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Universidade do Estado do Amapá

Curso de Licenciatura em Música

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Co
Apostila da disciplina
Análise Musical
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Professor: Emanuel Lima Cordeiro


Em

Macapá
2019
Sumário

1 CONTEXTO MUSICAL OU EXTRA-MUSICAL . . . . . . . . . . . 3

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2 ANÁLISE MELÓDICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

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3 ANÁLISE HARMÔNICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.1 Análise harmônica tonal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.1.1 Preparação diminuta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.1.2 Empréstimo modal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

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4 TEXTURAS E CARACTERÍSTICAS MUSICAIS . . . . . . . . . . . 7
4.1 Textura monofônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4.2 Textura polifônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4.3
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Textura homofônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4.3.1 À maneira coral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4.3.2 Figuração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4.3.2.1 Figuração com arpejos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4.3.2.2 Figuração com repetição de acordes em blocos . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.3.3 Intermitente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
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4.3.4 Acompanhamento complementar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
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5 FORMA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5.1 Repetição, variação e Contraste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
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5.2 Formas de organização de ideias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9


5.3 Tipos de formas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5.3.1 Forma Binária (AB) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5.3.2 Forma Ternária (ABA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
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5.3.3 Tema e variações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10


5.3.4 Forma Rondó . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5.3.5 Forma Sonata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5.3.6 Forma Rondó-Sonata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5.4 Formas de Música popular cantada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5.5 Música instrumental Popular Jazzistica . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
UEAP Análise Musical 2

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Professor: Emanuel Lima Cordeiro


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1 Contexto musical ou extra-musical

Indicar conhecimentos gerais sobre a obra:

o
• Compositor

• Local do compositor

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• Período da composição

• Gênero ou estilo da obra

rd
• Outras questões (sociais, políticas, religiosas...) que influenciaram a composição
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Em
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2 Análise Melódica

Alguns parâmetros para analisar uma melodia:

o
• Âmbito da melodia: é a distância entre a nota mais grave e a mais aguda utilizadas
na melodia

eir
• Clímax (ponto culminante): é o ponto (ou nota) mais alta ou mais importante de
uma melodia

• Identificar as escalas e a última nota utilizadas

rd
• Perfil melódico e direcionamento: Intervalos mais frequentes, presença maior ou
menor de saltos melódicos (graus conjuntos e disjuntos)
Co
• Características melódicas: diatônico, arpejado, cromático, repetição de notas
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3 Análise Harmônica

Tipos de organização harmônica quanto às notas centrais:

o
• Tonal (baseada em uma tonalidade)

• Modal (baseado em um modo)

eir
• Não-tonal (Atonal, politonal, outros...)

3.1 Análise harmônica tonal

rd
Para descobrir a tonalidade de uma composição, devemos verificar a armadura
de clave, nota final e observar o contexto geral, identificando se é Maior ou menor. É
Co
importante também verificar se há Modulação (mudança de uma tonalidade) ou trânsito
(mudança momentânea de tonalidade) para outras tonalidades durante a peça.

Graus e Funções harmônicas (relações harmônicas)


Existem alguns modelos diferentes de análise do graus e de suas funções harmônicas:
l
Tradicional Maior I II III IV V VI VII Menor I II III IV V VI VII
ue

Modelo Kostka Maior I ii iii IV V vi viio Menor i iio III iv V VI VII


Modelo nacional análise Maior I IIm IIIm IV V VIm VIIo Menor Im IIo bIII IVm
V bVI bVII
an

Dominante secundário
Qualquer acorde pode ser preparado por um acorde dominante (7) que fica a uma
Em

5a justa acima do acorde.


Os acorde maiores e menores de um campo harmônico
C Dm Em F G Am
I IIm IIIm IV V VIm
podem ser preparados pela dominante
G7 - C A7 - Dm B7 - Em C7 - F D7 - G E7 - Am
V-I V/II - IIm V/III - IIIm V/IV - IV V/V - V V/VI - VIm
O mesmo pode ser feito acrescentando o II na cadência II V I de cada acorde
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Dm - G7 - C Eø - A7 - Dm F#ø - B7 - Em Gm - C7 - F Am - D7 G Bø - E7 - Am
II V I (II V I)/IIm (II V I)/IIIm (II V I)/IV (II V I)/V (II V I)/VIm
Observe que os acordes maiores geralmente tem o II grau menor enquanto que os
menores tem o II grau ø

