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TEORIA DO DUPLO ESTATUTO

A Teoria do duplo estatuto dos tratados dos direitos humanos originou-se


a partir de um julgamento de habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal, esta
corte estabeleceu de forma invariável que estes tratados terão uma tríplice
hierarquia e que dependendo do caso possuirão força de norma constitucional,
de norma supra legal e de lei ordinária. Terá força de Norma constitucional se
aprovado obedecendo ao exposto no art. 5º, § 3º da CF de 1988 que exige
aprovação em dois turnos nas duas casas legislativas por 3/5 dos membros,
desta forma tornam-se equivalentes às emendas constitucionais; De Norma
Supra Legal quando estes tratados forem aprovados pelas duas casas do
Congresso Nacional sem que se leve em consideração o exposto art. 5º, § 3º
da CF de 1988; Força de Lei ordinária quando tais Tratados Internacionais não
versarem sobre Direitos Humanos.
No caso específico do julgamento de habeas corpus a decisão do STF
afronta o inciso LXVII do art. 5º da CF que prevê a prisão de depositário infiel, tal
decisão em meu entendimento é de competência do Congresso Nacional a quem
cabe legislar e propor emendas à Constituição quando achar que estas são
necessárias. Uma intromissão direta do Judiciário ao poder Legislativo. Mais
uma dentre as várias “brechas jurídicas” que transformam o Brasil num país que
deixa muitos crimes sem a devida punição. Se nossos legisladores eleitos pelo
povo prescreveram a provaram que na punição de tal crime cabe a prisão cabe
ao um colegiado de juízes nomeados acatar a vontade popular e fazer cumprir a
Lei, isso gera como foi dito a afronta, a insegurança jurídica e ameaça a
soberania nacional.

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