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Escoamento Na Camada

Limite, Re

Recomendado:
Boundary Layer Flow` movie & film notes

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N. Reynolds e seu efeito no escoamento

Uext
Uext

L Re >> 1

Re ~ 1
Região onde predominam
efeitos viscosos com presença VL Termos Inerciais 
Re  
de gradientes de velocidade  Termos Vis cos os
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Classificação do Escoamento
 D V*  =  1  2 *  1  *
   p *
  V  g
 Dt   FrL 
   Re L 
Termo Força Termo Força
Inercial Pressão Viscoso Campo

Re << 1 escoamentos dominados pelas forças viscosas:


balanço entre Pressão e Termo Viscoso.

Re ~ 1 todos os termos são igualmente importantes na


Eq. NS.

Re >> 1 escoamentos dominados pelas forças inerciais:


balanço entre Inércia e Pressão no núcleo do escoamento,
perto das paredes existência de Camada Limite.

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Escoamentos com ReL >> 1
‘Euler & Camada Limite
0
 D V*  =  1  2 *  1  *
   p*   V  g
 Dt   Re L   FrL 
 
Termo Força Termo Força
Inercial Pressão Viscoso Campo

Para ReL >> 1 a contribuição dos termos viscosos é muito


pequena. O balanço de forças se dá entre os termos
convectivos e pressão. Resulta na equação de Euler:


 
 Vi   Vj Vi

P
t x j x i

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Escoamentos com ReL >> 1
‘Camada Limite & Euler’ Região onde a Eq.
Euler é válida,os
efeitos viscosos são
desprezíveis; região
fora da Camada
d Limite

Região da Camada
Limite onde os efeitos
L viscosos não são
desprezíveis; a Eq.
Euler não é válida,
dentro

Flat Plate Movie Nose Movie


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Escoamentos com ReL >> 1
‘Camada Limite

Prandtl, no começo do séc XX, iniciou estudos de escoamento


próximo à parede e observou a existência de uma ‘Camada
Limite’.

Uma ‘pequena região’ onde os efeitos viscosos, originalmente


negligenciados, são importantes.

Este estudo resolve o paradoxo D’Alembert, resulta na


esperada força de arrasto não prevista pelo modelo de Euler!

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Características da Camada Limite
Região Externa: os efeitos viscosos são desprezíveis, escoamento
pode ser modelado por Euler ou Potencial.
Região Interna: os efeitos viscosos e os de inércia são igualmente
importantes. Há atrito na parede. Bernoulli não pode se usado.
y = d(x) há um ‘casamento’ entre a região externa e a interna.
Ambas soluções devem coincidir para y = d(x)

d(x) = espessura
camada limite

d(x)/L << 1

Camada limite hidrodinâmica sobre uma placa plana


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Camada Limite
A camada limite hidrodinâmica é uma pequena região próxima
da parede ou ‘shear layer’ onde existe um forte gradiente de
velocidades.

Esta região que faz a ‘ponte’ entre a parede e o escoamento


externo, Euler. Dentro da C.L. os efeitos viscosos são
igualmente importantes.

Importante
característica
da C.L. d
 1
L

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Processo matemático da camada limite
Problema de perturbação singular
A Camada Limite é uma solução que faz uma ‘ponte’
entre o escoamento perto da parede e aquele que acontece
‘longe’ da parede.
A velocidade u varia de 0 (parede) para Uo rapidamente
na C.L. para atingir o escoamento externo. No escoamento
externo u varia lentamente.

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Solução Geral p/ m0 x t 
m  c t
e
m
 e
 t
c 
 m
Eq.(1)
 
/m >> c/ porque m0. A solução geral possui duas constantes de
tempo: uma de decaimento lento e-(c/)t e outra de decaimento rápido e-
(/m)t
m  c t m  m t t
x t  e  e e x t   e m Eq.(2)
 

m  c t
O termo que decai vagarosamente, x t  e

é a solução da eq.: mx  x  cx  0
0

Para t = 0, x(0)=0 e x’(0)=0 que não satisfazem C.I. x(0)=0 e x’(0)=1!

A solução aproximada, Eq.(2), sol. não satisfaz x(0)=0 e x’(0)=1

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O termo que decai rapidamente surge na
equação geral. Ele só existe nos primeiros
instantes e, por meio dele, a solução pode
satisfazer as C.I. : x(0)=0 e x’(0)=1

x(t) 1.2 m  c t decaimento


x t  e
 lento
decaimento

1
rápido

0.8

0.6

0.4 m=0.01
m=0.05
0.2 m=0.08

0
0 0.5 1 1.5

(t)t

Veja uma breve introdução ao método de perturbação no link:

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Equações da Camada Limite

2D Isotérmica

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ESCOAMENTO PARABÓLICO
uma direção predominante – one way flow

