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COMUNICAÇÃO OFICIAL

Autor
João Carlos Rodrigues da Silva
exPediente
DIREÇÃO GERAL: PROF. ME. CLÁUDIO FERREIRA BASTOS
DIREÇÃO GERAL ADMINISTRATIVA: PROF. DR. RAFAEL RABELO BASTOS
DIREÇÃO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: PROF. DR. CLÁUDIO RABELO BASTOS
DIREÇÃO ACADÊMICA: PROF. DR. VALDIR ALVES DE GODOY
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: PROFA. ESP. MARIA ALICE DUARTE GURGEL SOARES
COORDENAÇÃO NEAD: PROFA. ME. LUCIANA RODRIGUES RAMOS DUARTE

ficha tÉcnica

autoria: JOÃO CARLOS RODRIGUES DA SILVA


design instrucionaL: JOÃO PAULO SOUZA CORREIA
ProJeto gráfico e diagramação: FRANCISCO CLEUSON DO N. ALVES /
LUCIANA RODRIGUES R. DUARTE
caPa e tratamento de imagens: FRANCISCO CLEUSON DO N. ALVES /
autoria de materiaL comPLementar: GISELLY BEZERRA PEREIRA /
ISABELA OLIVEIRA MARTINS / MARIA ANTÔNIA DO SOCORRO RABELO ARAÚJO
reVisão tÉcnica: SILVIA BARBOSA CORREIA / FRANCISCA ANDRA SILVA OLIVEIRA
reVisão metodoLÓgica: MARIA ESTELA APARECIDA GIRO
reVisão ortográfica: KAREN BOMFIM HYPPOLITO /
SORAIA PEREIRA JORGE DE SOUSA VASCONCELOS

ficha cataLográfica

Índice para Catálogo Sistemático


1. Educação Ensino Superior I. Título

FATE : Faculdade Ateneu. Educação superior – graduação e pós-graduação. 1. ed.


Fortaleza, 2017.
ISBN 978-85-64026-38-4
Para alunos de ensino a distância – EAD.

1. Educação Superior I. Título

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou parcialmente, por
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zação escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedidos para tal autorização, especificando a extensão do
que se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão ser dirigidos à Direção.
Seja bem-vindo!
Caro Estudante,

Este material didático foi produzido para você, que demonstra interesse
pela linguagem, pelo uso da língua portuguesa, ferramenta importante no dia a
dia, tanto na interação pessoal quanto na profissional dentro de uma empresa.
Aliás, talvez a mais importante, pois é pela linguagem que você se situa no mundo,
expressa suas ideias, vontades, desejos e constrói sua identidade.

Outro ponto importante a ser destacado é mais prático: você vai aprender
as nuances das regras da norma culta, as quais são exigidas nas mais diferentes
situações da vida social, como em questões de concursos e em entrevistas para
emprego. Então, diante dos desafios do uso da própria língua, costuma-se dizer
que a pessoa não sabe falar o português, quando, na realidade, ela domina e utili-
za apenas uma de suas variantes: a coloquial.

O objetivo geral desta disciplina consiste em levar o estudante a aplicar


adequadamente os múltiplos recursos disponibilizados pela língua na leitura, pro-
dução e oralização dos gêneros textuais afeitos às atividades do administrador,
em dada situação comunicativa. Espera-se que você esteja apto a dizer que “sabe
português” e, mais do que isso, que sabe empregar as variantes linguísticas nas
distintas situações discursivas, variantes essas materializadas em textos e em
gêneros textuais. Em outras palavras, espero que esta disciplina contribua para
o aprimoramento da sua competência discursiva, que você esteja interessado e
comprometido nessa empreitada. Além disso, consequentemente, possa contribuir
também para o seu sucesso profissional e pessoal.
Sumário
UNIDADE 01
A LINGUÍSTICA E UM NOVO PONTO DE VISTA SOBRE O USO DA LÍNGUA................9
1. LINGUÍSTICA E GRAMÁTICA.......................................................................................10
1.1. LINGUÍSTICA E GRAMÁTICA ONTEM E HOJE........................................................11
1.2. PRESCRIÇÃO E USO COTIDIANO DA LÍNGUA.......................................................11
1.3. FALA E ESCRITA........................................................................................................12
2. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA.............................................................................................13
2.1. AS VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS................................................................................14
2.2. ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA ELABORAÇÃO
DE TEXTOS ORAIS E ESCRITOS....................................................................................19
REFERÊNCIAS..................................................................................................................22

