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ARAUCÁRIA
2018
ARLINDO GONÇALVES DA SILVA
LARISSA APARECIDA PEDRO PACHECO
MARIA ISABEL CACHIMARQUE PINTO
RAFAELA PADILHA DE AGUIR
SAMARA KINAGE MATHEUS
ARAUCÁRIA
2018
TERMO DE APROVAÇÃO
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Professora orientadora Bianca Garmus
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Avaliador
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Avaliador
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Avaliador
10 de novembro de 2018
DEDICATÓRIA
“Confia no Deus eterno de todo o seu coração e não se apoie na sua própria inteligência. Lembre-se
de Deus em tudo que fizer, e ele lhe mostrará o caminho certo.” (prov. 35-6)
“Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos de
sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem o consolo e uma
segurança que não se encontra em qualquer outro lugar.” (Bertrand Russell)
“O professor medíocre conta. O bom professor explica. O professor superior demonstra. O grande
professor inspira.” (William Arthur Ward)
Aos professores da instituição Menna Barreto, pelo apoio emocional, incentivo e por
dividir o conhecimento durante esses 2 anos e 8 meses do curso técnico em
enfermagem.
“Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transforma-lo;
se não é possível muda-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo. Devo usar toda possibilidade
que tenha para não apenas falar da minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes.”
(Paulo Freire)
EPÍGRAFE
JUSTIFICATIVA
Primeiramente devemos deixar claro que o parto humanizado não é um tipo de
parto, como a cesariana ou o parto via vaginal. Poderíamos dizer que se trata de
uma filosofia, em que a mãe tem total participação em relação ao que acontecera no
momento do nascimento de seu filho, podendo escolher a presença de
acompanhantes ou não, a posição no momento do parto e o local onde o bebê
nascera. Nesses casos deve haver a mínima intervenção medica, porém, sem deixar
de colocar a saúde da mãe e do bebê em primeiro lugar.
Essa filosofia nasceu após se perceber que o parto não era mais o momento
sublime, único que costumava ser. O que se tinha até agora era uma serie de
cirurgias, que terminavam, muitas vezes, com a mãe em uma sala e o bebê em
outra. No pato humanizado, a gestação é encarada como um processo natural e,
não uma patologia que necessita de um procedimento cirúrgico.
Por ser um parto que ocorrera de maneira mais natural, tanto a mãe quanto o
bebê devem estar saudáveis, uma vez que se espera que o médico intervenha
pouco no processo.
“Quando você humaniza um parto, a gravida fica mais leve para escolher o
que a faz se sentir melhor. Pode andar durante o trabalho de parto e escolher quem
estra ao seu lado, por exemplo”, diz a enfermeira obstétrica Helen Mendes, do
Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Muitos tem ideias erradas sobre o que é o parto humanizado, este, não
significa necessariamente parir sem anestesia, em casa, entre outros. “Parto
humanizado é um conceito que envolve basicamente o respeito que a mulher
precisa e a real necessidade da mãe e do bebê”, explica o ginecologista e obstetra
Alberto Guimarães, defensor dos conceitos de parto humanizado e fundador a Parto
Sem Medo.
Este respeito no parto envolve questões como:
*Atender demandas na hora do parto.
Oferecer água, lanches, permitir que a mulher vá ao banheiro quando quiser,
entre outras demandas que não causam qualquer problema e são benefícios para o
bem-estar da mãe.
*Permitir que a mulher fique na posição que quiser.
Atualmente está mais do que comprovado por pesquisas que parir deitada
está longe de ser a melhor posição para o nascimento. De cócoras costuma ser uma
das opções mais indicadas, mas acima de tudo, o importante é a mulher parir na
posição que quiser.
No parto humanizado não deve ser feito alguns procedimentos, como:
*Anestesia/analgesia, múltiplos exames vaginais, monitoramento permanente dos
batimentos cardíacos fetais e contração uterina por meio eletrônico, posição fixa e
não anatômica da mãe durante o processo, jejum, o uso de soro e medicamentos
para controlar a contração (para aumentar e diminuir),episiotomia, uso de fórceps ,
manipulação do bebê (aspiração mecanizada de via aéreas, entre outros), luz e
ruídos excessivos, limitação de movimentos, “lavagem” intestinal, depilação da
região vaginal.
