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ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ


GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

MONAÍSA DENISE ALBUQUERQUE JANUÁRIO

PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE


CARIÚS-CEARÁ

FORTALEZA – CE
2017
1

MONAÍSA DENISE ALBUQUERQUE JANUÁRIO

PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE


CARIÚS-CEARÁ

Projeto de monografia submetido à Escola de


Saúde Pública do Ceará, como parte dos requisitos
para a obtenção do título de Especialista em Saúde
Pública.

Orientadora: Prof.ª Ms. Olga Maria de Alencar

FORTALEZA – CE
2017
2

MONAÍSA DENISE ALBUQUERQUE JANUÁRIO

PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE


CARIÚS-CEARÁ

Projeto de monografia submetido à Escola de Saúde Pública do Ceará, como parte


dos requisitos para a obtenção do título de Especialista em Saúde Pública.

Data de aprovação ___/___/___

Banca Examinadora:

___________________________________________________
Prof.ª Ms. Olga Maria de Alencar
Escola de Saúde Pública do Ceará
Orientadora

___________________________________________________
Prof.
Universidade
1ª Examinadora

___________________________________________________
Prof.
Universidade
2ª Examinadora
3

LISTA DE SIGLAS

APS – Atenção Primária à Saúde


BCG – Bacilo de Clmette-Guerim
CENEPI – Centro Nacional de Epidemiologia
ESF – Estratégia Saúde da Família
FUNASA – Fundação Nacional de Saúde
MB – Multibacilar
MS – Ministério da Saúde
OMS – Organização Mundial da Saúde
PB – Paucibacilar
PQT – Poliquimioterapia
SINAN – Sistema Nacional de Agravos de Notificação
SUS – Sistema Único de Saúde
TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UAPS – Unidade de Atenção Primária à Saúde
WHO – World Health Organization
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 05

2 OBJETIVOS 08

2.1 Objetivo Geral 08

2.2 Objetivos Específicos 08

3 REVISÃO DA LITERATURA 09

3.1 Hanseníase: Aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos 09

3.2 A hanseníase no mundo, Brasil e Ceará 14

3.3 Vigilância epidemiológica 16

4 METODOLOGIA 18

4.1 Tipo de Estudo 18

4.2 Cenário da Pesquisa 18

4.3 População e Amostra 19

4.4 Instrumento e Coleta de Dados 19

4.5 Analise dos dados 20

4.6 Aspectos Éticos e Legais da Pesquisa 20

CRONOGRAMA 22

ORÇAMENTO DA PESQUISA 23

REFERÊNCIAS 24

APÊNDICES 27
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1 INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta,


causada por uma bactéria denominada Mycobacterium leprae, a qual possui alto
poder incapacitante. Manifesta-se principalmente através de sinais e sintomas
dermatoneurológicos, e caracteriza-se por apresentar alta infectividade e baixa
patogenicidade. O domicílio é apontado como importante espaço para propagação
da doença, visto que sua transmissão se dá através das vias aéreas superiores por
contato direto prolongado com doentes bacilíferos e sem tratamento, que eliminam o
bacilo para o meio exterior infectando outras pessoas suscetíveis (PIRES et al.,
2012).
Apesar de tratar-se de uma doença milenar e que já tem todo o seu
processo fisiopatológico conhecido, no Brasil ainda é uma doença considerada um
problema de saúde pública, fato esse que impressiona, visto que o acesso de saúde
é descentralizado e regionalizado contando com as ações captação, prevenção,
promoção e recuperação das doenças através da sua extensa rede de atenção
básica (ALVES; FERREIRA; FERREIRA, 2014).
A hanseníase ainda continua com uma grande prevalência no país,
sendo necessário empenhar esforços advindos de todos os setores de saúde para
integrar as ações e diminuir a carga da doença. Só no ano de 2014 foram
diagnosticados 31.064 novos casos. A região Nordeste do Brasil é a terceira com o
maior índice da doença, cujo coeficiente de detecção geral de hanseníase foi de
24,07/100 mil habitantes em 2014, ficando atrás apenas das regiões Norte e Centro-
Oeste, mantendo assim o caráter de endemicidade alta (BRASIL, 2014a).
Neste cenário, ressalta-se a importância dos estudos das características
epidemiológicas da hanseníase, para a compreensão dos fatores que contribuem
para a manutenção da endemia na região. A descrição e a interpretação de dados
epidemiológicos são de fundamental importância para que o governo e os
pesquisadores realizem novas estratégias direcionadas para prevenção, controle e
eliminação da doença, enquanto problema de saúde publica (SILVA; BASSO, 2017).
É de grande importante o diagnóstico precoce e o tratamento adequado
para conter o agravamento da doença. A hanseníase ainda está envolta em muito
preconceito, haja vistas as deformidades e incapacidades que são peculiares a esta
doença quando o diagnóstico e tratamento são tardios. Pires et al (2012) destacam
6

que a doença hoje é 100% curável, mas que as incapacidades por ela deixadas
podem ser permanentes a depender da extensão de cada lesão neural.
A Portaria nº 3.125, de 7 de outubro de 2010 considera um caso de
hanseníase pessoas que tenham características de lesão ou região da pele com
sensibilidade alterada, lesões irreversíveis em nervos periféricos e/ou baciloscopia
positiva. O paciente será considerado um caso de hanseníase se apresentar um ou
mais desses sinais (BRASIL, 2010a).
Uma vez diagnosticado, o paciente deve começar imediatamente o
tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde, a poliquimioterapia (PQT). É
necessário conhecer a classificação operacional do mesmo para selecionar o
esquema terapêutico adequado. Somente o indivíduo que nunca realizou tratamento
para a doença será considerado um caso novo de hanseníase. A PQT encontra-se
disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma efetiva e gratuita (BRASIL,
2016).
Para o controle e eliminação da hanseníase como problema de saúde
pública até 2015, o Ministério da Saúde (MS) lançou o Plano Integrado de Ações
Estratégicas de eliminação da hanseníase e outras doenças, cujo método baseava-
se, sobretudo, em aumentar a detecção precoce e a cura dos casos diagnosticados
obedecendo a poliquimioterapia, além da busca ativa de casos da doença entre
escolares da rede pública, identificando assim casos suspeitos encaminhando-os à
Unidade de Atenção Primária a Saúde (UAPS) para diagnóstico e tratamento
(BRASIL, 2012).
É nessa perspectiva que a UAPS como porta de entrada do usuário tem
papel fundamental na redução dos níveis endêmicos da doença desenvolvendo
ações descentralizadas, contando com uma equipe multiprofissional que visa buscar
o controle da doença, detecção oportuna de casos novos, tratamento precoce,
realização da vigilância de contatos intradomiciliares, prevenção de incapacidades e
reabilitação (VIEIRA, 2015).
A hanseníase é considerada em todo o território nacional uma doença de
investigação obrigatória e de notificação compulsória, os casos diagnosticados
devem-se proceder com a notificação por meio de preenchimento da ficha de
notificação/investigação do Sistema de Informações de Agravos de Notificação
(SINAN), sendo este considerado o instrumento mais importante para a Vigilância
Epidemiológica, uma vez que os registros e dados gerados contribui
7

significativamente para identificar a realidade epidemiológica de uma determinada


