado, a tinta com textura lisa – óleo revela
ser a tinta com melhor comportamento face à retenção de sujidade devido à sua baixa
permeabilidade à água e alta permeabilidade ao vapor de água [Chai, 2011]. A concordância dos
fundamentos teóricos com os resultados práticos demonstra que a metodologia adoptada tem a
capacidade de representar a influência dos factores de degradação no desempenho das pinturas ao
longo do tempo.
A dispersão de dados traduz a influência de outros factores de degradação adicionais que não foram
considerados na análise apresentada [Garrido, 2010].
Para efectuar um estudo comparativo dos resultados obtidos, apresenta-se na Figura 5.4 o gráfico
obtido por Paulo [2009] demonstrando a influência da textura da película no desempenho diferido das
pinturas. Os resultados obtidos na análise anterior (Figura 5.3) são coincidentes com os resultados
59
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
obtidos por Paulo [2009], pois ambos os resultados revelam um melhor desempenho das tintas lisa –
óleo e um pior desempenho para as tintas texturadas. No entanto, as curvas obtidas por Paulo [2009]
apresentam uma inclinação mais acentuada, devido a utilização de níveis de degradação no eixo das
ordenadas, diferindo do gráfico da Figura 5.3 onde é utilizado no eixo das ordenadas a extensão da
degradação.
Figura 5.4 - Modelação com as curvas de Gompertz com o factor de degradação " textura da película”efectuado por Paulo
[2009].
60
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
A classificação do factor de degradação “cor” foi baseada no quadro V.5 do RCCTE (ver Quadro 4.1),
considerando três níveis de cor, clara, média e escura. Da aplicação deste filtro, resultaram as curvas
de degradação apresentadas na Figura 5.5, cujas equações e respectivos valores de () são
apresentados no Quadro 5.5.
0%
10%
20%
retenção de sujidade (%)
30%
Clara
40%
Média
50%
Escura
60%
G-Clara
70%
G-Média
80%
G-Escura
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.5 - Modelação com as curvas de Gompertz com o factor de degradação " cor”
Quadro 5.5 - Equações das curvas e valores de EQM resultantes do ajuste ao gráfico de degradação com a adopção do factor
"cor”.
Na análise efectuada, a amostra encontra-se repartida nos três níveis de cores de uma forma
desproporcional, obtendo para a cor clara 86 edifícios, 31 para a cor média e 14 para a cor escura,
havendo a necessidade de enriquecimento de pontos no gráfico, de edifícios com textura lisa - óleo,
podendo assim obter resultados mais fiáveis.
Relativamente às pinturas escuras, estas destacam-se claramente das outras obtendo um melhor
desempenho, até idades inferiores a 50 anos, o que era expectável pois de acordo com Quintela
[2006] a utilização de cores escuras dissimula o depósito das partículas de sujidade devido a
semelhança de tonalidades. Por outro lado, verifica-se um pior desempenho das pinturas de cor clara,
61
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
especialmente nos primeiros anos devido a diferença de tonalidades entre a pintura e a acumulação
de sujidade, sendo previsível, de acordo com Colen e Brito [2003a], visto que as pinturas de cores
claras em revestimentos denunciam a existência de manchas. Contrariando o bom desempenho na
dissimulação de sujidade na fachada da utilização de cores escuras, estas são de evitar, devido à
maior absorção da radiação solar submetendo assim o revestimento a maiores solicitações térmicas,
que vai originar um efeito de amolecimento no revestimento, tendo assim, mais probabilidades em
sofrer anomalias.
Igualmente a análise anterior, a dispersão dos dados em cada segmento obtido demonstra a
influência de factores de degradação adicionais não considerados. Tal como em Paulo [2009] e
Garrido [2010], comparando os valores de EQMC dos três tipos de cor com o valor de EQMC geral,
evidencia-se uma redução da dispersão dos pontos do gráfico de degradação somente para as
pinturas de cor clara, indicando a importância deste factor de degradação no desempenho diferido
das pinturas das fachadas.
0%
10%
Retenção da sujidade (%)
20%
30%
40%
Com varanda
50%
Sem varanda
60%
70% G-C/varanda
80% G-S/Varanda
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.6 - Modelação com as curvas de Gompertz com o factor de degradação "Elemento Saliente - varanda”
62
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
Quadro 5.6 - Equações das curvas e valores de EQM resultantes do ajuste ao gráfico de degradação com a adopção do factor
"Elemento saliente - varanda”.
Com o objectivo em efectuar um estudo comparativo, apresenta-se na Figura 5.7 o gráfico obtido por
Paulo [2009], traduzindo a influência dos elementos salientes no desempenho diferido das pinturas.
Verifica-se que os resultados são contraditórios na medida em que no caso de Paulo [2009] as
fachadas sem elementos salientes apresentam melhor comportamento apenas até aos 20 anos,
sendo o melhor comportamento após os 20 anos das fachadas com elementos salientes. A diferença
de resultados prende-se com os diferentes elementos salientes adoptados, no presente trabalho
apenas foram considerados as varandas enquanto Paulo [2009] considerou para além das varandas,
peitoris e outros elementos salientes. Os resultados podem diferir também, devido a necessidade de
enriquecimento do gráfico da Figura 5.6 com pontos de fachadas sem varanda.
Figura 5.7 - Modelação com as curvas de Gompertz com o factor de degradação "elementos salientes”efectuado por Paulo
[2009].
63
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
10%
20%
Retenção da sujidade (%)
Norte
30%
Sul
40%
Oeste
50%
Este
60%
G-N
70%
G-S
80%
G-O
90%
G-E
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.8 - Modelação com as curvas de Gompertz com o factor de degradação "Orientação solar”
As equações das curvas de degradação assim como os valores de () podem ser consultados no
Quadro 5.7
Quadro 5.7 - Equações das curvas e valores de EQM resultantes do ajuste ao gráfico de degradação com a adopção do factor
"Orientação solar”.
Da análise do gráfico, como era esperado, as fachadas orientadas a norte são mais favoráveis para a
retenção de sujidade, devido à menor incidência de radiação solar e, consequentemente, maior
acumulação de humidades [Chai, 2011]. As fachadas orientadas a Oeste, Este e a Sul possuem um
comportamento semelhante, obtendo todas um melhor desempenho face à retenção de sujidade.