UNIDADE 02
CONVENÇÕES DA ESCRITA...........................................................................................23
1. PONTUAÇÃO.................................................................................................................24
1.1. CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS SOBRE OS SINAIS DE PONTUAÇÃO...................24
1.2. O PONTO FINAL.........................................................................................................24
1.3. O PONTO E VÍRGULA................................................................................................25
1.4. A VÍRGULA.................................................................................................................27
2. O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.............................................................................31
2.1. O QUE MUDOU: ACENTUAÇÃO E USO DO HÍFEN.................................................31
2.1.1. MUDANÇAS NO ALFABETO...................................................................................32
2.1.2. TREMA.....................................................................................................................32
2.1.3. MUDANÇAS NAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO....................................................33
2.1.4. USO DO HÍFEN........................................................................................................36
2.2. ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS.............................................................................39
2.2.1. USO DE S E Z..........................................................................................................39
2.2.2 USO DE J E G ..........................................................................................................41
2.2.3. USO DE X E CH.......................................................................................................42
2.2.4. SUBSTANTIVOS GRAFADOS COM Ç, SS OU S DERIVADOS DE VERBOS.......43
2.2.5. USO DE E E DE I EM TERMINAÇÕES VERBAIS ..................................................44
2.2.6. PALAVRAS HOMÔNIMAS E PARÔNIMAS.............................................................44
2.2.7. USO E GRAFIA DOS PORQUÊS............................................................................46
REFERÊNCIAS..................................................................................................................47

UNIDADE 03
GRAMÁTICA E PRODUÇÃO TEXTUAL............................................................................49
1. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL: USOS MAIS FREQUENTES......................50
1.1. CONCORDÂNCIA VERBAL........................................................................................50
1.1.1. OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA VERBAL.................................................54
1.2. CONCORDÂNCIA NOMINAL......................................................................................57
1.2.1. ADJETIVO REFERENTE A VÁRIOS SUBSTANTIVOS..........................................58
1.3. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL: USOS MAIS FREQUENTES..............................62
1.3.1. REGÊNCIA NOMINAL ............................................................................................63
1.3.2. REGÊNCIA VERBAL E SIGNIFICAÇÃO DOS VERBOS.........................................64
1.3.3. COMPLEMENTOS COMUNS A MAIS DE UM VERBO...........................................65
1.3.4. REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS.........................................................................65
1.3.5. VERBOS INDICATIVOS DE MOVIMENTO X VERBOS DE PERMANÊNCIA.........72
1.4. EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE.......................................................74
1.4.1. USO OBRIGATÓRIO DA CRASE............................................................................76
1.4.2. NÃO HÁ USO DE CRASE........................................................................................77
1.4.3. CASOS ESPECIAIS DE USO DA CRASE...............................................................80
1.4.4. CASOS DE USO FACULTATIVO............................................................................81
REFERÊNCIAS..................................................................................................................83

UNIDADE 04
PRODUZINDO OS GÊNEROS TEXTUAIS DA ESFERA ADMINISTRATIVA
1. TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS....................................................................................86
1.1. A DIVERSIDADE DE GÊNEROS................................................................................87
1.2. SEQUÊNCIAS TEXTUAIS: NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO, EXPOSIÇÃO,
ARGUMENTAÇÃO E INJUNÇÃO...............................................................................88
1.2.1. NARRATIVA.............................................................................................................89
1.2.2. DESCRITIVA............................................................................................................90
1.2.3. EXPOSITIVA............................................................................................................90
1.2.4. ARGUMENTATIVA...................................................................................................91
1.2.5. INJUNTIVA...............................................................................................................91
1.3. GÊNEROS E FUNÇÕES: APELATIVO, INFORMATIVO,
EXPRESSIVO, POÉTICO, METALINGUÍSTICO E FÁTICO.......................................92
1.3.1. FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA..........................................................93
1.3.2. FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA...................................................................94
1.3.3. FUNÇÃO APELATIVA OU CONATIVA....................................................................94
1.3.4. FUNÇÃO POÉTICA..................................................................................................94
1.3.5. FUNÇÃO FÁTICA.....................................................................................................94
1.3.6. FUNÇÃO METALINGUÍSTICA.................................................................................95
2. GÊNEROS OFICIAIS E COMERCIAIS..........................................................................95
2.1. CRITÉRIOS DE DISTINÇÃO ENTRE GÊNEROS OFICIAIS E COMERCIAIS...........97
2.2. OS GÊNEROS OFICIAIS NO MANUAL DE REDAÇÃO DA
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.................................................................................98
2.3. OS GÊNEROS EMPREGADOS NA INDÚSTRIA E NO COMÉRCIO.......................106
2.3.1. MEMORANDO CIRCULAR....................................................................................106
2.3.2. OFÍCIO...................................................................................................................107
2.3.3. CARTA COMERCIAL.............................................................................................110
2.3.4. ATA.........................................................................................................................112
2.3.5. E-MAIL....................................................................................................................113
2.3.6. CURRICULUM VITAE............................................................................................114
2.3.7. REQUERIMENTO..................................................................................................116
2.3.8. DECLARAÇÃO.......................................................................................................116
REFERÊNCIAS................................................................................................................118