área geográfica (BRASIL, 2009).
Diante do exposto, mesmo com a adoção de medidas de controle nota-se
que a hanseníase continua preocupante para a situação de saúde no Brasil. O
interesse pela pesquisa surgiu a partir da análise dos dados epidemiológicos da
hanseníase no município de Cariús-Ceará em decorrência da visível necessidade de
estudos epidemiológicos nessa cidade. Assim, o presente trabalho justifica-se pelo
fato de que o conhecimento do perfil clínico epidemiológico desta patologia em
determinada região possibilita a implementação de medidas que podem auxiliar na
tomada de decisões fidedignas no processo de formulação e reorientação das ações
de controle para redução deste agravo.
Nesse sentido, o estudo se torna relevante e poderá contribuir de forma
significativa com a Secretaria de Saúde e Vigilância Epidemiológica do município
supracitado no controle eficaz da doença, revelando a importância que deve ser
dada ao tema hanseníase, podendo ainda servir como fonte de informações para
elaboração e continuação de outros estudos que abordem essa temática.
A presente proposta de investigação apresenta as seguintes questões
norteadoras: Qual o perfil clínico epidemiológico da hanseníase no município de
Cariús-Ce? Quais as características sócias demográficas dos portadores da doença
no referido município? Qual o nível de conhecimento prévio ao diagnóstico acerca
da doença? Quais as formas clínicas e classificação operacional prevalente da
doença no município? Foram dadas orientações por parte dos profissionais de
saúde a respeito das estratégias utilizadas para redução da transmissão e
prevenção de incapacidades físicas e deformidades?
Espera-se que este estudo possa contribuir para a orientação dos
profissionais, em especial os enfermeiros, na avaliação da qualidade da assistência,
identificando as potencialidades e fragilidades do modelo de organização,
relacionando esse desempenho com resultados traduzidos pela avaliação
epidemiológica e operacional dos indicadores da hanseníase do município de
Cariús- Ce.
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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

 Analisar o perfil clínico epidemiológico da hanseníase no município de Cariús-


Ceará.

2.2 Objetivos Específicos

 Traçar as características sócio demográficas dos portadores de hanseníase


no referido município;
 Identificar o conhecimento prévio ao diagnóstico acerca da doença;
 Conhecer quais as formas clínicas e classificação operacional prevalente da
doença no município;
 Verificar as orientações dadas pelos profissionais de saúde a respeito das
estratégias utilizadas para redução da transmissão e prevenção de
incapacidades físicas e deformidades;
 Investigar a importância do apoio familiar durante o tratamento.
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3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Hanseníase: Aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos

A hanseníase é definida como uma doença com características


infecciosa, contagiosa, crônica, de evolução lenta causada pelo Mycobacterium
leprae que se trata de um bacilo álcool ácido resistente e gram-positivo, em forma de
bastonete, com caráter de alta infectividade e baixa patogenicidade. Afeta
principalmente pele e nervos periféricos. Quando não tratada e diagnosticada
precocemente, a evolução da doença pode levar a incapacidades físicas e
deformidades (LAUTNER, 2014).
Rodrigues (2015) evidenciou que o homem é o principal reservatório do
Mycobacterium leprae, sendo considerado a única fonte de infecção e o principal
meio de eliminação do bacilo para o meio exterior é através do trato respiratório
superior dos pacientes multibacilares e sem tratamento. A transmissão ocorre
através do contato íntimo e prolongado de pessoas sadias com doentes bacilíferos.
Lima et al (2010) diz que o convívio com doentes multibacilares favorece
a transmissão do bacilo, sobretudo em ambientes fechados, concentrando elevados
números de pessoas em condições sócio-econômicas desfavoráveis. A doença é de
progressão lenta podendo levar em média de 2 a 5 anos o seu período de
incubação.
Segundo o (MS) a doença se manifesta através de manchas
esbranquiçadas ou avermelhadas apresentando perda de sensibilidade, falta de
sudorese na área da lesão e queda de pelos. Quando a doença evolui sem
tratamento, manifestam-se lesões nos nervos periféricos, dormência, nervos
espessados e doloridos, ocasionando as incapacidades e deformidades gerando na
vida dos pacientes danos econômicos, psicológicos, estigmas e medo (BRASIL,
2016).
A partir de 1953 o Brasil passou a adotar a Classificação de Madri para
diferenciar as formas clínicas de hanseníase, sendo adotados quatro grandes
critérios: o clínico, bacteriológico, imunológico e histopatológico. Essa classificação
também adere critérios de polaridade, fundamentados nas características clínicas da
doença. Assim, tem-se o grupo inicial e transitório da doença: Indeterminada (I) e
Dimorfa (D); e o grupo dos polares: Tuberculóide (T) e Virchowiano (V). Tais critérios
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são adotados pelos serviços de saúde para melhor definir um caso de hanseníase
(OLIVEIRA; MACEDO, 2012).
A forma Indeterminada (I) é desenvolvida logo após o contato do paciente
com o bacilo. É a forma inicial da doença e manifesta-se por manchas hipocrômicas,
diminuição da sensibilidade na lesão, não há comprometimento de troncos nervosos,
podendo ter queda de pelos e anidrose. Em alguns casos evolui para a cura ou
outras formas clínicas da doença. A baciloscopia é negativa, e caso seja positiva,
indica que a doença encontra-se em outra forma clínica (PEREIRA et al, 2012).
A hanseníase Dimorfa (HD) é considerada uma das principais fontes de
infecção da doença, podendo alterar-se para Hanseníase Tuberculóide (HT) e
Hanseníase Virchowiano (HV), e ainda apresentar manifestações semelhantes da
HT e HV. As lesões cutâneas são numerosas com características de placas
eritematosas, ferruginosas ou pardacentas e assimétricas com sensibilidade
alterada, nódulos e infiltração difusa na pele. Ocorrem incapacidades e
deformidades físicas causadas pelo frequente comprometimento dos troncos
nervosos e os eventos reacionais. A baciloscopia pode ser positiva ou negativa
(BRASIL, 2014a).
Já a forma Tuberculóide é uma forma não contagiante da doença, com
baciloscopia de raspado intradérmico negativa. As lesões caracterizam-se por
apresentarem-se em pequenos números, bem delimitadas e anestésicas. Nas lesões
podem ocorrer anidrose, diminuição de pelos e ausência de sensibilidade tátil,
térmica e dolorosa. Geralmente a única manifestação clínica ocorre através do forte
comprometimento de nervos assimétricos, muitas vezes localizados próximos a uma
lesão (FIGUEIREDO, 2012).
A forma clínica HV caracteriza-se por numerosas lesões eritematosas,
mal definidas, hansenomas ou placas, perda de cílios e supercílios, acometimento
de troncos nervosos, podendo afetar olhos, testículos, linfonodos, fígado e outros
órgãos. Geralmente essas alterações ocorrem na região da face e lóbulos da orelha,
caracterizando o paciente com a facie leonina. O paciente na forma HV possui uma
alta carga de bacilo que se multiplica rapidamente, considerada assim a forma
contagiante da doença, com baciloscopia sempre positiva (RIVITTI, 2014).
De acordo com o Ministério da Saúde, a classificação operacional da
hanseníase é feita para fins do tratamento poliquimioterápico e divide-se em:
paucibacilar (PB), com até cinco lesões e baciloscopia negativa, envolvendo as
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formas clínicas indeterminada e tuberculóide; e multibacilar (MB), para mais de cinco


