Professional Documents
Culture Documents
Cálculo IV
Equações Diferenciais
Material de apoio pedagógico elaborado para a disciplina de Cálculo IV, dos
cursos de Engenharia Civil, Eletrônica e Química do Centro Universitário Padre
Anchieta.
Unianchieta
2
= Sumário =
1. Equações Diferenciais.................................................................................................................. 4
Introdução..................................................................................................................................... 4
Definição....................................................................................................................................... 4
Ordem e Grau................................................................................................................................. 5
Exercícios...................................................................................................................................... 8
Exercícios....................................................................................................................................... 9
3. Equações Separáveis......................................................................................................................10
Exercícios.......................................................................................................................................12
Exercícios..................................................................................................................................... 14
Método de Resolução.................................................................................................................... 15
Problemas Resolvidos................................................................................................................... 16
Teorema........................................................................................................................................ 18
Exercícios..................................................................................................................................... 18
A Equação Característica.............................................................................................................. 18
Exercícios...................................................................................................................................... 21
Teorema........................................................................................................................................ 21
Exercícios..................................................................................................................................... 23
Exercícios..................................................................................................................................... 25
3
Exercícios ..................................................................................................................................... 30
1. Equações Diferenciais
Introdução
As palavras diferencial e equação certamente sugerem a solução de algum tipo
dy
A derivada de uma função y = f(x) é por si própria uma outra função f ’(x)
dx
2
determinada por uma regra apropriada. Por exemplo, a função y= e x é diferenciável,
dy
2 xe x . Se substituirmos e x pelo símbolo y, temos:
2 2
sendo sua derivada dada por
dx
dy
=2xy.
dx
Imagine agora, que um amigo seu simplesmente passasse a você a equação diferencial
dy
=2xy e que você não tenha ideia de como ela foi construída. Seu amigo pergunta:
dx
Qual é a função representada pelo símbolo y? Você está agora diante de um dos
Definição
incógnita y.
2
dy d 2 y dy d3y d2y
5x 3 (a) ey
2 1 (b) 4. sen( x). 5xy 0 (c)
dx dx2 dx dx3 dx2
3
d2y 2 y 2 y
7 2
2 3 y y 3 5x (d)
dy dy
4 2 0 (e)
dx dx dx t 2 x
derivadas parciais.
As equações (a) e (d) são exemplos de E.D.O., pois a função incógnita y depende
unicamente da variável x. A equação (e) é uma E.D.P., pois y depende das duas
variáveis independentes t e x.
Ordem e grau
A ordem de uma equação diferencial é a ordem da mais alta derivada que nela
comparece.
A equação (a) é uma E.D.O. de primeira ordem; (b), (d) e (e) são de segunda ordem.
(Note-se que, em (d), a ordem da mais alta derivada que aparece é dois). A equação (c)
O grau de uma equação diferencial, que pode ser escrita como um polinômio na função
incógnita e suas derivadas, é a potência que se acha elevada a derivada de ordem mais
alta.
A equação (d) é uma E.D.O. de grau três, pois a derivada mais alta(a segunda, no caso)
se acha elevada à potência três. As equações (a) e (e) são exemplos de equações
Nem toda equação diferencial pode ser classificada segundo o grau. Por exemplo, a
equação (b) não possui grau, pois não pode ser escrita sob forma de um polinômio na
Por exemplo, a equação y’ = y + senx está na forma normal, onde f(x, y) = y + senx, e a
Obs.: A equação ex y’ = -e2xy + senx não está na forma normal, podendo, contudo, ser
dy
Por exemplo, y x 2 1 é uma solução particular da equação diferencial 2 x , pois
dx
dy
se derivarmos a função y x 2 1 , obteremos y’ = = 2x.
dx
diferencial. Desta forma, a solução geral é dada por y x 2 c , onde c é uma constante
a solução é uma família de parábolas, algumas das quais estão traçadas a seguir.
y x2 2 c 2
y x2 1 c 1
y x2 c 0
y x 2 1 c 1
8
Exercícios
1) Verificar que cada uma das funções dadas y = f(x) é uma solução da equação
diferencial dada.
a) Resolvido
d 2 y dy
x 5 0 , y = x2 + 5x
dx2 dx
Verificação:
dy
b) y’’+2y’+y = 0, y = 2e-x + xe-x c) x 2 y 4x , y = x2- 4x
dx
d2y dy
d) y 0 , y = 2senx + 3cosx e) y 2 cos x 0 , y = senx + cosx – e-x
dx2 dx
d2y
f) 16 y 0 , y = C1sen4x + C2cos4x
dx2
9
2. Diferenciação Implícita
x4 y 2
Por exemplo, vamos verificar que c 0 é uma solução implícita de
4 2
dy
x y 0.