Nota-se claramente o comportamento diferenciado entre as fachadas orientadas a Norte com as
fachadas orientadas a Sul, Oeste e Este. Assim justifica-se uma classificação da orientação solar em
dois níveis que será utilizada no presente trabalho quando este factor for combinado em simultâneo
com outro factor de degradação.
64
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
Para efectuar um estudo comparativo dos resultados obtidos, apresenta-se na Figura 5.9 o gráfico
obtido por Paulo [2009] demonstrando a influência da orientação solar no desempenho diferido das
pinturas. Em comparação com os resultados obtidos na análise anterior (Figura 5.8), nota-se um
desempenho menos bom das pinturas de fachadas orientadas a Este até aos 20 anos de idade do
revestimento. No presente trabalho, a partir dos 20 anos de idade do revestimento, nota-se um
comportamento menos bom das pinturas de fachadas orientadas a Norte, enquanto em Paulo [2009]
um menor desempenho, após os 20 anos de idade do revestimento, é atingido pelas pinturas de
fachadas orientadas a Sul e Oeste.
Figura 5.9 - Modelação com as curvas de Gompertz com o factor de degradação "Orientação solar”
65
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Para efectuar a combinação de factores de degradação, foi necessário identificar qual o factor de
degradação que mais influencia o desempenho diferido de manchas nas pinturas, para isso retirou-se
de cada gráfico, para um valor de retenção de sujidade na fachada de 50 %, a idade da pintura dos
factores considerados e subtraindo os valores obtidos de forma crescente, escolhendo o factor de
degradação com maior diferença de valores de idade de pinturas. No Quadro 5.8, apresenta-se os
valores de idade da pintura obtidos para um valor de retenção de sujidade de 50% e sua diferença.
Quadro 5.8 – Diferença de valores de idade das pinturas para um valor de 50% de retenção de sujidade na fachada
Idade da Diferença de
Diferença entre os
Factor de degradação pintura idades de pintura
factores de degradação
[anos] [anos]
Texturada 25,55
Clara 27,47
Cor Média 27,70 (Média) – (Clara) 0,23
Escura 34,32 (Escura) – (Média) 6,62
Com
Elemento 27,01
varanda
saliente -
varanda Sem
32,76 (C/varanda) – (S/varanda) 5,76
varanda
Norte 23,59
Do Quadro 5.8, conclui-se que o factor de degradação “textura da película” apresenta uma maior
diferença de valores de idade de pinturas traduzindo assim a sua grande influência no desempenho
diferido das manchas nas pinturas. De referir que se adoptou o valor de 50% como sendo um valor
limite, isto é, após o valor de 50% a retenção de sujidade considera-se num estado avançado de
degradação.
66
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
Assim, a combinação foi realizada entre os factores “textura da película” e “Cor”, “textura da película”
e “Elemento Saliente - Varanda”, “textura da película” e “orientação solar”. O factor de degradação
“textura da película” foi adoptado nas três combinações sendo, como verificado, um factor que traduz
uma grande influência na evolução da degradação das pinturas. Ainda foi estudada a possibilidade de
efectuar a combinação entre os três factores mas a sua aplicação produziria uma grande
fragmentação de dados tendo em conta a amostra de edifícios.
Pretende-se com a combinação entre a textura da película e a cor, analisar a influência da cor no
desempenho ao longo do tempo das pinturas dependendo do tipo de textura da película.
Texturada
0%
10%
retenção de sujidade (%)
20%
30% Clara
40% Média
50%
Escura
60%
70% G-Clara
80% G-Média
90%
G-Escura
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.10 - Modelação com curvas de Gompertz com a combinação dos factores “textura da película: texturada” e “cor”
67
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Quadro 5.10 - Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultantes da combinação dos factores “textura da
película: texturada” e “cor”
Analisando o andamento das curvas de degradação, verifica-se um melhor desempenho nas pinturas
escuras, o que era esperado, concordando com a avaliação efectuada anteriormente (subcapítulo
5.3.2). Verifica-se também um comportamento similar entre as pinturas claras e médias, não sendo
um resultado esperado pois as pinturas médias deveriam adoptar um melhor desempenho do que as
pinturas claras.
Lisa - Plástica
0%
10%
retenção de sujidade (%)
20%
30%
Clara
40%
Média
50%
60% Escura
70% G-Clara
80% G-Média
90%
G-Escura
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.11 - Modelação com as curvas de Gompertz com a combinação dos factores “textura da película: lisa – plástica” e
“cor”
Numa primeira análise, observa-se um melhor desempenho das tintas escuras face às pinturas de
cores claras e médias. Nota-se uma necessidade de enriquecimento do gráfico de degradação com
mais pontos, de modo a avaliar de uma forma mais sólida, principalmente nas cores médias e
escuras.
68
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
Quadro 5.11 - Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação "textura da película: lisa -
plástica" e "cor"
Lisa - Óleo
0%
10%
retenção de sujidade (%)
20%
30% Clara
40%
Média
50%
Escura
60%
70% G-Clara
80% G-Média
90% G-Escura
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.12 - Modelação com as curvas de Gompertz com a combinação dos factores “textura da película: lisa – óleo” e “cor”
Quadro 5.12 - Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação "textura da película: lisa - óleo" e
"cor"
69
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Na Figura 5.13 estão representadas as curvas obtidas resultantes da combinação 1 entre os factores
• textura da película: texturada e cor;
• textura da película: lisa – plástica e cor;
• textura da película: lisa – óleo e cor.
Da análise do gráfico, concluí-se que o desempenho das pinturas aumenta com as pinturas escuras e
de textura lisa – óleo. Adverte-se que esta conclusão provém de uma análise efectuada ao gráfico e a
amostra considerada, podendo não ser aplicado em outras amostras.
0%
10%
20% G-Clara-T
retenção de sujidade (%)
30% G-Média-T
40% G-Escura-T
50% G-Clara-LP
60% G-Média-LP
70% G-Escura-LP
80% G-Clara-LO
90% G-Média-LO
100% G-Escura-LO
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.13 – Comparação entre as várias combinações efectuadas entre os factores “textura da película” e “cor”
70
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
Pretende-se com esta combinação analisar com maior rigor a influência dos elementos salientes na
evolução da degradação das pinturas para os três tipos de textura de película analisados.