lesões, com ou sem baciloscopia positiva, incluindo as formas virchowiana e dimorfa.
Os doentes PB abrigam poucos números de bacilos, assim insuficientes para
infectar outras pessoas. Os MB são considerados a forma contagiosa da doença e
apresentam um grande número de bacilos (BRASIL, 2010b).
Souza et al (2013) em seu estudo, relata que pacientes MB são a
principal fonte de transmissão, mostrando que o diagnóstico da doença não está
sendo realizado em sua fase inicial, assim implicando maiores complicações ao
paciente, aumentando a transmissibilidade e a manutenção da cadeia
epidemiológica da doença.
O diagnóstico diferencial da hanseníase é de grande importância, uma
vez que a patologia apresenta sinais e sintomas semelhantes a outras doenças de
pele e neurológicas. É necessário que aconteça a diferenciação dessas lesões,
levando em consideração principalmente as alterações de sensibilidade, sinal
sempre presente nas lesões de pele da hanseníase (RODRIGUES, 2015).
Na Atenção Primária à Saúde (APS), o diagnóstico da doença é realizado
essencialmente através do exame clínico dermatoneurológico e epidemiológico. No
primeiro acontece a identificação dos sinais de lesão de pele hipocrômica ou
eritematosa, perda de sensibilidade tátil, térmica e dolorosa, acometimento de
nervos periféricos. O paciente passa a ser considerado um caso de hanseníase se
apresentar um ou mais desses sinais cardiais característicos da doença (BRASIL,
2014b).
Já no diagnóstico epidemiológico, ocorre uma investigação da história de
vida do paciente e situação epidemiológica da doença na família. Em crianças,
diante da dificuldade para realização e interpretação dos testes de sensibilidade, o
diagnóstico requer uma avaliação criteriosa. Assim, recomenda-se o uso do
Protocolo Complementar de Investigação Diagnóstica de Casos de Hanseníase em
Menores de 15 anos (BRASIL, 2014c).
Como exame complementar de grande relevância para o diagnóstico e
classificação dos casos de hanseníase PB ou MB, como também para diferenciá-los
de outra doença dermatoneurológica, tem-se a baciloscopia de esfregaço
intradérmico, que se apresenta negativa nas formas paucibacilares e quando
positiva, independente do número de lesões, determina a presença do
Mycobacteruim leprae, caracterizando-se como o grupo MB. Porém, quando o
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resultado é negativo, não se exclui o diagnóstico de hanseníase (RODRIGUES,


2015).
O exame é considerado um procedimento de simples execução e
pequeno custo. É importante que a coleta das amostras seja ofertada na UAPS no
momento em que o usuário procura o serviço, para que não se perca a oportunidade
de detecção e rastreamento precoce de casos novos (BRASIL, 2010b).
Durante a avaliação diagnóstica é necessário que seja realizada uma
avaliação dos nervos ulnar, trigêmeo, facial, auricular, radial, mediano, fibular e
tibiais, buscando investigar sinais de dor, espessamento, modificações motoras e
sensitivas nas áreas inervadas. Essa avaliação é parte importante do exame de uma
pessoa acometida pela hanseníase, pois tais danos podem gerar incapacidades e
deformidades. A avaliação do grau de incapacidade nos pacientes multibacilares
deve ser realizada a cada seis meses, como também na alta por cura (BRASIL,
2009a).
Nessa perspectiva de diagnóstico precoce e eliminação da doença, o
tratamento é algo fundamental, sendo considerada a melhor forma de quebrar a
cadeia epidemiológica, interromper a transmissão do bacilo, prevenir incapacidades
físicas e levar a cura (RODRIGUES, 2015).
A poliquimioterapia (PQT) passou a ser utilizada em 1981 por
recomendação do MS, compreendendo uma associação de medicamentos:
rifampicina, dapsona e clofazimina, administrados conforme a classificação
operacional e a faixa etária (BRASIL, 2009a).
A classificação da doença determina o período de duração do tratamento.
Quando o paciente é do tipo PB, o tratamento é com poliquimioterápico de 6 (seis)
meses com doses mensais, ou em até 9 (nove) meses. Recebem a PQT da seguinte
forma: uma dose de rifampicina (600mg/mês supervisionada) e dapsona
(100mg/mês supervisionada, e uma dose de 100mg/dia autoadministrada). Já no
paciente MB, o tratamento é de 12 ou até 18 meses, obedecendo o esquema dos
medicamentos já citados incluindo a clofazimina com uma dose de 300mg/mês com
administração supervisionada e uma dose de 50mg/dia. É dada alta por cura aos
pacientes que apresentam o esquema terapêutico completo, obedecendo ao número
de doses preconizadas (PEREIRA et al, 2012)
No Brasil, o tratamento é realizado a nível ambulatorial nas UAPS. O
tratamento completo PQT deve estar disponível em todas as UAPS de forma
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gratuita. Após ser diagnosticado, o indivíduo deve comparecer mensalmente às


