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Autor
João Carlos Rodrigues da Silva
exPediente
DIREÇÃO GERAL: PROF. ME. CLÁUDIO FERREIRA BASTOS
DIREÇÃO GERAL ADMINISTRATIVA: PROF. DR. RAFAEL RABELO BASTOS
DIREÇÃO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: PROF. DR. CLÁUDIO RABELO BASTOS
DIREÇÃO ACADÊMICA: PROF. DR. VALDIR ALVES DE GODOY
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: PROFA. ESP. MARIA ALICE DUARTE GURGEL SOARES
COORDENAÇÃO NEAD: PROFA. ME. LUCIANA RODRIGUES RAMOS DUARTE
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zação escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedidos para tal autorização, especificando a extensão do
que se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão ser dirigidos à Direção.
Seja bem-vindo!
Caro Estudante,
Este material didático foi produzido para você, que demonstra interesse
pela linguagem, pelo uso da língua portuguesa, ferramenta importante no dia a
dia, tanto na interação pessoal quanto na profissional dentro de uma empresa.
Aliás, talvez a mais importante, pois é pela linguagem que você se situa no mundo,
expressa suas ideias, vontades, desejos e constrói sua identidade.
Outro ponto importante a ser destacado é mais prático: você vai aprender
as nuances das regras da norma culta, as quais são exigidas nas mais diferentes
situações da vida social, como em questões de concursos e em entrevistas para
emprego. Então, diante dos desafios do uso da própria língua, costuma-se dizer
que a pessoa não sabe falar o português, quando, na realidade, ela domina e utili-
za apenas uma de suas variantes: a coloquial.
UNIDADE 02
CONVENÇÕES DA ESCRITA...........................................................................................23
1. PONTUAÇÃO.................................................................................................................24
1.1. CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS SOBRE OS SINAIS DE PONTUAÇÃO...................24
1.2. O PONTO FINAL.........................................................................................................24
1.3. O PONTO E VÍRGULA................................................................................................25
1.4. A VÍRGULA.................................................................................................................27
2. O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.............................................................................31
2.1. O QUE MUDOU: ACENTUAÇÃO E USO DO HÍFEN.................................................31
2.1.1. MUDANÇAS NO ALFABETO...................................................................................32
2.1.2. TREMA.....................................................................................................................32
2.1.3. MUDANÇAS NAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO....................................................33
2.1.4. USO DO HÍFEN........................................................................................................36
2.2. ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS.............................................................................39
2.2.1. USO DE S E Z..........................................................................................................39
2.2.2 USO DE J E G ..........................................................................................................41
2.2.3. USO DE X E CH.......................................................................................................42
2.2.4. SUBSTANTIVOS GRAFADOS COM Ç, SS OU S DERIVADOS DE VERBOS.......43
2.2.5. USO DE E E DE I EM TERMINAÇÕES VERBAIS ..................................................44
2.2.6. PALAVRAS HOMÔNIMAS E PARÔNIMAS.............................................................44
2.2.7. USO E GRAFIA DOS PORQUÊS............................................................................46
REFERÊNCIAS..................................................................................................................47
UNIDADE 03
GRAMÁTICA E PRODUÇÃO TEXTUAL............................................................................49
1. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL: USOS MAIS FREQUENTES......................50
1.1. CONCORDÂNCIA VERBAL........................................................................................50
1.1.1. OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA VERBAL.................................................54
1.2. CONCORDÂNCIA NOMINAL......................................................................................57
1.2.1. ADJETIVO REFERENTE A VÁRIOS SUBSTANTIVOS..........................................58
1.3. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL: USOS MAIS FREQUENTES..............................62
1.3.1. REGÊNCIA NOMINAL ............................................................................................63
1.3.2. REGÊNCIA VERBAL E SIGNIFICAÇÃO DOS VERBOS.........................................64
1.3.3. COMPLEMENTOS COMUNS A MAIS DE UM VERBO...........................................65