3
dx
x4 y 2
c 0
4 2
4 x3 2 y. y'
00
4 2
x3 y. y' 0 (c.q.d)
Exercícios
2) Em cada caso, mostre que a função dada é uma solução implícita da equação
diferencial dada:
1 1 dy
b) 1 1
c 0 2
2 . 0
x y x y dx
c) x 4 y x3 y 4 c x 4
4 y 3 y'4x3 y 3x 2 0
d) x xy3 y 2 x2 y5 c 3xy 2
2x 2 y 5 y 4 y'2xy 2 y3 1 0
10
3. Equações Separáveis
Seja uma equação diferencial na forma diferencial M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0. Se
M(x, y) = A(x) (função somente de x) e N(x, y) = B(y) (função somente de y), temos
dy
Nota: Há casos em que na equação diferencial de primeira ordem f ( x, y) , f não
dx
dy dy
g (x) pode ser resolvida por integração. Por exemplo, se 1 e2 x , então
dx dx
temos:
e2 x
dy (1 e )dx dy (1 e )dx y x
2x 2x
c , que é a solução geral.
2
dy
Uma equação diferencial de primeira ordem da forma g ( x).h( y) também é
dx
dy 1
g ( x).dx g ( x)dx dy 0 , que se encontra na forma
h( y) h( y)
A( x)dx B( y)dy 0 .
11
a) dx e3x dy 0
e3x dy dx
dy 1
3x
dx e
dy e3x dx
dy e3x dx
e3 x
y c
3
5 dy (2x 1)dx
5 y x2 x c
x2 x c
y .
5
12
Exercícios
dy
a) x3 3x 1
dx
dy
b) x 6 cos x e7 x
dx
dy
c) x 2 2x 1
dx
d) y' y 2 x3
dy
e) x3 y 0
dx
f) cosx = 2ey.y’
condições subsidiárias relativas à função incógnita e suas derivadas, tudo dado para um
de valores de contorno.
Exemplo:
13
O problema y’’ + 2y’ = ex, y(π) = 1, y’(π) = 2 é um problema de valor inicial, pois as
y(x) que satisfaz não só a equação diferencial dada, mas também todas as condições
subsidiárias.
Exemplos:
dy
a) Resolva a Equação Diferencial de primeira ordem 3x 2 4 x 1 , sujeita à
dx
dy (3x 2 4x 1)dx
dy (3x2 4x 1)dx
y x3 2x 2 x c (Solução Geral)
3 1 2 1 c
c7
f "( x) 3x2 4x 2
f ' ( x) x3 2x2 2x c1
1ª Condição: f ' (1) 4 4 (1)3 2.(1)2 2.(1) c1 c1 5 e f ' ( x) x3 2x 2 2x 5
f ' ( x) x3 2x 2 2x 5
x 4 2 x3
f ( x) x 2 5x c2
4 3
04 2.03 x 4 2 x3
2ª Condição: f (0) 1 1 02 5.0 c2 c2 1 e f ( x) x 2 5x 1
4 3 4 3
Exercícios
dy
a) x 2 2x 1, f(-1) 4 d) e x dx ydy 0, f(0) 1
dx
dy dy
b) ex 5x 2 , f(0) 3 e) x 2 , f(0) 2
dx dx
dy dy
c) senx 1, f(0) 3 f) cos x, f(0) 2
dx dx
15
Seja uma equação diferencial na forma y’ = -p(x)y + q(x), isto é, como o produto de
uma função x por y, mais outra função de x, então a equação diferencial é uma equação
Um Fator Integrante
I ( x, y) e
P ( x ) dx
y’ – 2xy = x.
Método de Resolução
d y.I ( x, y)
escrever o primeiro membro como , cuja integração direta dá a solução da
dx
integração.
