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MEDITAR?
POR QUE MEDITAR?
Nos últimos anos, os pesquisadores ocidentais começaram a entender porque, afinal,
meditar funciona tão bem para tantos problemas de saúde diferentes.
Veja 6 benefícios da meditação comprovados cientificamente:
1. Redução do stress
Pesquisadores do Davis Center for Mind and Brain da Universidade da Califórnia observaram, em
pessoas que meditam todos os dias há mais de dez anos, mudanças na produção de adrenalina e
cortisol, hormônios associados a distúrbios como ansiedade, déficit de atenção, e stress. Houve
também um aumento na produção de endorfina, hormônio ligado à sensação de felicidade.
Meditar é mais repousante do que dormir. Uma pessoa em estado de meditação consome seis
vezes menos oxigênio do que quando está dormindo.
2. Melhoria na concentração
As áreas do cérebro responsáveis pela memória e pela atenção chegam a ficar mais densas
quando se medita. Foi a conclusão a que chegaram pesquisadores de Harvard, Yale e MIT,
através de scanners de cérebro. Pessoas que meditam com frequência ao longo de vários anos
também demoram mais para sofrer a redução destas áreas, em especial do córtex frontal.
“Um estudante que medita pode ter melhores notas, uma vida mais saudável e boas condições
de lutar por melhores postos no mercado de trabalho, com menor tendência a sofrer de doenças
cardiovasculares, stress ou distúrbios mentais”, diz Judson A. Brewer. Em resumo: “Meditar é uma
boa forma de alcançar uma vida mais feliz, saudável e produtiva”.
4. Insônia e depressão
Técnicas de relaxamento profundo, colocadas em prática durante o dia, podem melhorar a
quantidade e a qualidade do sono. É o que aponta um estudo de 2008, do Northwestern
Memorial Hospital, de Illinois. Cinco pessoas, de 25 a 45 anos e sofrendo de insônia crônica,
praticaram meditação durante dois meses e passaram a dormir duas horas a mais por dia,
alcançando níveis de sono REM mais próximos do considerado saudável.
O psicólogo Michael Posner e o neurocientista e professor da Universidade de Tecnologia do
Texas Yi-Yuan Tang mediram a densidade dos axônios de pessoas que começaram a meditar.
Quanto mais densos, maior a capacidade de realizar conexões cerebrais e menores os riscos de
sofrer distúrbios mentais, de depressão a esquizofrenia. “A quantidade de conexões cerebrais
está diretamente relacionada à saúde mental. Neste sentido, podemos dizer que a meditação é
um exercício para a mente, excelente para deixá-la mais musculosa e prevenir doenças”, afirma
o professor Posner.
5. Alívio da dor
Quem tem a meditação como hábito sente menos dor. O pesquisador Joshua Grant, do
Departamento de Fisiologia da Universidade de Montreal comprovou esta hipótese encostando
placas aquecidas nas nucas de 26 pessoas, 13 delas sem contato com a técnica e outras 13 com
mais de 1000 horas de experiência em meditação. A placa era aquecida a 46 graus, depois 47,
e assim sucessivamente, até 56. Todas pessoas que meditavam suportaram temperaturas acima
dos 52 graus.
Nenhuma das pessoas inexperientes aguentou mais do que 50 graus. Na medida, o grupo que
medita respirou 12 vezes por minuto. O outro respirou 15 vezes, um indício de stress maior. “As
pessoas que meditam precisam menos de analgésicos. Elas sofrem menos pela antecipação
da dor”, diz Grant, que, no cruzamento de dados, concluiu que o hábito de meditar provocou
uma resistência à dor 18% maior. De acordo com um grupo de neurocientistas do Center for
Investigating Healthy Minds da Universidade de Wisconsin-Madison, a resistência de quem
medita é maior em situações em que o stress influencia diretamente no nível de dor – caso de
artrite e inflamações intestinais.
Também ajuda a lidar com o câncer de mama. Um grupo de 130 mulheres com a doença,
todas com mais de 55 anos, aceitaram participar de um teste que reforça esta teoria. Ao longo
de dois anos, elas foram divididas em dois grupos, um deles fazendo meditação. A situação foi
monitorada pelos médicos do Saint Joseph Hospital, em Chicago. A metade que meditou teve
maior resistência para lidar com as dores provocadas pela quimioterapia e experimentou uma
reação física melhor à doença.
*Conteúdo retirado da matéria “Meditação ganha, enfim, aval científico.” da revista Veja.
O QUE É O ZAZEN?
Zazen literalmente significa Sentar Zen. Zen é uma palavra que vem do Sânscrito Dhyana ou
Jhana e significa um estado meditativo profundo. Geralmente não chamamos o Zazen de
meditação, pois o verbo meditar é transitivo direto, ou seja, requer um objeto. Meditar sobre
a vida, meditar algo. Enquanto que o Zen é intransitivo. Não há objeto de meditação. Até o
sujeito desaparece. E quando isso acontece o Caminho se manifesta em sua plenitude.
Procure um local tranquilo, nem muito claro, nem muito escuro; nem muito quente, nem
muito frio. Há várias maneiras de sentar-se: posição das bermudas, meia lótus, lótus completa,
banquinho, cadeira. Em qualquer uma delas é importante que a coluna vertebral seja mantida
ereta. O queixo um pouco para baixo, de forma que a região cervical fique reta. Verifique se
seu corpo está centrado, movendo-se da esquerda para a direita, como um pêndulo – de
movimentos largos a movimentos menores e parando em seu próprio centro de equilíbrio.
1. O queixo um pouco para baixo, de forma que a região cervical fique
reta. Verifique se seu corpo está centrado, movendo da esquerda para
a direita, como um pêndulo – de movimentos largos a movimentos
menores e pare exatamente em seu próprio centro de equilíbrio.