consultas médicas e de enfermagem para receber a medicação mensal e
administração da dose supervisionada que acontece de 28 em 28 dias. Nesse
momento deve ser realizada uma avaliação neurológica, observando a presença de
neurite ou estados reacionais, como também orientações sobre prevenção de
incapacidades e autocuidados que o paciente deve realizar no seu cotidiano,
evitando as complicações da doença (BRASIL, 2016).
A UAPS é considerada o principal acesso do usuário aos serviços de
saúde e desenvolve a maior parte das atividades de controle da doença, com ações
de prevenção, controle e tratamento. Caso o paciente necessite de cuidados
especiais, principalmente relacionados às reações hansênicas, intercorrências de
urgência, correções cirúrgicas ou apresente comprometimento neural sem lesão
cutânea, deverão ser encaminhados para uma Unidade de Referência após
realização da conduta indicada, devendo esse paciente retornar para prosseguir o
acompanhamento na Atenção Básica (BRASIL, 2009).
É necessário que após ter diagnosticado e iniciado o tratamento
independente da classificação, todos os contatos intradomiciliares e que possuam
contato diário com o paciente sejam convocados para exame dermatoneurológico e
avaliação de possíveis lesões. Os contatos que não apresentam sinais e sintomas
da doença são examinados conforme a situação vacinal para BCG (Bacilo de
Calmette-Guerin). As aplicações das vacinas devem ser realizadas conforme
preconiza o MS: com uma ou nenhuma cicatriz, deve ser administrada uma dose da
BCG por via intradérmica; caso o indivíduo apresente duas cicatrizes, não deve ser
administrada nenhuma dose, e receberão informações sobree siais e sintomas da
patologia. Tal investigação epidemiológica dos contatos tem como objetivo a
detecção precoce da doença, interrompendo a cadeia da transmissão, diminuindo a
incidência da hanseníase em nosso meio (BRASIL, 2010a).
Assim, a melhor forma de prevenir as incapacidades e quebrar a cadeia
de transmissão é o diagnóstico precoce e realização do tratamento PQT. O
diagnóstico de hanseníase deve ser encarado igual às demais doenças curáveis,
porém ainda provoca muito medo e preconceito por ser por ser uma doença que
sempre foi estigmatizada, comprometendo o psicológico, convívio social e familiar,
ocasionados principalmente pelas lesões que incapacitam fisicamente. Tal situação
requer da equipe de saúde uma abordagem apropriada da situação, auxiliando na
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aceitação do problema, encorajando a superar as dificuldades e especialmente a


adesão adequada do tratamento, além de orientações quanto aos autocuidados com
olhos, mãos e pés para evitar ferimentos, principalmente ocasionados pela
hipoestesia ou anestesia (RODRIGUES, 2015).

3.2 A hanseníase no mundo, Brasil e Ceará

Nos últimos 20 anos, ocorreu uma grande queda de prevalência da


hanseníase, principalmente após a introdução da poliquimioterapia. Porém observa-
se que a detecção de casos novos em muitos países continua alta, considerando
que apesar dos avanços para eliminação da hanseníase a doença continua com
bastante prevalência em nosso meio (ALVES; FERREIRA; FERREIRA, 2014).
Os números mundiais da hanseníase mostram-se elevados. Em 2012 a
prevalência detectada foi de 181.941 mil casos novos da doença. Observa-se um
aumento da patologia no intervalo de um ano, colaborando para que a meta da
Organização Mundial de Saúde (OMS) não seja alcançada (WHO, 2013). A World
Health Organization (WHO, 2013) constata que as maiores concentrações dos casos
foram registradas no continente asiático, com 125.167 (0,68%), continente
americano com 33.926 (0,39%) seguido do continente africano com 17.040 (0,26%).
As menores taxas se concentram no Pacífico Ocidental com 7.425 (0,04%) e
Mediterrâneo Oriental com 4.960 (0,08%) apresentando a menor prevalência.
Ainda segundo WHO (2013) observa-se que em muitos países como
Índia, Brasil, Indonésia, Nigéria, Etópia, Bangladesh, República Democrática do
Congo, Nepal, Mianmar e a República Unida da Tanzânia, encontram-se as maiores
concentrações da doença, caracterizando a hanseníase como um problema de
saúde pública.
A hanseníase é uma patologia de evolução lenta e baixa mortalidade,
acomete todas as faixas etárias, gênero e raça, sendo endêmica em países
tropicais, sobretudo naqueles associados aos menores índices de desenvolvimento
humano (RODRIGUES, 2015).
Diante desse cenário, destaca-se o Brasil como o único país da América
Latina onde a doença não foi eliminada e o segundo entre os países de maior índice
endêmico no mundo, perdendo apenas para a Índia. Em 2011, foram registados no
Brasil 34 mil casos novos da doença, enquanto na Índia, que possui uma população
cinco vezes maior, foram registrado apenas 127 mil casos (SANTOS, 2014).
15

Percebe-se que existe uma má distribuição no número de casos de


hanseníase entre países, como também pode haver muitas diferenças entre os
coeficientes de detecção e prevalência entre regiões. No Brasil, a distribuição da
doença é irregular, sendo endêmica em todo o território nacional (RODRIGUES,
2015).
As maiores taxas de prevalência encontram-se nas regiões Centro-Oeste
(3,93/10.000 habitantes), Norte (2,62/10.000 habitantes) e Nordeste (1,91/10.000
habitantes), evidenciado principalmente por fatores socioeconômicos, relacionados
ao baixo grau de escolaridade, influenciando na transmissão do Mycobacterium
leprae e dificultanto as ações de controle da doença (BRASIL, 2014a).
Entre os estados de maior endemicidade no Nordeste destaca-se o
Ceará, apresentando coeficiente geral de detecção de 1,46 casos/10.000 habitantes
em 2016. O estado ocupa o quarto lugar de maior detecção do Nordeste e está entre
os 15 estados com maiores detecções no país, classificando como prioritário para as
ações de controle e combate da hanseníase (BRASIL, 2017).
Ainda em 2016, no estado do Ceará foram notificados 1.698 casos novos
de hanseníase. O coeficiente de detecção em menores de 15 anos no mesmo
período foi de 93 casos novos, apresentando coeficiente de 4,20/100.000 habitantes,
Segundo parâmetros deste indicador, a endemia é considerada muito alta para essa
faixa etária (BRASIL, 2017).
Nesse sentido, esses dados apontam a importância de um diagnóstico
ágil e efetivo em menores de 15 anos, pois a presença da hanseníase nesse grupo
indica uma forte transmissão e exposição precoce à doença (RODRIGUES, 2015).
Dito isso, o controle da doença em menores de 15 anos é prioridade das
ações do MS, tendo como base a Campanha Nacional de hanseníase e outras
doenças que tem como meta identificar e tratar precocemente casos da doença em
escolares da rede pública de ensino na faixa etária de 5 a 14 anos, dessa forma
detectando novos casos, diminuindo a transmissão e alcançando a redução de
prevalência da doença (BRASIL, 2014b).
O Ministério da Saúde enfatiza que além da busca em menores de 15
anos, para controle desta morbidade é necessário diagnóstico precoce, um aumento
na taxa de cura dos casos diagnosticados através da poliquimioterapia, o
monitoramento dos contatos intradomiciliares, prevenção de incapacidades físicas,
fortalecimento da vigilância epidemiológica, como também se deve ter uma
16

abrangência e fortalecimento das ações de controle na Atenção Primária à Saúde


(APS) em estados e municípios endêmicos (LANZA et al, 2012).