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Equação N-S para Camada Limite Bi-dimensional (x,y)
Como d/L << 1 pode-se mostrar, através da análise de escala, que
u/y >> u/x e a eq. N-S reduz para
 u u u  p   2u 
momento x   u v      2 
 t x y  x
 

y 

d dy
momento y  0   p y
Isto faz que a eq. dir. x seja parabólica
e que a eq. dir. y informe apenas que
não há grad pressão normal `a C.L.
Como d/L << 1 os efeitos de curvatura
dentro da camada limite são
desprezíveis, p/  y = 0 e (x,y)
também pode representar coordenadas
curvilíneas nas direções paralela e
normal à superfície do corpo.
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Natureza da eq. C. Limite: Parabólica
A solução desta EDP marcha para frente no tempo mas é ‘difusiva’
no espaço.
Introduzindo uma perturbação em P, ela só influenciará parte do
domínio computacional onde t > tP
y (t,b)
b

(0,y)
P(tp,yp)

0 (t,0) at
• A pertubação em P NÃO influencia valores de  para t < tp
• As EDP com este comportamento são classificadas como
PARABÓLICAS.

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O Problema Fundamental

Escoamento Isotérmico sobre uma Placa Plana:


solução exata de Blasius

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U0 u(x0,y) = q(y) u(x,) = U0

x0 x
u(x,0) = 0
v(x,0) = 0
u v
massa   0
x y

 u u u   2u 
momento x   u  v    2 
 t x y   y 
 
d dy

momento y  0   p y

 u  x, 0   0 não deslizamento

 u  x,    U 0 casamento com solução externa
C.C. 
u  x0 , y   f  y  perfil de velocidade u
 v  x, 0   0 sem sucção ou injeção de massa

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Análise de escala

A análise de escala na camada limite aplicada na placa plana em


regime laminar mostra que:

A espessura da C.L., d, escala com: d 1 d 1


 ou 
onde L é o comprimento da placa. L Re L x Re x

1
A coeficiente de atrito de Fanning Cf  x  
escala com: Re x

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Solução por Similaridade

Reduz o número de variáveis independentes;


Perfis similares são proporcionais aos perfis em diferentes posições
x através de fatores de escala em U e y:

u  y g  x1   u  y g  x2 

U0  x1  U0  x 2 

O fator de proporcionalidade para:


1. Velocidade é a própria velocidade externa U0 e,
2. Coordenada y é uma função g(x) (espessura camada limite
d(x)) a ser determinada.

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Busca Por Similaridade

Considere a transformação de variáveis:

  Ayx a  g  x   1 Ax a

  Bx b f  

Vamos procurar os coeficientes a e b tais que:


i. O número de variáveis independentes (x,y) devem ser
reduzidas de 2 para 1 (a variável )
ii. As condições de contorno devem ser reduzidas de 4 para 3!

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Equação de Blasius

2f   ff   0
 u  x, 0   0  f   0  =0 nao deslizamento

 u  x,    U 0  f     =1 casamento esc. externo
C.C. 
 v  x, 0   0  f  0  =0 sem succao ou injecao
u  x0, y   q  y  ja satisfeita, perfil similar

  U 0x  f  
U0
 y
x
U 0
 f      f   f 
u 1
v=
U0 2 x

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Coeficiente de Atrito de Fanning

 u f   0  U 0
U0
w y y  0
x
Cf   
1 U 2 1 U 2 1 U 2
2 0 2 0 2 0

Sabendo que 2f   0  0.664


f’’(0) = 0,332053 Cf  
Re x Re x

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Os perfis de f e derivadas e sua associação às
variáveis físicas do problema

f   
U0x Para  > 5, f() assume o limite
assintótico: f() = -1.73, então , u
e v passam a ser:
 U0x    1.73    U 0 y  1.73 U 0x
u    y  U 0

v    x  0.865 U 0 x

f    
u
U0

 f   f  
1 v U 0x
2 U0 

- 
f    
C Rex  U0 x  Re x
f   0  f
2
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Perfil de Velocidade v (Transversal)
0.865

A componente transversal da velocidade não pode satisfazer a c.c.


y, a eq. q.movimento em y foi desprezada. Para  ,
f() = -1.73

O valor de v/U0 = 0.865/Rex indica que o escoamento é


deslocado lateralmente devido ao espessamento da C.L. Note
porém que para Rex >> 1, v/U0 0
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Download Mathematica-9 notebook: BLASIUS.nb

 f f’ f’’
Solução Numérica

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Extrato do programa Blasius.ma
Calcula valor inicial para f’() = 1-> f”(0) = 0,332065

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Solução Por Similaridade

O perfil de velocidades é similar para valores de  constante.


Isto é, u/U0 = constante desde que  seja constante. Para isto
é necessário que:

U0 2 2 
y =C y C x
x U0

Sendo que 0  C  max .


