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TDES – DIREITO DE INTEGRAÇÃO; UNIÃO EUROPEIA E MERCOSUL

Direito Internacional Público

Prof. Talitha Melo Franco Souto

- Trabalho manuscrito individual – valor 13 ptos.

- Para ser entregue no dia 07/06/2019.

Sobre o Direito de Integração:

1) O que são organizações internacionais supranacionais? Dê exemplo(s).

As organizações internacionais supranacionais são organismos internacionais que


estão acima dos interesses dos Estados (ou países) e são formadas para integrar países
e resolver os conflitos entre estes.

Exemplos: O Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Internacional para


Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e a Organização Mundial do Comércio (OMC),
todas envolvidas em questões econômicas.

2) O que é Direito de Integração?

O Direito da Integração é composto por Organizações Internacionais,


Intergovernamentais de integração temos sujeitos com personalidade jurídica de
Direito Internacional público, o que significa dizer que tais organizações poderão
celebrar tratados internacionais em seu próprio nome, representando todos os
estados integrantes do bloco.
O Direito da Integração tem como objeto principal a integração de natureza
eminentemente comercial e econômica, visando ao incentivo do comércio
internacional de uma região … é um desdobramento do Direito Internacional
Clássico ….

Sobre a União Europeia:

3) Discorra sobre a evolução histórica da União Europeia (UE).

- Fale sobre as Comunidades que precederam a UE.

Podemos dizer que o embrião que, mais tarde, veio a dar origem à União Europeia foi
o Benelux, um grupo econômico formado por Bélgica, Holanda e Luxemburgo, criado em
1944. Inicialmente, esse bloco funcionava como uma União Aduaneira, isto é, com reduções
nas tarifas de importações e exportações entre os estados-membros e a adoção de uma
Tarifa Externa Comum (TEC).

Em 1952, juntaram-se ao Benelux: França, Alemanha e Itália, dando origem à CECA


(Comunidade Europeia do Carvão e do Aço), criada no sentido de estabelecer um
mercado siderúrgico em comum para integrar a produção industrial e o fornecimento de
matérias-primas em todo o agrupamento. Vale a ressalva de que, mesmo assim, o Benelux
continuou existindo paralelamente, mantendo-se até os dias atuais.
Posteriormente, a fim de ampliar os acordos referentes à CECA, os seis países-membros
reuniram-se no dia 25 de março de 1957 para assinarem o Tratado de Roma, que deu
origem à CEE (Comunidade Econômica Europeia), também conhecida por MCE (Mercado
Comum Europeu). A partir daí, os acordos econômicos foram ampliados, deixando de se
limitarem a questões referentes à siderurgia. Era a primeira vez que a Europa integrava em
grande escala algumas de suas principais potências econômicas em um mercado comum.

Após a formação da CEE, ingressaram no bloco nas décadas seguintes: Inglaterra, Irlanda,
Dinamarca, Grécia, Espanha e Portugal, totalizando aquilo que se convencionou chamar
de A Europa dos 12. Em 1989, com a queda do Muro de Berlim, a Alemanha Oriental
também foi incorporada ao bloco.

Atualmente (2016), o bloco conta com 28 países-membros. Além disso, Turquia, Ucrânia e
Macedônia negociam suas entradas no bloco, enquanto a República de San Marino
encontra-se em fase de adesão. O Reino Unido decidiu em referendo popular - Brexit - pela
saída da União Europeia, que acontecerá em um futuro próximo.

-Sobre a ordem e as inovações dos tratados da UE.

Os principais tratados que contribuíram para a formação da UE foram:


 Tratado de Roma, de 1957, que criou a Comunidade Econômica Europeia (CEE) e
instituiu o chamado mercado comum europeu (ou MCE);
 Tratado de Maastricht, de 1992, que criou a moeda Euro; o Tratado de Amsterdã, de
1997, que instituiu a Política Estrangeira de Segurança Comum (PESC);
 Constituição Europeia, de 18 de junho de 2004, que deu base institucional para UE;
 Tratado de Lisboa, de 2007, assinado no dia 13 de dezembro e que reformou alguns
pontos da Constituição Europeia.