MATERIAL COMPLEMENTAR:
A CONTRIBUIÇÃO DA COMUNICAÇÃO INTERNA NA MOTIVAÇÃO DOS
COLABORADORES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA PORTO
FREIRE ENGENHARIA....................................................................................................119
Uni

a Linguística e um noVo Ponto de


Vista sobre o uso da Língua
Apresentação

De agora em diante, você entrará no mundo da comunicação voltada es-


pecialmente para a produção de textos que circulam nas esferas administrativa
privada e pública. Mas, antes disso, é preciso que você domine alguns conceitos
básicos a respeito da língua e também reveja assuntos importantes da gramática
da língua portuguesa. Tais assuntos são necessários para que você possa produ-
zir com correção os documentos que circulam no dia a dia de uma empresa.

Assim sendo, nesta primeira unidade, você estudará os conceitos de linguísti-


ca, gramática, variação, norma, fala, escrita, dentre outros, os quais são importantes
para o entendimento da complexidade do uso da língua portuguesa, ou seja, esses
conceitos colaboram para que você consiga adequar a linguagem à situação comuni-
cativa, levando em conta os recursos linguísticos disponibilizados pela própria língua.

Bons estudos!

Objetivos de aprendizagem

• Distinguir Linguística de Gramática;


• Conceituar língua, linguagem e fala;
• Reconhecer as diversidades de uso da língua em uma situação comunicativa;
• Adequar a linguagem à situação comunicativa, levando em conta os recursos
linguísticos disponibilizados pela língua;
• Compreender as diferenças entre a oralidade e a escrita.

COMUNICAÇÃO OFICIAL 9
1. Linguística e gramática
Durante sua vida escolar, constituída pelos ensinos básico, fundamental
e médio, você ouviu falar em gramática. Não só ouviu falar, como muito estudou.
Nas seções a seguir, você verá os dois conceitos, onde convergem, divergem e
quais as consequências do seu uso cotidiano da vida social.

Note que existem basicamente três concepções para o termo Gramática.


A primeira, mais conhecida e difundida, entende que a gramática é uma espécie
de manual que traz as regras para o correto uso da língua pelos falantes, seja
na modalidade falada ou na escrita. Essa concepção é chamada de gramática
normativa. Em termos técnicos, a gramática é o conjunto sistemático de normas
do bem falar e escrever estabelecidas por especialistas com base nas obras dos
grandes autores da literatura. Assim entendida, somente a norma padrão segue a
gramática, pois a variante culta sofre variação, mas é aceita socialmente porque
está na fala dos falantes das altas camadas sociais. Todas as demais variantes
estariam fora do padrão e seriam consideradas como desvios, erros, deformações,
degenerações, etc. Desse ponto de vista, vem a noção de “falar e escrever errado”
(TRAVAGLIA, 1997).

Já a segunda concepção entende que gramática apresenta a descrição


da estrutura e do funcionamento da língua, de sua forma e de sua função. Nesse
sentido, a gramática pode ser definida, então, como um conjunto de regras que
o cientista da linguagem constata nos dados de fala e escrita que analisa com
base em uma teoria e em um método. Assim, essa concepção busca descrever
os fatos da língua, sem julgá-los como certos ou errados. Por isso, entenda que
uma frase gramatical seria aquela que segue as regras de funcionamento da
língua segundo uma dada variante linguística. Essa concepção é denominada
de gramática descritiva.

