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Principios de direito penal

 Princípio da especialidade: Em um caso concreto, havendo duas normas


aparentemente aplicáveis, devemos aplicar a que possuir maior critério de
especialidade – Não tem relação com gravidade e sim com o melhor enquadramento
ao tipo penal previsto
 Princípio da subsidiariedade: Em caso de haver duas normas aplicáveis ao caso
concreto, se uma delas puder ser considerada subsidiária em relação à outra, aplica-se
a norma principal. – A norma subsidiária é menos ampla que a norma primária e
descreve menor grau de ofensa ao bem jurídico –
 Princípios da Consunção: A consunção ocorre quando um fato é tipificado como crime
mas ele é cometido na fase de preparação, execução ou exaurimento de outro crime
mais grave. – A atenção é dada aos fatos –
Hipóteses em que se aplica o princípio da consunção
a) Crime progressivo: É dito crime progressivo quando o indivíduo deseja praticar ato
mais grave e para isso se vale de atos de menor gravidade mas que servem para
alcançar o fim , realizando assim crescentes e sucessivas violações ao bem jurídico.
Sendo assim, responderá apenas pelo resultado final e mais grave obtido. – O
agente deve querer cometer apenas um crime.
b) Progressão criminosa: Subdivide-se em:
B1) Progressão criminosa em sentido estrito: Ocorre no caso de o agente praticar
determinado ato criminoso com a intenção de cometê-lo e após a consumação,
praticar outro fato, produzindo resultado mais grave – Há a presença de
pluralidade de elementos subjetivos: no início o agente quer um resultado, mas,
após consegui-lo, passar a desejar um resultado mais grave; Pluralidade de fatos:
Há prática de vários crimes (fatos)
B2)”Antefactum” impunível: É a prática delituosa que serviu como meio
necessário para atingir um crime fim – Trata-se de um crime meio.
B3) “Postfactum” impunível : É o fato menos grave praticado contra o mesmo bem
jurídico da mesma vítima após a consumação do primeiro crime - Responde
apenas pelo crime anterior (mais grave) praticado.
C) Crime Complexo: É o resultado da união de dois ou mais crimes autônomos, que
passam a funcionar como elementares ou circunstanciais do crime complexo. Pelo
princípio da consunção o agente responderá apenas pelo crime complexo.
 Princípio da Alternatividade: Há diversas críticas quanto a este princípio. É aplicado
aos chamados tipos alternativos mistos em que a norma incriminadoras descreve
várias formas de execução de um mesmo delito. Ex: O crime de participação em
suicídio (122) “pune quem induz, instiga ou auxilia alguém a cometer suicídio. Dessa
forma se o agente induz e também auxilia a vítima a se matar, comete só um crime.
 Princípio da Responsabilidade pessoal: O princípio da responsabilidade pessoal
afirma que ninguém pode ser punido por crime praticado por outrem, salvo
participação. Este princípio também declara que a responsabilidade por um crime é
pessoal e nunca coletiva, o processo pode ser coletivo mas as penas serão individuais
na medida da participação de cada sujeito. E por fim, pessoa jurídica apenas pode
praticar crime ambiental.
 Princípio da individualização da pena: Proíbe que a pena seja individualizada, mesmo
que os agentes tenham cometido o mesmo crime, cada um receberá a pena de
acordo com a sua participação.
I. Pena cominada (Abstrata – lei)
II. Pena Aplicada (Pelo juiz, levando em conta a pena base, as circunstancias e
por fim os agravantes/atenuantes)
III. Pena Executada (Cumprimento da pena)
 Princípio da Legalidade: Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena
sem prévia cominação legal.
A) Princípio da anterioridade: Uma pessoa só pode ser punida se na época em que
foi praticado o ato, este era tipificado como crime por uma lei em vigor. –
Irretroatividade da norma penal.
B) Princípio da reserva legal : Apenas a lei em sentido formal pode descrever
condutas criminosas. É proibido decretos, medidas provisórias ou outras formas
legislativas para incriminar condutas.
 Normas penais em branco não ferem o princípio da reserva legal ( são
aquelas que exigem complementação por outras normas)
2- Retroatividade da lei penal benéfica: Estabelece que ninguém pode ser punido por
fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando assim os efeitos
da condenação e execução, mantendo apenas os efeitos civis(abolicus
criminis). Também vale quando a lei posterior ainda tipifica como crime
mas que possui uma sanção mais leve –Ultratividade-
3- Lei excepcional ou temporária: É feita para vigorar em épocas especiais e com tempo
de vigência determinado – aplicam-se elas aos fatos praticados durante sua
vigência.
4- Tempo do Crime: “Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão,
ainda que outro seja o momento do resultado”. (art 4º). Não se confunde
tempo do crime com momento consumativo.
5 – Lugar do crime : Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado.”
 Contagem de prazo (Art 10): Determina que o dia do começo inclui-se no
cômputo do prazo. EX: Uma pena começa a ser cumprida às 23:30, os 30 min
restantes são considerados como o primeiro dia.
O Prazo penal distingue-se do prazo processual, este são improrrogáveis.
 Frações não computáveis da pena (Art 11) : Deverá o juiz desprezar as frações
de dia nas penas privativas de liberdade e restritiva de direitos, e na pena de
multa, as frações.
 Legislação especial: Aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta
não dispuser de modo diverso. – Consagra a aplicação subsidiária das normas
gerais do direito penal à legislação especialm desde que esta não trate o tema
de forma diferente.
DA CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS CRIMES