-Sobre o último tratado que reformulou alguns aspectos da UE.

-Entrada dos Estados membros (quais e quantos são atualmente).

A União Europeia (UE) é resultado de uma série de tratados firmados entre muitas das
nações europeias ao longo da segunda metade do século XX. Essa união tem caráter
político e econômico e, antes da saída do Reino Unido, detinha 28 nações.

Os países membros são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia,


Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia,
França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países
Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Suécia. O Reino
Unido por meio de um plebiscito em junho de 2016 decretou a saída no bloco econômico.
Porém, a saída do país ainda não foi oficializada.

-Sede da UE.

4) Explique o que são e quais são os denominados “critérios de Copenhage”.

Os Critérios de Copenhaga são as regras que definem se um país é elegível para aderir à
União Europeia. Os critérios exigem que o Estado tenha instituições que preservem
a democracia e os direitos humanos, atue com a economia de mercado e assuma suas
obrigações na União Europeia
Para aderir à União Europeia, um Estado deve cumprir três critérios:
Critério político
A existência de instituições estáveis que garantam a democracia, o Estado de direito,
os Direitos humanos, o respeito pelas minorias e a sua protecção.
Para que o Conselho Europeu decida a abertura das negociações, deve ser cumprido este
critério.
Critério económico
A existência de uma economia de mercado que funcione efectivamente e capacidade de
fazer face às forças de mercado e à concorrênciada União.
Critério do acervo comunitário
A capacidade para assumir as obrigações decorrentes da adesão, incluindo a adesão aos
objetivos de união política, económica e monetária.

5) Qual o tripé, os 3 pilares principais da UE?

Os três pilares eram:

 1.º pilar: as Comunidades Europeias, herdeiras da Comunidade Europeia do Carvão e


do Aço, da CEE e do tratado Euratom. Retomam o Tratado de Roma revisto pelo Acto
Único Europeu. Compõe-se de um pilar supranacional relativo às políticas integradas
(Política agrícola comum, união alfandegária, Mercado interno, euro, etc.). Para as
matérias relevantes deste pilar, os Estados membros transferiram uma parte
relativamente importante das suas competências e soberania para a União Europeia.
 2.º pilar: a Política Externa e de Segurança Comum (PESC). Cooperação
intergovernamental, em matéria de assuntos externos e de segurança.
 3.º pilar: a Cooperação política e judiciária em matéria penal.

6) Quais são os principais órgãos da UE?

A Comissão e o Conselho Europeu (poder executivo), o Parlamento Europeu (poder


legislativo) e o Tribunal de Justiça da União Europeia (pode legislativo).

7) O que significa dizer que a UE é uma união econômica e monetária?

Porque possui um é um mercado comum dotado de uma moeda única.


A União Económica e Monetária (UEM) consiste no processo de harmonização das políticas
económicas e monetárias dos Estados-Membros da UE, com vista à instituição de
uma moeda única. A UEM combina duas vertentes:

 monetária - com o objetivo da manutenção da estabilidade dos preços, traduz-se pela


definição de uma política monetária única
 económica - procura assegurar um crescimento económico sustentado, a médio e
longo prazo, e a coordenação das políticas económicas dos Estados-Membros.

8) Qual o órgão jurisdicional da UE? O cidadão europeu tem acesso direto a ele?
O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) interpreta o direito europeu para garantir
que este é aplicado da mesma forma em todos os países da UE e delibera
sobre diferendos jurídicos entre governos nacionais e instituições europeias.

Qualquer cidadão ou empresa que se considere lesado na sequência de uma ação ou de


inação de uma instituição europeia ou do respetivo pessoal, pode recorrer para o TJUE,
de duas formas:

indiretamente através dos tribunais nacionais, os quais podem decidir remeter o


caso para o TJUE
diretamente para o Tribunal Geral, se uma decisão de uma instituição europeia o
afetou direta e individualmente

9) Cite pelo menos 3 prerrogativas dos cidadãos europeus.