Problemas Resolvidos
1) Resolva y’ – 3y = 6
Aqui, p(x) = -3
I(x, y) = e = e 3 x
3dx
y’. e 3 x - 3y. e 3 x = 6 e 3 x e
d ye3x 6e3 x
dx
ye dx
3 x
6e
3 x
d dx
dx
ye3x 2e3x c
2e3 x c
y 3 x
3 x
e e
y ce3x 2
2) Resolva y’ – 2xy = x
d y.e x
2
xex
2
dx
d ( ye x )
2
dx dx xe dx
x2
18
1 2
yex ex c
2
1
y ce x
2
Teorema: A equação linear de primeira ordem y’ + p(x)y = q(x) pode ser transformada
Exercícios
dy
a) 3y 6 b) y'2 y e x
dx
dy dy
c) y'5 y 0 d) y 1 e) yx
dx dx
A equação característica
característica de (I).
19
A solução da equação (I) se obtém diretamente a partir das raízes(m1 e m2) de sua
Equação auxiliar(Característica): m2 + 6m + 8 = 0
∆ = 62-4.1.8 = 4
62
m1 2
2
62
m
2
62
m2 4
2
y’’ + 6y’ + 8y = 0
Equação auxiliar(Característica): m2 – 4m + 4 = 0
∆ = 42-4.1.4 = 0
4
m1 m2 2
2
Verificação: y ' 2c1e2 x c2e2 x 2c2 xe2 x e y' ' 4c1e2 x 2c2e2 x 2c2e2 x 4c2 xe2 x
y’’ – 4y’ + 4y = 0
4c1e2 x 2c2e2 x 2c2e2 x 4c2 xe2 x 4(2c1e2 x c2e2 x 2c2 xe2 x ) 4( c1e2 x c2 xe2 x )=0
4c1e2 x 2c2e2 x 2c2e2 x 4c2 xe2 x 8c1e2 x 4c2e2 x 8c2 xe2 x 4c1e2 x 4c2 xe2 x 0 0 0
Equação auxiliar(Característica): m2 + 4m + 7 = 0
∆ = 42-4.1.7 = -12
21
12 2i 3
m1 2 i 3
4 2i 3
m
2
m2 2 i 3
y e2 x c1 cos 3x c2 sen 3x
Exercícios
a) y’’ – 2y’ + 5y = 0
b) y’’ + 4y = 0
d2y dy
c) 4 2
4 y 0
dx dx
d) y’’ – y’ – 2y = 0
e) y’’ – 7y’ = 0
f) y’’ + 3y’ – 4y = 0
É toda equação do tipo y’’+by’+cy = k(x), onde b e c são constantes e k é uma função
contínua.
Teorema: Seja y”+ by’+ cy = k(x) e yp uma solução particular. Se yc é a solução geral
é y = yc + yp
22
u' y1 v' y2 0
onde u = g(x) e v = h(x) satisfaçam o sistema de equações
u' y1 v' y2 k ( x)
' '
parâmetros.
equação complementar y” – 9y = 0.
Agora, vamos procurar uma solução particular da equação diferencial que tenha a forma
1 1
3u' e3x 3(u' e6 x )e3x e3x 3u' e3 x 3u' e3 x e3 x 6u' e3 x e3x u' v' .e6 x
6 6
1 1 1 1 1 1
Então: u u' dx dx x , v v' dx e6 x dx e6 x e y p xe3 x e3 x
6 6 6 36 6 36
1 3x 1 3x
Logo, y xe e c1e3 x c2e3 x
6 36
23
Exercícios
7) Em cada caso, resolva a equação diferencial pelo método da variação dos parâmetros.
equação homogênea obtida substituindo k(x) por 0, isto é, y’’+by’+cy = 0. Isso foi
mostrado no capítulo 5.