i. Crime instantâneo: É aquele cujo a consumação ocorre em um só instante


ii. Crime permanente: É aquele cujo momento consumativo se prolonga no tempo
por vontade do agente.
iii. Crime instantâneo de efeitos permanentes: É aquele cuja consumação se dá em
determinado instante, mas seus efeitos são irreversíveis ( homicídio )

Crimes comissivos X omissivos : Diz respeito ao meio de execução empregado para a


prática do crime

i. Crime comissivo: É aquele praticado por uma ação


ii. Crime omissivo próprio: Se perfazem pelo simples fato de se omitir, independente
de resultado posterior.
iii. Crime omissivo impróprio: Se caracteriza por se omitir/deixar de agir, quando se
possuía o dever jurídico de evitar. Neste caso não responderá por omissão e sim
pelo crime resultante da omissão.

Crimes materiais, formais e de mera conduta: Se refere ao resultado do crime como


condicionante de sua consumação:

i. Crimes materiais: A lei descreve uma ação e um resultado, e exige a ocorrência desde
para que o crime esteja consumado.
ii. Crimes formais: São aqueles em que a lei descreve uma ação e um resultado, mas a
redação do dispositivo deixa claro que o crime consuma-se no momento da ação
iii. Crimes de mera conduta: A lei descreve apenas uma conduta. Consumam-se no exato
momento em que esta é praticada.
Crimes de dano e de perigo:
 Crime de dano : Pressupõe uma efetiva lesão ao bem jurídico tutelado
 Crime de perigo: Consumam-se com a mera situação de risco a que fica
exposto o objeto material do crime.
a) Crimes de perigo abstrato: A lei descreve uma conduta e presume
que o agente, ao realiza-la, expõe o bem jurídico a risco. –
PRESUNÇÃO ABSOLUTA – Bastando provar que o agente praticou a
conduta para que se presuma ter havido a situação de perigo.
b) Crimes de perigo concreto: Acusação tem de provar que pessoa certa
e determinada foi exposta a uma situação de risco em face de
conduta do sujeito. – O perigo não é presumido –
c) Crimes de perigo individual: Expõe a risco os interesses de uma só
pessoa ou de um grupo limitado de pessoas – Arts 130 À 137
d) Crime de perigo comum: São aqueles que expõe a risco número
indeterminado de pessoas- arts 250 a 259

Crimes comuns, próprios e de mão própria:


 Crimes comuns: São aqueles que podem ser praticados por qualquer pessoa
 Crimes próprios : Só podem ser cometidos por determinada categoria de
pessoas, que possui a característica ou qualidade que o tipo penal exige. Ex
infanticídio, só pode ser praticado pela mãe em estado puerperal.
 Crimes de mão própria: São aqueles cuja conduta descrita no tipo penal só
pode ser executada por uma única pessoa e por isso não admitem coautoria mas
apenas a participação.
Crimes principais e acessórios:
 Principais: Não dependem de qualquer outra infração penal para que se
configurem
 Acessórios: Pressupõe a ocorrência de um delito anterior. Ex receptação (180),
que só se configura quando alguém adquire, recebe, oculta etc algo que foi produto
de outro crime.
Crimes simples e complexos: Diz respeito ao bem jurídico tutelado.
 Crimes simples: Protegem um único bem jurídico
 Crimes complexos: É quando a norma penal tutela dois ou mais bens jurídicos
Crimes progressivos: Ocorrem quando o sujeito, para alcançar um resultado mais grave,
comete um crime menos grave.  Não será punido pelo crime menos grave pois
ele será absorvido pelo princípio da consunção
 Delito putativo: O agente imagina que a conduta por ele praticada constitui
crime, mas, em verdade, é um fato atípico.
 Crime falho: Ocorre nos casos que o agente percorre todos os atos
executórios mas não consegue consumar o crime. “Tentativa perfeita”
 Crime exaurido: O crime é considerado exaurido se após a ação,
efetivamente ocorrer o resultado.
Crimes simples, privilegiados e qualificados.
 Crimes simples: É aquele em que o legislador enumera as elementares do
crime em sua figura fundamental ex Matar alguém – É a descrição de
homicídio simples.
 Crime privilegiado: Quando o legislador estabelece circunstâncias com o
intuito de diminuir a pena.
 Crime qualificado: São aqueles em que a lei acrescenta circunstâncias que
altera a própria pena em abstrato para patamar mais elevado, multiplicando
ou somando sobre a pena.
Crimes de ação múltipla( Ou de conteúdo variado)
 São aqueles em que a lei descreve varias condutas, separadas pela conjunção
“ou”. A prática de mais de uma conduta estabelecidas nesses artigos não
implicam em vários crimes e sim apenas um crime.
Crimes de ação livre ou de ação vinculada:
 Crime de ação livre: São aqueles em que a lei não exige comportamento
específico para a prática do crime.
 Crime de ação vinculada: São aqueles que o legislador prevê uma conduta
que deve ser empregada para a execução do crime de forma pormenorizada.

Crime Habitual: É aquele crime cuja caracterização pressupõe uma reiteração de atos.
Crimes Conexos:

Crime Doloso: O crime doloso ocorre quando o agente age por dolo, ou seja, com intenção de
atingir o resultado(ilícito) tipificado como crime. Divide-se em dois tipos: Dolo
direto e dolo eventual.

 Dolo Direto: O dolo direto é aquele em que o agente age estritamente buscando obter
o resultado esperado. É a intenção em sua forma pura.
 Dolo eventual: O dolo eventual difere-se do dolo direto pelo fato de o agente não agir
com o objeto de atingir determinado fim ilícito. Porém, o dolo eventual decorre não só
da inobservância das normas de cuidado, mas de um excesso de imprudência e
negligencia, assumindo os riscos do resultado e que torna a situação totalmente
previsível.

Crime Culposo: O crime culposo, diferente do crime doloso se caracteriza pela intenção de
praticar um ato lícito, mas que resulta em uma conduta ilícita que poderia ser evitada se
houvesse sido respeitada as normas de cuidado, tornando previsível que possa ocorrer algum
incidente. Difere-se do dolo eventual pelo grau de previsibilidade, neste caso, menor.

 Pode ser resultado de: Imprudência, imperícia ou negligência.