Os direitos fundamentais, deveres e garantias consignados na Parte II do TCE são:

 liberdade de circulação e direito de residência no território dos Estados-Membros (art.


18º);
 direito de eleger e de ser eleito nas eleições para o Parlamento Europeu e nas
eleições municipais do Estado-Membro de residência (art. 19º);
 direito à proteção diplomática e consular (art. 20º);
 direito de petição ao Parlamento Europeu (art. 21º);
 direito de recorrer ao Provedor de Justiça Europeu (art. 21º).

10) Como ocorre a aplicabilidade das normas da UE no direito interno dos Estados
membros?

Direito Interno, é aquele cuja “principal fonte é a lei editada pelo Estado, conforme
procedimentos específicos que têm vigência e eficácia nos limites do território nacional e
através do qual se busca um controle social”. É interno porque se compõe de normas que
cada país adota, voluntariamente, na qualidade de Estados soberanos. O Direito
Internacional não se aplica apenas no plano externo, mas também no interior dos Estados,
nas relações com os particulares, sendo um equívoco pensar em Direito Interno e Direito
Internacional de forma estanque. Eles são interdependentes. Os Estados, declarando-se
soberanos, não reconhecem nenhuma autoridade sobre eles. Celebram acordos que
estabelecem cooperação recíproca, sem depender de nenhuma autoridade de sobreposição.

11) Qual lei prevalece em caso de conflito entre direito interno e direito europeu?

No que diz respeito ao direito europeu, o princípio europeu do primado do direito da UE é


aplicável nos Estados-Membros. Nos termos deste princípio, em caso de conflito, a
legislação europeia prevalece sobre o direito nacional do Estado-Membro (leis, decretos,
etc.). Este princípio é aplicável tanto em caso de conflito entre o direito nacional e o direito
primário da UE (os tratados), como entre o direito nacional e o direito secundário da UE
(regulamentos, diretivas, etc.). De acordo com o entendimento maioritário, nem os
instrumentos jurídicos nacionais supremos estão isentos – o direito europeu prevalece
inclusivamente sobre a Constituição e sobre as leis constitucionais dos Estados-Membros.
12) Explique o que é o espaço Schengen.

13) O que é o Brexit? Em que estágio se encontra?

Sobre o Mercosul:

14) Discorra sobre a evolução histórica do Mercosul.

- Sobre a ordem e evolução dos tratados.

- Entrada dos Estados membros (quais e quantos são).

- Quais são os Estados associados.

- Sede do Mercosul.

15) Qual a principal inovação trazida pelo Protocolo de Olivos em relação ao sistema de
resolução de

controvérsias do Mercosul?

16) Quais os órgãos jurisdicionais do Mercosul?

17) Qual a principal inovação trazida pelo Protocolo de Ushuaia?

18) Como é a composição e representação do Parlasul?

19) O que significa dizer que o Mercosul é um mercado comum? Cite pelo menos 3
características.

20) Quais são os 3 principais órgãos do Mercosul com capacidade decisória?

21) Como ocorre a aplicabilidade das normas do Mercosul no direito interno dos Estados
membros?

22) Quais são as prerrogativas dos cidadãos do Mercosul?

23) Por que e quando a Venezuela foi suspensa do Mercosul?

23 - A Venezuela é suspensa do Mercosul por duas vezes. A primeira, em dezembro, foi por
descumprir regras de adesão ao bloco por questões técnicas, como a não-aplicação de
acordos e normas no país.

A nova suspensão é decidida com base no Protocolo de Ushuaia, a cláusula democrática do


Mercosul, por conta da Assembleia Constituinte instalada na sexta-feira. Com a suspensão
pelo Protocolo de Ushuaia, a Venezuela só pode voltar ao bloco após uma mudança de
regime, com eleições democráticas.... –

Entre as condições para o levantamento das sanções estão a libertação dos presos
políticos, a restauração das competências do Legislativo, a retomada do calendário eleitoral
e a anulação da Assembleia Constituinte....

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