Dominante substituto (sub V)

o
O Sub V ou Dominante substituto é um acorde 7 que substitui o V grau e está a

eir
um trítono de distância deste.
G7 - C Db - C
V-I SubV - I
Aplicando para o campo harmônico

rd
Db7 - C Eb7 - Dm F7 - Em Gb7 - F Ab7 - G Bb7 - Am
SubV - I SubV/II - IIm SubV/III - IIIm SubV/IV - IV SubV/V - V SubV/VI - VIm
Também podemos substituir o V pelo SubV na cadência II V I de cada acorde
Dm - Db7 - C Eø - Eb7 - Dm
Co
F#ø - F7 - Em Gm - Gb7 - F Am - Ab7 G
II SubV I (II SubV I)/IIm (II SubV I)/IIIm (II SubV I)/IV (II SubV I)/V
Bø - Bb7 - Am
(II SubV I)/VIm

3.1.1 Preparação diminuta


l
ue

O acorde diminuto no VII grau também contém função dominante semelhante ao


V grau, devido a sensível e o trítono
Bo - C C#o - Dm D#o - Em Eo - F F#o - G G#o - Am
VIIo - I VIIo /II - IIm VIIo /III - IIIm VIIo /IV - IV VIIo /V - V VIIo /VI - VIm
an

O acorde diminuto também pode preparar descendentemente resolvendo meio tom


abaixo (semelhante a ideia do SubV)
Dbo - C Ebo - Dm Fo - Em Gbo - F Abo - G Bbo - Am
Em

bIIo - I bIIo /II - IIm bIIo /III - IIIm bIIo /IV - IV bIIo /V - V bIIo /VI - VIm

3.1.2 Empréstimo modal


Empréstimo modal é a utilização de um acorde de uma tonalidade modo menor
em maior ou de um modo maior em menor.
C Eb Ab Bb C
I bIII bVI bVII I
Observe no exemplo anterior que estamos em C maior, mas aparecem 3 acordes
que não fazem parte do campo harmônico de C maior, mas fazem parte de Dó menor

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4 Texturas e características musicais

Textura se refere aos aspectos organizacionais do som em uma estrutura musical,


podendo ser aplicado aos aspectos verticais de parte uma música. Uma comparação que

o
pode ser feita é quanto a maneira que é formado os fios de um tecido

eir
4.1 Textura monofônica
Uma única linha melódica sem acompanhamento harmônico. Pode ter várias vozes
ou instrumentos em uníssono ou oitavas e até acompanhamento percussivo.

rd
exemplo

4.2 Textura polifônica


Co
Duas ou mais linhas melódicas independentes e com a mesma importância são
combinadas simultaneamente. Os instrumentos podem entrar sucessivamente em imitação.
exemplo
l
4.3 Textura homofônica
ue

É aquela que tem uma linha melódica principal com um certo tipo de acompa-
nhamento harmônico. Existem diferentes tipos de Textura homofônica quanto ao tipo de
an

acompanhamento harmônico para com a melodia.

4.3.1 À maneira coral


O Ritmo do acompanhamento é semelhante e simultâneo à melodia, como blocos
Em

de acordes tocados simultaneamente. Ocorre frequentemente na música coral, por isso,


essa denominação.
exemplo

4.3.2 Figuração
Utiliza figuras rítmicas de maneira sistemática.

4.3.2.1 Figuração com arpejos

Utiliza a figuração com acordes arpejados.


UEAP Análise Musical 8

4.3.2.2 Figuração com repetição de acordes em blocos

Utiliza a figuração com os acordes tocados sistematicamente em grupo (blocos)

4.3.3 Intermitente
A harmonia pode ser sustentada por vários compassos, ou pode aparecer um acorde

o
curto

eir
4.3.4 Acompanhamento complementar
O acompanhamento harmônico complementa ritmicamente os momentos não pre-
enchidos pela harmonia.

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an
Em

Professor: Emanuel Lima Cordeiro


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5 Forma

Forma Musical é a maneira de organizar as ideias musicais em partes, podendo


ser concebida como estrutura ou esqueleto de uma composição. A forma musical pode

o
ser analisada tanto a partir de pequenas estruturas musicais (micros) quanto de grandes
partes (macro).

eir
5.1 Repetição, variação e Contraste
Através da comparação de ideias musicais, podemos compreender as relações entre

rd
as mesmas. As principais maneiras de comparação são a Repetição, Variação e Contraste.
A repetição refere-se como o próprio nome diz a repetição da ideia o mais literal
possível, enquanto que a variação refere-se a um certo tipo de repetição modificada. O
Co
contraste muda radicalmente as características da ideia.
A primeira e a segunda dão unidade a peça, enquanto que a terceira gera novidade
e interesse.