Texturada
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30%
40% Com Varanda
50%
Sem Varanda
60%
70% G-CV
80% G-SV
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.14 - Modelação com as curvas de Gompertz com a combinação dos factores “textura da película: texturada” e
“elementos salientes”
Quadro 5.13- Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação "textura da película: texturada" e
"elementos salientes"
Efectuando uma análise da Figura 5.14, nota-se um melhor desempenho das pinturas em fachadas
sem elementos salientes, concordando com as conclusões do subcapítulo 5.3.3, pois uma fachada
sem elementos salientes permite um efeito de lavagem geral da fachada através da água sem
obstruções [Quintela, 2006]. No entanto a dispersão dos pontos do gráfico da Figura 5.14 indica que
os factores considerados não são suficientes para evidenciar diferentes comportamentos entre as
várias pinturas.
71
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Lisa - Plástica
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30%
40%
Com Varanda
50%
Sem Varanda
60%
70% G-CV
80% G-SV
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.15 - Modelação com as curvas de Gompertz com a combinação dos factores “textura da película: lisa - plástica” e
“elementos salientes”
Quadro 5.14 - Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação "textura da película: lisa -
plástica" e "elementos salientes"
A análise das curvas de degradação obtidas, apesar de existir uma ligeira melhoria de desempenho
das pinturas em fachadas sem elementos salientes, não evidencia uma clara diferença entre a
existência de elementos na fachada e uma pintura com textura: lisa – plástica. Os valores de ()
indicam que os factores considerados são suficientes para evidenciar diferentes comportamentos
entre as várias pinturas.
72
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
Lisa - Óleo
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30%
40% Com Varanda
50%
Sem Varanda
60%
70% G-CV
80% G-SV
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.16 - Modelação com as curvas de Gompertz com a combinação dos factores “textura da película: lisa - óleo” e
“elementos salientes”
Quadro 5.15 - Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação "textura da película: lisa - óleo" e
"elementos salientes"
73
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Da análise do gráfico, retira-se que o desempenho das pinturas aumenta com as pinturas de
fachadas sem elementos salientes e de textura lisa – óleo. Estes resultados demonstram a influência
significativa que a existência de elementos salientes tem no desempenho diferido para diferentes
tipos de texturas. Tal como efectuado, adverte-se que esta conclusão provém de uma análise
efectuada ao gráfico e à amostra considerada, podendo não ser aplicado em outras amostras.
0%
10%
20%
retenção da sujidade (%)
30% G-CV-T
40%
G-SV-T
50%
G-CV-LP
60%
G-SV-LP
70%
80% G-CV-LO
90% G-SV-LO
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.17 - Comparação entre as várias combinações efectuadas entre os factores “textura da película” e “elementos
salientes”
74
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
Texturada
0%
10%
20%
retenção da sujidade (%)
Nível 1 (Norte)
30%
40%
Nível 2
50% (Sul;Oeste; Este)
60%
70% G-Nível 1 (Norte)
80%
90% G-Nível 2
100% (Sul;Oeste;Este)
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.18 - Modelação com as curvas de Gompertz com a combinação dos factores “textura da película: texturada” e
“orientação solar”.
Quadro 5.16 - Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação "textura da película: texturada" e
"orientação solar"
A análise das curvas de degradação demonstra uma diferença significativa no desempenho das
pinturas texturadas de acordo com a sua orientação solar, realçando-se um melhor desempenho das
pinturas de nível 2 que são as pinturas orientadas a Sul, Oeste e Este. Estes resultados encontram-
se de acordo com os resultados obtidos no subcapítulo 5.3.4.
75
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
Lisa - Plástica
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30% Nível 1 (Norte)
40%
50% Nível 2
60% (Sul;Oeste;Este)
70%
G-Nível 1 (Norte)
80%
90%
G-Nível 2
100% (Sul;Oeste;Este)
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.19 - Modelação com as curvas de Gompertz com a combinação dos factores “textura da película: lisa - plástica” e
“orientação solar”.
Quadro 5.17 - Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação "textura da película: lisa -
plástica" e "orientação solar"
Tal como na análise anterior, as curvas de degradação, existe uma diferença significativa no
desempenho das pinturas lisa - plásticas de acordo com a sua orientação solar, realçando-se um
melhor desempenho das pinturas de nível 2 que são as pinturas orientadas a Sul, Oeste e Este.
Estes resultados encontram-se de acordo com os resultados obtidos no subcapítulo 5.3.4.
76
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
Lisa - óleo
0%
10%
Nível 1 (Norte)
retenção da sujidade (%)
20%
30%
40% Nível 2
50% (Sul;Oeste;Este)
60%
G-Nível 1
70% (Norte)
80%
90% G-Nível 2
100% (Sul;Oeste;Este)
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.20 - Modelação com as curvas de Gompertz com a combinação dos factores “textura da película: lisa - óleo” e
“orientação solar”.
Quadro 5.18 - Equações das curvas de degradação e valores de EQM resultante da aplicação "textura da película: lisa - óleo" e
"orientação solar"
Os resultados obtidos da análise das curvas de degradação não estão de acordo com o apresentado
no subcapítulo 5.3.4, podendo ser devido ao número reduzido da amostra, e a falta de amostras com
idade inferior a 20 anos de edifícios com pintura lisa – óleo orientada a norte que poderia enriquecer o
gráfico e consequentemente obter resultados expectáveis.
Na Figura 5.21, estão representadas as curvas obtidas resultantes da combinação 3 entre os factores
• textura da película: texturada e orientação solar;
• textura da película: lisa – plástica e orientação solar.
77
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
No gráfico não foram incluídos os resultados obtidos com a combinação textura da película: lisa –
óleo e orientação solar devido a não coerência destes com os resultados obtidos no subcapítulo
5.3.4, concluindo-se assim que o desempenho das pinturas aumenta com as pinturas de fachadas
orientadas no nível 2 ou seja a Sul, Oeste e Este e com uma textura lisa – plástica. Estes resultados
demonstram a importância do factor de degradação orientação solar consoante os diferentes tipos de
tinta no desempenho das tintas. Alerta-se que a utilização das conclusões retiradas pode não ser
aplicável em outras amostras.