A terceira concepção vai revelar que a gramática é o conjunto das regras


que você, falante de uma língua, de fato aprendeu durante sua existência, as quais
você usa quando fala ou escreve. Nesse caso, para saber gramática não precisa ir
à escola, porque o aprendizado gramatical ocorre em decorrência das interações
sociais e das inúmeras situações sociodiscursivas no seu dia a dia. A esta concepção
dá-se o nome de gramática internalizada (TRAVAGLIA, 1997).

Mas será que sempre foi assim? Será que sempre existiram os três tipos?
10 COMUNICAÇÃO OFICIAL
1.1. Linguística e gramática ontem e hoje
Note que nem sempre os estudiosos se deram conta de que havia no
mínimo essas três possibilidades de entendimento do que seria a gramática. No
princípio, o tipo de gramática predominante foi o primeiro: a gramática normativa;
esta remonta à Grécia. Depois foi acatado pelos estudiosos de Roma até chegar
a nós, brasileiros, por intermédio de autores portugueses, que se basearam nos
autores romanos. Como você pode perceber, a história do desenvolvimento da
gramática tem uma tradição, que só veio a ser um pouco quebrada com o surgi-
mento da ciência da linguagem: a Linguística.

Fique atento

Mas você sabe o que é Linguística e o que ela defende?


Para responder a essa pergunta, você precisaria de um livro inteiro, mas,
por enquanto, contente-se com uma síntese. A linguística, compreendida em
termos gerais como a ciência que estuda a linguagem verbal humana sob distintos
enfoques, desenvolveu-se principalmente a partir do século XIX e, ao contrário da
gramática, não é normativa, ou seja, não tem por objetivo prescrever como se deve
dizer (CÂMARA JR., 1964).

A Linguística é principalmente descritiva e explicativa (tem por objetivo


dizer o que a língua é e por que é assim). Assim como um engenheiro químico não
afirma que uma reação é certa ou errada, um biólogo não diz que uma espécie não era
para existir ou que ela não é bonita, um astrônomo não classifica os corpos celestes
em bons e maus, um linguista não condena certas formas de falar, não afirma que são
inexistentes nem prescreve e nem prescreve como se deve falar, mas busca descrever
e explicar as construções, as formas encontradas nos dados oferecidos pela língua.
Essa é, em síntese, a ciência da linguagem (TRAVAGLIA, 1997).

1.2. Prescrição e uso cotidiano da língua


Como você observou, a gramática normativa baseia-se mais nos dados co-
lhidos nas fontes escritas e dá pouca importância aos dados oriundos da oralidade.
Esse tipo de gramática apresenta, ao lado da descrição dos fatos da língua, as nor-
mas e regras que todos os falantes e escritores devem seguir para falar e escrever
corretamente, ou seja, dita como se deve falar ou não, como se deve escrever ou
COMUNICAÇÃO OFICIAL 11
não. Trata-se, assim, de uma espécie de lei que regula o uso da língua portuguesa
pelos seus usuários. As regras que afetam a fala e a escrita são redigidas, por
exemplo, sob a forma de frases imperativas ou afirmativas (TRAVAGLIA, 1997):

• “Não se deve iniciar frase com pronome oblíquo átono”


• “O verbo deve concordar em número e pessoa com o sujeito”
• “Usa-se vírgula antes da conjunção coordenativa mas”

Em vista dessas e das demais regras, todo falante ou produtor de texto


deve ficar atento ao que prescreve a gramática normativa. Ela continua a ser parâ-
metro para as atividades de fala e de escrita. Veja, por exemplo, o caso dos con-
cursos públicos. Nesses certames, as provas de língua portuguesa e redação
exigem que o candidato responda as questões com base nas regras da gramática
normativa. Por isso, é importante que você tenha conhecimento e aplique as regras
da gramática normativa tanto na fala quanto na escrita.

Em outras situações comunicativas, no entanto, tais regras não precisam


ser seguidas à risca (e nem são). É o caso, por exemplo, das conversas informais
(na sala da casa, com seus colegas por telefone, no bate-papo na Internet) e das
mensagens trocadas entre amigos via e-mail ou celular.

Fique atento

O status da pessoa com quem você fala pode trazer grandes diferenças no
uso das formas e recursos da língua. Empregam-se formas ou pronúncias e tom de
voz que demonstram respeito especial à pessoa a quem você se dirige.