5.2 Formas de organização de ideias


l
ue

Iremos apresentar algumas maneiras comuns de organização da ideia musical.


Quanto a organização das seções ou partes, utilizaremos letras para identificar A
primeira parte será identificada com a letra A e uma segunda parte contrastante será
an

identificado com a letra B, a terceira C, etc...


Existem os temas que são partes com caráter melódico claros.
Uma variação de uma ideia é geralmente identificada com a "’", tipo A’, B’, C’... ou
Em

com um número A1, A2, A3...


Dentro de uma seção pode haver outra parte. Ex: dentro de um A de uma forma
ternária pode haver uma forma binária
Existem outros tipos de divisões além das partes principais (temáticas), "Introdu-
ção"é uma parte anterior ao primeiro tema. Tem partes que funcionam como transição
entre temas, chamadas geralmente de Ponte. A CODA é a conclusão da música, enquanto
que Codetta é a conclusão de uma parte.
UEAP Análise Musical 10

5.3 Tipos de formas


5.3.1 Forma Binária (AB)
A forma Binária1 contém 2 partes diferentes, que podem ser contrastantes.
Hornpipe de Haendel

o
5.3.2 Forma Ternária (ABA)

eir
A forma Ternária também contém 2 partes diferentes, entretanto, a primeira parte
é repetida ou variada após a segunda.
Noturno de Chopin

rd
5.3.3 Tema e variações
A forma Tema e Variações contém uma parte que é sempre variada, por vezes de
forma contrastante.
Co
Mozart Brilha, brilha estrelinha

5.3.4 Forma Rondó


A forma Rondó consiste de uma seção principal que é alternada como outras
l
seções, sendo que o tema principal funciona como um refrão. Formas comuns: ABACA ou
ue

ABACADA.
Mozart
an

5.3.5 Forma Sonata


A forma sonata foi uma forma importante principalmente no Período Clássico, pois
foi o modelo de estrutura que estava presente na maioria dos primeiros movimentos de
Em

Sonatas, Sinfonias, Concertos...


A forma sonata é um tipo forma ternária mais complexa, onde a existem três
grandes partes: Exposição, Desenvolvimento e Reexposição (ou Recapitulação).
Sendo que dentro da Exposição tem uma divisão binária A B, o Desenvolvimento
utiliza elementos de um dos dois temas iniciais (ou dos dois) e a Reexposição voltam os
dois temas iniciais com algumas mudanças (o tema B vem a mesma tonalidade do A,
diferente da Exposição que geralmente vem em outra tonalidade).
1
A forma binária foi bastante presente principalmente até o período barroco, a partir do período clássico
torna-se mais raro encontrá-la.

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Pequena serenata Noturna


Sonata 16 de Mozart
Patética de Beethoven

5.3.6 Forma Rondó-Sonata

o
É uma combinação da Forma Rondó com a Forma sonata, sendo que o C seria o
desenvolvimento: A B A C(desenvolvimento) A B A(Coda)

eir
Rondó de Mozart

5.4 Formas de Música popular cantada

rd
Embora não haja uma única forma de Música popular cantada, existem seções que
são mais comumente utilizadas.
Co
As principais seções de uma canção popular compreendem principalmente as estrofes
e o Refrão, entretanto, outras partes podem aparecer, como Introdução, Pré-Refrão, Solo,
Ponte e Coda.
As estrofes (ou versos) O Refrão geralmente é uma parte de maior interesse na
música, que é comumente repetido.
l
O Pré-Refrão precede o Refrão, normalmente ligando de uma estrofe para o Refrão.
ue

O Solo geralmente é uma parte instrumental não cantada.

5.5 Música instrumental Popular Jazzistica


an

As Músicas instrumentais derivadas do jazz, geralmente seguem o padrão ternário


de Tema (parte musical mais definida), Improvisação (com chorus geralmente seguindo a
harmonia do tema) e volta do Tema. O Tema pode estar dividido de diversas maneiras,
Em

AABA, ABA ou AB, entre outras.

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Bibliografia

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