1.3.4. REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS.........................................................................65
1.3.5. VERBOS INDICATIVOS DE MOVIMENTO X VERBOS DE PERMANÊNCIA.........72
1.4. EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE.......................................................74
1.4.1. USO OBRIGATÓRIO DA CRASE............................................................................76
1.4.2. NÃO HÁ USO DE CRASE........................................................................................77
1.4.3. CASOS ESPECIAIS DE USO DA CRASE...............................................................80
1.4.4. CASOS DE USO FACULTATIVO............................................................................81
REFERÊNCIAS..................................................................................................................83
UNIDADE 04
PRODUZINDO OS GÊNEROS TEXTUAIS DA ESFERA ADMINISTRATIVA
1. TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS....................................................................................86
1.1. A DIVERSIDADE DE GÊNEROS................................................................................87
1.2. SEQUÊNCIAS TEXTUAIS: NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO, EXPOSIÇÃO,
ARGUMENTAÇÃO E INJUNÇÃO...............................................................................88
1.2.1. NARRATIVA.............................................................................................................89
1.2.2. DESCRITIVA............................................................................................................90
1.2.3. EXPOSITIVA............................................................................................................90
1.2.4. ARGUMENTATIVA...................................................................................................91
1.2.5. INJUNTIVA...............................................................................................................91
1.3. GÊNEROS E FUNÇÕES: APELATIVO, INFORMATIVO,
EXPRESSIVO, POÉTICO, METALINGUÍSTICO E FÁTICO.......................................92
1.3.1. FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA..........................................................93
1.3.2. FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA...................................................................94
1.3.3. FUNÇÃO APELATIVA OU CONATIVA....................................................................94
1.3.4. FUNÇÃO POÉTICA..................................................................................................94
1.3.5. FUNÇÃO FÁTICA.....................................................................................................94
1.3.6. FUNÇÃO METALINGUÍSTICA.................................................................................95
2. GÊNEROS OFICIAIS E COMERCIAIS..........................................................................95
2.1. CRITÉRIOS DE DISTINÇÃO ENTRE GÊNEROS OFICIAIS E COMERCIAIS...........97
2.2. OS GÊNEROS OFICIAIS NO MANUAL DE REDAÇÃO DA
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.................................................................................98
2.3. OS GÊNEROS EMPREGADOS NA INDÚSTRIA E NO COMÉRCIO.......................106
2.3.1. MEMORANDO CIRCULAR....................................................................................106
2.3.2. OFÍCIO...................................................................................................................107
2.3.3. CARTA COMERCIAL.............................................................................................110
2.3.4. ATA.........................................................................................................................112
2.3.5. E-MAIL....................................................................................................................113
2.3.6. CURRICULUM VITAE............................................................................................114
2.3.7. REQUERIMENTO..................................................................................................116
2.3.8. DECLARAÇÃO.......................................................................................................116
REFERÊNCIAS................................................................................................................118
MATERIAL COMPLEMENTAR:
A CONTRIBUIÇÃO DA COMUNICAÇÃO INTERNA NA MOTIVAÇÃO DOS
COLABORADORES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA PORTO
FREIRE ENGENHARIA....................................................................................................119
Uni
Bons estudos!
Objetivos de aprendizagem
COMUNICAÇÃO OFICIAL 9
1. Linguística e gramática
Durante sua vida escolar, constituída pelos ensinos básico, fundamental
e médio, você ouviu falar em gramática. Não só ouviu falar, como muito estudou.
Nas seções a seguir, você verá os dois conceitos, onde convergem, divergem e
quais as consequências do seu uso cotidiano da vida social.
Mas será que sempre foi assim? Será que sempre existiram os três tipos?