0%
10%
20% G-(Norte)-
retenção da sujidade (%)
30% Texturada
40% G-(Sul;Oeste;Este)-
50% Texturada
60%
G-(Norte)-
70% LisaPlástica
80%
G-(Sul;Oeste;Este)-
90% LisaPlástica
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura 5.21 - Comparação entre as várias combinações efectuadas entre os factores “textura da película” e “orientação solar”
78
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
Quadro 5.19 – Resumo dos resultados obtidos com a aplicação isolada dos factores de degradação
Factores de Curvas de
Observações
degradação degradação
Curva de Grande dispersão dos resultados, indicando a existência de
- degradação vários factores de degradação que influenciam o
geral desempenho diferido das pinturas
Texturada Melhor desempenho das tintas lisa – óleo face aos restantes
tipos de tinta, resultado expectável. Nota-se que nos
Textura da
Lisa - Plástica primeiros 20 anos grande parte dos edifícios tem uma
película
extensão das manchas na fachada igual ao superior a 20%,
apesar da dispersão existente.
Lisa - Óleo
Clara
Verifica-se um melhor desempenho nas pinturas escuras
face às cores claras e médias, pelo que estas apresentam
Média um comportamento semelhante, visualizando assim dois
Cor grupos distintos. Nas pinturas de cor clara denota-se uma
extensão das manchas na área da fachada igual ou superior
Escura a 20 % enquanto nas pinturas médias, metade dos edifícios
estão abaixo dos 20% e a outra metade acima.
Com varanda
Existe um melhor desempenho nas fachadas sem varandas
Elementos
do que fachadas com varandas, pois as varandas impedem a
Salientes
Sem varanda limpeza total da fachada pela acção da água
Norte
Melhor desempenho verificado em pinturas de fachadas
orientadas a Sul, Este e Oeste face às pinturas orientadas a
Sul Norte. Nota-se claramente dois grupos distintos sendo um
Orientação
deles constituído por fachadas orientadas a Sul, Este e Oeste
Solar
Oeste e o outro com as fachadas orientadas a Norte. Nota-se ainda
um aumento significativo da extensão das manchas nas
fachadas orientadas a Norte e Este nos primeiros 10 anos.
Este
Seguidamente, encontra-se no Quadro 5.20 um resumo dos resultados obtidos com as combinações
de factores de degradação, apresentando-se as equações das curvas de degradação do tipo
Gompertz e umas breves conclusões retiradas.
79
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Quadro 5.20 - Quadro resumo dos resultados obtidos com as combinações de factores de degradação considerados
Curvas de
Combinação Observações
degradação
Clara
Necessidade de colocar mais pontos
Lisa - Óleo Média
especialmente nas pinturas médias.
Escura
Com
varanda Melhor desempenho nas fachadas sem
elementos salientes.
Existe uma grande dispersão dos
pontos, havendo a necessidade de
Texturada considerar mais factores de
Sem degradação. Verifica-se uma evolução
varanda da extensão das manchas elevada nas
fachadas com varanda nos primeiros 10
anos
Com
varanda Não se evidencia uma notória diferença
de desempenho entre as pinturas
Combinação 2 existentes nas fachadas com varanda e
Lisa -
sem varanda. Nota-se uma menor
Plástica Sem evolução da extensão das manchas na
varanda fachada dos edifícios com varanda nos
primeiros 10 anos.
Com
varanda
Apesar de um melhor desempenho nas
pinturas existentes nas fachadas sem
Lisa - Óleo elementos salientes, existe a
Sem necessidade de enriquecer o gráfico
varanda com mais pontos.
80
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 5. Análise de resultados
Nível 1
Melhor desempenho nas pinturas
Texturada existentes nas fachadas orientadas a
Nível 2 Sul, Oeste e Este.
81
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
5. Análise de resultados Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
82
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 6. Conclusões e desenvolvimentos futuros
Após efectuar a modelação das curvas, foram interpretados os resultados obtidos, permitindo assim
determinar a influência, de cada factor de degradação adoptado, no desempenho ao longo do tempo
das pinturas de fachadas:
• “Textura da película”- Observa-se um melhor desempenho das pinturas lisa - óleo e lisa -
plástica face às pinturas texturadas, dado que as tintas com texturas lisa – óleo possuem uma
baixa permeabilidade à água e alta permeabilidade ao vapor de água;
• “Cor” – A adopção de cores escuras melhora o desempenho das pinturas em detrimento das
cores claras, devido à semelhança de tonalidades entre a sujidade e as cores escuras;
• “Elemento saliente - varanda” – As pinturas de fachadas sem varandas demonstram obter um
melhor desempenho em relação às pinturas de fachadas com varandas, sendo que nas
pinturas sem varanda existe um efeito de lavagem na extensão total da fachada sem
obstruções por acção da água;
• “Orientação solar” – Este factor de degradação pode ser dividido em apenas dois níveis visto
destacar-se claramente dois tipos de comportamentos diferenciados, sendo o primeiro as
pinturas com as fachadas orientadas a Sul, Oeste e Este e o segundo as pinturas com as
fachadas orientadas a Norte. Nota-se claramente um melhor desempenho nas pinturas com
as fachadas orientadas a Sul, Oeste e Este;
83
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
6. Conclusões e desenvolvimentos futuros Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
Após a análise isolada dos factores de degradação, efectuaram-se análises com a combinação dos
factores de degradação em estudo:
• combinação 1: “ textura da película” e “ cor”- O desempenho das pinturas aumenta com as
pinturas escuras e de textura lisa – óleo;
• combinação 2: “Textura da película” e “Elementos salientes”- O desempenho das pinturas
aumenta com as pinturas de fachadas sem elementos salientes e de textura lisa – óleo;
• combinação 3: “Textura da película” e “Orientação solar” - o desempenho das pinturas
aumenta com as pinturas de fachadas orientadas a Sul, Oeste e Este e com uma textura lisa
– plástica.
Demonstra-se assim, a possibilidade de efectuar estimativas das necessidades futuras para uma
determinada pintura face a retenção de sujidade, conhecendo a sua textura, a cor, a existência de
elementos salientes ou a orientação solar, pois estas curvas foram obtidas de forma a representar os
efeitos destes quatro factores de degradação. A aplicação dos factores de degradação poderá ser
efectuada de forma isolada ou simultânea de forma a observar o desempenho das pinturas ao longo
do tempo.