3.2 Vigilância epidemiológica

A Lei Orgânica do SUS 8080 de 19 de setembro de 1990 define a


vigilância epidemiológica como um conjunto de ações que buscam o conhecimento,
a detecção ou a prevenção de alterações nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual e coletiva, tendo o objetivo de recomendar,
controlar as doenças de agravo e preveni-las (BRASIL, 1990).
Assim, a vigilância epidemiológica compreende a coleta, o
processamento, a análise dos dados relacionados aos casos de hanseníase e seus
contatos. Os dados obtidos proporcionam uma análise e avaliação da eficácia das
intervenções, e constituem um importante meio para o planejamento de novas
estratégias e recomendações a serem implementadas (BRASIL, 2016).
Todos os níveis de atenção à saúde devem realizar a vigilância
epidemiológica, a fim de garantir que essas informações possibilitem a identificação
das regiões com maior endemicidade. Portanto, é com base nesses dados que se
pode planejar intervenções e estratégias para o controle da hanseníase (BRASIL,
2012).
O objetivo da vigilância epidemiológica da hanseníase é reduzir o
coeficiente de prevalência para menor de 1/10.000 habitantes. Essa meta será
alcançada por meio do diagnóstico e tratamento precoces dos casos, buscando
interromper a cadeia de transmissão. Um dos pontos indispensáveis para o controle
é a notificação compulsória no Brasil (BRASIL, 2016).
Souza et al (2013) relata em seu estudo que os indicadores
epidemiológicos e operacionais baseados na análise dos dados coletados nos
serviços de saúde, almejam a reorientação das ações a serem desenvolvidas em
nível local, porém em grande parte dos municípios brasileiros os dados são
encaminhados para s instâncias superiores, deixando de existir um retorno efetivo,
dessa forma impossibilitando os municípios no desenvolvimento de medidas
cabíveis.
Por caracterizar-se como uma doença infectocontagiosa, a hanseníase
está incluída na Portaria nº 1.943, de 18 de outubro de 2011 do MS, que define a
Lista Nacional de Notificação Compulsória em todo o território nacional, tendo como
17

ferramenta para realizar a notificação o Sistema Nacional de Agravos de Notificação


(SINAN). Esse sistema é controlado pelo Centro Nacional de Epidemiologia
(CENEPI) da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) do MS (BRASIL, 2006).
A notificação do caso diagnosticado deve acontecer por meio da Ficha de
Notificação/Investigação da Hanseníase do SINAN. O diagnóstico da doença pode
ser realizado nos três níveis de atenção à saúde pelos serviços públicos ou privados,
através do preenchimento da ficha completa pelo profissional da unidade de saúde
onde foi realizado o diagnóstico do paciente, procedendo com o envio da notificação
para o órgão de vigilância epidemiológica de caráter superior, mantendo uma cópia
no prontuário do paciente na UAPS (BRASIL, 2016).
O objetivo do SINAN é realizar a coleta, a divulgação e disseminação dos
dados gerados frequentemente pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica, fornecido
pelos três âmbitos de governo, por meio de uma rede informatizada, seno o sistema
alimentado principalmente pela notificação e investigação de casos de doenças e
agravos que se encontram na lista nacional de doenças de notificação compulsória
(BRASIL, 2007).
Portanto, é fundamental um sistema de informação ágil e efetivo que
possibilite a operacionalização da vigilância epidemiológica e sua eficácia na
obtenção de informações atualizadas e exatas sobre a doença, permitindo indicar os
riscos aos quais os indivíduos estão sujeitos, além de contribuir para identificação
pelo comportamento epidemiológico em uma determinada região, e as ações para
controle da doença (BRASIL, 2005).
18

4 METODOLOGIA

4.1 Tipo de Estudo

O estudo será de caráter exploratório, descritivo e transversal, com


abordagem predominantemente qualitativa. Segundo Minayo (2012) a pesquisa
qualitativa responde questões da realidade, as quais não podem ser quantificáveis,
ou seja, representa um âmbito com relações mais intensas, do simples processo de
operacionalização de variáveis.
A pesquisa exploratória configura-se como útil para diagnosticar
situações, buscar por novas descobertas ou explorar alternativas, o que faz
harmonizar o conhecimento já existente com o que está a procura, sendo esta
flexível por permitir a análise dos vários aspectos relacionados com o fenômeno,
agregando ainda maior conhecimento ao pesquisador sobre a temática. Este tipo de
pesquisa é direcionada desde a fase inicial a um processo contínuo, porquanto,
conduz, diante de sua amplitude, a geração de outras informações que poderão ser
adquiridas para a realização de futuras pesquisas conclusivas (OLIVEIRA, 2011).
Segundo Gil (2008), o estudo descritivo tem como objetivo caracterizar
uma determinada condição e/ou população, tendo esta como principal característica,
a formulação de técnicas padronizadas para coleta de dados, como o questionário e
a observação sistemática, influenciando positivamente na análise e organização dos
dados sem a manipulação do pesquisador.
Transversal e longitudinal se diferem através do intervalo de tempo
utilizado para formulação da pesquisa, com o qual transversal é realizado em um
curto período de tempo, e o longitudinal é definido como prospectiva e retrospectiva
(FONTELLES et al., 2009).
Sob a abordagem qualitativa, tem-se como foco, a objetivação, pois faz-se
necessário reconhecer a complexidade do objeto de estudo, determinar conceitos
relevantes, utilizar técnicas apropriadas para coleta de dados e, dispor de precisão
para análise de todo material estudado e coletado (GUERRA, 2014).