10 COMUNICAÇÃO OFICIAL
1.1. Linguística e gramática ontem e hoje
Note que nem sempre os estudiosos se deram conta de que havia no
mínimo essas três possibilidades de entendimento do que seria a gramática. No
princípio, o tipo de gramática predominante foi o primeiro: a gramática normativa;
esta remonta à Grécia. Depois foi acatado pelos estudiosos de Roma até chegar
a nós, brasileiros, por intermédio de autores portugueses, que se basearam nos
autores romanos. Como você pode perceber, a história do desenvolvimento da
gramática tem uma tradição, que só veio a ser um pouco quebrada com o surgi-
mento da ciência da linguagem: a Linguística.
Fique atento
Fique atento
O status da pessoa com quem você fala pode trazer grandes diferenças no
uso das formas e recursos da língua. Empregam-se formas ou pronúncias e tom de
voz que demonstram respeito especial à pessoa a quem você se dirige.
Nas seções anteriores, algumas vezes, você viu que a fala e a escrita foram
mencionadas. Você sabe que são diferentes. Mas em que exatamente consiste
essa diferença?
Há todo um conjunto de fatores que distinguem fala e escrita, mas,
antes de tudo, é preciso deixar claro que não é verdadeira a afirmativa de que a
fala seria informal e a escrita seria formal. Primeiro, cada uma apresenta um con-
12 COMUNICAÇÃO OFICIAL
junto próprio de variedades de grau de formalismo. A língua falada pode variar,
por exemplo, do modo mais formal (em um discurso de conclusão de curso) até
o mais informal (nas conversas com os amigos em um bar). Da mesma forma, a
língua escrita pode variar do mais formal (na escrita de uma redação para con-
curso) até o mais informal (nas comunicações pessoais por e-mail).
FALA ESCRITA
Repetitiva Condensada
Não-planejada Planejada
Imprecisa Precisa
Fragmentada Não-fragmentada
Predominância de frases curtas, simples ou coordenadas. Predominância de frases complexas, com subordinação.
2. Variação linguística
Aparentemente, a língua portuguesa falada no Brasil é uma só, uma vez
que, todo brasileiro é capaz de percorrer o país de norte a sul, leste a oeste e, du-
rante essa viagem, pode se comunicar sem maiores problemas com todo e qualquer
brasileiro que encontre pelo caminho. Mas, se você estudar mais a fundo, verá que
não é bem isso. Há variações (ou variantes linguísticas) na língua portuguesa, que
dependem de vários fatores. É sobre essa constatação que trataremos a seguir.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 13
2.1. As variações linguísticas
Você pode perceber claramente diferenças no falar de brasileiros oriundos
de diversas partes do Brasil. Por exemplo, nos seus contatos com outras pessoas,
você pode detectar rapidamente se o falante é de São Paulo, Rio de Janeiro ou
Salvador. As diferenças começam pela entonação/pronúncia, passam pela me-
lodia e pela tonicidade e se estendem ao léxico (ou vocabulário) que o falante
usa. Assim, o termo para designar um pequeno inseto hematófago que, à noite,
principalmente, voa emitindo um zumbido agudo e que nos pica, varia, conforme
o dicionário Houaiss, entre bicuda, carapaná, carapanã, fincão, fincudo, meruço-
ca, moroçoca, mosquito-pernilongo, muriçoca, muruçoca, perereca, pernilongo e
sovela. O uso de uma ou outra palavra vai depender do lugar, configurando a
variação geográfica ou variação diatópica. Além dessa variação, temos as varia-
ções diacrônica (histórica), diastrática (social), diamésica (relativa ao uso oral e
escrito) e diafásica (registro). Vejamos cada uma delas.
• Classe social: pertencer à classe “alta, média ou baixa” pode influir na fala. Por
exemplo, blusa e brusa; globo e grobo.
• Idade: pessoas idosas tendem a utilizar vocabulário diferente do vocabulário
das mais jovens.
• Sexo: homens e mulheres tendem a utilizar vocábulos específicos em dada
situação discursiva ou utilizar recursos típicos. Por exemplo, mulheres tendem a
alongar vogais (vestido maravilhoooooooso) e a usar mais adjetivos no diminutivo
(bonitinho, gostosinho, vermelhinho).