Espécie de Culpa: A culpa pode ser consciente, quando o indivíduo tem consciência que está
violando as normas de segurança. Ou pode ser inconsciente quando em um
momento de lapso o indivíduo desrespeita a norma de segurança. Trata-se de
uma falta de previsão subjetiva.
 Crime Preterdoloso: Trata-se de uma das espécies dos chamados crimes qualificados
pelo resultado, ou seja, o legislador prevê um resultado que tem por finalidade aumentar a
pena.
Tipos de crimes qualificados pelo resultado:
a) Conduta dolosa e resultado agravador doloso: Latrocínio, por exemplo, onde o
sujeito mata intencionalmente a vítima durante um roubo.
b) Conduta culposa e resultado agravador doloso: Quando o sujeito pratica lesões
corporais culposas, por exemplo, e dolosamente deixa de prestar socorro à
vítima. (Há aumento de pena)
c) Conduta dolosa e resultado agravador culposo: Caracteriza-se pelo dolo no
antecedente (conduta) e culpa no consequente ( resultado ) . Por exemplo o
individuo que ao agredir outra pessoa acaba provocando a sua morte, porém sem
a intenção de mata-lo e sem correr o risco de provocar a mesma. Estes crimes não
admitem a tentativa pois o indivíduo não quis o resultado final agravador.
d) Conduta culposa e resultado agravador culposo: Pelo resultado que agrava
especialmente a pena, só responde o agente que o tenha causado ao menos
culposamente. Não se aplicando assim a qualificadora em caso fortuito ou força
maior, ainda que haja nexo de causalidade.

Crime Unissubsistente: É o crime composto de apenas um ato. Não admite a tentativa


Crime Plurissubsistente: É o crime representado por vários atos, formando um processo
executivo que pode ser fracionado. Admite a tentativa.

Segunda prova:

Tipicidade:

1. Causas excludentes de ilicitude/causas justificantes/ causas descriminantes


a) Legítima defesa: É regida pelo artigo 25 do código penal e que garante o
direito de defesa de direito próprio ou alheio contra agressão humana injusta
(não autorizada pela lei), atual ou iminente e o ato de defesa deve ocorrer no
momento da agressão , o meio a ser empregado na defesa deve ser utilizado
com moderação para respeitar o principio da proporcionalidade. A conduta
possui tipicidade material, mas não é ilícita.
b) Estrito cumprimento do dever legal: Está determinado pelo artigo 23 do
código penal e se aplica aos funcionários públicos no cumprimento de suas
funções, respeitando os limites impostos (regulamentados) para que não
incorra em crime. O Estrito cumprimento do dever legal não se aplica aos
casos de homicídio, lesão corporal ou violência moral pois estes não fazem
parte do dever de um policial por exemplo.
c) Exercício Regular do Direito: Aplica-se aos indivíduos na esfera privada, está
contido no artigo 23 do código penal inciso três e garante que o sujeito não
cometa crimes quando exercitar o seu direito conferido por lei, respeitando a
proporcionalidade dos atos para não migrar do simples exercício do direito
para a esfera criminal. Por exemplo, lesões corporais causadas em uma luta de
boxe não é penalizada pois está autorizada pelas regras do esporte.
d) Estado de Necessidade: Está previsto no artigo 24 do código penal e permite
ao sujeito dispor de algum direito próprio ou alheio para salvaguardar outro
de grau de importância maior, por exemplo, sacrificar um bem para salvar a
vida de alguém ou a sua própria. Para que seja devidamente configurado o
Estado de necessidade o perigo a qual o sujeito está exposto deve ser atual
apresentando perigo concreto ao bem jurídico. Este perigo concreto não pode
ter sido causado pelo sujeito pois neste caso fica a ele vedado o instituto do
estado de necessidade e aquele que sacrificar bem jurídico menos relevante,
por exemplo, a vida para salvar um bem não se caracterizará como estado de
necessidade e responderá pelo crime, porém, com pena reduzida de 1/3 à 2/3.
Aqueles que possuem o dever legal de agir não podem se omitir, a menos que
a tentativa seja claramente infrutífera e que poria a vida do mesmo em risco.
Em geral deve ser aplicado o bom senso e a proporcionalidade entre a atitude
o bem jurídico a ser disposto face ao outro, bem como se deve agir para evitar
que a situação chegue a este estágio.
e) Consentimento do ofendido: Não está previsto na parte geral do código penal,
garante que não haja crime em condutas tipificadas no código penal quando
elas forem autorizadas pelo sujeito que tem seu bem jurídico violado, a
exemplo da autorização para entrar em uma residência exclui a consequência
jurídica pois foi autorizado e o tipo penal prevê a ausência de permissão. O
consentimento pode excluir a tipicidade ou a ilicitude.