No que respeita a recolha de informações relativas à última manutenção das fachadas efectuada,
deve-se complementar as informações para além dos dados fornecidos pelo Arquivo Municipal de
Lisboa, com os dados fornecidos pelos moradores dos edifícios, dada a existência de obras
clandestinas, as quais não vêm classificadas no Arquivo Municipal de Lisboa podendo influenciar os
resultados fornecidos pela modelação. No entanto, é necessário averiguar a veracidade das
informações dada pelos moradores, para não comprometer a fiabilidade do método.
Para estudos futuros relacionados com as manchas e adopção do factor de degradação “cor”,
sugere-se a adopção de uma classificação deste factor em dois níveis visto que nos resultados
obtidos, as pinturas claras e médias possuem um comportamento semelhante distinguindo-se das
pinturas escuras. No caso de adoptar o factor de degradação elemento saliente -varanda incluir
outros elementos além das varandas como por exemplo peitoris, avaliando a sua influência no
84
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas 6. Conclusões e desenvolvimentos futuros
desempenho das pinturas face a retenção de sujidade. Para além dos factores de degradação
adoptados no presente trabalho, de forma a identificar outros factores de degradação que influenciam
no aparecimento de manchas, sugere-se a adopção de outros factores de degradação como por
exemplo a influência da precipitação, do vento e dos gases poluentes ou ainda as condições e
metodologia utilizada na aplicação do revestimento.
Considera-se importante realizar novas inspecções às pinturas já efectuadas por outros autores como
Paulo [2009] e Garrido [2010] de modo a acompanhar a evolução das anomalias e efectuar estudos
comparativos.
Seria interessante adoptar outra metodologia de recolha de dados, como por exemplo metodologias
de curto prazo nomeadamente ensaios acelerados laboratoriais ou, de análise de dados utilizando
modelos de engenharia, para além da proposta utilizada no presente trabalho assim como em Paulo
[2009] e Garrido [2010], para efectuar um estudo comparativo.
85
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
6. Conclusões e desenvolvimentos futuros Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
86
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7. Bibliografia Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
92
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexos
Lista de Anexos
Anexo 1
Fotografia das fachadas
Anexo 2
Caracterização da amostra em estudo
Anexo 3
Caracterização dos factores de degradação para a amostra do estudo
Anexo 4
Curvas de degradação Gompertz, Potenciais e Weibull.
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexos Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 1
ANEXO 1
JC023 JC024
JC022
JC025 JC026
ANEXO 2
ANEXO 3
ANEXO 4
Quadro A4.1 – Equações das curvas de degradação obtidas por aplicação do factor “Textura da película”.
`
Lisa - plástica = S,]USbT VW,WXZW`
[ = 6,44357 ] L,e^b^_
= 1− LL,U]TUb
`
Lisa - óleo = _U,S]88e VW,Wf`YY
[ = 4,62851 S L,UUe8T
= 1− bS,T]^eb
Quadro A4.2 – Valores de EQM obtidos no ajuste das curvas de degradação com a aplicação do factor “Textura da película”
Gompertz 81,14 × 10 L
210,50 291,64
Weibull 116,30 × 10 L
222,10 338,40
Gompertz 77,47 × 10 L
194,07 271,54
Weibull 122,48 × 10 L
216,79 339,27
Gompertz 30,12 × 10 L
72,01 102,13
Weibull 44,23 × 10 L
80,33 124,56
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexo 4 Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
Retenção de sujidade (%) 10%
20%
30% Texturada
40% Lisa - plástica
50%
Lisa -óleo
60%
70% G-T
80% G-LP
90%
G-LO
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.1 – Modelação com curvas de Gompertz traduzindo a influência da textura da película
0%
10%
Retenção da sujidade (%)
20%
30% Texturada
40% Lisa - plástica
50%
Lisa -óleo
60%
70% P-T
80% P-LP
90%
P-LO
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.2 – Modelação com curvas Potenciais traduzindo a influência da textura da película
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30% Texturada
40%
Lisa - plástica
50%
Lisa -óleo
60%
70% W-T
80% W-LP
90% W-LO
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.3 – Modelação com curvas de Weibull traduzindo a influência da textura da película
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 4
QuadroA4.3 – Equações das curvas de degradação obtidas por aplicação do factor “Cor”.
`
Média = _L,LU_S_ VW,gWYXW
[ = 3,06630 ] L,8eSb]
= 1− L_,_Tbb8
`
8_,LT_LT VW,Wccc` = 4,62851 S L,S_bbU
Escura = [ = 1− be,^bbTU
Quadro A4.4 – Valores de EQM obtidos no ajuste das curvas de degradação com a aplicação do factor “Cor”
Gompertz 65,57 × 10 L
200,18 265,75
Clara Potencial 138,62 × 10 L
315,21 453,83
Weibull 112,84 × 10 L
223,01 335,85
Gompertz 91,71 × 10 L
253,65 345,36
Média Potencial 182,34 × 10 L
433,79 616,13
Weibull 109,66 × 10 L
278,83 388,49
Gompertz 109,70 × 10 L
191,93 301,63
Weibull 141,90 × 10 L
166,00 307,90
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexo 4 Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
10%
retenção de sujidade (%) 20%
30% Clara
40% Média
50%
Escura
60%
70% G-Clara
80% G-Média
90%
G-Escura
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.4 – Modelação com curvas de Gompertz traduzindo a influência da cor da película
0%
10%
Retenção da sujidade (%)
20%
30% Clara
40%
Média
50%
Escura
60%
70% P-Clara
80% P-Média
90% P-Escura
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.5 – Modelação com curvas Potenciais traduzindo a influência da cor da película
0%
10%
Retenção da sujidade (%)
20%
30% Clara
40%
Média
50%
Escura
60%
W-Clara
70%
80% W-Média
90% W-Escura
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.6 – Modelação com curvas de Weibull traduzindo a influência da cor da película
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 4
Quadro A4.5 – Equações das curvas de degradação obtidas por aplicação do factor “Elemento saliente -varanda”.