• Profissão: determinados profissionais utilizam expressões típicas de seu métier.
Por exemplo: policiais, médicos, advogados, professores etc. (esse uso típico é
chamado de jargão).
? ?
Curiosidade
COMUNICAÇÃO OFICIAL 15
A variação diamésica é aquela relativa ao uso da fala e da escrita em dife-
rentes contextos sociais. Você já leu algumas diferenças entre a fala e a escrita,
e a variação diamésica opera justamente no controle que o falante faz daque-
las diferenças no momento da comunicação. Por exemplo, uma secretária, com
curso superior, pode chegar a uma lanchonete e dizer: “me vê aí um cafezim!”.
Depois, no escritório, ela pode dizer: “dona Rute, por favor, traga um cafezinho
para o Dr. Arnaldo”, ou escrever: “Sr. Arnaldo, enviei-lhe os relatórios”. Esses dois
usos demonstram o domínio das diferenças das características das modalidades
oral e escrita.
Pratique
16 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Fique atento
Pratique
2. O que vem a ser a norma culta?
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e
colega, na sala virtual.
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COMUNICAÇÃO OFICIAL 17
Veja o que Sírio Possenti, professor da Unicamp, respondeu quando lhe perguntaram: O
que propõem os linguistas quando afirmam que não existe o “português mais certo ou mais errado”?
Os linguistas separam uma avaliação de fatos linguísticos considerando apenas as
regras que regem qualquer variedade de qualquer língua e uma avaliação que a “sociedade”
faz de cada uma dessas variedades. Por exemplo, considerando apenas os fatos, o que se ouve,
verifica-se que formas como os livro e 10 real seguem uma regra, isto é, são construções regulares:
esta gramática marca com o “s” de plural apenas o primeiro elemento- (se -forem três ou quatro,
isso dependerá de quais eles são: os meus livro é bem mais provável do que os meu livro; mas
meus livro verde é previsível). O linguista também sabe que há outra gramática do português,
que segue outra regra: marca com “s” todos os elementos da sequência: os livros, os meus livros,
meus livros verdes. Para um linguista, o conceito de certo e errado não tem sentido (seria como
um botânico achar que uma planta está errada). Para ele, a questão é quais são as regras em
cada caso. E ele pode comparar esses dados com os de outras línguas. Verificará, por exemplo,
que o inglês segue uma regra diferente, marcando apenas o nome, não importa o lugar dele na
sequência: the books ou the green and blue books (cuja “tradução” literal seria os verde e azul
livros). Em nenhuma variedade do português se diz o ovos ou o livros. Mas o linguista também sabe
que a sociedade em que se fala esta língua faz uma avaliação das diferentes formas e considera
algumas delas erradas (e até feias) e outras corretas. Ele tentará compreender a que se deve essa
avaliação. Quase sempre há uma explicação ligada aos grupos sociais (capital, cidade importante
culturalmente, sede da corte etc.) ou aos campos em que se fala ou escreve. A literatura aceita
mais variedades do que a ciência. Os jornais aceitarão mais ou menos variedades, conforme se
pretendam mais ou menos populares. As noções de certo e errado têm origem na sociedade,
não na estrutura da língua. É certo o que uma comunidade considera certo. E essa avaliação
muda historicamente.
Disponível em: <http://goo.gl/naAIjW>. Acesso em: 14 jan. 2014.
Pratique
3. No seu dia a dia, você deve usar apenas a norma culta? Justifique.
18 COMUNICAÇÃO OFICIAL
2.2. Aspectos a serem considerados na
elaboração de textos orais e escritos
Fique atento
• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tutori@conectada.
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Pratique
4. Qual a variedade linguística adequada para se utilizar durante uma entrevista de
emprego. Justifique.
Pratique
5. Explique o que é sotaque.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 21
Relembre
Referências