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reo14 s022 Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEI N° 43.022, DE 8 AGOSTO DE 2014. Disp6e sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais. A PRESIDENTA DA REPUBLICA Faco saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei CAPITULO | DISPOSIGOES PRELIMINARES, Art. 12 Esta Lei institui normas gerais para as guardas municipais, disciplinando 0 § 8° do ari, 144 da Constituigao Federal, Art. 22 Incumbe as guardas municipais, instituiges de cardter civil, uniformizadas @ armadas conforme previsto em lei, a fungao de prote¢ao municipal preventiva, ressalvadas as competéncias da Unido, dos Estados € do Distrito Federal CAPITULO II DOS PRINCIPIOS ‘Art. 32. Sao principios minimos de atuago das guardas municipais: | - protegao dos direitos humanos fundamentais, do exercicio da cidadania e das liberdades piblicas: Il- presenvagao da vida, redugao do sofrimento e diminuigdo das perdas; Ill patruthamento preventi IV - compromisso com a evolugao social da comunidade; & \V = uso progressive da forga. CAPITULO I DAS COMPETENCIAS Ant. 42 E competéncia geral das guardas municipais a protego de bens, servigos, logradouros piblicos municipais e instalagdes do Municipio. Paragrafo Unico, Os bens mencionados no caput abrangem os de uso comum, os de uso especial e os dominiais Art, 52 Sao competéncias especificas das guardas municipais, respeitadas as competéncias dos érgaos federais ¢ estaduais: | - zelar pelos bens, equipamentos e prédios publicos do Municipio; IL- prevenir e inibi, pela presenca e vigiléncia, bem como coibir, infagdes penais ou administrativas e atos infracionais que atentem contra os bens, senicos ¢ instalagées municipais; Ill - atuar, preventiva e permanentemente, no territério do Municipio, para a protegéo sistémica da populagao que utiliza os bens, servigos e instalagées municipais; bepihwaplaralto govbrccil 08 Atc20tt-2014/20taiL-13022him 115 reo14 s022 IV = colaborar, de forma integrada com os érgos de seguranga publica, em agSes conjuntas que contribuam com a paz social; \V - colaborar com a pacificagao de confltos que seus integrantes presenciarem, atentando para o respeito a0s direitos fundamentais das pessoas; VI- exercer as competéncias de transito que Ihes forem conferidas, nas vias e logradouros municipais, nos termos da Lei n® 9,503, de 23 de setembro de 1997 (Cédigo de Trénsito Brasileiro), ou de forma concorrente, mediante convénio celebrado com érgao de transito estadual ou municipal; VI - proteger 0 patriménio ecolégico, histérico, cultural, arquiteténico e ambiental do Municipio, inclusive adotando medidas educativas e preventivas VIlll- cooperar com os demais orgaos de defesa civil em suas atividades; IX- interagir com a sociedade civil para discussao de solug6es de problemas e projetos locals voltados & melhoria das condigdes de seguranga das comunidades: X - estabelecer parcerias com os érgéios estaduais e da Unido, ou de Municipios vzinhos, por meio da celebragdo de convénios ou consércios, com vistas ao desenvolvimento de agées preventivas integradas; ™ - articularse com os 6rg8os municipais de pollticas socials, visando a adogdo de agdes interdisciplinares de seguranga no Municipio; Xl - integrar-se com os demais érgZos de poder de policia administrativa, isando a contribuir para a normatizagao e a fiscalizagdo das posturas e ordenamento urbano municipal; ill - garantir 0 atendimento de ocoméncias emergenciais, ou presté-lo direta e imediatamente quando deparar-se com elas; XIV - encaminhar ao delegado de policia, diante de flagrante delito, o autor da infrago, presenando o local do crime, quando possivel e sempre que necessario; XV - contribuir no estudo de impacto na seguranga local, conforme plano diretor municipal, por ocasiao da construgao de empreendimentos de grande porte; XVI - desenvolver ages de prevencdo priméria a voléncia, isoladamente ou em conjunto