`
Sem varanda = _L,LU_S_ VW,gWYXW
[ = 5,47601 ] 8,T^8^e
= 1− L^,S]bLS
Quadro A4.6 – Valores de EQM obtidos no ajuste das curvas de degradação com a aplicação do factor “Elemento saliente -
varanda”
0%
10%
Retenção da sujidade (%)
20%
30%
40% Com varanda
50%
Sem varanda
60%
70% G-C/varanda
80% G-S/Varanda
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.7 – Modelação com curvas de Gompertz traduzindo a influência do elemento saliente - varanda
0%
10%
Retenção da sujidade (%)
20%
30%
40% Com varanda
50%
60% Sem varanda
70% P-C/varanda
80%
P-S/varanda
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.8 – Modelação com curvas Potenciais traduzindo a influência do elemento saliente - varanda
0%
10%
Retenção da sujidade (%)
20%
30%
40% Com varanda
50%
Sem varanda
60%
70% W-C/varanda
80% W-S/varanda
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.9 – Modelação com curvas de Weibull traduzindo a influência do elemento saliente - varanda
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 4
`
_8,U]TUT VW,WcccY = 5,47413 ] L,_e8U_
Sul = [ = 1− L8,8_8^_
`
Oeste = 8e,8]L]S VW,ggY`f
[ = 4,62851 S L,S^LL^
= 1− L_,8Ue]U
`
],^S^8S VW,WXh`` = 4,62851 S L,UT^Ub
Este = [ = 1− L_,^TSe_
Quadro A4.8 – Valores de EQM obtidos no ajuste das curvas de degradação com a aplicação do factor “Orientação solar”
Gompertz 123,60 × 10 L
190,95 314,55
Norte Potencial 127,52 × 10 L
253,58 381,10
Weibull 131,50 × 10 L 194,31 325,81
Gompertz 84,96 × 10 L 200,19 285,15
Sul Potencial 120,07 × 10 L 260,37 380,44
Weibull 116,57 × 10 L 207,70 324,27
Gompertz 78,06 × 10 L
198,39 276,45
Weibull 105,28 × 10 L
213,75 319,03
Gompertz 80,04 × 10 L
251,05 331,09
Este
Potencial 191,69 × 10 L
596,40 788,0942
Weibull 115,31 × 10 L
321,71 437,02
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexo 4 Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
10%
Retenção da sujidade (%) 20% Norte
30% Sul
40%
Oeste
50%
Este
60%
70% G-N
80% G-S
90% G-O
100%
G-E
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.10 – Modelação com curvas de Gompertz traduzindo a influência da orientação solar.
0%
10%
Retenção da sujidade (%)
20% Norte
30% Sul
40%
Oeste
50%
Este
60%
70% P-N
80% P-S
90% P-O
100%
P-E
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.11 – Modelação com curvas Potenciais traduzindo a influência da orientação solar.
0%
10%
Retenção da sujidade (%)
20% Norte
30% Sul
40% Oeste
50%
Este
60%
70% W-N
80% W-S
90%
W-O
100%
0 10 20 30 40 50 60 70 W-E
Idade da pintura (anos)
Figura A4.12 – Modelação com curvas de Weibull traduzindo a influência da orientação solar.
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 4
Quadro A4.9 – Equações das curvas de degradação obtidas por aplicação conjugada dos factores “textura da película:
texturada” e “cor”.
Gompertz Potencial Weibull
`
Clara = S,LeU^L VW,Wcd`Y
[ = 4,7879 U 8,U8^8^
= 1− 8U,SU_
Texturada
`
Média = ],8L^8^ VW,WXXdX
[ = 6,27008 ] L,_ebL]
=1− 8^,8e8e8
`
Escura = ^,LSU__ VW,WXfYW
[ = 5,40131 ] L,__ULL
= 1− 8^,^LTb
Quadro A4.10 – Valores de EQM obtidos no ajuste das curvas de degradação com a aplicação conjugada dos factores
“Textura da película - textura” e “cor”
Gompertz 58,32 × 10 L
184,40 242,72
Weibull 86,26 × 10 L
204,17 290,43
Gompertz 87,07 × 10 L
216,46 303,53
Texturada
Weibull 125,06 × 10 L
232,73 357,79
Gompertz 138,76 × 10 L
298,77 437,53
Weibull 181,55 × 10 L
239,98 421,53
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexo 4 Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
10%
retenção de sujidade (%) 20%
30% Clara
40%
Média
50%
Escura
60%
70% G-Clara
80% G-Média
90% G-Escura
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.13 – Modelação com curvas de Gompertz traduzindo a influência da combinação “textura da película – texturada” e
“cor”.
0%
10%
retenção de sujidade (%)
20%
30% Clara
40% Média
50%
Escura
60%
70% P-Clara
80% P-Média
90%
P-Escura
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.14 – Modelação com curvas Potenciais traduzindo a influência da combinação “textura da película – texturada” e
“cor”.
0%
10%
retenção de sujidade (%)
20%
30% Clara
40% Média
50%
60% Escura
70% W-Clara
80%
W-Média
90%
100% W-Escura
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.15 – Modelação com curvas de Weibull traduzindo a influência da combinação “textura da película – texturada” e
“cor”.
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 4
Quadro A4.11 – Equações das curvas de degradação obtidas por aplicação conjugada dos factores “textura da película: lisa -
plástica” e “cor”.
Gompertz Potencial Weibull
`
],eUe]^ VW,Wf``h = 4,37560 U 8,USUTL
Clara = [ =1− 8^,_8Le8
Lisa – Plástica
`
_L,TeL^e VW,ggZWc = 1,00941 U L,_eSUb
Média = [ = 1− 8_,eLU
`
Escura = _eS,TbU_8 VW,gdWWY
[ = 5,92486 ] L,_8^S]
= 1− LT,]]Sb8
Quadro A4.12 – Valores de EQM obtidos no ajuste das curvas de degradação com a aplicação conjugada dos factores
“Textura da película – lisa - plástica” e “cor”
Gompertz 71,36 × 10 L
202,06 273,42
Weibull 143,01 × 10 L
214,40 357,41
Gompertz 45,76 × 10 L
117,28 163,04
Lisa - Plástica
Weibull 87,52 × 10 L
103,57 191,09
Gompertz 54,48 × 10 L
48,19 102,67
Weibull 58,33 × 10 L
32,21 90,54
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexo 4 Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
10%
retenção de sujidade (%) 20%
30% Clara
40% Média
50%
Escura
60%
70% G-Clara
80% G-Média
90%
G-Escura
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.16 – Modelação com curvas de Gompertz traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa -plástica” e
“cor”.
0%
10%
retenção de sujidade (%)
20%
30% Clara
40% Média
50%
Escura
60%
70% P-Clara
80% P-Média
90%
P-Escura
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.17 – Modelação com curvas Potenciais traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa -plástica” e
“cor”.
