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ORIENTADOR:
PROF.ª FABIANE MUNIZ
SALVADOR
JULHO / 2009
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
SALVADOR
JULHO / 2009
Agradeço a todos que, direta e
indiretamente, contribuíram para a execução
desta pesquisa.
Dedico este trabalho a Deus.
“Àquele que nos deu a vida como dom, fez-nos
livres e dotados de capacidades para entender,
pensar, descobrir, criar, e até mesmo
questionar tudo a nossa volta. O Senhor se fez
presente em todos os momentos firmes ou
trêmulos. E passo a passo sentimos a sua mão
transmitindo-nos a segurança necessária para
enfrentar o caminho a seguir... Sua presença é
luz e vida, e sinto que, em cada gesto, Ele se
manifesta”.
(Vinícius de Moraes)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 07
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 38
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 40
RESUMO
Para aprender, é necessário que exista uma relação integrada entre o indivíduo e o seu
meio, pois o produto aprendizagem é fruto de uma relação de condições externas e condições
internas, por meio de um processo sensório-neuropsicológico.
Sob esta ótica, a aprendizagem ganha uma acepção mais ampla, pois se trata
de um ensino que engloba tanto a aprendizagem propriamente dita, quando o
ensino, já que, para eles, não há como tratar destes dois elementos de formas
distintas.
Entretanto, seu maior mérito foi, sem dúvida, estudar e elaborar um conceito
que é hoje muito utilizado por estudiosos que se dedicam ao estudo da
aprendizagem e seus transtornos: o conceito de zona do desenvolvimento proximal.
Este, segundo ele, corresponde ao espaço entre aquilo que a criança é capaz de
fazer sozinha (nível de desenvolvimento real) e aquilo que ela só consegue
conquistar com ajuda do outro (nível de desenvolvimento potencial). Em outros
termos, a
Uma criança também pode desejar não aprender (de maneira inconsciente, é
claro), para continuar fazendo parte de sua família. Ou seja, vamos imaginar que
esta criança possui pais e irmãos mais velhos analfabetos e ela, somente ela, teve a
oportunidade de ir à escola. Essa criança pode “decidir” não aprender por fidelidade
à família, pois, se aprender, ficará tão diferente de seu grupo que deixará de
pertencer a ele. Assim, opta-se pelo fracasso.
Seja qual for o problema, é certo que nem a escola nem a família podem
prescindir uma da outra. Ambas são co-autores no processo de aprendizagem das
crianças e jovens e possuem papéis muito específicos.
Desta forma, vê-se que a atividade da leitura não se trata apenas de uma
percepção visual de palavras e letras. Ao contrário, compreende principalmente um
processo cognitivo que exige da criança habilidades que ultrapassam a pura
discriminação visual, como por exemplo, o reconhecimento, a memorização
seqüencial, a compreensão, a codificação, a associação e a reprodução dos
símbolos gráficos.
Quando isto não ocorre, ou ocorre de maneira deficitária, diz-se que a criança
apresenta dificuldade de leitura, demonstrada quase sempre pela discrepância entre
o rendimento apresentado e aquilo que se é esperado.
Enquanto isto, o segundo problema diz respeito aos indivíduos que, no ato da
leitura, concentram-se demasiadamente no processo de decodificação da grafia em
detrimento da significação das palavras e da informação contida no texto. Nesse
caso, o que ocorre geralmente é o desconhecimento da palavra trabalhada ou do
assunto contido no texto, e ocorre quando é utilizada uma linguagem totalmente
distante da realidade da criança.
Por outro lado, o terceiro problema nos remete aos alunos que, aprendem a
ler, mas não aprendem lendo. Neste caso, o indivíduo dispõe normalmente das
noções e habilidades básicas da leitura, mas não consegue internalizar o texto lido,
em outras palavras, o aluno mostra-se incapaz de compreender, relacionar, articular
ou aplicar o conhecimento imbuído nas proposições.
Diferentemente do problema anterior, dificuldades deste tipo são resultantes
da "incapacidade" da criança de aprender a informação, de construir um significado
global do texto e articular as idéias numa seqüência lógica.
Tido ainda por muitos como uma área de estudos complexa e considerada
por grande parte dos educandos como o "bicho-papão" da escola, a matemática
utiliza-se de uma linguagem quantitativa que oportuniza ao educando o estudo de
operações numéricas, cálculos, contagens, dentre outros. Para tanto, exige-se do
mesmo noções básicas de espaço, quantidade, tempo, lógica e seqüência, que irão
predispô-lo à resolução de operações, à compreensão e emprego de nomenclaturas
matemáticas e ao reconhecimento de símbolos numéricos e sinais aritméticos
indispensáveis ao domínio da disciplina.
A histórica nos mostra que ao longo anos foram propostos vários estudos que
apontam os aspectos neurológicos como explicação das dificuldades de
aprendizagem da matemática (DAM). Entretanto, tais abordagens foram sendo
superadas e cedendo espaço ao enfoque cognitivo como explicação para estas
dificuldades.
CONCLUSÃO
O estudo psicopedagógico que aqui foi proposto evidenciou o panorama geral
das dificuldades de aprendizagem no contexto escolar, sua evolução conceitual,
seus tipos mais comuns e sua etiologia, bem como algumas estratégias de
diagnóstico e intervenção como sugestão no tratamento das mesmas.
A escola não pode ser vista fora da realidade a qual está imersa, pois ela é
exatamente o reflexo das condições sociais, econômicas e culturais desta mesma
realidade. E o estudo psicopedagógico permite esta abrangência, permite esta
integração com o real e a correlação com a práxis. A construção de uma visão
globalizada da criança e de seus processos internos pode ser o primeiro passo na
superação das dificuldades de aprendizagem e do fracasso escolar.
BIBLIOGRAFIA
MARCHESI, Álvaro. A Prática das escolas Inclusivas. In: COLL, César; PALÁCIOS,
Jesus; MARCHESI, Álvaro (Orgs.). Desenvolvimento psicológico e educação. Porto
Alegre: Artmed, 2004.