You are on page 1of 15

www.cers.com.

br 1
Redes sociais:

Instagram: @professoracristianedupret
Facebook: Cristiane Dupret (Página)

APLICATIVO:

Cristiane Dupret
Basta Baixar na
Appstore Ou Google Play

SITE:
www.cristianedupret.com.br
DOIS PASSOS: Clique em Cadastre-se e Assine a Lista para receber um Ebook

www.cers.com.br 2
DICAS PARA APRENDIZAGEM

Você sabe qual é o seu canal de aprendizagem preponderante?


Etapas para o efetivo aprendizado:

- Coleta de dados
- Estudo
- Aprendizagem e consolidação da memória

Como lembrar?

- Memória de curto prazo x memória de longo prazo


Perfil da prova em Direito Penal:
- Questões de raciocínio e interpretação com abordagem de casos concretos

www.cers.com.br 3
www.cers.com.br 4
www.cers.com.br 5
Lei de Introdução ao Código Penal

Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente,
quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, iso-
ladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.

ELEMENTOS/REQUISITOS DO CRIME

www.cers.com.br 6
E a punibilidade?
Ela não integra o conceito analítico de crime. Trata-se da normal consequência da prática dele.

www.cers.com.br 7
Além da tipicidade formal, exige-se também a tipicidade material.
O princípio da insignificância é apto a excluir a tipicidade material.

- Princípio da bagatela ou Insignificância


Conduz à atipicidade material do fato se houver:

a) Conduta minimamente ofensiva


b) Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento
c) Ausência de risco social
d) Lesão inexpressiva

Art. 18 - Diz-se o crime:

Crime doloso

I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;

Crime culposo

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.

www.cers.com.br 8
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, se-
não quando o pratica dolosamente.

ITER CRIMINIS

- Cogitação
- Preparação
- Execução
- Consumação

Quando o agente inicia a execução, mas não atinge a consumação, ele deve responder como?

É necessário perquirir porque ele não alcançou o resultado:


Foi por circunstâncias alheias a sua vontade ou foi por vontade própria?

Por circunstâncias alheias a sua vontade:


Neste caso, via de regra, haverá tentativa
Art. 14 - Diz-se o crime:
(...)

Tentativa

II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Crime impossível

Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do ob-
jeto, é impossível consumar-se o crime.

Por vontade própria:


Neste caso, haverá desistência voluntária ou arrependimento eficaz.

www.cers.com.br 9
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se pro-
duza, só responde pelos atos já praticados.

Arrependimento eficaz não se confunde com arrependimento posterior!


Arrependimento posterior

Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa,
até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois ter-
ços.

CAUSAS EXCLUDENTES DA ILICITUDE


CAUSAS EXCLUDENTES DA ILICITUDE
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO

QUESTÕES

01 - Jefferson, segurança da mais famosa rede de supermercados do Brasil, percebeu que João escondera
em suas vestes três sabonetes, de valor aproximado de R$ 12,00 (doze reais). Ao tentar sair do estabeleci-
mento, entretanto, João é preso em flagrante delito pelo segurança, que chama a polícia.
A esse respeito, assinale a alternativa correta.

A) A conduta de João não constitui crime, uma vez que este agiu em estado de necessidade.
B) A conduta de João não constitui crime, uma vez que o fato é materialmente atípico.

www.cers.com.br 10
C) A conduta de João constitui crime, uma vez que se enquadra no artigo 155 do Código Penal, não estando pre-
sente nenhuma das causas de exclusão de ilicitude ou culpabilidade, razão pela qual este deverá ser condenado.
D) Embora sua conduta constitua crime, João deverá ser absolvido, uma vez que a prisão em flagrante é nula, por
ter sido realizada por um segurança particular.

02 - Carlos presta serviço informal como salva-vidas de um clube, não sendo regularmente contratado,
apesar de receber uma gorjeta para observar os sócios do clube na piscina, durante toda a semana. Em
seu horário de “serviço”, com várias crianças brincando na piscina, fica observando a beleza física da
mãe de uma das crianças e, ao mesmo tempo, falando no celular com um amigo, acabando por ficar de
costas para a piscina. Nesse momento, uma criança vem a falecer por afogamento, fato que não foi notado
por Carlos.
Sobre a conduta de Carlos, diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta.