1.3. Fala e escrita

Nas seções anteriores, algumas vezes, você viu que a fala e a escrita foram
mencionadas. Você sabe que são diferentes. Mas em que exatamente consiste
essa diferença?
Há todo um conjunto de fatores que distinguem fala e escrita, mas,
antes de tudo, é preciso deixar claro que não é verdadeira a afirmativa de que a
fala seria informal e a escrita seria formal. Primeiro, cada uma apresenta um con-
12 COMUNICAÇÃO OFICIAL
junto próprio de variedades de grau de formalismo. A língua falada pode variar,
por exemplo, do modo mais formal (em um discurso de conclusão de curso) até
o mais informal (nas conversas com os amigos em um bar). Da mesma forma, a
língua escrita pode variar do mais formal (na escrita de uma redação para con-
curso) até o mais informal (nas comunicações pessoais por e-mail).

Veja o quadro a seguir, que sintetiza algumas diferenças entre elas:

Quadro 1 – Distinções entre a fala e a escrita

FALA ESCRITA

Dependente do contexto Independente do contexto

Repetitiva Condensada

Não-planejada Planejada

Imprecisa Precisa

Fragmentada Não-fragmentada

Pouco elaborada Elaborada

Predominância de frases curtas, simples ou coordenadas. Predominância de frases complexas, com subordinação.

Fonte: Adaptado de TERRA, 2013, p. 37.

Lembre-se que essas distinções partem de uma divisão do fenômeno co-


municativo em apenas duas partes (por isso, chamada visão dicotômica). Tal visão
bipartite não representa fielmente o que acontece na realidade, mas para os seus
propósitos é suficiente.

2. Variação linguística
Aparentemente, a língua portuguesa falada no Brasil é uma só, uma vez
que, todo brasileiro é capaz de percorrer o país de norte a sul, leste a oeste e, du-
rante essa viagem, pode se comunicar sem maiores problemas com todo e qualquer
brasileiro que encontre pelo caminho. Mas, se você estudar mais a fundo, verá que
não é bem isso. Há variações (ou variantes linguísticas) na língua portuguesa, que
dependem de vários fatores. É sobre essa constatação que trataremos a seguir.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 13
2.1. As variações linguísticas
Você pode perceber claramente diferenças no falar de brasileiros oriundos
de diversas partes do Brasil. Por exemplo, nos seus contatos com outras pessoas,
você pode detectar rapidamente se o falante é de São Paulo, Rio de Janeiro ou
Salvador. As diferenças começam pela entonação/pronúncia, passam pela me-
lodia e pela tonicidade e se estendem ao léxico (ou vocabulário) que o falante
usa. Assim, o termo para designar um pequeno inseto hematófago que, à noite,
principalmente, voa emitindo um zumbido agudo e que nos pica, varia, conforme
o dicionário Houaiss, entre bicuda, carapaná, carapanã, fincão, fincudo, meruço-
ca, moroçoca, mosquito-pernilongo, muriçoca, muruçoca, perereca, pernilongo e
sovela. O uso de uma ou outra palavra vai depender do lugar, configurando a
variação geográfica ou variação diatópica. Além dessa variação, temos as varia-
ções diacrônica (histórica), diastrática (social), diamésica (relativa ao uso oral e
escrito) e diafásica (registro). Vejamos cada uma delas.

A variação diatópica (ou geográfica) pode se estender ao nível fonético,


por exemplo, a pronúncia do fonema /r/ nas palavras carne, porta, trocar por fa-
lantes nativos do Rio de Janeiro e São Paulo. Aquela variação pode se estender
também ao nível morfológico (variante morfológica), como no caso do /r/ no final
de verbos (verbos no infinitivo, por exemplo, andar, que é pronunciado como andá).
Você sabe que esse /r/ é um morfema flexional, ou seja, um morfema que tem como
significado não um referente externo à língua, mas sim uma categoria linguística.
Nesse caso, o significado é: “este verbo está na sua forma infinitiva”. Então, o /r/ em
questão pode ser ou não pronunciado e essas são as variantes. Logo, os falantes
podem dizer andá/andar; fazê/fazer; saí/sair e assim por diante (ALKMIN, 2004).

A variação diafásica (ou registro) é aquela relacionada ao contexto de fala.