Observe que para  constante, y ~ x1/2

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Espessura da Camada Limite

Valor arbitrário. Usualmente é definida como sendo a distância


onde:
u
 0.99  f       5.0
U0
U0 d 5
y  5.0  
x x U0 x

• Exemplo: U0=1m/s e x = 1m, fluidos: ar e água

Rex d (cm)
água 1.00E+06 0.5
ar 6.70E+04 1.9

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Crescimento da Esp. C.L. x Inclinação da Linha de Corrente
Na borda da C.L. ,  = 5, deseja-se conhecer:
(1) inclinação da linha de corrente
0.865
dy V

dx U  2 Re

1
 
f   f 
x Rex
(2) inclinação da espessura da C.L.
d 5 dd  2.5 
   
x Rex dx  Re 
 x 
2.5 u/U=0.99
U0
0.86
y d

As linhas de corrente são menos inclinadas que a espessura da C.L.


portanto massa é entra na C.L., mas numa taxa muito pequena
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Variável Similaridade 
Note que a variável de similaridade  é dada por:

U0
y xU0 y y
 y   
x x  x Rex d x
• Ela introduz uma ‘ampliação’ da coordenada y. Isto é
fundamental para que as forças viscosas sejam da mesma
ordem de grandeza das forças inerciais dentro da C.L.

• Nesta transformação y, que era ‘pequeno’ , passa a ter


ordem de grandeza unitária. Isto é chamado de técnica
‘scale streching’ e é frequentemente empregada em
métodos de perturbação.

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Validade da Solução

Próximo do bordo de ataque da placa, x0 e d/x 1.


d 5
 1
x U0 x

Nesta região o termo 2u/ x2 é da mesma ordem de 2u/ y2 ; a


equação q. mov. Y não pode ser desprezada,

Isto significa que a aproximação das Eq. C.L. não é válida;


uma solução próximo de x->0. Deve ser obtida com a Eq.
N.S. somente!

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Releitura da Difusão x Convecção na C.L.

1o Problema
U0 d  t de Stokes

y
difusão

convecção x
x
t
U0

d t    x U0 
  1 U 0x   1 Re x
x x x2

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Outras soluções por similaridade

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Equação Camada Limite bi dimensional (x,y) com P/ x0

 u u u  p   2u 
momento x   u v      2 
 t x y  x
 

y 

d dy
momento y  0   p y
Na C.L. a pressão só varia na dir. x, na dir. y ela é constante!
Externo à C.L. o escoamento é irrotacional e podemos aplicar
Bernoulli para associar a vel. externa à C.L. ao longo do corpo, U,
com a pressão:
P U
P  12 U 2  const   U
x x x, U(x)

• A eq. mov. na direção x, passa a u u u U 2u


u v U  2
ser também em função de U: t x y x y

• A velocidade externa, U(x) vem do escoamento potencial.


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Falkner-Skan Flows - 1931
Solução por similaridade revela efeitos causados por um gradiente de
pressão externo no escoamento da camada limite. Limitado a
escoamentos em objetos em forma de cunhas (wedge flow).

U  x   kx m

Veja solução similar F-S no link. Veja escoamento potencial externo na


solução de F-S na aula de ‘Escoamento Potencial’
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Soluções Exatas de Camada Limite Com
Ausência de Parede

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Escoamentos com ReL >> 1 ‘Camada Limite & Euler’

A aproximação da Camada Limite também se aplica para escoamentos


com ausência de parede!
Esta classe de escoamento é genericamente denominada escoamentos
cisalhantes ou ‘Shear Flows’ e constitui basicamente pelos
escoamentos mostrados na figura.

Jatos (jet flow) Camadas cisalhantes


Esteiras (wake flow) (shear flow)

Região onde a Eq. Euler é válida, os Região da Camada Limite, os efeitos


efeitos viscosos são desprezíveis, viscosos não são desprezíveis,;a Eq.
está fora da Camada Limite Euler não é válida, dentro

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Shear Flow

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2D Jet Flow

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Jato Axi-Simétrico Turbulento

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The Plane Laminar Wake

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Onde a Teoria da Camada Limite

Não Se Aplica

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Separação do Escoamento
PARABÓLICO / ELÍPTICO

descolamento recolamento
descolamento

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Separação na C.L. numa Esfera
PARABÓLICO / ELÍPTICO • Escoamento de água
com Re 15000 em esfera.

• Figura superior: ocorre


uma C.L. laminar até no
ponto de separação ~ 82
graus.

• Figura inferior: com o


auxílio de um fio (trip
wire) a C.L. laminar
transiciona para
turbulenta e o ponto de
separação se desloca para
~ 120 graus.

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ESCOAMENTO ELÍPTICO:
recirculação presente,
mais de uma direção predominante

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Separação do Escoamento e Camada Limite
No ponto de separação d/L ~O(1), portanto as aproximações
da C.L. não são válidas, o escoamento é Elípitico!

separação

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ESCOAMENTO ELÍPTICO:
recirculação presente,
mais de uma direção predominante

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Referências da Aula

F.M. White, Viscous Flow, MacGraw Hill 2006, 3rd ed


H. Schlichting, Boundary Layer Theory, Springer 1999, 8th ed.
L. Rosenhead, Laminar Boundary Layers, Oxford Press, 1963.

Acesse os links abaixo para acesso as notas de aula sobre C.L.

Equações da Camada Limite Bi-Dimensional

Soluções por Similaridade da C.L. 2D


TEORIA DA CAMADA LIMITE
Equação Integral da C.L. 2D
HIDRODINÂMICA
Métodos Numéricos Aplicados à C.L. 2D

Camada Limite Tri-Dimensional

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FIM

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