0%
10%
retenção de sujidade (%)
20%
30% Clara
40% Média
50%
Escura
60%
70% W-Clara
80% W-Média
90%
W-Escura
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.18 – Modelação com curvas de Weibull traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa -plástica” e
“cor”
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 4
Quadro A4.13 – Equações das curvas de degradação obtidas por aplicação conjugada dos factores “textura da película: lisa -
óleo” e “cor”.
`
U,]TU_L VW,WYhhd = 4,01476 U 8,Ue^]e
Clara = [ =1− bL,e8L8S
Lisa – Óleo
`
Média LT,TSTbL VW,ggZWc [ = 3,99586 ] 8,^T^Le
=1− ]e,b^ee8
=
`
Escura _8,8bLee VW,WYcgY [ = 3,99586 ] L,eTTe]
=1− b],SLb^8
=
Quadro A4.14 – Valores de EQM obtidos no ajuste das curvas de degradação com a aplicação conjugada dos factores
“Textura da película – lisa - óleo” e “cor”
Gompertz 62,77 × 10 L
190,09 252,86
Weibull 102,26 × 10 L
237,08 339,34
Gompertz 24,08 × 10 L
344,91 368,99
Lisa - Óleo
Weibull 0,31 × 10 L
420,50 420,81
Gompertz 5,35 × 10 L
12,28 17,63
Weibull 18,87 × 10 L
14,12 32,99
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexo 4 Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
10%
retenção de sujidade (%) 20%
30% Clara
40% Média
50%
60% Escura
70% G-Clara
80% G-Média
90%
100% G-Escura
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.19 – Modelação com curvas de Gompertz traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa -óleo” e
“cor”.
0%
10%
retenção de sujidade (%)
20%
30% Clara
40% Média
50%
60% Escura
70% P-Clara
80% P-Média
90%
100% P-Escura
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.20 – Modelação com curvas Potenciais traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa -óleo” e “cor”.
0%
10%
retenção de sujidade (%)
20%
30% Clara
40% Média
50%
Escura
60%
70% W-Clara
80% W-Média
90%
W-Escura
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.21 – Modelação com curvas de Weibull traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa -óleo” e “cor”.
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 4
Quadro A4.15 – Equações das curvas de degradação obtidas por aplicação conjugada dos factores “textura da película:
texturada” e “elemento saliente - varanda”.
`
= 2,06635 ] L,be88T
Com ^,_Lb^^ VW,gWghg
= [ =1− 8],ebL]b
Texturada
varanda
Sem `
= U,S^TSL VW,WfgfZ
[ = 4,14857 ] L,eSLb_
=1− LU,e]SUS
varanda
Quadro A4.16 – Valores de EQM obtidos no ajuste das curvas de degradação com a aplicação conjugada dos factores
“Textura da película – texturada” e “elemento saliente - varanda”
Gompertz 70,40 × 10 L
179,51 249,51
Weibull 91,53 × 10 L
196,91 288,44
Gompertz 105,96 × 10 L
316,05 422,01
Weibull 149,54 × 10 L
314,32 463,86
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexo 4 Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
10%
retenção da sujidade (%) 20%
30%
40% Com Varanda
50%
60% Sem Varanda
70% G-CV
80% G-SV
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.22 – Modelação com curvas de Gompertz traduzindo a influência da combinação “textura da película: texturada” e
“elemento saliente - varanda”.
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30%
40% Com Varanda
50%
Sem Varanda
60%
70% P-CV
80% P-SV
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.23 – Modelação com curvas Potenciais traduzindo a influência da combinação “textura da película: texturada” e
“elemento saliente - varanda”.
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30%
40% Com Varanda
50%
Sem Varanda
60%
70% W-CV
80% W-SV
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.24 – Modelação com curvas de Weibull traduzindo a influência da combinação “textura da película: texturada” e
“elemento saliente - varanda”.
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 4
Quadro A4.17 – Equações das curvas de degradação obtidas por aplicação conjugada dos factores “textura da película: lisa -
plástica” e “elemento saliente - varanda”.
Gompertz Potencial Weibull
Com `
^,eU_]e VW,WXZWX = 4,96319 U 8,UU]_^
Lisa - Plástica
varanda = [ = 1− Lb,bTe]b
Sem `
= U,bS88S VW,WYfXX
[ = 5,19603 ] L,_88Lb
=1− L],Ub_b]
varanda
Quadro A4.18 – Valores de EQM obtidos no ajuste das curvas de degradação com a aplicação conjugada dos factores
“Textura da película – lisa - plástica” e “elemento saliente - varanda”
;<=> ;<=? ;<=P
Gompertz 78,74 × 10 L
201,25 279,99
Weibull 118,30 × 10 L
225,38 343,68
Gompertz 52,43 × 10 L
162,65 215,08
Weibull 96,17 × 10 L
190,82 286,99
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexo 4 Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
10%
retenção da sujidade (%) 20%
30%
40% Com Varanda
50%
Sem Varanda
60%
70% G-CV
80% G-SV
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.25 – Modelação com curvas de Gompertz traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa - plástica”
e “elemento saliente - varanda”.
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30%
40% Com Varanda
50%
Sem Varanda
60%
70% P-CV
80% P-SV
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.26 – Modelação com curvas Potenciais traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa - plástica” e
“elemento saliente - varanda”.
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30%
40% Com Varanda
50%
Sem Varanda
60%
70% W-CV
80% W-SV
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.27 – Modelação com curvas de Weibull traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa - plástica” e
“elemento saliente - varanda”.
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 4
Quadro A4.19 – Equações das curvas de degradação obtidas por aplicação conjugada dos factores “textura da película: lisa -
óleo” e “elemento saliente - varanda”.
Com `
b,]eLST VW,W``fh = 4,02952 U 8,ULbT_
= [ = 1− bL,LT_eb
Lisa - Óleo
varanda
Sem `
= ^,S]T]L VW,WYhf`
[ = 4,05221 ] 8,TTUSe
= 1− b^,LLT]_
varanda
Quadro A4.20 – Valores de EQM obtidos no ajuste das curvas de degradação com a aplicação conjugada dos factores
“Textura da película – lisa - óleo” e “elemento saliente - varanda”
Gompertz 48,79 × 10 L
184,58 233,37
Weibull 88,51 × 10 L
215,43 303,95
Gompertz 21,87 × 10 L
63,54 85,41
Weibull 38,93 × 10 L
105,83 144,76
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexo 4 Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
10%
retenção da sujidade (%) 20%
30%
40% Com Varanda
50%
Sem Varanda
60%
70% G-CV
80% G-SV
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.28 – Modelação com curvas de Gompertz traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa - óleo” e
“elemento saliente - varanda”.