Mas o mais preocupante é que, em muitos hospitais tais procedimentos se
tornaram de rotina, independentemente de serem necessários ou não, e são
realizados sem consulta previa a gravida ou seus familiares, daí a tendência de as
mulheres exigirem um parto mais humanizado.
Para optar por este método, a mãe deve ter feito um pré-natal rigoroso para
que se tenha certeza de que não a necessidade de intervenções, é importante ter
uma equipe qualificada a sua disposição e que respeite integralmente suas
decisões.
A mãe deve ter ciência que o trabalho de parto pode ser bastante doloroso e
desconfortável, por isso, ela deve ter certeza de suas escolhas. Vale lembrar que,
apesar de todas as dores no momento do nascimento, o parto vaginal é muito mais
benéfico em comparação com o parto cesariano, além da taxa de mortalidade ser
menor.
Em 15 de fevereiro de 2018 a Organização Mundial de Saúde divulgou novas
diretrizes para tornar a experiencia do parto mais positiva para a mãe e para o bebê,
a meta é reduzir o número de intervenções médicas, em algumas situações elas
salvam vidas, por isso tem sua importância, a crítica é justamente para o excesso.
Estudos mostram que toda gestante ou seu bebê passam por pelo menos
uma intervenção clínica durante o nascimento, mesmo se ambos estiverem
saudáveis. E que todos os dias 830 mulheres morrem na gravidez ou durante o
trabalho de parto, número que poderia diminuir com um atendimento mais
qualificado. A aplicação de ocitocina (hormônio que induz ao trabalho de parto) e,
outros fluidos intravenosos, é uma pratica comum nas maternidades e deveria ser
evitada.
Muitas pessoas defendem o parto normal e humanizado, por outro lado
muitos defendem que a cirurgia cesariana seja a melhor opção.
“O normal é ter normal”, aponta o obstetra e ginecologista Caio Lessa, 39
anos, presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia da Bahia. Pode até
parecer redundante e óbvia, mas a afirmação serve para lembrar que antes da
cesárea virar febre no Brasil, o parto normal protagonizava a cena, o que não se
observa hoje em dia.
O que se vê na maioria dos casos é a realização da cesárea mesmo quando
não há risco para a mãe e o bebe, o que contraria a recomendação da organização
Mundial de Saúde, de que a cirurgia seja feita apenas em casos de emergência, seja
a taxa ideal de 15%. Mesmo que esse número de 1985 precise de atualização, ele
contrasta muitos com os últimos dados divulgado pela OMS: 55% dos partos
realizados no Brasil são cesáreas.
Nos planos de saúde, 84,6% dos partos são cesáreas. No SUS o número cai
um pouco, indo para 40%. Mesmo assim, o número é alto comparando com a
recomendação de 15% feita pela OMS. A própria, afirma que a cesárea apresenta
três vezes mais riscos para a mãe, já que pode originar infecções e acidentes com
anestesia, por exemplo.
O parto humanizado é recomendado pelo Ministério da Saúde, pretende
reduzir as intervenções desnecessárias, além de garantir um ambiente mais calmo e
harmonioso para o nascimento da criança, uma vez que a mãe terá seu filho da
maneira que escolheu e terá contato imediato com o bebê.
O aumento dos lugares que oferecem essa filosofia é cada vez mais
significativo, como isso, espera-se que uma nova forma de encarar o nascimento
surja e que a gravidez seja vista como um momento extraordinário que a mãe tem
total direito de participar.
OBJETIVO GERAL
Orientar as mães sobre os benefícios que o parto humanizado oferece, trazendo
mais conforto e tranquilidade para ela na hora do parto.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Informar as mães sobre como é feito o parto humanizado
Demonstrar a importância sobre o conhecimento dos procedimentos utilizados na
hora do parto
Apresentar relatos de umas gestante que foi feito acompanhamento
METODOLOGIA
O projeto será realizado na Maternidade Humberto Carrano na Lapa, com o
objetivo de trazer outras formas de se realizar o parto humanizado sendo que na
Maternidade já existe
E na Clínica da Mulher nosso objetivo é fazer uma palestra com o foco de
orientar as mães a fazerem o parto humanizado, e saberem os seus benefícios.