com os demais 6rg4os da prépria municipalidade, de outros Municipios ou das esferas estadual e federal; XVII - auxiliar na seguranga de grandes eventos e na protegao de autoridades e dignatérios; XVIII - atuar mediante agdes preventivas na seguranga escolar, zelando pelo entomo e patticipando de ages educativas com o corpo discente ¢ docente das unidades de ensino municipal, de forma a colaborar com a implantagao da cultura de paz na comunidade local Pardgrafo Unico. No exercicio de suas competéncias, a guarda municipal poderé colaborar ou atuar Conjuntamente com érgaos de seguranga publica da Unido, dos Estados e do Distrito Federal ou de congéneres de Municipios vizinhos e, nas hipéteses previstas nos incisos XIll e XIV deste artigo, diante do comparecimento de érgao descrito nos incisos do caput do art. 144 da Constituicdo Federal, deverd a guarda municipal prestar todo 0 apoio a continuidade do atendimento CAPITULO IV DA CRIAGAO ‘Art. 62 © Municipio pode criar, por lei, sua guarda municipal. Pardgrafo Gnico. A guarda municipal é subordinada ao chefe do Poder Executivo municipal. Art. 72 As guardas municipais ndo poderdo ter efetivo superior a | + 0,4% (quatro décimos por cento) da populagéio, em Municipios com até 50,000 (cinquenta mil) hepihwaplaralto govbrccil_ 081 Atca0tt-2o14i20taiiL-13022him 26 reo14 s022 habitantes; Il - 0,8% (tr8s décimos por cento) da populagao, em Municipios com mais de 0.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, desde que o efetivo néo seja inferior ao disposto no inciso |; Ill - 0,2% (dois décimos por cento) da populagao, em Municipios com mais de 500,000 (quinhentos mil) habitantes, desde que o efetivo no seja inferior ao disposto no inciso Il Paragrafo ‘nico. Se houver redugao da populagao referida em censo ou estimativa oficial da Fundagao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), € garantida a preservagao do efetivo existente, o qual deverd ser ajustado a variagao populacional, nos termos de lei municipal. Art. 82 Municipios limitrofes podem, mediante consércio piblico, utilizar, reciprocamente, os senigos da guarda municipal de maneira compartilhada. Art. 92 A guarda municipal & formada por servdores pUblicos integrantes de carreira Unica e plano de cargos e salarios, conforme disposto em lei municipal. CAPITULO V DAS EXIGENCIAS PARA INVESTIDURA Art. 10. Séo requisitos basicos para investidura em cargo publico na guarda municipal: | - nacionalidade brasileira: II- gozo dos direitos politicos; IIl- quitagao com as obrigagées militares @ eleitorais; IV - nivel médio completo de escolaridade; \V - idade minima de 18 (dezoito) anos; VI- aptidao fisica, mental e psicolégica; & VIl- idoneidade moral comprovada por investigagao social e certidées expedidas perante o Poder Judiciario estadual, federal e distrital Paragrafo Unico. Outros requisitos poderao ser estabelecidos em lei municipal. CAPITULO VI DA CAPACITAGAO Art. 11. © exercicio das atribuigdes dos cargos da guarda municipal requer capacitagao especifica, com matriz curricular compativel com suas atividades. Paragrafo nico. Para fins do disposto no caput, poderé ser adaptada a matriz curricular nacional para formagao em seguranga publica, elaborada pela Secretaria Nacional de Seguranga Publica (Senasp) do Ministerio da Justiga Art. 12. E facultada ao Municipio a criagao de érgo de formagao, treinamento e aperfeigoamento dos integrantes da guarda municipal, tendo como principios norteadores os mencionados no art. 3° § 12 Os Municipios poderao fimar convénios ou consorciar-se, visando ao atendimento do disposto no caput deste artigo. § 22 O Estado podera, mediante convénio com os Municipios interessados, manter érgtio de formagao © aperteigoamento centralizado, em cujo conselho gestor seja assegurada a participagéo dos Municipios conveniados. bepihwaplaralto govbrccil 08 Atc20tt-2014/20taiL-13022him a5

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