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30%
40% Com Varanda
50%
60% Sem Varanda
70% P-CV
80% P-SV
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.29 – Modelação com curvas Potenciais traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa - óleo” e
“elemento saliente - varanda”.
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30%
40% Com Varanda
50%
60% Sem Varanda
70% W-CV
80%
W-SV
90%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.30 – Modelação com curvas de Weibull traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa - óleo” e
“elemento saliente - varanda”.
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 4
Quadro A4.21 – Equações das curvas de degradação obtidas por aplicação conjugada dos factores “textura da película:
texturada” e “orientação solar”.
`
Nível 1 = ],_ULe] VW,ggcZg
[ = 9,47877 U 8,US8SS
= 1− _T,8eSU^
Texturada
`
Nível 2 = S,^LTSb VW,WcgYc
[ = 4,79600 ] L,eTS^S
=1− 8^,S_U^]
Quadro A4.22 – Valores de EQM obtidos no ajuste das curvas de degradação com a aplicação conjugada dos factores
“Textura da película – texturada” e “orientação solar”
Gompertz 98,18 × 10 L
125,49 223,67
Weibull 143,42 × 10 L
111,30 254,71
Gompertz 70,86 × 10 L
212,74 283,60
Weibull 98,94 × 10 L
228,54 327,48
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexo 4 Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
Nível 1 (Norte)
30%
40%
Nível 2
50%
(Sul;Oeste; Este)
60%
70% G-Nível 1 (Norte)
80%
90% G-Nível 2
100% (Sul;Oeste;Este)
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.31 – Modelação com curvas de Gompertz traduzindo a influência da combinação “textura da película: texturada” e
“orientação solar”.
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30%
Nível 1 (Norte)
40%
50%
Nível 2
60% (Sul;Oeste;Este)
70%
P-Nível 1 (Norte)
80%
90%
P-Nível 2
100% (Norte;Oeste;Este)
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.32 – Modelação com curvas Potenciais traduzindo a influência da combinação “textura da película: texturada” e
“orientação solar”.
0%
10%
retenção da sujidade (%)
Figura A4.33 – Modelação com curvas de Weibull traduzindo a influência da combinação “textura da película: texturada” e
“orientação solar”.
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 4
Quadro A4.23 – Equações das curvas de degradação obtidas por aplicação conjugada dos factores “textura da película: lisa -
plástica” e “orientação solar”
`
= S,_S_bU VW,WcZfh = 5,37943 U 8,US]SL
Lisa - Plástica
`
Nível 2 = S,L^8e] VW,Wf`W`
[ = 5,10643 ] L,__LbT
=1− L],]_S^b
Quadro A4.24 – Valores de EQM obtidos no ajuste das curvas de degradação com a aplicação conjugada dos factores
“Textura da película – lisa - plástica” e “orientação solar”
Gompertz 63,37 × 10 L
143,13 206,50
Weibull 103,21 × 10 L
150,25 253,46
Gompertz 63,49 × 10 L
213,04 276,53
Weibull 93,08 × 10 L
260,51 353,59
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexo 4 Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
retenção da sujidade (%) 10%
20%
30% Nível 1 (Norte)
40%
50%
Nível 2
60% (Sul;Oeste;Este)
70%
G-Nível 1 (Norte)
80%
90%
G-Nível 2
100% (Sul;Oeste;Este)
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.34 – Modelação com curvas de Gompertz traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa - plástica”
e “orientação solar”.
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30% Nível 1 (Norte)
40%
50% Nível 2
(Sul;Oeste;Este)
60%
70% P-Nível 1 (Norte)
80%
90% P-Nível 2
(Sul;Oeste;Este)
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.35 – Modelação com curvas Potenciais traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa - plástica” e
“orientação solar”.
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30%
Nível 1 (Norte)
40%
50%
Nível 2
60% (Sul;Oeste;Este)
70% W-Nível 1
80% (Norte)
90% W-Nível 2
100% (Sul;Oeste;Este)
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.36 – Modelação com curvas de Weibull traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa - plástica” e
“orientação solar”.
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 4
Quadro A4.25 – Equações das curvas de degradação obtidas por aplicação conjugada dos factores “textura da película: lisa -
óleo” e “orientação solar”
`
Nível 2 = b,_UbbT VW,W`Wgf
[ = 4,14672 ] L,e8Tee
=1− bU,S^U8L
Quadro A4.26 – Valores de EQM obtidos no ajuste das curvas de degradação com a aplicação conjugada dos factores
“Textura da película – lisa - óleo” e “orientação solar”
Gompertz 38,07 × 10 L
81,51 119,58
Weibull 64,63 × 10 L
96,05 160,68
Gompertz 35,55 × 10 L
160,50 196,05
Weibull 54,95 × 10 L
232,30 287,25
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexo 4 Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas
0%
10%
retenção da sujidade (%) 20% Nível 1 (Norte)
30%
40% Nível 2
50% (Sul;Oeste;Este)
60%
G-Nível 1
70% (Norte)
80%
G-Nível 2
90%
(Sul;Oeste;Este)
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.37 – Modelação com curvas de Gompertz traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa - óleo” e
“orientação solar”.
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30% Nível 1 (Norte)
40%
50% Nível 2
(Sul;Oeste;Este)
60%
70% P-Nível 1 (Norte)
80%
90% P-Nível 2
(Sul;Oeste;Este)
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.38 – Modelação com curvas Potenciais traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa - óleo” e
“orientação solar”.
0%
10%
retenção da sujidade (%)
20%
30% Nível 1 (Norte)
40%
50% Nível 2
60% (Sul;Oeste;Este)
70% W-Nível 1
(Norte)
80%
W-Nível 2
90%
(Sul;Oeste;Este)
100%
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade da pintura (anos)
Figura A4.39 – Modelação com curvas de Weibull traduzindo a influência da combinação “textura da película: lisa - óleo” e
“orientação solar”.
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas Anexo 4
MODELOS DE GESTÃO DA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Anexo 4 Influência de factores de degradação no aparecimento de manchas nas fachadas