Iremos acompanhar o pré-natal de uma mãe que está de 6 meses, participando das
consultas, orientando-a a preferir o parto humanizado e se a mesma permitir
pretendendo acompanha-la.
REVISÃO DA LITERATURA
O método do nascimento é um acontecimento natural, de maneira pessoal,
sendo algo dividido entre as mulheres e seus familiares.
Antigamente as parteiras, curandeira ou comadres, eram quem realizavam o
parto, por serem mulheres conhecidas na comunidade ou de crença. Por ser uma
pessoa de conhecimento do caso para promover o parto, avaliavam todo o processo
gravídico como experiência própria e tinham a função de animar as mulheres com
alimentos, bebidas e palavras agradáveis, tendo as parturientes por razões
psicológicas, humanitárias e devido ao tabu de mostrar os órgãos genitais.
O parto, então, deixa de ser privativo, intimo, e feminino, e passa a ser vivido
de maneira publica, com a presença de outros atores sociais. Desta maneira a
mulher que deveria ser o astro do parto, distancia-se cada vez mais e tem bloqueio
em participar da sentença do tipo de parto. Sente-se insegura, refreia-se, muitas
vezes, por não se sentir habilitada para escolher e fazer valer seus desejos frente a
questões técnicas levantada pelos profissionais que atendem ao parto. Os médicos
passaram a realizar cada vez mais procedimentos invasivos e intervencionistas,
justificando requer um menor tempo e uma maior praticidade, assim, os profissionais
de saúde, consequentemente ganharam destaque ao realizar esses procedimentos,
e tornaram-se os principais protagonistas deste evento. A mulher passa a ser
internada precocemente no hospital, recebendo poucas informações sobre os
procedimentos aos quais será submetida, permanece sozinha ao longo do trabalho
de parto e tem sua privacidade invadida.
Muitas mulheres optam pela cesariana sem necessidade, com isso enfatizam
o cuidado prestado as mesmas, incluindo o resgate do parto natural.
Ela também pode, sim, ter um posicionamento livre, não ficar presa no leito. É
saber como ela quer que seja esse parto, se ela quer esse parto sentado, se ela
quer de outra forma, ela que tem que escolher, não cabe a nós, como profissionais,
julgarmos isso. É a não realização de procedimentos desnessários, iatrogenias. Não
ter ações invasivas que não são necessárias, episiotomia, enema, tricotomia, toque
sucessivos e mais de uma pessoa avaliando ela (mulher) várias vezes.”
RELATOS DE MÃES
“Tenho 30 anos, um filho de 14 do meu primeiro casamento e, agora, mais um
menino. Moro em Cabo Frio e, ao descobrir que estava gravida, meu companheiro
deu a ideia de fazermos o pato na água. Começamos então todo o processo, como
em minha cidade não existe estrutura para este tipo de parto, tive que fazer pré-natal
no Rio de Janeiro.
Quando a data do parto se aproximou, partimos novamente para o Rio a
espera do inicio do trabalho de parto. Nos hospedemos na casa de um amigo,
achando que ficaríamos no máximo 10 dias. O tempo foi passando, passando, e
nada do meu filho querer vir ao mundo!
Depois de alguns alarmes falsos e da zombaria por parte dos amigos, que já
estavam falando que eu tinha colocado um travesseiro na barriga para passar as
férias de graça no rio, o “travesseirinho” resolveu nasceu após completar 41
semanas de gestação e 21 dias de férias forcada na Barra da Tijuca
Fomos para maternidade logo cedo, e as 6:30 da manhã estávamos entrando
no quarto. As 13:00 horas passamos para o centro cirúrgico com contrações
ritmadas, e lá entrei na banheira.
A água estava tão gostosa e quentinha que relaxei demais, perdi o ritmo das
contrações que o médico constatou que parte do meu colo estava atrofiado. Da
banheira passei para cama. Força daqui dor dali... e as 20:23 nasceu ele com seus
4,470 kg e 55 cm.
O parto foi de cócoras e meu bebe, maior nascido naquela noite e o único de
parto normal. A diferença, além de ter tido o maior neném da maternidade? O fato
de, em menos de 24 horas, estar de pé dando o primeiro banho no meu pequeno
príncipe e me sentindo muito bem para receber as visitas e fazer muito mais.”
(Ana Claudia Pierre Assunção)