Por exemplo, uma mesma pessoa fala para os amigos do trabalho “tô a fim de fazê
um lanche” e fala para os seus supervisores, durante uma reunião, “vou fazer um
lanche”. Nesse caso, se você pensar que essa pessoa “apaga” partes de palavras
quando está em uma situação informal e não apaga quando está em uma situação
de maior formalidade, você tem um caso de variação diafásica. O mesmo pode
ocorrer em relação à escrita: nas comunicações entre amigos pelo WhatsApp, po-
de-se “relaxar” um pouco, mas, nas comunicações em grupos de trabalho, a escrita
deve ser mais formal.
14 COMUNICAÇÃO OFICIAL
A variação diastrática é aquela relativa ao uso da língua pelas diversas
camadas sociais. Ela vai além das diferenças entre a fala das pessoas mais esco-
larizadas e das menos escolarizadas, pois, além do pertencimento a uma classe
social, os seguintes fatores influenciam na forma de falar ou escrever, por exemplo:

• Classe social: pertencer à classe “alta, média ou baixa” pode influir na fala. Por
exemplo, blusa e brusa; globo e grobo.
• Idade: pessoas idosas tendem a utilizar vocabulário diferente do vocabulário
das mais jovens.
• Sexo: homens e mulheres tendem a utilizar vocábulos específicos em dada
situação discursiva ou utilizar recursos típicos. Por exemplo, mulheres tendem a
alongar vogais (vestido maravilhoooooooso) e a usar mais adjetivos no diminutivo
(bonitinho, gostosinho, vermelhinho).
• Profissão: determinados profissionais utilizam expressões típicas de seu métier.
Por exemplo: policiais, médicos, advogados, professores etc. (esse uso típico é
chamado de jargão).

A variação histórica, por sua vez, é um processo de mudança em uma dada


língua que ocorre em dado intervalo de tempo e pode ser identificada ao se com-
parar dois estados de uma mesma língua. O processo de mudança é gradual:
uma variante, inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes, passa a ser
adotada por indivíduos socioeconomicamente mais expressivos. A forma antiga
permanece ainda sendo usada entre as gerações mais velhas, período em que as
duas variantes convivem; porém, com o tempo, a nova variante torna-se normal na
fala, e finalmente consagra-se pelo uso na modalidade escrita. As mudanças po-
dem ser de grafia ou de significado. Observe um trecho de uma crônica de Carlos
Drummond de Andrade em que essa variação é abordada.

? ?

Curiosidade

“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mi-


mosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral
dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando
a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.”

COMUNICAÇÃO OFICIAL 15
A variação diamésica é aquela relativa ao uso da fala e da escrita em dife-
rentes contextos sociais. Você já leu algumas diferenças entre a fala e a escrita,
e a variação diamésica opera justamente no controle que o falante faz daque-
las diferenças no momento da comunicação. Por exemplo, uma secretária, com
curso superior, pode chegar a uma lanchonete e dizer: “me vê aí um cafezim!”.
Depois, no escritório, ela pode dizer: “dona Rute, por favor, traga um cafezinho
para o Dr. Arnaldo”, ou escrever: “Sr. Arnaldo, enviei-lhe os relatórios”. Esses dois
usos demonstram o domínio das diferenças das características das modalidades
oral e escrita.

Por curiosidade, atente que a Sociolinguística é a ciência que estuda os


distintos falares e falantes de uma mesma língua, buscando explicar e descre-
ver como se apresentam as diferenças nos seus modos de falar de acordo com o
lugar em que estão (variação diatópica), de acordo com a situação de fala ou regis-
tro (variação diafásica), de acordo com o nível socioeconômico do falante (variação
diastrática). Portanto, busca-se localizar e descrever, regional e socialmente, os
dialetos de uma língua, ou seja, os diferentes falares que ela pode apresentar.

Pratique

1. Explique em que consistem as variantes linguísticas.

• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e


colega, na sala virtual.
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16 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Fique atento

A diversidade linguística não é um problema, mas uma qualidade constitutiva


do fenômeno linguístico, de uma língua.