4.2 Cenário da Pesquisa

A pesquisa ocorrerá no município de Cariús-Ceará, localizado na região


centro-sul do Estado, distante aproximadamente 400 quilômetros da capital,
19

Fortaleza. Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2017) a


população do referido município é de aproximadamente 16 mil habitantes.
Cariús atualmente possui x Unidades de Atenção Primária à Saúde –
UAPS na zona urbana e x na zona rural, as quais constituem o local da pesquisa.

4.3 População e Amostra

A população do estudo será composta pelos pacientes portadores de


hanseníase, diagnosticados e acompanhados em uma UAPS.
Participarão da pesquisa, os pacientes que atenderem aos critérios de
inclusão: ser maior de 18 anos, ser cadastrado na Estratégia de Saúde da Família -
ESF e acompanhado por profissionais de saúde durante o tratamento da doença.
Serão excluídos os participantes que apresentarem algum transtorno mental ou
limitações que inviabilizem o estudo.

4.4 Instrumento e Coleta de Dados

O instrumento de escolha consistirá de uma entrevista semiestruturada


(APÊNDICE A), construída e elaborada mediante embasamento na revisão da
literatura e objetivos do estudo.
Para calibração do instrumento, haverá um pré-teste, com o objetivo de
observar o manejo e a condução do questionário proposto, identificar possíveis
dificuldades em relação à aplicação das perguntas propostas, verificando-se a
fidedignidade, validade e operabilidade.
A entrevista é importante por permitir a obtenção das falas dos sujeitos-
objeto da pesquisa, as quais estão focalizadas em vivencias dentro de uma
determinada realidade, o que torna a pesquisa fidedigna (MINAYO, 2012).
A entrevista semiestruturada é guiada por um roteiro de questões abertas,
e pode também possuir perguntas fechadas, estas por sua vez, são de classificação
ou identificação, porém principalmente perguntas abertas, as quais permite ao
entrevistado maior liberdade para falar sobre o tema proposto. Assim como, permite
uma organização flexível e maior amplitude nos questionamentos à medida que as
informações irão sendo fornecidas pelos entrevistados (GUERRA, 2014).
Para iniciar o processo de aplicação do instrumento e coleta de dados,
será enviado um ofício de autorização (APÊNDICE B) à Secretaria de Saúde do
20

Município de Cariús, e posteriormente será apresentado aos enfermeiros das UAPS


do município acima citado, sendo que ocorrerá no período de outubro e novembro
de 2017. Os pacientes que aceitarem colaborar receberão o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE (APÊNDICE C) e assinarão o Termo de
Consentimento Pós-Esclarecido (APÊNDICE D), contando que preconizará a
privacidade do paciente e sigilo dos dados coletados.

4.5 Análise dos Dados

Os dados serão organizados utilizando-se a técnica de análise de dados


conforme orientação de Minayo (2010), a qual permite a elaboração de categorias
temáticas.
Segundo Minayo (2007) análise de dados é um conjunto de
procedimentos a fim de valorizar, compreender e interpretar os dados obtidos
fundamentados em teorias e interpretações de acordo com a necessidade daquilo
proposto pelo trabalho. Quando se trabalha com categorias significa juntar ideias em
torno de um conceito, onde a interpretação dos depoimentos é feita por meio de uma
análise de conteúdo sistematizada em três etapas.
A 1ª é uma pré- análise, onde são estabelecidos os objetivos do estudo e
selecionadas as respostas analisadas. Em seguida, é realizada uma leitura do
material coletado, no intuito de se estabelecer a busca da organização do material
coletado. Na 2ª etapa é feita a exploração do material empírico, com leitura
exaustiva, onde será realizado o corte do texto, codificação dos dados e
identificação das unidades de registro. Em seguida, é feito o procedimento de
classificação e agregação dos dados. A 3ª etapa se constitui no tratamento dos
resultados contraídos e sua interpretação, comparando com a literatura pertinente ao
assunto e com o intuito de identificar dados pertinentes que contribuirão com os
objetivos do estudo em questão (MINAYO, 2010).

4.6 Aspectos Éticos e Legais da Pesquisa

O estudo cumprirá todos os princípios da Resolução 466/12 do Conselho


Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, que normatiza os aspectos éticos no que
diz respeito à pesquisa envolvendo seres humanos. Esta Resolução incorpora na
visão dos indivíduos e coletividades, os quatro referenciais básicos da Bioética:
21

autonomia, não maleficência, beneficência e justiça, visando assegurar os direitos e


deveres dos participantes da pesquisa, da comunidade científica e do Estado
(BRASIL, 2011).
Os participantes terão sua identidade preservada, recebendo cada um
dos pacientes uma numeração, como pseudônimo. Os mesmos serão orientados
sobre os objetivos da pesquisa, sendo consultados acerca da aceitação em
participar da mesma, para que em seguida se proceda com as assinaturas do termo
de consentimento livre e esclarecido – TCLE. Irá ser ressaltado que em todas as
fases da pesquisa será garantido o total sigilo e anonimato dos participantes, sendo
garantido também o direito de retirarem o seu consentimento no momento que
desejarem.
22

5 CRONOGRAMA

PERÍODO MESES

ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2017 2017 2017 2017 2017 2017 2017 2017 2017

ETAPA

Escolha do tema X

Levantamento X X X X X X X X X
bibliográfico

Elaboração do X X X X X
projeto

Qualificação do X
projeto

Envio para o Comitê X


de Ética e Pesquisa

Coleta de dados X X

Análise e X X
interpretação dos
dados

Redação final da X
monografia

Correção ortográfica X

Defesa da X
monografia

Divulgação dos X
resultados da
pesquisa
23

6 ORÇAMENTO DA PESQUISA

Relação do Recursos Materiais e Financeiros


Materiais de Consumo
Itens Quantidade Preço Unitário (R$) Total (R$)
Resma Papel A4 1 R$ 20,00 R$20,00
Canetas 4 R$ 0,75 R$3,00

Material Pertinente
Itens Quantidade Preço Unitário (R$) Total (R$)
Pen Drive 1 R$ 30,00 R$30,00

Outros Serviços
Itens Quantidade Preço Unitário (R$) Total (R$)
Impressão 40 R$ 0,50 R$20,00
Xerox 150 R$0,15 R$22,50
Passagens 40 R$5,00 R$200,00

Total do orçamento: R$ 295,50


24

REFERÊNCIAS

ALVES, E. D; FERREIRA, T. L; FERRIEA, I. N. Hanseníase: Avanços e desafios.


Brasília-DF, 2014. 492p. ISBN: 978-85-64593-22-0

BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre


as condições para promoção, recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário
Oficial da União, Brasília-DF, 20 set. 1990.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância


epidemiológica. 6. Ed. 816p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). ISBN 85-334-
1047-6. Brasília-DF, 2005.