Em seguida, obtemos uma solução particular(simbolizada por yp), com base nos
teoremas seguintes:
24
y p Ae3x
y 'p 3Ae3x
y"p 9 Ae3x
1 1
Substituindo na equação diferencial: 9 Ae 6 Ae 8 Ae e A e y p e3 x
3x 3x 3x 3x
7 7
1
y yc y p y e3x c1e2 x c2e4 x
7
25
Exercícios
b) y” – 2y’ - 3y = ex
c) y” + y’ = senx
d) y” – y’ – 2y = 4x
e) y” – 3y’ – 4y = 6ex
d2y dy
2
a by 0 a, b são constantes reais
dx dx
Solução:
y c1em1x c2em2 x
y c1em1x c2 xem1x
Caso 3: m1 = p + qi, m2 = p – qi
a2
y e px c1 cos(qx) c2 sen(qx) , onde p , q b
a
2 4
26
d2y dy
2
a by R( x) a, b são constantes reais
dx dx
Solução:
em1x em2 x
m1x
Caso 1: y c1em1x c2em2 x e R( x)dx
m2 x
e R( x) dx
m1 m2 m2 m1
e px senqx px e px cos qx px
Caso 3: y e (c1 cos qx c2 senqx) e R( x)senqxdx
px
e R( x) cos qxdx
q q
e4 x e x
x 4 x
Então, y c1e c2e
4x
e 6e dx
x
e( 1) x 6e x dx
4 (1) 1 4
6e4 x 3 x 6e x 2 x
5 5
c1e4 x c2e x e dx e dx
2e x 3e x
c1e4 x c2e x c1e4 x c2e x e x
5 5
Obs.: Este exercício foi proposto na página 23(exercício 8, item e), para se resolvido
7. Modelos Matemáticos
fenômeno da vida real em termos matemáticos, quer sejam eles físicos, sociológicos ou
ou datar fósseis por meio da análise do decaimento radioativo de uma substância que
princípio optar por não incorporar todas essas variáveis no modelo. Nessa etapa,
que estamos tentando descrever. Essas hipóteses deverão incluir também quaisquer leis
de uma ou mais variáveis, a descrição matemática de todas essas hipóteses pode ser uma
vez que a corrente i(t) está relacionada com carga q(t) no capacitor por
Importante!
Podemos escrever qualquer solução q(t ) et c1 cos 2 2 t c2 sen 2 2 t na
forma alternativa q(t ) Aet sen 2 2 t , onde A c1 c2 e Ø foram
2 2
c1
determinados com base nas equações: sen
c1
cos
c2 tg
A A c2
Você poderá encontrar maiores detalhes na obra de Dennis Zill, cuja referência se
Exercícios
Encontre a carga q(t) sobre o capacitor em um circuito em série RLC quando L = 0,25
henry (h), R = 10 ohms (Ω), C = 0,001 farad (f), E(t) = 0, q(0)= qo coulombs (C) e
i(0)= 0.
11) Ache a carga no capacitor e a corrente no circuito RLC dado. Ache a carga máxima
no capacitor.
5 1
L h , C f, R = 10 Ω, E(t) = 300 V, q(0) = 0 C e i(0) = 0 A.
3 30
Obs.: utilize o método dos coeficientes indeterminados.
31
3)
4) 5)
4 2
x 3x
a) y xc x3
19 a) y 2 c.e3 x
4 2 a) y x2 x
3 3 b) y e x c.e2 x
x7 e 7 x
b) y senx c 5x 3
c) y c.e5 x
7 7 b) y e x c
3
x3 d ) y 1 c.e x
c) y x 2 x c c) y cos x x 4
3 e) y x 1 c.e x
1
4 d ) y 2 2e x
d)y 4 2
x 4c 3
x
y 2
x4 e) y 2
e) c 3
2 4
f ) y senx 2
senx c
f ) y ln
2 2
6) 7) 8)
a) y e x c1 cos 2 x c2 sen2 x e3 x xe3 x 5
a) y
x
e4 x c1e6 x c2e3 x
a) y c1 c2e3 x
b) y c1 cos 2 x c2 sen2 x 9 3 196 14
x x b) y c1e c2 xe e ln x e2 x
2x 2x 2x
ex
c) y c1e
2
c2 xe
2 b) y c1e3 x c2e x
x4 4
d ) y c1e c2e
2x x c) y e3 x c1 c2 x cos x senx
12 c) y c1 c2e x
e) y c1 c2e7 x 5 2 2
d ) y c1e3 x c2e2 x x
d ) y c1e c2e 1 2 x
2x
f ) y c1e4 x c2e x 3
e) y c1e4 x c2e x e x
1
9)q(t ) qoe20t cos 60t sen60t ou, na forma alternativa,
3
10 20t
q(t ) qo e sen(60t 1.249)
3
10)4,568 C; 0,0509 s
Referências Bibliográficas