Agora que você já conhece as principais variações, surge uma pergunta: e


o que vem a ser a norma culta?
Norma culta, ou língua culta, é aquela convencionalmente considerada
“certa” ou “modelar, é a variedade linguística valorizada pelos falantes que inte-
gram o grupo social de maior prestígio”. Nas aulas, exemplifica-se dizendo que
se trata do “padrão Jornal Nacional”. Nesse noticiário, você pode observar que
os apresentadores não pronunciam o /r/ à maneira do interior de São Paulo nem
“chiam” os /s/ como os cariocas, nem pronunciam o /t/ ou o /d/ como os falantes do
Rio Grande do Norte.
A língua coloquial, por sua vez, considerada uma variante mais espontâ-
nea, é aquela utilizada nas relações informais entre os falantes, com característi-
cas peculiares a cada grupo, região e grau de escolaridade. Já o Registro, como
você viu, consiste na variante escolhida pelo sujeito em cada ato específico de
comunicação, segundo o contexto. Os registros são basicamente dois: o formal e
o informal, segundo o distanciamento requerido pela situação. Entre os dois extre-
mos, conforme você observou, há muitas gradações. Não é, portanto, uma simples
denominação de certo e de errado (ALKMIN, 2004).

Pratique
2. O que vem a ser a norma culta?
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e
colega, na sala virtual.
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COMUNICAÇÃO OFICIAL 17
Veja o que Sírio Possenti, professor da Unicamp, respondeu quando lhe perguntaram: O
que propõem os linguistas quando afirmam que não existe o “português mais certo ou mais errado”?
Os linguistas separam uma avaliação de fatos linguísticos considerando apenas as
regras que regem qualquer variedade de qualquer língua e uma avaliação que a “sociedade”
faz de cada uma dessas variedades. Por exemplo, considerando apenas os fatos, o que se ouve,
verifica-se que formas como os livro e 10 real seguem uma regra, isto é, são construções regulares:
esta gramática marca com o “s” de plural apenas o primeiro elemento- (se -forem três ou quatro,
isso dependerá de quais eles são: os meus livro é bem mais provável do que os meu livro; mas
meus livro verde é previsível). O linguista também sabe que há outra gramática do português,
que segue outra regra: marca com “s” todos os elementos da sequência: os livros, os meus livros,
meus livros verdes. Para um linguista, o conceito de certo e errado não tem sentido (seria como
um botânico achar que uma planta está errada). Para ele, a questão é quais são as regras em
cada caso. E ele pode comparar esses dados com os de outras línguas. Verificará, por exemplo,
que o inglês segue uma regra diferente, marcando apenas o nome, não importa o lugar dele na
sequência: the books ou the green and blue books (cuja “tradução” literal seria os verde e azul
livros). Em nenhuma variedade do português se diz o ovos ou o livros. Mas o linguista também sabe
que a sociedade em que se fala esta língua faz uma avaliação das diferentes formas e considera
algumas delas erradas (e até feias) e outras corretas. Ele tentará compreender a que se deve essa
avaliação. Quase sempre há uma explicação ligada aos grupos sociais (capital, cidade importante
culturalmente, sede da corte etc.) ou aos campos em que se fala ou escreve. A literatura aceita
mais variedades do que a ciência. Os jornais aceitarão mais ou menos variedades, conforme se
pretendam mais ou menos populares. As noções de certo e errado têm origem na sociedade,
não na estrutura da língua. É certo o que uma comunidade considera certo. E essa avaliação
muda historicamente.
Disponível em: <http://goo.gl/naAIjW>. Acesso em: 14 jan. 2014.

Pratique
3. No seu dia a dia, você deve usar apenas a norma culta? Justifique.

• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e


colega, na sala virtual.
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18 COMUNICAÇÃO OFICIAL
2.2. Aspectos a serem considerados na
elaboração de textos orais e escritos

Como você viu, há basicamente dois polos que se opõem em se tratando de


variação. Tais polos são representados pela formalidade e pela informalidade no
uso da língua. Segundo Alkmin (2004), em nossa sociedade, eventos de fala como
conferências, entrevistas de emprego, conversa entre fornecedores e empresários
são geralmente considerados como situações formais, por isso não é adequado,
por exemplo, utilizar gírias nessas ocasiões. É preciso mais formalidade. Por outro
lado, eventos de fala como reunião de amigos no bar, festas e encontros entre
amigos, debate sobre futebol e confraternizações na empresa são considerados
informais. Logo, a variante empregada pelos participantes deve corresponder às
expectativas convencionadas socialmente. Caso o falante não atenda às conven-
ções, corre o risco de ser “punido” como, por exemplo, através de um olhar de
reprovação.