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vigilância epidemiológica. Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase. Plano
Nacional de Eliminação da Hanseníase a nível municipal 2006-2010. Brasília-DF,
2006.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


vigilância epidemiológica. Sistema de Informação de Agravos de Notificação –
SINAN: normas e rotinas. 2 ed. 68p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). ISBN
978-85-334-1331-3. Brasília-DF, 2007.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


vigilância epidemiológica. Guia de Vigilância Epidemiológica. 7ed. 816p. (Série A.
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______.Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 3.125, de 7 de


outubro de 2010. Aprova as diretrizes para vigilância, atenção e controle da
hanseníase. Brasil, 2010a.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


vigilância epidemiológica. Guia de procedimentos técnicos: baciloscopia em
hanseníase/54p (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Epidemiológica. Brasília-DF,
2010b.

______. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Subsecretaria de Planejamento


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______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância em Doenças Transmissíveis. Plano integrado de ações estratégicas de
eliminação da hanseníase, filariose, esquistossomose e oncocercose como
problema de saúde pública, tracoma como causa de cegueira e controle das
geohelmintíases: plano de ação 2011-2015. 100p. ISBN 978-85-334-1934-6.
Brasília-DF, 2012.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância Epidemiológica. Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em
Eliminação. Registro ativo: número e percentual, casos novos de hanseníase:
25

número, coeficiente e percentual, faixa etária, classificação operacional, sexo,


grau de incapacidade, contatos examinados, por estados e regiões. Brasil,
2014a. Fonte: Sinan/SVS-MS.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Análise de Situação em Saúde. Saúde Brasil 2013: Uma análise da situação de
saúde e das doenças transmissíveis relacionadas à pobreza. 384 p. ISBN 978-85-
334-21-1. Brasília-DF, 2014b.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância


em Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 812p. ISBN 978-85-334-2179-0.
Brasília-DF, 2014c.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância das Doenças Transmissíveis. Diretrizes para vigilância, atenção e
eliminação da hanseníase como problema de saúde pública: manual técnico
operacional. 58p. ISBN 978-85-334-2348-0. Brasília-DF, 2016.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância Epidemiológica. Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em
Eliminação. Registro ativo: número e percentual, casos novos de hanseníase:
número, coeficiente e percentual, faixa etária, classificação operacional, sexo,
grau de incapacidade, contatos examinados, por estados e regiões. Brasil,
2017. Fonte: Sinan/SVS-MS.

FIGUEIREDO, A. P. P. Hanseníase: Do isolamento familiar ao social. 2012.


Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia). Fundação UNIRG,
Centro Universitário UNIRG. Gurupi-TO, 2012.

FONTELLES, M. J; SIMÕES, M. G; FARIAS, S. H; FONTELLES, R. G. S.


Metodologia da pesquisa científica: diretrizes para elaboração de um protocolo de
pesquisa. Rev Paraense de Medicina, Amazonas, v. 23, n. 3, jul./set. 2009.

GUERRA, E.L.A. Manual de Pesquisa Qualitativa. Belo Horizonte. 2014.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2008.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O Cidades. 2016. Disponível


em: <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=230550>. Acesso em: 10
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LANZA, F. M; CORTEZ, D. N; GONTIJO, T. L; RODRIGUES, J. S.J. Perfil


Epidemiológico da Hanseníase no Município de Divinópolis, Minas Gerais. Revista
de Enfermagem da Universidade federal de Santa Maria, v. 2, n. 2, p. 365-374,
Minas Gerais, 2012.

LAUTNER, M. A. F A. Percepções Sobre Aspectos Clínicos e Epidemiológicos


da Hanseníase: Utilização de Inquérito Domiciliar em uma Área Endêmica de Minas
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Gerais. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem da


Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2014.

LIMA, H. M. N; SAUAIA, N; COSTA, V. R. L; NETO, G. T. C; FIGUEIREDO, P. M. S.


Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase atendidos em Centro de Saúde
de São Luíz, MA. Revista Brasileira Clínica Médica, v.8, n. 4, p. 323-327, São
Luís-MA, 2010.

MINAYO, M.C.S. Análise qualitativa: teoria, passos e fidedignidade. Ciência e


Saúde Coletiva. v.17, n.3, p.621-626, 2012.

MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 25 ed, Petrópolis:


Vozes, 2007.

______.O desafio do conhecimento: Pesquisa qualitativa em saúde. 12. ed. São


Paulo: Hucitec, 2010.

OLIVEIRA, Maxwell Ferreira de. Metodologia Científica: um manual para a


realização de pesquisa em Administração. Universidade Federal de Goiás,
Catalão, 2011. 73p.

OLIVEIRA, F. F. L; MACEDO, L. C. Perfil epidemiológico dos portadores de


hanseníase em um município da região centro-Oeste do Paraná. Sábios: Revista
de Saúde e Biologia, v. 7, n. 1, p. 45-51, Maringá-PR, 2012.

PEREIRA, D. L; BRITO, L. M; NASCIMENTO, A. H. RIBEIRO, E. L; LEMOS, K. R.


M; ALVES, J. N; BRANDÃO, L. C. G. Estudo da prevalência das formas clínicas da
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Agrárias e da Saúde, v. 6, n. 1, p. 55-57, Anápolis, 2012.

PIRES, C. A. A. et al. Hanseníase em menores de 15 anos: A importância do exame


de contato. Ver. Paul Pediatr. 30 (2): 292-5, 2012.

RODRIGUES, R. N. Análise espacial da hanseníase no município de Belo


Horizonte e sua relação com o índice de vulnerabilidade da saúde. Dissertação
de mestrado (Mestrado em Enfermagem). Universidade Federal de Minas Gerais.
Escola de Enfermagem. Belo Horizonte-MG, 2015.

SANTOS, M. D. M. Incidência da hanseníase no Brasil. Trabalho de Conclusão de


Curso (Graduação em Enfermagem) – Curso de Enfermagem, Faculdade de Ciência
e Educação SENA AIRES, Valparaíso de Goiás, Maio/2014.

SOUZA, V. B; SILVA, M. R. F; SILVA, L. M. S; TORRES, R. A. M; GOMES, K. W. L;


FERNANDES, M. C; JEREISSATI, J. M. C. L. Perfil Epidemiológico dos Casos de
Hanseníase de um Centro de Saúde da Família. Revista Brasileira de Promoção
da Saúde, v.26, n.1, p. 110-116, jan./mar. Fortaleza, 2013.