A) Não praticou crime, tendo em vista que, apesar de garantidor, não podia agir, já que concretamente não viu a
criança se afogando.
B) Deve responder pelo crime de homicídio culposo, diante de sua omissão culposa, violando o dever de garanti-
dor.
C) Deve responder pelo crime de homicídio doloso, em razão de sua omissão dolosa, violando o dever de garanti-
dor.
D) Responde apenas pela omissão de socorro, mas não pelo resultado morte, já que não havia contrato regular
que o obrigasse a agir como garantidor.

03 - Wilson, competente professor de uma autoescola, guia seu carro por uma avenida à beira-mar. No
banco do carona está sua noiva, Ivana. No meio do percurso, Wilson e Ivana começam a discutir: a moça
reclama da alta velocidade empreendida. Assustada, Ivana grita com Wilson, dizendo que, se ele continu-
asse naquela velocidade, poderia facilmente perder o controle do carro e atropelar alguém. Wilson, por
sua vez, responde que Ivana deveria deixar de ser medrosa e que nada aconteceria, pois se sua profissão
era ensinar os outros a dirigir, ninguém poderia ser mais competente do que ele na condução de um veí-
culo. Todavia, ao fazer uma curva, o automóvel derrapa na areia trazida para o asfalto por conta dos ven-
tos do litoral, o carro fica desgovernado e acaba ocorrendo o atropelamento de uma pessoa que passava
pelo local. A vítima do atropelamento falece instantaneamente. Wilson e Ivana sofrem pequenas escoria-
ções. Cumpre destacar que a perícia feita no local constatou excesso de velocidade.
Nesse sentido, com base no caso narrado, é correto afirmar que, em relação à vítima do atropelamento,
Wilson agiu com

A) dolo direto.
B) dolo eventual.
C) culpa consciente.
D) culpa inconsciente.

04 - Pedro, quando limpava sua arma de fogo, devidamente registrada em seu nome, que mantinha no inte-
rior da residência sem adotar os cuidados necessários, inclusive o de desmuniciá-la, acaba, acidental-
mente, por dispará-la, vindo a atingir seu vizinho Júlio e a esposa deste, Maria.
Júlio faleceu em razão da lesão causada pelo projétil e Maria sofreu lesão corporal e debilidade perma-
nente de membro.
Preocupado com sua situação jurídica, Pedro o procura para, na condição de advogado, orientá-lo acerca
das consequências do seu comportamento.
Na oportunidade, considerando a situação narrada, você deverá esclarecer, sob o ponto de vista técnico,
que ele poderá vir a ser responsabilizado pelos crimes de

A) homicídio culposo, lesão corporal culposa e disparo de de arma de fogo, em concurso formal.
B) homicídio culposo e lesão corporal grave, em concurso formal.
C) homicídio culposo e lesão corporal culposa, em concurso material.
D) homicídio culposo e lesão corporal culposa, em concurso formal.

www.cers.com.br 11
05 - Cristiane, revoltada com a traição de seu marido, Pedro, decide matá-lo. Para tanto, resolve esperar
que ele adormeça para, durante a madrugada, acabar com sua vida. Por volta das 22h, Pedro deita para ver
futebol na sala da residência do casal. Quando chega à sala, Cristiane percebe que Pedro estava deitado
sem se mexer no sofá. Acreditando estar dormindo, desfere 10 facadas em seu peito. Nervosa e arrepen-
dida, liga para o hospital e, com a chegada dos médicos, é informada que o marido faleceu. O laudo de
exame cadavérico, porém, constatou que Pedro havia falecido momentos antes das facadas em razão de
um infarto fulminante. Cristiane, então, foi denunciada por tentativa de homicídio.
Você, advogado(a) de Cristiane, deverá alegar em seu favor a ocorrência de

A) crime impossível por absoluta impropriedade do objeto.


B) desistência voluntária.
C) arrependimento eficaz.
D) crime impossível por ineficácia do meio.

06 - Durante uma discussão, Theodoro, inimigo declarado de Valentim, seu cunhado, golpeou a barriga de
seu rival com uma faca, com intenção de matá-lo. Ocorre que, após o primeiro golpe, pensando em seus
sobrinhos, Theodoro percebeu a incorreção de seus atos e optou por não mais continuar golpeando Va-
lentim, apesar de saber que aquela única facada não seria suficiente para matá-lo.
Neste caso, Theodoro

A) não responderá por crime algum, diante de seu arrependimento.


B) responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de sua desistência voluntária.
C) responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de seu arrependimento eficaz.
D) responderá por tentativa de homicídio.

07 - Mário subtraiu uma TV do seu local de trabalho. Ao chegar em casa com a coisa subtraída, é conven-
cido pela esposa a devolvê-la, o que efetivamente vem a fazer no dia seguinte, quando o fato já havia sido
registrado na delegacia.
O comportamento de Mário, de acordo com a teoria do delito, configura

A) desistência voluntária, não podendo responder por furto.


B) arrependimento eficaz, não podendo responder por furto.
C) arrependimento posterior, com reflexo exclusivamente no processo dosimétrico da pena.
D) furto, sendo totalmente irrelevante a devolução do bem a partir de convencimento da esposa.

www.cers.com.br 12
GABARITO:

01) Gabarito: B
Comentários: O princípio da insignificância afasta a tipicidade material. Isso significa, em síntese, que não há
ofensa relevante ao bem jurídico tutelado, embora exista uma conduta que dá causa a um resultado previsto na
lei.
No caso concreto, há tipicidade formal do furto, mas materialmente o fato é atípico.

02) Gabarito: B
Comentários:
A questão trata da causalidade do crime omissivo. Neste caso, a doutrina diz que a causalidade é normativa. Isso
significa que naturalisticamente, o salva-vidas não mata a criança. No entanto, é possível responder por homicí-
dio, pois a norma do artigo 13, parágrafo 2º prevê a causalidade.
Normalmente, quem se omite (dolosamente) frente a uma situação de perigo para outrem, responderá pelo crime
de omissão de socorro, previsto no artigo 135 do Código Penal.
No entanto, no caso do agente garantidor, ele responderá pelo resultado que não evitou, sendo possível a respon-
sabilidade penal a título de dolo ou culpa.
Vejamos a regra que prevê a figura do agente garantidor:
Relevância da omissão
Art. 13
(...)

§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de
agir incumbe a quem:

a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;


b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.

03) Gabarito: C
Comentários:
A culpa consciente caracteriza-se pela existência de previsão quanto ao resultado. Ou seja, o agente prevê o re-
sultado como possível, embora acredite sinceramente que o resultado não irá se produzir. Este é justamente o
ponto que diferencia a culpa consciente do dolo eventual, já que neste último o agente não se importa caso o
Resultado venha a ocorrer.

04) Gabarito: D
Comentários:
Pedro agiu com imprudência, caracterizando a conduta culposa.
Desta forma, responderá pelo homicídio culposo e pela lesão corporal culposa. O crime de lesão corporal culposa
não se divide em leve, grave ou gravíssima, daí não importar que tenha havido debilidade permanente de mem-
bro.
Cabe destacar que os resultados foram causados mediante uma só ação ou omissão, o que caracteriza o con-
curso formal de crimes (artigo 70 do CP).
Concurso formal
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não,
aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer
caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é
dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.

05) Gabarito: A
Comentários:
O artigo 17 do CP impede a responsabilização por tentativa.
Estando a vítima já morta, há absoluta impropriedade do objeto (objeto material, pessoa sobre a qual recai a con-
duta), eis que absolutamente impossível matar quem já se encontra morto.

www.cers.com.br 13
Cabe destacar ainda que não é possível responsabilizar Cristiane por vilipêndio a cadáver, pois este não era o
dolo da conduta praticada.

06) Gabarito: B
Comentários:
Neste caso, Theodoro poderia prosseguir, mas decidiu parar de praticar os atos de execução, possibilitando, por
sua vontade, que a vítima sobrevivesse.
Determina o artigo 15 que, neste caso, respodnerá apenas pelos atos já praticados.
Identificada a desistência voluntária, devemos abstrair o dolo inicial do agente, que não poderá jamais responder
por tentativa de homicídio, mas sim pelo resultado que efetivamente produziu na vítima. Neste caso, lesões corpo-
rais.

07) Gabarito: C
Comentários:
Trata-se de aplicação do artigo 16 do Código Penal, que possui natureza de mera causa de diminuição de pena, a
ser considerada na terceira fase da dosimetria da pena.
O arrependimento posterior não afasta o crime.

www.cers.com.br 14
www.cers.com.br 15

You might also like