Fique atento

Da mesma forma que existem os eventos que envolvem a fala existem os


eventos que envolve a escrita. Também, nesses casos, o autor deve respeitar o grau
de formalidade exigido pelo contexto social. Escrever um memorando, por exemplo,
exige mais formalidade que um lembrete para ser exposto no quadro de aviso.

Para você adequar sua linguagem às circunstâncias do ato de comunica-


ção, são vários os fatores que, isolados ou combinados, deve observar. A seguir,
observe alguns desses fatores:

• O interlocutor (não se fala do mesmo com o encarregado, com o gerente ou


com o presidente da empresa, nem escreve para eles da mesma forma).
• O assunto (não se fala da morte de uma pessoa amiga do mesmo modo que
se fala de uma partida de futebol, nem se escreve da mesma forma).
• O ambiente (não se fala do mesmo jeito em um templo religioso, em uma reunião
e em um churrasco com amigos).
• A relação falante-ouvinte (não se fala da mesma maneira com um amigo e
com um estranho; ou em uma relação social informal e uma relação formal).
COMUNICAÇÃO OFICIAL 19
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• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tutori@conectada.
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Pratique
4. Qual a variedade linguística adequada para se utilizar durante uma entrevista de
emprego. Justifique.

• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e


colega, na sala virtual.
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Nem todas as variações linguísticas têm o mesmo prestígio social no Bra-


sil. Basta lembrar-se de algumas variações usadas por pessoas de determinadas
classes sociais ou regiões, para perceber que há, às vezes, certo preconceito em re-
lação a elas. Assim, além do português padrão, existem outras variedades de usos
da língua cujos traços mais comuns podem ser vistos a seguir (ALKMIN, 2004):
20 COMUNICAÇÃO OFICIAL
• Uso de “r” pelo “l” em final de sílaba e nos grupos consonantais: pranta/planta;
broco/bloco.
• Alternância de “lh” e “i”: mulhe>muié; velho >véio~véi.
• Tendência a tornar paroxítonas as palavras proparoxítonas: relâmpago > relampo;
árvore >arvre.
• Redução dos ditongos para vogais simples: baixa >baxa; beijo >bêjo.
• Simplificação da concordância: As mina pira, meu!
• Ausênciade concordância verbal quando o sujeito vem depois do verbo: Começou
os descontos.
• Emprego do pronome pessoal reto em função de objeto (e não só de sujeito):
Eu vi ele na loja.
• Assimilação do “ndo” em “no” (dizendo >dizeno) ou do “mb” em “m” (também
>tamém).
• Desnasalização das vogais postônicas: homem > home.
• Supressão do “r” do infinitivo ou de substantivos em “or”: pecar >pecá; amor >amô.
• Simplificação da conjugação verbal: eu amo, você ama, nós ama, eles ama.

Pratique
5. Explique o que é sotaque.

• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e


colega, na sala virtual.
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COMUNICAÇÃO OFICIAL 21
Relembre

Recorde-se que existem, basicamente, três concepções para o termo


gramática: a normativa, a descritiva e a internalizada; e que toda língua possui
variações linguísticas, determinadas a partir da região ou do local onde nasceu e
viveu o falante (geográfica ou variação diatópica), a partir do contexto de fala, ou
seja, da situação comunicativa onde ocorre a comunicação, a partir da mudança
em uma dada língua que ocorre em dado intervalo de tempo (variação histórica).
Além desses fatores, influem nas variações linguísticas: a classe social
do falante, a idade e o sexo. Por fim, para o falante adequar sua linguagem às
circunstâncias do ato de comunicação, são vários os fatores que, isolados ou com-
binados, devem ser observados, a saber: interlocutor, assunto, ambiente, relação
falante-ouvinte.

Referências

ALKMIN, T. Sociolinguística. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. (org.). Introdução à


linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2004. V.1.
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo:
Publifolha, 2008.

CÂMARA JR., J. M. Dicionário de filologia e gramática. 2. ed. São Paulo: J Ozon


Editor, 1964.

HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva,


2012.

TERRA, M. R. Letramento & letramentos: uma perspectiva sócio-cultural dos usos


da escrita. In: D.E.L.T.A., 29:1, 2013, p.29-58.

TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática


no 1o e 2o graus. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1997.
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