WHO: World Health Organization. Weeklyepidemilogical Record. n. 35, p. 365-380,


Geneva, 2013.
27

APÊNDICES
28

ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ


GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS


PACIENTE Nº

ASPECTOS SOCIAIS

1. Idade: ________
2. Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino
3. Raça: ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda ( ) Indígena
4. Escolaridade: ( ) Sem instrução ( ) Ensino fundamental incompleto
( ) Ensino Fundamental completo ( ) Ensino Médio incompleto
( ) Ensino Médio completo ( ) Ensino Superior incompleto
( ) Ensino Superior completo ( ) Pós-graduação
5. Estado civil: ( ) Solteiro (a) ( ) Casado (a)/ União estável
( ) Divorciado (a) ( ) Viúvo (a)

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

6. Residência: ( ) Zona urbana ( ) Zona rural


7. Renda familiar: ( ) Menor que 1 salário mínimo ( ) Entre 1 e 2 salários
mínimos ( ) Entre 3 e 5 salários mínimos ( ) Maior que 5 salários
mínimos

ASPECTOS CLÍNICOS

8. Forma clínica: ( ) Hanseníase Indeterminada ( ) Hanseníase


Tuberculóide ( ) Hanseníase Dimorfa ( ) Hanseníase Virchowiana
( ) Não classificada ( ) Não sabe responder
9. Classificação operacional: ( ) Paucibacilar ( ) Multibacilar
( ) Não sabe responder
10. Avaliação do grau de incapacidade física no diagnóstico: ( ) Grau zero
29

( ) Grau I ( ) Grau II ( ) Grau III ( ) Não avaliado


11. Modo de entrada: ( ) Caso novo ( ) Transferência de outro município
( ) Recidiva ( ) Outros ingressos
12. Ano em que ocorreu a notificação: ____________

QUESTÕES NORTEADORAS

13. Qual o conhecimento que o (a) Sr. (a) tinha sobre hanseníase antes do
diagnóstico?
14. E hoje, depois do diagnóstico?
15. Foram dadas orientações por parte dos profissionais? Se sim, que tipo
de orientações?
16. O (a) Sr. (a) sabe como prevenir incapacidades físicas e
deformidades?
17. O apoio familiar durante o tratamento é importante? Por que?
30

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

APÊNDICE A – PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DA PESQUISA


Ofício S/N
Ilma. Sra. Nome da coordenadora

Coordenadora da Atenção Básica do Município de Cariús – Ceará

ASSUNTO: Pedido de autorização para realização de pesquisa

Cariús, ______ de _____________________2017.

Prezada Coordenadora

Solicito de Vossa Senhoria permissão para que MONAÍSA DENISE


ALBUQUERQUE JANUÁRIO, aluna da Escola de Saúde Pública do Ceará, possa
realizar estudo de campo com portadores de hanseníase acompanhados na
Estratégia Saúde da Família, a fim de coletar dados para subsidiar seu projeto de
pesquisa intitulado: “PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO
MUNICÍPIO DE CARIÚS-CEARÁ”, tendo como objetivo geral: Analisar o perfil
clínico epidemiológico da hanseníase no município de Cariús-Ceará, sendo
orientada pela Prof.ª Ms. Olga Maria de Alencar.
É necessário salientar que a aluna solicitará o consentimento do questionário,
deixando claro os princípios éticos, obedecendo a Resolução nº 466/12 que trata de
pesquisa envolvendo seres humanos.
Saudações,
__________________________________________
Nome
Coordenador (a) da Escola de Saúde Pública do Ceará

__________________________________________
Nome
Coordenadora da Atenção Básica do Município de Cariús – Ceará
31

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

APÊNDICE C – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, Monaísa Denise Albuquerque Januário, enfermeira, estou realizando uma


pesquisa, a qual se intitula “PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DA
HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE CARIÚS-CEARÁ”, tendo como objetivo: Analisar
o perfil clínico epidemiológico da hanseníase no município de Cariús-Ceará.
Para a realização desta pesquisa, está sendo desenvolvido um estudo
que dispõe das seguintes etapas: seleção dos participantes, coleta dos dados,
análise e interpretação dos dados, redação final, correção ortográfica e defesa da
monografia.
Por essa razão, o (a) Sr (a). está sendo convidado (a) a participar da
pesquisa. Sua participação consistirá em responder aos itens constantes em uma
entrevista semiestruturada, contendo questões abertas que contemplam informações
sociodemográficas...e aspectos relacionados a...
O procedimento utilizado consistirá na pesquisadora fazer-lhes algumas
perguntas e gravar as respostas, que poderá trazer algum desconforto como se
sentir constrangida (a) diante de uma pessoa que você não conhece, ou ainda
vergonha pelo fato da gravação das falas no ato da entrevista. Contudo, é
importante que saiba que você não será identificado (a) em nenhum momento. Esta
pesquisa apresenta riscos mínimos aos participantes do estudo, pois todas as
medidas cabíveis serão adotadas para a proteção do indivíduo.
Após este esclarecimento do estudo, caso não esteja de acordo, a pesquisa
pode ser interrompida se o (a). Sr (a) julgar conveniente. Todas as informações que
o (a) Sr (a). nos fornecer será utilizada somente para esta pesquisa. Suas respostas
e demais informações fornecidas, serão confidenciais e seu nome não aparecerá no
questionário e nem quando os resultados forem apresentados.
32

A sua participação em qualquer tipo de pesquisa é voluntária. Caso o (a) Sr


(a). aceite participar, não receberá nenhuma compensação financeira. Também não
sofrerá qualquer prejuízo se não aceitar ou se desistir após ter iniciado a responder
o formulário.
Se tiver alguma dúvida a respeito dos objetivos da pesquisa e/ou dos
métodos utilizados na mesma, pode entrar em contato comigo através do número
(88) 999506935.
Se (a) o (a) Sr . estiver de acordo em participar deverá preencher e assinar o
Termo de Consentimento Pós-esclarecido que se segue, e receberá uma cópia
deste Termo.
33

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APÊNDICE D – TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS- ESCLARECIDO

Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o (a) Sr.


(a)____________________________________________, portador(a) da cédula de
identidade__________________________, declara que, após leitura minuciosa do
TCLE, teve oportunidade de fazer perguntas, esclarecer dúvidas que foram
devidamente explicadas pela pesquisadora, ciente dos serviços e procedimentos
aos quais será submetido e, não restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e
explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar
voluntariamente desta pesquisa.
E, por estar de acordo, assina o presente termo.

Cariús-Ce, _______ de ________________ de _______.

___________________________________________________________________
Assinatura do (a) participante ou Representante legal

Impressão dactiloscópica

___________________________________________________________________
Assinatura da Pesquisadora

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