Teoria da imputação objetiva: A teoria da imputação objetiva tem o propósito de enxergar a o


fato de maneira objetiva e entender quem de fato deu causa ao resultado. Para esta teoria, o
agente culpado é aquele que cria o risco proibido e que o resultado é produzido com esse risco
criado. Ou seja, o mesmo agente deve ser responsável pelos dois requisitos para ser
considerado culpado. Um exemplo para enxergar a aplicação desta teoria pode ser visto em:
“Querendo matar Pedro(sujeito passivo 18 anos de idade), Moisés (sujeito ativo) coloca
veneno no seu alimento. O sujeito passivo percebe que o alimento foi envenenado pelo sujeito
ativo. Todavia, resolve consumir o alimento assim mesmo, porque há dias seu desejo era
suicidar-se. Consome o alimento e morre em decorrência do envenenamento. Moisés praticou
algum crime? O suicídio é causa superveniente? Explique.

 Neste caso pela teoria da imputação objetiva moisés não é culpado pois
apesar de criar o risco proibido, Pedro possui ciência do envenenamento e
mesmo assim resolve ingerir, logo, se Pedro sabia do envenenamento o
risco não produziria nenhum resultado. Porém Pedro querendo suicidar-se
ingere o veneno e da causa ao resultado seguinte ( sua própria morte) por
vontade própria.

CULPABILIDADE: A culpabilidade recai sobre aqueles que cometem crime e são penalmente
imputáveis, ou seja, cumprem os requisitos legais para responder criminalmente pelos seus
atos. Com base no ART 26 E 27, CP. São eles:
a) Maiores de 18 anos e que possuem todas as faculdades mentais
desenvolvidas, ou seja, possuem plena consciência de seus atos

INIMPUTABILIDADE: Dos mesmos artigos que se extraem quem é imputável penalmente, é


explicitado os indivíduos que não são. Nesse sentido temos como inimputáveis:

b) Aqueles que de forma permanente ou ao tempo da ação não possuíam


todas as faculdades mentais desenvolvidas ou em pleno funcionamento, de
forma que lhes era impossível ser inteiramente capaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de estar de acordo com este.
c) Aqueles que forem menores de 18 anos. Estes serão sujeitos a sanção dada
por lei especial.
Não afastam a culpabilidade: (artigo 28)
 A emoção ou a paixão, a embriaguez voluntária ou culposa, pelo álcool ou
substancias de efeitos análogos (compreende-se que a embriaguez se
configura pela alteração do estado de plena consciência por algum tipo de
substancia ingerido intencionalmente).
AFASTAM A CULPABILIDADE:
 A embriaguez completa por caso fortuito ou força maior estava inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito (não responde) ou se era parcialmente
incapaz ( responde com redução de pena)
 A embriaguez patológica afasta a culpabilidade em caso de estar inteiramente
impossibilitado de compreender a ilicitude do fato (enquadra-se no artigo 26),
caso contrário responde com diminuição de pena.
 Falta do conhecimento da ilicitude afasta a culpabilidade na medida em que o
erro sobre a falta de conhecimento era inevitável, nos termos do artigo 21.
Entretanto se a falta de conhecimento poderia ser sanada e portanto era
evitável, a pena apenas é diminuída.
 Coação irresistível possui dois tipos, moral e física. Na coação moral o
elemento afastado é a tipicidade( já que o “autor” é mero instrumento,
portanto falta a ele a prática da ação ilícita (que é atribuída a quem de fato o
constrange) No caso da coação moral esta é resultado do emprego de grave
ameaça, que pode ser irresistível, onde o coagido pratica a ação mas por estar
sob forte coação que o impede de recursar-se a cometer o crime, assim tem a
sua culpabilidade afastada e transferida para o coator, ou pode estar sob
coação resistível em que o coagido poderia dizer NÃO mas resolve mesmo
assim executar os atos ilícitos, tem assim a mera redução de pena.
 Obediência hierárquica exclui a culpabilidade nos termos do artigo 22. Se a
ordem for manifestamente ilegal não exclui a culpabilidade de nenhum dos
agentes. Se a ordem não for manifestamente ilegal o subordinado terá a culpa
afastada. Detalhe que este caso vale apenas para funcionários públicos.

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